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Acessibilidade do sistema operacional LINUX O sistema operacional LINUX permite alterações de acesso ao teclado a partir de modificações no painel de controle semelhantes às descritas no sistema operacional Windows: Trava teclas com SHIFT e CTRL para serem usadas apenas com uma das mãos; Operação do mouse a partir de teclas do teclado; Modificação da sensibilidade do teclado no pressionamento das teclas; Sinais sonoros para a tecla CAPS LOCK, por exemplo; Regulagem da taxa de repetição favorecendo o uso do teclado por pessoas com incoordenação de movimentos; Intervalos entre a aceitação de novo pressionamento de teclas Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência física Nome Função Informações GTkeyboard Teclado de tela http://opop.nols.com/gtkeyboard.html GNOME Onscreen Keyboard (GOK) Teclado de tela http://www.gok.ca . Adaptação do teclado LINUX para usuários que utilizam apenas uma mão Teclado para uma mão http://www.eklhad.net/linux/app/onehand.html Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência visual Nome Função Informações Emacspeak Leitor de tela http://www.cs.cornell.edu/home/raman/emacs peak/ . Jupiter Speech System Leitor de tela http://www.eklhad.net/linux/jupiter/ . Screader Leitor de tela http://www.euronet.nl/~acj/eng-screader.html Festival Sintetizador de voz http://www.cstr.ed.ac.uk/projects/festival/ . Mbrola Sintetizador de voz http://tcts.fpms.ac.be/synthesis/mbrola.html . GMag Ampliadores de tela http://projects.prosa.it/gmag/ . SVGATextmode Ampliadores de tela http://freshmeat.net/projects/svgatextmode/ . Dynamag Ampliadores de tela http://www.cs.rpi.edu/pub/unwindows/ . Xzoom Ampliadores de tela http://filewatcher.org/sec/xzoom.html . X Big Cursor Cursores de mouse http://www.icewalk.com/doclib/howtos/mini/ X-Big-Cursor.html . Outros cursores Cursores de mouse http://themes.tucows.com/cursors.html . Locktones Sons de alerta http://leb.net/pub/blinux/ .

Acessibilidade do sistema operacional LINUX · educadores alfabetizarem alunos surdos em português. Também voltado para os ... A mais recente foi a de um avô que desenvolveu um

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Acessibilidade do sistema operacional LINUX

O sistema operacional LINUX permite alterações de acesso ao teclado a partir de

modificações no painel de controle semelhantes às descritas no sistema operacional

Windows:

Trava teclas com SHIFT e CTRL para serem usadas apenas com uma das mãos;

Operação do mouse a partir de teclas do teclado;

Modificação da sensibilidade do teclado no pressionamento das teclas;

Sinais sonoros para a tecla CAPS LOCK, por exemplo;

Regulagem da taxa de repetição favorecendo o uso do teclado por pessoas com

incoordenação de movimentos;

Intervalos entre a aceitação de novo pressionamento de teclas

Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência física

Nome Função Informações

GTkeyboard Teclado de tela http://opop.nols.com/gtkeyboard.html

GNOME Onscreen

Keyboard (GOK)

Teclado de tela http://www.gok.ca.

Adaptação do teclado

LINUX para usuários

que utilizam apenas

uma mão

Teclado para uma

mão

http://www.eklhad.net/linux/app/onehand.html

Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência visual

Nome Função Informações

Emacspeak Leitor de tela http://www.cs.cornell.edu/home/raman/emacs

peak/.

Jupiter Speech System Leitor de tela http://www.eklhad.net/linux/jupiter/.

Screader Leitor de tela http://www.euronet.nl/~acj/eng-screader.html

Festival Sintetizador de

voz

http://www.cstr.ed.ac.uk/projects/festival/.

Mbrola Sintetizador de

voz

http://tcts.fpms.ac.be/synthesis/mbrola.html.

GMag Ampliadores de

tela

http://projects.prosa.it/gmag/.

SVGATextmode Ampliadores de

tela

http://freshmeat.net/projects/svgatextmode/.

Dynamag Ampliadores de

tela

http://www.cs.rpi.edu/pub/unwindows/.

Xzoom Ampliadores de

tela

http://filewatcher.org/sec/xzoom.html.

X Big Cursor Cursores de

mouse

http://www.icewalk.com/doclib/howtos/mini/

X-Big-Cursor.html.

Outros cursores Cursores de

mouse

http://themes.tucows.com/cursors.html.

Locktones Sons de alerta http://leb.net/pub/blinux/.

Sinais auditivos para

saber quando escrever

uma password

Sons de alerta http://leb.net/pub/blinux/bootmeup/.

O Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) está desenvolvendo o

DOSVOX na plataforma LINUX. O software terá o nome de Sinal e tem previsão de

conclusão para o início de 2007.

A solução atual é a utilização do DOSVOX para Windows executado embaixo de um

emulador no Linux chamado Wine. Essa estratégia prejudica as operações que são

específicas do sistema operacional Windows e de alguns utilitários do Windows, mas

permite que 80% do seu funcionamento sejam possíveis. Os jogos e utilitários da

internet não são afetados com essa adaptação.

Não existe, ainda, um sintetizador de voz em português, mas o SERPRO também vem

trabalhando nesse projeto.

Aplicativos acessíveis para o LINUX para deficiência auditiva

Nome Função Informações

Visual Bells mini-

HOWTO

Avisos visuais http://www.ibiblio.org/pub/Linux/docs/HOW

TO/mini/.

Zapata Comunicação via

telefone

utilizando o

computador como

terminal de texto

http://www.zapatatelephony.org/project.html.

Conheça alguns programas gratuitos (18/06 - Agência

Estado)

Por Gustavo Miller e Bruno Galo São Paulo

Antonio Borges costuma dizer que ele e sua equipe - que já mudou várias vezes em

mais de 15 anos de atividade - são mais do que pioneiros na área da tecnologia

assistiva no País. "O mais importante nos nossos softwares é que eles são simples e

gratuitos.

A tecnologia que produzimos modifica a vida das pessoas", diz.

Atualmente, Borges coordena os projetos de acessibilidade do Núcleo de Computação

Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ). O DosVox, programa

desenvolvido em 1993 com cerca de 20 mil usuários no País, busca criar um ambiente

operacional completo para deficientes visuais e traz um leitor de tela simples.

Além do DosVox, o professor Borges e sua equipe - composta atualmente de cinco

pessoas, sendo uma não deficiente, duas cegas, uma tetraplégica e uma com paralisia

cerebral -, criaram vários outros softwares inclusivos.

O primeiro deles, o Motrix, desenvolvido a partir de 2002, foi pensado para pessoas

com deficiências motoras graves, como tetraplegia e distrofia muscular. Funciona por

meio de comando de voz, possibilitando inclusive a redação de textos.

Ricardo Souza, de 26 anos, diretor da ONG carioca Espaço Novo Ser, é tetraplégico

desde 1997. "No começo é um pouco complicado ter de soletrar as letras no Motrix,

mas agora eu já consigo fazer isso rapidinho", diz.

Há ainda o MicroFênix, desenvolvido a partir de 2004, para pessoas que, além de

apresentarem deficiência motora grave, possuem a fala comprometida. Todos os

softwares desenvolvidos pela equipe de Borges estão disponíveis para download

gratuito no endereço: http://intervox.nce.ufrj.br. Atualmente eles trabalham no

desenvolvimento de um software para deficientes visuais para ser usado no celular, o

CellVox.

Existem algumas outras iniciativas nacionais voltadas para a criação e disponibilização

de programas gratuitos para pessoas com deficiência. No site do Ministério das

Comunicações (www.mc.gov.br) é possível fazer o download de um software leitor de

tela, desenvolvido pela Fundação CPqD, de Campinas.

Já no site www.surdobilingue.org é possível baixar um software livre feito para

educadores alfabetizarem alunos surdos em português. Também voltado para os

deficientes auditivos, o www.acessobrasil.org.br/libras disponibiliza para consulta um

dicionário da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

No exterior, há uma infinidade de iniciativas. A mais recente foi a de um avô que

desenvolveu um navegador especial para o seu neto autista usar a internet. Ele está

disponível para download no endereço www.zacbrowser.com.

Já os softwares CameraMouse (www.cameramouse.org) e HeadDev

(http://tinyurl.com/5nb3y9) são programas voltados para pessoas com mobilidade

reduzida e permitem o controle do cursor do mouse no monitor apenas com o

movimento da cabeça.

Já o Eugénio, disponível na Rede Saci em http://tinyurl.com/58dnel, é um software que,

ao sugerir palavras, tem o objetivo de acelerar o processo de escrita de pessoas com

limitações motoras.

Entre as opções nacionais não tão caras, um dos destaques é o Mouse Ocular, criado

pelo professor Manoel Cardoso, da Fundação Desembargador Paulo Feitosa, em

Manaus. "Queremos recuperar a auto-estima das pessoas com deficiência. A expectativa

de vida é algo físico", afirma Feitosa.

O mouse, vendido apenas para empresas, funciona através de eletrodos ligados a um

módulo eletrônico conectado a um computador. Os eletrodos são colocados na testa e na

região dos olhos do deficiente e funcionam como mouse a partir de movimentos

oculares e piscadas.

A traquitana vem sendo testada na UTI da pediatria do Hospital do Mandaqui, na zona

norte de São Paulo, desde o final de fevereiro. Mateus, de 5 anos e tetraplégico, está

aprendendo a movimentar o mouse. No futuro, espera-se que ele possa brincar com

joguinhos virtuais, escrever seu nome e até navegar na web. Quem o orienta é o

professor voluntário e estudante de pedagogia, Alberto Eduardo Rego Lins, que vai

todas as sextas-feiras ao local.

"O aparelho é barato, custa cerca de R$ 200. A dificuldade é encontrar mais

profissionais capacitados para serem voluntários", diz Maria Teresa Torgi Alves,

gerente de pediatria do Hospital do Mandaqui.

Para as pessoas com deficiência auditiva há ainda os aparelhos telefônicos da Koller. A

empresa pretende lançar no segundo semestre desse ano um novo modelo de telefone

residencial, o Surtel Jr., a R$ 500.

Há ainda empresas como a Laratec, a Techaccess e a Tec Assistiva, que importam e

revendem o que há de mais moderno em termos de hardware e software para pessoas

com deficiência. Devido ao alto preço dos produtos e dos custos de importação, elas

priorizam o mercado corporativo, impulsionado pela Lei de Cotas.

Conteúdo criado e desenvolvido por Mara Lúcia Sartoretto e Rita Bersch © 2012. O conteúdo deste site pode ser livremente reproduzido, no todo ou em parte, desde que

citada a fonte.

Legislação

Decreto Nº 6.949, de 25 de Agosto de 2009. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm

Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004. www.planalto.gov.br/ccivil/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm

Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto/2001/D3956.htm

Ministério de Ciência e Tecnologia.Chamada pública MCT/FINEP/Ação

Transversal Tecnologias assistivas - Seleção pública de propostas para apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas para inclusão social de

pessoas portadoras de deficiência e de idosos. Brasília, setembro 2005 http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.html

ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR

Cartilha da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Brasília, setembro de 2004. Formato PDF: www.prgo.mpf.gov.br/cartilha_acesso_deficientes.pdf

ADA - American with Disabilities Act.: www.ada.gov/pubs/ada.htm

Public Law 100-407 • www.resna.org/taproject/library/laws/techact94.htm

Radabaugh, M.P. NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and

Function Research Section Two: NIDDR Research Agenda Chapter 5: TECHNOLOGY FOR ACCESS AND FUNCTION http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html e

http://www.ncd.gov/newsroom/publications/1993/assistive.htm#5

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© 2012 ASSISTIVA • TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

O que é a comunicação alternativa?

A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de

habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua

habilidade de falar e/ou escrever.

A CA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e

identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, dinheiro, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou

com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.

Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos

auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa

de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário.

O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido

"Comunicação Alternativa", no Brasil encontramos também as terminologias

"Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA".

O que é um sistema de símbolos gráficos?

Para a confecção de recursos de comunicação alternativa como cartões de comunicação e pranchas de comunicação são utilizados os sistemas de símbolos gráficos, que são uma coleção de imagens gráficas que apresentam

características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidades dos usuários.

Existem diferentes sistemas simbólicos, sendo os mais importantes: PCS,

Blissymbols, Rebus, PIC e Picsyms.

O que é o PCS?

Um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo é o PCS - Picture Communication Symbols, criado em 1980 pela fonoaudióloga

estadunidense Roxanna Mayer Johnson. No Brasil ele foi traduzido como PCS - Símbolos de Comunicação Pictórica. O PCS possui como características: desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento e adequados para usuários

de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados, extremamente úteis para criação de atividades educacionais. O sistema de símbolos PCS está

disponível no Brasil por meio do software Boardmaker.

O que é o software Boardmaker?

Board significa "prancha" e maker significa "produtor". O Boardmaker é um programa de computador que foi desenvolvido especificamente para criação de

pranchas de comunicação alternativa. Ele possui em si a biblioteca de símbolos PCS e várias ferramentas que permitem a construção de recursos de comunicação personalizados.

Com o software Boardmaker são confeccionados recursos de comunicação ou materiais educacionais que utilizam os símbolos gráficos e que serão posteriormente impressos e disponibilizados aos alunos.

O Boardmaker poderá ser associado a outro programa chamado de Speaking

Dynamically Pro que significa "falar dinamicamente". Estes dois softwares em conjunto se tornam uma importante ferramenta para construção pranchas de comunicação onde, a partir da seleção de um símbolo, acontece a emissão de

voz pré-gravada ou sintetizada representativa da mensagem escolhida. Para comunicar-se com voz o usuário utilizará seu computador ou um vocalizador portátil.

O Speaking Dynamically Pro possui um série de ferramentas de programação fáceis de usar e que permitem a criação personalizada de atividades educacionais, recreativas e de comunicação.

Outra importante característica deste software é a acessibilidade. Um exemplo

disso é que a seleção de teclas de mensagens ou de teclas para escrita poderá acontecer por meio de varredura e acionadores.

O Software Boardmaker + SDP é comercializado no Brasil pela Clik Tecnologia Assistiva, através do site www.clik.com.br

O que é um vocalizador?

É um recurso eletrônico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das pessoas em seu dia-a-dia. Através dele, seu usuário expressa pensamentos, sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está pré-

gravada no aparelho. As mensagens são acessadas por teclas sobre as quais são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, que correspondem ao conteúdo sonoro gravado.

A maioria dos vocalizadores grava as mensagens digitalmente e a capacidade

de gravação varia de um aparelho a outro. Encontra-se vocalizadores de apenas uma mensagem enquanto outros podem gravar centenas delas. Outra variável intrínseca a este equipamento é o tempo total de gravação

normalmente distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no equipamento.

Em qualquer vocalizador o conteúdo gravado em cada célula é reconhecido

através de figuras ou textos aplicados em pranchas de comunicação que ficam sobre as teclas. Quando a tecla de cada figura ou texto é pressionada, sua mensagem pré-gravada é imediatamente reproduzida e com volume ajustável.

O que são acionadores?

São recursos que promovem acessibilidade tanto no uso do computador quanto em outras atividades não informáticas. A função única do acionador é gerar um clique que o computador interpretará como um comando de seu

usuário. É a forma mais simples de se interagir com um computador, daí a sua importância como interface para a comunicação alternativa.

Do ponto de vista elétrico, um acionador é uma chave de contato momentâneo normalmente aberto (NA), como um botão de campainha. Existem acionadores

de diversas formas, pois sua maior característica é o design apropriado para diferentes utilizações. Quanto ao plugue de conexão, todos acionadores são padronizados internacionalmente com o miniplugue tipo P2.

Na construção de recursos de comunicação com o software Boardmaker poderemos associar o sistema de símbolos PCS com outras figuras e fotografias?

Sim. Os recursos de comunicação são confeccionados de forma personalizada. Desta forma, deveremos utilizar imagens que fazem sentido para o usuário e,

em se tratando de recursos de comunicação no ambiente escolar, que correspondam às atividades e conteúdos propostos no currículo e atividades educacionais. Além dos símbolos PCS que já se encontram no Boardmaker

será possível importar imagens capturadas na internet, em CDs específicos, fotografias digitais ou fotografias escaneadas de catálogos, livros de histórias ou didáticos. Todas as imagens encontradas e utilizadas na produção de

materiais educacionais e/ou de comunicação podem ser categorizadas e arquivadas dentro do programa Boardmaker para que possam ser facilmente localizados em outras aplicações. Fazendo isto o professor do AEE

complementará e qualificará sua biblioteca de imagens.

Que tipo de recursos podemos criar com o Boardmaker?

Como já mencionado, o Boardmaker permite a construção de materiais que

serão impressos e utilizados pelos usuários da CA.

Conhecendo os desafios educacionais que os alunos enfrentam no cotidiano escolar e utilizando-se de muita criatividade, o professor especializado poderá criar os recursos de comunicação e acessibilidade necessários aos seus

alunos por meio das várias ferramentas de seu Boardmaker. Abaixo vamos descrever e ilustrar algumas ideias de aplicação deste software.

Atividades educacionais acessíveis: Com o Boardmaker você pode criar

várias atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação de alunos que utilizam a CA em sala de aula. Lembre-se da importância da interlocução entre o professor do Atendimento Educacional Especializado, que

construirá os recursos de acessibilidade, e o professor da sala de aula comum. Sem conhecer o plano de ensino do professor da sala comum, com seus objetivos e atividades previstas, será impossível propor, construir e

disponibilizar os recursos de acessibilidade para o aluno. O professor especializado deverá também ensinar as estratégias de utilização destes recursos para o aluno, seu professor, para os colegas, comunidade

escolar e família. Desta forma ajudará a todos a entender e a utilizar estas ferramentas de acessibilidade.

Vejamos alguns exemplos de atividades personalizadas com o

Boardmaker:

Atividades escolares:

Textos com símbolos:

Textos com símbolos são muito interessantes para favorecer e ampliar a aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de CA), favorecer a

relação símbolo e signos e auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência intelectual, auxiliar no aprendizado do português escrito para alunos surdos. No Boardmaker a escrita com símbolos é feita com a ferramenta "Simbolar".

Culinária com o Boardmaker:

Fichas de receitas ou receitas completas podem ser descritas com a sequência de símbolos gráficos associados com a escrita. Para confecção destes recursos a ferramenta Simbolar será muito útil.

Livros de atividades

As atividades previstas no currículo escolar, ou que fazem parte do no livro didático impresso, podem ser personalizadas para usuários de CA. Para

disponibilizá-las em sala de aula o professor especializado deverá receber, do professor de sala comum, estas atividades, com a antecedência necessária para que ele possa construí-las com o Boardmaker.

Pranchas temáticas para interpretação de livros e conteúdos

Pranchas de comunicação temáticas poderão ser construídas para que o aluno usuário da CA possa participar de atividades de interpretação de histórias ou também para que possa perguntar, responder e argumentar sobre os

conteúdos estudados e atividades desenvolvidas em sala de aula.

Calendários personalizados

Nas "pranchas modelo" do Boardmaker você encontrará grades de calendários para serem personalizadas. Basta localizar os símbolos apropriados e colar

sobre a o dia em que o evento acontecerá.

Porta-pranchas

Pastas do tipo arquivo, folhas laminadas e encadernadas, porta documentos,

pastas do tipo cardápio (pasta dupla ou trifolder) poderão ser "portadores de pranchas".

No Boardmaker, em "Pranchas Modelo" você encontrará uma série de modelos de grades já prontas para a criação destes recursos de comunicação.

Economize trabalho e utilize as grades que facilitarão a criação das pranchas.

Pranchas para vocalizadores

Nas "pranchas modelo" do Boardmaker você encontrará também grades desenhadas especialmente para utilização em vocalizadores. Se você utiliza

um vocalizador procure o arquivo Boardmaker com o nome da "marca/modelo" do equipamento. Esta grade foi projetada para servir exatamente no tamanho e distância das teclas de mensagens.

Agendas personalizadas com símbolos

Com o Boardmaker você pode criar agendas escolares, atividades da turma e também de ações pessoais da rotina. Para isso, você pode utilizar grades, das

mais variadas formas, que se encontram em "pranchas modelos" no arquivo "agendas".

Sinalizações em vários ambientes

Você pode utilizar o Boardmaker para criar sinalizações dos vários ambientes da escola. Da mesma forma poderão ser criados cartazes com informações ou

indicação de regras e orientações.

Utilização de outras imagens digitais nas produções com o Boardmaker

Você poderá introduzir novas imagens no seu Boardmaker e assim ampliará sua biblioteca de símbolos. As novas imagens poderão ser capturadas na

internet, extraídas em banco de imagens, fotografadas com câmera digital ou também escaneadas de materiais impressos. Você poderá arquivar as imagens digitais na biblioteca do Boardmaker o que permitirá sua fácil localização para

uso em produções futuras. Abaixo algumas fotos ilustram trabalhos feitos com o Boardmaker que utilizaram imagens capturadas de diversas origens.

O Boardmaker é uma ferramenta de autoria?

É exatamente isso. O Boardmaker é uma ferramenta que permite construir os

recursos de comunicação e aprendizado que seu aluno necessitará em cada fase de seu desenvolvimento educacional. E esta é a principal e mais importante característica deste programa. Os exemplos e modelos que o

Boardmaker possui servem apenas para mostrar aos professores o potencial de criação deste software.

Conhecendo os desafios educacionais, os objetivos e atividades propostos

para a turma e conhecendo também as características do aluno com deficiência (suas dificuldades e acima de tudo suas habilidades) o professor especializado irá projetar, construir e disponibilizar os recursos pedagógicos

que garantam a acessibilidade, comunicação e participação no contexto da escola comum.

Atualmente as pesquisas existentes a respeito do ensino e da aprendizagem nos permitem olhar para o que o aluno produz e identificar o que ele já sabe, as

dificuldades que estão impedindo sua aprendizagem e determinar que ações serão necessárias para que o seu conhecimento avance.

Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o

processo de aprendizagem como resultado da ação do aprendiz. Por isso a função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer sua função de aprender participando de situações que favoreçam isto. Neste

sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável a criação de condições de aprendizagem pelo professor, através da construção de recursos de acessibilidade.

O conhecimento não é gerado do nada, é uma constante transformação a partir

do conhecimento que já existe. É o que cada aluno já conhece que explica as diferentes formas e tempos de aprendizagem, bem como as dificuldades e possibilidades que o aluno apresenta. Seja nas propostas de atividades, seja

na forma como os professores encorajam e desafiam os alunos a se lançar

com ousadia nas propostas de aprendizagem, os recursos (materiais educacionais) tem uma função decisiva nas possibilidades de aprendizagem dos alunos.

O Boardmaker é uma ferramenta aberta e, portanto, servirá para confecção de recursos de acessibilidade que atendem diferentes concepções de ensino e aprendizagem. Por este motivo é importante considerarmos o modelo de

escola, o que entendemos por aprendizagem e que postura nós pretendemos instigar no aluno, no sentido de ele ser ativo na construção do conhecimento. Se disponibilizarmos recursos ao nosso aluno permitindo e esperando apenas

que ele responda o que consideramos correto, sem dar a ele oportunidades de questionar, propor alternativas, argumentar etc., possivelmente nós teremos um instrumento pobre de comunicação e também um instrumento pobre de

educação.

Portanto a palavra de ordem é conhecer a realidade e os desafios enfrentados pelo aluno e ser criativo. Junto com ele, iremos construir e utilizar os recursos

que permitirão sua expressão e participação ativa em desafios educacionais. O professor deve funcionar como um diretor de cena, cabendo a ele observar as condições e necessidades de seus alunos e montar o cenário, através da

construção das estratégias de ensino e dos recursos de acessibilidade, para possibilitar a construção do conhecimento de seus alunos.

A beleza de um software de criação é que ele possibilita inovar, construir novas alternativas e materiais educacionais cada vez mais desafiantes e inéditos.

O que devo fazer para aprender a utilizar melhor todas as ferramentas do Boardmaker?

A primeira dica é não ter preguiça de abrir e estudar o Manual do Usuário.

Poucas pessoas leem manuais e ficam por muito tempo subutilizando o recurso

que adquiriram. A leitura do manual, paralela a uma experimentação prática das ferramentas, ajudará a desenvolver uma habilidade operacional com o software. O Manual do Usuário do Boardmaker é muito fácil de usar e dá

instruções passo-a-passo. Você o encontrará no formato PDF, que permite ler na tela e também imprimir. Sugiro que você trabalhe/estude com o manual impresso ao seu lado. Desta forma, você seguirá a leitura e simultaneamente

experimentará as ferramentas do software ou, quando chegar uma dúvida, você recorrerá ao índice e encontrará facilmente a resposta.

Importante: para visualizar o Manual do Usuário é necessário ter instalado no computador o programa Adobe Reader, que é o programa que abre arquivos

PDF. Caso não o tenha, clique aqui para baixar e instalar gratuitamente.

Para localizar o Manual do Usuário abra o seu programa, clique na barra de ferramentas em "Ajuda". Clique então sobre "Manual do Usuário" e pronto!

(veja figura abaixo)

Bom estudo e um ótimo proveito desta importante ferramenta que é o Boardmaker com Speaking Dynamically Pro!

O que é Tecnologia Assistiva?

Conceito

Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente

promover Vida Independente e Inclusão.

É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995).

No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o seguinte conceito para a

tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a

funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII -

Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República).

O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998

como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos

cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos

públicos para compra dos recursos que estes necessitam.

Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os

Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.

Recursos

Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que

contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual

e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios

visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.

Serviços

São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações,

experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como:

Fisioterapia

Terapia ocupacional Fonoaudiologia

Educação

Psicologia

Enfermagem

Medicina

Engenharia

Arquitetura

Design

Técnicos de muitas outras especialidades

Encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos

da Tecnologia Assistiva, tais como “Ajudas Técnicas”, “Tecnologia de Apoio“, “Tecnologia Adaptativa” e “Adaptações”.

Objetivos da Tecnologia Assistiva

Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Categorias de Tecnologia Assistiva

A classificação abaixo, foi construída com base nas diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores.

A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela

promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos

recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do usuário final.

1

Auxílios para a vida diária

Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades

pessoais, manutenção da casa etc.

2

CAA (CSA) Comunicação

aumentativa (suplementar) e alternativa

Recursos, eletrônicos ou não, que permitem

a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas

de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.

3

Recursos de acessibilidade

ao computador

Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de

acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de

reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.

4

Sistemas de controle

de ambiente

Sistemas eletrônicos que permitem as

pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre

outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.

5

Projetos arquitetônicos

para

acessibilidade

Adaptações estruturais e reformas na casa

e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou

reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.

6

Órteses e próteses

Troca ou ajuste de partes do corpo,

faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios

etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital

que funcionam como lembretes instantâneos.

7

Adequação Postural

Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e

distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem

como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e

posicionamento de tronco/cabeça/membros.

8

Auxílios de mobilidade

Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3

rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.

9

Auxílios para cegos ou com

visão

subnormal

Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos

com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações

etc.

10

Auxílios para surdos ou

com déficit auditivo

Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY),

sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

11

Adaptações em veículos

Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para

cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.

Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS) © 1981-2009 Mayer-Johnson, LLC. Todos os direitos reservados.

Atuação da Tecnologia Assistiva

A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com

deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse.

Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo

de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSSOCIAL e diz respeito à avaliação e intervenção em:

Funções e estruturas do corpo - DEFICIÊNCIA

Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação.

Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais

Para conhecer melhor a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade e os conceitos emitidos pela OMS - Organização Mundial da Saúde, clique em www.deb.min-edu.pt/fichdown/ensinoespecial/CIF1.pdf

Visão Geral dos Componentes da CIF - 2003

1. Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências

Definições:

• Funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas). • Estruturas do Corpo são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos,

membros e seus componentes. • Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um desvio importante ou uma perda.

2. Atividades e Participações / Limitações de Atividades e Restrições de Participação

Definições:

• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.

• Participação é o envolvimento numa situação da vida. • Limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode encontrar na execução de atividades.

• Restrições de Participação são problemas que um indivíduo pode experimentar no envolvimento em situações reais da vida.

3. Fatores Contextuais

Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um indivíduo.

Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - que podem ter efeito num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os estados relacionados com a saúde do indivíduo.

• Fatores Ambientais: Constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e podem ter

uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar ações ou tarefas, ou sobre a

função ou estrutura do corpo do indivíduo.

• Fatores Pessoais: São o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo e englobam as características do indivíduo que não são parte de uma condição

de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça, idade, outros estados de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos, educação recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes

sociais, nível de instrução, profissão, experiência passada e presente, (eventos na vida passada e na atual), padrão geral de comportamento, caráter, características psicológicas individuais e outras características, todas ou

algumas das quais podem desempenhar um papel na incapacidade em qualquer nível.

4. Modelos Conceituais

Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade foram propostos vários modelos conceituais:

• Modelo Médico: Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente

pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e

mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde.

• Modelo Social: O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como

uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do

problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social.

Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política.

• Abordagem Biopsicossocial:

A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que

ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.

Artigos sobre Tecnologia Assistiva

CEDI • INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA ASSISTIVA • Rita Bersch (arquivo em formato PDF - 1,8MB)

PALESTRA CAA • Nadia Browning (arquivo em formato PDF - 2,3MB)

Links para Sites e Programas de Tecnologia Assistiva PORTUGUÊS/ESPANHOL (BRASIL, PORTUGAL, ESPANHA)

ASSISTIVA • SENSwitcher - SOFTWARE

GRATUITO, ÓTIMO PARA PRATICAR O USO DE ACIONADORES (download de arquivo zipado 2,8 MB - instruções em arquivo txt)

MEC - SEESP - Secretaria de Educação Especial - Catálogo de Publicações -

Livros em formato PDF

TA • KIT ACESSO

UFRJ • PROJETO DOSVOX

UFRJ • PROJETO LENTE PRO (clique para baixar programa)

UFRJ • PROJETO MOTRIX

ACESSIBILIDADE.NET • ACESSIBILIDADE PARA TODOS

DEFNET

REDE SARAH DE HOSPITAIS

NIEE • UFRGS NÚCLEO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROJECTE FRESSA • SOFTWARE PARA LA EDUCACIÓN ESPECIAL

INFORMÁTICA PARA ORIENTADORES

MANOLO.NET • DEFICIÊNCIA VISUAL

SITES EM OUTROS IDIOMAS (ESTADOS UNIDOS, REINO UNIDO, CANADÁ, AUSTRÁLIA)

CAST • DESENHO UNIVERSAL

OATS • RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSITIVA GRATUITOS PARA O COMPUTADOR

ACE CENTER • SITE COM INFORMAÇÕES SOBRE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E OUTROS RECURSOS

TRACE CENTER • UNIVERSIDADE DE WINSCONSIN - MADISON - EUA

NATRI • UNIVERSIDADE DO KENTUCKY - EUA

EASI • CURSOS E TREINAMENTOS EM AT

CLIK-N-TYPE • TECLADOS VIRTUAIS GRATUITOS

ISAAC • ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA

CSUN • CALIFORNIA STATE UNIVERSITY - NORTHRIDGE - EUA

ATIA • ASSISTIVE TECHNOLOGY INDUSTRY ASSOCIATION - EUA

SITES QUE APRESENTAM RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

Portal Nacional de Tecnologia Assistiva - Brasil

AbleData - Estados Unidos

Portale SIVA - Itália

CEAPAT - Espanha

EmpTech - Inglaterra

Por que o nome "Tecnologia Assistiva"?

Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:

ASSISTIVE TECHNOLOGY

Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais

freqüentemente o termo assistive technology.

No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico,

eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de

adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). No CD-ROM intitulado Abledata, já estão catalogados cerca de 19.000 produtos tecnológicos à disposição de

pessoas com deficiência e esse número cresce a cada ano.

Mas como traduzir assistive technology para o português? Proponho que esse termo seja traduzido como tecnologia assistiva pelas seguintes razões:

Em primeiro lugar, a palavra assistiva não existe, ainda, nos dicionários da

língua portuguesa. Mas também a palavra assistive não existe nos dicionários da língua inglesa. Tanto em português como em inglês, trata-se de uma palavra que vai surgindo aos poucos no universo vocabular técnico e/ou

popular. É, pois, um fenômeno rotineiro nas línguas vivas.

Assistiva (que significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia") segue a mesma formação das palavras com o sufixo "tiva", já incorporadas ao léxico

português. Apresento algumas dessas palavras e seus respectivos vocábulos na língua inglesa (onde eles também já estão incorporados). Foram escolhidas palavras que se iniciam com a letra a, só para servirem como exemplos.

associativa - associative

adotiva - adoptive

adutiva - adductive afetiva - affective

acusativa -

accusative adjetiva - adjective

aquisitiva - aquisitive agregativa - aggregative

ativa - active assertiva - assertive

adaptativa - adaptive aplicativa - applicative

Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-

se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços

de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.

1. Título: ACE CENTRE Descrição: Centro de referência de TA na Inglaterra o ACE Centre Advisory

Trust apresenta como foco o uso da tecnologia para necessidades específicas de comunicação e educação. No seu site, em inglês, apresenta a descrição de vários recursos, ensina a desenvolver outros e traz links interessantes.

Endereço na Internet: http://www.ace-centre.org.uk/acemain.asp 2. Título: CAST - Center for Applied Special Technology

Descrição: Site em inglês apresenta um projeto que coloca o Desenho Universal na base da Aprendizagem, o CAST pesquisa e desenvolve modos de auxiliar a aprendizagem de qualquer individuo, independentemente das suas

necessidades e habilidades. Neste site você saberá como a Pesquisa e o Desenvolvimento do CAST, baseados nos últimos conhecimentos neurológicos e de tecnologia multimídia,

geram melhor desenvolvimento profissional, políticas, ações práticas, produtos e publicações.

Endereço na Internet : http://www.cast.org/ 3. Título: Favorecendo o Desenvolvimento da Comunicação em Crianças e

Jovens com Necessidades Educacionais especiais. Descrição: Livro organizado pela professora Leila Regina d’Oliveira de Paula

Nunes que reúne textos de renomados pesquisadores e especialistas em Comunicação Alternativa. Metodologia aplicada a indivíduos impedidos, por diversos fatores, de fazer uso apropriado de fala e, portanto, prejudicados

também no modo de interagir socialmente. O livro abrange conteúdos de alta relevância pedagógica e está inserido no paradigma da educação inclusiva. NUNES, Leila Regina d’Oliveira de Paula. Favorecendo o Desenvolvimento

da Comunicação em Crianças e Jovens com Necessidades Educacionais especiais. Rio de Janeiro: Ed. Dunya, 2004.

4. Título: OATS Open Source Assistive Tecnology Software Descrição: Site em inglês para download de software de TA gratuitos. Alguns

deles estão sendo traduzidos para o português e serão disponibilizados no site www.assistiva.com.br.

Endereço na Internet: http://www.oatsoft.org/ 5. Título: Portal de Ajudas Técnicas. Equipamento e Material Pedagógico

Especial para Educação, Capacitação e Recreação da Pessoa com deficiência Física. Recursos para Comunicação Alternativa.

Descrição: Documento de autoria dos professores Eduardo José Manzini e Débora Deliberato, que apresenta fundamentação teórica sobre a Comunicação Alternativa e ainda muitas ilustrações de recursos construídos

com o objetivo de ampliar e qualificar a comunicação de alunos que apresentam defasagem entre sua habilidade e suas necessidades comunicativas, no contexto escolar.

Brasil. Secretaria de Educação Especial. Portal de Ajudas Técnicas. Equipamento e Material Pedagógico Especial para Educação, Capacitação e Recreação da Pessoa com deficiência Física. Recursos para

Comunicação Alternativa. Brasília: MEC: SEESP, 2004, fascículo 2. 6. Título: Portal de Ajudas Técnicas. Equipamento e Material Pedagógico

Especial para Educação, Capacitação e Recreação da Pessoa com deficiência Física.

Descrição: Documento de autoria do professor Eduardo José Manzini que orienta professores no planejamento, desenvolvimento e acompanhamento de

alunos que necessitam materiais escolares e pedagógicos especial. Rico em ilustrações traz idéias para novas construções e aplicações de recursos que ampliem a habilidade e a participação do aluno com deficiência física, no

contexto escolar. Brasil. Secretaria de Educação Especial. Portal de Ajudas Técnicas. Equipamento e Material Pedagógico Especial para Educação, Capacitação

e Recreação da Pessoa com deficiência Física. Brasília: MEC: SEESP, 2004, fascículo 1.

7. Título: Portal Nacional de Tecnologia Assistiva. Descrição: Este portal foi criado para reunir e compartilhar informações e

conhecimentos sobre Tecnologia Assistiva. O objetivo é conectar pessoas e instituições que desenvolvem iniciativas para promover a inclusão de pessoas com deficiência. Site desenvolvido com apoio do Ministério de Ciência e

Tecnologia, que além de trazer as atualidades relativas ao tema da Tecnologia Assistiva no Brasil, lista endereços eletrônicos de entidades e serviços que desenvolvem pesquisa e práticas nesta área.

Endereço na Internet: www.assistiva.org.br

8. Título: Projetos de acessibilidade do NCE/UFRJ

Descrição: Desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O site aqui referido abriga projetos voltados para proporcionar a pessoas com deficiência novas oportunidades com base na tecnologia de informática. Além de conhecer projetos de grande notoriedade apoiados por instituições parceiras, você também terá acesso ao download do Dosvox e algumas páginas interessantes.

Endereço na Internet: http://intervox.nce.ufrj.br/

9. Título: Projeto Fressa 2006 Descrição: O projeto Fressa contém um conjunto de softwares desenvolvidos por Jordi Lagares Roset destinados a pessoas com deficiências físicas e

auditivas. No site indicado é em espanhol e nele você poderá conhecer e fazer download dos programas.

Endereço na Internet: http://www.xtec.es/~jlagares/f2kesp.htm 10. Título: Salas de Recursos Multifuncionais. Espaço do Atendimento

Educacional Especializado.

Descrição: O documento Salas de Recursos Multifuncionais, publicado pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação se destina a gestores e educadores dos sistemas educacionais e visa subsidiar

pedagogicamente a organização dos serviços de atendimento educacional especializado que favoreça a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular. Neste

documento aparece a conceituação da Tecnologia Assistiva e a afirmação de ela é campo de atuação da educação especial que tem por finalidade atender o que é específico dos alunos com necessidades educacionais especiais,

buscando recursos e estratégias que favoreçam seu processo de aprendizagem, habilitando-os funcionalmente na realização de tarefas escolares.

ALVES, Denise de Oliveira. Salas de Recursos Multifuncionais. Espaço do Atendimento Educacional Especializado. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.

11. Título: TA - Kit ACESSO

Descrição: Site de Portugal que disponibiliza software gratuitos que favorecem acesso ao computador, acesso a Internet, apoios educativos e apoios à comunicação.

Endereço na Internet: http://www.acessibilidade.net/at/kit/