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Abril 2007 Selene Peres Peres Nunes 10 10 ANOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE ANOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: FISCAL: AVANÇOS E DESAFIOS AVANÇOS E DESAFIOS 05 de maio de 2010

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Abril 2007

Selene Peres Peres Nunes

1010 ANOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: ANOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: AVANÇOS E DESAFIOSAVANÇOS E DESAFIOS

05 de maio de 2010

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LRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURALRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURA

• A mudança estrutural: A mudança estrutural: antes e depois da LRF - resultados fiscais, receitas, antes e depois da LRF - resultados fiscais, receitas, despesas, principalmente despesas com pessoal, dívida - as estatísticas despesas, principalmente despesas com pessoal, dívida - as estatísticas mudaram.mudaram.

•Em 10 anos, a LRF do Brasil pEm 10 anos, a LRF do Brasil passou por vários testes importantes: assou por vários testes importantes:

1.1. sobrevivência no ciclo econômico (período de baixo crescimento) sobrevivência no ciclo econômico (período de baixo crescimento) exemplo para vários paísesexemplo para vários países

- Brasil foi um dos menos atingidos pela crise de 2009 e o que mais rápido Brasil foi um dos menos atingidos pela crise de 2009 e o que mais rápido se recuperou: a explicação está nos fundamentos macroeconômicosse recuperou: a explicação está nos fundamentos macroeconômicos

- um bom desenho de regras: 3 níveis – gerais, mais duras em fim de um bom desenho de regras: 3 níveis – gerais, mais duras em fim de mandato (ciclo político) e mais flexíveis em situações especiais (ciclo mandato (ciclo político) e mais flexíveis em situações especiais (ciclo econômico)econômico)

- a LRF de outros países é criticada por ser dura demais ou flexível demais a LRF de outros países é criticada por ser dura demais ou flexível demais (calibragem das regras)(calibragem das regras)

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FLEXIBILIDADEFLEXIBILIDADE

Em caso de crescimento econômico negativo ou inferior a 1% nos quatro últimos trimestres :

• Fica duplicado o prazo para ajuste aos limites:

de gastos com pessoal

de dívida

Exemplo: Descumprimento do limite de gasto com pessoal no 2º quadrimestre de 2009 (PIB: -1%)

Efeitos: de dec. 2008 até ago. 2010

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Em caso de calamidade pública, estado de defesa ou de sítio:

• Ficam suspensos os prazos para ajuste aos limites:

De gastos com pessoal

De dívida

• Se dispensa o cumprimento das metas fiscais e o contingenciamento

Em caso de mudanças drásticas nas políticas monetária ou cambial, reconhecidas pelo Senado Federal:

• Fica ampliado o prazo para ajuste aos limites de dívida em até

quatro quadrimestres.

FLEXIBILIDADEFLEXIBILIDADE

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LRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURALRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURA

• 2.2. Reconhecimento internacional: Brasil considerado referência para Reconhecimento internacional: Brasil considerado referência para vários países (Argentina, Equador, Peru, Índia, Paraguai, ...)vários países (Argentina, Equador, Peru, Índia, Paraguai, ...) investment investment gradegrade

- um bom desenho de regras: intertemporal um bom desenho de regras: intertemporal

- abrangência na federação (base constitucional) : convivência do abrangência na federação (base constitucional) : convivência do federalismo com o equilíbrio fiscal federalismo com o equilíbrio fiscal exemplo para vários países exemplo para vários países

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Como estabelecer regras fiscais que se aplicassem a um contexto

institucional complexo ... mas que respeitassem o princípio federativo?26 Estados, um Distrito Federal e mais de 5.500 Municípios são política,

administrativa e financeiramente autônomos, de acordo com a Constituição

uma das federações mais descentralizadas do mundo:

● sistema político democrático (Executivos e Legislativos eleitos

diretamente em todos os níveis) e poderes independentes tendência a

apresentar gastos elevados com pessoal em todos os níveis;

● transferências constitucionais

+ competências para tributar próprias;

● planejamento, orçamento e administração próprios;

● Tribunais de Contas autônomos: mais de 34.

UM CONTEXTO INSTITUCIONAL COMPLEXOUM CONTEXTO INSTITUCIONAL COMPLEXO

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Constituição Federal

Lei Complementar de Finanças Públicas

LRF

PPA LDO LOA

A solução foi criar limites para todos os níveis e poderes mas que

mantivessem o processo orçamentário autônomo...

DESAFIO NA ELABORAÇÃO: UMA LEI DE FINANÇAS PÚBLICAS PARA A FEDERAÇÃO

... e onde houvesse questões locais a serem arbitradas, remeter para a LDO (10 remissões).

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LRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURALRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURA

3. 3. sobrevivência na alternância políticasobrevivência na alternância política

-pesquisa realizada pelo IBEP, em jan./abr. de 2001, com 211 formadores de opinião (cientistas sociais, jornalistas, políticos), 86% tiveram com opinião positiva sobre a LRF e 81% acreditaram que a LRF seria uma idéia importante para qualquer candidato presidencial, independentemente de partido.

- temor inicial de flexibilização da LRF não se confirmou

sobrevivência sobrevivência no Congresso Nacional

- votação original na Câmara: 386 votos a 86 (quórum de EC) e sem alterações de mérito no Senado

-várias tentativas de alteração: 250 projetos para mudar;

-mas forte resistência à flexibilização: uma única alteração aprovada, aumentando a transparência LC 131/2009 LC 131/2009;

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Se garantirá a transparência também por:Liberação ao pleno conhecimento e controle da sociedade, em tempo

real, de informações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira em meios eletrônicos de acesso público;

adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que cumpra o padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo do Governo Federal e o art. 48-A.

LC 131, DE 2009LC 131, DE 2009

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LRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURALRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURA

4. sobrevivência no Judiciário:

-várias ADINS no STF: após análise preliminar dos 31 dispositivos questionados, o STF suspendeu apenas 5, de menor importância.

- jurisprudência de tribunais de contas

5.5. a luta da padronização na federação

- sem CGF, mas com cooperação e criação de grupos técnicos na STN:

Grupo Técnico de Padronização de Relatórios: RREO, RGF, Anexos de

Metas Fiscais e de Riscos Fiscais;

Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis: Manuais de

Procedimentos Patrimoniais e Orçamentários (Receita, Despesa, Dívida

Ativa, PPP), Plano de Contas e Demonstrações Contábeis.

- PROMOEX - PROMOEX harmonização de conceitos da LRF pelos tribunais de contas.

- CNJ apóia padronização via Manuais da STN

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Entrada(PCASP)

ProcessamentoSaída

SistemaInformatizado

NORMAS PARA EL PAÍS

RREO

RGF

DCASP

PCASP

Padrão mínimo

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LRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURALRF: SINAIS DA MUDANÇA DE CULTURA

6. a mudança de pensamento:a mudança de pensamento:

- na academia, o ensino foi fortemente impactado pela LRF em, pelo menos, na academia, o ensino foi fortemente impactado pela LRF em, pelo menos, cinco áreas de conhecimento: economia, direito, contabilidade, cinco áreas de conhecimento: economia, direito, contabilidade, administração e ciência política. administração e ciência política.

- diversos livros foram editados e várias teses defendidas, com abordagens diversos livros foram editados e várias teses defendidas, com abordagens específicas e multi-disciplinares. específicas e multi-disciplinares.

- o espaço na imprensa: nunca se falou tanto de finanças públicaso espaço na imprensa: nunca se falou tanto de finanças públicas

- equilíbrio fiscal deixou de ser um tema da “direita” – não é uma lei de equilíbrio fiscal deixou de ser um tema da “direita” – não é uma lei de governo, mas de Estado.governo, mas de Estado.

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COMO EXPLICAR O SUCESSO DA LRF ?COMO EXPLICAR O SUCESSO DA LRF ?

reformas institucionais realizadas antes da sua aprovação (pré-reformas institucionais realizadas antes da sua aprovação (pré-condições)condições)

um bom desenho das regrasum bom desenho das regras

processo de negociação intenso que permitiu não apenas a aprovação, processo de negociação intenso que permitiu não apenas a aprovação, mas a construção de um consenso nacional sobre a matériamas a construção de um consenso nacional sobre a matéria

forte trabalho de implementação realizado depois da aprovação forte trabalho de implementação realizado depois da aprovação (divulgação, treinamento, regulação, adaptação institucional com sistemas (divulgação, treinamento, regulação, adaptação institucional com sistemas e processos, mecanismos de cooperação nacional).e processos, mecanismos de cooperação nacional).

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60’s: Reforma do sistema de contabilidade pública (Lei 4320/64)

80’s:

● Sistema integrado de administração orçamentária, financeira e contábil

para o Governo Federal (SIAFI);

● Plano de Contas Único Federal;

● Criação do Tesouro Nacional;

● Conta Única do Tesouro Nacional;

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRFDIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRF

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80’s: Nova Constituição (1988):

● Separação da política fiscal e monetária (Tesouro Nacional e Banco

Central) proibido o financiamento monetário;

● Mudanças no relacionamento na Federação (competências tributárias +

transferências de ingressos);

● Ingresso dos funcionários no serviço público por concurso público;

● Reforma orçamentária:

PPA - Plano Plurianual

LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA - Lei Orçamentária Anual

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRFDIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRF

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90’s:

● Reforma do Estado Reforma da Administração Pública, Reforma da

Previdência, privatização;

● Controle da inflação (Plano Real);

● Novas mudanças nas relações na Federação (competências de gasto –

mínimos de saúde e educação);

● Último refinanciamento da dívida dos estados (30 anos, máximo de 13% de

receitas, IGP-DI + 6% de juros, metas de resultado primário, bancos

estaduais saneados, fechados ou privatizados);

● Medidas fiscais no Governo Federal em 1997 e 1998. Desde1999: Política econômica = regime de cambio flutuante + metas de

inflação + metas de resultado primário.

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRFDIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRF

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déficits imoderados e reiterados, dívida pública elevada em todos os

níveis de governo histórico de refinanciamentos recorrentes de

estados/municípios pelo Governo Federal

Em 1996, uma crise fiscal e monetária fechamento de bancos

estaduais

gastos com pessoal elevados em todos os níveis de governo

carga tributária elevada (34% do PIB) e guerra fiscal entre Estados

privatização em fase avançada

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRFDIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL PRÉ-LRF

ENQUANTO ISSO, NA ÁREA FISCAL ...

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LÓGICA DA GESTÃO FISCAL RESPONSÁVELLÓGICA DA GESTÃO FISCAL RESPONSÁVEL

++

++

Planejamento no processo orçamentário

(PPA, LDO, LOA)

Planejamento no processo orçamentário

(PPA, LDO, LOA)

Regras e limites na LRF(pessoal, dívida, etc.)

Regras e limites na LRF(pessoal, dívida, etc.)

mecanismos de compensação e correção de desviosmecanismos de compensação e correção de desvios

Transparência e controleTransparência e controle Restrições institucionais e sanções pessoais

Restrições institucionais e sanções pessoais

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• Metas fiscais, para ampliar o horizonte da LDO, sinalizando para os resultados fiscais e a dívida dos três exercícios seguintes;

• Corte automático Se previsto o não cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, a cada 2 meses, será obrigatória a limitação de empenho e movimentação financeira, por Poder

• Mecanismo de compensação para: renúncia de receita, pois esta geralmente nem entra no orçamento, já

que é considerada uma não-receita; geração de despesas de caráter continuado, pois, por ser

obrigatória e transcender a anualidade orçamentária, esta despesa chega dada, rígida, e não é possível cortá-la nem no orçamento nem na sua execução, mesmo que faltem recursos para pagamento;

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REGRAS PARA A GERAÇÃO DE DESPESAS EM GERAL (ART. 16)REGRAS PARA A GERAÇÃO DE DESPESAS EM GERAL (ART. 16)

PPA PPA LDO LDO LOA LOA

PROGRAMAÇÃO FINANCEIRAPROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

DECLARAÇÃO DO ORDENADOR DE DESPESADECLARAÇÃO DO ORDENADOR DE DESPESA(+ IMPACTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO)(+ IMPACTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO)(+ COMPENSAÇÃO, SE NECESSÁRIO - ART.17)(+ COMPENSAÇÃO, SE NECESSÁRIO - ART.17)

LICITAÇÃOLICITAÇÃO

EMPENHO EMPENHO

CONTRATOCONTRATO

LIQUIDAÇÃO LIQUIDAÇÃO PAGAMENTO PAGAMENTO

CF + LRF + Lei CF + LRF + Lei

4.320 + Lei 8.666 4.320 + Lei 8.666

= =

Ordem Ordem

Orçamentária e Orçamentária e

FinanceiraFinanceira

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LIMITES PARA DESPESAS COM PESSOAL LIMITES PARA DESPESAS COM PESSOAL

Nova Lei Camata LRF

UNIÃO 50,0 50,0 Executivo 40,9

GDF e Ex-territórios

0,6Demais

3,0

MPU 37,9

Legislativo 2,5 Judiciário 6,0ESTADOS 60,0 60,0 Executivo 49,0 ou 48,6(*) Ministério Público 2,0 Legislativo 3,0 ou 3,4 (*) Judiciário 6,0MUNICÍPIOS 60,0 60,0 Executivo 54,0 Legislativo 6,0

ESFERA DE GOVERNO / PODER

% Receita Corrente Líquida

(*) BA, CE, GO e PA.Porque esses estados

têm Tribunais de Contas dos Municípios.

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LIMITES PARA A DÍVIDA CONSOLIDADA LIMITES PARA A DÍVIDA CONSOLIDADA (RESOLUÇÃO Nº 40 DO SENADO FEDERAL)(RESOLUÇÃO Nº 40 DO SENADO FEDERAL)

Limite (/ RCL) Trajetória de 15 anos

UNIÃO 3,5 ---

ESTADOS 2,0 Reduz 1/15 do excedente inicial a cada ano.

MUNICÍPIOS 1,2 Reduz 1/15 do excedente inicial a cada ano.

ESFERA DE GOVERNO

2002

DCL/RCL

Limite

2016

b

Recondução aos LimitesRecondução aos Limites

RSF 40/01 Art. 4° e LRF Art. 31

t

Ex ou Mx

a a

cc+ c

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Condiciona a análise dos pleitos de operações de créditoCondiciona a análise dos pleitos de operações de crédito

em % da RCLLimites Est., DF e Mun. União

Operações de crédito/ano 16 60Serviço da dívida 11,5 ---ARO's 7 ---Garantias 22 ou 32 60

em % da RCLLimites Est., DF e Mun. União

Operações de crédito/ano 16 60Serviço da dívida 11,5 ---ARO's 7 ---Garantias 22 ou 32 60

LIMITES PARA A DÍVIDA CONSOLIDADA LIMITES PARA A DÍVIDA CONSOLIDADA (RESOLUÇÕES Nº 43 E 48 DO SENADO FEDERAL)(RESOLUÇÕES Nº 43 E 48 DO SENADO FEDERAL)

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RESTOS A PAGARRESTOS A PAGAR

• Art.42: É vedado ao Art.42: É vedado ao titular de Podertitular de Poder , nos dois últimos quadrimestres do , nos dois últimos quadrimestres do

último ano de mandato, último ano de mandato, contrair obrigação de despesacontrair obrigação de despesa que não possa que não possa

ser paga no mesmo exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no ser paga no mesmo exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no

exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa

“deixar a casa arrumada para o sucessor” “deixar a casa arrumada para o sucessor”

A regra é de final de mandato mas recomenda-se que seja adotada em A regra é de final de mandato mas recomenda-se que seja adotada em

todos os exercícios ! todos os exercícios !

O importante é a prudência ao contrair obrigações; a regra O importante é a prudência ao contrair obrigações; a regra nãonão veda veda

inscrição em restos a pagar, mas contrair obrigação de despesa que não inscrição em restos a pagar, mas contrair obrigação de despesa que não

possa ser paga.possa ser paga.

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PERSPECTIVAS 1:PERSPECTIVAS 1:DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LRF DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LRF

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ASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENÇÃÇÃOO

• PlanejamentoPlanejamento: : Receitas permanentes x temporárias e Despesas Receitas permanentes x temporárias e Despesas

permanentes (royalties financiando aumentos de pessoal, permanentes (royalties financiando aumentos de pessoal, ainda que indiretamente)ainda que indiretamente)

Riscos Fiscais (estratégia, não só Anexo de Riscos Fiscais)Riscos Fiscais (estratégia, não só Anexo de Riscos Fiscais) Orçamento: não deve ser cheque em branco para ExecutivoOrçamento: não deve ser cheque em branco para Executivo Falta profissionalizaçãoFalta profissionalização

• ReceitasReceitas: : Art.11: instituir, prever e arrecadarArt.11: instituir, prever e arrecadar RenRenúúncia de receita ncia de receita DDíívida ativavida ativa

• DespesasDespesas: : Despesa autorizada e DOCCDespesa autorizada e DOCC Subvenções e subsídios (relações com o setor privado)Subvenções e subsídios (relações com o setor privado)

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SUSTENTABILIDADE DO AJUSTE FISCAL SUSTENTABILIDADE DO AJUSTE FISCAL

O ajuste na receita ou na despesa ? O ajuste na receita ou na despesa ?

- Na União e nos Estados, depende mais das receitas, que crescem, do Na União e nos Estados, depende mais das receitas, que crescem, do

que das despesas, que ficam estabilizadas em % do PIB que das despesas, que ficam estabilizadas em % do PIB mas as mas as

receitas dependem do crescimento econômico.receitas dependem do crescimento econômico.

- Nos Municípios, receitas e despesas crescem, mas receitas crescem Nos Municípios, receitas e despesas crescem, mas receitas crescem mais mais crescimento econômicocrescimento econômico + + MUDANCA ESTRUTURAL: MUDANCA ESTRUTURAL: municípios dependem menos de transferênciasmunicípios dependem menos de transferências

- Crescimento das despesas Crescimento das despesas descentralização dos serviços públicos descentralização dos serviços públicos de educação e saúde de educação e saúde alterou a composição de gastos entre alterou a composição de gastos entre despesas correntes e investimentos despesas correntes e investimentos

A geração de superávits primários alterou a composição de gastos A geração de superávits primários alterou a composição de gastos

entre despesas correntes e investimentos ?entre despesas correntes e investimentos ?

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SUSTENTABILIDADE DO AJUSTE FISCAL SUSTENTABILIDADE DO AJUSTE FISCAL

A geração de superávits primários alterou a composição de gastos A geração de superávits primários alterou a composição de gastos

entre despesas correntes e investimentos ?entre despesas correntes e investimentos ?

- Não é possível comparar o conjunto “investimentos e inversões” Não é possível comparar o conjunto “investimentos e inversões”

antes e depois da LRF porque houve processo de privatização que antes e depois da LRF porque houve processo de privatização que

reduziu inversões.reduziu inversões.

- O investimento é baixo, mas sempre foi. É preciso procurar solução O investimento é baixo, mas sempre foi. É preciso procurar solução

estrutural de gestão para aumentar.estrutural de gestão para aumentar.

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• Receita Corrente LReceita Corrente Lííquidaquida: : Burla de exclusBurla de exclusãão de IRRF, CIDEo de IRRF, CIDE Criação de fundos de receitaCriação de fundos de receita Aporte para déficit atuarial dos fundos de previdência X Aporte para déficit atuarial dos fundos de previdência X

cobertura de déficit financeirocobertura de déficit financeiro

ASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENÇÃÇÃOO

• Despesa com PessoalDespesa com Pessoal: : ““Condomínio” de limitesCondomínio” de limites Burla de exclusão de inativos, pensionistas, IRRFBurla de exclusão de inativos, pensionistas, IRRF Aumento indevido de indenizações e consultoriasAumento indevido de indenizações e consultorias Exclusão de PCS, PACS, voluntários e realização de Exclusão de PCS, PACS, voluntários e realização de

despesas “fora” do serviço pdespesas “fora” do serviço púúblico, com burla ao blico, com burla ao concurso pconcurso púúblicoblico

Despesas de Exercícios anterioresDespesas de Exercícios anteriores FCDFFCDF

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• DDíívida Consolidada Lvida Consolidada Lííquidaquida: : Conceito de ativo disponível (Ex: exclusão de dConceito de ativo disponível (Ex: exclusão de díívida ativa)vida ativa) Não registro de precatóriosNão registro de precatórios Conceito de operação de crConceito de operação de créédito, antecipações de dito, antecipações de

royalties, droyalties, díívida ativa, etc. (FIDC, derivativos)vida ativa, etc. (FIDC, derivativos)

• Restos a PagarRestos a Pagar: : Aplicação a todos os Poderes (ao mandato, com ou sem Aplicação a todos os Poderes (ao mandato, com ou sem

reeleição)reeleição) Conceito de disponibilidade de caixa (não estConceito de disponibilidade de caixa (não estáá relacionado relacionado

ao regime de registro das receitas – caixa ou competência)ao regime de registro das receitas – caixa ou competência) Art. 42: contrair obrigação de despesa Art. 42: contrair obrigação de despesa

ASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENÇÃÇÃOO

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• Riscos para a AbrangênciaRiscos para a Abrangência: : Conceitos de empresa estatal dependenteConceitos de empresa estatal dependente PPPPPP Consórcios públicosConsórcios públicos Fundações públicas de direito privadoFundações públicas de direito privado

ASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENÇÃÇÃOO

• Contabilidade pContabilidade púúblicablica: : Foco no orçamento ou no patrimônio ? LRF exige Foco no orçamento ou no patrimônio ? LRF exige

avaliação do patrimônio pavaliação do patrimônio púúblicoblico Foco na legalidade ou nos atos e fatos ? A despesa Foco na legalidade ou nos atos e fatos ? A despesa

realizadarealizada Critério de caixa ou de competência ? Acima da linha x Critério de caixa ou de competência ? Acima da linha x

abaixo da linhaabaixo da linha Plano de contas nacional e regras de consolidaçãoPlano de contas nacional e regras de consolidação

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• Transferências voluntáriasTransferências voluntárias: : Não são obrigatóriasNão são obrigatórias Competências constitucionais não são delegáveisCompetências constitucionais não são delegáveis Não Não éé descentralização descentralização CF, art. 169 - repassesCF, art. 169 - repasses

ASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENASPECTOS QUE EXIGEM MAIS ATENÇÃÇÃOO

• TransparênciaTransparência: : Integrar sistemas federais (SISTN,SIOPS, SIOPE)Integrar sistemas federais (SISTN,SIOPS, SIOPE) Colocar mais informação a disposição do público (com Colocar mais informação a disposição do público (com

séries históricas)séries históricas) Fé pública (para eliminar papel)Fé pública (para eliminar papel) Integrar com informações auditadas pelos TCsIntegrar com informações auditadas pelos TCs Implementação da LC 131 – padrão mínimo, integração de Implementação da LC 131 – padrão mínimo, integração de

informações, tempo realinformações, tempo real

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MITOS

1) Quanto mais resultado primário, melhor ?1) Quanto mais resultado primário, melhor ?

Monitorar resultado nominalMonitorar resultado nominal

O Estado cumpriu suas finalidades ?O Estado cumpriu suas finalidades ?

Avaliar a qualidade do primário ( paga a dívida ?)Avaliar a qualidade do primário ( paga a dívida ?)

2) Quanto mais contingenciamento, melhor ?2) Quanto mais contingenciamento, melhor ?

A calibragem importa (art. 9º x contingenciamento preventivo)A calibragem importa (art. 9º x contingenciamento preventivo)

O Estado cumpriu suas finalidades ?O Estado cumpriu suas finalidades ?

Houve crescimento de restos a pagar ?Houve crescimento de restos a pagar ?

Limitação de empenho X limitação de movimentação financeiraLimitação de empenho X limitação de movimentação financeira

Contingenciamento institucional ou por programas/ações, Contingenciamento institucional ou por programas/ações,

considerando prioridades ?considerando prioridades ?

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MITOS

3) Vale a pena driblar e adiar o ajuste ?3) Vale a pena driblar e adiar o ajuste ?

Se a estratégia for essa, os desajustes se ampliam ao longo do Se a estratégia for essa, os desajustes se ampliam ao longo do

tempo e contaminam outros Poderestempo e contaminam outros Poderes

Uma decisão do STF pode exigir ajuste imediato, sem as Uma decisão do STF pode exigir ajuste imediato, sem as

vantagens do gradualismo (prazo, regra de transição, trajetória, vantagens do gradualismo (prazo, regra de transição, trajetória,

prudência, crescimento das receitas)prudência, crescimento das receitas)

Os desajustes embutem problemas de gestão (atividades-fim x Os desajustes embutem problemas de gestão (atividades-fim x

meio)meio)

LRF nLRF nãão pode ser alterada por LDO ou Decretoo pode ser alterada por LDO ou Decreto

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PERSPECTIVAS 2:PERSPECTIVAS 2:DESAFIOS PARA ALÉM DA LRF - DESAFIOS PARA ALÉM DA LRF -

idéias para uma nova lei de finanças públicasidéias para uma nova lei de finanças públicasProjeto de Lei do Senado nº 248Projeto de Lei do Senado nº 248/2009 e Projeto de Lei do 9 e Projeto de Lei do Senado nº 229Senado nº 229/2009 – Complementar, apresentados pelo 9 – Complementar, apresentados pelo Senadores Renato CasagrandeSenadores Renato Casagrande e Tasso Jereissatti e Tasso Jereissatti

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ORIGEM ORIGEM • 1988: A CF (Art. 163) prevê edição de Lei Complementar para fixar os

princípios norteadores das finanças públicas no Brasil LRF

• 1988: A CF (Art. 165, § 9º) prevê edição de Lei Complementar para:

- dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual (Ver também arts. 166, § 6º e 168);

- estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Lei 4.320/64 foi recepcionada pela CF;

PLC 135/96, desatualizado depois da LRF + propostas parciais da SPI/MP (planejamento, passou por consulta pública com secretários de planejamento estaduais) e do ex-Secretário de Controle Interno (contabilidade).

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Regras do tipo “não fazer” Regras do tipo “não fazer” (excessos de gastos e (excessos de gastos e dívidas)dívidas)

LRF LQF+

COMPLETANDO AS REGRAS MACRO-FISCAIS ...COMPLETANDO AS REGRAS MACRO-FISCAIS ...

Regras do tipo “o que fazer e Regras do tipo “o que fazer e como” (atingir objetivos como” (atingir objetivos com o menor custo)com o menor custo)

EQUILÍBRIO FISCALEQUILÍBRIO FISCAL QUALIDADE DO GASTO PÚBLICOQUALIDADE DO GASTO PÚBLICO

ResponsabilidadeResponsabilidade

ee

qualidadequalidade

fiscalfiscal

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• Adequar legislação financeira (Lei 4320/64 e Decreto-lei 200/67) ao marco Adequar legislação financeira (Lei 4320/64 e Decreto-lei 200/67) ao marco constitucional constitucional revogar explicitamente dispositivos superados e revogar explicitamente dispositivos superados e normatizar outros incluídos (Ex: plano plurianual).normatizar outros incluídos (Ex: plano plurianual).

• Enxugar a LDO federal no que se refere a normas gerais.Enxugar a LDO federal no que se refere a normas gerais.

• Solucionar problemas de implementação da LRF: falta de padronização de Solucionar problemas de implementação da LRF: falta de padronização de procedimentos contábeis e relatórios na Federação; divergências procedimentos contábeis e relatórios na Federação; divergências conceituais (evitar burlas); dúvidas jurídicas quanto à aplicação de conceituais (evitar burlas); dúvidas jurídicas quanto à aplicação de Portarias da STN à Federação Portarias da STN à Federação tornar mais transparente e comparável a tornar mais transparente e comparável a informação.informação.

• Convergir para as normas internacionais de contabilidade aplicada ao setor Convergir para as normas internacionais de contabilidade aplicada ao setor público e às melhores práticas recomendadas (IASB, FMI, etc.)público e às melhores práticas recomendadas (IASB, FMI, etc.) ampliar o ampliar o escopo de atuação da contabilidade pública para registro por competência escopo de atuação da contabilidade pública para registro por competência e com visão não só orçamentária, também patrimonial.e com visão não só orçamentária, também patrimonial.

MOTIVAÇÃOMOTIVAÇÃO

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• Melhorar a qualidade do gasto público (“fazer mais com menos”) de forma Melhorar a qualidade do gasto público (“fazer mais com menos”) de forma consistente com o equilíbrio fiscal para abrir espaço para investimentos e consistente com o equilíbrio fiscal para abrir espaço para investimentos e

gastos sociais gastos sociais orientar toda a gestão pública, do planejamento ao orientar toda a gestão pública, do planejamento ao controle, para resultados:controle, para resultados: eficiência eficiência eficáciaeficácia efetividadeefetividade

MOTIVAÇÃOMOTIVAÇÃO

• Como ? Como ?

CHOQUE DE GESTÃO

CHOQUE DE TRANSPARÊNCIA

CHOQUE DE CONTROLE

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- introduz o conceito de qualidade na gestão, orientando toda a gestão introduz o conceito de qualidade na gestão, orientando toda a gestão pública, do planejamento ao controle, para resultados;pública, do planejamento ao controle, para resultados;

- normatiza o PPA e a sua avaliação e cria o banco de indicadores para o normatiza o PPA e a sua avaliação e cria o banco de indicadores para o PPA;PPA;

- define a relação dos planos nacionais das políticas públicas setoriais com o define a relação dos planos nacionais das políticas públicas setoriais com o PPA e estabelece a função de definir atribuições na Federação;PPA e estabelece a função de definir atribuições na Federação;

- cria instrumentos de cooperação entre os entes;cria instrumentos de cooperação entre os entes;

- Incentiva a execução de investimentos e cria, na LDO, limite máximo para Incentiva a execução de investimentos e cria, na LDO, limite máximo para dotações orçamentárias dos Poderes Legislativo e Judiciário e do dotações orçamentárias dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em percentual da RCL;Ministério Público, em percentual da RCL;

CHOQUE DE GESTÃOCHOQUE DE GESTÃO

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- integra PPA, LDO e LOA, distinguindo as funções de cada um;integra PPA, LDO e LOA, distinguindo as funções de cada um;

- estabelece prazos nacionais para encaminhamento de projetos e devolução estabelece prazos nacionais para encaminhamento de projetos e devolução para sanção do PPA, LDO e LOA, das alterações, bem como para execução para sanção do PPA, LDO e LOA, das alterações, bem como para execução transitória;transitória;

- cria regra nacional para Restos a Pagar em todos os exercícios e Despesas cria regra nacional para Restos a Pagar em todos os exercícios e Despesas de Exercícios Anteriores;de Exercícios Anteriores;

- orienta a gestão de recursos humanos orientada para a eficiência do orienta a gestão de recursos humanos orientada para a eficiência do trabalho e incentiva a capacitação de servidores;trabalho e incentiva a capacitação de servidores;

- cria o gestor público das cidades;- cria o gestor público das cidades;

CHOQUE DE GESTÃOCHOQUE DE GESTÃO

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- institui conta única em cada ente, extingue vinculações de receita não - institui conta única em cada ente, extingue vinculações de receita não previstas na Constituição e todos os fundos instituídos ou mantidos com previstas na Constituição e todos os fundos instituídos ou mantidos com recursos públicos, exceto os constitucionais, criando regras de recursos públicos, exceto os constitucionais, criando regras de funcionamento para os fundos que continuarão a existir, introduz limite funcionamento para os fundos que continuarão a existir, introduz limite para dotação orçamentária não discriminada para livre utilização pelo Poder para dotação orçamentária não discriminada para livre utilização pelo Poder Executivo e proíbe correção monetária do orçamento;Executivo e proíbe correção monetária do orçamento;

CHOQUE DE GESTÃOCHOQUE DE GESTÃO

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- amplia conceito de transparência;amplia conceito de transparência;

- separa conceitos aplicáveis ao orçamento e à contabilidade, esta última separa conceitos aplicáveis ao orçamento e à contabilidade, esta última com foco no patrimônio e regime de competência integral;com foco no patrimônio e regime de competência integral;

- exige orçamento e execução com controle por destinação de recursos;exige orçamento e execução com controle por destinação de recursos;

- exige discriminação da LOA até o nível de projeto, atividade ou operação exige discriminação da LOA até o nível de projeto, atividade ou operação especial, ficando os elementos para sistema;especial, ficando os elementos para sistema;

- esclarece o tratamento orçamentário das empresas dependentes e não - esclarece o tratamento orçamentário das empresas dependentes e não dependentes;dependentes;

CHOQUE DE TRANSPARÊNCIACHOQUE DE TRANSPARÊNCIA

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- cria as modalidades de aplicação, distinguindo recursos aplicados - cria as modalidades de aplicação, distinguindo recursos aplicados diretamente, por transferência a entidades privadas com ou sem fins diretamente, por transferência a entidades privadas com ou sem fins lucrativos, por transferência obrigatória e por transferência voluntária, lucrativos, por transferência obrigatória e por transferência voluntária, esclarecendo que descentralização é modalidade de aplicação direta;esclarecendo que descentralização é modalidade de aplicação direta;

- harmoniza a aplicação dos arts. 29 e 29-A da Constituição, definindo - harmoniza a aplicação dos arts. 29 e 29-A da Constituição, definindo conceitos utilizados no limite de pessoal do Legislativo municipal ;conceitos utilizados no limite de pessoal do Legislativo municipal ;

- define as demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração - define as demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais e Demonstração do Fluxo de Caixa, das Variações Patrimoniais e Demonstração do Fluxo de Caixa, esclarecendo que Balanço Orçamentário é instrumento de transparência, esclarecendo que Balanço Orçamentário é instrumento de transparência, mas não é demonstração contábil;mas não é demonstração contábil;

- define novo conceito para o superávit financeiro de exercício anterior;- define novo conceito para o superávit financeiro de exercício anterior;

CHOQUE DE TRANSPARÊNCIACHOQUE DE TRANSPARÊNCIA

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- cria Relatório de Gestão Administrativa e vários demonstrativos: - cria Relatório de Gestão Administrativa e vários demonstrativos:

• na LDO:na LDO: das obras não concluídas; dos investimentos, inclusive PPP, e das obras não concluídas; dos investimentos, inclusive PPP, e das despesas obrigatórias de caráter continuado para dez anos; da política das despesas obrigatórias de caráter continuado para dez anos; da política de aplicação das operações de crédito das agências financeiras oficiais de de aplicação das operações de crédito das agências financeiras oficiais de fomento e dos fundos;fomento e dos fundos;

• no Relatório Resumido de Execução Orçamentária:no Relatório Resumido de Execução Orçamentária: da composição das da composição das despesas orçamentárias por credor; das despesas orçamentárias com despesas orçamentárias por credor; das despesas orçamentárias com propaganda e publicidade; da composição das despesas orçamentárias de propaganda e publicidade; da composição das despesas orçamentárias de exercícios anteriores e dos ajustes de exercícios anteriores;exercícios anteriores e dos ajustes de exercícios anteriores;

CHOQUE DE TRANSPARÊNCIACHOQUE DE TRANSPARÊNCIA

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• no Relatório de Gestão Fiscal:no Relatório de Gestão Fiscal: da quantidade e remuneração paga aos da quantidade e remuneração paga aos servidores, com os salários maior, médio e menor praticados no âmbito de servidores, com os salários maior, médio e menor praticados no âmbito de cada Poder e órgão autônomo; do cumprimento dos limites mínimos de cada Poder e órgão autônomo; do cumprimento dos limites mínimos de ocupação de cargos em comissão por servidores efetivos; das despesas ocupação de cargos em comissão por servidores efetivos; das despesas orçamentárias relativas a diárias, passagens, auxílio-alimentação e auxílio- orçamentárias relativas a diárias, passagens, auxílio-alimentação e auxílio- transporte, consultorias, serviços de terceiros, locação de mão-de-obra, transporte, consultorias, serviços de terceiros, locação de mão-de-obra, capacitação de servidores e outras despesas correntes indiretamente capacitação de servidores e outras despesas correntes indiretamente associadas a despesas com pessoal; do comparativo com os limites para o associadas a despesas com pessoal; do comparativo com os limites para o Legislativo municipal; de investimentos;Legislativo municipal; de investimentos;

- cria regra de consolidação de contas públicas: receitas orçamentárias e - cria regra de consolidação de contas públicas: receitas orçamentárias e despesas orçamentárias intra-governamentais, para fins de exclusão de despesas orçamentárias intra-governamentais, para fins de exclusão de duplicidades, mediante codificação própria e independente da classificação duplicidades, mediante codificação própria e independente da classificação da receita orçamentária e da despesa orçamentária;da receita orçamentária e da despesa orçamentária;

CHOQUE DE TRANSPARÊNCIACHOQUE DE TRANSPARÊNCIA

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- estabelece padronização nacional, submetendo antes ao Conselho de Gestão - estabelece padronização nacional, submetendo antes ao Conselho de Gestão Fiscal ou à Câmara de Cooperação Técnica, para: Fiscal ou à Câmara de Cooperação Técnica, para:

• classificações da receita e da despesa orçamentária, metodologia de cálculo classificações da receita e da despesa orçamentária, metodologia de cálculo de resultado primário - ato conjunto dos órgãos centrais de orçamento e de de resultado primário - ato conjunto dos órgãos centrais de orçamento e de contabilidade da União;contabilidade da União;

• plano de contas nacional, normas gerais para o registro e procedimentos plano de contas nacional, normas gerais para o registro e procedimentos contábeis, bem como para a elaboração e divulgação dos Anexos de Metas contábeis, bem como para a elaboração e divulgação dos Anexos de Metas Fiscais e Riscos Fiscais, do Relatório Resumido de Execução Orçamentária, Fiscais e Riscos Fiscais, do Relatório Resumido de Execução Orçamentária, do Relatório de Gestão Fiscal, do Relatório de Gestão Administrativa e das do Relatório de Gestão Fiscal, do Relatório de Gestão Administrativa e das Demonstrações Contábeis, complementados por notas explicativas e outros Demonstrações Contábeis, complementados por notas explicativas e outros quadros analíticos - ato do órgão central de contabilidade da União; quadros analíticos - ato do órgão central de contabilidade da União;

- estabelece padronização nacional para normas gerais para a concessão e a - estabelece padronização nacional para normas gerais para a concessão e a prestação de contas de suprimento de fundos - ato do órgão central de prestação de contas de suprimento de fundos - ato do órgão central de tesouraria da União;tesouraria da União;

CHOQUE DE TRANSPARÊNCIACHOQUE DE TRANSPARÊNCIA

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- homologação de sistemas por autoridade certificadora como requisito para - homologação de sistemas por autoridade certificadora como requisito para

licitações e contratações;licitações e contratações;

- cria regras de final de mandato para disponibilização de informações;- cria regras de final de mandato para disponibilização de informações; - exige disponibilização de sistema, com código-fonte livre e funcionalidades - exige disponibilização de sistema, com código-fonte livre e funcionalidades

mínimas para pequenos municípios;mínimas para pequenos municípios;

- exige adoção, pelo Ministério da Fazenda, de sistema informatizado - exige adoção, pelo Ministério da Fazenda, de sistema informatizado centralizado, nacionalmente padronizado e integrado aos demais sistemas centralizado, nacionalmente padronizado e integrado aos demais sistemas nacionais das áreas de saúde, educação e previdência, com amplo acesso nacionais das áreas de saúde, educação e previdência, com amplo acesso público e fé pública para cumprimento de LRF, contendo módulos de público e fé pública para cumprimento de LRF, contendo módulos de auditoria, com validação pelos Tribunais de Contas, e de expedição de auditoria, com validação pelos Tribunais de Contas, e de expedição de certidões eletrônicas e cria Câmara Técnica para gestão do sistema;certidões eletrônicas e cria Câmara Técnica para gestão do sistema;

- exige adoção, em cada ente, de sistema de folha de pagamentos;- exige adoção, em cada ente, de sistema de folha de pagamentos;

CHOQUE DE TRANSPARÊNCIACHOQUE DE TRANSPARÊNCIA

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- cria instrumentos para que o controle possa aferir a eficiência, eficácia e cria instrumentos para que o controle possa aferir a eficiência, eficácia e

efetividade das políticas públicas;efetividade das políticas públicas;

- confere amplo acesso público em meio eletrônico a informações;confere amplo acesso público em meio eletrônico a informações;

- institui a participação dos cidadãos na elaboração e apreciação dos planos institui a participação dos cidadãos na elaboração e apreciação dos planos nacionais de políticas públicas e de todas as leis do ciclo orçamentário;nacionais de políticas públicas e de todas as leis do ciclo orçamentário;

- institucionaliza o controle social das políticas públicas exercido institucionaliza o controle social das políticas públicas exercido diretamente pelos cidadãos ou por Conselhos;diretamente pelos cidadãos ou por Conselhos;

- aumenta fluxo de informações para órgãos de controle; aumenta fluxo de informações para órgãos de controle;

- institui controle interno; institui controle interno;

CHOQUE DE CONTROLE E MEDIDAS ANTI-CORRUPÇÃOCHOQUE DE CONTROLE E MEDIDAS ANTI-CORRUPÇÃO

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- determina a realização de auditorias periódicas na folha de pessoal; determina a realização de auditorias periódicas na folha de pessoal;

- cria critérios para fiscalização da renúncia de receita;cria critérios para fiscalização da renúncia de receita;

- cria controle prévio para projetos de grande vulto; cria controle prévio para projetos de grande vulto;

- cria prazos para julgamento de contas; cria prazos para julgamento de contas;

- institucionaliza ouvidorias para os Tribunais de Contas;institucionaliza ouvidorias para os Tribunais de Contas;

- cria requisitos de ingresso de servidores e limite mínimo de ocupação de cria requisitos de ingresso de servidores e limite mínimo de ocupação de cargos em comissão por servidores efetivos, e proíbe nepotismo; cargos em comissão por servidores efetivos, e proíbe nepotismo;

- cria garantias e vedações para áreas estratégicas e estabelece cria garantias e vedações para áreas estratégicas e estabelece responsabilidades e direitos do ordenador de despesa e do gerente de responsabilidades e direitos do ordenador de despesa e do gerente de programa;programa;

CHOQUE DE CONTROLE E MEDIDAS ANTI-CORRUPÇÃOCHOQUE DE CONTROLE E MEDIDAS ANTI-CORRUPÇÃO

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- Emendas de Bancada: apresentadas exclusivamente pelos senadores, - Emendas de Bancada: apresentadas exclusivamente pelos senadores, restringir-se-iam a uma emenda conjunta, assinada pelos 3 representantes de restringir-se-iam a uma emenda conjunta, assinada pelos 3 representantes de cada Estado ou Distrito Federal, para buscar consenso sobre a maior cada Estado ou Distrito Federal, para buscar consenso sobre a maior prioridade estadual a ser financiada por recursos federais a cada ano. prioridade estadual a ser financiada por recursos federais a cada ano.

- Em seu conjunto, as 27 emendas seriam limitadas financeiramente, a 0,3% Em seu conjunto, as 27 emendas seriam limitadas financeiramente, a 0,3% da RCL, com a distribuição dos recursos entre os Estados e DF fixada da RCL, com a distribuição dos recursos entre os Estados e DF fixada anualmente no parecer preliminar da CMO.anualmente no parecer preliminar da CMO.

- Emendas Individuais: apresentadas exclusivamente por deputados, seriam Emendas Individuais: apresentadas exclusivamente por deputados, seriam limitadas a 10, por mandato parlamentar, proibida a indicação de entidade limitadas a 10, por mandato parlamentar, proibida a indicação de entidade privada como beneficiária.privada como beneficiária.

- O conjunto das emendas seria limitado financeiramente por valor compatível O conjunto das emendas seria limitado financeiramente por valor compatível com a capacidade fiscal da União (assinalado na proposta orçamentária), com a capacidade fiscal da União (assinalado na proposta orçamentária), vedada a incorporação de despesas adicionais cobertas por reestimativas vedada a incorporação de despesas adicionais cobertas por reestimativas das receitas.das receitas.

RESPONSABILIDADE ORÇAMENTÁRIARESPONSABILIDADE ORÇAMENTÁRIA

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- Alterações de Natureza Programática: as comissões temáticas permanentes Alterações de Natureza Programática: as comissões temáticas permanentes da Câmara dos Deputados teriam liberdade para aprovar, em suas da Câmara dos Deputados teriam liberdade para aprovar, em suas respectivas áreas, emendas de caráter institucional e de interesse nacional, respectivas áreas, emendas de caráter institucional e de interesse nacional, respeitado o montante definido pela CMO para o setor, e seriam ainda respeitado o montante definido pela CMO para o setor, e seriam ainda responsáveis pela apreciação das emendas de bancada e individuais.responsáveis pela apreciação das emendas de bancada e individuais.

- Execução Mandatória: obriga o Poder Executivo a executar as despesas Execução Mandatória: obriga o Poder Executivo a executar as despesas incluídas pelas emendas, desde que estas apresentem viabilidade técnica, incluídas pelas emendas, desde que estas apresentem viabilidade técnica, econômica e ambiental. Como o valor global passaria a ser definido ex-ante, econômica e ambiental. Como o valor global passaria a ser definido ex-ante, não haveria risco fiscal nessas novas regras.não haveria risco fiscal nessas novas regras.

RESPONSABILIDADE ORÇAMENTÁRIARESPONSABILIDADE ORÇAMENTÁRIA

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- prevê limites para CNJ, CNMP, Defensoria Pública dos Estados, com prazo prevê limites para CNJ, CNMP, Defensoria Pública dos Estados, com prazo para ajuste;para ajuste;

- esclarecer conceitos de RCL, DTP líquida, restos a pagar e disponibilidade esclarecer conceitos de RCL, DTP líquida, restos a pagar e disponibilidade

de caixa líquida para evitar burlas;de caixa líquida para evitar burlas;

- alteração da regra de final de mandato para despesa com pessoal;alteração da regra de final de mandato para despesa com pessoal;

- regras para as informações a serem utilizadas em demonstrativos regras para as informações a serem utilizadas em demonstrativos contábeis e fiscais, máximos, mínimos e de metas fiscais;contábeis e fiscais, máximos, mínimos e de metas fiscais;

- cria novos crimes fiscais;cria novos crimes fiscais;

ALTERAÇÕES DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCALALTERAÇÕES DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

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INFORMAÇÃO ADICIONALINFORMAÇÃO ADICIONAL

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Tel: (61) 3412 3011