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Janeiro de 2008: sesquicentenário da Revista Espírita No texto inaugural do periódico, lançado no primeiro dia do ano de 1858, o editor Allan Karec admite a existência de dois outros veículos especializados no assunto: o , de Genebra – Suíça e do Orléans, nos USA. Mas certamente nenhum dos dois teve vida tão longa e, principal- mente, a importância da . Kardec foi um homem incansável, dedicado e persistente, sem se falar na extraordinária capacidade intelectual que possibilitou em 14 anos incompletos compor este conjunto de obras que há um século e meio serve de farol à humanidade, bastando que o interessado se deixe envol- ver pelo interesse de conhecer-se melhor, ao mundo que o rodeia, incluindo os habitantes da dimensão espiritual e obter respostas para os mais varados questionamentos sobre sua origem, natureza e destino. Paralelamente à duríssima rotina de trabalho que absorvia-o por completo com os compromissos doutrinários assumidos, encontrou tempo e energia não só para dirigir o mensário, mas elaborá-lo inteira- mente, até sua morte, em 1869. Hoje conhecemos o seu conteúdo reunido em volumes correspondentes a cada ano, contendo suas 12 edições mensais. A Revista Espírita compunha-se de textos diversos como a reprodução de centenas de diálogos travados com os espíritos, artigos, ensaios e comentários, relatos de corresponden- tes de várias partes do mundo sobre fenômenos mediúnicos e o movimento iniciante. É obra de leitura cansativa se tomada no seu todo. Afinal, são cerca de 4.000 páginas e pouco conhecida mesmo entre os espíritas mais antigos. Mas a ou como fez constar em seu frontispí- cio é uma valiosíssima para quem deseja conhe- cer melhor não o Codificador, mas o Espiritismo como um todo. Se a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas” viria a se constituir no laboratório de observação e experi- mentação dos fenômenos mediúnicos, a “Revis- ta” foi, à sua época, o principal canal de divulga- ção de tudo o que lá se aprendia, mais até que os livros. Conforme artigo de Marcelo Henrique, à página 11, justa homenagem prestou-se a Allan Kardec como Patrono da Imprensa Espírita Internacional bem como a escolha de 1º de janeiro como o Dia Mundial da Imprensa Espírita, decisão tomada no Congresso Espírita Mundial de Paris, em 2004, proposta oferecida pela Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo. Na exortação do Espírito Verdade , bem que se poderia acrescentar “... . Sem sua leitura, mesmo aos espíritas mais experientes, restará uma lacuna irreparável no seu conheci- mento. Como o leitor sabe, mantemos aqui a seção , onde, a cada edição (nesta, à pág. 06), abordamos alguns tópicos referentes a um semestre das publicações da . É uma forma de esmiuçar o interesse e curiosidade. Longe de servir de resumo, é convite para a sua leitura integral, fonte abundante informações imprescindíveis. Journal de l'âme Spiritualiste de la Nouvelle, Revue Spirite Revue Jornal de Estudos Psicológicos Espíritas, instruí-vos” ,inclusive e necessariamente pela Revista Espírita de Allan Kardec” Revue A Revista de Kardec ADE-PR e o dever de ser transparente Sociologia: base das interações entre encarnados e desencarnados Presidente da ADE-SE fala na Espanha e Portugal A eleição que não aconteceu A título de satisfação ao público geral e principalmente a seus Associados e Colaboradores, como sempre fazemos ao fim de cada gestão, publicamos as informações relativas à eleição e posse da nova diretoria, resumo dos Demonstrativos Financeiros 2006-2007 e o Relatório da Administração. Páginas 05, 06 e 10. As permutas invisíveis de energias, emoções e pensamentos são constantes não só entre os “vivos”, mas destes com as individualidades despojadas das vestes carnais. Estas relações, dentro e fora dos centros espíritas, precisam ser bem compreendidas para levar a práticas conscientes. Página 08. João Batista Cabral esteve na Península Ibérica no início de dezembro passado onde fez conferências e coordenou seminários. O ponto alto foi sua participação no XV Congresso Nacional Espírita Espanhol. Página 12. O pleito, de outubro foi transferido para dezembro e daí adiado novamente, agora sem data. Nosso Editorial, à pág. 02, comenta as dificuldades para equacionar o impasse e reporta- se ao tema central do CONBRADE, as “pontes comunicativas”, como forma de aproximar e, se possível, unir. - A resenha sobre o livro “Arte Pararrealista – Direitos Autorais e a pintura mediúnica na visão de Kardec”, de Alzira Martins Appollo. Pág. 04. - Notícias sobre o XV ECOMEJ - Encontro do Movimento Espírita do Japão, no dia 23 de dezembro, em Tóquio. Pág. 07. - Y. Shimizu trata do importante uso da vírgula, tão maltratada pelos brasileiros, na redação de textos jornalísticos, na literatura e no dia a dia; e das principais obras nacionais e estrangeiras sobre reencarnação, necessárias na biblioteca do divulgador espírita. Pág. 03 e 09. - E o complemento de um artigo de Alkíndar de Oliveira que traz mais algumas dicas preciosas sobre a arte de falar bem em público, na seção Divulgar com eficiência. Pág. 10. E leia ainda: ADE-PR · Associação de Divulgadores do Espiritismo do Estado do Paraná CURITIBA, JAN/FEV 2008 · ANO XI - Nº 65 www.adepr.org.br ACESSE:

ACESSE: ADE-PR · Associação de ... · de João Pessoa, em outubro passado, foi um equívoco. Remar-cado para 09 de dezembro, foi adiado novamente e ninguém sabe ao certo qual

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Page 1: ACESSE: ADE-PR · Associação de ... · de João Pessoa, em outubro passado, foi um equívoco. Remar-cado para 09 de dezembro, foi adiado novamente e ninguém sabe ao certo qual

Janeiro de 2008: sesquicentenário da Revista Espírita

No texto inaugural do periódico,lançado no primeiro dia do ano de 1858, oeditor Allan Karec admite a existência dedois outros veículos especializados noassunto: o , de Genebra –Suíça e doOrléans, nos USA. Mas certamente nenhumdos dois teve vida tão longa e, principal-mente, a importância da .

Kardec foi um homem incansável,dedicado e persistente, sem se falar naextraordinária capacidade intelectual quepossibilitou em 14 anos incompletoscompor este conjunto de obras que há umséculo e meio serve de farol à humanidade,bastando que o interessado se deixe envol-ver pelo interesse de conhecer-se melhor, aomundo que o rodeia, incluindo os habitantesda dimensão espiritual e obter respostaspara os mais varados questionamentossobre sua origem, natureza e destino.

Paralelamente à duríssima rotina detrabalho que absorvia-o por completo comos compromissos doutrinários assumidos,encontrou tempo e energia não só paradirigir o mensário, mas elaborá-lo inteira-mente, até sua morte, em 1869. Hoje

conhecemos o seu conteúdo reunido em volumescorrespondentes a cada ano, contendo suas 12edições mensais.

A Revista Espírita compunha-se detextos diversos como a reprodução de centenasde diálogos travados com os espíritos, artigos,ensaios e comentários, relatos de corresponden-tes de várias partes do mundo sobre fenômenosmediúnicos e o movimento iniciante.

É obra de leitura cansativa se tomada noseu todo. Afinal, são cerca de 4.000 páginas epouco conhecida mesmo entre os espíritas maisantigos. Mas a ou

como fez constar em seu frontispí-cio é uma valiosíssima para quem deseja conhe-cer melhor não só o Codificador, mas oEspiritismo como um todo. Se a “SociedadeParisiense de Estudos Espíritas” viria a seconstituir no laboratório de observação e experi-mentação dos fenômenos mediúnicos, a “Revis-ta” foi, à sua época, o principal canal de divulga-ção de tudo o que lá se aprendia, mais até que oslivros.

Conforme artigo de Marcelo Henrique, àpágina 11, justa homenagem prestou-se a AllanKardec como Patrono da Imprensa EspíritaInternacional bem como a escolha de 1º dejaneiro como o Dia Mundial da ImprensaEspírita, decisão tomada no Congresso EspíritaMundial de Paris, em 2004, proposta oferecidapela Associação Brasileira de Divulgadores doEspiritismo.

Na exortação do Espírito Verdade“ , bem que se poderiaacrescentar “...

. Sem sualeitura, mesmo aos espíritas mais experientes,restará uma lacuna irreparável no seu conheci-mento.

Como o leitor sabe, mantemos aqui aseção , onde, a cada edição(nesta, à pág. 06), abordamos alguns tópicosreferentes a um semestre das publicações da

. É uma forma de esmiuçar o interesse ecuriosidade. Longe de servir de resumo, é convitepara a sua leitura integral, fonte abundanteinformações imprescindíveis.

Journal de l'âmeSpiritualiste de la Nouvelle,

Revue Spirite

Revue Jornal de EstudosPsicológicos

Espíritas, instruí-vos”,inclusive e necessariamente pela

Revista Espírita de Allan Kardec”

Revue

A Revista de Kardec

ADE-PR e o dever de ser transparente

Sociologia: base das interaçõesentre encarnados e desencarnados

Presidente da ADE-SE fala na Espanha e Portugal

A eleição que não aconteceu

A título de satisfação ao público geral e principalmentea seus Associados e Colaboradores, como sempre fazemosao fim de cada gestão, publicamos as informações relativas àeleição e posse da nova diretoria, resumo dos DemonstrativosFinanceiros 2006-2007 e o Relatório da Administração.Páginas 05, 06 e 10.

As permutas invisíveis de energias, emoções epensamentos são constantes não só entre os “vivos”, masdestes com as individualidades despojadas das vestescarnais. Estas relações, dentro e fora dos centros espíritas,precisam ser bem compreendidas para levar a práticasconscientes. Página 08.

João Batista Cabral esteve na Península Ibérica noinício de dezembro passado onde fez conferências ecoordenou seminários. O ponto alto foi sua participação no XVCongresso Nacional Espírita Espanhol. Página 12.

O pleito, de outubro foi transferido para dezembro e daíadiado novamente, agora sem data. Nosso Editorial, à pág. 02,comenta as dificuldades para equacionar o impasse e reporta-se ao tema central do 2º CONBRADE, as “pontescomunicativas”, como forma de aproximar e, se possível,unir.

- A resenha sobre o livro “Arte Pararrealista – Direitos Autorais e a

pintura mediúnica na visão de Kardec”, de Alzira Martins Appollo. Pág. 04.

- Notícias sobre o XV ECOMEJ - Encontro do Movimento Espírita

do Japão, no dia 23 de dezembro, em Tóquio. Pág. 07.

- Y. Shimizu trata do importante uso da vírgula, tão maltratada

pelos brasileiros, na redação de textos jornalísticos, na literatura e no dia a

dia; e das principais obras nacionais e estrangeiras sobre reencarnação,

necessárias na biblioteca do divulgador espírita. Pág. 03 e 09.

- E o complemento de um artigo de Alkíndar de Oliveira que traz

mais algumas dicas preciosas sobre a arte de falar bem em público, na

seção Divulgar com eficiência. Pág. 10.

E leia ainda:

ADE-PR · Associação de Divulgadores do Espiritismo do Estado do Paraná CURITIBA, JAN/FEV 2008 · ANO XI - Nº 65w w w . a d e p r . o r g . b rACESSE:

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02 Janeiro / Fevereiro de 2008

Adiada sem data a eleição da AbradeA cada dia que passa fica

mais notório que a não realizaçãodo pleito durante o CONBRADEde João Pessoa, em outubropassado, foi um equívoco. Remar-cado para 09 de dezembro, foiadiado novamente e ninguém sabeao certo qual será a nova data.Com isso a Abrade está acéfala,sem presidente e sem diretoria, jáque a gestão encerrou-se em 31 dedezembro.

Com o barco à deriva, semcomandante e uma tripulaçãodesorientada e ansiosa, vive-sedias de aparente calmaria forçadaque, oxalá, não seja o prenúncio denova borrasca. O desconfortopode ser mensurado em manifesta-ções isoladas como na carta aolado do presidente da ADE-SC,Marcelo Henrique. O silêncio damaioria, porém, deve ser interpre-tado não como uma concordânciatácita com a situação atual, antescomo uma trégua de esperança deque tudo se normalize o maisrápido possível.

Cabe aqui uma breverecapitulação dos fatos. Quandona reunião de Curitiba do Conse-lho Nacional de Divulgadores doEspiritismo, no final de 2005, quedefiniu Marcelo Firmino Diascomo presidente da Abrade para obiênio seguinte e também decidiupela realização do Congresso, apartir do momento que este foiagendado para outubro de 2007,gerou-se a natural expectativa quea presença ali de grande parte,senão a totalidade, dasADEs, seriaaproveitada para a nova eleição.Não foi o que aconteceu.

Em maio do ano passado,após as primeiras manifestaçõesvisando preparar o processoeleitoral, membros da diretoria,incentivados pelo presidente,propuseram marcar a eleição parauma data posterior sob alegaçãode que as discussões do tema, quejá então sinalizavam para o surgi-

mento de uma chapa de oposição,perturbariam os preparativos doCONBRADE. Demonstração deinabilidade do presidente paracuidar do operacional e do políti-co-administrativo institucional aomesmo tempo.

Ânimos acirrados, desis-tência de pré-candidatura, surgi-mento de outra chapa de afogadi-lho, cancelamento em cima da horada reunião de dezembro e uma totalestagnação que já dura mais de doismeses. Houve até quem propusesseconduzir-se o pleito até o seudesfecho, após o que se daria o“desligamento voluntário” dogrupo representado pela chapaperdedora. Sugestão temerária eradical. Em vez de esforços paracontornar os problemas e melhorara convivência, o esfacelamentoinstitucional por conta de diferen-ças de idéias e divergências novarejo, apesar da confluência deprincípios e objetivos no atacado.

Claro que o caminhopoderia ter sido aplainado commais tolerância e desprendimento.Houve excessos, por certo, posi-ções pessoais sobrepondo-se àsinstitucionais, embora todaseivadas de boas intenções.

Sabe-se agora que oslíderes das duas chapas – instadas arenunciar às candidaturas na buscade uma terceira via, mas poucodispostas a fazê-lo -, estão dialo-gando entre si. Isso é bom. Entre-tanto, os demais, incluindo osmembros das tais chapas, estãoalheios ao processo. O que foidivulgado até agora continua vagoe incongruente.

Em momentos de crisecomo esse, pode-se recorrer ài m a g e m / t e m a c e n t r a l d oCONBRADE recém-findo, onde,em vez de pontes comunicativascom a sociedade, contentamo-noscom a mão fraterna estendida paraselar o comprometimento pararealização dos ideais daAbrade.

EDITORIALCaro Wilson.

Recebi e agradeço pelo envio do jornal. Muito bom o registro do Conbrade.Aproveito o contato para desejar a você, seus familiares e a todos da equipeADE-PR, um ótimo final de ano e que 2008 seja mais uma etapa a cumprir,com muita paz, saúde e harmonia.Um abraço, Paulo Santos/Divinópolis-Minas.

Estimado Wilson,

A par de um – recíproco, penso – distanciamento, motivado, talvez,pela questão eleitoral da Abrade, comunico o recebimento do “ComunicaAção”, que prossegue demonstrando o enorme esforço da ADE-PR em“comunicar com qualidade”.

A propósito do “Editorial”, saliento minha surpresa pela considera-ção de uma “chapa de oposição”, o que, no meu entender, não se configuracom plenitude, tendo em vista a participação – na chapa – de vários compa-nheiros que, até agora, estiveram diretamente ligados à administração quefindou-se em dezembro e, principalmente, porque não há um programa demetas, uma exposição de motivos, uma carta de intenções ou qualquer outrodocumento que estabeleça, com clareza, “em que” e “por que” a nominata“alternativa” seria “diferente” da que concorre à reeleição. Tal fato, ainda, seagrava, do ponto de vista político-institucional-doutrinário (se é que pode-mos falar nisso), pelo fato de que, sem retirar, uma e outra, suas candidatu-ras, foi noticiado na lista de comunicações (internet), que os “candidatos”estariam, em bastidores, resolvendo a respeito, ou tentando um concílio.

Pobre movimento espírita institucional, sempre eivado de conflitosíntimos, mas com a insistência em “parecer” coeso e harmonioso, com umaimagem (externa) de pureza, “santidade” e equilíbrio. Até quando?Hipocrisia parece ser a “marca” escolhida pelas lideranças espíritas em suas“administrações”.

No mais, cumprimentos pela listagem de assuntos que compõem estaedição (n. 64) bem como pela qualidade gráfica das fotografias. Comocontribuição “técnica” sugiro uma melhora na diagramação, para “limpar”as páginas, tornando o periódico mais “agradável” para se ler.Abraços,

Marcelo Henrique PereiraPresidente daADE-SC.

Opinião do Leitor

EXPEDIENTE

Órgão de Divulgação da ADE-PR

Associação de Divulgadores do Espiritismo do Estado do ParanáRua Tenente Tito Teixeira de Castro, 1756 - Lj.06 - Boqueirão - Curitiba . PR - CEP 81670-430

www.adepr.org.br · [email protected]

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos autores.

Editor:Wilson Czerski

Jornalista Responsável:Cristina Tavares da Costa Rocha.

Mtb 1002-07-03-PR.

Conselho Editorial:Gilberto Luiz Tomasi, Walter Baruffi,

Wilson Czerski e Y.Shimizu

Diagramador:Ricardo · Upper Design

8802.4279

Revisor:Y.Shimizu

Impressão:Helvética

Tiragem:1000 exemplares

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03Janeiro / Fevereiro de 2008

Longos anos de exercício nafunção de revisor levou o signatárioà constatação de que eliminandouma série de equívocos de teorgramatical oriundos, em sua maio-ria, de vícios da linguagem coloquiale de carência de atenção na hora daredação, torna-se possível obter umamelhoria substancial no textoelaborado.

Então, o signatário passou alembrar aos comunicadores algumasnormas da língua portuguesa deconhecimento imprescindível, nãoapenas para a redação jornalística,como também no exercício demuitas profissões. Assim, foiabordado no número anterior oemprego das iniciais maiúscula eminúscula.

Outra norma bastantedesconsiderada pelos usuários dovernáculo na ocasião de elaborar umtexto é .

A vírgula é um sinal gráficoque tem como objetivos principaisseparar palavras ou frases e assinalaras intercalações e expressões emordem inversa, e tem como fimúltimo esclarecer o sentido da frase,não deixando margem a dúvidas eambigüidades.

Como ressalta Maria TeresaPiacentini, “a vírgula apenas assina-la uma separação de sentido que jáexiste mentalmente”(1996, p. 11).

Portanto, numa frase emordem direta, não se coloca vírgulaentre sujeito e verbo, entre verbo ecomplementos obrigatórios. Comoafirma Dad Squarisi, “no empregoda vírgula há dois pecados mortais.O primeiro é separar o sujeito doverbo (erro grosseiro que revela

séria falta de domínio lingüístico doredator)... Tão grave quanto separar osujeito do verbo é separar o verbo dorespectivo complemento. É, pois,proibido pôr vírgula entre o verbo e oobjeto, direto ou indireto” (2005,p.132). Ela é empregada para assina-lar frases e orações intercaladas;neste caso, empregam-se vírgulas noinício e no final da intercalação.

Eduardo Martins (1997,p.308 a 310) enumera alguns casosde emprego da vírgula:1. Para separar palavras, símbolos eorações de funções idênticas. Ex: Oboi, a vaca e o carneiro comeram ocapim do pátio. O turista visitouCuritiba, Florianópolis e PortoAlegre.2. Para separar o vocativo. Ex:Observem, colegas, o resultado daaplicação do decreto.3. Para isolar o aposto (explicativo).Ex: Curitiba, capital do Paraná,possui muitos parques.4. Para indicar a omissão do verbo oude um grupo de palavras. Ex: Meufilho vai buscar o dicionário; minhanora, os óculos.5. Para separar palavras e locuçõesexplicativas, retificativas e continua-tivas, como: isto é, além disso, então,ao contrário, por exemplo, outros-sim, com efeito, aliás, etc.6. Para separar nas datas, o nome dolugar. Ex: Curitiba, 15 de março de2008.7. Para separar o nome, a rua e onúmero nos endereços. Ex: JoãoOliva, rua Mauá, 345.8. Antes de todas as conjunçõescoordenativas(com exceção de e, oue nem). Use a vírgula antes e depoisdessas conjunções quando elas

estiverem intercaladas no período.Quando iniciarem a frase, porém,contudo, todavia, no entanto eentretanto poderão ou não serseguidas de vírgula. No caso em quea conjunção mas iniciar a frase, nãoempregue a vírgula após este termo.9. Para separar adjetivos que exer-cem função predicativa. Ex: Relapso,faltava ao serviço.10. Para separar orações reduzidas degerúndio, particípio e infinitivo. Ex:Os jornalistas compareceram àentrevista coletiva, atendendo aoconvite do prefeito.11. Para separar orações subordina-das adverbiais, especialmentequando colocadas antes da oraçãoprincipal (e algumas vezes quandoinseridas após). Ex: Traga-nos anotícia ainda hoje, se for possível.12. Para separar orações ou locuçõesintercaladas que interrompem afluência da oração principal. Ex: Osaventureiros, que não conheciam olocal, sentiram-se inseguros.

Luiz Sacconi (1990, p.412)lista, além dos supracitados, algunscasos de utilização da vírgula:1. para separar orações coordenadasassindéticas. Ex: Os cães latem, osgatos miam.2. para separar orações separadaspela conjunção “e”, quando ossujeitos forem diferentes. Ex: O filhocasou, e os pais choraram de tristeza.3. para separar orações adjetivasexplicativas. Ex: Curitiba, que é acapital do Paraná, foi fundada noséculo XVII. Todavia, não se usa avírgula nos casos em que a oraçãoadjetiva é restritiva. Ex: O livro quevocê trouxe é tedioso.

Dad Squarisi (2005, p.134)

recomenda que na referência a textoslegais, se esta obedecer à ordemcrescente, não use vírgula; em casocontrário, sim. Ex. Inciso III doparágrafo 7º do Artigo 5º daConstituição Federal. Ex: CódigoCivil,Artigo 9º, parágrafo único.

M. T. Piacentini (1996,p.111) observa que não se põe entrevírgulas o advérbio situado no meioda frase, pois essa é sua posiçãonatural. Ex: Eu ontem fui ao tribunal.Todavia, os adjuntos adverbiais quemodificam o sentido da frase inteiradevem levar a vírgula. Ex: Seu textoestá aceitável, conforme o meuentendimento. Quando o adjuntoadverbial apenas modifica o verbo,não é obrigatório o emprego davírgula. Ex: O Banco Central tam-bém remeteu circular cobrandodívidas.

PIACENTINI, M. T. de Q.. São Carlos: UFSCar, 1996.

MARTINS, Eduardo.. 3.ed. São Paulo:

Moderna, 1997.SQUARISI, Dad.

. Brasília: FundaçãoAssisChateaubriand, 2005.SACCONI, Luiz A.

11ed. São Paulo: Atual,1990.

o emprego da vírgula

Sóvirgulas

Manual deredação e estilo

Manual de reda-ção e estilo

Nossa gramáti-ca – teoria.

REFERÊNCIAS:

Redação do Texto Jornalístico – IX

Subsídios para a Melhoria da Imprensa – XLVIY. Shimizu

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Teste seusconhecimentos

04 Janeiro / Fevereiro de 2008

Arte Parrarealista: direitos autorais e a pintura mediúnica

Resenha Crítica

O Pararrealismo é ummovimento genuinamentebrasileiro de Artes Plásticas,lançado em manifesto emfevereiro de 1980, na capitalpaulista, “que tem comopostulados básicos: a) o atendi-mento da Arte Visual comomeio e recurso adequado paraexpressar as realidades quetranscendem a vida sensoriallimitada pelo plano material; b)a aceitação de que o conheci-mento de todos os fenômenos eda mecânica do seu funciona-mento contribuirá decisiva-mente para o entendimentomaior das leis do Universo; c) atolerância de todos os princípi-os e credos religiosos”.

Em outras palavras, essemovimento busca representar,por meio das técnicas peculia-res das Artes Plásticas, ostemas relacionados às manifes-tações da paranormalidade, easpectos da vida extrafísica,estudados pelo Espiritismo,pelas variadas correntes de teoresotérico e por diversas deno-minações religiosas.

Uma das peculiaridadesda escola é que os artistasplásticos realizam seus traba-

lhos com recursos próprios, semrecorrer à psicopictografia, ouseja, as obras são efetivamentedos autores encarnados e não deeventuais artistas desencarna-dos.

O novo movimentoatraiu diversos interessados,artistas plásticos e intelectuais,e, após a realização de várioseventos em diversas cidadespaulistas, culminou na constitu-ição da Sociedade Pararrealistade Artes Plásticas (Paraplas),em 1988.

Com o apoio cultural deprefeituras, bibliotecas públi-cas, universidades e empresas, aParaplas realizou, até a presentedata, mais de 70 eventos entresalões e mostras de ArtePararrealista, com participaçãode mais de duzentos artistas,inclusive em Curitiba, em 1994.

O livro em pauta, alémde descrever o histórico domovimento, procura apresentaras obras da autora e elucidar osmeandros do processo judicialmovido pela autora contra aEditora Três.

A primeira parte do livroenfeixa os escritos de AllanKardec sobre pintura medíunicae Arte, publicados em O Livrodos Médiuns, em ObrasPóstumas e na Revista Espíritaentre 1860 a 1869, textos essestraduzidos pela autora direta-mente do original francês.

Foca l iza , en tão , onascimento e a evolução domovimento impressionista naFrança e os desdobramentosposteriores, ocorridos em épocaquase con temporânea àCodificação e ampliação dosestudos espíritas na Europa.

Relata, a seguir, a ori-g e m e a e x p a n s ã o d oPararrealismo como movimen-to temático e o pronunciamento

do Dr. Hernani GuimarãesAndrade, presidente do IBPPIns t i tu to Bras i l e i ro dePesquisas Psicobiofísicas, aparticipação da autora nessacorrente e, em seguida, ilustra-ções com mais de 50 quadros,15 desenhos e 5 esculturas efotos alusivas aos eventos.

A última parte do livrocontém a transcrição integraldo processo judicial movidopela Alzira M. Appollo contraa Editora Três, pelo fato dessaempresa ter publicado repro-duções de seus quadros semautorização e com a agravantede serem qualificadas depinturas mediúnicas, retirandoassim a devida autoria, tendosido o processo concluído afavor da autora.

Trata-se de uma obrainédita, que desperta o interes-se, principalmente, de quatrosegmentos da sociedade: oartístico, o filosófico, o jurídi-co e o da comunidade espírita.Alzira Martins Appollonascida em 1930, graduou-seem Artes Plásticas na Escolade Belas Artes de São Paulo,em 1956. Embora conhecedo-ra das técnicas da arte acadê-mica, optou pelos recursos daArte Moderna. Milita nas áreasdo desenho, da pintura e daescultura. É detentora denumerosos prêmios em diver-sos salões e é autora do opús-culo “Pararrealismo”, publica-do pela Casa Editora O Clarim.Consorciada com o conhecidopalestrante e comunicadorElfay Luiz Appollo, tornou-seuma eminente conhecedora doaspecto estético e artístico doEspiritismo e tem prestadocolaboração em diversoseventos e publicações espíri-tas.

Palavra-chave: em oposição ao plano oudimensão espiritual; que faz parte destemundo:

- Bezerra de ........., cognominado “oMédico dos Pobres;- Eusápia ........., famosa médium italiana

de efeitos físicos, responsável pelaconversão de Cesare Lombroso;- Faculdade mediúnica segundo a qual os

fatos são apreendidos pela mente domédium através do pensamento, semmanifestação ostensiva do espíritocomunicante; variedade psicográfica comatuação do espírito junto à alma domédium, imprimindo-se nesta a vontade eas idéias daquele;- Aquilo que devemos combater em nós;

imperfeições morais;- Identificando-se por VERDADE suas

manifestações confirmam o caráter derevelação da Doutrina Espírita;- Um dos ministérios da colônia “Nosso

Lar” descrita pelo autor espiritual AndréLuiz no livro homônimo;- Sacerdote hebreu que, por duvidar de

certo anúncio mediúnico sobre onascimento de seu filho João Batista, ficoumudo temporariamente;-Entidade espiritual (anjo, segundo o

Novo Testamento) que fez o anúncio donascimento de João Batista; é também oprenome de um eminente estudioso espíritafrancês.

MATERIAL

1

2

3

4

5

6

7

8

SOLUÇÃO:

1-Menezes;2-Paladino3-intuição;4-defeitos;5-espírito;6-auxílio;7-Zacarias;8-Gabriel.

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05Janeiro / Fevereiro de 2008

ASSOCIAÇÃO DE DIVULGADORES DO ESPIRITISMO DO PARANÁ – ADE-PR

Do: PresidenteAos: Srs. AssociadosAssunto:

Em atendimento ao que dispõe oArt. 21º, item “f”, dos Estatutos daADE-PR, apresentamos para sua apreciação o Relatório deAdministração do exercí-cio 01/01/06 a 31/12/07.

1º) Contamos atualmente com 45 sócios com diminuição de 17% em relação ao período anterior; e mais um sócio-colaborador;2º)A , apesar de dois períodos fora do ar (07/04/07 a 15/06/07 e mais sete dias no mês de outubro/07) teve aproximadamente 33.500 visitas, com

média/mês de 1398 e média diária de 45,9;3º) Deixamos de participar das reuniões do Conselho Federativo Estadual, por não sermos mais convidados para tal, o mesmo ocorrendo em relação às da

URE-Leste. Somente a URE-Norte tem mantido os convites e nelas, sempre que possível, fazemo-nos presentes;4º) Participamos no 5º Simpósio Paulista de Comunicação Social Espírita em setembro de 2007;5º) Mantivemos em todo o período a participação financeira e de apresentação em 21 programas “O Espiritismo na TV”, totalizando aproximadamente 03

horas e 40 minutos;6º) Publicamos no jornal O Estado do Paraná 16 artigos quinzenais até 24 de setembro de 2006 quando o espaço que lá dispúnhamos foi cancelado;7º) Mantivemos em todo o período a participação, com a URE-Leste, do programa “O Espiritismo em palavras simples”, na Rádio ContinentalAM, num

total de 16 vezes;8º) Concluímos a campanha de doação de livros às bibliotecas das instituições de ensino (fase faculdades/universidades do interior do estado, com um

total de 06 obras atendendo 02 instituições).9º) Realizamos dois jantares com resultado financeiro razoável no segundo (2007) e certo prejuízo no primeiro (2006);10º) O jornal ComunicaAção Espírita ganhou mais duas páginas coloridas a partir da edição de março-abril de 2006 e circulou regularmente (12 edições e

12.000 exemplares), tendo sido ampliada a sua distribuição gratuita para Os Faróis do Saber e Bibliotecas Comunitárias de Curitiba e BPP.Atualmente contamoscom 36 assinantes;

11º) Realizamos três Feiras do Livro Espírita, duas delas de modo independente na Praça Rui Barbosa e uma conjunta promovida pelo Instituto daEducação e do Livro, totalizando 842 exemplares vendidos;

12º) Estivemos representados nas reuniões administrativas daAbrade no mês de março de 2006, em São Paulo e em outubro de 2007 em João Pessoa-PB,onde na mesma oportunidade aADE-PR fez-se presente ativamente no 2º CONBRADE – Congresso Brasileiro de Divulgadores do Espiritismo;

13º) Participamos no 3º Fórum Nacional de Espiritismo realizado em Curitiba em novembro de 2007 com a apresentação de Wilson Czerski “Metodologi-as Práticas da Comunicação Social Espírita – da Mídia ao Livro”, mesmo tema desenvolvido no 2º CONBRADE;

14º) Participamos ativamente nas Listas de Debates “Geral" e “de Diretoria" daAbrade, na internet;15º) Com o vencimento do contrato entre o conselheiro Wilson Czerski e a DPL-Editora para edição e comercialização do livro “A Eficiência na

Comunicação Espírita” cujos direitos de renda foram por aquele transferidos à ADE-PR, o mesmo conseguiu um acerto pelo qual foram repassados os 117exemplares que ainda estavam em poder da Editora, sem qualquer custo;

16º) Efetuamos a mudança da sede social para instalações anexas à loja comercial do conselheiro Wilson Czerski, tendo este, no primeiro momento arcadocom as despesas decorrentes da adaptação do local, sendo ressarcido paulatinamente e ficando a ADE-PR completamente isenta de despesas de locação após oreferido reembolso.

_____________________________________

ROBSON LUIZ BALAGUERPresidente

Curitiba, 11 de dezembro de 2007.

Relatório da Administração

homepage

ADE-PRAssociação de Divulgação

do Espiritismo do Estado do Paraná

w w w . a d e p r . o r g . b rACESSE:

A s s i n a t u r a s A n u a l

A s s i n a t u r a . . . . . . . . . . R $ 1 5 , 0 0

I n f o r m a ç õ e s e A s s i n a t u r a s : ( 4 1 ) 3 2 7 8 - 0 9 6 1

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06 Janeiro / Fevereiro de 2008

2º semestre de 1864

Do mês de novembrofazemos brevíssimas transcriçõestextuais do discurso proferido porAllan Kardec durante sua visitaaos espíritas de Bruxelas eAntuérpia, em 1864. Nelas nota-sea preocupação do Codificador emenfatizar alguns aspectos daDoutrina Espírita nascente como anecessidade do seu estudo maisaprofundado. Ao final, ao lado demais uma demonstração dehumildade quanto ao gigantescotrabalho por ele desenvolvido,deixa escapar, em um só adjetivo,um leve desabafo pelo custointelectual, físico, econômico emoral no cumprimento de suamissão.

É um fato constante que oEspiritismo é mais entravadopelos que o compreendem mal doque pelos que não o compreendemabsolutamente e, mesmo, por seusinimigos declarados. E é de notarque os que o compreendem malgeralmente têm a pretensão de ocompreender melhor que osoutros.. . para prevenir asconseqüências da ignorância edas falsas interpretações, épreciso cuidar da divulgação dasidéias justas, em formar adeptosesclarecidos... O Espiritismo nãoé uma concepção individual, umproduto da imaginação; não éu m a t e o r i a , u m s i s t e m ainventado... Tem sua fonte nos

fatos da natureza mesma, em fatospositivos... porque toda ciênciaque repousa sobre fatos é umaciência positiva e não puramenteespeculativa.

O Espiritismo vem mostraruma nova lei... que reside na açãodos espíritos sobre a matéria, leitão universal quanto a dagravitação, contudo aindadesconhecida e negada por certaspessoas... esta lei repousa sobrefatos e contra fatos não hánegação que possa prevalecer...terão que se render à evidência... adescoberta do elemento espiritualprepara uma revolução moral...mata a superstição e o fanatismo...e o homem sabe de onde vem epara onde vai; vê um objetivo parao seu trabalho, para seus esforços,uma razão para o bem; sabe quenada do que aqui adquire emsaber e moralidade lhe é perdido...c o m p r e e n d e r á m e l h o r asolidariedade... a fraternidadedeixa de ser palavra vã.

Qual foi o meu papel? Nãoé o de inventor, nem o de criador.Vi, observei, estudei os fatos comc u i d a d o e p e r s e v e r a n ç a ;coordenei-os e lhes deduzi asconseqüências... fui apenas uminstrumento... entretanto, a tarefaé mais pesada do que podem supô-la e se tem para mim algum mérito,é que tenho a consciência de nãohaver recuado ante nenhumobstáculo e nenhum sacrifício.

A Revista Espírita de Kardec Demonstrativo Financeiro do Exercício 2006/2007

Total Despesas R$ 33.387,58

R$ 3.839,50

R$ 7.402,67

R$ 2.466,02

R$ 1.111,50

R$ 8.524,66

R$ 587,78

R$ 770,00

R$ 910,00

R$ 253,68

R$ 150,00

R$ 879,90

R$ 325,00

R$ 166,87

R$ 6.000,00Pagamento cota programa televisão

Correio

Serviços gráficos do jornal

Despesas com jantaresEstande da Feira do Livro (nov./07)

Fornecedores das Feiras do Livro

Taxas bancárias + CPMFAluguel à C.E.C.C

Mezanino (nova sede)Papelaria

ABRADE

Domínio internet, host, serviço na HP

Serviço de vigilância Feiras do Livro

Embalagens

D E S P E S A S

Total Receitas R$ 34.099,41

R$ 2.830,00

R$ 4.220,00

R$ 1.060,00

R$ 270,00

R$ 12.706,85

R$ 281,70

R$ 56,00

R$ 2.645,15

R$ 275,00

R$ 190,00

R$ 1.017,95

R$ 30,00

R$ 1.095,75

R$ 7.421,01Mensalidades Associados-efetivos

Mensalidades Associado-colaborador

Anúncios do Jornal

Assinaturas do JornalParceria ADE-Japão

Feiras do Livro

Livros “Diversos”Livro “A eficiência na comunicação espírita”

JantaresDepósitos não identificados

Sorteio de quadros

Doações

Ingressos para teatro

Outros

R E C E I T A S

Total Despesas R$ 2.829,83

R$ 2.118,00

R$ 34.099,41

R$ 33.387,58

Saldo em 31/12/2006

Receitas 2006 / 2007

Despesas 2006 / 2007

DEMONSTRAT IVO DO SALDO

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07Janeiro / Fevereiro de 2008

ADE-Japão participa do XV ECOMEJ em Tóquio

Tomoh Sumi, dirigente da Comunhão Espírita Francisco Cândido Xavier, ladeado pelosvisitantes de UEDA

Crianças e mães assistindo ao teatro de fantoches no XV ECOMEJ

De Ueda, além da ADE-JP, representada pelo seu presidente AdalbertoPrado de Morais, fez-se presente ao XV Encontro do Movimento Espírita do Japão,realizado na capital japonesa no dia 23 de dezembro, o Grupo de Estudos EspíritasUEDA cujo presidente, Lourenço Matiero, é também vice da Associação deDivulgadores do Espiritismo. Lúcia Y. P. Morais, pertencente a ambas as entidades,acompanhou-os.

Apesar de haver no Japão pelo menos mais quatro grupos espíritas emfuncionamento, além do G.E.E.UEDA e da anfitriã Comunhão Espírita FranciscoCândido Xavier, presidida por Tomoh Sumi (ver relação completa abaixo), houvesomente mais um participante, o Grupo Espírita Fukaia dirigido por Cecília Kibata.

O Encontro teve início às onze horas com a oração inicial seguida dapalestra de Tomoh Sumi que desenvolveu o tema “O que é viver como espírita-cristão”, com impressionante tradução simultânea para o japonês, uma vez que,pelo menos em Tóquio, há cidadãos locais que participam das atividades espíritas naComunhão.Após o almoço ocorreu uma apresentação teatral sobre a importância doEvangelho no Lar e o teatro de fantoches para as crianças.

Seguiu-se a apresentação dos grupos que puderam falar, então, das tarefasdesenvolvidas. Os representantes das duas instituições de Ueda participaram aindade um bingo beneficente, mas não do jantar em função da necessidade de retornar,pois apesar de que apenas 200 quilômetros separam as duas localidades, o acesso e asaída da capital são muito complicados, gastando-se cerca de quatro horas paracobrir todo o percurso.

Uma boa notícia, repassada por Tomoh Sumi, há quinze anos trabalhandopela doutrina no Japão e tradutor de O Evangelho Segundo o Espiritismo é que aeditora resolveu investir numa segunda edição da obra por conta própria, motivadapelo grande sucesso nas vendas.

- Comunhão Espírita Francisco Cândido Xavier. Dirigente: Tomoh Sumi -Chiba-ken - Ishikawa-shi Tel.: 047-359-1918 Home Page:

– Grupo de Estudos Espíritas de Ueda. Dirigente: Lourenço Matiero.Nagano-ken – Ueda-shi. Contatos: 090 9669 0499 (Lourenço) e 090 8328 4773(Adalberto)

– Núcleo Espírita Cristão Fabiano de Cristo. Dirigente: Wagner Aoka.Toyota-shiAichi-ken – Toyota-shi e-mail:

Relação dos grupos espíritas existentes no Japão:

CECC – Centro Espírita Casa de Cáritas. Shizuoka-ken Hamamatsu-shi Tel.090 5624 8633 c/ Dário

CEFCX

GEEAL– Grupo de Estudos EspíritasAmigos da Luz. – Mie-ken – Suzuka-shi.

Tel. 0595-82-3245 (Alice e Vitório) ou 090-6074-54840 (João)

GEEU

GELE – Grupo Espírita Laços Eternos. Dirigente: Alzira Akemi Nogawa.Aichi Ken – Inazawa-shi. E-mail:

NECFC

NEC-J – Núcleo Espírita Cristão do Japão. Dirigente: Luis CarlosOkabayashi. Gifu-ken – Toki-shi Tel. 0572)-53-4006 e-mail:

GEEF – Grupo de Estudos Espíritas de Fukaia. Dirigente: CecíliaKibata.Saitama-ken – Fukaia-shi. Tel. 048 575 2250 E-mail:

Já o endereço daADE-Japão é Nagano-ken – Ueda-shi. Contatos: 0268 27 3096e 090 8328 4773 (Adalberto) e-mail:

www.spiritism.jp

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

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08 Janeiro / Fevereiro de 2008

As complexas relações sociais de caráter espiritual entre encarnados e destes com os espíritos

PORQUE SABER Alaor F. Gusman

Sociologia, por definição(*), “é o estudo das relações que seestabelecem, consciente ouinconscientemente, entre pessoasque vivem numa comunidade ounum grupo social, ou entre grupossociais diferentes que vivem noseio de uma sociedade maisampla”. Relações estas “que só seestabelecem com fundamento nacoexistência social, as quais seconcretizam em normas, leis,valores e instituições, conscienteou inconscientemente incorpora-dos pelos indivíduos que constitu-em a sociedade”.

Só isso já seria suficientepara nos informar da estreitavinculação que esta ciência guardacom o Espiritismo e, por conse-qüência, de sua importância paranós espíritas.

eespíritos são pessoas, personalida-des, quer na condição de encarna-dos ou desencarnados, eis a chavepara compreendermos um sem-número de interações individuaise coletivas, bem como diversosfenômenos, a começar pelamediunidade e seu lado menosfeliz, as obsessões.

Na resposta à questão 768de O Livro dos Espíritos, osOrientadores Espirituais esclare-cem que o homem está fadado aoprogresso, mas tal não se realizaisoladamente. É necessário ocontato com seus semelhantes.Logo a seguir, lembrarão eles quea família constitui o mais primiti-vo grupo social e ao finalizar ocapítulo, na questão 775, resumemque o resultado para a sociedadedo relaxamento dos laços daqueleagrupamento é a recrudescênciado egoísmo. Descompromissados,complementamos nós, cada um sófaz cuidar de si. Escasseiam asexperiências de convivência,enfraquece a solidariedade, o

amor cede lugar às paixões.Nas lides espíritas diárias

dentro das instituições que freqüen-tamos ou nos afazeres particulares,incluindo os familiares e passandopelos profissionais, na escola, narua ou em qualquer outro lugar, acompreensão dos fenômenossociais são de grande valia.Especialmente, como colocadolinhas atrás, na aceitação dos fatos eprocessos que se desenrolam emtorno de nós, embora fora do campode percepção dos sentidos físicos.

Vivemos rodeados por

“nuvens de espíritos” despojados docorpo carnal que, tal como oshomens, mantêm suas personalida-des e caráter, hábitos e preferênciasdiversos. Bons e elevados uns,medianos outros e um enormecontingente de viciosos e perturba-dos. Há alguns inteligentes, maspobres em moralidade; outros comcerta inclinação para a bondade,mas com o intelecto de poucosrecursos. Há espíritos perambulan-do entre os encarnados que sãosofredores, desorientados; outroszombeteiros e tantos outros perse-guidores, vingativos; enfim, com

todos os tipos e matizes de vícios ecarências como os chamados vivos.Eles e nós constituímos a verdadeirapopulação do planeta.

Quais as leis que regem asinterações de pensamentos, senti-mentos e induções a atos práticosexistentes entre os “daqui” e os de“lá”? Allan Kardec já frisava quecom o conhecimento das relaçõesentre os seres dos dois mundos oudimensões, estaríamos de posse dachave capaz de abrir as portas doentendimento para muitos fatos queas ciências puramente humanas não

conseguem decifrar. E se há rela-ções entre encarnados e desencarna-dos, também as há entre os encarna-dos, pois o pensamento e as vibra-ções geradas pelas emoções não têmfronteiras.

As inspirações artísticas, asdescobertas científicas simultâneas,a prática de muitos crimes violentosinduzidos por seres invisíveis, osmovimentos de massas, as transfor-mações sócio-culturais, os própriosdestinos dos povos e nações, tudoestá atrelado à atuação dos homenssobre a face da Terra, mas potencia-

lizado por agentes de naturezaincorpórea agora, amanhã talvezreencarnados – daí o seu interesseno que ocorre por aqui - e substitu-indo aqueles outros que, cumpridamais uma jornada terrestre, retor-nam para trás das cortinas do palcoda vida. Neste vaivém de almas, dosomatório de tudo o que todospensam e fazem, resulta o nossopresente e o próprio futuro.

Dentro da casa espírita,noções de Sociologia auxiliam nacompreensão de temas como acomunhão de pensamentos, asirradiações, os fenômenos deatração das companhias espirituaise toda a problemática das obses-sões. Estão presentes as relaçõessociais também nas palestraspúblicas, nos grupos de estudo, nasaulas de educação espírita onde apedagogia para adultos e criançasdeve considerar a diversidade decaracteres, preferências individua-is, planejamento reencarnatório,objetivos de vida e modos de reagirao que acontece à volta.

Na própria área da divulga-ção ou comunicação social espíri-ta, esta apresenta-se intrinseca-mente ligada à sociologia. Não hácomo fazer uma sem levar emconta a segunda, quer seja numnicho segmentado, quer na socie-dade em geral. Suas característi-cas, necessidades, expectativas,possibilidades de assimilação oupotencialidade de contribuir com oprocesso através do próprioconteúdo ou progresso que járealizou, tudo precisa ser conside-rado.

Fora, no dia a dia, espera-seuma conduta social digna, norteadanos princípios éticos e fraternos,solidária e alteritária, capaz decontribuir, principalmente peloexemplo e pelo trabalho para amelhoria do meio onde atua.

Relações que seestabelecem consciente ou incons-cientemente entre pessoas”

*DicionárioAurélio

Vivemos rodeados por “nuvens

de espíritos” que mantêm

personalidades e caráter,

hábitos e preferências.

Bons e elevados uns,

medianos outros e

um enorme contingente

de viciosos e perturbados

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09Janeiro / Fevereiro de 2008

Obras relevantes da bibliografia espírita - III

Biblioteca do Divulgador Espírita –XI

O encontro da Abrade em Cuiabá em 1998, a avaliação do1º Conbrade de 1997 e a campanha do UM REAL

Auto-retrato

Um dos temas mais requisita-dos dos divulgadores da DoutrinaEspírita, tanto na tribuna como nosmeios de comunicação de massa,sem dúvida é a Reencarnação. Alémde ser um assunto que permite muitosenfoques de teores científico,filosófico e religioso, permitemostrar a racionalidade da visãoespírita da vida humana.

Em primeiro lugar, torna-senecessário afirmar que o Codificadoraborda em todos os seus livros e naRevista Espírita os variados aspectosdesse tema.

Citando os autores francesesdo século passado, traduzidos para overnáculo, têm-se, toda a 2ª parte dolivro de Leon Denis, “O Problema doSer, do Destino e da Dor”, editadopela 'FEB, com 408 p., aborda oaspecto filosófico da questão;Gabriel Delanne focaliza o aspectocientífico do assunto no livro “Reen-carnação”, publicado também pelaFEB, com 334 p., a obra “As VidasSucessivas”, de Albert de Rochas,lançado no mercado editorial hácinco anos pela Lachâtre, com 384 p.

Para os iniciantes no assuntorecomendam-se “Reencarnação,Tudo o que Você Precisa Saber”, deRichard Simonetti, publicada pelaCeac, com 160 p., “Reencarnação”,de Roque Jacinto, editada pela Luzdo Lar, com 80 p.

Um grande estudioso doassunto é o escritor brasileiroHermínio Corrêa de Miranda, queapós realizar experiências de regres-são de memória por meio da hipnose,por dezenas de anos, relatou-as emvárias obras muito sérias e consisten-tes, dentre os quais listam-se: “AMemória e o Tempo”, publicado pelaLachâtre, com 384 p., na qual expõeos fundamentos teóricos e as técnicasempregadas; “Eu Sou CamilleDesmoulins”, relato detalhado deuma experiência de regressõeslevadas a efeito pelo autor com ojornalista Luciano dos Anjos; “AsSete Vidas de Fenelon”, uma pesqui-sa bibliográfica, também publicadapela Lachâtre, com 180 p., “ANoviçae o Faraó”, lançada no final de 2007,pela Lachâtre, com 352 p., “Reencar-

nação e Imortalidade”, coletânea deartigos publicados na imprensa sobreo tema, publicado pela FEB, com 328p.; “Reencarnação na Bíblia”,citando os versículos bíblicos quepermitem uma interpretação espírita,publicado pela Catavento, com 100p.

Dentre os exposi toresbrasileiros espíritas podem sermencionados: “Reencarnação e suasProvas”, de Carlos Imbassahy eMário Cavalcanti de Mello; “Palin-gênese, a Grande Lei”, do psiquiatraJorge Andréa dos Santos, pelaLorenz, com 158 p.; “Reencarnaçãoem Foco”, do médico cariocaAlbertode Souza Rocha, publicação da OClarim, com 304 p.; do médicocatarinense Ricardo Di Bernardi“Reencarnação em Xeque” e “Reen-carnação e Evolução das Espécies”,ambos pela Universalista, respecti-vamente com 212 p. e 182 p.; dogeógrafo paulista “Espiritismo e asReligiões Reencarnacionistas”, pelaMadras, com 320 p.

Fora dos arraiais espíritasestão publicadas numerosas obras: omonumental tratado do norte-americano Ian Stevenson “VinteCasos Sugestivos de Reencarnação”,pela Edicel, com 520 p.; do parapsi-cólogo alemão “ReencarnaçãoBaseada em Fatos”, pela Edicel; dofísico francês Patrick Druout “NósSomos Todos Imortais”, pela Record,com 334 p.; do psiquiatra norte-americano Brian Weiss “MuitasVidas, Muitos Mestres” e “MuitasVidas, uma só Alma”, pela Sextante,com 192 e 206 p., respectivamente.Para concluir, devem-se citar oslivros do psicobiofísico brasileiroHernani Guimarães Andrade:“Teoria Corpuscular do Espírito”,pela Didier, com 334 p. e seusd e s d o b r a m e n t o s “ M o r t e ,Renascimento e Evolução”, pelaDidier, com 188p., “Espírito,Perispírito e Alma”, também pelaDidier, com 258 p., “Reencarnaçãono Brasil”, pela O Clarim, com 386p.; o relato “Renasceu por Amor”,pela FE, com 254 p.; “Você e aReencarnação” pela Ceac, com 235p.

Y. Shimizu

A edição nº 06, março-abrilde 1998, do “ADE-PR Informativo”,antecessor deste jornal, foi pratica-mente toda ela dedicada à coberturado encontro administrativo daAbrade – Associação Brasileira deDivulgadores do Espiritismo –realizado em Cuiabá-MT, no feriadode Carnaval.

Na primeira página, ilustradacom uma foto histórica com oconjunto dos representantes dasonze ADEs presentes, a matériaforneceu vários destaques da reuniãocomo a proposta do presidente ÉderFavaro para elaboração de umamoção de apoio ao jornal Opinião-Eque acabara de anunciar o cancela-mento de circulação por motivos“financeiros e ideológicos”.

O 1º CONBRADE, realizadodois meses antes em Olinda-PE, foiavaliado principalmente em trêsaspectos: somente 10% dos 2200congressistas haviam participadodos eventos relacionados com adivulgação da doutrina, sendo que orestante fora atraído pelas presençasde Divaldo Pereira Franco e RaulTeixeira e pelos painéis com outrastemáticas e apresentações artísticas;o financeiro contabilizadopela ADE-PE de aproximadamentetrinta mil reais; e a falta de material-resumo que atenuasse a dificuldadedos congressistas ao acesso dasinformações devido à simultaneida-de das oficinas, mesas-redondas, etc.

O texto mencionava tambéma cobertura da imprensa do evento deCuiabá, com dois canais de televi-são, um jornal e emissoras de rádio,graças ao empenho do presidente daADE-MT, Rubens Policarpo Meira.O Editorial, os detalhes da elabora-

ção do Planejamento Estratégico daAbrade para o qüinqüênio 1998-2002 e uma entrevista com o presi-dente da instituição completaram asnotícias sobre o evento. Destaúltima, quando indagado sobre aesperada contribuição da Abrade aomovimento espírita, Éder Favaroenumerou: “

”.Na página 02, além do

editorial, constava a informação dacriação pela ADE-PR do QECF ouQuadro Especial de ColaboradoresFinanceiros, pelo qual os espíritasparanaenses eram convidados aparticipar, contribuindo com UMREAL mensal. O “óbolo” visavapossibilitar que um número maior depessoas auxiliasse na manutençãodas atividades da ADE-PR que viviaentão uma grave crise financeira.

A matemática do UM REALpor espírita é antiga e volta e meia élembrada no nosso meio. E pergun-ta-se o que se poderia fazer com osdois milhões e meio de reais arreca-dados todos os meses, segundo oIBGE ou os vinte e cinco milhões nasestimativas que incluem os simpati-zantes da doutrina, caso a idéiapossuísse viabilidade de implanta-ção.

déficit

participar ativamentede todas as iniciativas que visempromover a d ivu lgação doEspiritismo; incentivar e apoiar portodos os meios as atividades relacio-nadas com a comunicação socialespírita; organizar e sugerir arealização de encontros, semináriose cursos que possibilitem a prepara-ção e capacitação dos divulgadores,contribuindo na projeção doEspiritismo no contexto sócio-cultural do país

acesse nosso novo site

www.adepr.org.br

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10 Janeiro / Fevereiro de 2008

Detalhes importantes para atingir uma boa comunicação

Divulgar com eficiência Alkíndar de Oliveira

Sob o título acima publicamos em nossa edição nº 60, de março-abrildo ano passado, os dez primeiros itens constantes de uma relação elaboradapelo autor objetivando auxiliar os expositores espíritas. Por uma falha denossa parte, os seis itens restantes que deveriam ser publicados na ediçãoseguinte caíram no esquecimento. Com a publicação agora, estamos corri-gindo o erro, pelo qual pedimos desculpas aos nossos leitores.Aos interessa-dos, informamos que o primeiro artigo em referência, com a primeira partedo assunto, pode ser compulsada através do nosso (www.adepr.org.br ),buscando-se pelo número da edição na seção “Jornal”.

Quando você diz “”, esse apaga o reforço positivo. É mais agradável, para os ouvidos do

receptor, ouvir “ ”.

PNP significa POSITIVO-NEGATIVO-POSITIVO. Ao criticaralguém comece e termine falando coisas positivas sobre a pessoa. E, entre asduas informações positivas, coloque a crítica. Este procedimento irá aumen-tar a probabilidade do interlocutor ouvir a crítica. Na fala em público, acrítica ao ouvinte indiscreto ou inconveniente, só deverá ser feita em casosem que você perceba que a maioria do público a vê como necessária. Mas,mesmo nesta circunstância, o respeito nunca deverá faltar. Daí a importân-cia da técnica PNP.

As palavras “ta?”, “né?”, “na verdade”, “certo?”, “realmente”, eoutras semelhantes, quando ditas algumas poucas vezes não interferem naqualidade da comunicação. Se você ficar atento às apresentações espontâne-as de grandes comunicadores da TV, isto é, aquelas apresentações onde nãoestão presentes o nem o r, você irá perceberque eles em alguns momentos pronunciarão as palavras em questão, semque isto os diminua ou os desabone enquanto comunicadores. Portanto,essas palavras em si não prejudicam a qualidade de sua comunicação, seforem poucas. Mas se forem utilizadas muitas vezes, muito prejudicarão.

É conveniente você gravar uma de suas apresentações em vídeo ou emáudio com o objetivo de se conhecer. Pois geralmente o orador não temconsciência de que está utilizando-se dessas palavras. Constatando que vocêutiliza-as de forma exagerada, procure “se ouvir” enquanto fala (isto épossível), para conscientemente substituir estas palavras por outras. Depoisde certo tempo de auto-policiamento ostensivo, a tendência é perder o hábitode utilizá-las.

Quando você utiliza-se de recurso visual, o ouvinte passa a fazeruso de dois sentidos, em relação ao que você está falando eSe você apenas falar, sem haver uma tela para projeção dos pontosbásicos de sua exposição, então a única utilidade da visão do ouvinte será

.Quando você utiliza-se de recurso visual, o ouvinte passa efetiva-

mente a usar de dois sentidos: visão e a audição. E pesquisas comprovamque o uso de dois sentidos praticamente multiplica por seis a capacidade deretenção do tema. Mas, para que esta retenção de fato ocorra, o recursovisual não pode servir de muleta, ou de roteiro para o orador. Ele – o recursovisual – deverá ter forte consistência na forma e no conteúdo, além do quedeve utilizado com o objetivo de ser elemento cristalizador do que estásendo comentado.

site

o seu trabalho está bom, mas pode ser melhora-do mas

o seu trabalho está bom, e pode ser melhorado

“ponto de ouvido” teleprompte

mostrando.

olhar para você!

XI) Cuidado com o uso do .

XII) Utilize do PNPquando precisar criticar alguém.

XIII) Cuidado com os “ta?”, “né?”, “na verdade”, “certo?”, “realmen-te”.

XIV) Use recursos audiovisuais.

mas

Os recursos de áudio (por exemplo, uma boa música que tenharelação com o tema) trabalham com a sensibilidade do ouvinte. O que, alémde ser uma excelente e prazerosa maneira de despertar a atenção do público,faz com que o ouvinte melhor compreenda o que está sendo dito. Dentrodesse assunto, é importante que todo orador saiba que a sensibilidade é a baseda compreensão. Isto é, só conseguimos compreender algo se a sensibilidadenos tocar.

Se você está num pequeno auditório que não exige o uso de microfo-ne, procure usar de volume de voz adequado. E adequado, no caso, significalevar em conta que a voz é um importante instrumento para captar a atenção.Portanto, aumente o volume da voz. Fale um pouco mais alto (não grite!). Seestiver falando para 30 pessoas, fale como se estivesse 50 à sua frente. Seestiver falando para 50 pessoas, fale como se estivesse 80 pessoas. Quando ovolume da voz é um pouco mais alto do que o necessário para o público ouvir,a fala se manifesta com mais convicção.

Lembre-se, a última frase é aquela em que o ideal é que o público volte paracasa pensando nela. A última frase tem um peso especial. Com naturalemoção, capriche na forma e no conteúdo da última frase.

XV)Aumente o volume de sua voz.

XVI) Dê um peso especial ao final de sua fala.

ADE-PR tem nova diretoriaNo dia 11 de dezembro passado, na sede da Comunhão Espírita

Cristã de Curitiba, foi realizada a Assembléia Geral Ordinária daAssociação de Divulgadores do Espiritismo do Paraná quando o principalassunto tratado foi a eleição do Conselho de Administração, compostoagora por 10 membros, segundo o Estatuto em vigor, para o biênio 2008-2009.

Mas antes o presidente Robson Luiz Balaguer apresentou osDemonstrativos Financeiros relativos à gestão no período dos últimos doisanos, (ver pág. 06), o Parecer favorável do Conselho Fiscal e o Relatório daAdministração (reproduzido na íntegra na pág.05).

Depois, como não houvesse outros candidatos interessados ao cargode presidente, Wilson Czerski, um dos fundadores desta instituição e que jáo havia ocupado no período 1995 a 2001, foi reconduzido ao mesmo. Comele assumiram os seguintes Associados-Efetivos: vice-presidente: WalterBaruffi; Coordenadoria Financeira: Sidinei Guedert; Coord. de RelaçõesPúblicas e Secretaria: Jaime Nunes; Coord. de Mídia: Y. Shimizu; Coord.de Eventos: Robson Luiz Balaguer; Coord. do Livro: Moacyr Melo Corso;Coord. de Informática: Luciano Vitor Ferreira; Coord. de Marketing: JoãoMarcelo Paes Leme; Coord. de Integração: Simone Rodrigues.

O novo presidente solicitou à equipe que na reunião marcada parafevereiro, a primeira do ano, cada coordenador apresente um plano detrabalho de alçada de sua respectiva área ao que se somarão algumas metasjá antecipadas por ele como, por exemplo, a distribuição deste jornal embancas de revista da capital paranaense e a possibilidade de realização detrês Feiras do Livro em 2008.

Embora ainda existindo o cargo de presidente, o modelo de gestão daADE-PR pode ser considerado na forma de colegiado onde existe umresponsável em cada área de atuação, mas com a participação de idéias e, sepossível, de ações, de toda a equipe. Assim a dinâmica acentua-se, há maisenvolvimento e sinergia entre todos, ao mesmo tempo que oferecepossibilidade de enriquecimento pessoal pelas experiências vivenciadasnas diversas áreas.

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11Janeiro / Fevereiro de 2008

Dia Internacional da Imprensa Espírita Marcelo Henrique Pereira(São José-SC)

Da esq. p/ dir. - Luiz Signates, Néventon Vargas (CEPA), Dora Incontri, Ricardo Coutinho (prefeito), José Raimundo (FEPB), Marcelo Firmino Dias, Raquel

Maia, Ramonilson Arruda, Merlânio Maia e Merhy Seba (FEB).

Data de outubro de 2004, adesignação do Dia Internacional daImprensa Espírita por parte doConselho Espírita Internacional(CEI), que estava reunido em Paris,por ocasião do 4º Congresso EspíritaMundial. O CEI deliberou e aprovoua proposta encaminhada pelaA s s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d eDivulgadores do Espirit ismo( A B R A D E ) , s u b s c r i t a p e l aFederação Espírita Brasileira (FEB).

A data escolhida – 1º dejaneiro – faz alusão ao dia de lança-mento do primeiro periódico espíritado mundo, a (

), publicada por dozeanos sob a direção deAllan Kardec.A

é considerada um dos maioresveículos de comunicação socialespírita de todos os tempos, por suaabrangência e conteúdo, e aindainspira diversos veículos da atualida-de e seus editores e responsáveis.

Como imaginar, então, aDoutrina dos Espíritos sem o seumeio de veiculação na Sociedade? AImprensa Espírita, assim, nos diashodiernos, alberga todas as formas etodos os veículos de comunicaçãoexistentes bem como aqueles que,daqui por diante, sejam criados e/ouaperfeiçoados. Vale dizer que, noâmbito da imprensa especializada(espírita), os periódicos possuem ocaráter da permanência e da atualida-de das informações. Cada novaedição (impressa ou virtual) consoli-da e perpetua as idéias que compõemcada novo artigo ou texto doutriná-rio, tanto quanto as realizações depessoas e instituições, por meio decoberturas jornalísticas e reporta-gens.

A Imprensa Espírita, destemodo, configura-se como o meio

técnico-profissional autêntico eadequado para que as idéias espiritis-tas sejam imorredouras, perpetuando-as no tempo e no espaço sem, contudo,caírem no imobilismo e na repetitivi-dade. Do contrário, como instrumen-tos da atualidade do pensamentoespírita, os diversos meios de comuni-cação promovem a divulgação dosprincípios e idéias fundamentais doEspiritismo, ao mesmo tempo em queabrem espaço para a discussão e odebate de novas informações – sejamelas egressas do próprio exercício doraciocínio e da pesquisa dos homens(espíritos encarnados) como pelacontinuidade do intercâmbio mediú-nico que possibilita o acesso a novasinformações de origem espiritual.

Efetivamente, milhões depessoas – graças à imprensa escrita noBrasil e, pela Internet, em todos oscantos do Planeta – podem tomarciência e contato com as informaçõesde teor espiritual, concebidas pormeio de fenômenos mediúnicos eacompanhar as manifestações que oexercício do raciocínio e da lógica dosestudiosos e especialistas espíritasproduzirem nas diversificadas áreasdo conhecimento humano-espiritual.

Contudo, o traço marcante daimprensa espírita da atualidade e dostempos vindouros será a alteridade,para possibilitar o diálogo fraterno enão-excludente entre os homens denosso tempo, espíritas ou não, justa-mente na esteira da concretização dosideais de convivência pacífica entrepessoas de diferentes convicções, nabusca do entendimento e do aprendi-zado recíprocos: a fraternidade entreos homens, por excelência.

Todos nós, que militamos nacomunicação social espírita, espera-mos que os espíritas em geral seconscientizem da importância da

Imprensa Espírita, colaborando comos esforços específicos de valorizaçãodo papel que ela possui na dissemina-ção do conhecimento espírita eespiritual, contribuindo com a promo-ção da felicidade humana. Destemodo, mister se faz que as individuali-dades e as instituições vinculadas aopensamento espírita invistam eapóiem projetos e iniciativas noâmbito comunicativo espírita,mormente no aporte de recursosfinanceiros necessários a tal nobretarefa.

Finalmente, nada mais justo,portanto, que efetivar, anualmente,comemorações desta insigne data,durante todo o mês de janeiro, home-nageando, ainda, o insigne AllanKardec, como Patrono da ImprensaEspírita Internacional, por meio deprogramações festivas e doutrinárias,chamando a atenção do públicointeressado para a importância daImprensa Espírita, e promovendoesforços no sentido de fortalecer eaprimorar esta atividade.Viva Kardec! Viva a ImprensaEspírita!

Revista Espírita RevueSp i r i t e - Journa l D 'E tudesPsychologiques

Revue

CorreçãoPor um descuido da nossa parte, nafotografia que ilustrou a primeirapágina da edição anterior, a relaçãodos presentes na solenidade deabertura do 2º Conbrade, constantena legenda, saiu incompleta. Esta-mos republicando a referida fotocom os nomes de todos os que nelaaparecem.

AvisoInformamos que estamos mudando oendereço de nosso e do e-mailp a r a : e

respectiva-mente. Os mesmos constam tambémde nosso “Expediente”, pág. 02.

sitew w w. a d e p r. o r g . b r

[email protected]

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Atendendo ao convite doamigo Salvador Martin, presidenteda Federação Espírita Espanhola,participei do XV Congresso EspíritaEspanhol, com o tema central: “É aalma imortal”, que aconteceu nosdias 9 a 12 de dezembro passado, emGandia, região de Valência, nasdependências do Hotel Bayren.

O congresso foi muito bemorganizado com o desdobramento dotema central, enfocando a imortali-dade da alma em seus múltiplosaspectos. Contou com a presença demais de 500 pessoas de várioscentros espíritas da Espanha e deoutros países da Europa e foi consi-derado por seus organizadores omais participativo. A mim foioferecido trabalhar a “Reencarnaçãoe a Imortalidade daAlma”, onde

enfocamos o tema na visão espíritacom os vários ângulos do assunto,demonstrando, assim, que a evolu-ção na reencarnação que hojeconhecemos, é uma valiosa contri-buição para a Teoria da Evolução deCharles Darwin. Como também aTeoria Espírita da Evolução doEspírito na Terra e no Universo -consubstanciada por Allan Kardecna Ciência - como nos demaismundos espalhados pelo espaço,ofertando, assim, o conhecimento datransmigração da alma de umplaneta para outro, não só paramundos inferiores, mas, também,para mundos mais adiantados, nãoesquecendo, desta forma, a vida nascolônias espirituais.

Vários conferencistas eram daEspanha, mas teve a participação,também, do Dr. Luis de Almeida, dePortugal, e, no encerramento, nodomingo pela manhã, realizei aminha conferência, cabendo,finalmente, ao conferencistaDivaldinho Matos, de São Paulo,encerrar com brilhantismo fazendoum seminário abordando o tema: “AMorte e a Imortalidade”.

Antes mesmo do início docongresso, visitei, no dia 4 dedezembro, o Centro Espírita AmorFraterno, de Alcázar de San Juan,realizando, assim, um encontrofraterno com os seus participantes,falando de assuntos sobre a adminis-tração da casa espírita. No diaseguinte fizemos um seminário noCentro Espírita da cidade de SanCarlos del Valle sobre “A Vida emuma Colônia Espiritual”.

Dando prosseguimento, apóso congresso, visitamos o Centro deEstudos Espíritas Allan Kardec, em

Málaga, onde realizamos, também, oseminário “Libertando-se peloPerdão” e foi excelente com aparticipação de seus fundadoresIsabel Gonzáles. Esteban. Rafael ePepe e freqüentadores da instituição.No dia 11 de dezembro, estivemosno Centro de Estudos de Sevilha,situado num edifício da prefeituraonde realizamos a conferência “OConhecimento do Espiritismo e aMediunidade na Casa Espírita”, comum amplo debate no final com osparticipantes.

No dia 12, fomos ao CentroEspírita Jesús de Nazareth, localiza-do na cidade de Tomelloso-CidadeRea l , pa r a f a l a r sob re “ADesencarnação”. Para encerrar asatividades na Espanha, o mesmotema foi abordado no dia 13 de

dezembro, no Centro de EstudosEspíritas de Zaragoza – no andarsuperior de uma livraria da cidade -com amplo debate no final.

Viajamos no dia 14 paraPortugal, sendo recebido peladistinta amiga Sra. Isabel Saraiva, doCentro Espírita de Leiria, onde, nomesmo dia, às 21 horas, fizemos umaconferência, abordando “A Terapiado Perdão”. No dia 18, realizamos,ainda em Leiria, a última conferên-cia enfocando o tema “Jesus e aHumanidade”. Assim, encerramosas atividades espirituais programa-das, não podendo realizar umseminário na cidade de Bremen naAlemanha e uma conferência numaInstituição de Londres, em face dasproximidades do Natal.

Em todo este périplo divul-gamos a Abrade, afirmando que ela,hoje, tem um compromisso não só nadivulgação do Espiritismo no Brasil,mas, também, no mundo. O presi-dente da Federação EspíritaEspanhola pediu o apoio do Brasil eda Abrade para a divulgação do VICongresso Espírita Mundial, queserá realizado no ano de 2010, emMadri, Espanha.

Finalmente, cabe aqui aopresidente da Abrade, MarceloFirmino, pela indicação de meunome como o representante oficialem todos estes eventos acimacitados.

* O orador, além de presidente daADE-SE, articulista e radialista, éex-presidente da Federação Espíritadaquele estado e colaborador daAbrade.

Reencarnação e imortalidade, tema de João Cabral noXV Congresso Espírita Nacional, em Valência - Espanha

12 Janeiro / Fevereiro de 2008

Cabral representa a Abrade em Congresso na Espanha João Batista Cabral *

O presidente da ADE-SE,conferencista em Leiria - Portugal

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