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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 2
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINDICE
• Considerações
• Incidência• Isenções e Benefícios Fiscais• Determinação da Matéria coletável
• Taxas• Liquidação• Pagamento
• Obrigações Acessórias• Informação Empresarial Simplificada• Meios de Defesa
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 3
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasConsiderações
• Decreto Lei n.º 159/2009 de 13 Julho (01.01.2010)(após a aprovação do DL n.º 158/2009, de 13 de Julho que aprova o SNC)
• Directo• Real
• Progressivo/Proporcional• Global• Estadual
• Periódico
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 4
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasConsiderações
A dicotomia entre a Contabilidade e a Fiscalidade
Alguns motivos que justificam as correções / diferenças:
• Combater a evasão fiscal e a erosão das receitas fiscais(art. 45º)
• Resolver situações de dupla tributação económica (art.51º)
• Resolver situações de não coincidência entre regras deperiodização de resultados (imputação de subsídios;
depreciações)
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 5
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPrincípios Contabilísticos
• Princípios base:
• Princípio da continuidade• Princípio do acréscimo
• Outros princípios:
• Princípio do denominador comum monetário
• Princípio da consistência• Princípio da prudência
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 6
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA ART. 1º CIRC
O IRC tem como objetivo principal tributar de formaglobal e unitária todos os rendimentos obtidos(mesmo de atos ilícitos) – INCIDÊNCIA REAL pelaspessoas coletivas – INCIDÊNCIA PESSOAL comreferência a um determinado período de tempo –
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 7
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasConceito de Pessoa Colectiva
“É uma organização constituída:
por um agrupamento de pessoas ou merocomplexo patrimonial
tendo em vista desenvolver uma atividadecom interesses comuns
á qual a ordem jurídica atribui a
suscetibilidade de ser titular de direitos eobrigações.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 8
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA ART. 1º CIRC
Elementos das pessoas coletivas- Personalidade jurídica- Fins
- ObjectoPersonalidade jurídica
-Ser titular de direitos e obrigações
-Pessoas jurídicas são:- As pessoas Físicas- As pessoas coletivas
Fins
- interessados – Os quais revertem a favor dosmembros
-Desinteressados – Revertem para o bem
público caso das associações de beneficiência
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 9
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA ART. 1º CIRC
Fins interessados
Económicos - Sociedades Comerciais
Não económicos – Culturais, Desportivos
Fins interessados económicos
- Lucrativos (sociedades comerciais)- Não lucrativos (Associações de socorros mútuos)
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 10
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasINCIDÊNCIA PESSOAL ART. 2º CIRC
Os sujeitos passivos de IRC são agrupadossegundo dois critérios:
• A Figura Jurídica (*)
• A localização da Sede (**) ou direçãoEfectiva (***)
(*) Pessoas coletivas de direito público ou privado.(**) Sede – local designado nos estatutos ou onde funciona aadministração principal.
(***) direção Efectiva – local onde são praticados os actos maisimportantes da gestão global.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 11
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA PESSOAL ART. 2º CIRC
RESIDENTES
NÃO RESIDENTES
SUJEITOS
PASSIVOS
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 12
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA PESSOAL ART. 2º CIRC
Com personalidade jurídica
Sem personalidade jurídica
Residentes
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 13
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA PESSOAL ART. 2º, nº1, a)
Residentes
Com personalidade jurídica
(sede/direção efectiva)
• Sociedades Comerciais
• Soc. Civis sob a Forma Comercial
• Cooperativas
• Empresas Públicas• Outras pessoas de direito público ou privado
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 14
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA PESSOAL ART. 2º, nº1, b)
Residentes
Sem personalidade jurídica
(sede/direção efectiva)
• Heranças Jacentes
• Associações e sociedades civis s/ personalidade jurídica
• Sociedades que ainda não tenham o registo definitivo
Cujos rendimentos não se encontrem sujeitos a IRS ou IRCdiretamente na titularidade das pessoas singulares ou coletivas:
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 15
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA PESSOAL ART. 2º nº1, c)
Não Residentes
Entidades que obtenham em território portuguêsrendimentos não sujeitos a IRS.
• Com estabelecimento estável
• Sem estabelecimento estável
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 16
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REAL
De acordo com o CIRC art. 3º, n.º1, o IRC incide sobre “o lucrodas sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, dascooperativas e das empresas públicas e o das demais pessoascoletivas ou entidades referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do
artigo anterior que exerçam, a título principal, uma atividade denatureza comercial, industrial ou agrícola.”
O lucro consiste na diferença entre os valores do património
líquido no fim e no início do período de tributação, com ascorreções estabelecidas neste Código. (art. 3º, n.º2)
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III
CIRC - Resumo da incidência real
Sujeitospassivos
Base doimposto
Residentes
Exerçam a título principaluma atividade de natureza
comercial, industrial ou
agrícola (art. 3º nº 1 alínea
a))
Lucro
Não Exerçam a título
principal uma atividade denatureza comercial,
industrial ou agrícola ( art. 3º
nº 1alínea b
Rendimento
global
Art.º 3.º n.º 1
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 18
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REAL ART. 3º CIRC
Entidades Residentes
• Exercem a título principal uma atividade comercial,industrial ou agrícola (art. 3, nº1, a)) - LUCRO
• Não exercem a título principal uma atividade
comercial, industrial ou agrícola (art. 3, nº1, b))–RENDIMENTO GLOBAL
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III
CIRC - Resumo da incidência real
Sujeitospassivos
Base doimposto
Não
Residentes
art. 3º nº 1alínea c))
Lucro
, ou com
rendimentos que não lhe
sejam imputáveis (art. 3º nº 1
alínea d))
Rendimento
das diversas
categorias do
IRSArt.º 3.º n.º 1
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 20
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REAL ART. 3º CIRC
Entidades Não Residentes
• Com estabelecimento estável (art. 3, nº1, c))– LUCRODO ESTABELECIMENTO ESTÁVEL
• Sem estabelecimento estável, ou com rendimentos
que não lhe sejam imputáveis (art. 3, nº1, d)) –RENDIMENTO DAS DIVERSAS CATEGORIAS DO IRS
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 21
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REAL
ESTABELECIMENTO ESTÁVEL (ART. 5º CIRC)“1 — Considera-se estabelecimento estável qualquer instalação
fixa através da qual seja exercida uma atividade de naturezacomercial, industrial ou agrícola.”
Compreende, entre outros:
• Instalação fixa (loja, etc.) através da qual seja exercidauma atividade comercial, industrial ou agrícola;
• Estaleiro de construção (se exceder 6 meses);
• Um agente dependente com poderes de intermediação ede conclusão de contratos que vinculem a empresa nãoresidente.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 22
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REAL
8 - Com a ressalva do disposto no nº 3, a expressão «estabelecimentoestável» não compreende (...):
a) As instalações utilizadas unicamente para armazenar, expor ou entregar
mercadorias pertencentes à empresa;b) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa mantidounicamente para as armazenar, expor ou entregar;
c) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa mantido
unicamente para serem transformadas por outra empresa;d) Uma instalação fixa mantida unicamente para comprar mercadorias oureunir informações para a empresa;
e) Uma instalação fixa mantida unicamente para exercer, para a empresa,
qualquer outra atividade de carácter preparatório ou auxiliar;f) Uma instalação fixa mantida unicamente para o exercício de qualquercombinação das atividades referidas nas alíneas a) a e), desde que aatividade de conjunto da instalação fixa resultante desta combinação seja
de carácter preparatório ou auxiliar.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 23
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REALEXTENSÃO DO IMPOSTO ART. 4º CIRC
Residentes
• Com Est. Estável – lucro tributável;• Sem Est. Estável:
• Fonte Produtora situada em território português
• Fonte Pagadora situada em território português• Rendimentos do exercício em território português de atividades deprofissionais de espectáculos e desportistas
Todos os rendimentos, incluindo os obtidos fora doterritório português.
Não Residentes
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 24
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REALREGIME TRANSPARÊNCIA FISCAL ART. 6º CIRC
Este regime caracteriza-se pelo facto dos rendimentos
obtidos pelas entidades a ele sujeitas seremimputados aos respetivos sócios, independentementeda distribuição de lucros.
As entidades sujeitas a este regime estão isentas depagamento do IRC (art.º12º), exceto no que respeitaao IRC devido em resultado de tributações
autónomas. Mas não são desobrigadas documprimento das obrigações acessórias impostaspelo CIRC.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 25
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REALREGIME TRANSPARÊNCIA FISCAL ART. 6º CIRC
O regime da Transparência fiscal permite:
• Eliminação da Dupla Tributação Económica doslucros distribuídos;
• Uma Neutralidade Fiscal;
• Um combate à Evasão Fiscal.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 26
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REALREGIME TRANSPARÊNCIA FISCAL ART. 6º CIRC
Tipos de entidades sujeitas a este regime:
• Sociedades civis não constituídas sob formacomercial;
• Sociedades de profissionais;
• Sociedades de simples administração de bens;
• Agrupamentos complementares de empresas;
• Agrupamentos europeus de interesse económico.Este regime só é aplicado a entidades residentes em territórioportuguês.
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 27
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasINCIDÊNCIA REALREGIME TRANSPARÊNCIA FISCAL ART. 6º CIRC
• Sociedades de Profissionais
• Sociedades de Simples Administração
de bens• Sociedades Civis não constituídas sob aforma comercial
• Agrupamentos Complementares deEmpresas (ACE)
• Agrupamentos Europeus de InteresseEconómico
Imputação aosSócios da Matéria
coletável(impossibilidade
de imputarprejuízos) (nº1)
Imputação aos
Sócios dos Lucrosou Prejuízos
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III
Exemplos de aplicação
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Exemplos de aplicaçãoAtividade/Rendimento N.º
Sócios% do capital Enquadramento
Uma sociedade que exerce em80% de atividades da listaanexo ao art. 151.ª
7 80% profissional e20% outro
Regime geral
Uma sociedade que exerce em80% de atividades da listaanexo ao art. 151.ª
2 80% profissional TransparênciaFiscal
Uma sociedade que exerce em
75% de atividades da listaanexo ao art. 151.ª
4 100% profissional Regime Geral
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 29
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERÍODO DE TRIBUTAÇÃO ART. 8º CIRC
O IRC é um imposto periódico, devido por exercício
económico, que regra geral é de um ano e coincide como ano civil.
Pessoas coletivas residentes e não residentes, comestabelecimento estável podem optar por um período deTributação diferente do ano civil.
Nesse caso ficarão durante 5 anos nesse regime
•
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 30
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERÍODO DE TRIBUTAÇÃO ART. 8º CIRC
Período de Tributação Inferior a um ano:
• No exercício de inicio de tributação
• No exercício de cessação de atividade• As condições de sujeição a imposto ocorram e deixemde verificar-se no mesmo exercício
• Exercício em que se adote um período de tributaçãodiferente do que vinha sendo seguido
Período de Tributação Superior a um ano:• Sociedades em liquidação (p. Tributação = p.liquidação)
I b R di d P C l i
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 31
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERÍODO DE TRIBUTAÇÃO ART. 8º CIRC
PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO
Exercícioinicio deatividade
Principio da anualidade
exceto
Exercício dacessação
de atividade
As condições desujeição a impostoocorram e deixemde verificar-se nomesmo exercício
No exercício em que se adopteum período de tributação diferente
Quando asociedadeesteja emliquidação
I t b R di t d P C l ti
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 32
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasCESSAÇÃO DE atividade
direção efectiva em território português• Data do encerramento da liquidação;
• Data da fusão ou cisão;• Data em que a sede/direção efectiva deixe se situar emterritório português;
• Data em for aceite a herança jacente;• Data em que deixarem de existir as condições de sujeição
SEM direção efectiva em território português• Data em que cessarem, totalmente, a atividade através doestabelecimento estável ou deixarem de obter rendimento emterritório português.
I t b R di t d P C l ti
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 33
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasFACTO GERADOR ART 8º
9 - O facto gerador do imposto considera-se verificado no últimodia do período de tributação.
10 - Exceptuam-se (...) os seguintes rendimentos, obtidos por
entidades não residentes, que não sejam imputáveis aestabelecimento estável situado em território português:
a) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de imóveis, emque o facto gerador se considera verificado na data da
transmissão;b) Rendimentos objecto de retenção na fonte a título definitivo,em que o facto gerador se considera verificado na data em queocorra a obrigação de efectuar aquela;
c) Incrementos patrimoniais referidos na alínea e) do nº 3 doartigo 4º, em que o facto gerador se considera verificado na datada aquisição.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 34
Isenções e Benefícios Fiscais
- Isenções Pessoais- Isenções Reais
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 35
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO PESSOAL ART. 9º CIRC
• Estado, Regiões Autónomas , Autarquias Locais, suas associações dedireito público e Federações e Instituições de Segurança Social (art. 9º)
• Instituições de Previdência
• Fundos de Capitalização
• As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa; (Cruz vermelha)
• As instituições particulares de solidariedade social e entidades anexas,
bem como as pessoas coletivas àquelas legalmente equiparadas; (IPSS)• As pessoas coletivas de mera utilidade pública que prossigam, exclusivaou predominantemente, fins científicos ou culturais, de caridade,assistência, beneficência, solidariedade social ou defesa do meioambiente.
A isenção é automática, mas não engloba rendimentos de capitais
(exceto art 9º, nº4 – operações de swap e cambiais a prazo)
A requerimento
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 36
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO REAL ART. 11º CIRC
• Estão isentos os rendimentos directamente
derivados do exercício de atividades Culturais,Recreativas ou Desportivas.
• A isenção só se aplica se as associações:
• Em caso algum distribuírem resultados;• Disponham de contabilidade ou escrituraçãoque abranja toda a atividade;
• A isenção não abrange os rendimentos comerciais,nomeadamente, publicidade, bares, lojas, bingo.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 37
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO REAL
Estão isentos de IRC os rendimentos das
colectividades desportivas, de cultura e recreio,desde que a totalidade dos rendimentos brutossujeitos a tributação e não isentos não excedam omontante de 7.481,97 Eur.
Ficam isentas de IRC, exceto ao que respeita a
rendimentos comerciais, industriais ou agrícolas ede capitais, as confederações e associaçõespatronais e sindicais.
Art.º 54 EBF
Art.º 55 EBF
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 38
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO Pessoal
• As sociedades e outras entidades sujeitas ao regime detransparência fiscal não são tributadas em IRC, salvo quanto àstributações autónomas. (art 12º)
• Cooperativas (regime fiscal cooperativo)
• Pessoas coletivas e outras entidades de navegação marítima eaérea não residentes provenientes da exploração de navios ouaeronaves, desde que isenção recíproca e equivalente seja
concedida às empresas residentes da mesma natureza e essareciprocidade seja reconhecida pelo Ministro das Finanças, emdespacho publicado no Diário da República. (art 13º)
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 39
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO REAL
• Os lucros que uma entidade residente em território português,nas condições estabelecidas no artigo 2º da Diretiva n.º2011/96/UE, do Conselho, de 30 de novembro coloque àdisposição de entidade residente noutro Estado membro da UniãoEuropeia que esteja nas mesmas condições e que detenhadirectamente uma participação no capital da primeira não inferior a10% e desde que esta tenha permanecido na sua titularidade, de
modo ininterrupto, durante um ano. (art.º 14, n.º3)
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 40
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO REAL (art 14º)
(...) 4 - Para que seja imediatamente aplicável o disposto no númeroanterior, deve ser feita prova perante a entidade que se encontra obrigadaa efectuar a retenção na fonte, anteriormente à data da colocação àdisposição dos rendimentos ao respetivo titular, de que este se encontra
nas condições de que depende a isenção aí prevista, sendo a relativa àscondições estabelecidas no artigo 2º da Diretiva n.º 2011/96/UE, doConselho, de 30 de novembro, efetuada através de declaraçãoconfirmada e autenticada pelas autoridades fiscais competentes doEstado membro da UE de que é residente a entidade beneficiária dos
rendimentos, sendo ainda de observar as exigências previstas no artigo119º do Código do IRS.
5 - a definição de entidade residente é a que resulta da legislação fiscaldo Estado membro em causa, sem prejuízo do que se achar estabelecidonas convenções destinadas a evitar a dupla tributação.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 41
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO REAL
Entidade residente em territórioPortuguês
Entidade residentenoutro Estado membroda UE
Estabelecimento estável
noutro Estado membroda UE
>= 5%>= 2 anos
Distribuição de
Lucros Isenta deIRC
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 42
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasISENÇÃO REAL
Consequências dos regimes de Isenção:
• Reporte de prejuízos (art. 52º,nº5)
• Os prejuízos fiscais apurados na atividade abrangida pelaisenção parcial e ou de redução de IRC, não podem serdeduzidos, em cada exercício, dos lucros tributáveis dasatividades sujeitas a IRC.
• Obrigações Contabilísticas• A contabilidade deve ser organizada de modo que osresultados das operações e variações patrimoniais sujeitas aoregime geral do IRC possam claramente distinguir-se dos das
restantes. (art. 17º,nº3, b))• Disponham de contabilidade ou escrituração que abranjatodas as suas atividades e a ponham à disposição dos serviçosfiscais, designadamente para comprovação. (art. 11º,nº2, b))
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 43
p
Matéria coletável
- Matéria coletável- Métodos de Determinação da Matéria coletável
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 44
pDeterminação da Matéria coletável
As Regras de Determinação da Mat. coletávelvariam em função de:
• Local da sede ou direção efectiva – RESIDÊNCIA
• Natureza da atividade PRINCIPAL exercida (sujeitospassivos residentes em Portugal)
• Existência ou não de ESTABELECIMENTOESTÁVEL (sujeitos passivos não residentes emPortugal)
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 45
pDETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
SujeitoPassivo
Residentes(sede ou direção efetiva)
Não Residentes(sede ou direção efetiva)
•Exerçam, a titulo principal, umaatividade de natureza comercial,industrial ou agrícola
•Não exerçam, a titulo principal, umaatividade de natureza comercial,industrial ou agrícola
•Com estabelecimento estável emPortugal
•Sem estabelecimento estável emPortugal
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 46
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
SujeitoPassivo
Residentes(sede ou direção efetiva)
•Exerçam, a titulo principal, umaatividade de natureza comercial,industrial ou agrícola
Matéria coletável
= Lucro Tributável – PrejuízosFiscais – Benefícios Fiscais
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasÃ É Á
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 47
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
SujeitoPassivo
Residentes(sede ou direção efetiva) •Não exerçam, a titulo principal, umaatividade de natureza comercial,industrial ou agrícola
Matéria coletável
= Rendimento Global – CustosComuns e Outros – BenefíciosFiscais
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasÃ É Á
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 48
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
SujeitoPassivo
Não Residentes(sede ou direção efetiva)
•Com estabelecimento estável emPortugal
Matéria coletável
= Lucro Tributável Imputável ao
Estabelecimento – Prejuízos Fiscaisimputáveis ao Estabelecimento –Benefícios fiscais
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasÃ É Á
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 49
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
SujeitoPassivo
Não Residentes(sede ou direção efetiva) •Sem estabelecimento estável emPortugal
Matéria coletável
= Rendimento das várias categorias deacordo com as regras do IRS
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasMÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 50
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
• Pelo Contribuinte com base na declaraçãoentregue, regra geral = Modelo 22
• Pela DGCI na falta de entrega de Declaração
• Por Métodos Indirectos nos casos referidos nosart.57º do CIRC e 87º a 89º da Lei Geral Tributária
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasMÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 51
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
Situações de aplicação de Métodos Indirectos:(Apenas aplicáveis quando os elementos fornecidos pelo sujeito passivonão são credíveis)
• Inexistência de contabilidade organizada• Irregularidade na organização ou execução da
contabilidade• Recusa na mostra dos elementos contabilísticos
• Existência de várias contabilidades
Art 59º a 62º do CIRC
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasMÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 52
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
Artigo 59º - Métodos indirectos
A determinação do lucro tributável por métodosindirectos é efetuada pelo director de finanças daárea da sede, direção efectiva ou
estabelecimento estável do sujeito passivo ou porfuncionário em que este delegue e baseia-se emtodos os elementos de que a administraçãotributária disponha, de acordo com o artigo 90.º
da lei geral tributária e demais normas legaisaplicáveis.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasMÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 53
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
Artigo 87.º - Realização da avaliação indirecta (LGT)
A avaliação indirecta só pode efectuar-se em caso de:a) Regime simplificado de tributação, nos casos e condições
previstos na lei;
b) Impossibilidade de comprovação e quantificação directa eexacta dos elementos indispensáveis à correcta determinaçãoda matéria tributável de qualquer imposto;
c) A matéria tributável do sujeito passivo se afastar, sem razão justificada, mais de 30% para menos ou, durante três anosseguidos, mais de 15% para menos, da que resultaria daaplicação dos indicadores objectivos da atividade de basetécnico-científica referidos na presente lei.
e) Os sujeitos passivos apresentarem, sem razão justificada,resultados tributáveis nulos ou prejuízos fiscais durante três
anos consecutivos, salvo nos casos de início de atividade, emque a contagem deste prazo se faz do termo do terceiro ano,ou em três anos durante um período de cinco.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasMÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 54
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
Artigo 88.º - Impossibilidade de determinação directa e exacta damatéria tributável (LGT)
1 – A impossibilidade de comprovação e quantificação directa e exactada matéria tributável para efeitos da aplicação de métodos indirectos,
referida na alínea b) do artigo anterior pode resultar das seguintesanomalias e incorrecções quando inviabilizem o apuramento damatéria tributável:
a) Inexistência ou insuficiência de elementos de contabilidade oudeclaração, falta ou atraso de escrituração dos livros e registos ouirregularidades na sua organização ou execução quando não supridas
no prazo legal, mesmo quando a ausência desses elementos se devaa razões acidentais;b) Recusa de exibição da contabilidade e demais documentos
legalmente exigidos, bem como a sua ocultação, destruição,inutilização, falsificação ou viciação;
c) Existência de diversas contabilidades ou grupos de livros com opropósito de simulação da realidade perante a administração tributáriae erros e inexactidões na contabilidade das operações não supridosno prazo legal.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasMÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 55
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA coletável
Artigo 89.º - Indicadores de atividade inferiores aos normais (LGT)1 – A aplicação de métodos indirectos com fundamentos em a
matéria tributável ser significativamente inferior à que resultaria daaplicação de indicadores objectivos de atividade de base técnico-
científica só pode efectuar-se, para efeitos da alínea c) do artigo87.º, em caso de o sujeito passivo não apresentar na declaraçãoem que a liquidação se baseia razões justificativas desseafastamento, desde que tenham decorrido mais de três anos sobreo início da sua atividade.
2 – Os indicadores objectivos de base técnico científica referidos nonúmero anterior são definidos anualmente, nos termos da lei, peloMinistro das Finanças, após audição das associaçõesempresariais e profissionais, e podem consistir em margem delucro ou rentabilidade que, tendo em conta a localização e
dimensão da atividade, sejam manifestamente inferiores àsnormais do exercício da atividade e possam, por isso, constituirfactores distorcivos (1) da concorrência.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 56
Base do Imposto
- Lucro Tributável (art. 3º, n.º1, a));
- Rendimento Global (art. 3º, n.º1, b));
- Lucro Tributável Imputável a Estabelecimento Estável(art. 3º, n.º1, c));
- Rendimentos das várias categorias (art. 3º, n.º1, d));
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasLUCRO TRIBUTÁVEL ART 17º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 57
LUCRO TRIBUTÁVEL ART. 17º CIRC
Para as entidades residentes que exercem a títuloprincipal uma atividade comercial, industrial ouagrícola, o lucro tributável é constituído pela soma
algébrica do resultado líquido do período e dasvariações patrimoniais positivas e negativasverificadas no mesmo período e não reflectidasnaquele resultado, determinados com base na
contabilidade e eventualmente corrigidos nos termosdeste Código.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasLUCRO TRIBUTÁVEL ART 17º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 58
LUCRO TRIBUTÁVEL ART. 17 CIRC
A contabilidade deve:• Estar organizada de acordo com a normalização
contabilística e outras disposições legais em vigorpara o respetivo sector de atividade, sem prejuízo daobservância das disposições previstas neste Código;art. 17º, n.º3, a)
• Reflectir todas as operações realizadas pelo sujeitopassivo e ser organizada de modo que os resultados
das operações e variações patrimoniais sujeitas aoregime geral do IRC possam claramente distinguir-se dos das restantes. art. 17º, n.º3, b)
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasApuramento do Lucro Tributável Art. 17º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 59
Apuramento do Lucro Tributável Art. 17 CIRC
Contabilidade
Resultado Liq. Período+
Variações Patrimoniais
Lucro Tributável
Matéria coletável
coleta
Correcções nos termos CIRC
Deduzir: Prejuízos e BenefíciosFiscais
Aplicar taxa IRC
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasContabilidade: Resultado Liquido do período+ Outras
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 60
Contabilidade: Resultado Liquido do período+ Outrasvariações patrimoniais positivas ou negativas
Lucro Tributável
Matéria coletável
Taxa
coleta
IRC Liquidado
Imposto apagar/recuperar
Total apagar/recuperar
Correcções nos termos do Código IRC
A deduzir:
- Prejuízos Fiscais - Benefícios fiscais
Deduções à coleta:
- Dupla Tributação Internacional
- Benefícios fiscais
- Pagamentos Especiais por Conta
A deduzir:
- Retenções na fonte - Pagamentos por conta
A acrescer:- IRC de exercícios anteriores
- Derrama
- Tributações Autónomas
- Juros compensatórios e de mora
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL, Art. 18º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 61
PERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL, Art. 18 CIRC
1 — Os rendimentos e os gastos, assim como as outrascomponentes positivas ou negativas do lucro tributável, sãoimputáveis ao período de tributação em que sejam obtidos ousuportados, independentemente do seu recebimento ou pagamento,
de acordo com o regime de periodização económica.• Os réditos relativos a vendas consideram-se em geral
realizados, e os correspondentes gastos suportados, na data daentrega ou expedição dos bens correspondentes ou, se anterior, nadata em que se opera a transferência de propriedade;
• Os réditos relativos a prestações de serviços consideram-se em geral realizados, e os correspondentes gastos suportados, nadata em que o serviço é concluído, exceto tratando-se de serviçosque consistam na prestação de mais de um acto ou numa
prestação continuada ou sucessiva, que são imputáveisproporcionalmente à sua execução;
• Os réditos e os gastos de contratos de construçãodevem ser periodizados tendo em consideração o disposto no artigo
19.º.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColecivasPERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL, Art. 18º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 62
Ç ,
Os réditos ougastos relativos a
vendas ocorrem
Os réditos ou
gastos relativos aprestação deserviços ocorrem
• Na data de entrega ou expedição dos bens;• Na data de transferência de propriedade (se
anterior);
• Na data em que o serviço é terminado;
exceto:• Na prestação de mais de um acto,• Na prestação continuada ou sucessiva,em que serão levados a resultados
proporcionalmente à sua execução;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL, Art. 18º CIRC
8/19/2019 Acetatos Das Aulas de Irc_preto e Branco_2014_2015
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 63
Ç ,
2 — As componentes positivas ou negativasconsideradas como respeitando a períodos anteriores só
são imputáveis ao período de tributação quando na datade encerramento das contas daquele a que deviam serimputadas eram imprevisíveis ou manifestamentedesconhecidas.
Principio da Especialização
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL, Art. 18º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 64
Ç
Principio da Especialização
Rendimentos e os gastos deperíodos anteriores
Aceites noperíodo em que
foramcontabilizados
Não Aceites no período emque foram contabilizados, mas
sim no período a que dizemrespeito (correcções dosserviços de fiscalização –oficio circulado nº 14/93)
São imprevisíveis ou
manifestamente desconhecidos?
Sim Não
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL, Art. 18º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 65
Os réditos relativos a vendas e a prestações de serviçossão imputáveis ao período de tributação a que respeitampela quantia nominal da contraprestação (n.º 5).
Os rendimentos e gastos, assim como quaisquer outrasvariações patrimoniais, relevados na contabilidade em
consequência da utilização do método da equivalênciapatrimonial não concorrem para a determinação do lucrotributável, devendo os rendimentos provenientes doslucros distribuídos ser imputados ao período detributação em que se adquire o direito aos mesmos (n.º8).
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasPERIODIZAÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL, Art. 18º CIRC
8/19/2019 Acetatos Das Aulas de Irc_preto e Branco_2014_2015
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 66
Os ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor nãoconcorrem para a formação do lucro tributável, sendo imputadoscomo rendimentos ou gastos no período de tributação em que os
elementos ou direitos que lhes deram origem sejam alienados,exercidos, extintos ou liquidados, exceto quando:
a) Respeitem a instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo
valor através de resultados, desde que, tratando-se de instrumentosdo capital próprio, tenham um preço formado num mercadoregulamentado e o sujeito passivo não detenha, direta ouindiretamente, uma participação no capital superior a 5% dorespetivo capital social; ou
b) Tal se encontre expressamente previsto neste Código. (n.º 9)
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasO regime transitório e a NCRF 3
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 67
Os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adopção, pela
primeira vez, das normas internacionais de contabilidade (NIC)
adoptadas nos termos do artigo 3.º do Regulamento n.º 1606/2002,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho,
• que sejam considerados fiscalmente relevantes nos termos do
Código do IRC e respectiva legislação complementar,
• concorrem, em partes iguais, para a formação do lucro tributáveldo primeiro período de tributação em que se apliquem aquelas
normas e dos quatro períodos de tributação seguintes
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasO regime transitório e a NCRF 3
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 68
2009 2010
2010 2014
Impacto fiscal (variações
patrimoniais)
a
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasCONTRATOS DE CONSTRUÇÃO, ART. 19º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 69
1 — A determinação dos resultados de contratos de construçãocujo ciclo de produção ou tempo de execução seja superior a
um ano é efetuada segundo o critério da percentagem deacabamento.2 — Para efeitos do disposto no número anterior, apercentagem de acabamento no final de cada período de
tributação corresponde à proporção entre os gastos suportadosaté essa data e a soma desses gastos com os estimados paraa conclusão do contrato.3 — Não são dedutíveis as perdas esperadas relativas a
contratos de construção correspondentes a gastos ainda nãosuportados.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasOBRAS DE CARÁCTER PLURIANUAL Art. 19º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 70
Percentagem de Acabamento de uma ObraRelação entre o total dos gastos já incorporados na
obra e a soma desses gastos com os gastosestimados para terminar a execução da mesma.
% de acabamento = Gastos IncorporadosG. Incorporados. + G. Previstos
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasRendimentos Art. 20º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 71
“Consideram-se rendimentos os resultantes de operações dequalquer natureza, em consequência de uma acção normal ouocasional, básica ou meramente acessória, nomeadamente:
a) Os relativos a vendas ou prestações de serviços, descontos,
bónus e abatimentos, comissões e corretagens;b) Rendimentos de imóveis;c) De natureza financeira, tais como juros, dividendos, descontos,
ágios, (…)
d) Rendimentos da propriedade industrial ou outros análogos;e) Prestações de serviços de carácter científico ou técnico;f) Rendimentos resultantes da aplicação do justo valor em
instrumentos financeiros;g) Rendimentos resultantes da aplicação do justo valor em ativos
biológicos consumíveis que não sejam explorações silvícolasplurianuais;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasRendimentos Art. 20º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 72
“Consideram-se rendimentos os resultantes de operações dequalquer natureza, em consequência de uma acção normal ouocasional, básica ou meramente acessória, nomeadamente:
h) Mais-valias realizadas;i) Indemnizações auferidas, seja a que título for;
j) Subsídios à exploração.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasVARIAÇÕES PATRIMONIAIS
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 73
De acordo com a filosofia do CIRC, o imposto deve incidirsobre o aumento do capital próprio e não sobre oresultado do período - teoria do acréscimo patrimonial.Na prática, a diferença é esbatida pelo facto de grande
parte das variações estarem excluídas.
• Variações Patrimoniais Positivas, art. 21º CIRC• Variações Patrimoniais Negativas, art. 24º CIRC
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasVARIAÇÕES PATRIMONIAIS POSITIVAS ART. 21º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 74
Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variaçõespatrimoniais positivas não reflectidas no resultado líquido doperíodo de tributação, exceto:
a) As entradas de capital, (…);b) As mais-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na
contabilidade, incluindo as reservas de reavaliação ao abrigo delegislação de carácter fiscal;
c) As contribuições, incluindo a participação nas perdas do associadoao associante, no âmbito da associação em participação e daassociação à quota;
d) As relativas a impostos sobre o rendimento.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasVARIAÇÕES PATRIMONIAIS POSITIVAS ART. 21º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 75
Exemplos de Variações Patrimoniais a incluir no Resultado fiscal:
• Ganhos resultantes da venda de partes de capital próprio;
Valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a títulogratuito o seu valor de mercado, não podendo ser inferior ao queresultar da aplicação das regras de determinação do valor tributávelprevistas no Código do Imposto do Selo.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasSubsídios relacionados com ativos não correntes ART. 22º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 76
• Quando os subsídios respeitem a ativos depreciáveis ouamortizáveis, deve ser incluído no lucro tributável uma parte dosubsídio atribuído, independentemente do recebimento, na mesmaproporção da depreciação ou amortização calculada sobre o custo de
aquisição ou de produção, tendo como limite mínimo a queproporcionalmente corresponder à quota mínima de depreciação ouamortização;
• Quando os subsídios não respeitem a ativos referidos na alíneaanterior, devem ser incluídos no lucro tributável, em fracções iguais,durante os períodos de tributação em que os elementos a querespeitam sejam inalienáveis, nos termos da lei ou do contrato ao
abrigo dos quais os mesmos foram concedidos, ou, nos restantescasos, durante 10 anos, sendo o primeiro o do recebimento dosubsídio.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasSubsídios para ativos não correntes ART. 22º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III
• IRC - Subsídios relacionados com activos no correntes (Art.°22.°, n.°1, do CIRC)
• 1 - Activos depreciáveis ou amortizáveis Art.°22.°, n.°1 a)• • Incluir no LT uma parte do subsídio atribuído, na quota parte da depreciação
• 2 - Activos intangíveis sem vida util definida Art.°22.°, n.°1 b)• Incluir no LT uma parte do subsídio atribuído durante 20 anos
• 3 - Activos -Propriedades de Investimento ao justo valor Art.°22.°, n°1 b)• Incluir no LT uma parte do subsídio atribuído durante o perído do máximo de vida útil,
• 4 - Activos não depreciáveis ou amortizáveis
• • Incluir no LT, em frações iguais (a partir do ano em que for recebido) (campo 702)• • Durante os períodos de tributação em que os elementos a que respeitam sejam
inalienáveis, nos termos da lei ou do contrato ao abrigo dos quais os mesmos foram
concedidos, ou,• • Nos restantes casos durante 10 anos sendo o rimeiro o do recebimento do subsídio.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasSubsídios relacionados com ativos não correntes ART. 22º
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 78
* Tendo como limite mínimo a quota mínima prevista para os bens
Subsídios relacionados com ativos não correntes
Resp. a elementosdo activo
depreciáveis ouamortizáveis
Outros
Incluir nos result., naproporção da
depreciação/amort *
S/ período de
inalienabilidade
C/ período de
inalienabilidade
Incluir no Res, empartes iguais, em 10
anos (1º =ano receb.)
Incluir no Res, emfracções iguais, no
período deinalienabilidade
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasSUBSÍDIOS OU SUBVENÇÕES ART. 22º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 79
A sociedade AXN, Lda., recebeu um subsidio para umequipamento no valor de 40.000 Eur. O custo de
aquisição foi de 50.000 Eur. A taxa máxima dedepreciação é 20%. Para o período de depreciação,determine o valor da depreciação e o valor dosubsidio a considerar nos rendimentos, atendendo a:
i. Taxa de depreciação praticada 20%.ii. Taxa de depreciação praticada 10%.
iii. No período a empresa não pratica depreciaçõesrelativamente aquele equipamento.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 80
De acordo com o art. 23º, “Para a determinação do lucrotributável, são dedutíveis todos os gastos e perdas incorridos ousuportados pelo sujeito passivo para obter ou garantir osrendimentos sujeitos a IRC :a) Os relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ouserviços, tais como matérias utilizadas, mão-de-obra, energia eoutros gastos gerais de produção, conservação e reparação;b) Os relativos à distribuição e venda, abrangendo os detransportes, publicidade e colocação de mercadorias e produtos;c) De natureza financeira, tais como juros de capitais alheiosaplicados na exploração, descontos, ágios, transferências,diferenças de câmbio, gastos com operações de crédito,
cobrança de dívidas e emissão de obrigações e outros títulos,prémios de reembolso e os resultantes da aplicação do métododo juro efetivo aos instrumentos financeiros valorizados pelocusto amortizado;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
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81/201
ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 81
d) De natureza administrativa, tais como remunerações, incluindoas atribuídas a título de participação nos lucros, ajudas de custo,material de consumo corrente, transportes e comunicações,rendas, contencioso, seguros, ………, bem como gastos combenefícios de cessação de emprego e outros benefícios pós-emprego ou a longo prazo dos empregados;
e) Os relativos a análises, racionalização, investigação econsulta;
f) De natureza fiscal e parafiscal;g) Depreciações e amortizações;h) Ajustamentos em inventários, perdas por imparidade eprovisões;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
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82/201
ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 82
h)Perdas por imparidade;
i) Provisões;
j) Perdas por reduções de justo valor em instrumentos financeiros;
k) Perdas por reduções de justo valor em ativos biológicosconsumíveis que não sejam explorações silvícolas plurianuais;
l) Menos-valias realizadas;
m) Indemnizações resultantes de eventos cujo risco não seja
segurável.Ver ainda o art. 45º - A
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
Ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos biológicos nãoconsumíveis
8/19/2019 Acetatos Das Aulas de Irc_preto e Branco_2014_2015
83/201
ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III
• É aceite como gasto fiscal o custos de aquisição de• 1 - Ativos intangíveis em partes iguais, durante os primeiros 20 períodos de
tributação• a) Elementos da propriedade industrial tais como marcas, alvarás, processos de
produção, modelos ou outros direitos assimilados, adquiridos a título oneroso eque não tenham vigência temporal limitada;
• b) O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais.• 2 - A grandes reparações e beneficiações e as benfeitorias das propriedades de
investimento que sejam subsequentemente mensuradas ao justo valor é aceitecomo gasto para efeitos fiscais, em partes iguais, durante o período de vida útilque se deduz da quota mínima de depreciação que seria fiscalmente aceite casoesse ativo permanecesse reconhecido ao custo de aquisição.
• 3 - A ativos biológicos não consumíveis, que sejam subsequentemente
mensurados ao justo valor, é aceite como gasto para efeitos fiscais, em partesiguais, durante o período de vida útil que se deduz da quota mínima dedepreciação que seria fiscalmente aceite caso esse ativo permanecessereconhecido ao custo de aquisição.
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasEncargos não Dedutiveis para Efeitos Fiscais (art.º 23-A
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 84
a) O IRC e quaisquer outros impostos que direta ouindiretamente incidam sobre os lucros;
b) Os encargos evidenciados em documentos emitidos por
sujeitos passivos com número de identificação fiscal inexistenteou inválido ou por sujeitos passivos cuja cessação de atividadetenha sido declarada oficiosamente nos termos do n.º 6 doartigo 8.º;
c) Os impostos e quaisquer outros encargos que incidam sobreterceiros que o sujeito passivo não esteja legalmenteautorizado a suportar;
d) As multas, coimas e demais encargos pela prática de
infrações, de qualquer natureza, que não tenham origemcontratual, incluindo os juros compensatórios;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasEncargos não Dedutiveis para Efeitos Fiscais (art.º 23-A )
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 85
e) As indemnizações pela verificação de eventos cujo risco sejasegurável;
f) As ajudas de custo e os encargos com compensação pela
deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço daentidade patronal, não faturados a clientes, escriturados aqualquer título, sempre que a entidade patronal não possua,por cada pagamento efectuado, um mapa através do qual seja
possível efectuar o controlo das deslocações a que se referemaqueles encargos, designadamente os respetivos locais, tempode permanência, objetivo e, no caso de deslocação em viaturaprópria do trabalhador, identificação da viatura e do respetivo
proprietário, bem como o número de quilómetros percorridos,exceto na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRSna esfera do respetivo beneficiário;
g) Os encargos não devidamente documentados;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasEncargos não Dedutiveis para Efeitos Fiscais (art.º 23-A
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 86
h) Os encargos com o aluguer sem condutor de viaturas ligeirasde passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valordas depreciações dessas viaturas que, nos termos das alíneas
c) e e) do n.º 1 do artigo 34.º, não sejam aceites como gastos;i) Os encargos com combustíveis na parte em que o sujeito
passivo não faça prova de que os mesmos respeitam a benspertencentes ao seu activo ou por ele utilizados em regime de
locação e de que não são ultrapassados os consumos normais; j) Os juros e outras formas de remuneração de suprimentos e
empréstimos feitos pelos sócios à sociedade, na parte em queexcedam o valor correspondente à taxa de referência Euribor a
12 meses do dia da constituição da dívida ou outra taxadefinida por portaria do Ministro das Finanças que utilizeaquela taxa como indexante;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasEncargos não Dedutiveis para Efeitos Fiscais (art.º 23-A
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 87
l) As menos-valias realizadas relativas a barcos de recreio,aviões de turismo e viaturas ligeiras de passageiros ou mistas,que não estejam afetos à exploração de serviço público de
transportes nem se destinem a ser alugados no exercício daatividade normal do sujeito passivo, exceto na parte em quecorrespondam ao valor fiscalmente depreciável nos termos daalínea e) do n.º 1 do artigo 34.º ainda não aceite como gasto;
m) Os gastos relativos à participação nos lucros por membros deórgãos sociais e trabalhadores da empresa, quando asrespetivas importâncias não sejam pagas ou colocadas àdisposição dos beneficiários até ao fim do período de tributaçãoseguinte;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasEncargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais (art.º 23-A
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 88
n) Na parte em que exceda o dobro da remuneração mensal auferida noperíodo de tributação a que respeita o resultado em que participam se ogerente tiver mais de 1% do capital.
o) A contribuição sobre o sector bancário.
p A contribuição extraordinária sobre o setor energético;q) As importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares
ou coletivas residentes sediadas em paraísos fiscais
• 2 - Não concorrem para a formação do lucro tributável as menos-valias eoutras perdas relativas a instrumentos de capital próprio, na parte do valorque corresponda aos lucros ou reservas distribuídos ou às mais-valiasrealizadas com a transmissão onerosa de partes sociais que art. 51 º , art.
91º - A ou art. 51º - C . (participation exemption)• 3 - Não são aceites como gastos do período de tributação os suportados
com a transmissão onerosa de instrumentos de capital próprio, de entidadescom residência ou domicílio em país, em paraísos fiscais
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasVARIAÇÕES PATRIMONIAIS NEGATIVAS ART. 24º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 89
O CIRC, art. 24º identifica quais as variações negativas que não
concorrem para a formação do lucro tributável:
- Liberalidades ou não estejam relacionadas com a atividade docontribuinte sujeita a IRC;
- Menos-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na
contabilidade;
- Saídas, em dinheiro ou espécie, em favor dos titulares do capital, atítulo de remuneração ou de redução do mesmo, ou de partilha do
património;
- As relativas a impostos sobre o rendimento.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 90
De acordo com o art. 23º, “Para a determinação do lucrotributável, são dedutíveis todos os gastos e perdas incorridos ousuportados pelo sujeito passivo para obter ou garantir osrendimentos sujeitos a IRC :
a) Os relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ouserviços, tais como matérias utilizadas, mão-de-obra, energia eoutros gastos gerais de produção, conservação e reparação;b) Os relativos à distribuição e venda, abrangendo os de
transportes, publicidade e colocação de mercadorias e produtos;c) De natureza financeira, tais como juros de capitais alheiosaplicados na exploração, descontos, ágios, transferências,diferenças de câmbio, gastos com operações de crédito,
cobrança de dívidas e emissão de obrigações e outros títulos,prémios de reembolso e os resultantes da aplicação do métododo juro efetivo aos instrumentos financeiros valorizados pelocusto amortizado;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
d) D d i i i i õ i l i d
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 91
d) De natureza administrativa, tais como remunerações, incluindoas atribuídas a título de participação nos lucros, ajudas de custo,material de consumo corrente, transportes e comunicações,rendas, contencioso, seguros, incluindo os de vida e operações
do ramo «Vida», contribuições para fundos de poupança -reforma, contribuições para fundos de pensões e para quaisquerregimes complementares da segurança social, bem como gastoscom benefícios de cessação de emprego e outros benefícios pós-
emprego ou a longo prazo dos empregados;e) Os relativos a análises, racionalização, investigação econsulta;
f) De natureza fiscal e parafiscal;
g) Depreciações e amortizações;h) Ajustamentos em inventários, perdas por imparidade eprovisões;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
i) G t lt t d li ã d j t l i t t
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 92
i) Gastos resultantes da aplicação do justo valor em instrumentosfinanceiros;
j) Gastos resultantes da aplicação do justo valor em ativosbiológicos consumíveis que não sejam explorações silvícolasplurianuais;l) Menos-valias realizadas;m) Indemnizações resultantes de eventos cujo risco não sejasegurável.
Não são aceites como gastos as despesas ilícitas.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasGASTOS ART. 23º CIRC
• 1 Os gastos incorridos ou suportados pelo sujeito passivo com ai i ã d b i d t ti d t
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III
• 1 - Os gastos incorridos ou suportados pelo sujeito passivo com aaquisição de bens ou serviços, o documento comprovativo deve conterpelo menos, os seguintes elementos:
• a) Nome ou denominação social do fornecedor dos bens ou prestador dosserviços e do adquirente ou destinatário;
• b) Números de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou prestadordos serviços e do adquirente ou destinatário, sempre que se tratem deentidades com residência ou estabelecimento estável no território nacional;
• c) Quantidade e denominação usual dos bens adquiridos ou dos serviços
prestados;• d) Valor da contraprestação, designadamente o preço;• e) Data em que os bens foram adquiridos ou em que os serviços foram
realizados.• 2 - Quando o fornecedor dos bens ou prestador dos serviços esteja
obrigado à emissão de fatura ou documento legalmente equiparado nostermos do Código do IVA, o documento comprovativo das aquisições debens ou serviços previsto no n.º 4 deve obrigatoriamente assumir essaforma. [
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasINVENTÁRIOS ART. 26º e 28º CIRC
O l d i tá i id t ã
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 94
Os valores dos inventários a considerar nos gastos, são os queresultarem da aplicação de critérios que utilizem:a) Custos de aquisição ou de produção;
• Custo especifico;• Custo médio ponderado;• FIFO;
b) Custos padrões apurados de acordo com técnicas contabilísticas
adequadas;c) Preços de venda** deduzidos da margem normal de lucro*;
*Aceite nos os sectores de atividade em que o cálculo do custo de aquisiçãoou de produção se torne excessivamente oneroso ou não possa ser apuradocom razoável rigor, podendo a margem normal de lucro, nos casos de nãoser facilmente determinável, ser substituída por uma dedução não superior a20% do preço de venda.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasINVENTÁRIOS ART. 26º a 28º CIRC
d) Preços de venda** dos produtos colhidos de ativos biológicos no
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 95
d) Preços de venda dos produtos colhidos de ativos biológicos nomomento da colheita, deduzidos dos custos estimados no ponto devenda, excluindo os de transporte e outros necessários para colocaros produtos no mercado;
** Preços de venda os constantes de elementos oficiais ou os últimos que emcondições normais tenham sido praticados pelo sujeito passivo ou ainda osque, no termo do período de tributação, forem correntes no mercado, desde
que sejam considerados idóneos ou de controlo inequívoco.
e) Valorimetrias especiais para os inventários tidos por básicos ounormais. - carece de autorização prévia da direção-Geral dos Impostos,
solicitada em requerimento em que se indiquem os métodos a adotar e asrazões que os justificam.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasINVENTÁRIOS ART. 26º a 28º CIRC
Artigo 27 º - Mudança de método de valorimetria
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 96
Artigo 27.º - Mudança de método de valorimetria
1 — Os métodos adotados para a valorimetria dos inventários devemser uniformemente seguidos nos sucessivos períodos de tributação.
2 — Podem, no entanto, verificar-se mudanças dos referidos métodossempre que as mesmas se justifiquem por razões de natureza
económica ou técnica e sejam aceites pela direção-Geral dosImpostos.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasINVENTÁRIOS ART. 26º a 28º CIRC
Artigo 28 º - Ajustamentos em inventários
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 97
Artigo 28. - Ajustamentos em inventários
1 — São dedutíveis no apuramento do lucro tributável os ajustamentosem inventários reconhecidos no período de tributação até ao limite dadiferença entre o custo de aquisição ou de produção dos inventáriose o respetivo valor realizável líquido referido à data do balanço,quando este for inferior àquele.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, entende-se por valorrealizável líquido o preço de venda estimado no decurso normal daatividade do sujeito passivo nos termos do n.º 4 do artigo 26.º,deduzido dos custos necessários de acabamento e venda.
3 - A reversão, parcial ou total, dos ajustamentos previstos no n.º 1concorre para a formação do lucro tributável.
Imparidades
• Existe uma perda de imparidade quando:
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III
• Existe uma perda de imparidade quando:
• 1 -Valor Contabilístico * for superior ao Valor Recuperável
VC>VR• 2- Valor Recuperável é o maior de dois valores:
- Justo valor (valor de venda – custos da venda)
Ou
Valor de Uso (valor presente dos fluxos de caixa)
(também chamada quantia escriturada
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• 1 - Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasIMPARIDADES art.º 28-A – Dividas a receber
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 99
• 1 - Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintesperdas por imparidade, quando contabilizadas no mesmo período detributação ou em períodos de tributação anteriores:
• a) As relacionadas com créditos resultantes da atividade normal,• b) As relativas a recibos por cobrar reconhecidas pelas empresas
de seguros.
• 2 - Perdas por imparidade, e outras correções de valor, quandoconstituídas obrigatoriamente, por força de normas emanadas peloBanco de Portugal,
• 3 - As perdas por imparidade e outras correções de valor referidasnos números anteriores que não devam subsistir, por deixarem de severificar as condições objetivas que as determinaram, consideram-secomponentes positivas do lucro tributável do respetivo período detributação
.
Perdas por imparidade em créditos
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasIMPARIDADES art.º 28º - B
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 100
Perdas por imparidade em créditos
Para efeitos da determinação das perdas por imparidade
previstas …. consideram-se créditos de cobrança duvidosaaqueles em que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos seguintes casos:
a) O devedor tenha pendente processo de insolvência e derecuperação de empresas ou processo de execução;b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou em
tribunal arbitral ;
c) Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desdea data do respetivo vencimento e existam provas objectivas deimparidade e de terem sido efetuadas diligências para o seurecebimento.
Não são considerados de cobrança duvidosa:
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasIMPARIDADES 28 º - B
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 101
Não são considerados de cobrança duvidosa:
a) Os créditos sobre o Estado, Regiões Autónomas e
autarquias locais ou aqueles em que estas entidades tenhamprestado aval;
b) Os créditos cobertos por seguro, com excepção daimportância correspondente à percentagem de descobertoobrigatório, ou por qualquer espécie de garantia real;
c) Os créditos sobre pessoas singulares ou coletivas quedetenham mais de 10% do capital da empresa ou sobremembros dos seus órgãos sociais, salvo nos casos previstosnas alíneas a) e b) do n.º 1;
d) Os créditos sobre empresas participadas em mais de 10% docapital, salvo nos casos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 102
Legislação: ART. 29º a 34º CIRCDecreto regulamentar 25/2009, de 14 de Setembro
Taxas de depreciação ou amortização:
Tabelas anexas ao Dec. Regulamentar 25/2009, de 14 de Setembro
Taxas Máximas Período Mínimo de Vida ÚtilTaxas Mínimas Período Máximo de Vida Útil
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 103
• A dedutibilidade fiscal das depreciações e amortizações deixa deestar dependente da respectiva contabilização como gasto nomesmo período de tributação, passando a permitir -se que as
mesmas sejam também aceites quando tenham sido contabilizadascomo gastos nos períodos de tributação anteriores, desde que,naturalmente, não fossem dedutíveis por excederem as quotasmáximas admitidas;
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
• Inclusão, no custo de aquisição ou de produção dos elementos
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 104
q ç p çdepreciáveis ou amortizáveis, …, dos custos de empréstimosobtidos, incluindo diferenças de câmbio a eles associados, quandorespeitarem ao período anterior à sua entrada em funcionamento ou
utilização, desde que este seja superior a um ano, e elimina -se aexigência de diferimento, durante um período mínimo de três anos,das diferenças de câmbio desfavoráveis relacionadas com os ativose correspondentes ao período anterior à sua entrada em
funcionamento, dos encargos com campanhas publicitárias e dasdespesas com emissão de obrigações;
• Prevê-se expressamente a possibilidade de, mediante autorização
da direção -Geral dos Impostos, serem praticadas e aceites paraefeitos fiscais depreciações ou amortizações inferiores àsquotas mínimas que decorrem da aplicação das taxas das tabelasanexas ao presente decreto regulamentar
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 29º
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 105
Elementos amortizáveis – ativos fixos tangíveis, os ativosintangíveis e as propriedades de investimento contabilizadas aocusto histórico que sofrem perdas de valor resultantes da suautilização ou do decurso do tempo – sujeitos deperecimento.
Salvo razões devidamente justificadas e aceites pela direção-Geraldos Impostos, os elementos do ativo só se consideram sujeitos adeperecimento depois de entrarem em funcionamento ou utilização.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 30º
Métodos de cálculo das depreciações e amortizações
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 106
p ç ç
1 - O cálculo das depreciações e amortizações deve fazer-se, emregra, pelo método das quotas constantes.
2 - Os sujeitos passivos do IRC podem optar pelo método das quotasdecrescentes relativamente aos ativos fixos tangíveis que:
a) Não tenham sido adquiridos em estado de uso;b) Não sejam edifícios, viaturas ligeiras de passageiros ou mistas,exceto quando afetas a empresas exploradoras de serviço público detransporte ou destinadas a ser alugadas no exercício da atividadenormal da empresa sua proprietária, mobiliário e equipamentossociais.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 30º
Métodos de cálculo das depreciações e amortizações
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 107
3 - Podem, ainda, ser utilizados métodos de depreciação e amortizaçãodiferentes dos indicados nos números anteriores desde que,
mediante requerimento, seja obtido o reconhecimento prévio dadireção-Geral dos Impostos, salvo quando daí não resulte uma quotaanual de depreciação ou amortização superior à do artigo 31º - Se da aplicação desse método a quota anual de depreciação não
exceder a quota máxima permitida no decreto regulamentar
4 - Salvo em situações devidamente justificadas aceites pela direção-Geral dos Impostos, em relação a cada elemento do ativo deve ser
aplicado o mesmo método de depreciação ou amortização desde asua entrada em funcionamento ou utilização até à sua depreciaçãoou amortização total, transmissão ou inutilização.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 30º
5 — O disposto no número anterior não prejudica a variação dasquotas de depreciação ou amortização de acordo com o regime mais
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 108
quotas de depreciação ou amortização de acordo com o regime maisou menos intensivo ou com outras condições de utilização doselementos a que respeitam, não podendo, no entanto, as quotas
mínimas imputáveis ao período de tributação ser deduzidas paraefeitos de determinação do lucro tributável de outros períodos detributação. *
6 — (…) as quotas mínimas de depreciação ou amortização são ascalculadas com base em taxas iguais a metade das fixadas segundoo método das quotas constantes, salvo quando a direção-Geral dosImpostos conceda previamente autorização para a utilização dequotas inferiores a estas, na sequência da apresentação derequerimento em que se indiquem as razões que as justificam.*
* Não se aplica aos ativos não correntes detidos para venda.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 31º
Quotas de depreciação ou amortização
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 109
Para efeitos de aplicação do método das quotas constantes, a quotaanual de depreciação ou amortização que pode ser aceite como
gasto do período de tributação determina-se aplicando as taxas dedepreciação ou amortização ao:
a) Custo de aquisição ou custo de produção;(*)
b) Valor resultante de reavaliação ao abrigo de legislação decarácter fiscal;
c) Valor de mercado, à data da abertura de escrita, para os bensobjecto de avaliação para este efeito, quando não seja conhecido ocusto de aquisição ou o custo de produção.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
(*)O custo de aquisição de um elemento do activo é o respetivo preço
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 110
O custo de aquisição de um elemento do activo é o respetivo preçode compra, acrescido dos gastos acessórios suportados até à suaentrada em funcionamento ou utilização.
O custo de produção de um elemento do activo obtém-seadicionando ao custo de aquisição das matérias-primas e deconsumo e da mão-de-obra directa, outros custos directamenteimputáveis ao produto considerado, assim como a parte dos custosindirectos respeitantes ao período de construção ou produção que,de acordo com o sistema de custeio utilizado lhes seja atribuível
• Outros tipos de despesas associadas à aquisição de certos ativos - oimposto sobre o valor acrescentado (IVA) que, nos termos legais, nãofor dedutível.
• Custos dos empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveisà aquisição ou produção dos elementos referidos, na medida em querespeitem ao período anterior ao da sua entrada em funcionamentoou utilização, desde que este seja superior a um ano.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 31º
2 - Relativamente aos elementos para que não se encontrem fixadastaxas de depreciação ou amortização, são aceites as que pela
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 111
a as p açã a açã , sã a s as q p adireção-Geral dos Impostos sejam consideradas razoáveis, tendo emconta o período de utilidade esperada.
3 - Para efeitos de aplicação do método das quotas decrescentes, aquota anual de reintegração que pode ser aceite como gasto noperíodo de tributação determina-se multiplicando os valores
mencionados no n.º 1, que ainda não tenham sido depreciados, pelastaxas de depreciação referidas nos números 1 e 2, corrigidas pelosseguintes coeficientes máximos: :a) 1,5, se o período de vida útil do elemento é inferior a cinco anos;
b) 2, se o período de vida útil do elemento é de cinco ou seis anos;c) 2,5, se o período de vida útil do elemento é superior a seis anos.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 31º
5 - Tratando-se de bens adquiridos em estado de uso ou de grandes
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112/201
ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 112
q greparações e beneficiações de elementos do activo sujeitos adeperecimento, as correspondentes taxas de reintegração são
calculadas, com base no período de utilidade esperada de uns e deoutras.6 - Os contribuintes podem optar no ano de início de utilização dos
elementos por uma taxa de reintegração ou amortização deduzida dataxa anual, em conformidade com os números anteriores, ecorrespondente ao número de meses contados desde o mês deentrada em funcionamento dos elementos.
7 - No caso referido no número anterior, no ano em que se verificar atransmissão, a inutilização ou o termo de vida útil dos mesmoselementos só são aceites depreciações e amortizaçõescorrespondentes ao número de meses decorridos até ao mês anteriorao da verificação desses eventos.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 32º CIRC
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ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 113
Projecto de desenvolvimento:
1 — As despesas com projectos de desenvolvimento podem serconsideradas como gasto fiscal no período de tributação em quesejam suportadas.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se
despesas com projectos de desenvolvimento as realizadas pelosujeito passivo através da exploração de resultados de trabalhos dainvestigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos comvista à descoberta ou à melhoria substancial de matérias-primas,
produtos, serviços ou processos de produção.3 — O preceituado no n.º 1 não é aplicável aos projectos de
desenvolvimento efectuados para outrem mediante contrato.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 33º CIRC
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114/201
ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 114
Elementos de Reduzido valor:
Relativamente a elementos do activo sujeitos a deperecimento cujoscustos unitários não ultrapassem € 1.000, é aceite a dedução, noperíodo de tributação do respetivo custo de aquisição ou deprodução, exceto quando façam parte integrante de um conjunto de
elementos que deva ser depreciado ou amortizado como um todo.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas coletivasDEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ART. 34º CIRC
Gastos não são dedutíveis para efeitos fiscais:
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115/201
ESTGFISCALIDADE EMPRESARIAL III 115
• De elementos do ativo não sujeitos a deperecimento;• De imóveis na parte correspondente ao valor do terreno ou na não
sujeita a deperecimento (art.10º DR 25/2009);• Que excedam os limites legais estabelecidos naquele período;
• As praticadas para além do período máximo de vida útil, ressalvando-se os casos especiais devidamente justificados e aceites pela
direção-Geral dos Impostos;• As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas,na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor dereavaliação excedente a € 25.000, bem como dos barcos de recreio e