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1 ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO DO PARÁ Praça Barão do Rio Branco, 93 Belém-PA, CEP: 66.015-060 Fone: (91) 4006-8600 Fax: (91) 4006-8603 Home Page : www.oabpa.org.br EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DA _____ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ, A QUEM ESTA COUBER POR DISTRIBUIÇÃO. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO DO PARÁ , serviço público dotado de personalidade jurídica e forma federativa, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.070.008/0001-48, com sede na Praça Barão do Rio Branco, 93, bairro da Campina, Belém/PA, CEP 66.015-060, onde receberá as intimações e demais correspondências de estilo, neste ato representada por seu Presidente (Termo e Ata de Posse anexas), Jarbas Vasconcelos do Carmo, brasileiro, casado, advogado regularmente inscrito sob o nº 5.206/PA, CPF/MF nº 304.890.402-68, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus advogados signatários (Procuração anexa), propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA com Pedido de Tutela Antecipada/Liminar em face da UNIÃO , pessoa jurídica de direito público, com representação através da Procuradoria da União no Estado do Pará, localizada na Av. Boulevard Castilhos França, nº 708 - Edifício do BACEN-Belém 4º, 5º e 6º andar - Comércio Belém/PA - CEP 66010-020, e TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO , pessoa jurídica de direito público, CNPJ/MF nº 01.547.343/0001-33, com sede e funcionamento na Travessa Dom Pedro I, nº 746, Umarizal, Belém/PA, CEP 66.050-100, em razão dos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

Ação civil pública pje

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

SEÇÃO DO PARÁ

Praça Barão do Rio Branco, 93 – Belém-PA, CEP: 66.015-060 Fone: (91) 4006-8600 Fax: (91) 4006-8603 Home Page: www.oabpa.org.br

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DA _____ VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARÁ, A QUEM ESTA COUBER POR DISTRIBUIÇÃO.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SEÇÃO DO PARÁ, serviço

público dotado de personalidade jurídica e forma federativa, inscrita no CNPJ/MF sob o nº

05.070.008/0001-48, com sede na Praça Barão do Rio Branco, 93, bairro da Campina,

Belém/PA, CEP 66.015-060, onde receberá as intimações e demais correspondências de estilo,

neste ato representada por seu Presidente (Termo e Ata de Posse anexas), Jarbas

Vasconcelos do Carmo, brasileiro, casado, advogado regularmente inscrito sob o nº

5.206/PA, CPF/MF nº 304.890.402-68, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência,

por seus advogados signatários (Procuração anexa), propor a presente

AÇÃO CIVIL PÚBLICA com Pedido de Tutela Antecipada/Liminar

em face da UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, com representação através da

Procuradoria da União no Estado do Pará, localizada na Av. Boulevard Castilhos França, nº

708 - Edifício do BACEN-Belém 4º, 5º e 6º andar - Comércio – Belém/PA - CEP 66010-020, e

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO, pessoa jurídica de direito

público, CNPJ/MF nº 01.547.343/0001-33, com sede e funcionamento na Travessa Dom Pedro

I, nº 746, Umarizal, Belém/PA, CEP 66.050-100, em razão dos fatos e fundamentos jurídicos a

seguir expostos:

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DO OBJETO DA AÇÃO

A presente ação tem por escopo a tutela coletiva dos direitos individuais

homogêneos de todos os advogados militantes na Justiça do Trabalho da 8ª Região, no que

atine à conduta ilegal e arbitrária de paralisações do funcionamento desta especializada,

decorrentes das constantes transferências de audiências por conta de recorrentes falhas no

sistema de Peticionamento Eletrônico da Justiça do Trabalho – PJe-JT, e pelo adiamento de

audiências sem qualquer comunicação prévia a advogados e jurisdicionados em razão da

participação de magistrados da 8ª Região em congressos, cursos e seminários e ainda pela

remoção de magistrados de forma súbita.

Como melhor será abordado adiante, com a implantação do sistema PJe-JT

passaram a ocorrer diversas interrupções no funcionamento da Justiça do Trabalho da 8ª

Região, algumas decorrentes da instabilidade do referido sistema de peticionamento, outras

devido ao próprio atraso instrumental da própria especializada.

A simples interrupção das funcionalidades do sistema tem ocasionado a

paralisação de toda a Justiça Trabalhista, quando, na maioria dos casos, essa paralisação

judiciária pode e deve ser evitada, bastando para tanto que haja flexibilidade ao formalismo e

razoabilidade por parte dos magistrados do TRT8 ante a instabilidade do sistema, vez que é

perfeitamente possível a realização de audiências de modo off line.

Trata-se, portanto, de conduta lesiva perpetrada contra os advogados e os

próprios jurisdicionados do TRT8, sendo manifesto o interesse da requerente na defesa dos

interesses coletivos dos advogados na tutela aqui buscada.

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DA LEGITIMIDADE ATIVA

A Lei n. 8.906/1994 conferiu à OAB legitimidade para propor ação civil

pública, como se observa do disposto em seu art. 54, inciso XIV1, máxime a fim de

promover a defesa da ordem jurídica e do próprio Estado Democrático de direito.

Nesse sentido, PAULO LUIZ NETTO LÔBO:

“A ação civil pública é um avançado instrumento processual introduzido no ordenamento jurídico brasileiro pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 (com as alterações promovidas pelo Código de Defesa do Consumidor), para a defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos (por exemplo, meio ambiente, consumidor, patrimônio turístico, histórico, artístico). Os autores legitimados são sempre entres ou entidades, públicos ou privados, inclusive associação civil existente há mais de um ano e que inclua entre suas finalidades a defesa desses interesses. O elenco de legitimados foi acrescido da OAB, que poderá ingressar com a ação não apenas em prol dos interesses coletivos de seus inscritos, mas também para tutela dos interesses difusos, que não se identificam em classes ou grupos de pessoas vinculadas por uma relação jurídica básica. Sendo de caráter legal a legitimidade coletiva da OAB, não há necessidade de comprovar pertinência temática com suas finalidades, quando ingressa em juízo.” (LÔBO, Paulo Luiz Netto. Comentários ao Estatuto da Advocacia. 2. ed. Brasília: Brasília Jurídica, 1996, p. 203).

(Grifo Nosso)

A Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/1985) em seu art. 5º adotou fórmula

ampla de legitimação, tendo em vista a defesa dos direitos coletivos, difusos e individuais

homogêneos, franqueando tal legitimidade a qualquer associação civil, que inclua entre suas

finalidades a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre

concorrência, ao patrimônio histórico, artístico, estético, turístico e paisagístico, bem assim de

outros direitos difusos e coletivos.

1 Art. 54. Compete ao Conselho Federal:

(...)

XIV - ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de

segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei;

Art. 57. O Conselho Seccional exerce e observa, no respectivo território, as competências, vedações e funções

atribuídas ao Conselho Federal, no que couber e no âmbito de sua competência material e territorial, e as normas gerais

estabelecidas nesta lei, no regulamento geral, no Código de Ética e Disciplina, e nos Provimentos.

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Justamente por tais razões o Superior Tribunal de Justiça - STJ, em boa

hora, no julgamento do RESP 1351760, procedeu à revisão de sua própria jurisprudência

para reconhecer a ampla legitimidade da OAB para a propositura de ação civil pública,

conforme se pode ver da ementa abaixo transcrita.

REsp 1351760 / PERECURSO ESPECIAL 2012/0229361-3 - Relator(a): Ministro HUMBERTO MARTINS - Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA - Data do Julgamento: 26/11/2013 - Data da Publicação/Fonte: DJe 09/12/2013 Ementa: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. CONSELHO SECCIONAL. PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO URBANÍSTICO, CULTURAL E HISTÓRICO. LIMITAÇÃO POR PERTINÊNCIA TEMÁTICA. INCABÍVEL. LEITURA SISTEMÁTICA DO ART. 54, XIV, COM O ART. 44, I, DA LEI 8.906/94. DEFESA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DO ESTADO DE DIREITO E DA JUSTIÇA SOCIAL. 1. Cuida-se de recurso especial interposto contra acórdão que manteve a sentença que extinguiu, sem apreciação do mérito, uma ação civil pública ajuizada pelo conselho seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em prol da proteção do patrimônio urbanístico, cultural e histórico local; a recorrente alega violação dos arts. 44, 45, § 2º, 54, XIV, e 59, todos da Lei n. 8.906/94. 2. Os conselhos seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil podem ajuizar as ações previstas - inclusive as ações civis públicas - no art. 54, XIV, em relação aos temas que afetem a sua esfera local, restringidos territorialmente pelo art. 45, § 2º, da Lei n. 8.906/84. 3. A legitimidade ativa - fixada no art. 54, XIV, da Lei n. 8.906/94 - para propositura de ações civis públicas por parte da Ordem dos Advogados do Brasil, seja pelo Conselho Federal, seja pelos conselhos seccionais, deve ser lida de forma abrangente, em razão das finalidades outorgadas pelo legislador à entidade - que possui caráter peculiar no mundo jurídico - por meio do art. 44, I, da mesma norma; não é possível limitar a atuação da OAB em razão de pertinência temática, uma vez que a ela corresponde a defesa, inclusive judicial, da Constituição Federal, do Estado de Direito e da justiça social, o que, inexoravelmente, inclui todos os direitos coletivos e difusos. Recurso especial provido. (Grifamos)

Essa legitimidade da atuação da OAB no pólo ativo da ação civil pública tem

sido acatada pela jurisprudência dos Tribunais brasileiros, assim também do TRF-1ª Região:

“A Ordem dos Advogados do Brasil - OAB ostenta legitimidade para ajuizar ação civil pública destinada à defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores (art. 5º da Lei 7.347/85 c/c art. 44, I, da Lei 8.906/94 c/c art. 170, V, da Constituição). Precedente.” (TRF-1ª, AC 2004.39.305-3/PA, 5ª Turma, Rel. Des. Federal João Batista Moreira, DJ 14/06/2007);

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“DIREITO DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. CONTRATO DE LEASING. DESEQUILÍBRIO CONTRATUAL. MAJORAÇÃO INESPERADA DO VALOR DO DÓLAR FRENTE AO REAL. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ESTATUTO DA OAB. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SENTENÇA ANULADA. - A Ordem dos Advogados do Brasil tem legitimidade ativa ad causam para a defesa de direitos individuais homogêneos nas relações de consumo, conforme dicção dos arts. 5º, XXXII; e 170, V, da Constituição Federal; 81, III, e 82, IV, do Código de Defesa do Consumidor; e 44 do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.” (TRF-1ª, AC 1999.01.75163-8/PA, 3ª Turma Suplementar, Rel. Juiz Convocado Julier Sebastião da Silva, DJ 25/07/2002).

No caso em tela, no qual a OAB busca a defesa de seus inscritos2, tal

legitimidade queda ainda mais robusta e indubitável.

Portanto, resta claro que a OAB está legitimada para a presente ação.

DOS FATOS

Como dito ao norte, desde a implantação do sistema PJe-JT, têm ocorrido

diversas interrupções do sistema que decorrem de sua própria instabilidade, mas que

acarretam a paralisação do funcionamento da própria Justiça Trabalhista, o que decerto

ocasiona diversos prejuízos à classe dos advogados.

Oportuno salientar que a indisponibilidade do sistema PJe-JT se manifesta de

duas formas, seja de maneira geral, seja de modo local em algumas Varas do Trabalho. Quando

a instabilidade ou falha é geral, o próprio Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região

disponibiliza “CERTIDÃO” (doc. anexos) em seu sítio eletrônico oficial atestando o problema.

Contudo, quando o problema é local, apenas em determinada Vara, não há ampla publicidade

2 Lei nº 8.906/1994 – Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade

jurídica e forma federativa, tem por finalidade:

(...)

II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a

República Federativa do Brasil.

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do problema, e só quem toma ciência são advogados e jurisdicionados interessados em

praticar atos processuais naquele juízo.

Com efeito, caso houvesse bom senso e cumprimento da Lei nº 11.419/2006

e das Resoluções nº 94/2012 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e nº

185/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), não haveria tantos prejuízos aos advogados

militantes na Justiça do Trabalho da 8ª Região, vez que, em diversos casos, a simples

interrupção do sistema não seria motivo suficiente para a transferência de audiências

justificadas pela paralisação do PJe-JT, haja vista que é plenamente possível dar continuidade

a audiência de maneira off-line, utilizando-se o Sistema de Audiências da Justiça do Trabalho

(AUD), já utilizado por 19 (dezenove) Tribunais Regionais do Trabalho, e disponível na versão

utilizada pelo TRT8 desde outubro/2012.

Na época da implantação da versão 1.4.4, em 2012, foram acrescidas seis

novas funcionalidades para facilitar o trabalho de juízes, servidores e advogados. Dentre

estas melhorias estava o sistema de Audiências da Justiça do Trabalho (AUD). O AUD não

depende de acesso à internet para funcionar. Assim, eventuais falhas de conexão ou na rede

não prejudicam as audiências.

Desse modo, o TRT8 possui uma ferramenta que possibilita dar

continuidade ao ato processual independentemente das interrupções e falhas do sistema PJe-

JT. Todavia, inexplicavelmente, opta por não usá-la, contrariando o disposto no art. 42 da

Resolução nº 94/2012 do CSJT, realizando inúmeras transferências e adiamentos de

audiências sem justo motivo, quando deveria simplesmente fazer uso da ferramenta

existente.

Diante da notória intransigência e falta de bom senso ao relacionar-se com o

sistema PJe-JT e do claro descumprimento da Resolução n° 94/2012 do CSJT, parte dos

magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região, atualmente, têm mantido o posicionamento

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de que se o sistema não funciona a própria Justiça Trabalhista também não pode funcionar,

passando a atuar como se impossível fosse conviver com a instabilidade do sistema, quando

é cediço que existe uma ferramenta para esse fim, bastando que haja vontade, sensibilidade

e, sobretudo, respeito a todos que precisam e dependem da prestação jurisdicional do

Estado.

Cabe aqui fazer relevante observação: ao serem transferidas audiências por

problemas no sistema PJe-JT, os juízes, de forma geral, não estando fazendo constar nos

respectivos “Termos de Audiências”, o motivo pelo qual se deu o adiamento, dificultando

assim, sobremaneira, a produção dessa prova documental.

Ademais, não bastassem os danos causados por conta das interrupções e

falhas do sistema PJe-JT e por diárias transferências e adiamentos de audiências pela não

utilização deliberada do sistema de Audiências da Justiça do Trabalho (AUD) off-line, há de se

salientar que por inúmeras vezes ocorrem transferências de audiências em razão da

participação de magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região em congressos, cursos e

seminários, sem que sequer haja notificação prévia aos advogados e jurisdicionados.

Eventos dessa natureza não são organizados de uma hora para outra, e

certamente o magistrado ao requerer sua inscrição, tem ciência de sua participação com

antecedência, mas não se preocupa em avisar o advogado e o próprio jurisdicionado com a

antecedência que deveria.

Isso sem falar nos adiamentos de audiências em decorrência da falta de

magistrados, pois não raros são os casos em que o juiz de determinada vara é removido de

forma súbita para outro juízo deixando o anterior sem o menor suporte, de modo que as

audiências pré-designadas não são desmarcadas e os demais sujeitos do processo só se

deparam com o prejuízo causado no momento que chegam ao juízo imaginando que haverá

audiência.

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Os jurisdicionados, sejam trabalhadores, sejam empresas ou empregadores

pessoa física, certamente despendem recursos financeiros dos mais diversos para a

realização de audiências trabalhistas, seja com transporte, seja com alimentação, seja com

advogados etc. Em Belém, as Varas do Trabalho recebem jurisdicionados das centenas de

ilhas que circundam a Capital paraense, bem assim de Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras,

Santa Cruz do Arari, Salvaterra e Soure, municípios da ilha do Marajó sobre os quais as Varas

do Trabalho de Belém possuem jurisdição e que por certo se caracterizam pelo elevado

tempo de deslocamento e difícil acesso à Capital do Pará.

A classe advocatícia que milita na Justiça Trabalhista não possui melhor

sorte, pois também é formada por profissionais que tem como “salário” os próprios

honorários advocatícios, e especialmente o advogado trabalhista, que recebe honorários via

de regra somente após o recebimento dos valores por seus clientes, isto é, só é remunerado

depois que seu cliente recebe qualquer provimento judicial.

Além disso, em razão das recorrentes transferências de audiências, os

advogados perdem um elemento que muito lhes custa e que no exercício profissional da

advocacia faz enorme falta: o tempo.

Não raro o advogado se depara com duas ou mais audiências no mesmo

horário ou em lugares diferentes e distantes, o que obriga o profissional a ter de escolher um

de seus compromissos e abdicar ou transferir a responsabilidade dos demais a um colega.

Mas, ao chegar para a audiência escolhida, depara-se com a notícia de um serventuário de

que esta será transferida, ou por que o sistema PJe-JT está fora do ar, ou por que o juiz

decidiu ir para um congresso na véspera, ou ainda por que o juiz foi designado para

responder por outra Vara e não há juiz para realizar a audiência.

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Assim, enormes são os prejuízos experimentados pelas transferências e

adiamentos de audiências na Justiça do Trabalho da 8ª Região, que se tornaram rotina após a

implementação do sistema PJe-JT nas Varas do Trabalho de Belém, Ananindeua e Castanhal.

DO DIREITO

O § 2º do art. 12 da Resolução nº 94/2012 do CSJT, preconiza:

Art. 12. (...) §1º Partes ou terceiros interessados desassistidos de advogados poderão apresentar peças processuais e documentos em papel, segundo as regras ordinárias, nos locais competentes para o recebimento, cabendo à Unidade Judiciária digitalizá-los e inseri-los no processo. §2º A regra prevista no parágrafo anterior também pode ser estendida aos advogados, em casos urgentes, devidamente comprovados, em que não for possível a prática de atos diretamente pelo sistema, ou em qualquer outra hipótese de justo impedimento de acesso, a critério do magistrado. (Grifos e destaques nossos).

Nesse diapasão, o advogado não pode exercer livremente sua profissão,

conforme elencado no art. 5º, XIII, da Carta Magna3, visto que acaba por ficar mercê das ações

abusivas do Tribunal e dos juízes do Trabalho.

A transferência de audiências acaba por violar também o art. 5º, LXXVIII, da

CF4, uma vez que acaba dilatando o tempo de tramitação do processo de forma desnecessária,

3 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,

nos termos seguintes:

(...)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei

estabelecer 4

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que

garantam a celeridade de sua tramitação;

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fazendo com que o jurisdicionado espere meses, até anos para conseguir uma tutela do

Estado, que poderia ser concedida em poucos dias.

A natureza desses atos praticados viola igualmente um dos fundamentos da

República, que se encontra disposto em seu art. 1º, III, qual seja a dignidade da pessoa

humana, tendo o Judiciário, como poder constituído do Estado, o dever de garantir a devida

reparação a qualquer tipo de violação da dignidade sofrida por seus jurisdicionados.

O tratamento que vem sendo dispensado pelo Egrégio TRT8 aos advogados e

a seus jurisdicionados, nesse particular, não possuiu qualquer justificativa consistente, tendo

em conta que não há necessidade de transferência de audiências em virtude de falhas no

sistema PJe-JT.

Como exposto ao norte, basta a utilização do sistema realizando audiências

off-line para diminuírem os prejuízos que os advogados e seus jurisdicionados vêm

enfrentando.

Percebe-se, para além desse problema, que as falhas nos sistema PJe-JT não

justificam o grande número de audiências que estão sendo redesignadas no âmbito do TRT8,

devendo esta prática ser imediatamente freada para não gerar ainda mais danos.

Como se vê, in casu, o próprio Judiciário viola e fere normas constitucionais e

legais que deveria observar com ainda mais rigor que os particulares, por ser exatamente o

Poder Estatal que tem a função de reparar as transgressões ocorridas no Estado Democrático

de Direito, o que justifica a tutela ora pretendida.

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LESÃO A INTERESSES E DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS

A presente ação civil pública visa tutelar os interesses e direitos individuais

de todos os advogados no que diz respeito aos prejuízos causados pelas constantes

transferências de audiências na Justiça do Trabalho da 8ª Região.

Trata-se, como exposto nos fatos, de conduta lesiva praticada pelo Tribunal

Regional do Trabalho da 8ª Região contra a classe advocatícia e jurisdicionados, sendo

manifesto o interesse de todos os advogados na tutela aqui reclamada.

Fora de dúvida de que se trata de interesse individual homogêneo da classe,

que o requerido possa solucionar o problema das transferências de audiências no sistema PJe-

JT, de modo a pelo menos minorar os danos perpetrados contra os advogados desde o

implemento do referido sistema, especialmente a morosidade do processo, que se agrava com

os recorrentes adiamentos de audiências, mesmo quando se dispõe de uma ferramenta que

possibilita a realização do ato processual no modo off line.

A requerente ratifica, portanto, que reside em Juízo para defender interesses

e direitos individuais homogêneos, segundo a conceituação do inciso III, do art. 81 da Lei nº

8.078/1990, afirmando sua legitimidade no inciso IV do art. 82 do CDC, representando os

interesses de todos os advogados atingidos, independentemente de serem inscritos, ou não,

na OAB/PA.

A lesão que se procura afastar com o manejo da presente ação é geral e

comum a todos os advogados que exercem sua profissão na Justiça do Trabalho da 8ª Região –

TRT8.

O professor Nelson Nery Júnior, ensina que “a pedra de toque que identifica um

direito como difuso, coletivo ou individual homogêneo, não é propriamente a matéria (meio

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ambiente, consumidor etc.), mas o tipo de pretensão de direito material e de tutela jurisdicional

que se pretende quando se propõe a competente ação judicial. O mesmo fato (acidente nuclear,

por exemplo), pode dar ensejo à ação coletiva para a defesa de direitos difusos (interdição

da usina nuclear), coletivos (ação dos trabalhadores para impedir o fechamento da usina, para

garantia do emprego da categoria) e individuais homogêneos (pedido de indenização feito por

vários proprietários da região que tiveram prejuízos em suas lavouras pelo acidente nuclear)”.5

O caput do art. 81 do CDC dispõe que a defesa dos interesses e direitos que

conceitua pode ser “exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo”. E, para a

defesa coletiva, legitima, no inciso IV, do art. 82, as associações civis, entre estas, obviamente,

a Ordem dos Advogados do Brasil.

Sobre a importância dos direitos individuais homogêneos, leciona Fredie

Didier Júnior e Hermes Zaneti Júnior6:

A importância dessa categoria é cristalina. Sem sua criação pelo direito positivo nacional não existiria possibilidade de tutela “coletiva” de direitos individuais com natural dimensão coletiva em razão de sua homogeneidade, decorrente da massificação/padronização das relações jurídicas e das lesões daí decorrentes. A “ficção jurídica atende a um imperativo do direito, realizar com efetividade a Justiça frente ao reclames da vida contemporânea.

O Ministro Teori Albino Zavascki7, em voto proferido no CC 58211/MG,

destacou que os direitos homogêneos são transformados em estruturas moleculares por

razões de facilitação de acesso à justiça, pela priorização da eficiência e economia processual,

não como consequência de uma indivisibilidade inerente ou da existência de uma relação

jurídica base. Asseverou que a expressão, direitos individuais homogêneos deve ser associada

à defesa coletiva de um conjunto de direitos individuais, não fazendo sentido utilizá-la para

significar apenas um desses direitos, individualmente considerado:

5 LTr 64-02/155

6 DIDIER JUNIOR, Fredie; ZANETI JUNIOR, Hermes. Curso de direito processual civil: Processo Coletivo. 3. ed.

Bahia: JusPodivm, 2008, p. 78. 7 Voto proferido no CC 58211/MG, Dj. 18.09.2006, Ministro do STJ Teori Albino Zavascki.

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A qualificação de homogêneos é utilizada, pelo legislador, para identificar um conjunto de direitos subjetivos individuais ligados entre si por uma relação de afinidade, de semelhança, de homogeneidade, o que permite a defesa coletiva de todos eles. Para fins de tutela jurisdicional coletiva, não faz sentido, portanto, sua versão singular (um único direito homogêneo), já que a marca da homogeneidade supõe, necessariamente, uma relação de referência com outros direitos individuais assemelhados. Há, é certo, nessa compreensão, uma pluralidade de titulares, como ocorre nos direitos transindividuais; porém, diferentemente desses (que são indivisíveis e seus titulares são indeterminados), a pluralidade, nos direitos individuais homogêneos, não é somente dos sujeitos (que são determinados), mas também do objeto material, que é divisível e pode ser decomposto em unidades autônomas, com titularidade própria. (...) Em outras palavras, os direitos homogêneos “são, por esta via exclusivamente pragmática, transformados em estruturas moleculares, não como fruto de uma indivisibilidade inerente ou natural (interesses e direitos públicos e difusos) ou da organização ou existência de uma relação jurídica-base (interesses coletivos stricto sensu), mas por razões de facilitação de acesso à justiça, pela priorização da eficiência e da economia processual (...) Quando se fala, pois, em direitos individuais homogêneos, a expressão deve ser associada, necessariamente, à “defesa coletiva” ou à tutela coletiva de um conjunto de direitos individuais. Não faz qualquer sentido utilizar tal expressão para significar apenas um desses direitos individualmente considerado.

Assim, é a presente Ação Civil Pública para tutelar coletivamente direitos

individuais homogêneos dos advogados militantes no TRT8.

DO DANO MORAL COLETIVO

Como sabido, a indenização por dano moral coletivo repousa na teoria

subjetiva da responsabilidade civil, cujo postulado básico estriba-se no conceito de culpa, e

esta, fundamentalmente, tem por pressuposto a infração de uma norma preestabelecida.

Preceituam os arts. 186 e 187 do Código Civil brasileiro:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

E, mais, dispõe o caput do art. 927 do citado Código:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica

obrigado a repará-lo.

Configura-se o dano moral coletivo pela ação ou omissão antijurídica que

injusta e intoleravelmente agride interesses jurídicos fundamentais da coletividade, de

natureza extrapatrimonial, havendo o nexo de causalidade entre o dano efetivamente sofrido

e a conduta ilícita.

Destarte, não só a pessoa individualmente considerada, mas, também, a

coletividade é titular de interesses juridicamente protegidos, constituindo um padrão ético

de valores coletivos que está dissociado dos indivíduos que a integram.

Veja-se que a coletividade é formada pela união de indivíduos, cada qual

detentor de bens juridicamente protegidos, daí ser razoável que ela de igual modo se aproprie

de interesses salvaguardados pelo ordenamento jurídico.

Ocorre que o enfoque da responsabilidade civil é alterado caso se trate da

lesão a interesses de pessoas físicas ou jurídicas ou àqueles imanentes à coletividade,

denominados valores coletivos.

Diferentemente, portanto, da lesão à esfera extrapatrimonial do indivíduo,

onde se cogita da violação aos direitos da personalidade, tais como a dignidade, honra,

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imagem, o dano moral coletivo infringe interesses da "massa" de pessoas abstratamente

consideradas.

Em regra, em hipóteses de aviltamento dos direitos da personalidade

perquire-se a aptidão que o ato antijurídico teve de afetar a integridade psicofísica do

indivíduo, incutindo-lhe tristeza, angústia, desespero, aflição ou qualquer outro sentimento de

igual carga emocional negativa, ou mesmo a honra em seus aspectos objetivo e subjetivo, que

é a forma como imaginamos ser vistos pela comunidade e como nós próprios nos valoramos,

respectivamente.

Obviamente, em situações de dano à moral coletiva não se examina qual

sentimento da coletividade foi agredido pela conduta ilícita da pessoa física ou jurídica, nada

impedindo, contudo, que a sua honra objetiva possa vir a ser vilipendiada.

Decerto, o patrimônio ideal coletivo é constituído de valores de capital

importância, os quais estão indelevelmente integrados à cultura social, daí o ordenamento

jurídico reservar mecanismos legais aptos a inibir ou reparar a ação lesiva.

De qualquer sorte, tratando-se de interesse extrapatrimonial do indivíduo ou

da sociedade, basta aquilatar o potencial lesivo do comportamento tido por antijurídico, se é

de condão a malferi-lo injustamente, eis que o dano é sempre presumido, que, na hipótese

discorrida, estão presentes os pressupostos legais da reparação do dano moral coletivo.

Assim vem decidindo a jurisprudência pátria:

AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CONSELHO PROFISSIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS. LITISPENDÊNCIA. LEGITIMIDADE ATIVA DO MPF. LEGITIMIDADE PASSIVA DO CRECI/MS. RESOLUÇÕES COFECI 458/95 E 492/96. EXIGÊNCIA DE CONTRATO DE EXCLUSIVIDADE. RESTRIÇÃO NÃO PREVISTA EM LEI. ILEGALIDADE. DANO MORAL COLETIVO CONFIGURADO. 1- A matéria trazida a julgamento diz respeito à legalidade da cláusula de exclusividade presente nos contratos de corretagem de imóveis, para que seja possível a divulgação pública da venda, nos termos das

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Resoluções do COFECI nºs. 458/95 e 492/96. 2- as resoluções impugnadas foram editadas pelo COFECI, mas são aplicadas pelos Conselhos Regionais no âmbito de abrangência das respectivas regiões, de forma a atingir sujeitos diversos, portanto, as ações não são idênticas, não havendo litispendência entre elas. 3- No que se refere à legitimação passiva do CRECI/MS, estando o Conselho Regional como responsável pela fiscalização, divulgação e aplicação das resoluções impugnadas nos autos, bem como pela punição dos profissionais situados no âmbito de sua atuação, é patente sua legitimidade. 4- Ao exercer o poder regulatório que lhe foi conferido, o Conselho excedeu os limites impostos pela Lei 6.530/78, criando dispositivos que a norma não permitia, estabelecendo verdadeira restrição ao exercício profissional do corretor imobiliário, de forma a se verificar a ilegalidade do art. 1º da Resolução nº. 458/95 e nos arts. 1º e 2º da Resolução nº. 492/96, ambas do Conselho Federal de Corretores de Imóvel - COFECI. 5- Os requeridos, em cumprimento das Resoluções 458/95 e 492/96 ao exigirem dos corretores de imóveis, a observância da cláusula de exclusividade nos contratos de intermediação imobiliária para anunciar a oferta do imóvel, propiciaram lesão ao patrimônio moral da coletividade, consistente na restrição, tanto ao livre exercício da profissão dos corretores de imóveis, como na liberdade na liberdade de contratação de todos consumidores que necessitavam utilizar dos serviços dos serviços de intermediação, justificando a condenação em dano moral coletivo. 6- Apelações improvidas. Sentença mantida.

(APELAÇÃO CÍVEL – 1198209, Desembargador Federal NERY JUNIOR, Terceira Turma, TRF3, e-DJF3 Judicial 01/07/2013) (Grifamos).

AMBIENTAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE. COMPLEXO PARQUE DO SABIÁ. OFENSA AO ART. 535, II, DO CPC NÃO CONFIGURADA. CUMULAÇÃO DE OBRIGAÇÕES DE FAZER COM INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA. ART. 3º DA LEI 7.347/1985. POSSIBILIDADE. DANOS MORAIS COLETIVOS. CABIMENTO. 1. Não ocorre ofensa ao art. 535 do CPC, se o Tribunal de origem decide, fundamentadamente, as questões essenciais ao julgamento da lide. 2. Segundo a jurisprudência do STJ, a logicidade hermenêutica do art. 3º da Lei 7.347/1985 permite a cumulação das condenações em obrigações de fazer ou não fazer e indenização pecuniária em sede de ação civil pública, a fim de possibilitar a concreta e cabal reparação do dano ambiental pretérito, já consumado. Microssistema de tutela coletiva. 3. O dano ao meio ambiente, por ser bem público, gera repercussão geral, impondo conscientização coletiva à sua reparação, a fim de resguardar o direito das futuras gerações a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. 4. O dano moral coletivo ambiental atinge direitos de personalidade do grupo massificado, sendo desnecessária a demonstração de que a coletividade sinta a dor, a repulsa, a indignação, tal qual fosse um indivíduo isolado. 5. Recurso especial provido, para reconhecer, em tese, a possibilidade de cumulação de indenização pecuniária com as obrigações de fazer, bem como a condenação em danos morais coletivos, com a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que verifique se, no caso, há dano indenizável e fixação do eventual quantum debeatur.

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(REsp 1269494/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/09/2013, DJe 01/10/2013) (Grifamos).

No caso vertente, restou caracterizada a conduta antijurídica,

consubstanciada no sistemático desrespeito à Lei nº 11.419/2006, à Resolução nº 94/2012 e

à Resolução nº 185/2013, expondo os advogados, usuários do sistema Pje-JT, a adiamentos e

transferências de audiências intermináveis, que acarretaram a paralisação da Justiça

Trabalhista da 8ª Região e por conseguinte comprometeu a subsistência de toda a classe

advocatícia, mesmo possuindo uma ferramenta e a plena possibilidade de evitar tais

adiamentos e transferências.

Ora, ao simplesmente ‘resolver’ não utilizar ferramenta disponível no sistema

PJe-JT para esse fim, a requerida demonstrou claro descaso com os advogados e com seus

jurisdicionados. O magistrado, realizando ou não a audiência, receberá seus vencimentos ao

final do mês. O advogado, não. Depende da efetiva prestação jurisdicional para receber sua

verba alimentar.

Com efeito, são extremamente graves os fatos aqui noticiados, porquanto

afrontaram interesses jurídicos protegidos pela ordem legal e constitucional, extremamente

caros aos advogados e partes, merecendo, assim, a reparação veemente do Judiciário.

Estão presentes, portanto, os requisitos legais da indenização por dano moral

coletivo: ação antijurídica, dano aos valores coletivos e nexo etiológico entre a conduta ilícita e

o prejuízo extrapatrimonial experimentado pelos advogados.

Dessa maneira, requer-se a condenação da ré ao pagamento de Dano Moral, a

ser arbitrado por Vossa Excelência, pela prática de conduta antijurídica contra os advogados

(conforme art. 1º, IV, da Lei 7.347/1985), a ser revertido em favor da OAB/PA, com a

finalidade específica de construção de um centro de capacitação, treinamento e apoio aos

advogados para utilização e peticionamento no Processo Judicial Eletrônico – PJe-JT.

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DOS ELEMENTOS PROBATÓRIOS

Protesta a Requerente em provar o alegado por meio de prova documental,

testemunhal e pericial, sobretudo estes últimos dois meios, porquanto, como exposto nos

fatos acima, os “Termos de Audiências” não consignam a razão pela qual é realizada a

transferência das audiências, o que dificulta bastante a prova documental quando os

adiamentos ocorrem por falha no sistema PJe-JT.

Outrossim, pela determinação ao Desembargador Corregedor do E. Tribunal

Regional do Trabalho da 8ª Região, Dr. Marcus Augusto Losada Maia, para que forneça os

dados quantitativos, por intermédio de análise do sistema PJe-JT, das transferências e

adiamentos de audiências desde a implantação do referido sistema na Justiça do Trabalho da

8ª Região.

Caso não seja possível, protesta a Requerente em provar o alegado por

intermédio de perícia no sistema PJe-JT, a fim de que se tenha o quantitativo de audiências na

Justiça do Trabalho da 8ª Região que tiveram de ser adiadas em função da indisponibilidade e

outros problemas relacionados ao PJe-JT desde sua implantação, bem como requer eventual

perícia no sistema PJe-JT a fim de que se tenha o quantitativo de audiências que tiveram de

ser transferidas em razão da participação de magistrados da 8ª Região em congressos, cursos

e seminários.

Todavia, desde já se ressalta que a Requerente, em 13 de dezembro de 2013

encaminhou o Ofício nº 229/2013 ao Nobre Desembargador Corregedor com o intuito de

obter tais informações, e, diante do silêncio, em 28 de janeiro do corrente ano, encaminhou o

Ofício nº 022/2014 reiterando o pedido, conforme anexos, não recebendo resposta até a

presente data.

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DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA/LIMINAR

O art. 12 da Lei nº 7.347/85 possibilita a concessão de liminar na Ação Civil

Pública.

Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo.

Sobre o tema, releva registrar a lição de José dos Santos Carvalho Filho (in

Ação Civil Pública – Comentários por Artigos, Freitas Bastos Editora, 1ª Edição, 1995, p. 270):

Na ação civil pública também pode ser concedido o mandado liminar. Embora as medidas cautelares guardem maior adequação com a ação cautelar, a doutrina tem entendido que normas processuais prevêem, algumas vezes, esses tipos de providência em diversas ações. É o chamado poder geral de cautela conferido ao juiz pelo art. 798 do CPC, que autoriza a expedição de medidas provisórias quando julgadas necessárias, em determinadas situações fáticas. Como bem anota HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, “tais providências que carecem da qualidade de processo e ação, apresentam-se essencialmente como acessórias do processo principal”, motivo por que “não devem sequer ensejar autuação apartada ou em apenso”. Aliás, já houve ensejo a manifestação judicial a respeito da possibilidade de ser a medida liminar expedida dentro da própria ação civil pública. O que é importante é que se façam presentes os pressupostos da medida – o risco de lesão irreparável em vista de eventual demora e a plausibilidade do direito. Desse modo, o autor da ação civil pública, vislumbrando situação de risco aos interesses difusos ou coletivos a serem protegidos, podem requerer ao juiz, antes mesmo de formular o pedido na ação, a concessão de medida liminar, a exemplo, aliás, do que ocorre naturalmente em outros procedimentos especiais, como o mandado de segurança e a ação popular.

O fumus boni iuris encontra-se fartamente demonstrado, através de termos

de audiências que demonstram o adiamento de audiências em razão de alegadas falhas no

sistema PJe-JT (mesmo sendo possível realizar audiências off line), conforme documentação

anexa exemplificativa.

Da mesma forma, o periculum in mora resta devidamente presente, em razão

dos danos causados aos sujeitos do processo, aqui em especial os advogados, que se

programam para a realização da audiência e se frustram com a notícia de adiamento na hora

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em que estava programado o seu acontecimento, o que poderá continuar a ocorrer,

majorando os prejuízos experimentados.

Portanto, a conjuntura fática que se apresenta enseja a determinação de

providências liminares por parte desse d. Juízo, compelindo (obrigação de fazer) os

requeridos à adoção de medidas efetivas assecuratórias da realização de audiências mesmo

com o sistema PJe-JT off-line e a notificação prévia de transferências quando o magistrado for

participar de atividade de aperfeiçoamento ou ainda quando for designado para responder

por outra Vara.

DOS PEDIDOS

Ante o exposto, a Requerente, requer a Vossa Excelência:

I – EM SEDE DE TUTELA ANTECIPADA

A) DETERMINE QUE EM HIPÓTESE DE INDISPONIBILIDADE DO SISTEMA, SEJA ESTA

GERAL OU LOCAL (VARA INDIVIDUALMENTE), SEJAM REALIZADAS AUDIÊNCIAS OFF-

LINE, ATRAVÉS DA FERRAMENTA “AUD”, EXPEDINDO-SE O COMPETENTE MANDADO

DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, FAZENDO CONSTAR A PENALIDADE DE MULTA DE R$

10.000,00 (DEZ MIL REAIS), POR DIA DE ATRASO NO CUMPRIMENTO DA DECISÃO

JUDICIAL OU POR CADA OCASIÃO EM QUE FOR DESCUMPRIDA;

B) DETERMINE QUE EM CASOS DE PARTICIPAÇÃO DE MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO

TRABALHO DA 8ª REGIÃO EM CONGRESSOS, CURSOS E SEMINÁRIOS, OU QUANDO FOR

DESIGNADO PARA RESPONDER POR OUTRO JUÍZO, SEJA PROCEDIDA A DEVIDA

NOTIFICAÇÃO ÀS PARTES E ADVOGADOS SOBRE TRANSFERÊNCIA DE AUDIÊNCIA COM

ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DE 48 HORAS, FAZENDO CONSTAR A PENALIDADE DE MULTA

DE R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS), POR CADA VEZ QUE HOUVER DESCUMPRIMENTO

DA DECISÃO JUDICIAL;

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II – EM SEDE DE TUTELA DEFINITIVA A) RATIFIQUE A TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA, PARA DETERMINAR QUE EM

HIPÓTESE DE INDISPONIBILIDADE DO SISTEMA, SEJA ESTA GERAL OU LOCAL (VARA

INDIVIDUALMENTE), SEJAM REALIZADAS AUDIÊNCIAS OFF-LINE, ATRAVÉS DA

FERRAMENTA “AUD”, EXPEDINDO-SE O COMPETENTE MANDADO DE OBRIGAÇÃO DE

FAZER, FAZENDO CONSTAR A PENALIDADE DE MULTA DE R$ 10.000,00 (DEZ MIL

REAIS), POR DIA DE ATRASO NO CUMPRIMENTO DA DECISÃO JUDICIAL OU POR CADA

OCASIÃO EM QUE FOR DESCUMPRIDA;

B) RATIFIQUE A TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA, PARA DETERMINAR QUE EM

CASOS DE PARTICIPAÇÃO DE MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO

EM CONGRESSOS, CURSOS E SEMINÁRIOS, OU QUANDO FOR DESIGNADO PARA

RESPONDER POR OUTRO JUÍZO, SEJA PROCEDIDA A DEVIDA NOTIFICAÇÃO ÀS PARTES

E ADVOGADOS SOBRE TRANSFERÊNCIA DE AUDIÊNCIA COM ANTECEDÊNCIA MÍNIMA

DE 48 HORAS, FAZENDO CONSTAR A PENALIDADE DE MULTA DE R$ 10.000,00 (DEZ

MIL REAIS), POR CADA VEZ QUE HOUVER DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO JUDICIAL;

C) CONDENE A REQUERIDA A PAGAR VALOR, A TÍTULO DE REPARAÇÃO POR DANO

MORAL COLETIVO, A SER ARBITRADO POR VOSSA EXCELÊNCIA, PELA PRÁTICA DE

CONDUTA ANTIJURÍDICA CONTRA A CLASSE DOS ADVOGADOS, A SER REVERTIDO EM

FAVOR DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SEÇÃO DO PARÁ, COM A

FINALIDADE ESPECÍFICA DE CONSTRUÇÃO DE UM CENTRO DE CAPACITAÇÃO,

TREINAMENTO E APOIO AOS ADVOGADOS PARA UTILIZAÇÃO E PETICIONAMENTO NO

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO – PJe-JT;

D) DETERMINE À CORREGEDORIA DO E. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª

REGIÃO, QUE FORNEÇA OS DADOS QUANTITATIVOS, POR INTERMÉDIO DE ANÁLISE DO

SISTEMA PJE-JT GERAL E LOCAL (VARA INDIVIDUALMENTE), DAS TRANSFERÊNCIAS E

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ADIAMENTOS DE AUDIÊNCIAS DESDE A SUA IMPLANTAÇÃO NO TRT8, BEM COMO O

QUANTITATIVO DE AUDIÊNCIAS QUE TIVERAM DE SER TRANSFERIDAS EM RAZÃO DA

PARTICIPAÇÃO DE MAGISTRADOS DA 8ª REGIÃO EM CONGRESSOS, CURSOS E

SEMINÁRIOS;

E) CASO NÃO SEJA POSSÍVEL O CUMPRIMENTO DO PEDIDO ACIMA (ALÍNEA “D”),

DETERMINE PERÍCIA NO SISTEMA PJE-JT, A FIM DE QUE SE TENHA O QUANTITATIVO

DE AUDIÊNCIAS NA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO QUE TIVERAM DE SER

ADIADAS EM FUNÇÃO DA INDISPONIBILIDADE GERAL OU LOCAL (VARA

INDIVIDUALMENTE) E OUTROS PROBLEMAS RELACIONADOS AO PJE-JT DESDE SUA

IMPLANTAÇÃO NO TRT8, BEM COMO QUE SE DETERMINE PERÍCIA PARA QUE SE

VERIFIQUE O QUANTITATIVO DE AUDIÊNCIAS QUE TIVERAM DE SER TRANSFERIDAS

EM RAZÃO DA PARTICIPAÇÃO DE MAGISTRADOS DA 8ª REGIÃO EM CONGRESSOS,

CURSOS E SEMINÁRIOS;

III – A citação da União e do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região para,

querendo, oferecer manifestação escrita e defesa, no prazo legal.

IV – A intimação do Ministério Público para intervir no presente feito.

V – Honorários advocatícios e a imposição do ônus da sucumbência, nos

termos da Lei;

VI – Requer, ainda, a produção de toda e qualquer prova admitida pelo

ordenamento jurídico, mormente a juntada de novos documentos (complementação da

documentação anexa), a oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas no prazo

legal e a produção de prova pericial.

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Dá-se à causa o valor de R$ 50.000 (cinquenta mil reais).

Nesses termos, pede deferimento.

Belém, 24 de fevereiro de 2014.

JARBAS VASCONCELOS Presidente da OAB/PA

OAB/PA 5.206 RÔMULO ROMEIRO CARDOSO JÚNIOR BRUNA LORENA COELHO NUNES OAB/PA 16.311 OAB/PA 18.821

ROL DE DOCUMENTOS:

1 – Ata de Posse do Conselho Seccional – Triênio 2013/2015

2 – Procuração

3 – Comprovante de recolhimento das custas iniciais

4 – Certidões de indisponibilidade do sistema PJe-JT

5 – Certidões e Atas de Audiências de transferências de audiências

6 – Ofícios ao Exmo. Sr. Corregedor Regional do E. TRT8