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ÁCIDOS GRAXOS
Os organismos vivos necessitam de ácidos graxos para compor a parte hidrofóbica das membranas biológicas ou como energia estocada na forma de triacilgliceróis.
ÁCIDOS GRAXOS
DIETA SÍNTESE ENDÓGENA
ÁCIDOS GRAXOS
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS
ÁCIDOS GRAXOS trans
LIPOGÊNSE
Sintese “de novo”C18:2
C18:3
GVPH BIOHIDROGENAÇÃO
C18:1 9t C18:1 11t & CLA
FÍGADO, RIM, GLÂNDULAS MAMÁRIAS, TECIDO ADIPOSO, CEREBRAL E PULMONAR
Saturadosinsaturados
ESTRUTURAS
Cis & trans
Ácido oléico
C18:1 9cPF: 13oC
Ácido trans-vacênicoC18:1 11tPF: 440C
Ácido elaídicoC18:1 9tPF: 51oC
Ácido esteárico
C18:0PF: 72oC
ISOMEIRA GEOMÉTRICA
E DE POSIÇÃO
FRITSCHE & STEINHART, 1998
BIOHIDROGENAÇÃO
GLICEROL
Sn-1
Sn-2
Sn-3
Ácido graxo saturado
Ácido graxo saturado
Ácido graxo insaturado
GLICEROL
Sn-1
Sn-2
Sn-3
Ácido graxo insaturado
LIPASE PANCREÁTICA
TRIACILGLICEROL
2-MONOCILGLICEROL
MATTSON & VOLPENHEIN, 1964 JBC 239:2772-2777.HUNTER, 2002 Lipids 36:655-668
C18:2
Ácido linoléico
SÍNTESE DOS ÁCIDOS GRAXOS POLINSATURADOS
Enzimas animais – introdução de novas duplas – entre uma já existente e o grupo carboxílico.
Enzimas de vegetais – a introdução das novas duplas ocorre entre a dupla ligação já existente e o grupo metílico final
ESSENCIALIDADE DOS ÁCIDOS GRAXOS C18:2 E C18:3
Por que?
•Os ácidos graxos polinsaturados somente podem ser sintetizados tendo como substrato o ácido linoléico e o ácido -linolênico.
•A biossíntese dos ácidos graxos pode ser considerada como uma série complexa de reações integradas em que os substratos competem pelas enzimas disponíveis as quais são controladas por diversos fatores.
METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS NAS CÉLULAS ANIMAIS
C20:3 n-9
SABARENSE, 2003
O perfil dos ácidos graxos polinsaturados dos tecidos é com certeza o resultado de inter-relações complexas de um grande número de fatores, entre eles:
a composição dos ácidos graxos da dieta,
a taxa de oxidação dos ácidos graxos antes de serem incorporados aos lipídios,
as taxas de elongação e dessaturação,
as taxas relativas de incorporação em lipídios (turnover),
a retroconversão dos membros mais insaturados e mais longos das famílias,
e competições inter e intra-famílias pelas etapas de elongação e dessaturação e também pela incorporação.
Degradação do excesso de substrato nos peroxissomos.
LEITE MATERNO – PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS
O conteúdo e o tipo de ácidos graxos do leite humano é modulado pela dieta materna (INNI & KING, 1999).
Em estudo realizado com lactantes Kuwaitianas que consumiram elevadas quantidades de peixe apresentaram significantes quantidades de C22:6 e C20:5 no leite, sugerindo que a produção de leite por lactantes bem nutridas tem uma melhor capacidade de satisfazer as necessidades de lipídios dos lactentes (HAYAT et al., 1999).
A presença dos ácidos graxos trans no leite está necessariamente relacionada com o consumo alimentar materno.
Na América do Norte o leite humano contém em média 6 a 7% de isômeros trans e em Hong Kong menos do que 0,5% (CRAIG-SCHMIDT, 2001)
ÁCIDOS GRAXOS E CRESCIMENTO
O peso ao nascer é o maior determinante da condição de saúde em curto e longo prazo, e é influenciado por fatores genéticos, condições físicas materna e disponibilidade de substrato intrauterino e metabolismo.
Metabolismo perinatal X disponibilidade de ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa === CRESCIMENTO
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO C20:4 – Correlação entre o conteúdo plasmático e o peso ao nascer de neonatos prematuros.
EICOSANÓIDES
DESENVOLVIMENTO CEREBRAL
Os lipídios de membrana são necessários para a estrutura e funcionamento adequado do desenvolvimento do sistema nervoso.
A síntese do tecido cerebral ocorre durante o último trimestre do desenvolvimento humano e nas primeiras semanas do período pós-natal.
Esta síntese da estrutura cerebral envolve a formação de lipídios complexos, muitos contendo quantidades significantes de ácidos graxos polinsaturados homólogos dos ácidos graxos essenciais = ácido araquidônico e docosahexaenóico.
LIPÍDIOS CEREBRAIS E NUTRIÇÃO
•Depois do tecido adiposo o cérebro é o tecido com maior conteúdo de lipídios.
•Papel dos lipídos – estrutura, fluidez e função das membranas celulares cerebrais.
•Perfil de ácidos graxos pode ser modulado pela dieta – em quais condições? (SABARENSE, 2003)
%ácidos graxos trans
% de AL
%ALN% de trans no
cérebro
33
33
39
22
8
8
1
26
0,7
0,7
0,07
2
0,37 ± 0,06
0,47 ± 0,06
0,30 ± 0,06
0,42 ± 0,01
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA VISUAL
• O conteúdo de DHA na retina aumenta em função do desenvolvimento – componente de membrana – funcionamento dos fotorreceptores
Fontes:
•Desenvolvimento – síntese de ácidos graxos saturados e moninsaturados;
•PUFAS pré-formados – placenta e síntese fetal (6 dessaturase);
•Importância da idade gestacional no suprimento de AG-E
FÓRMULAS INFANTÍS
•O leite humano possui tanto o n-6 como o n-3 (1% e 10 a 15%, respectivamente – América do Norte e Europa).
•Necessidade de balanço – 1:4 (CLANDINI, 1989) – competição enzimática pela concentração do substrato.
•Excesso de PUFA – oxidação
•Recomendação ??OBRIGADA!
SUGESTÃO PARA LEITURA:
CRAWFORD, M.A. et al. Are deficits of arachidonic and docosahesaenoic acids responsible for the neural and vascula complications of preterm babies? A.m. J. Clin. Nutr. 66(suppl.):1032-1042, 1997.
RUMP, P.; MENSINK, R.P.; KESTER, A.D.M.; HONSTRA, G. essential fatty acid composition of plasma phospholipids and birth weight; a study in term neonates. Am. J. Clin. Nutr. Bethesda, v.73, 797-806, 2001.
ELIAS, S.L.; INNIS, S.M. Infant plasma trans, n-6, and n-3 fatty acids and conjugated linoleic acid are related to maternal plasma fatty acids, lengh of gestation, and birth weigh and lengh. Am. J. Clin. Ntr. Bethesda, v.73, p. 807 – 814, 2001.