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ano 03 número 09 fevereiro 2008 R$ 4,90 PÉROLA DO ATLÂNTICO SNOOKER CHARUTOS GUARUJÁ E SUAS BELAS PRAIAS EM FOTOS PANORÂMICAS EXCLUSIVAS ENTREVISTA COM O CAMPEÃO BRASILEIRO DE SINUCA OS NACIONAIS ESTÃO ENTRE OS MELHORES DO MUNDO

Acapulco Magazine 9

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A Revista Acapulco Magazine é direcionada ao público dos condomínios de luxo em Guarujá, São Paulo, Brasil. Conteúdo de variedades com informações sobre a região, decoração, arquitetura, construção, viagem e muito mais

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ano 03 número 09 fevereiro 2008 R$ 4,90

PÉROLA DO ATLÂNTICO

SNOOKER

CHARUTOS

GUARUJÁ E SUAS BELAS PRAIAS EM FOTOS PANORÂMICAS EXCLUSIVAS

ENTREVISTA COM O CAMPEÃO BRASILEIRO DE SINUCA

OS NACIONAIS ESTÃO ENTRE OS MELHORES DO MUNDO

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08 DICAS PARA UMA BOA LEITURA

10 hi-tech

12 INTERNET NEwS

14 cine dicas

16 NOTA fISCAL ELETRôNICA

18 raios no verão

O PERIgO DA ágUA-vIvA20educação conectada24CAMPEãO DE SINUCA26

Em 2008, o Carnaval chegou mais cedo. E como este período ainda é considerado de férias, para muitos veranistas e turistas que visitam o guarujá, preparamos nesta edição, uma matéria exclusiva sobre as 24 belas praias da cidade para “guardar de recordação”, aos que já voltam ao trabalho e às aulas neste mês.

várias sugestões de livros e filmes para toda a família, e informações sobre o que vem acontecendo neste verão na Região — aparecimento das águas-vivas e o aumento da incidência de raios no Sudeste.

Entrevista exclusiva com o campeão brasileiro de snooker, José Divan Nascimento Costa, o Jota, na Elite game Room. E para os “amantes da baforada”, um bate-papo com o sommelier Alex Ribeiro Miguel, sobre os charutos nacionais e importados na Habana Tabacaria. Boa leitura!

direção executiva

Alexandrina Vilar

Jeifferson R. Moraes

diagramação

Ana Lúcia Vilar

comercial

Jullyson R. Moraes

colaboradora

Angélica Ramacciotti (jornalista)

revisão

Silvia Repetto

impressão

Prol Gráfica

Todas as publicidades, textos assina-dos, informes e fotos fornecidas são

de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando

a opinião da Revista

Proibida a reprodução total ou parcialde texto e imagem sem a prévia

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A Revista Acapulco Magazine é uma

publicação da Almav Comunicação

Ltda ME, Caixa Postal: 73.915

Santos - SP - CEP: 11025-972

sobre o jardim acapulcoLoteamento aprovado em 1974.

O lançamento oficial ocorreu em 1976. Hoje com 4 milhões de metros quadra-dos e 2 mil residências. Localizado na

região da Praia de Pernambuco em Guarujá - SP

circulação e distribuiçãoUma publicação exclusiva dirigida

gratuitamente ao público do Jardim Acapulco, distribuída de porta em porta. A revista também é entregue em outros

condomínios da região, como: Park Lane, Jardim Pernambuco, Golf Clube, Península, Tortugas, Albamar, Marinas, Tijucopava, Taguaíba, Granville e outros.

assinaturas

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SUMÁRIO

ANO 03 • NÚMERO 09 • 2008

Foto da Capa: Alex Bramwell | Elena Schweitzer

AO LEITOR

charutos nacionais36TOP DE LINHA40pérola do atlântico44

ERRAMOS. Na edição anterior (8), página 26, a matéria “Dubai. Oásis do Oriente”, a frase “Entre o inferno e o paraíso, a apenas 1,5 km da capital do Iraque...” está incorreta, o correto é 1,5 mil km. É a distância aproximada em linha reta entre as duas capitais. A capital do Afeganistão escreve-se Cabul com “C” e não Kabul.

Dreamstime

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O ser humano vive hoje em meio a uma ansiedade constante. Temos medo de perder o emprego, da vio-lência urbana, do terroris-mo, de ficar sem o amor do parceiro, da exclusão. O resultado? Estamos sem-pre circulando dentro de shopping centers, dirigin-do em carros blindados, vivendo em condomínios fechados, lutando por atualização constante e acúmulo de conhecimen-

to. Para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, esta é uma das marcas de nosso tempo. Em seu novo livro, Bauman, autor de vários best-sellers, faz um inventário dos medos presentes. Ao apresentar um diagnóstico de clareza inigualável, mapeia as origens comuns das ansiedades contemporâneas, analisa os obstáculos que impedem o pleno entendimento da situação e exami-na os mecanismos que possam deter a influência do medo sobre as nossas vidas. Livro: Medo Líquido (Jorge Zahar), autor: Zygmunt Bauman, 240 págs.

MEDO LÍQUIDO

Com mais de três milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos, “O Guardião de Memórias” é uma fasci-nante história sobre vidas paralelas, famílias separa-das pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro. Inver-no de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gê-meos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente

saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o as-sombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. Livro: O guardião de Memórias (Sextante), autor: Kim Edwards, 386 págs.

Quando Dodô e Osmar resol-veram colocar caixas de som em cima de uma caminho-nete velha e sair pelas ruas de Salvador tocando uma espécie de frevo abaianado, temperado com os acordes elétricos de suas guitarras, não imaginavam estar inau-gurando uma tradição no carnaval da Bahia. No Alma-naque do Carnaval, o his-toriador André Diniz conta como isso tudo começou, conduzindo o leitor em uma

viagem no tempo. Mais do que uma história do carnaval, o livro é uma história dos gêneros musicais identificados com essa festa: o samba, a marchinha, o frevo e o axé. O leitor vai se deparar com canções, compositores e intérpretes que marcaram época e com os que ganham destaque na atua-lidade. São pequenas biografias, casos curiosos e informa-ções sobre o contexto político, social e cultural de cada perí-odo. E o autor ainda aborda fenômenos de mercado como Ivete Sangalo e É o Tchan, rompendo as barreiras impostas pela crítica tradicional. Livro: Almanaque do Carnaval (Jorge Zahar), autor: André Diniz, 272 págs.

CARNAvAL

Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: “você pode ser tudo o que quiser”. Sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter fi-lhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela Histó-

ria, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momen-to, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do “todo humano”, somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimen-tos e mistérios. Livro: A Cidade do Sol (Nova fronteira), autor: Khaled Hosseini, 368 págs.

SOLA CIDADE DO

bookdicas

O GUARDIÃODE MEMÓRIAS

Fotos: divulgação

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Chamado de MacBook Air, a Apple apresentou em São Francisco o notebook mais fino do mundo. Com apenas 1,9 centímetro de espessura, o computador custa US$ 1,8 mil e não possui leitor de DVD. A empresa afirma que o uso de um gravador de mídias deixaria o notebook mais robusto e nenhum usuá-rio vai sentir falta. A Apple recomenda o uso de um iPhone, que possui total in-teratividade com o produ-to. O aparelho também não

possui entrada para cabos de rede, toda a conexão é feita pelo sistema wireless. A bateria suporta cinco ho-ras de uso e a HD tem ca-pacidade de 80 GB. Equi-pado com chip Intel Core 2 Duo de 1,6 gigahertz ou, com mais US$ 300, o chip de 1,8 gigahertz. O note-book tem um design ma-ravilhoso, um excelente tamanho de tela e tecla-do completo. O preço é acessível mas o desempe-nho ainda é fraco se com-parado a outros modelos.

A Universidade de Wa-shington está desenvol-vendo uma lente de conta-to eletrônica que poderá, um dia, projetar imagens virtuais no campo de vi-

são do usuário. Segun-do Babak Parviz, chefe do projeto, o dispositivo poderá ser aplicado para diversas situações. Moto-ristas poderão ter informa-ções instantâneas sobre a velocidade do veículo e a distância, tudo diante de seus olhos sobreposto a imagem exterior. Aces-sar a internet seria outra possibilidade. Em breve, uma versão básica da len-te, chegará ao mercado.

hitech

Lentes de contato do futuroIMAGEM VIRTUAL MAC MAIS fINO DO MUNDO

APPLE

Fotos: divulgação; reprodução do site www.apple.com

Regras para uso do GPS no carroLEGISLAÇÃO

O uso da tecnologia de orientação por satélite vem se popularizando no Brasil. No ano passado, uma nova resolução do Contran auto-rizou o uso de navegadores GPS em veículos, que aju-dou a alavancar a venda do equipamento. Mas é preci-so estar informado sobre o modo correto do uso do aparelho. É permitido desde que o sistema, quando em movimento, converta-se em um mecanismo de orienta-ção com símbolos ou áu-dio, indicando apenas a direção a ser seguida. As re-gras valem tanto para GPS instalado pelo fabricante do veículo ou de caráter provi-sório. Mas é importante que

o aparelho esteja fixado no painel ou pára-brisa do car-ro. O motorista não pode carregar o GPS nas mãos ou manuseá-lo enquanto di-rige. Na internet existem si-tes que oferecem recursos para destravar alguns apa-relhos inabilitados de fábrica para uso de filmes e recur-sos multimídia. Se o GPS for utilizado para este fim, a ins-talação deve ser feita para que somente os passagei-ros do banco traseiro pos-sam visualizar as imagens. Quem for flagrado com irre-gularidades receberá uma multa de R$ 127,69 e cin-co pontos na habilitação. O veículo pode, ainda, ser retido para regularização.

A Terceira Geração da te-lefonia celular, ou simples-mente 3G, é o nome dado às novas redes de alta ve-locidade ou banda lar-ga móvel. Estima-se que em oito anos a tecnologia irá atingir 3 mil municípios brasileiros. Desde o final de 2007 o governo leiloou concessões para que em-presas privadas explorem o mercado. A 3G irá revo-

lucionar o sistema de telefonia. Mas o que irá mudar? Com a 3G você terá acesso banda lar-ga à internet de até 2,4 Megabits por segundo - cerca de 20 vezes aci-ma da atual geração; poderá ver a pessoa com quem está falan-do, assistir TV e princi-palmente poder realizar chamadas pelo servi-ço VoIP, por exemplo o Skype. As ligações re-alizadas de Skype para

Skype não são tarifadas e quando feitas para outras linhas apresentam preços mais atraentes que da ope-radora. Já em funcionamen-to na Capital é necessário ter um celular 3G compa-tível e contratar um plano de acesso de dados com a operadora. Há diversos tipos de aparelhos à ven-da, no mercado brasileiro.

TELEfONIA CELULAR 3gNO BRASIL

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IBOPE LOJA ONLINEO Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística - IBOPE, mantém uma página na internet para compras online de pesquisas já realizadas. O usuário pode comprar pesquisas prontas que abrangem as categorias de consumo, in-ternet, opinião pública, telefonia, Tv por assinatura, relatórios estratégicos e mercado financeiro. Para adquirir as pesquisas basta se cadastrar no

site, ler o contrato e informar o objetivo da compra. Os valores variam em torno de R$ 100 a R$ 12 mil reais. O site aceita cartões de crédito ou paga-

mento via boleto bancário. Anote o endereço: : www.ibopeloja.com.br

Relatório do Ibope/NetRatings informou que 12,2 milhões de brasileiros acessaram sites de com-pras em dezembro. Do total de internautas ati-vos, 57% já acessaram sites de compras. O le-vantamento também apresentou um aumento de acessos à internet de quase 50% em rela-ção ao ano anterior. Os internautas são atraídos pelas ofertas de sites estrangeiros. Com o dó-lar baixo alguns produtos ficam mais baratos, mesmo pagando os tributos de importação. Mas antes de se aventurar é necessário conhe-cer algumas regras de importação. Livros, jornais, periódicos e o papel utilizado para sua impressão estão isentos. O imposto simplificado de importação é de 60% para produtos de até US$ 3 mil, entre outras taxas como: custo de remessa, ICMS e desembaraço aduaneiro. Um site interessante com dicas sobre compras online no exterior: : www.zumo.com.br

internetnews

INTERNETCOMPRAS

A Apple faz uma grande aposta no aluguel de fil-mes por meio de sua loja iTunes. Não é nenhu-ma novidade os serviços de locação de víde-os, mas se tratando da Apple a possibilidade de revolução neste mercado torna-se muito maior. Se os grandes estúdios de Hollywood aderirem ao sistema e a pirataria não atrapa-lhar, a loja pode decolar ainda no início deste ano. Infelizmente não existe um serviço espe-cífico para o Brasil com filmes dublados ou le-gendados. Com preços atraentes a partir de US$ 3,99 o usuário faz o download do filme e poderá assistir por um tempo determinado. A Apple afirma que a sua inovadora tecnologia anti-pirataria poderá impulsionar a distribuição de vídeos digitais. Baixe o programa e assista grátis aos trailers: : www.apple.com/br/itunes/

Fotos: Sebastian Kaulitzki, Amy Walters da Dreamstime e reprodução;

LOCADORAVIRTUAL

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cinedicas

O empresário bilionário Edward Cole (Jack Nichol-son) e o mecânico Carter Chambers (Morgan Free-man) vivem em dois mun-dos opostos. Seus cami-nhos se cruzam quando eles dividem um quarto de hospital e descobrem ter duas coisas em co-mum: o desejo de passar o tempo de vida que lhes resta fazendo tudo o que sempre quiseram fazer antes de “baterem as bo-

tas”, e a necessidade de aceitarem quem são. Juntos, eles partem na viagem de suas vidas, tornando-se ami-gos ao longo do caminho e aprendendo a aproveitar a vida ao máximo, com inspiração e humor. E assim eles vão cumprindo cada item de sua lista de desejos. filme: Antes de Partir (warner Bros.), estréia: 22 de fevereiro.

BUCKET LIST

Era um tempo quando o homem e os animais eram indomáveis e o po-deroso mamute vagava pela terra. Um tempo em que nasceram as idéias e as crenças que mo-delariam para sempre a humanidade. “10.000 a.C.” segue um jovem caçador (Steven Strait) em sua busca para lide-rar um exército através de um vasto deserto, enfrentando tigres den-

te-de-sabre e predadores pré-históricos, enquanto ele descobre uma civilização perdida e tenta salvar a mulher que ama (Camilla Belle) de um maligno senhor da guerra determinado a possuí-la. filme: 10.000 a.C. (warner Bros.), estréia: 7 de março.

10.000 a.C.

Conta a história de David Rice (Hayden Christen-sen), um garoto “comum” que tenta fugir dos abu-sos de seu pai. Até que um dia, um acidente lhe mostra que possui um poder, o poder de Teletransporte. No co-meço tudo não passa de brincadeira, e David, um garoto sem amigos e família, descobre uma maneira de fugir de seu mundo real. Porém, seu

caminho cruza com uma organização que caça “jum-pers”, personificada pelo agente vivido por Samuel L. Jackson. Junto com griffin (Jamie Bell), outro “jum-per”, David luta contra essa organização para ter, en-fim, sua liberdade. filme: Jumper (fox filmes), es-tréia: 15 de fevereiro.

JUMPER

Angus MacMorrow (Alex Etel) é um solitário garo-to que vive com sua mãe e irmã e espera seu pai retornar da guerra. Um dia descobre um mis-terioso ovo na beira da praia, que dá origem a uma estranha criatu-ra, que o levará a uma jornada inesquecível e única. Meu Monstro de Estimação é baseado no livro The water Hor-se, de Dick King-Smith.

No elenco, estão Emily watson, Ben Chaplin, Brian Cox e Alex Etel. filme: Meu Monstro de Estimação (Columbia Pictures), estréia: 1 de fevereiro.

ESTIMAÇãOMEU MONSTRO DE

Fotos: divulgação

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A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), como está sen-do chamada, veio para substituir os talionários e registros fiscais feitos de papel. Desde abril de 2006, vários Estados do país estão testando a Nf-e. A Emenda Constitucional nº 42, aprovada em 19 de dezembro de 2003, introduziu o Inciso XXII ao art. 37 da Constituição federal, que de-termina às administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito federal e dos Municí-pios a atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informa-ções fiscais. O objetivo é substituir a nota fis-cal em papel, simplificando as obrigações dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das opera-ções comerciais pelo fisco. Na prática, a em-presa emissora de nota fiscal eletrônica gera um arquivo digital com as informações fiscais da operação comercial, sendo um arquivo crip-tografado (codificado) digitalmente, impedindo que pessoas indesejáveis tenham acesso aos dados. Em seguida, o arquivo é enviado pela internet à Secretaria da fazenda que fará uma

pré-validação e devolverá um protocolo de re-cebimento. Atualmente, todos os prestadores de serviço da cidade de São Paulo que têm re-ceita bruta de serviços anual, igual ou superior, a R$ 240 mil são obrigados a emitir a Nf-e. Ou-tro fator interessante do sistema é a possibilida-de da emissão do Recibo Provisório de Servi-ços (RPS), que deverá ser convertido em Nf-e em até 10 dias. Para cada Nota fiscal Eletrô-nica, o consumidor (pessoa física) ganha um crédito de 30% do valor pago de ISS, imposto sobre serviços de qualquer natureza, para ser abatido do IPTU do imóvel de sua preferência. Na cidade de São Paulo, o ISS varia de 2% a 5% sobre o valor do serviço prestado. Para aderir ao novo sistema, a empresa precisa consultar a sua jurisdição, depois será necessário inves-tir em equipamentos e softwares, além de um acesso a internet. O custo do investimento varia em torno de R$ 700 a R$ 1,5 mil para micro e pequena empresa. O investimento pode ser ra-pidamente recuperado com a economia da im-pressão gráfica dos talionários de papel.

economiamercado

NOTA FISCAL DIgITAL

Foto: Norebbo | Dreamstime16 acapulcomagazine

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cidaderegião

A previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Es-paciais (Inpe) é de que o número de raios no Su-deste aumente 50% nesta estação. Neste verão já foi identificada uma incidência de raios aci-ma da média dos últimos anos. O Brasil é o país mais atingido por relâmpagos, no mun-do. E é campeão também em mortes por que-da de raio e prejuízos econômicos causados por tempestades, segundo pesquisa do Inpe. O Instituto mapeou a incidência de raios com dados de satélites e concluiu que o país rece-be, em média, 60 milhões de raios por ano. Equivale a duas ou três descargas elétricas por segundo! Uma das causas é o fenômeno me-teorológico La Niña. Os prejuízos chegam a

R$ 500 milhões e 100 mortes por raios são re-gistrados em média todos os anos. Segundo o Inpe, a cidade campeã no Brasil é São Caeta-no do Sul, atingida por uma média de 12 raios/km2 ao ano. guarujá ocupa a 206o colocação no Estado com uma média de 3,4 raios/km2, a Capital está em 21o no ranking nacional com 8,1 raios/km2. A campeã do litoral paulista é Bertioga com 5 raios/km2. Durante as tem-pestades, evite as praias, campos abertos, o mar ou a piscina. A crença de que raio não cai no mesmo lugar mais de uma vez, é uma mentira! Não se abrigue embaixo de árvores, não use telefones ou celulares, evite contato com objetos metálicos como alambrados.

MAIOR INCIDêNCIA DE RAIOSvERãO DE 2008 TEM

Foto: Jerry Horn | Dreamstime18 acapulcomagazine

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cidaderegião

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Desde o Natal e o início de 2008 foram registra-dos centenas de casos de pessoas queimadas por água-viva, mas 98% dos casos sem gravidade. Apesar da proliferação dos plânctons no lito-ral paulista preocupar, o quadro é considerado normal nesta época do ano e não pede alarme. Para auxiliar banhistas nas praias de guarujá que, eventualmente, sejam atingidos por pica-das de animais marinhos, como as caravelas (foto acima), espécie parente da água-viva, os guarda-vidas que trabalham em guarujá, nesta temporada de verão, receberão noções de pri-meiros-socorros para casos de novas ocorrên-cias. Entre os animais comuns, nesta época do ano, estão os ouriços, anêmonas, águas-vivas e caravelas. Esta última foi a espécie respon-sável pelo fenômeno de norte a sul da costa brasileira. No guarujá foram 12 casos contabili-zados até o início de janeiro. A causa do fenô-meno foi atribuída ao aquecimento das águas do Oceano Atlântico e às mudanças nas cor-rentes marinhas, que trouxeram as caravelas

da região das Ilhas Malvinas. A bióloga Ros-sana virga, explica que, diferentemente do que se tem dito, não existem “ataques” das carave-las. “Elas usam os tentáculos como forma de defender-se de predadores. Por serem muito leves, também não escolhem para onde vão. São levadas pelas correntes e às vezes aca-bam parando na praia”, comenta. A bióloga diz ainda que o melhor procedimento em caso de contato com um animal deste tipo é jogar, na área afetada, água salgada ou vinagre, sem-pre gelados. “Essas substâncias vão diminuir a dor da picada. A compressa com vinagre é um tratamento muito eficaz”, afirma. Para a espe-cialista, a melhor maneira de evitar uma lesão é não nadar perto das caravelas. “Se a pessoa vir que existe uma caravela na água, a orien-tação é para que ela nade em sentido contrá-rio. Se encontrar na areia, não chegue perto. Mesmo os tentáculos que se soltam do corpo da caravela podem queimar no contato com a pele humana”, completa a bióloga.

NO LITORAL PAULISTA

Foto: Alex Bramwell | Dreamstime

O PERIgO DA ágUA-vIvA

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cidaderegião

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As bordadeiras do Morro São Bento ainda resistem às novas culturas, um tesouro português que resgata os costumes da Ilha da Madeira

Em 7 de março de 1808, toda a corte portugue-sa composta de 10 mil membros desembarca-ram no Brasil, fugidos das forças de Napoleão. O pequeno reino português, recém chega-do, mudou a cara do Brasil. foi o início de um novo processo de criação do Estado brasileiro. Este acontecimento foi muito im-portante para a cultura que foi contemplada com inúmeros benefícios, como: a Real Bi-blioteca, o Museu Real, a Academia de Ar-tes, o Jardim Botânico e a Imprensa Régia com a criação do primeiro jornal impresso em território brasileiro. Passados 200 anos, a riqueza da cultura portuguesa ficou en-raizada em nossos costumes. Em Santos (SP), no Morro São Bento, das quase 300 bordadei-ras na década de 70, atualmente restam apenas quatro. Bordadei-ras desde a infância, chegaram ainda jovens ao Brasil em meados do século passado, e por meio do bordado resgatam os costumes da Ilha da Madeira, em Portugal. O borda-do por muito tempo foi o sustento da família. Maria fernandes, 72 anos; Maria Teresa Pestana, 69 anos; Isabel da Paixão, 78 anos e Maria Paixão de Abreu, 79 anos; ficaram viúvas cedo e até

hoje é uma fonte de renda que complementa o orçamento. Acompanharam os maridos em busca de uma vida próspera no Novo Mun-do. Em Santos, encontraram um novo lar onde ainda residem. As mães portuguesas ensina-ram para as filhas todos os segredos do bor-dado. Mas esse “tesouro” está sem herdeiras. As filhas da nova geração não têm mais inte-resse pelo trabalho. “Minha filha tem outra pro-fissão, a vida de bordadeira é muito difícil”, diz Isabel. Ela leva entre dois e três meses para

bordar um jogo de cama para ca-sal, e um dia para bordar um len-ço de bolso. Os bordados são todos feitos a mão e são vendi-dos em feiras e eventos. Os jo-gos de cama custam em torno de R$ 400, caminho de mesa R$ 180, toalhas para lavabo R$ 50 e len-ços R$ 20. As bordadeiras parti-

cipam de exposições, feiras, reportagens, co-merciais institucionais e ministram cursos. Na comunidade do morro, são tratadas como per-sonalidades, por onde passam são cumprimen-tadas e um instante de prosa é inevitável.

RAÍZES PORTUGUESAS

Bordado português da Ilha da Madeira, a arte é feita manual-mente em processo artesanal

Maria Fernandes, 72 anos; Maria Teresa Gonçalves Pestana, 69 anos; Isabel da Paixão, 78 anos e Maria Paixão de Abreu, 79 anos

Informações e visitas, na sede da associação no Morro São Bento, que tem acesso pela rua lateral do Centro de Treinamento do Santos Futebol Clube, próximo ao túnel. )(13) 3223-2887 e 3233-9143

Fotos: Jeifferson Moraes

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educaçãoconectada

AngélicaRamacciotti

O ano letivo da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, começa com mil novos alunos de gradua-ção inscritos no único curso oferecido pela instituição: bacharelado em Ciência e Tecnologia. Isso mesmo, um único curso. Ao com-pletar o ciclo básico (três anos), os alunos podem op-tar por um destes cursos específicos: bacharelado e licenciatura em física, quími-ca e biologia, bacharelado em ciências da computação ou uma das oito modalida-des de engenharia. Criada em 2006, a UFABC não tem faculdades ou departamen-tos, apenas três centros: Ciências Naturais e Huma-nas; Matemática, Computa-ção e Cognição; Engenha-ria, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas. Na pós-graduação também há in-

terdisciplinaridade. Dos seis cursos de mestrado e dou-torado stricto sensu autori-zados pela Capes, três en-volvem disciplinas de várias áreas do conhecimento e exploram setores em alta no mundo da pesquisa: ener-gia; engenharia da informa-ção; nanociências e mate-riais avançados. Os outros três (ciência e tecnologia e química; física; matemáti-ca) são focados em áreas mais tradicionais. Outras in-formações podem ser obti-das no : www.ufabc.edu.br

INTERDISCIPLINARIDADENA PRÁTICA

É jornalista colaboradora da Acapulco Magazine. Há dez anos trabalha como repórter, roteirista, redatora, colunista e assessora de imprensa. Atua como pesquisadora na área de Educação a Distância. * [email protected]

As inscrições para a 23ª edi-ção do Prêmio Jovem Cien-tista, nas categorias Gradu-ado e Estudante do Ensino Superior, foram prorroga-das até 8 de agosto. Fru-to de uma parceria entre CNPq/MCT, Grupo Gerdau, Fundação Roberto Marinho e Eletrobrás, o prêmio visa reconhecer pesquisas cien-tíficas, tecnológicas e ino-vadoras. Anualmente são contemplados os três pri-meiros colocados das ca-tegorias Graduado, Estu-dante do Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio,

e seus respectivos orienta-dores. “Educação para Re-duzir as Desigualdades So-ciais” é o tema deste ano e os três vencedores gradu-ados receberão a premia-ção em dinheiro no valor de R$ 20 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente. En-tre os estudantes do Ensino Superior, a premiação cor-responde a R$ 10 mil, R$ 8,5 mil e R$ 7 mil. Estudan-tes do Ensino Médio e os orientadores premiados re-ceberão microcomputado-res. Confira o edital no : www.jovemcientista.cnpq.br

PRêMIO

Inscrições para o Jovem Cientista

O Instituto Brasileiro de In-formação em Ciência e Tec-nologia (Ibict) está prepa-rando o 2º Seminário sobre Informação na Internet, pre-visto para ocorrer de 27 a 30 de julho, no Museu Nacio-nal – Complexo Cultural da República. Segundo organi-zadores do evento, o tema central deste ano será “Inter-

net: Conteúdos e Infodiversi-dade”. No debate, os temas propostos são: WEB 2.0: mitos e limites; preservan-do a fronteira digital; geren-ciando conteúdos na WEB; políticas nacionais de con-teúdos digitais; informação governamental na Internet; inclusão digital e uso de in-formação. Vamos aguardar.

O Canadá está oferecen-do bolsas para pesquisa de pós-doutorado para brasileiros, com duração de um ano. O Programa de Bolsas para Pesquisa de Pós-Doutorado con-templa doutores recém-diplomados nas áreas de humanas, ciências so-ciais, ciências naturais e

engenharia. O valor to-tal da bolsa é de 32 mil dólares canadenses. Os formulários de inscrição, acompanhados de toda a documentação exigi-da, deverão ser enviados até 4 de março. Outras in-formações: ) (61) 3424-5400 ou * [email protected]

BOLSAS

Pós-doutorado no Canadá

INfORMAÇãO NA INTERNETSEMINÁRIO

Fotos: Millan | Andres Rodriguez | Dreamstime.com

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Habilidade, precisão e raciocínio são alguns dos quesitos de um bom jogador de sinuca, mas a paixão pelo esporte move amadores e profissionais no país e no mundo, sejam homens ou mulheres

especialesporte

texto e fotos Jeifferson Moraes

Um jovem jogador ambicioso desperta o in-teresse de um experiente ex-campeão. Impres-sionado com o talento do rapaz, passa a ser seu tutor, lhe ensina as artimanhas e os truques da sinuca. Juntos percorrem os salões profissio-nais do país para ganhar muito dinheiro.

O parágrafo anterior poderia ser o início de uma história real, em algum lugar do mun-do, sobre dois jogadores apaixonados pela sinuca, mas trata-se de uma passagem cine-matográfica contada no fil-me “A Cor do Dinheiro”, de 1986 (EUA), estrelado por Paul Newman e Tom Crui-se, o filme na época moti-vou muitos jovens a prática do jogo, as emocionan-tes jogadas desenhadas por vincent, personagem de Cruise, empolgavam e despertavam a curiosida-de pela sinuca. Em janeiro, no guarujá, um experiente campeão acom-panhado de seu jovem aluno, impressiona-ram as pessoas. As tacadas mágicas pare-ciam sair de um filme hollywoodiano, mas ao contrário da ficção, Jota e Nestinho são

profissionais e jogam com seriedade e amor ao esporte. Rodrigo de Souza, proprietário da Elite game Room, uma loja especializa-da em jogos, fez o convite e trouxe o cam-peão brasileiro de sinuca, José Divan Nas-cimento Costa, o Jota. Com 42 anos, ele é o segundo no ranking paulista e atual penta campeão paulista. Quem esteve presente no dia 19 de janeiro, pode acompanhar o joga-dor de perto dando dicas e conselhos sobre

o jogo. Como todo espor-te, a sinuca utiliza técnica e arte. O “toque de bola” do futebol também existe na sinuca, com o controle da bola branca. A habilidade e a precisão das jogadas parecem desafiar a lei da física. Uma modalidade da sinuca que demonstra mui-to bem isso é o trickshot, nome dado a apresenta-

ção de jogadas com efeito. Jota posicionou quatro bolas, uma a uma, em diagonal, pró-ximo a caçapa do canto direito e outras cin-co bolas vermelhas em linha reta oposta; co-locou a bola branca entre as nove bolas e

SINUCAA ARTE NO ESPORTE

Duas gerações. O jovem aluno talentoso e a experiência de um grande profissional. Jun-tos, Nestinho e Jota na Elite Game Room

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José Divan Nascimento Costa, o Jota. Na apresentação em 19 de janeiro de 2008, no Guarujá. Campeão brasileiro e atual penta campeão paulista de sinuca, Jota ocupa a segunda colocação no ranking paulista

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na caçapa do canto esquerdo, com uma distância de três palmos, posicionou a bola sete próximo a tabela. O objetivo era enca-çapar a bola sete. Parecia impossível, mas o inacreditável aconteceu. Com o taco na ver-tical, bateu com força na bola branca que fez uma incrível curva contornando as bolas ver-melhas, alcançando e se chocando com a bola preta que foi parar direto na caçapa.

Suas tacadas espetaculares são treinadas diariamente, experiência que Jota tenta pas-sar aos alunos. Ele é professor de sinuca e tem alunos entre 11 a 75 anos. “Ernesto Ca-rolino Junior e Thiago da Costa, foram dois alunos que hoje estão se tornando profissio-nais e grandes jogadores”, ressalta Jota. Ele já se apresentou no quadro do programa Do-mingão do faustão, Se vira nos 30, conse-guiu encaçapar 40 bolas em apenas 30 se-gundos. feito que fez o telespectador vibrar no programa. Ele confessou que em breve irá tentar realizar um feito maior: encaçapar 60 bolas no mesmo tempo.

Hoje o jogo é reconhecido, por órgãos oficiais, como um esporte. Mas a sinuca vem lutando para se livrar de preconcei-tos. Segundo Jota, ainda existem pessoas que caracterizam a sinuca como um jogo de azar, jogado por preguiçosos e malan-dros. A imagem da sinuca ficou associada às mesas de bares, entre uma bebida e ou-tra, como um jogo de entreteni-mento. Mas existe uma imagem totalmente contrária. Profissio-nais treinam exaustivamente para participar de campeonatos e apresentações. “Um jogador de sinuca chega a andar quase 10 km ao redor da mesa em par-tidas de campeonato. É um es-porte que também exige postura e preparo físico do jogador”, afir-ma. Para Jota a grande conquis-ta na categoria seria a entrada da sinuca em eventos olímpicos. Segundo ele, a sinuca possui to-dos os requisitos para isso. Ele também faz parte, no cargo de diretor, da federação Paulista de Sinuca e Bilhar (fPSB) que orga-niza e realiza os principais cam-peonatos do Brasil. Como no fil-me de Martin Scorsese, a sinuca também leva a fama por ser um

jogo de apostas, e seria errôneo afirmar que isso não ocorre em salões do país. “Eu mes-mo já joguei por muitas vezes por apostas. Mas hoje não faço mais isso. Preciso dar o exemplo para meus alunos”, lembra Jota.

Ele cobra US$ 1 mil por hora de show.Chega a se apresentar 3 horas sem repetir nenhuma jogada. Ele afirma também ter 86 tipos de jogadas criadas. A paixão pela si-nuca é tanta que já jogou dois dias segui-dos, ininterruptamente, sem dormir. “Hoje não faço mais isso. Sofro de hérnia de disco. Minha coluna não permite”.

Dias antes de dar a entrevista exclusiva à Acapulco Magazine, Jota perdera a mãe. Através dela teve o incentivo para aprender a jogar. Um dia foi levar uma quantia em di-nheiro para uma tia, a pedido da mãe, mas acabou perdendo o dinheiro em um jogo de sinuca no bar. “Nesse dia levei uma surra da minha mãe. Tinha 15 ou 16 anos. Mas depois ela comprou uma mesa de sinuca onde co-mecei a treinar. voltei lá e peguei meu dinhei-ro de volta, ganhei no jogo, com juros e cor-reção!”, brinca Jota. Carlos Augusto Martins Miranda, já falecido, foi a pessoa que lapidou Jota. “Ele me ensinou muito e me transmi-tiu tudo o que eu sei e tento passar para os meus alunos”. O campeão revela que a con-centração é o ponto forte do jogo. O jogador que sabe realizar a partida com uma boa

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Jargões e siglas utilizadas

A da vez: a bola a ser encaçapada;Abrir o jogo: facilitar o jogo para o adversário;Arena de jogo: superfície da mesa entre as tabelas;Bilhar: modalidade de jogo diferente do snooker;Caçapa: buraco onde deve-se encaçapar as bolas;Carambolas: jogadas utilizando as tabelas;Encaçapar por telefone: uma bola encaçapa outra;Fila indiana: bolas colocadas em linha reta;FPSB: Federação Paulista de Sinuca e Bilhar;Handicap: pontos concedidos ao adversário;Lado diretor: o lado que tem costume de jogar;Matar: encaçapar;Parada: quando a branca fica na posição de outra;Ponte: posicionamento da mão para apoio do taco;Prego: jogador que joga muito mal;Puxada: retorno da branca no choque com outra;Seguida: quando a bola branca segue a outra bola;Sinuca de Bico: passar por uma situação difícil;Sinuquês: jogador “prego”;Snooker: o mesmo que sinuca;Sóla: emborrachado na ponta do taco;Tabela: laterais (bordas) da mesa de sinuca;Taquista: jogador de sinuca;Trancar o jogo: por fim as chances do adversário;Trickshot: exibicionismo de jogadas com efeito;Viróla: anel protetor de fibra na ponta do taco;

As dicas do Jota

Segundo o Jota, para iniciar um aprendizado na si-nuca é necessário um acompanhamento técnico de uma pessoa experiente e que tenha uma didática adequada para transmitir ao iniciante.

O aprendizado pode ser dividido em seis itens básicos, que são:

1 - Acessórios2 - Posicionamento3 - Controle de bola branca4 - Raciocínio5 - Efeitos6 - Quadro defensivo

Acessórios

Assim como o jogador de futebol precisa ter boas chuteiras, como também um tenista precisa de uma boa raquete, o jogador de sinuca precisa de um bom taco. O ideal é utilizar tacos envernizados com pro-porções padronizadas e oficiais, com uma sóla e vi-róla de qualidade. A cada jogada é necessário uso do giz, que deve estar sempre ao alcance do joga-dor. O giz deve ser passado cuidadosamente e deva-gar, para que cubra completamente a sóla por igual.

Posicionamento

O jogador deve ter uma postura correta, sempre apoiar o lado diretor sobre uma perna e descansar a outra. O braço deve funcionar como uma alavanca e o taco deve estar apoiado corretamente na ponte, formada pela mão em forma de concha. Após cada tacada, evite levantar o taco.

Controle da bola branca

Seguida: a bola branca segue a bola alvo

Parada: a bola branca ocupa o lugar da bola alvo

Puxada: a bola volta após o choque com o alvo

Os demais itens do aprendizado são mais complexos e essenciais para o iniciante. O processo é lento e tra-balhoso, o aprendiz deve praticar inúmeras vezes diver-sos exercícios até dominar todos os itens do aprendiza-do. Principalmente o controle da bola branca.

Abaixo, uma demonstração de trickshot. Em todas as três sequências o objetivo é encaçapar a bola sete (preta). Foto 1: um efeito muito bonito, a bola branca faz uma curva, contornando o obstáculo de bolas vermelhas, e acerta a bola sete, a tacada é feita com o taco na vertical e com bastan-te força a bola branca desliza até o alvo; Foto 2: uma tacada complicada, a bola branca inicia uma reação em cadeia que irá retirar todas as oitos bolas vermelhas enfileiradas, uma bola irá rebater na tabela direcionando, por trás, a bola sete (preta) até a outra bola vermelha, estratégicamente posicionada, que irá redirecioná-la até a caçapa; Foto 3: a tacada “J” é simples mas muito interessante, a branca acerta a ponta da formação que transfere toda a força até a bola sete (preta), que conseqüentemente segue em direção a caçapa. Siga a formação e tente fazer você mesmo.

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Quanto custa? Na Elite Game Room, as mesas de sinuca semi-profissionais custam R$ 1,2 mil; as me-sas oficiais custam a partir de R$ 6 mil; e R$ 9 mil as mesas oficiais especiais, talhadas por artesãos. Segundo Rodrigo de Souza, proprietário, a empre-sa tem um diferencial: “Na Elite o cliente pode tra-zer o seu próprio projeto e nós desenvolvemos”. A grande vantagem é a personalização da mesa de acordo com as necessidades do cliente, tanto no de-sign quanto na altura. Os tacos custam a partir de R$ 40 os nacionais e vão até R$ 350 entre os inter-nacionais. Outros acessórios como luvas, giz, jo-gos de bolas, taqueiras (porta-tacos), luminárias, réguas, triângulos, lousas e marcadores também são oferecidos na loja da Enseada, em Guarujá.

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concentração passa a ter menos chances de erro. Para ele, Stephen Hendry é uma re-ferência no esporte. “Quando ele está na are-na de jogo entra em transe, a concentração dele é impressionante. E considero a maior personalidade do Snooker da atualidade”, comenta Jota.

Em 2005, no campeonato brasileiro, Jota foi traído pela tensão emocional, devido a um problema pessoal, era franco favorito ao títu-lo mas devido a erros motivados pela falta de concentração acabou perdendo a partida.

Natural de Santo Antônio das Balsas (MA), Jota é divorciado e tem três filhos. Mas ne-nhum deles seguiu os passos do pai. Atual-mente, mora em São Paulo e se dedica inteira-mente à sinuca e eventos ligados ao esporte. O jogador tem uma agenda cheia para 2008, onde irá buscar a reconquista da primeira colocação no ranking paulista, que pertence a gabriel Callas Abreu de Andrade, segundo a lista divulgada no site da federação.

Lançará em breve uma revista e um vídeo aula com suas técnicas de jogo. A publica-ção chega em um bom momento, quando a sinuca vem se popularizando e crescen-do profissionalmente. O público feminino é um exemplo disso. Timidamente as mulheres iniciaram na sinuca acompanhando os mari-dos, namorados e amigos em salões profis-sionais. Hoje o nível técnico das mulheres é o mesmo dos homens, elas só levam des-vantagem na inferioridade numérica de prati-cantes. Conta-se que a atual versão do jogo e suas regras foram inventadas por ingleses em 1875, na grã-Bretanha. Mas o apareci-mento no mundo não se pode precisar, es-pecula-se ainda que os egípcios inventaram o jogo. Outra curiosidade sobre a sinuca são as propriedades terapêuticas.

Em 25/09/2007, publicado na Folha de São Paulo, mergulhadores italianos passa-ram duas semanas em um complexo debai-xo da água, a uma profundidade de 50 me-tros. O objetivo foi verificar a adaptação do homem ao novo ambiente. E para entreter os mergulhadores e evitar a depressão, foi ins-talada uma mesa de sinuca.

A Elite Game Room está localizada na Enseada, na Rua Colôm-bia, 492, (esquina com a Av. D. Pedro I), Guarujá, SP, contato pelo )(13) 3392.3225, : www.elitegameroom.com.br * [email protected] | Para entrar em contato com o Jota, )(11) 8635.6302 ou 5181.0636, : www.fpsb.com.br

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Os charutos nacionais estão entre os melhores do mundo. Os mais comercia-lizados são os da marca Dona Flor e o Alonzo Menendez. Estão conquistando o mercado europeu e os EUA, que mantém um embargo contra os charutos cubanos

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Antes do embargo contra os charutos cuba-nos nos EUA, o presidente John Kennedy solicitou mil unidades do Cohiba. Somente depois que re-cebeu o produto, Kennedy assinou o embargo.

A história foi contada pelo executivo cuba-no Manuel garcia, vice-presidente comercial da Habanos S.A., em entrevista para a revista ISTOÉ. Os charutos cubanos e principalmen-te a saga do Cohiba e Monte Cristo, envol-ve uma tradição e qualidade indiscutível. Já no Brasil, desde 1892, se produz charutos no recôncavo baiano principalmente nas ci-dades de Cruz das Almas, São gonçalo dos Campos e Alagoinhas. O mercado ao longo dos anos sofre com altas e baixas nas ven-das. Segundo o Anuário Brasileiro do fumo, as vendas se mantém em cerca de 10 mi-lhões de unidades ao ano. Número pouco representativo para o mercado internacional, em Cuba são 300 milhões de unidades.

felizmente, na opinião de Alex Ribeiro Mi-guel, 28 anos, sommelier de charutos, o pro-duto nacional é mais representativo na qua-lidade do que na quantidade produzida. Ele afirma que o charuto brasileiro está entre os melhores no mundo. “São bastante exporta-dos para a Europa e os EUA principalmen-te (...) Dona flor e Alonso Menendez são os mais comercializados”, afirma.

Os charutos são produtos caros, e para a maioria dos brasileiros o produto cubano fica em segundo plano em relação ao custo, se comparado aos nacionais. fato que pode ajudar no consumo interno. Como nos vinhos, nem sempre o mais caro é o melhor, por isso,

o bom charuto é aquele que dá o maior prazer e a escolha torna-se muito pessoal. Para Alex o “prazer não tem preço”. Os charutos nacio-nais, a unidade, custam em torno de R$ 12 a R$ 30; os dominicanos entre R$ 20 a R$ 50; e o cubano (Cohiba) de R$ 49 a R$ 144, na loja Habana, na villa Jequitimar, em guaru-já. O charuto deve ser degustado em todos os sentidos: tato, olfato, audição e paladar. “O melhor companheiro para o charuto, é o charuto mesmo. Mas o ritual comum é ter uma bebida para acompanhar”. Segundo Alex, o Cohiba vai muito bem com uísques, licores e conhaques. Para os nacionais, a Dona flor é acompanhado com cervejas, vi-nhos, como também, uísques e licores.

Entre os “amantes da baforada”, estão personalidades, como: Emerson fitipaldi, Antonio fagundes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Curiosamente existe a marca nacional Dom Lula, da fábrica de charutos Julien Bahia, trata-se de um short filler feito com fumo picado. Em guarujá, os interes-sados em degustar diversas marcas de cha-rutos, e outros tipos de fumo, agora contam com um espaço climatizado na loja Habana, na villa Jequitimar. Alex afirma que é a úni-ca casa especializada da região que oferece produtos adequados e condições propícias para a degustação. O sommelier também dá dicas sobre acompanhamentos, conser-vação, manuseio, etiqueta e degustação.

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A Habana está localizada na Praia do Pernambuco, na Av. Marjory da Silva Prado, 1100, Villa Jequitimar, loja 43, Guarujá, SP, contato pelo )(13) 3353.6783

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LAND ROvER LRX

Fotos: divulgação

No Salão de Detroit (NAIAS, North Ameri-can International Auto Show), a Land Rover revelou sua visão do futuro com a estréia mundial do carro conceito Land Rover LRX. Um novo protótipo cross-coupé premium de três portas, criado para apresentar o que há de mais recente em tecnologias de projeto. Um dos destaques será seu exclu-sivo teto panorâmico e suas janelas late-rais e traseiras, fabricadas com os painéis transparentes de plástico de alto desem-penho Lexan gLX da SABIC Innovative Plastics com a tecnologia de revestimen-to Exatec. Como resultado da colaboração conjunta com a Land Rover, a SABIC Inno-vative Plastics pôde contribuir com o obje-tivo da montadora de utilizar materiais mais leves e sustentáveis no LRX. Com o uso do PC Lexan de alto desempenho da SA-BIC com revestimento Exatec, a Land Ro-ver conseguiu projetar de forma diferen-ciada e reduzir o peso total do LRX em

aproximadamente 40 libras (19 kg). Mas a grande novidade mesmo é a sua propul-são híbrida. Ele conta com motor turbo-diesel de 2 litros, que também funciona com biodiesel e, segundo a Land Rover, tem consumo 30% menor se compara-do a modelos 4x4 de porte compatível e emissões reduzidas a 120 g/km de CO2. Já o eixo traseiro dispõe de tração elétri-ca, que movimenta sozinha todas as ro-das do carro a até 32 km/h. A partir daí, os dois tipos de propulsão se combinam até que o motor a diesel esteja rodando em seu modo mais eficiente. Quando pa-rado no trânsito, o carro fica com o mo-tor desligado, que só volta a funcionar quando o motorista acelerar. gráficos em LCD e no console, um iPhone que fica embutido, integrado ao sistema do veí-culo e responsável pelo acionamento do motor, sem a utilização de chaves. Estará disponível no mercado apenas em 2009.

Foto desta página, perfil lateral do Land Rover LRX de três portas. Na página ao lado, iPhone no console

do veículo integrado com o sistema de comando, bancos revestidos com

materiais sintéticos, teto solar de plás-tico especial e painel com LCD

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fIAT BRAvO E LINEANO

VIDA

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A revista Auto Esporte publicou, em sua última edi-ção, que a Fiat irá iniciar a fabricação do Bravo no Brasil até 2010, na versão hatch médio. Segundo a revista a fiat investirá cerca de R$ 5 bilhões nas fábricas em Betim e Sete Lagoas com objetivo de ampliar as produções. O Bravo foi lançado na Europa com motores à gasolina, 1.4 16v de 90 cavalos e versões de T-JET com 120 e 150 cavalos. A versão européia também está equi-pada com o sistema Blue&Me feito em conjun-to com a Microsoft, o mesmo que equipa os modelos top de linha do Punto no Brasil. Se-gundo o jornal Estado de São Paulo, o Bravo nacional irá utilizar a plataforma do Stilo, apro-veitando câmbio, suspensão e outros com-ponentes internos, assim como ocorre com o

Punto nacional. E assim, o Bravo será o suces-sor do Stilo. Especula-se também, que o Linea será fabricado no Brasil sobre a mesma plata-forma do Punto, trata-se de um compacto pre-mium que acaba de ser lançado na Turquia e acredita-se que terá linhas idênticas às do mo-delo turco, porém mais sofisticado. Desenhado em conjunto com a Italdesign de giorgetto giu-giaro, com belos e arrojados faróis com con-tornos que lembram os das esportivas Maserati e dão uma identidade visual arrojada. Os lan-çamentos chegam ao mercado em um ótimo momento para a fiat. Pela primeira vez, em seis anos, o balanço da montadora ficou no azul na Europa. No início de abril, a empresa anun-ciou um lucro de 1,2 bilhão de euros em 2006.

A Ferrari apresentou no salão de Detroit seu primeiro carro movido a etanol biocombustível. O mode-lo f430 Spider foi escolhido para ter o motor biocombustível, com emissão 5% a menos de CO2 e com ganho de potência em 10%. A marca é vista como sinôni-mo de luxo e velocidade, e nun-ca esteve tão preocupada com a imagem ecológica. No mun-do inteiro a pressão pelo uso de combustíveis alternativos cres-ce a cada dia. Principalmente sobre o uso do álcool combus-tível na Europa, onde a União

Européia (UE) anunciou que poderá rever a meta de ter 10% de seus carros movidos a etanol até 2020. A tecnologia flexível em combustível do f430 funciona com 85% de etanol e 15% de gaso-lina. Segundo a marca de Maranello, existe experiência de sobra de seus engenheiros na ques-tão do combustível alternativo. Na fórmula 1, a escuderia usa gasolina com cerca de 4% de eta-nol, assim como a f430 gT2 que compete no American Le Mans Series. Na competição A1 gP, os bólidos da ferrari rodam com 10% de etanol em seus motores v8. A mudança ecológica chamou a atenção da mídia, mas só deixou a f430 ainda mais nervosa. O modelo ainda não está sendo comercializado, ainda é um conceito, mas em breve será mais uma opção de compra da marca.

Fotos: divulgação

fLEXFERRARI

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texto, fotos e ilustração Jeifferson Moraes

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Acima, Praia do Pernambuco, uma das mais belas praias do Guarujá, na maioria dos dias do ano fica quase deserta, mas no Verão fica praticamente lotada. Muito freqüentada por famosos e grandes empresários. Na orla, diversas mansões, inclusive o Hotel e SPA Sofitel do empresário Silvio Santos, considerado um dos mais luxuosos do país. Existem barracas na areia que oferecem lanches, aperitivos e bebidas. A Ilha do Arvoredo, localizada bem em frente, foi escolhida pelo cientista e empresário brasileiro Fernando Lee para suas pesquisas (energia solar, piscicultura, genética vegetal, criação de aves de outras partes do mundo), sendo que não é possível a visitação pública. Próximo à Praia de Pernambuco foi encontrado o primeiro sambaqui da região, com restos arqueológicos datados de cerca de 2.500 a.C. As residências na orla foram projetadas por famosos arquitetos, sendo uma das praias mais sofisticadas da cidade. A famosa artista plástica Wega Nery, já falecida, residia em uma casa na praia onde hoje se tornou roteiro cultural do Guarujá.

PÉROLA DO ATLÂNTICO

gUARUJá

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Há 506 anos, Américo Vespúcio e André Gonçalves aportavam na Ilha de Guaibê, e através dos índios que chamavam a terra de guaru-ya, com a pronúncia dos por-tugueses, o termo se tornou o nome da cidade: Guarujá.

A Ilha de Santo Amaro, que um dia também foi cha-mada de Ilha do Sol, quando doada por Martin Afon-so de Souza a seu irmão, Pero Lopes de Souza, por volta de 1543, irá comemorar 74 anos de sua eman-cipação administrativa no próximo dia 30 de junho. O termo guaru-ya se referia à existência de uma pas-sagem estreita entre rochas, que acabou recebendo o nome de caminho do mar (onde de fato existia um canal natural de água salgada), e atualmente se en-contra o edifício “Sobre as Ondas”, entre as praias das Pitangueiras e Astúrias.

Entre tantos nomes, a cidade viveu seus anos de ouro na década de 1970. A verticalização e os con-domínios de luxo trouxeram a sofisticação e o gla-mour para o balneário. Com belas praias e a natureza exuberante, típica de floresta tropical, a cidade ficou conhecida como a “Pérola do Atlântico”. Outra deno-minação curiosa é o termo “Dragão”, devido a forma geográfica da ilha ser muito parecida com um dragão alado (veja página 49). Por isso é comum pessoas se referirem como rabo do dragão, a parte norte da cida-de e cabeça do dragão o lado sul.

Pesquisa realizada pela Secretaria de Turismo (Setur), revela que “Rotas de guarujá” tem a preferên-cia do turista. Trata-se de um projeto implantado pela Prefeitura para levar o turista a conhecer os principais pontos da cidade. funciona aos sábados e domin-gos, e por uma pequena taxa, pode-se conhecer a Ermida de guaibê, fortaleza da Barra, arquitetura da região, forte do Itapema e passeio de barco.

Como nem tudo é perfeito, guarujá também so-fre com alguns problemas sociais, como habitação e segurança. Junto com o crescimento, os problemas surgiram. Com a demanda de empregos no setor da construção civil dos últimos 30 anos, a cidade passou a receber uma enorme quantidade de migrantes nor-destinos. Com a queda do setor, o emprego diminui

e as favelas cresceram ao redor das áreas mais no-bres. felizmente o quadro atual da economia na cidade é positivo. Um balanço divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de guarujá aponta para o aumento 4

Elena Schweitzer | Dreamstime

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do número de novas empresas. Ao longo de 2007, foram abertas 1.555 novas empresas, quase o dobro em relação ao ano de 2006, que foram abertas 806.

O secretário de Desenvolvimento Econômico tam-bém está otimista com os resultados da temporada de verão, período em que o guarujá se transforma em ‘vi-trine nacional’, atraindo mais de um milhão de turistas e empresas em busca desse público.

As praias ainda continuam sendo o grande atrati-vo do verão. Urbanizadas ou selvagens, elas se espa-lham de norte a sul da ilha, cada qual com característi-cas próprias, desertas ou badaladas, para satisfazer a todos os gostos. Listamos a seguir 24 praias do gua-rujá, por ordem de localização do sul para o norte, com descrição e principais informações:

1. Santa Cruz dos Navegantes ou Pouca Farinha, (650 m) ao sudoeste da ilha, ocupada por pescado-res, a praia dá acesso à fortaleza da Barra grande, pode-se ir pela estrada Santa Cruz dos Navegantes ou de barco pela Ponta da Praia em Santos;

2. Góes, (250 m) pouca infra-estrutura, com acesso ape-nas de barco, águas calmas e há colônia de pescadores;

3. Congava ou Sangava, (300 m) no extremo oeste da ilha, águas calmas, piscinas naturais, muito procu-rada para o mergulho devido às águas claras;

4. Saco do Major, (400 m) deserta e selvagem, de tombo e profunda, com ondas fortes, boa para o mer-gulho, uma das mais distantes com acesso por trilha longa (1h) pela Praia do guaiúba ou de barco;

5. Guaiúba, (790 m) a primeira, da seqüência, urba-nizada e bem freqüentada por turistas o ano inteiro, o acesso pode ser feito de carro;

6. Monduba ou Artilheiro, (400 m) afastada, localiza-da em área militar de acesso restrito, permitida apenas visitas agendadas e monitoradas para passeios ecoló-gicos sob autorização do Exército;

7. De Fora ou Moisés, (50 m) afastada, selvagem, com acesso apenas de barco, em dias de maré alta, a praia praticamente desaparece;

8. Bueno, (120 m) águas calmas, acesso restrito por estar em área militar, autorizado apenas para passeios ecológicos, localizada do lado oposto da Monduba;

9. Tombo, (860 m) muito procurada pelos surfistas, de ondas fortes e correnteza traiçoeira, a praia possui em sua orla edifícios de até 3 andares, restaurantes e lanchonetes, acesso pela avenida da praia de carro;

10. Astúrias, (1,1 km) de areia clara e mar calmo. Urbanizada com edifícios na orla. Barcos de pesca costumam ancorar no canto da praia e pescadores também comercializam os pescados no local;

11. Pitangueiras, (1,8 km) é uma das praias mais badaladas do guarujá, em sua orla beiram edifícios 4

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Praia do Tombo

Praia das Astúrias

Praia da Enseada

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Acima, no topo da página, a Praia do Tombo, areia fina, branca e fofa, mar forte, fundo e algumas vezes perigoso, com buracos e correnteza, a praia se destaca por ser um dos grandes templos do surfe do país. De lá, já surgiram gran-des nomes do surfe nacional. Foi também um dos primeiros lugares onde o esporte foi praticado no Brasil, sendo o ber-ço do surfe paulista. Seu nome deriva-se de sua formação geológica. Possui um mar bravo e provoca tombos inespe-rados. Segundo lendas da região, o mar se revoltou porque escravos eram aprisionados em grutas existentes nas encos-tas do morro. Em frente a essa praia está a Ilha da Moela, com o Farol da Moela, construído em 1836. Em seguida, a Praia das Astúrias, uma das mais charmosas do Guarujá, bastante badalada e freqüentada por turistas. Da Ponta das Galhetas pode-se visualizar as praias de Pitangueiras e En-seada e também praticar a pesca. À esquerda, a Praia da Enseada, no seu início destaca-se o Morro da Campina, mais conhecido como Morro do Maluf, com vista panorâmica do Guarujá; no final da praia, a Ponta do Tortuga, muito procu-rada pelos adeptos dos esportes náuticos, como jet-skis e iatismo. Praia onde localiza-se a mansão do Silvio Santos.

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altos, restaurantes, shopping e no canto norte, recen-temente, foi instalada uma iluminação noturna para sur-fistas, que funciona na temporada todas as noites, das 18 às 23 horas, linda vista na subida do Morro do Maluf;

12. Enseada, (5,6 km) a mais extensa praia do gua-rujá, badalada, comércio ativo o ano inteiro, no verão abriga a maioria dos eventos esportivos e de entrete-nimento, como shows e campeonatos, do lado norte da praia existem excelentes restaurantes;

13. Éden, (100 m) localizada na encosta do Morro do Sorocotuba, é uma das mais belas praias da cida-de, o acesso é feito de carro pela subida do morro, com poucas vagas para estacionar, é necessário descer uma trilha a pé para chegar à praia, existe uma lanchonete no local que é mantida por moradores;

14. Sorocotuba, (100 m) bela praia próxima a do Éden, na encosta do morro, com acesso controlado pelo condomínio através de trilha;

15. Mar Casado, (400 m) originada pelo encontro das águas da Praia do Pernambuco, proporciona bela paisagem, às vezes, com águas calmas;

16. Pernambuco, (1,5 km) sofisticada e freqüentada por celebridades e grandes empresários, foi também o local escolhido por Silvio Santos onde inaugurou em 2006 um luxuoso hotel de frente para o mar;

17. Perequê, (2,2 km) praia de pescadores onde concentra-se um forte comércio de pescados e diver-sos restaurantes especializados em frutos do mar;

18. São Pedro, (1,4 km) afastada, com acesso con-trolado pelo condomínio, com lindas residências;

19. Conchas ou PC, (70 m) localizada entre a São Pedro e o Iporanga, acesso controlado;

20. Iporanga, (800 m) possui uma cachoeira, restau-rante, com lindas residências na orla da praia, estaciona-mento com vagas limitadas e acesso controlado;

21. Taguaíba ou Pinheiro, (700 m) acesso pode ser feito por trilha pelo Iporanga, acesso controlado;

22. Camburizinho, (400 m) rústica com vegeta-ção nativa, poucos moradores, quase deserta, aces-so por trilha (40 minutos) da Praia Preta ou de barco;

23. Preta, (200 m) afastada, selvagem, de areia

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ÁREA CONTINENTAL

BERTIOGA

GUARUJÁ

Praias do Guarujá

1. Sta. Cruz dos Navegantes2. Góes3. Congava ou Sangava4. Saco do Major5. Guaiúba6. Monduba ou Artilheiro7. Fora ou Moisés8. Bueno9. Tombo10. Astúrias11. Pitangueiras12. Enseada

13. Éden14. Sorocotuba15. Mar Casado16. Pernambuco17. Perequê18. São Pedro19. Conchas20. Iporanga21. Taguaíba22. Camburizinho23. Preta24. Branca

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Praia da Enseada

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densa e escura, muito procurada para o surfe, on-das fortes e perigosas, várias formações rochosas. Uma praia praticamente deserta, com acesso difícil feito através de trilha pela Praia Branca ou de barco;

24. Branca, (1,3 km) afastada, selvagem, localiza-da ao lado do ferry Boat que faz a travessia para Ber-tioga, no extremo leste da Ilha de Santo Amaro, seu acesso dá-se por barco ou por uma longa trilha a par-tir do final da estrada guarujá-Bertioga. Ondas fortes e correntes traiçoeiras do lado esquerdo, e mar calmo e tranqüilo do lado direito. Nesta praia situa-se uma an-tiga colônia de pescadores. Há algumas barracas na praia que vendem peixe frito e bebidas. Bastante pro-curada por surfistas e campistas.

Acima à esquerda, Praia das Pitangueiras, vista do Morro do Maluf. Agora com iluminação noturna para a prática do surfe. Acima, Praia do Camburizinho, constantemente con-fundida pelos turistas com uma praia, de mesmo nome, mais ao norte no município de Bertioga. Tem bela paisagem, quase deserta, rústica, alguns pescadores residem no local, é para-da comum de barcos e iates. O acesso é difícil, feito por trilha (40 minutos) através da Praia Preta (que também tem acesso complicado), em dias de ondas fortes, é perigoso parar com barcos próximo à praia, com o risco de bater nas rochas.

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Postos turísticos: Pitangueiras - Av. Marechal Deodoro da Fonseca, 723 Astúrias - Av. General Rondon, s/nShopping La Plage - Av. Marechal Deodoro da Fonseca, 885Rodoviária - Av. Santos Dumont, 840Enseada - Rua das Guianas, 43: www.guaruja.sp.gov.br) 13 3344.4600

Passeios de lancha:: www.aquillamaris.com.br* [email protected]) 13 3353.2833) 13 3353.2224

Informações:: www.visiteguaruja.com) 13 3353.2833

Praia das Pitangueiras

Praia do Camburizinho

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Praia do Pernambuco Av. Marjory Prado, 295 (13) 3353.3612 Guarujá

Shopping EnseadaRua Argentina, 82 - lj. 01 (13) 3351.6667Guarujá

Shopping La PlagePitangueiras - lj. 127(13) 3387.3945Guarujá

Super Centro BoqueirãoRua Oswaldo Cruz, 319 - lj. 102(13) 3223.8544Santos

C O L E Ç Ã O V E R Ã O 2 0 0 8

M O D A P R A I A

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