EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA COMARCA DE MONTANHA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

MARCELA OLIVEIRA DA SILVA e LAILLA OLIVEIRA DA SILVA, brasileiras, menores impúberes, neste ato, representadas por sua genitora ELIANE DE JESUS OLIVEIRA, brasileira, solteira, vendedora autônoma, portadora do CPF/MF 118.713.227-66, CTPS 4.547.701 SÉRIE 0030-ES, residente na Rua monte alto, 119, Bairro Lajedo, CEP 29890-000, Montanha – ES, através do advogado ALTAMIR MORAIS FILHO, in fine assinado, inscrito na OAB/ES 5383, com escritório profissional localizado na Travessa Expedito Garcia Meira, 17, Centro, nesta cidade, o qual indica para os fins do art. 39, I, do CPC vem mui respeitosamente à douta e honrada presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS

De acordo com o art. 13, caput, da Lei nº 5.478/68, em face de JOÃO CELESTINO DA SILVA, brasileiro, solteiro, auxiliar de serviços gerais (magarefe), residente na Rua Antonio Paulino Bairro Alcebíades, nesta cidade, pelos motivos de fatos e de direito a seguir expostos:

1. Em decisão proferida por este R. Juízo, em Audiência de Ação de Alimentos, foi feito um acordo entre as partes nos autos do Processo tombado sob o nº 033.10.000071-1, onde foi o requerido condenado à pagar à suas filhos menores representado por sua genitora o equivalente à 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente.

2. Portanto, o requerido passou a ter uma remuneração muito maior do que tinha, tendo em vista que na ocasião do acordo o executado não tinha vinculo empregatício, eis que o mesmo atualmente exerce a função de Magarefe no Frigorífico desta cidade situado na Rua Nossa Senhora Aparecida, s/n°, Bairro Alcebíades, CEP 29.890-000, Montanha ES. 3. O Código Civil brasileiro, em seu art. 401, é claro no sentido de:

fixados os alimentos, sobrevier mudança na fortuna de quem os supre, ou de que os recebe, poderá o interessado reclamar do juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou agravação do encargo”

4. As Requerentes vem à presença deste r. Juízo, pela situação de necessidade e dificuldade em que se encontra para prover o sustento de suas filhas, na esperança de que se faça a justiça, e que venha a melhor solução em prol das duas menores, que não podem arcar com o ônus de qualquer natureza, sofrendo os prejuízos de eventual negativa, quais sejam, o de verem sua formação, educação e manutenção em geral, comprometidos pela falta de recursos;

5. Devemos lembrar, que as necessidades de uma pessoa não se referem somente ao extremamente indispensável à sua sobrevivência, não limitando-se, por exemplo, ao ensino básico ou alimentação igualmente básica, isto porque, e ainda mais nos dias de hoje, se apresentam infinitas opções, e as exigências do dia-a-dia também são maiores. Assim, é que se houver condições, deve a prestação alimentícia abranger o suficiente que proporcione o lazer, uma instrução mais apurada, entre outras coisas a que se vêem privados as Requerentes por falta de recursos;

6. Preceitua o art. 15 da Lei nº 5.478/68 que: "Art. 15 A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado, podendo a qualquer tempo ser revista em face da modificação da situação financeira dos interessados".

7. Assim, facilmente aduz-se do exposto até o presente momento, ser a quantia paga pelo réu exígua, irrisória e desproporcional à condição e status apresentado pelo Requerido.

8. Condição esta melhorada através de aumento de salário concedido ao Requerido pelo seu bom desempenho no trabalho ao longo dos anos. Pode, portanto, o Requerido também melhorar a situação de suas filhas, que muito necessitam de sua colaboração. Deve-se atender ao disposto no art. 1694, § 1º, do Novo Código Civil, que determina que os alimentos devam ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

9. Isto posto, requer a Vossa Excelência se digne mandar citar o requerido no endereço mencionado na inicial para que responda aos termos da presente e para que compareça na audiência de conciliação e julgamento que Vossa Excelência designar, requerendo a procedência da ação, com o devido AUMENTO dos alimentos para 35% (trinta e cinco por cento) do seu vencimento bruto, 13% salário e acrescido do salário família, condenando-o aos encargos processuais, eis que com a sua atual função de magarefe do Frigorífico, não há de se negar que atualmente houve crescimento em sua receita.

10. Requer ainda a Vossa Excelência, diante do acordo firmado entre as partes, se digne OFICIAR o Frigorífico Municipal de Montanha - ES., devendo descontar mês a mês dos vencimentos do requerido JOÃO CELESTINO DA SILVA, o valor de 35% (trinta e cinco por cento) do seu vencimento bruto, 13% salário e acrescido do salário família, devendo ser descontado em sua folha de pagamento e depositado na agência do BANESTES n° 0126 desta cidade, conta corrente n° 0019060086-1, em favor da genitora ELIANE DE JESUS OLIVEIRA, e para que não haja nenhuma dúvida no crescimento real do requerido, requer ainda à Vossa Excelência se digne oficiar O Frigorífico no Setor de Departamento Pessoal ou Tesouraria, para apresentar através de CERTIDÃO o “quantum” percebe o requerido na função de Magarefe.

11. Pretende provar o alegado por meios de provas testemunhais, periciais e documentais, ou por outras que se fizerem necessárias permitidas em Direito, requerendo ainda, a intimação do DD. Representante do Ministério Público, para os termos da presente ação.

Dá-se à causa o valor de R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais) para efeitos puramente fiscais.

NESTES TERMOS, PEDE E ESPERA DEFERIMENTO.

Montanha – ES, 30 de Setembro de 2011.

ALTAMIR MORAIS FILHOOAB/ES 5383