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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITARIA DE IPORÁ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR: ESTUDO DE CASO NA ESCOLA ESTADUAL ISRAEL DE AMORIM Nome: Neuziana Arantes da Silva Sousa Orientadora: profª. Edna Maria Ferreira de Almeida IPORÁ - GO NOVEMBRO - 2014

Acessibilidade No Espaço Escolar Estudo de Caso Na Escola Estadual Israel de Amorim

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITARIA DE IPORÁ

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR: ESTUDO DE CASO NA ESCOLA

ESTADUAL ISRAEL DE AMORIM

Nome: Neuziana Arantes da Silva Sousa

Orientadora: profª. Edna Maria Ferreira de Almeida

IPORÁ - GO

NOVEMBRO - 2014

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NEUZIANA ARANTES DA SILVA SOUSA

ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR: ESTUDO DE CASO NA ESCOLA

ESTADUAL ISRAEL DE AMORIM

Trabalho de conclusão de curso apresentado a

coordenação adjunta de pesquisa e coordenação adjunta de

TCC em geografia da universidade Estadual de Goiás-

Campus Iporá como requisito parcial para obtenção do

grau de licenciatura em geografia.

Orientador: profª. Edna Maria Ferreira de Almeida

IPORÁ - GO

NOVEMBRO - 2014

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................06

1-BREVE HISTORICO DO TRATAMENTO DAS PESSOAS COM DEFICIENCIA. 07

2- INCLUSAO NO BRASIL, NO ESTADO DE GOIÁS E NA CIDADE DE IPORÁ -

GO............................................................................................................................................10

3-CONCEITO DE DEFICIÊNCIA FÍSICA, ASPECTOS E CAUSAS.............................12

4-CONCEITO DE ACESSIBILIDADE................................................................................13

5- PESQUISA CAMPO ESCOLA ISRAEL DE AMORIM...............................................15

CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................21

REFERÊNCIAS......................................................................................................................21

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ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR: ESTUDO DE CASO NA

ESCOLA ESTADUAL ISRAEL DE AMORIM

Accessibility in Space School: A Case Studyin School State of Israel Amorim

Neuziana Arantes da Silva Sousa1

Edna Mª Ferreira de Almeida2

Resumo A inclusão escolar é uma temática que preocupa a sociedade, principalmente no

âmbito da acessibilidade e ambos os temas já fazem parte da realidade social. Tal

preocupação está relacionada com todos os tipos de deficiência, tanto visual, mental, auditiva,

física e múltipla. Entretanto, essa pesquisa voltou-se para deficiência física, em especial aos

cadeirantes. Os indivíduos com deficiência física possuem limitações, porém como qualquer

outro cidadão possui deveres e direitos. Sendo assim, os cadeirantes têm total liberdade de

frequentar e participar do processo educacional e a escola tem como responsabilidade

adequar-se proporcionando um espaço com acessibilidade. Assim, esse trabalho tem como

objetivo avaliar o espaço físico da Escola Estadual Israel de Amorim na cidade de Iporá (GO),

que é uma escola inclusiva caracterizada como pioneira para receber alunos com deficiência.

Na construção desse trabalho trilhou-se um percurso, relatando uma breve História do

tratamento das pessoas com deficiência física e da sua Inclusão no Brasil, Goiás e Iporá,

enfatizando os principais documentos internacionais que influenciaram na mudança da

exclusão para inclusão como: Declaração Universal dos Direitos Humanos e a declaração de

Salamanca destacando as legislações constitucionais. Utilizou-se também o levantamento e

revisão de fontes bibliográficas, em autores como Frias; Menezes (2008), Duarte (2009),

Macedo; Oliveira (2002), Garcia (2006), Lefebvre (2002) entre outros que contribuíram para

fortalecer o conhecimento cientifico sobre a temática proposta. Realizou-se ainda uma

pesquisa campo, entrevistando a diretora da unidade pesquisada e finalizou-se com imagens

específicas do espaço pesquisado.

Palavras ChaveS: Deficiência física. Acessibilidade. Ambiente Escolar.

Abstract School inclusion is an issue that concerns the society, especially in the context of

accessibility and both issues are already part of social reality. This concern relates to all types

of disabilities, both visual, mental, hearing, physical and multiple. However, this research

turned to physical disabilities, particularly to wheelchair users. Physically disabled individuals

have limitations, but like any other citizen has rights and duties. Thus, the wheelchair are free

to attend and participate in the educational process and the school is responsible for fit

1DiscenteUniversidade Estadual de Goiás-Campus Iporá-Go. [email protected]

2Docente Universidade Estadual de Goiás-Campus Iporá-Go. [email protected]

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providing a space with accessibility. Thus, this study aims to evaluate the physical of the State

School of Israel Amorim space in the city of Iporá (GO), which is an inclusive school

characterized as a pioneer to receive students with disabilities. In the construction of this work

walked up a path, reporting a brief history of the treatment of people with disabilities and their

inclusion in Brazil, Goiás and Iporá, emphasizing the main international documents that

influenced the change of exclusion to inclusion as: Universal Declaration of Human Rights

and the Salamanca Statement highlighting the constitutional laws. Also used the survey and

review of literature sources on authors like Frias; Menezes (2008), Duarte (2009), Macedo;

Oliveira (2002), Garcia (2006), Lefebvre (2002) and others who have contributed to

strengthen the scientific knowledge on the subject proposal. Held for a field survey,

interviewing the director of the studied unit and ended up with specific researched space

images.

Keyword: Physical Disability.Accessibility.Schoolenvironment.

INTRODUÇÃO

A inclusão é uma temática discutida no mundo todo, sendo motivo de preocupação

social. As pessoas com deficiência foram sujeitas a exclusão, não era aceita sua integração

com as pessoas sem deficiência, sofrendo então com isolamento e discriminação social e

educacional. No século XVIII e em meados do século XIX os indivíduos com deficiência

eram segregados e separados da sociedade não deficientes. Por meio das lutas travadas por

uma parcela da sociedade, nasceu uma nova concepção, surgindo então a idéia de inclusão

social e escolar. Para defender a pessoa com deficiência no âmbito da inclusão, leis e decretos

foram criados, e ela passou a ser constituída de direitos como qualquer outro ser humano.

Ao falar da inclusão, deve-se lembrar de que é preciso preparação e adequação

(acessibilidade) das edificações escolares para receber esses alunos. Pois, a Manual Mídia

Legal, 2003 afirma que, apenas ambientes preparados espacialmente e socialmente para

receber, atender e oferecer a qualquer ser humano a oportunidade para desenvolvimento de

seus potenciais com dignidade podem ser qualificados como inclusivos.

Sabe-se que quando se fala em deficiência há a visual, mental, auditiva, física ou

múltipla, mas nesse artigo a pesquisa foi voltada para pessoas com deficiência física em

especial os cadeirantes, indivíduos que com muita luta e perseveranças conseguiram o direito

de ser incluídos no meio social e educacional, possuem habilidades e capacidades, portanto

necessitam de espaços adequados (acessíveis) para se locomoverem com total liberdade.

Assim essa pesquisa teve como objetivo verificar se a Escola Estadual Israel de

Amorim da cidade de Iporá-Goiás possui um espaço físico acessível (acessibilidade) para

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recebimento de alunos e visitantes cadeirantes, afinal sabe-se que essa é uma escola inclusiva

pioneira. O resultado desse trabalho demonstra a importância de se ter acessibilidade nas

instituições educacionais, proporcionando à sociedade uma reflexão, pois o ambiente com

espaço sem acessibilidade ou não totalmente acessível prejudica, de forma direta, o cidadão

cadeirantes, tirando lhe a liberdade de transitar sozinho, ficando ele dependente da ajuda dos

outros.

Esse artigo contou como amparo da pesquisa campo, o método qualitativo e

descritivo, ancorados em referenciais bibliográficos, como: Duarte, 2009, Macedo e Oliveira,

2002, Garcia, 2006, Lefebvre, 2002 dentre outros que contribuíram para fortalecer o

conhecimento científico em relação à temática proposta. Foi trilhado um percurso, sendo

então relatado um breve histórico do tratamento das pessoas com deficiência física, e também

a História da Inclusão no Brasil, Goiás e Iporá, enfatizando os documentos internacionais que

influenciaram na renovação de exclusão para inclusão como: Declaração Universal dos

Direitos Humanos e a declaração de Salamanca não deixando de destacar as legislações

constitucionais. Entrevistou-se a diretora da unidade escolar e finalizou-se a pesquisa com

imagens que ilustram a realidade do espaço pesquisado.

1. BREVE HISTORICO DO TRATAMENTO DAS PESSOAS COM DEFICIENCIA

A inclusão escolar é uma temática de preocupação social, discutida mundialmente

(FRIAS; MENESES, 2008). Assim, a Inclusão vem disputando atenção de parcelas da

sociedade, que buscam um país justo e igualitário para todos, lutam com o objetivo de

defender uma idéia inclusiva e não preconceituosa, objetivando a conquista de novo modelo

de tratamento das pessoas com deficiência.

Os indivíduos com deficiência passaram por várias trajetórias. Primeiramente no

século XVI as pessoas com deficiência eram sujeitas à exclusão social, sendo isoladas da

comunidade, tendo como moradia asilos afastados da sociedade (FIEGENBAUM, 2009). Do

século XVII até o século XVIII continuaram sendo excluídas da sociedade sem deficiência,

vivendo em hospitais, asilos e instituições. No século XIX iniciou a educação para pessoas

especiais, porém para eles havia um espaço separado, a educação dava-se de forma desigual,a

conhecida segregação (DUARTE, 2009).

Já no século XX, até a década de 1970 criaram-se a primeiras classes especiais e

apoio, mas até então a separação estava “viva” no espaço e na sociedade. Somente a partir de

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1990foi defendida a integração e inclusão, apoiando então a interação de pessoas deficientes

comas que não apresentam deficiência, partindo daí a escola tem como obrigação adaptar-se

às necessidades de seus alunos, sendo então de suma importância e obrigatória a chamada

educação especial (DUARTE, 2009 apud FERREIRA, 2007 p 81).

Como visto, até um determinado período não existia a concepção de se ter uma

identidade diferente da sociedade que se considerava normal. Os indivíduos com deficiência

eram vistos como um ser anormal, vivendo em espaços caracterizados pelo preconceito.

As pessoas com deficiências e familiares travaram uma luta para derrubar as

barreiras físicas, o que ocorreu na década de 60 e 70 (GARCIA, 2006 apud SASSAKI, 2002).

As lutas foram ferramentas muito significantes para a mudança de exclusão para inclusão, a

idéia inclusiva teve apoio na “Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)”.

É salientado que a mesma “produziu vários documentos internacionais, norteadores para

desenvolvimento de políticas públicas”. (FRIAS; MENESES, 2008. p. 06). Dentre eles, vale

destacar documentos como: as declarações, as legislações, os decretos, as leis e diretrizes, que

são documentos que asseguram o direito das pessoas com deficiência. Pereira (2013, p.14)

frisa que os documentos “garantiram a inserção de todos os alunos especiais no ensino

regular”. Portanto os documentos foram e são instrumentos que as pessoas com deficiência

têm para defender sua inserção no meio educacional.

Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi um passo importante

para o processo de inclusão. Esse documento “fora o começo de uma luta pelo respeito,

igualdade e por uma sociedade mais justa e democrática” (PEREIRA, 2013, p. 14). No

entanto essa Declaração estabeleceu o direito à inclusão, acessibilidade entre outros,

fortalecendo a luta pelo reconhecimento do valor pessoal, proclamando em 1948 nos artigos

que foram adotados e proclamados pela resolução 217(III) da Assembléia Geral das Nações

Unidas

A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser

atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo

e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforcem,

através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e

liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e

internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e

efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos

dos territórios sob sua jurisdição. Art. 1 Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas

de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de

fraternidade.

Art. II Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades

estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor,

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sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou

social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. (DECLARAÇAO

UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948, p. 02).

Enfim a Declaração promulgada na convenção da ONU deixa claro que não importa

as características que o homem carrega consigo, todos são capazes para gozar dos direitos

nela estabelecidos. Sendo assim, a deficiência é uma característica e não ineficiência, a pessoa

com deficiência é um cidadão comum como outro qualquer e também possui capacidade de

gozar dos mesmos direitos.

Em 1988 a Constituição Federal foi de grande importância para a história inclusiva

em nosso país, houve uma evolução, pois assegurou o direito de inclusão social do indivíduo

com deficiência, declarando no capitulo 1 art. 5° que “Todos são iguais perante a lei, sem

distinção de qualquer natureza, se garantido aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no

país, a inviabilidade do direito a vida, liberdade, igualdade, segurança e a propriedade.”

Assim na Constituição Federal fica claro que todos têm direito, de viver, ser livres,

ter segurança, propriedade e viver em igualdade. Sendo assim, deve-se lembrar de que as

pessoas com deficiência precisam ter suas necessidades e limitações respeitadas, e para que

isso ocorra é preciso de adaptação do espaço físico e também preparação da sociedade.

A Declaração de Salamanca em 19943fortaleceu a inclusão no ambiente escolar,

sendo assim, nesse ano, declarou a educação inclusiva para todos, que tenham ou não

deficiência (SALAMANCA, 1994).Esse documento defendeu uma ideologia de justiça e

igualdade educacional, e reafirmou “o direto de Educação para todos” (SALAMANCA, 1994,

p. 02). O documento ainda defendeu a inserção das pessoas com necessidades especiais na

unidade escolar, e para tal destaca que

toda criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de

aprendizagem que lhe são próprias. As pessoas com necessidades educacionais

especiais devem ter acesso ás escolas comuns que deverão integrá-las numa

pedagogia centralizada na criança capaz de atender essas necessidades.

(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994 p.01).

Portanto, fica explícito que a criança, independente de suas características físicas ou

psicológicas, tem pleno direito de ter acesso à educação escolar, cabendo às unidades

escolares se adaptarem para atender seus discentes, assim os cadeirantes têm limitações e

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necessidades que lhe são próprias, mas é dever da instituição ter em seu espaço acessibilidade

que proporcione a eles a locomoção com autonomia e segurança.

Percebe-se que esses documentos foram essenciais para a mudança de exclusão para

inclusão que ocorreu de forma explícita, porém foram travadas muitas lutas, organizações das

próprias pessoas com deficiência foram apoiadas declarações dos direitos humanos e de

Salamanca que foram de suma importância. A ONU foi a organização responsável por tal

mudança, que aprovou todas as declarações e decretos, com fins de assegurar a

obrigatoriedade de incluir as pessoas com deficiência no meio social e educacional, foi

através dela que se tem a ideologia inclusiva hoje, seguindo então o “novo” em que o Brasil

se inseriu, Goiás não ficou para trás.

2. INCLUSAO NO BRASIL, NO ESTADO DE GOIÁS E NA CIDADE DEIPORÁ - GO.

A inclusão, por mais que tardia, foi um passo importante na vida das pessoas com

deficiência que sofreram com a discriminação social, proporcionando aos mesmos a

integração social. No Brasil em 1990 desencadearam discussões no âmbito da inclusão escolar,

iniciando com muitas controvérsias e discussões, sendo assim afirma-seque

No Brasil, desde os anos 90, “(...) começaram a discussão em torno do novo modelo

de atendimento escolar denominado Inclusão Escolar. Esse novo paradigma surge

como uma reação contrária ao princípio de integração e sua efetivação prática tem

gerado muitas controvérsias e discussões”. (PEREIRA, 2013 pg. 13 apud

MIRANDA, 2003, p. 01).

As pessoas com deficiência viveram momentos difíceis, foram sujeitas à isolação,

uma realidade não só local, mas sim global, em Goiás a inclusão iniciou-se em 1999,

apoiando a ideologia de educação para todos, decidiu-se por proporcionar a todos uma

educação com qualidade. O Estado de Goiás foi

O primeiro Estado Brasileiro a implantar o processo inclusivo, quando em 1999

tomou a decisão de oferecer uma educação de qualidade para todos. O governo

Marconi Ferreira Perilo Júnior, a Secretária da Educação Eliana Maria França

Carneiro e, o superintendente de Ensino Especial Dalson Borges Gomes foram os

precursores nesse processo inclusivo no Estado de Goiás.(MACEDO; OLIVEIRA,

2002, p.18)

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“A Lei de Diretrizes e Bases do Sistema Educativo Goiano – Lei n° 26/98 permite a

concretização da LDB nacional numa linha democrática e progressista.”(MACEDO E

OLIVEIRA, 2002 pg. 22).

Em Iporá – Goiás a educação inclusiva começou em 1999 na Rede Regular de ensino,

mas antes de efetivar a inclusão no ambiente escolar foram realizados cursos com o objetivo

de discutir e aprimorar sobre a Inclusão na Educação. O curso contou com a participação da

Professora Ana Maria Honorato, sendo ela a responsável pela proposta, nos estudos foram

abraçados todos os tipos de deficiência, Romeu Kazum Sassaki contribui com sua orientação

(PEREIRA, 2013).

A inclusão no ano de 1999 na Cidade de Iporá não se deu em todas as unidades

educacionais, sendo que a primeira escola que recebeu o título de escola inclusiva foi a

Joaquim Berto, selecionada pela Subsecretaria Regional de Educação de Iporá para receber os

alunos com deficiência. Nos dias 12 a 16 de julho de 1999 os profissionais foram convocados

para participar de curso que tinha como tema a inclusão, para capacitar os mesmos, o curso

teve como orientador Romeu Kazumi Sassaki. Após a implantação, os profissionais

continuaram participando de cursos para capacitação. (PEREIRA, 2013).

A Escola Joaquim Berto passou por vários critérios avaliativos para ser configurado

como escola inclusiva, sendo avaliada a localização, estrutura arquitetônica, espaço físico e

pelo atendimento de um número favorável de alunos, atendendo aos critérios da inclusão

(PINHO; MOURA, 2006). Assim a Escola Joaquim Berto não foi escolhida por acaso, mas

foi avaliada em sua estrutura e a quantidade de sua clientela, passando então no padrão

exigido para inclusão.

Pereira, 2013 ressalta que subsidiada no memorial da Escola Estadual Joaquim Berto,

em 2000 a unidade recebeu em seu espaço 08 alunos com deficiência auditiva, 28 com

deficiência mental, 03 com síndrome de Down e 02 com deficiência física, total de 44 alunos,

foram inseridos no processo de inclusão. Como visto no memorial, a escola abrigou uma boa

quantidade de alunos com deficiência com característica variável.

A proposta de Educação Inclusiva da escola está calcada na Declaração de Direitos

Humanos, Declaração Mundial sobre Educação para todos, Declaração de Salamanca e os

dispositivos legais: Constituição Federal (1988), Lei de Diretrizes de Bases da Educação

(9.394/96), e os pressupostos teóricos que fundamentam a prática pedagógica sócia

construtiva (PINHO E MOURA, 2006).

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Em 2001, a unidade de ensino Joaquim Berto manteve o processo de inclusão. Os

profissionais continuaram os estudos relacionados à temática, com objetivo de preparação,

para melhor atender os alunos, preocupando também em melhorar a postura pedagógica

diante dos alunos, pais e a comunidade (MACEDO E OLIVEIRA, 2002 pg. 28).

Em 2002 a luta continuou e a escola Joaquim Berto como referência inclusiva

recebeu 01 aluno com deficiência visual, 01 aluno com deficiência física, 16 alunos com

deficiência mental e 03 cm condutas típicas, o total de 36 alunos inclusos no processo de

inclusão (MACEDO E OLIVEIRA, 2002 pg.28).

De acordo com a diretora I.M a Escola Estadual Israel de Amorim recebeu o título de

escola inclusiva no ano de 2000, e foi o corpo docente dessa unidade que conseguiu tornar o

ambiente inclusivo e a partir daí, a escola sofreu algumas pequenas alterações em sua

estrutura arquitetônica no âmbito da acessibilidade, mas ainda há muito a melhorar.

O espaço precisa ser pensado de forma que atenda a todos e a todas que frequentam

esse ambiente, pois a educação escolar é um direito da sociedade e perante a lei todos são

iguais, e as instituições escolares são obrigadas a acolher e matricular todos os alunos,

independente do grau ou tipo de deficiência, sendo assim “[...] a legislação é explicita quanto

á obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades

ou diferenças.” (FRIAS; MENESES, 2008, p.03). Com tal afirmação fica visível que as

escolas têm a obrigação de receber e aceitar esses alunos, sendo indispensável que se adaptem

à necessidade dos mesmos.

3. CONCEITO DE DEFICIÊNCIA FÍSICA, ASPECTOS E CAUSAS

A deficiência física não é uma doença e sim uma limitação, a pessoa nessa condição

tem capacidade de raciocinar, sendo assim, o decreto n° 3.298 de 20 de Dezembro de 1999,

capítulo I Art. 9 descreve a deficiência física como

Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,

acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de

paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,

triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,

paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida,

exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o

desempenho de funções; (BRASIL, 1999 CAPITULO 01, ART. 4ª).

Deficiência física pode apresentar vários aspectos e são classificadas como:

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Temporária: quando tratada, permite que o individuo volte a suas condições

anteriores:

Recuperável: quando permite melhora diante do tratamento, ou suplência por

outras áreas não atingidas.

Definitiva: quando apesar do tratamento, o individuo não apresenta

possibilidade de cura, substituição ou suplência;

Compensável: é a que permite melhoras por substituição de órgãos. Por

exemplo, a amputação compensável pelo uso de prótese. (MORAES, 2007 PG.25

APUD BRASILB, 2006 PG.19).

Moraes, 2007 pg.25 apud Brasilb, 2006 pg.19 destaca as causas da deficiência física

que são:

Hereditária: quando resulta de doenças transmitidas por genes, podendo

manifestar desde o nascimento, ou aparecer posteriormente;

Congênita: quando existe no individuo ao nascer e, mais comumente, antes

de nascer, isto é, durante a fase intra- uterina;

Adquirida: quando ocorre depois do nascimento, em virtude de infecções,

traumastimo, intoxicações e acidentes; (MORAES, 2007 PG.25 APUD BRASILB,

2006 PG.19

Essas classificações e causas levam a entender que o ambiente escolar deve ter

estrutura apropriada, afinal a deficiência física não existe apenas ao nascer, ela pode ser

adquirida no decorrer da vida do individuo e o espaço escolar precisa estar adaptado para

atender às necessidades do seu corpo discente, quiçá o corpo docente, assim como toda

comunidade escolar. Sendo assim, a unidade escolar precisa de espaço acessível, pois a falta

de acessibilidade não pode ser motivo para o aluno com deficiência não frequentar a escola.

4. CONCEITO DE ACESSIBILIDADE

De acordo com Almeida e Alves (2014) em 1981 foi realizado pela ONU o ano

Internacional das pessoas com deficiência e foi marcado pela criação do conceito de

acessibilidade, reconhecendo os direitos dos indivíduos com deficiência física. De 1983 a

1992 com o programa mundial de ação, o conceito de acessibilidade ganhou força e foi

elaborada uma documentação que abordou o conceito de equiparação de oportunidades para

os deficientes físicos.

Na norma ABNT-NBR n° 9050-2004 define que Acessibilidade é a “Possibilidade e

condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia

de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.” Então acessibilidade é

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isso, um espaço em que os cadeirantes possam ir e vir com total segurança e com total

autonomia, sem precisar de “um empurrãozinho” de uma segunda pessoa.

A norma da ABNT_NBR n° 9050-2004 caracteriza a palavra acessível como

“Espaço, Edificações, mobiliaria, equipamento, urbano ou elemento que possa ser alcançado,

acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade

reduzida”.

Um espaço com acessibilidade aos cadeirantes e as pessoas com mobilidade reduzida

é aquele que respeita as normas da ABNT, seguindo os critérios nela encontrados, sob o

seguinte decreto:

Decreto n° 5.296 de 02 de Dezembro de 2004, Capítulo VI Art. 10. A concepção e a

implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem atender aos princípios

do desenho universal, tendo como referências básicas as normas técnicas de

acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas neste Decreto.

(BRASIL, 2004, CAPÍTULO IV, ART. 10).

O ambiente escolar verdadeiramente inclusivo e acessível é aquele que atende as

limitações e necessidades do aluno incluso, respeitando a diversidade de características de

cada um. Escola acessível às pessoas com deficiência física tem que ter o espaço totalmente

adequado para receber os alunos, pois é direito garantido no art. 24 estabelecendo que:

Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, públicos ou

privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus

ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com

mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e

instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários. (BRASIL, 204,

CAPITULO IV, ART 24).

Com se percebe, a própria lei estabelece a obrigatoriedade da acessibilidade no

espaço físico do ensino seja público ou privado, não importa a classe social, todos são

cidadãos constituídos de direitos e deveres, portanto todos são iguais independentes de cor, de

classe social ou outras diferenças. Assim, a regra é uma só, inclusão/acessibilidade é um

direito que deve ser respeitado. As unidades escolares são elementos importantes no espaço

Urbano e Rural, e no âmbito da acessibilidade a regra é a mesma, pois independente de sua

localização o objetivo é um só, e tem a obrigação de atender a todos e todas, com ou sem

deficiência.

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5. PESQUISA CAMPO ESCOLA ISRAEL AMORIM

Segundo a diretora I.M a Escola Israel de Amorim foi fundada em 1947, nesse

período não se pensava em educação inclusiva, sendo assim foi uma construção de estrutura

não acessível, e por ser uma escola considerada histórica não pode sofrer alteração total em

seu modelo. Recebeu o título como inclusiva em 2000, inicialmente o corpo docente da

unidade enfrentou dificuldades, pois não possuíam formação especializada para atender os

alunos inclusos e nem espaço apropriado para locomoção de cadeirantes. Em 2004 receberam

recursos para a acessibilidade, iniciando então as primeiras adaptações, sendo construídas

algumas rampas em alguns pontos do espaço escolar. O recurso foi um valor pequeno e não

foi possível construir rampas em todos os pontos necessários. A partir de 2009 a escola sofreu

outras mudanças na estrutura, com a construção de um banheiro parcialmente adaptado e a

sala multifuncional, Atualmente tem se um projeto para futuras mudanças na Secretaria da

Educação, ao qual a escola ainda não teve acesso.

Figura 1: Entrada ao portal principal da escola

Fonte: SOUSA, N.A.S. Trabalho De Campo, Agosto 2014.

A Figura 01 demonstra a entrada ao portal principal da escola, sendo possível

identificar uma calçada larga e acessível, uma rampa para facilitar a locomoção, mas que está

fora do padrão exigido na norma ABNT/9050, pois a rampa não é rebaixada, e apresenta

rachaduras que prejudicam a circulação de cadeirantes, já o portão está acessível, pois possui

uma largura precisa para entrada de diversas pessoas.

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Figura 2: Entrada principal da escola

Fonte: SOUSA, N. A. S. Trabalho De Campo, Agosto 2014.

A figura 02 mostra a entrada principal que dá acesso às salas de aula, sala dos

professores, secretaria, laboratório, biblioteca entre outros, observando a figura é bem visível

a inacessibilidade aos cadeirantes, pois possui escada com três degraus e uma pequena

calçada próxima que está danificada e com desnível, sendo caracterizada como uma barreira

arquitetônica, pois os cadeirantes não conseguem transitar com autonomia.

Figura 3: Lateral da Escola. Figura 3. 1: Entrada acessível à cadeirantes.

Fonte: SOUSA, N. A. Da. S. Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho Campo, Agosto 2014. Trabalho Campo, Agosto 2014.

Page 17: Acessibilidade No Espaço Escolar Estudo de Caso Na Escola Estadual Israel de Amorim

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Figura 3. 2: Rampa de acesso a salas de aula

Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho De Campo, Agosto 2014.

As figuras3, 3.1 e 3.2 demonstram um longo trajeto que os cadeirantes têm que fazer

para chegar ao interior da escola, como mostra na figura 3 o trajeto se inicia na lateral, depois

tem a rampa da figura 3.1 que dá continuidade ao caminho que leva os cadeirantes à rampa de

acesso às salas de aula (Figura 3.2), pode se observar por meio das figuras a ausência dos

símbolos que identificam a acessibilidade.

Figura 4: Entrada sala de aula rebaixada Figura 4. 1: Entrada salas de aulas com degrau

Fonte: SOUSA, N. A. Da.S.Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho Campo, Agosto 2014.Trabalho Campo, Agosto 2014.

A escola Israel de Amorim tem em seu espaço 09 salas de aula, mas apenas 02 estão

com a entrada rebaixada e adaptadas para recebimento de discentes cadeirantes. A figura 4

demonstra a entrada rebaixada e 4.1 representa as salas que não são apropriadas, pois possui

Page 18: Acessibilidade No Espaço Escolar Estudo de Caso Na Escola Estadual Israel de Amorim

18

em sua entrada um degrau, que é configurado na norma ABNT 9050 como barreira

arquitetônica.

Figura 5: Entrada laboratório Figura 5. 1: Espaço interno laboratório

Fonte: SOUSA, N. A. Da. S. Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho Campo, Agosto 2014. Trabalho Campo, Agosto 2014

O laboratório de informática também está inacessível tanto na entrada quanto na

dimensão do espaço, na entrada, ao observar a figura 5 é visível o degrau que é um empecilho

na locomoção dos cadeirantes, a figura 5.1 representa o espaço interno do laboratório,

percebe-se que entre as mesas dos computadores a largura não é propícia para manobrar uma

cadeira de rodas, tal situação impede a movimentação de forma livre e autônoma.

Figura 6: Entrada para a Biblioteca Figura 6. 1: Espaço interno da Biblioteca

Fonte: SOUSA, N. A. Da. S. Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho Campo, Agosto 2014. Trabalho Campo, Agosto 2014

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19

A biblioteca também está configurada como inadequada, na figura 6 percebe-se que a

entrada é inacessível, tem degrau prejudicando a entrada e saída dos cadeirantes. Conforme

mostra na figura 6.1 o espaço é pequeno para uma pessoa com deficiência física transitar

livremente.

Figura 7: espaço interno da sala Multifuncional

Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho Campo, Agosto 2014.

Com recurso próprio foi construída uma sala provisória de atendimento

(multifuncional) aos alunos com deficiência, mas a mesma está longe de ser ideal, na figura 7

detalha o espaço da mesma que possui dimensão pequena para atender com qualidade,

iluminação desapropriada e pouca ventilação, faltando também o símbolo para identificação

da mesma.

Page 20: Acessibilidade No Espaço Escolar Estudo de Caso Na Escola Estadual Israel de Amorim

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Figura 8: Entrada para quadra esportiva

Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho Campo, Agosto 2014

Para chegar até a quadra de esportes é uma luta, pois a passarela que dá acesso a ela é

feita com blocos de cimento. A figura 08 mostra com clareza os blocos de cimento que são

qualificados como barreira arquitetônica que dificulta a circulação da cadeira.

Figura 9: Entrada para o sanitário Figura 9.1: Espaço interno do sanitário

Fonte: SOUSA, N. A. Da. S. Fonte: SOUSA, N. A. Da. S.

Trabalho Campo, Agosto 2014. Trabalho Campo, Agosto 2014.

Na unidade escolar Israel de Amorim há 04 sanitários e apenas um é parcialmente

adaptado, possui rampa, espaço necessário para entrada de uma pessoa com cadeira de rodas,

mas observa-se que há ausência das barras de apoio e de sinalizações que indiquem o sanitário

acessível. Figura 9 e 9.1 representam e demonstram as irregularidades.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desse estudo, percebeu-se que a escola pesquisada é antiga na cidade de Iporá –

Goiás foi fundada no ano de 1947, período em que não se pensava em inclusão escolar, é

considerada histórica não podendo sofrer grandes alterações no seu modelo estrutural, foi

titulada como inclusiva em 2000, sofreu pequenas modificações no ano de 2004 e no ano de

2009 com pouco recurso que receberam, atualmente há um projeto em andamento, visando

melhorar a acessibilidade do espaço escolar da mesma, mas até o momento não foi executado.

A Escola Israel de Amorim é caracterizada pioneira, porém possui um espaço físico

parcialmente acessível, nas imagens é possível observar essa realidade. Entretanto, há muito a

melhorar em relação à acessibilidade. É necessário construir rampa na entrada principal, para

que os alunos com deficiência física possam ter acesso, pois entram pela lateral da escola,

percorrendo um longo percurso. Nos locais da escola que parcialmente há acessibilidade

faltam os símbolos presentes na norma ABNT/9050. É de grande importância sinalizar os

espaços acessíveis. A sociedade tem um papel importante, pois ao exigir que a lei seja

cumprida pode também fazer a diferença na mudança do espaço escolar, pois é um direito da

população em geral e dever dos governantes.

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10.048, de 8

de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098,

de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção

da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá

outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-

2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em: 10 Maio. 2014

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Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: <

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