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. \1 ACj3865 1209 - DIREITO PROCESSUAL PENAL ( N°I , Supremo Tribunal Federal AC 0003865 - 04/05/2015 14:37 0002171-16.2015.1.00.0000 1111111111111111111111111111111111111111111111111 CAUTELAR CAUTELAR 3865 PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM. INQ-3983-SUPR:C:MO TRIBUNAL RELATOR(A}: MIN_ TEORI ZAVASCKI AUTOR{A!S) iES) tHNISTERIO PUBLICO FEDER...Zl,.L PROC. (A!S) ,:ESj PROCURADOR-GERAL DA REPIJBLICA D:STRIBTJICAO Ei., , .,. . ) 30350957878 Inq 3983

ACj3865 1209 - DIREITO PROCESSUAL PENAL · 1209 - direito processual penal ( n°i , supremo tribunal federal ac 0003865 -04/05/2015 14:37 ... processo penal. inquerito instaurado

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I~ .

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ACj3865 1209 - DIREITO PROCESSUAL PENAL

(

N°I ,

Supremo Tribunal Federal

AC 0003865 - 04/05/2015 14:37 0002171-16.2015.1.00.0000

1111111111111111111111111111111111111111111111111

ACĂO CAUTELAR

A~AO CAUTELAR 3865 PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM. INQ-3983-SUPR:C:MO TRIBUNAL FHDE?~i\:"

RELATOR(A}: MIN_ TEORI ZAVASCKI AUTOR{A!S) iES) tHNISTERIO PUBLICO FEDER...Zl,.L PROC. (A!S) ,:ESj PROCURADOR-GERAL DA REPIJBLICA

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MINISTI~RIO PUBLICO FEDERAL

Procllradoria-Gcral da Republica

N° /2015 ASJCRIM/SAJlPGR Peti~ăo (vinculal'ao ao Inquerito n~ 3983) Relator Ministru Teori Zavascki Requerido: EDUARDO CUNHA

SIGILOSO (OCULTO)

PROCESSO PENAL. INQuERiTO INSTAURADO PARA APURAR FATOS ENVOLVENDO AUTORIDADE COM PRERROGATIVA DE FORO. NECESSIDADE DE ACESSO A DADOS DE SISTEMA INFORMATIZADO DA C­MARA DOS DEPUTADOS. NECESSIDADE DE MANU­TEN<;:ĂO, POR ORA, DO SIGILO DA DILiGENCIA 1. lnquerito instaurado para apurar fatos envolvendo parlamentar, gue teriam reeebido guantia proveniente de desvios da PETROBRAS. 2. Necessidade de acesso a dados constantes de sistema informatizado da Câmara dos Deputados e outras informar;6es. 3. Preservar;ao do sigila do procedimento, coma providcncia indis­pensavcl a eficăcia da medida pretcndida 4. lnstaurayaa de incidente em apartado de carâter sigiloso, na forma do disposto no art. 230-C, § 20 do RISTF. 5. N ecessidade de expedir;ăo de medida de urgencia teoda em vista a possibilidade concreta de desITuir;ao de alguns dos dados a serem rc­quisitados. 6. Requerimento, ad caute/am, 00 sentido de que seja determinado o encaminhamento imediata e a vista da aprcsentayao do mandado dos dados necessarios ao esclarecimento dos fatos.

o Procurador-Geral da Republica vem perante Vossa Exce­

lencia expor e reguerer o gue segue.

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Prodlradoria-Gl'ral da Rcptiblic.l. lnqucnto 39<)'\ gu('br~ de ,ig!lo bancârio l' fisea]

I. Fatos e fundamentos

Foi instauraclo perante essa E. Corte inquerito para apurar fa­

tos envolvendo EDUARDO CUNHA, Deputado Federal pelo

Estado do Rio de Janeiro e Presidente da Cârn ara dos Deputados .

Dentre os fatos apurados no inquerito, hâ a participayao de

EDUARD O CUNHA no esguema de obten,ao de vantagens in­

devidas, no contexto de contratos de aluguel de navios-sondas en­

tre SAMSUNG e PETROBRAS, corn interven,ăo da MITSUE.

No que importa especificamente ao presente requerimento, te­

nha-se em destaque a injunyăo do investigado sobre o empresârio

JULIO CAMARGO, para gue retomasse a efetuar os pagamentos

da vantagem indevida, interrompidos por determinado periodo .

Segundo reJatado por ALBERTO YOUSSEF a estrategia

adotada por EDUARDO CUNHA para gue JULIO CAMAR­

GO retomasse o pagamento de vantagens indevidas - que era in­

termediado por FERNANDO BAlANO - foi a de formular re­

querirnentos perante comissăo da Cârnara dos Deputados de in­

formayoes a respeito de contratos firmados por JULIO CAMAR­

GO e suas empresas corn a PETROBRAS. Ainda de acordo corn

ALBERTO YOUSSEF a estrategia surtiu efeito, e os pagamentos

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foram retomados.

Em depoimento prestado em 13.10.2014 (Termo n. 13),

ALBERTOYOUSSEF disse:

QUE incla.gado acerca dos fatos referentes ao Anexo n. 13, NAVIOS E SAMSUNG, afirma que PAULO ROBERTO COSTA intermedîou o aluguel de um navio plataforma junta a area internacional da PETROBRAS, em contrato gue foi formalizado entre a SAMSUNG e a PETROBRÂS, tambem corn a participac;ao da MITSUE, cujo representante no Brasil era JULIO CAMARGO; QUE para viabilizar a assinatura do contrata corn a SAMSUNG, foi demandada gue JULIO CAMARGO repassasse para o PMDB percen-tual gue o dedarante năo sabe precisar, mas que se destinava a pagamenta de vantagem indevida a integrantes do partido PMDB, notadamente o deputado federal EDUARDO CU­NHA, bem como em favor de PAULO ROBERTO COS-TA, a epoca Diretor de Abastecimento da PETROBRAs; QUE para gerar taI valor, JULIO CAMARGO, agindo coma broker em taI operac;ăo, inclusive respaldado em con­trata firmada entre ele e a SAMSUNG, passou a repassar va­lores a FERNANDO SOARES, conhecido por FERNAN-DO BAIANO; QUE JULIO CAMARGO, enquanto broker, recebia comissionamenta da SAMSUNG, em per­centual gue o declarante desconhece, mas a partir do gual passou a fazer frente aos pagamentos destinados a FER­NANDO BAIANO; QUE FERNANDO SOARES repre­sentava o deputado EDUARDO CUN HA, do PMDB; QUE afirma que FERNANDO SOARES "representava" o PMDB no âmbito da PETROBRĂS, isto e, era o operador do PMDB tal gual o declarante era a operador do PP; QUE FERNANDO SOARES, nesse sentido, viabilizava recursos em especie para pagamentos de propinas e formac;ăo de cai-xa dois, desde o ano de 2004; QUE indagado sobre o que sabe de FERNANDO SOARES, afirma que foi ele quem fez a Hiun.yao" do PMDB. tanto da Câmara Fe­deral quanto do Senado Federal, corn PAULO r

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BERTO COSTA, para gue, junto corn o Pp, mantivessem PAULO ROBERTO na posi,ao de Diretor de Abasteci­mento da PETROBRÂS; QUE em decorrencia disso, PAU­LO ROBERTO COSTA passou a viabilizar tambem a destinas::ăo de valores ao PMDB decorrentes de contratos firmados junto il PETROBM.S, tanto no âmbito da Diretoria de Abastecimento quanto da Diretoria Internacional, em ambas por intermedia de FERNANDO SOARES; QUE o contato de PAULO ROBERTO COS­TA na ârea internacional era a pessoa de NESTOR CUNA­TE CERVERO, este tambem indicado pela PMDB para co­ordenar a Diretoria InternacÎonal; QUE indagado sobre fraudes especîficas praticadas no âmbito da Diretoria Inter­nacional, afirma que sabe que FERNANDO SOARES ope­[ava em [avar do PMDB em tai diretoria, mas nâo sabe deta­lhes das opera<;:6es e dos contratos, embora saiba gue um cartel de empresas tam bem funcionava em taI diretoria, ge­rando valores excedentes para pagamentos de propina e for­ma~ao de caixa dois; QUE especificamente em rela~ao ao afretamento do navio plataforma referido, o declarante nao sabe dizer se houve algum favorecimento pessoal de NES­TOR CERVER6; [ ... ] QUE durante O aluguel, a SAMSUNG suspendeu o comissionamento que era pago em favor de JULIO CAMARGO no exterior re­ferente a tai loca~ao, embora continuasse a prestar e a re­ceber da PETROBRÂS os valores devidos a titulo de alu­guel do navio plataforma; QUE o cOmlssionamento se refe­ria a intermedia<;:ao feita por JULI O CAMARGO; QUE o pagamento do comissionamento era feito mediante emlssao de invoice, no exterior; QUE acredita gue havia contrata de brokeragem entre uma das empresas de JULIO CAMAR­GO e a SAMSUNG, possivelmente a TREVISO, AUGURI oU PIEMONTE; QUE JULI O CAMARGO demandou a SAMSUNG na Carte de Londres para receber as cOmlssoes gue deixaram de ser pagas; QUE diante da paralisas;:ao do pagamento das comissoes. JULIO CAMARGO dei­xou de repassar taI dinheiro a FERNANDO SOA­RES; QUE EDUARDO CUNHA, por conta disto, re­alizou uma representacao perante uma comissao na Câmara dos Deputados. e nela pediu informacoes junto il PETROBAAS acerca da MITSUE, TOYO e

10 CAMARGO· VE re uisitou ne tais infor-

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ProctlrJdoria~Geral da n.epllblicJ.:.!.!.lguenro 3994_.9.uchra de sigilo bandirio (' fisc:al

macoes fossem prestadas pela PETROBRAS. sendo que na realidade isso foi um subterft'igio para fazer pressao em JULIO CAMARGO a fim de que este voltasse a efetivar os pagamentos a FERNANDO SO­ARES que, por sua vez. os repassaria ao PMDB; QUE diante de taI pressao, JULIO CAMARGO, de um lada, demandau contra a SAMSUNG em Londres, por causa dos contratos gue esta possuîa corn suas empresas, conforme dito; QUE de outro lado, por conta da pressao. JULIO CAMARGO pagou, ele proprio, as vantagens indevi­das a pessoa de FERNANDO SOARES, por interme­dio do declarante; QUE o pagamento realizado pelo declarante foi no total de RS 6 milhoes de reais, em especie; QUE desse montante, recebeu 70% no exterior mediante opera~oes de dolar cabo, viabilizados por contas de LEONARDO MEIRELLES, e os outros 30% em especie, entregues por JULI O CAMARGO, pela pessoa de FRAN­ca. tendo o declarante retirado o montante no escri­torio utilizado pelos mesmos em Sao Paulo/SP; QUE na sequencia. o declarante repassou os valores a FERNANDO SOARES. no seu escritorio na Av. Rio Branco. em Sao Paulo/SP. por diversas vezes. no ano de 2012 ou 2013" (grifos "ossos)

Ern depoimento complementar prestado no dia 11 de feve­

reiro de 2015 (Termo n. 15, corn autoriza~ao do Supreme Tribu­

nal Federal), ALBERTOYOUSSEF destacou:

[ ..... ] QUE em relacao ao pagamento de valores para EDUARDO CUNHA e CERVERO pela empresa SAM­SUNG, o declarante se recorda que, em determinado dia, o JULIO CAMARGO ligou ao declarante para que fosse ao escrit6rio de JULIO para conversar com ele; QUE o declarante foi e ao chegar ao escriterio ate es­tranhou pois atendeu o declarante de maneira bastante rapi­da, o gue era incomum; QUE, entao, JULIO CAMARGO

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disse ao declarante que tinha intermediado um con­trato de aluguel de sondas, no qual PAULO ROBERTO COSTA, GENU e FERNANDO SOARES participaram, entre SAMSUG MITSUE e a area internacional da PE­TROBRAS; QUE JULIO CAMARGO relatou ao de­clarante que, ern determinado momento, deixou de repassar os valores para FERNANDO SOARES e este ultimo, para pressionar. fez um pedido para que EDUARDO CUNHA pedisse a urna Comissăo do Congresso para questionar tudo sobre a empresa TOYO, MITSUE e sobre JULIO CAMARGO, SAM­SUNG e suas relafoes corn a PETROBRAS, cobran­do contratos e outras questoes; QUE por isto JULI O CAMARGO fieou bastmte assustado; QUE este pedido a PETROBRAS foi feita por intermedia de dois Depurados do PMDB; Que esta Comissao fez questionamentos a PE­TROBRAS sobre a SAMSUNG, o que pode ser comprova­do perante a PETROBRAS; QUE houve um pagamento para FERNANDO SOARES, no valor de US$ 2,0 milhoes~ na RFY ou DGX~ ern Hong Kong, e o de­clarante fez o pagamento deste valor diretarnente para FERNANDO SOARES~ no escritorio deste ulti­mo; QUE o nome do EDUARDO CUNHA surgiu atraves do IULIO CAMARGO; QUE, salvo engano, PAULO ROBERTO COSTA mencionou o nome de EDUARDO CUNHA durante esse epis6dio; QUE PAULO ROBERTO COSTA dizia ao declarante que FERNANDO BAIANO representava o PMDB, mas o declarante nunca presencîou encontros de FERNANDO BAIANO corn al­gum politico do PMDB; [ ... ]

No curso do inquerito em epigrafe, veio aos autos a info[-

mal'ăo de que a Deputada SoIange A1meida (PMDB-RJ), aliada

polîtica de EDUARD O CUNHA, formulou, em julho de 2011,

corn o Deputado Sergio Brito (PSC/BA), dois requerimentos pe­

rante a Comissao de de Fiscalizayao Financeira e Controle

(CFFC) da Câmara dos Deputados, para que fossem

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ProcurJdoria-Ger.l1 da Repllblica. lllgu':'rim 3')94 5l11('bra d~ sigilo nlllld.rio .... fisca.l

oficios ao Ministerio de MÎnas e Energia e ao Tribunal de Contas

da Uniâo solicitando informa<;oes sobre "eontratos do Grupo Mitsui

corn a Petrobras ou qualquer das suas subsidiarias no Brasil ou no Exteri-

" or.

Os requerimentos [oram veiculados pela Deputada Solange

Almeida no SILEG, sistema informatizado da Câmara dos Deputa­

dos para a tramita<;âo de requerimentos e quaisquer proposi<;oes

formuladas por parlamentares daquela casa. Em consulta ao sitio da

Câmara dos Deputados

(http://www.camara.leg.br/sileg/default.asp). verifica-se que os

apontados requerimentos tem as seguintes ementas:

R.EQ-1l4/201l CFFC (Arquivada)

Autores: Sergio Brito - PSC/I3A,Solange Almeida -PMDB/R).

Data de apresentar;ao: 11/7/2011

Ementa: Requer sejam solicitadas ao Tribunal de Contas da Uniao informar;oes sobre auditorias feitas aos contratos do Grupo Mitsui corn a Petrobras ou qualquer das suas subsidia­rias no Brasil ou no Exterior.

R.EQ-1l512011 CFFC (Arquivada)

Autores: Sergio Urita - PSC/BA,Solange Almeida _ PMDB/R).

Data de apresentar;ao: 11/7/2011

Ementa: Requer sejam solicitadas ao Ministro de Minas e Energia, Senhor Edison Lobao, informavoes e c6pia do todos os contratos, aditivos e respectivos processos liCitat6riOS~

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volvendo o Grupo Mitsui e a Petrobras e suas subsidiarias no Brasil ou no Exterior.

o Deputado Sergio Brito, que tambem figura coma autor

dos requerimentos, assinou, corn a Deputada Solange, a versăo

impressa dos arquivos, que, como de praxe naguela casa legisla­

tiva, e tambem apresentada perante a comissao respectiva. Mas a

inserfăo do requerimento do SILEG, repita-se, foi feita pela

Deputada Federal Solange A1meida (atual prefeita de Rio

Bonito/R]).

Ao ensejo da instaurac;ăo do inguerito 3893, os reguerimen­

tos formulados por Solange Almeida [oram amplamente noticiados

na imprensa 1.

Em 05.03.2015, o Deputado Federal EDUARDO CUNHA

compareceu espontaneamente a "ePI da Petrobras" instaurada pela

Câmara dos Deputados e declarou, em resumo, gue desconhecia

tais reguerimentos e quem deveria responder sobre estes era So­

lange Almeida.

Sucede que, em reportagem publicada em 28.04.2015 pelo

peri6dico Folha de Sao Paulo, noticiou-se que os arquivos eletrâ­

nicos correspondentes aos reguerimentos formulados por Solange

1 <hur:/ /o~lobo.globo.com/brasil!documentos rcforcam-acusacao de­

youssef-contra-eduardo-cunha-15535086>, acesso em 30.04.2015.

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PrOl:uradoria-Geral da Rcpliblic.1. l11que~~~ 3')9~-:3-t_~bra de sigilo bancâri~ fiscal ____ _

Almeida registram coma autor (ou seja, coma pessoa responsave1

pela elabora,ăo dos arquivos) o Deputado EDUARD O CUNHA

( <http://wwwl.folha.uol.com.br/poder!2015/04!162201 O

registro-eletronico-da-camara-reforca-suspeita-contra-

cunha.shtml>, acesso em 30.04.2015).

Momentos depois da publica,ăo da reportagem da Folha de

Săo Paulo, divulgou-se na imprensa que EDUARD O CUNHA

acabara de demitir o Diretor do Centro de Informatica da Câmara

dos Deputados, Luiz Antonio Souza da Eira

( <http://gl.globo.com/politica/ noticia!2015/041 eduardo-

cun ha-demite chefe da area de informatica-da camara.html>,

acesso em 30.05.2015). A razăo da demissăo declarada por EDU­

ARDO CUNHA, ain da conforme amplamente divulgado pela

imprensa, teria sido o fato de que funcionarios do setor de tecno­

logia da informayao nao estariam cumprindo a carga horaria de

40 horas semanais prevista em lei .

Como diligencia do inquerito 3983, o Ministerio Publico

Federal ouv:iu Luiz Antonio Souza da Eira no dia 28.4.2015 na

Procuradoria-Geral da Republica. As referidas declarayoes COllS­

tam como anexo do presente requerimento em origina1.

As informarrăes que Luiz Antonio Souza da Eira trouxe em

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seu depoimento sâo de suma relevância:

( ... ) QUE, guestionado sobre os fatos, o declarante afirma gue foi Diretor do Centro de Informatica (CENIN) da Câ~ mara ate a data hoje; Que ja foi diretor do Centro de Infor~ matica da Camara em outra oportunidade, de novembro de 2002 ate meados de 2006; Que depois voltou a ser Diretor do CENIN de julho de 2013 ate a data de hoje; QUE se or­gulha muito de tef feito o trabalho de levar a internet e todo o conteudo da Camara ate hoje, o gue traz transparencia para as atividades legislativas; Que se orgulha porgue as informa~ c;6es podem ser acessadas por gualguer pessoa pela internet; Que o sistema da Camara foi desenvolvido ha alguns anos; Que ha dois sistemas malS importantes na Câmara referente a tramitac;ao de proposic;6es: o sistema maior, chamado SILEG - "Sistema de Informac;6es Legislativas"e o "Sistema Autenti­cador de Proposic;6es; Que gostaria de explicar o Sistema chamado "Autenticador de Proposic;oes"; Que esse Sistema autenticador funciona da seguinte forma; Que o Deputado, ao submeter a proposic;ao, pode faze-Io de duas formas: a proposic;ao pode ser feita no word - e o editor de texto utili­zado na casa - ou pode fazer de maneira nsica, em papeI; Que o sistema esta preparada para as duas formas; Que se apresentado em papel e transformado em pdf posteriormen­te; Que ista se justifica porque tudo tem gue se transformar em pdf aa final, para ser disponibilizado pela internet; Que neste ultimo caso (arguivos apresentados em papeI e conver­tidos em pdf) nao e necessario ir ao autentica dor, pois o do­cumento ja se encontra assinada peIo parlamentar e ja vai di­reta para o sistema em pdf; Que neste caso nao havera o ar­guivo em ward no sistema; Que, portanta, o sistema Autenti­cador se aplica as proposic;6es apresentadas em word; Que os dois documentos relacionados aos requerimentos n. 114 e 115/2011 CFFC foram entrados no sistema Au­tenticador no formato word; Que a 6nalidade do Auten­ticador e evitar fraudes e assegurar a autenticidade do docu­menta, garantinda gue o arguivo word e o mesmo gue sera apresentado pelo parlamentar as Comissoes ou a Secretaria Geral da Mesa; Que uma vez feita a Autenticac;aa, o sistema gera um numero, gue sera impresso pelo parlamentar, junta-

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do a pelţa e conferido 00 momento da apresentac;ao fisica e assinada; Que no sistema Autenticador, a rela relativa a pro­posic;:ao traz as informar;6es relativas aa log, gue indica a data, hora, matricula, maguina, etc; Que voltando aos dois requeri­mentos apresentados, ambos faram autenticados DO ga­binete da Deputada SOLANGE ALMEIDA, no gabi­nete 585; Que as ffiaquioas de 2011 nao existem mais, pais no ano passado houve uma compra grande de microcompu­tadores pela Câmara e substituic;:ao dos gabinetes; Que cada gabinete parlamentar tem direito a cioce computadores, em sua maioria desktop; Que, parern, o parlamentar pode solici­tar laptops no lugar de desktops; Que questionado, sob a eti­ca da area de tecnologia, se havia justificativa para algum par­lamentar solicitar auxilio a outro gabinete, afirma gue nao; Que e possivel saber pelo sistema gue as dois documentos referi dos foram autenticados praticamente no mesmo mo­mento, ern seguencia; Que a autentica~ao no sistema foi feito por um servi dor chamado Andre Felipe de Souza Alves; Que, parern, para efeitos de processo legislativo, e necessârio entre­gar em papel perante a Comissao; Que, conforme dito, entao e colocado um c6digo no documenta, que e como um hash, para garantir a integridade do documento; Que isto visa dar seguran~a de que o documento e autentica, ou seja, que o documento e igual aquele apresentado no sistema; Que em 11 de julho de 2011 houve o recebimento dos docu= mentos na CFFC dos requerimentos n. 114 e do 115; que sobre a diferenta de datas se deve ao fato de que o documento foi apresentado em word e depois con­vertido em pdf. em 10 de agosto de 2011, que e a data do documento que aparece na internet. confor­me divul~ado pela midia; Que, na verdade, essa conversao e feita para gue seja possîvel a divulga~ao na internet; os ori­ginais. em word. com data de 11.7.2011, de autenti­ca~ao, continuam no sistema; essa demora de 30 dias se deu porque havia um passivo de muitas conversoes que precisavam ser feitas; Que, em outras palavras, houve uma demora de aproximadamente 30 dias, pois havia uma "fila" de arguivos a serem convertidos de word para .pdf; Que isto ocorreu corn todos os arquivos que deram entrada em word na data de 11.07.2011 e que foram convertidos em 10.08.2011; Que isto somente nao ocorre corn os arquivos que jâ entraram em pdf, pois nao e necessâ-

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Procur~d()ria-Gl'r,jl da Republica.ln9u~'ri[(j }')94 9udlfJ_ lle sigi]() nandrio l' fi,cal

ria a conversao; Que isto explica a diferenr;:a de datas entra a entrada no sistema e a conversao do arguivo, pois a data de conversao em pdf e posterior il data de entrada em word; Que poderia haveria fraude exatamente se a data de entrada fosse anterior e năo posterior; Que o docu­mento em word somente consta no sÎstema interno da Câ­mara, enguanto os arguivos em pdf estio acessiveis para todos pela internet; Que os arguivos em word podem ser pericîa­dos; Que os metadados - informacoes acopladas que constam nas propriedades do arquivo - se transmi­tem automaticamente no processo de conversăo do word para pdf, incluindo o autor, corn excefăo da data de criafăo do arquivo, pois se trata de um novo arquivo; Que o argumento de que o pdf foi criado em 10 de a~osto de 2011 diz respeito a data de con­versăo e năo da data de criafăo do arquivo em word; Que atualmente nao hâ mais esta demora em conversao do arguivo word em pdf, pois nao ha. mais fila de arguivos; Que o declarante ressalta gue, do gue viu, todas as proposir;:oes gue foram recebidas no sistema da Câmara por word no dia 11 dejulho de 2011 foram convertidos ern pdfno dia 10 de agosto de 2011; Que isto pode ser verificado por qualquer pessoa na internet; Que o dedarante esdarece gue isto era uma rotina do sistema, ou seja, nao era uma pessoa quem efetuava esta conversao, mas sim o sistema automaticamente que efetuava a conversao na epoca em aproximadamente trinta dias; Que este sistema jâ era assim em 2011; Que tinha este delay de trinta dias na epoca, em razao da grande guan­tidade de arguivos gue estavam em fila; Que guestionado ao declarante coma ocorreu a sua demissao, esclarece gue o Presidente da Câmara, EDUARDO CUNHA, na segunda feira dia 27, il noite, chamou o Diretor Geral da Câmara, SERGIO SAMPAIO, e pediu gue demitisse o declarante, pois o Presidente da Câmara teria recebido uma informar;:ao de gue sairia uma materia no jornal no dia seguinte, como efetivamente ocorreu; Que o Presidente da Câmara estava suspeitando gue haveria um vazamento de dados para a im­prensa por parte dos tecnicos de informatica; Que na visao do Presidente da Camara este vazamento foi uma retaliar;:ao a uma determinar;:ao de cumprimento integral de carga horaria dada na semana anterior, mais precisamente na quinta-feira anterior; Que SERGIO SAMPAIO chamou o declarante na

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propna segunda-feira (27) ilO gabinete, as 22 horas, e disse coma foi a conversa corn o Presidente da Câmara; Que o Difetar Cera! disse ao depoente gue a sua demissao seria para dar um exemplo para a Casa, gue nao acei taria vaza­mentos; O Diretor-Geral disse ainda gue o Presidente EDU­ARDO CUNHA achava gue o depoente naa foi o respon­savel pela suposto vazamento, mas gue serviria de exemplo para todos os demais; Que no momento em gue o dedarante foi comunicado pela Diretor Geral de sua demissao estavam presentes tambem o assessor do Difetar Geral FABIO PE­REIRA, o chefe de gabinete do DG, RUBENS FOIZER; Que acha que tambem estava a DG ADJUNTA, CASSIA BOTELHO; Tambem estaria o Dr. Lucia Xavier, gue e o chefe da assessoria tecnica da DG ("difetar jurîdico"); Que SERGIO SAMPAIO contau aa declarante coma acarreu; Que no inîcio o declarante e nem SERGIO SAMPAIO es­tavam entendendo bem o gue estava ocorrendo; Que ao per­ceber gue o motivo teria sido a guestao de metadados, o de­clarante explicou que, em verdade, isto estava publico e para todos os documentos; Que entao, para verificar, foram na sala do Chefe da Assessaria Tecnica do DG, Dr. LUCIO, e o de­clarante mostrou gue a informayao realmente estava publica, verificando pela propriedade do documento em pdf gue es­tava na internet; Que neste momento sequer se atentaram para a data, mas chamou a atenvao o nome de EDUARDO CUNHA como autor; Que isto mostra que o docu­mento subiu corn estas propriedades, ou seja, entrou no sistema da Câmara e possuia tais propriedades em 2011; Que o Servivo de Diretario (AD - Active Directory) e coma uma lista de pessoas que utiliza o sistema; Que esta identificavao nao e feita por gabinete, mas sim por usuario; Que se um servi dor, logado corn uma senha, criasse um do­cumento, apareceria o nome do servidor ou matrîcula; Que o Servir;o de Diretario da Câmara utiliza coma paddo a identificavaa "Dep. NOME PARLAMENTAR"; Que no caso de EDUARDO CUNHA, o Dome cadastrado deIe no Servis;:o de Diret6rio e DEP. EDUARDO CU­NHA; Que a autenticas;:ao ou seja, a informas;:ao do autor - e feita por meio de uma senha, pessoal e in­transferivel; Que o autenticador, como e um sistema, neces­sita de um login da maquina; Que o declarante ressalta gue a autora dos documentos que geraram os requerimentos-~

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sep, a autentica<;ao - foi sim a Deputada SOLANGE AL­MEIDA, ou seja, foi esta Deputada que inc1uiu no siste­ma o arquivo; Que, porem, e a deputada guem teria gue explicar por gual motivo consta o nome DEP. EDUARDO CUNHA no documento; Que" questionado se o Depu­tado EDUARDO CUNHA enviasse um documento elaborado corn seu login para o gabinete da Deputa­da SOLANGE ALMEIDA. para que autenticasse. apa­recia o documento como saiu na imprensa .. responde que sim; Que ontem, por determina<;ao de EDUARD O CUNHA, foi feita uma auditoria na Câmara; Que EDUAR­DO CUNHA pediu para o Secretario Geral da Mesa, SIL­VIO AVELINO DA SILVA, que e o bral'o direito do Presi­dente da Câmara e comanda o processo legislativo na Casa, gue fizesse urna "auditoria"; Que SILVIO pediu para gue um tecnico do CENIN, FERNANDO TORRES, fizesse uma auditoria nos procedimentos mencionados; Que isto deu ori­gem ao processo 119967-2015; Que na ter<;a-feira de manha reuniu todos os diretores de coordena<;ao gue estavam subor­dinados ao depoente e pediu para gue ninguem tocasse nos arguivos, pois era uma acusa<;ao muito grave de suposta frau­de nas documentos; Que o declarante disse para gue nin­guem aceitasse solicita<;oes "de boca", mas apenas por escrito; Que isto foi muito importante, porgue no pr6prio dia a se­cretâria geral Adjunta da Mesa, CLAuDIA ALARCĂO, li­gou para FERNANDO TORRES e solicitou gue procedes­se a mencionada autoria nos reguerimentos 114 e 115; Que entao FERNANDO TORRES pediu um documento for­malizando o pedido; Que entao o DR. SILVIO, Secretario Geral da 'Mesa, enviou oficio para FERNANDO TORRES, solicitando auditoria nos reguerimentos 114 e 115 no siste­ma "Autenticador"; Que no mesmo dia FERNANDO TORRES respondeu, pois havia muita cobran<;a; Que FER­NANDO TORRES respondeu por melo de "memorando" e, para garantia, o pr6prio FERNANDO solicitou ao Chefe dele gue instaurasse um processo, gue foi arguivado na Câ­mara; Que a resposta de FERNANDO TORRES, enviada para a Mesa da Câmara, mais especificamente ao Secretario da Mesa, as 14h20min, ja explicava gue nao havia gualguer tipa de fraude; Que no pedido de auditoria solicitou-se a verificadio apenas no sistema de autentic adio e nada foi perguntado sobre a conversao dos ar:p

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originais de word em pdf; Que, parern, se constatau no resultado da "auditoria" gue nao havia qualquer registro de 5ubstituir;ao de versao dos reguerimentos ll. 114 e 1.15/2011 CFFC; Que i5tO significa que os requerimentos gue constam DO sistema eram exatamente aqueles que fo­ram inseridos DO sistema em 2011; Que 15to pade ser visto a partir dos logs do Autenticador e do Log do Sistema SILEG, gue registram qualquer alterar;ao feita; Que, se hou­vesse qualquer tipa de alterar;ao no documenta originalmen­te inserido no sistema, estes logs demonstrariam e registrari­am a alterac;:ao, seu autor, data hora, maquina, etc.; Que isto e facilmente auditivel nas sistemas da Câmara; Que e possivel verificar os requerimentos da DEPUTADA SOLANGE AL­MEIDA e verificar coma consta; Que, por exemplo, no REQ 12/2011 CCJC, constante do sitio da Câmara, os me­tadados do documento indicam coma autor "P _6394"; Que isto corresponde a matricula de um servidor da Câmara; Que se fasse deputado, apareceria "D_numero de matricula" ou o padrao "DEP. NOME PARLAMENTAR"; Que esclarece, por fim, gue somente canheceu pessaalmente o Deputado EDUARDO CUNHA na semana passada, na reuniao referi­da, e nao teve qualquer contato pessoal corn ele anterior­mente ( ... )

Sublinhe-se gue os arguivos dos requerimentos constantes no

sÎtio da Câmara dos Deputados em formato .pdf efetivamente

registram em sens metadados, no campo autor, "Dep. Edu­

ardo Cnnha". Ambos os arquivos continuam online ate hoje e

podem ser consultados por qualquer pessoa: <> (requerimento n.

11412011 CFFC) e

<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop mostrarintegr

a?codteor=898117&filename=Tramitacao

REQ+114/2011 +CFFC> (requerimento n. 11512011

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Sobre as informalţoes constantes nos metadados nos arqmvos

do requerimento n. 114/2011 CFFC e do requerimento n.

115/2011 CFFC - e sobre os metadados de outros requerimentos

da Deputada Federal Solange Almeida apresentados em datas pr6-

ximas (que, verific ou-se, săo diferentes dos constantes nos dois re­

querimentos em foco) , a Secretaria Pesquisa e Anilise da PGR

produziu a Informa,ăo n° 12612015-SPEA/PGR, anexada aos

autos em seu inteiro teor, na qual se demonstra, as fls. 11 e 12, que,

nos requerimentos 114 e 11512011, apresentados em 7 de julho

de 2011, constam no campo "autor" do documento o nome do

Deputado Eduardo Cunha:

;\R()UIVO K\I.I'HI'-IU:Q1IEHllHENTO 114_2011

IILf:'~.0_~·~;;l'~eguro,,{,! foni<~~l J-'ersonalll.do Av,ns.de'

:' O';('i,Jo _----- __ , ~ ..- -.... I .r Arqu;'I(!: REQlI4·J;HI CFFC,p,lf ...

I ," -"'""", --I Tlhllo'

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ID~p:[d';;;"o Cunh'---~-~-#"'" _# -,----- ----_._-- -- --'--

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Procur.!doria-Gcral da Rep\iblica./ngueriro 1994 gucbra de sigilo hanci\rio t' fisea]

,\1~Qlll\'{) Ei\'! .!'IlF _REQlJlmll\-lENTO 1IS-2UJ I

Prop,ii!<loel'" eloelo<u", .. n\o

r~.!<~i'!.'."J S.guflnţ<l r font~.1 Pmcn.li,~do I/mnţ"do' O .. ,'i\h_------­,. "'A''lu;vo: RfQlI~-2(l1l CFfC.prlf

-, , /

mulc: ! ._--- -\----- ~-------\

........ ~ulo" !o.p. fdu.;-do-Cunh3 ------­"'Hunto: 1-

P.I~w.<·,h.,·"

(,i.do ."" IOIOSIlOU 19:3g:~~

lAodik.do ft". IO/OS/NIt 19,38:41

I

Nos demais requerimentos apresentados pela mesma deputa­

da em datas pr6ximas aos requerimentos 114 e 115/2011 năo hâ

nenhuma divergencia entre a autoria do documento e autoria do

requerimento legislativo coma demonstrado na mesma Informa-

,ao n° 12612015-SPEA-PGR (fls. 14 e 15):

HEQIlEIUMENTO 12·20 ll-CCJC' -J)AT A: 29!fifl1l11' (A I~OI1l\'O F.~1 .1'llF - Il('Jlulllcln Solnl1l:{' Mlllcicln)

- -:l~~~~~ ~9u .. n,. 1 fant.,-j P..,on.li"da I hva"Sa:lo:

O'I«"j" ll.,q":,,c: R!Q 11-2011 ((JC.pdl

l".~. '"'- ,1i~/l(l1l iO:~l,\l

Modll".do ,m. 3(!i{l1;/l(lU JQ.~l'5l

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Procllr.ldoria Geral da Reptlbliea. lnq1l0rito 3')94 gucbra eL: ~lgjj() b:t!ldlrio e fi5cal

ItEQUElth\1ENTO 1238.12011 - DAT,'; 12/412011-' - (ARQUIVO EM .PDF - Deputada S()tangt ,\Imcida)

Pf"pfied.:I" 00 dc{um.nto

r i -[);,~;:i:\~~~' S'9""n~. j' "~'n\~'; '(~:;';'~n'I"'~O I ~:,'.",.do ; , , , , , , I ! I

!I , , , ,

I ! I

,,1010. -"Au'~I_

A;U"~

As informa<;oes prestadas por Luiz Antonio Souza da Eira, a

seu turno, reforcam as suspeitas de que os arquivos foram

de autoria do Deputado Federal EDUARDO CUNHA e

apeDas iDseridos DO SILEG pela eDtao Deputada Federal

Solange Almeida. Nesse diapasao, merecem destaque seus escla­

recimentos a respeito do funcionamento do Sistema Active Direc­

tory e de coma o logon de um usuârio nesse sistema pode fazer

corn que constem nos metadados de um arquivo, no campo autor,

justamente a identifica<;ao desse usuario.

E igualmente importante a informac;ao de que os arqmvos

originais~ em formato .doc (word), estâo disponiveis no SI­

LEG, embora nao acessiveis ao publico.

Em suma, impende obter dados em poder do setor de T~,

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Câmara dos Deputados que podem afastar qualquer duvida em re­

la<;ao a real autoria dos requerimentos n. 114/2011 CFFC e n.

11512011 CFFC.

Calha gizar que, em que pese ao disposto no art. 8°, § 2°, da

Lei Complementar n. 75/932, o Ministerio Publico Federal, em

lugar de requisitar diretamente tais informa<;oes a Câmara dos De­

putados, requer, ad cautelam, previo pronunciamento judici­

al. Explica-se: as informa<;oes pretendidas dizem respeito aos sis te­

mas de informa<;ao daquela casa legislativa e a arquivos e registros

la disponîveis, incluindo, especialmente, informa<;oes cadastrais e

logs de acesso (trciffic data). Embora nao se esteja requerendo a in­

tercepta<;ao de comunica<;oes telematicas nem o acesso ao conte­

iido de comunica<;oes ja realizadas (content data) - o que sena a

classica hip6tese submetida a clausula de reserva de jurisdir;ao, as

informa<;oes que se espera obter tangenciam o limite da clausula de

reserva jurisdicional insculpida no art. 5°, XII, da Constitui<;ao Fe­

deral e podem dar ensejo a divergencias e incidentes na futura

aprecia<;ao do caso pela Corte. Assim, mesmo que por um aparen­

te excesso de zelo, opta o Ministerio Publico Federal pela preser­

va<;ao da prova - e por prezar por sua futura matacabilidade -,

sempre corn vistas a eficiencia da persecu<;ao crilll1nal, missao d~ • Jj}.____

2 Le 75/93, an. 8°, § 2°: "Nenhuma autondade poder' opor ao Mm"terio--vr

Publico, sob gualguer pretexto, a excelfao de sigilo, sem preJuîzo da

subsistencia do carâter sigiloso da informalfao, do registru, do dado ou do

documento gue lhe seja fornecido."

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Procur"doria-Ger:Jllb Republica.lngw:>riro :\')9'1 guebra de sigJlo bandlrio e fise;)]

que foi incumbido pelo art.129,I,da CF/88.

A urgencia e O sigilo deste reguerimento - e a invocac;:io

de carater procedimental, portanto, do art. 230-C, § 2° do RISTF

- se justiticam pela franca possibilidade de gue sejam destruidas,

alteradas ou suprimidas provas, especialmente os registros do

sistema SILEG e outros dados mantidos pela area de Tecnologia da

Informac;:io da Câmara dos Deputados (como logs de acesso de

usuarios ao sistema Active Directory). A esse respeito, recorda-se

gue o servi dor ouvido como testemunha pelo Ministerio Publico

Federal foi exonerado de func;:ao dirigente apenas um dia depois

da divulgac;:ao pela imprensa dos fatos gue precedem.

Alguns dos dados pretendidos (especialmente os logs de

acesso para 2011) estio guardados na infraestrutura do Centro de

Informatica da Câmara dos Deputados em storage ou tita (por se

tratar de arguivos mais antigos). Corn relac;:ăo estes dados, e elevado

o risco de perecimento, eis gue bastara a supressio de uma fita

DAT, por exemplo, para gue determinada informac;:ao esteja para

sempre perdida. Com relac;:ăo a outros dados, como os arguivos

originais e outros registros do SILEG, ainda gue seja tecnologica­

mente viivel a eventual recuperac;:ao de dados em caso de supres­

sao, e sabido gue os meios e metodos disponiveis para tanto nao

sao a prova de falhas, pois dependem, inler alia, da guantidade de

dados que foram sobrescritos naqueles que foram suprimidOp 20 de 25

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bastasse isso, a recuperayao de dados, por ter de ser meticulosa,

tende a delongar a marcha da investigayao, alem de abrir janela de

incerteza sobre seu resultado.

A ordem judicial de entrega imediata das informayoes e, em

sIn tese, o velculo mais adequado para a execuyao ceIere e em boa

ordem da medida, inclusive pela complexidade das providencias

necessârias a efetiva produyao da prova, de acordo corn os aspectos

jâ salientados.

II. Pedidos

Ante o exposto, o Procurador-Geral da Republica requer,

corn fundamento no art. 230-C, § 2° do RISTF:

(i) que seJa determinada a autuayao do presente feito em

apartado, como petiyao oculta vinculada ao Inquhito em epigrafe,

corn a decretayao de segredo de justiya, e a supressao, inclusive, de

divulgayao de andamento processual no sitio do Supremo Tribunal

Federal, tanto como o nome completo dos envolvidos coma corn

suas llliClaIS; e

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Procur.ldoria-Gcr.ll da 1~6bliea. lnqueriro 3994 suebra dc sigilo bancii.rio e- fiseal

(ii) gue seja emitida ordem ao Diretor-Geral da Câmara dos

Deputados ou a guem lhe fac;:a as vezes (Prac;:a dos Tres Poderes,

Câmara dos Deputados, Brasilia - DF - CEI' 70160-900) de que

fornec;:a imediatamente, a vista da apresentavâo do mandado, os se­

guintes dados, mediante certidăo e extratos disponîveis dos siste­

mas de informac;:âo relevantes e c6pias e mei o eletr6nico (guando

for o casa), devendo o acesso a eles ser efetuado na presenc;:a do

Oficial de Justic;:a a quem o mandado for distribuîdo e sob a super­

visâo direta do atual Diretor do Centro de Informatica da Câmara

dos Deputados (Paulo Henrique Alves Araujo):

a) data em gue [aram inseridos no SILEG, em for­

mato .doc (word), os requerimentos n. 11412011

CFFC e n. 11512011 CFFC;

b) data em foram convertidos, do formata

original .doc para o formato ,pdf, os requerimentos n.

11412011 CFFC e n. 11512011 CFFC;

c) data em gue foi implantada a rotina de conver­

sâo automatica, do formata .doc (word) para o for­

mata . pdf, de documentos legislativos inseridos no

SILEG;

d) tempo (aproximado) gasto para a conversâo, para

o formata .pdf, dos arguivos inseridos em formata

.doc no sistema SILEG nos meses de julho e agosto

de 2011; ~.

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e) data em gue foram converti dos, do formato ori­

ginal .doc para o formato ,pdf, quaisquer outros re­

querimentos ou proposi~oes inseridos no SILEG no

dia 11.07.2011;

f) formato de cadastramento, em 2011, do usuario

do Sistema Active Directary Eduardo Cosentino da

Cunha (Deputado Federal) e todos os dados de re­

gistre do referido usuario;

g) certidao positiva ou negativa sobre eventual mo­

difica~ao dos arguivos originais (em formato .doc)

dos requerimentos n. 11412011 CFFC e n. 11512011

CFFC desde sua inser,ao no SILEG, especialmente

em seus metadados;

h) impressoes das te1as do sistema autentica dor dos

requerimentos n. 11412011 CFFC e n. 11512011

CFFC;

i) copia dos arguivos originais, em meio eletronico,

em formato .doc (word), que estao disponiveis no

SILEG, dos requerimentos n. 11412011 CFFC e n.

11512011 CFFC, informando os c6digos hash destes

arqmvos;

j) copia dos logs de acesso, em meio eletr6nico, do

usuario do Sistema Active Directory Eduardo Cosen­

tino da Cunha (Deputado Federal) para os meses de

maio,junho e julho de 2011 (estes logs de acesso estao

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guardados na infraestrutura do Centro de Informatica

da Câmara dos Deputados, em starage ou tita);

1) copia os logs de acesso, em meio eletronico, da

usuaria do Sistema Active Directary Solange Almeida

(Deputada Federal) para os meses de maio, junho e

julho de 2011 (estes logs de acesso estao guardados na

infraestrutura do Centro de Informatica da Câmara

dos Deputados, em storage ou fita);

m) certidăo positiva ou negativa de que as datas e

horas de cnayao dos arqmvos ongmals (em

formato .doc) dos requerimentos n. 114/2011 CFFC

e n. 115/2011 CFFC correspondem a datas e horas

em gue o usuario Eduardo Cosentino da Cunha

(Deputado Federal) estava logado no Sistema Active

Directory da Câmara dos Deputados;

n) certidăo positiva ou negativa de gue as datas e

horas de cnayao dos arqUivos ongmals (em

formato .doc) dos requerimentos n. 114/2011 CFFC

e n. 115/2011 CFFC correspondem a datas e horas

em gue a usuaria Solange Almeida (Deputada Fe­

deral) estava logada no Sistema Active Directory da Câ­

mara dos Deputados;

(iii) gue seja autorizada a designa~ăo de um membro e dois

servidores da area de Informatica do Ministerio Publico Federal

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Procllradoria-Gt'ral da Republica. lngueriro }')94 911ebra de sigilo baneario e fiscal

para acompanhar a diligencia.

Brasilia (DF), 4 de Maio de 20] 5.

~~~M~~ros • Procurador-Geral da Republica

Beii)]'

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MINISTEruO P0nLICO FEDERAL Procuradoria-Geral da Repllblica

TERMO DE DEPOIMENTO DE LUIZ ANTONJO SOUZA DA EIRA

Aos vinte e nove dias do mes de abril de 2015, as 18 horas, na

Pracuradoria Geral da Republica, presentes os Procuradores Regionais da

Republica Douglas Fischer e Bruno Calabrich e o Procurador da Republica

Andrey Borges de Mendon91, inlegranles do Grupo de Trabalho inslilufdo

pela Procurador-Geral da Republica atraves da Portaria PGR/MPU n° 3, de

19/01/2015, assim coma o Delegado de PoHcia Federal RICARDO

HIROSHI ISHIDA, devidamente intimado, compareceu LUIZ ANTONIO

SOUZA DA EIRA, filho de MARIA ALBA SOUZA DA EIRA e LUlZ

GONSAGA CAMPOS DA ElRA, nasceu em 09/07/1961, funcionârio da

Câmara dos Deputados, que, ap6s ser devidamente compromissado,

declarau, sob as penas da lei: QUE e servi dor concursado da Câmara dos

Deputados, desde 1991; Que e concursado como consultor legislativo; Que a

area tematica do depoente e relacionada a parte de comunica<;ao e

informatica; Que possui mestrado na Inglaterra em Telecomunica<;6es, MBA

Executivo em Tecnologia da Informa<;ăo, possui curso de especializa<;ăo em

analisc de sistema; Que e formado em engcnharia elctrica pela UNB; Que ja

trabalhou no Banca do Brasil, na Petrobras, na TeleBrasilia, na SGA -

Sistemas e Servi<;os de Informatica, tu do antes de entrar na Câmara; Que

tambcm foi Secretario Executivo do Ministcrio da Integra<;ăo Nacional, de

mcados de 2007 a 2009; QUE, questionado sobre os falos,

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MINISTERIO PlmUCO FEDERAL

Procuradoria-Geral da Republica

afirma que foi Diretor do Centra de Informatica (CENIN) da Câmara ate a

data hoje; Oue jâ foi dirctor do Centro de Informatica da Câmara em DutTa

oportunidade, de novembra de 2002 ate meados de 2006; Que depois voltou

a ser Diretor do CENIN de julho de 2013 ate a data de hojc; QUE se orgulha

muita de tcr fcita o trabalho de levar a internet e toda o conteudo da Câmara

ate hoje, o que traz transparcncia para as atividadcs lcgislativas; Oue se

orgulha porque as informa<;6es podem ser acessadas por qualquer pessoa

pela internet; Que o sistcma da Câmara foi desenvolvido hâ alguns anos;

Oue hâ dois sistem as mais importantes na Câmara referente a tramita<;ăo de

proposi'Yoes: o sistema maior, chamado SILEG - "Sistema de Informac;oes

Legislativas"e o "Sistema Autenticador de Proposic;oes; Que gostaria de

explicar o Sistema chamado "Autenticador de Proposiyoes"; Que esse

Sistema autenticador funciona da seguinte forma; Oue o Deputado, ao

submeter a proposigao, pode faze-Io de duas formas: a proposigao pode ser

feita no word - e o editor de texto utilizado na casa - ou pode fazer de

maneira fisica, em papel; Oue o sistcma estâ preparado para as duas formas;

Oue se apresentado em papel e transformado em pdf posteriormente; Oue

isto se justifica porque tu do tem que se transformar em pdf ao final, para ser

disponibilizado pela internet; Oue neste ultimo caso (arquivos apresentados

em papel e convertidos cm pdt) nao e necessârio ir ao autenticador, pois o

documento jâ se enconlra assinado pelo parlamentar e jâ vai direto para o

sistema em pdf; Oue neste caso nao havera o arquivo em word no sistem a;

Oue, portanto, o sistema Autenticador se aplica as proposig6es apresentadas

em word; Oue os dois documentos relacionados aOs requerimentos n. 114 e

2d,1O ~~ \J ~_

--Ij ~:;'.

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115/2011 CFFC foram cntrados no sistem a Autenticador no formato word;

Que a finalidade do Autenticador e evitaT fraudes e assegurar a autcnticidade

do documenta, garantindo que o arquivo word e o mcsmo que sera

aprcscntado pela parlamentar as Comissocs ou a Sccrctaria Geral da Mesa;

Oue uma vez feita a Autenticac;ăo, o sistema gera um numero, que sera

impresso pela parlamentar, juntado a pcc;a e conferido no momento da

aprcsenta<săo fisica e assinada; Oue no sistema Autenticador, a tela relativa

a proposic;ăo traz as informac;oes relativas ao Jog, que indica a data, hora,

matricula, maquina, etc; Que voltando aos dois requerimentos apresentados,

ambos foram autenticados no gabinete da Deputada SOLANGE ALMEIDA,

no gabinete 585; Que as mâquinas de 2011 nao existem mais, pois no ano

passado houve uma compra grande de microcomputadores pela Câmara c

substitui~ăo dos gabinetes; Oue cada gabinete parlamentar tem direito a

cinco computadores, em sua maioria desktop; Oue, porem, o parlamentar

pode solicitar laptops no lugar de desktops; Que questionado, sob a 6tica da

ârea de tecnologia, se havia justificativa para algum parlamentar solicitar

auxîlio a outro gabinete, afirma que nao; Oue e possîvel saber pela sistema

que os dois documentos referidos foram autenticados praticamentc no

mesmo momento, em sequencia; Oue a autentica~ao TIa sistema foi feito por

um servidar chamado Andre Felipe de Souza Alves; Oue, porem, para

efeitos de processo legislativo, e necessario entregar em papel perante a

Comissao; Oue, conforme dito, entao e colocado um c6digo no documento,

que e coma um hash, para garantir a integridade do documenta; Oue isto

visa dar seguran~a de que o documento e autentico, ou seja, r 'v d c-

" .' 3 de 10

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documenta e igual aquele apresentado no sistema; Oue em 11 de julho de

2011 houve o recebimento dos documentos na CFFC dos requerimentos n.

114 e do 115; que sobre a diferen~a de datas se deve ao fato de que o

documento foi apresentado em word e depois convertido em pdf, em 10 de

agosto de 2011, que e a data do documenta que aparece na internet,

conforme divulgado pela mîdia; Que, na verdade, essa conversao e fcita para

que seja possîvcl a divulga<;ţao na internet; os originais, em word, corn data

de 11.7.2011, de autentica<;ţâ.o, continuam no sistema; essa demora de 30

dias se dcu porque havia um passivo de muitas conversoes que precisavam

ser fcitas; Oue, em outras palavras, houve uma demara de aproximadamente

30 dias, pois havia uma "fila" de arquivos a serem convertidos de word

para .pdf; Que isto ocorreu corn todos os arquivos que deram entrada em

word na data de 11.07.2011 e que foram convcrtidos em 10_08.2011; Que

isto somente nao ocorre corn os arquivos que jâ entraram em pdf, pois năo e necessâria a conversăo; Que isto explica a diferem:;a de datas entra a entrada

no sistema c a conversâo do arquivo, pois a data de conversao em pdf e posterior a data de entrada em word; Que podcria haveria fraude exatamentc

se a data de entrada fosse anterior e nao posterior; Que o documento em

word somente consta no sistema interno da Câmara, enquanto os arquivos

em pdf estâo acessîveis para todos pela internet; Que os arquivos em word

podem ser pcriciados; Que os metadados - informa9i5es acopladas que

constam nas propriedades do arquivo - se transmitem automaticamente TIa

processo de conversao do word para pdf, incluindo o autor, corn exce<;ao da

arquivo; Qr

v ~>_~ ~.

data de cria<;â.o do arquivo, pois se trata de um novo

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Procurndoria-Geral da Republica

argumento de que o pd[foi criado em 10 de agosto de 2011 diz respeito a data de conversao e nao da data de cria<;ăo do arquivo em word; Oue

atualmente nao ha mais esta demara em conversao do arquivo word em pdf,

pois rraa ha mais fila de arquivos; Que o declarante ressalta que, do que viu,

tadas as propasic;6es que faram rcccbidas no sistema da Câmara por word

no dia 11 de julho de 2011 foram converti dos em pdf no dia JO de agosto de

2011; Que isto pade ser vcrificado por qualquer pessoa na internet; Oue o

dcc1arante esclarece que isto era uma mtina do sistema, ou seja, nao era uma

pessoa quem cfetuava esta conversăo, mas sim o sistema automaticamente

que efetuava a conversao na epoca em aproximadamente trinta dias; Oue

este sistema jâ era assim em 2011; Oue tinha este delay de trinta dias na

epoca, em razao da grande quantidade de arquivos que estavam em fila; Quc

questionado ao declarantc como ocorreu a sua demissao, escJarece que o

Presidente da Câmara, EDUARDO CUNHA, na scgunda feira dia 27, a noi te, chamou o Diretor GemI da Câmara, SERGIO SAMPAIO, e pediu que

demitisse o declarante, pois o Presidcntc da Câmara tcria recebido uma

informa~ăo de que sairia uma materia no jornal no dia seguinte, como

efetivamente ocorreu; Que o Presidente da Câmara estava suspeitando que

haveria um vazamenlo de dados para a imprensa por parte dos tecnicos de

informâtica; Que na visăo do Presidente da Câmara este vazamento foi uma

retalia~ăo a uma determina~ăo de cumprimento integral de carga horâria

dada na semana anterior, mais precisamente na quinta-fcira anterior; Que

SERGIO SAMPAIO chamou o declarante na propria scgunda-feira (27) no

gabinete, as 22 horas, e disse como foi a conversa corn o preside~-

'v ~.~ ~~-

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Câmara; Que O Diretor Geral disse ao depoente que a sua demissao seria

para dar um exemplo para a Casa, que naa aceitaria vazamentos; O Diretor­

Geral disse ainda que o Presidente EDUARDO CUNHA achava que o

depoente naa foi o responsăvel pela suposto vazamento, mas que serviria de

exemplo para tados os demais; Que no momento em que o declarante foi

comunicado pelo Diretor Geral de sua demissao estavam prcsentcs tam bem

o assessor do Diretor Geral FÂBIO PERElRA, o chefe de gabinele do DG,

RUBENS FOIZER; Que acha que tambem eslava a DG ADJUNTA,

CASSIA BOTELHO; Tambem eslaria o Dr. Lucio Xavier, que c o chefe da

assessoria tecnica da DG ("diretor juridico"); Que SERGIO SAMPAIO

contou ao declarante comO ocorreu; Oue no inîcio o declarante e ncm

SERGIO SAMPAIO estavam entendendo bem o que estava ocorrendo; Que

ao pcrceber que o motivo teria sido a questăo de metadados, o declarante

explicou que, em verdade, isto estava publico e para todos os documentos;

Oue entao, para verificar, foram na sala do Chefe da Assess6ria Tecnica do

DG, Dr. LUCIO, e o declarante mostrau que a informa~ăo realmente eslava

publica, verificando pela propriedade do documento em pdf que estava na

internet; Oue neste momento sequer se atentaram para a data, mas chamou a

aten~ăo o nome de EDUARDO CUN HA coma autor; Que isto moslra que o

documenta subiu corn estas propriedades, ou seja, entrou no sistema da

Cârnara e possuîa tais propriedades em 2011; Oue o Servi<;o de Dirct6rio

(AD - Active Directory) e coma uma lista de pcssoas que utiJiza o sistema;

Oue esta identifica<;ăo nao e feita por gabinete, mas sim por usuârio; Oue se

aparec~_a

V ~~~ um servi dor, logada corn uma senha, criasse um documento,

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nome do servi dor ou matrîcula; Que O Servi~o de Diret6rio da Câmara

utiliza como padrilo a identifica~ilo "Dep. NOME PARLAMENTAR"; Que

no caso de EDUARDO CUNHA, o nome cadastrado deIe no Servi<;o de

Diret6rio e DEP. EDUARDO CUNHA; Que a autentiea,ilo - ou seja, a

informayâo do autor - e feita por meio de uma senha, pessoal e

intransferîvel; Que o autenticador, como e um sistema, necessita de um login

da mâquina; Que o declarante ressalta que a autora dos documentos que

geraram os rcquerimcntos- ou seja, a autenticayâo - foi sim a Deputada

SOLANGE ALMEIDA, ou seja, foi esta Deputada que incluiu no sistema o

arquivo; Quc, porem. e a deputada quem teria quc explicar por qual motivo

consta o nome DEP. EDUARDO CUNHA no documento; Que, questionado

se o Deputado EDUARDO CUNHA enviasse um documento elaborado corn

seu login para o gabinete da Deputada SOLANGE ALMEIDA, para que

autcnticasse. aparecia o documenta como saiu na imprensa, responde que

sim; Que ontem, por determina<;ăo de EDUARDO CUNHA, foi feita uma

auditoria na Câmara; Que EDUARDO CUNHA pediu para o Secretârio

Geral da Mesa, SILVIO AVELINO DA SI LV A, que e o bra<;o direito .do

Presidente da Câmara e comanda o processo legislativo na Casa. que fizessc

uma "auditoria"; Que SILVIO pediu para que um tecnico do CENIN,

FERNANDO TORRES, fizesse uma auditoria nos procedimentos

mencionados; Que isto deu origem ao processo 119967-2015; Que na ter<;a­

feira de manhă reuniu todos os diretores de coordcna~ăo que estavam

subordinados ao depoente e pediu para que ninguem tocasse nos arquivos,

pois era uma acusa<;ăo muito grave de suposta fraude nos documentos~.

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o declarante dissc para que ninguem aceitasse solicita~5es '''de boca", mas

apenas por escrito; Que isto foi muito importante, porque no proprio dia a

secretaria geral Adjunta da Mesa, CLAuDIA ALARCAo, ligou para

FERNANDO TORRES e solicitou quc procedessc il mencionada autoria nos

rcquerimentos 114 e 115; Que entăo FERNANDO TORRES pediu um

documento formalizando o pedido; Que cntăo o DR. SILVIO, Secretârio

Geral da Mesa, enviou oHeio para FERNANDO TORRES, solicitando

auditoria nos requerimentos 114 e 115 no sistema "Autenticador"; Que no

mesmo dia FERNANDO TORRES respondeu, pois havia muita cobranga;

Que FERNANDO TORRES respondeu por meio de "memorando" e, para

garantia, o proprio FERNANDO solicitou ao Chefe deIe que instaurasse um

processo, que foi arquivado na Câmara; Que a resposta de FERNANDO

TORRES, enviada para a Mesa da Câmara, mais especificamente ao

Secretârio da Mesa, as 14h20min, jâ explicava que nao havia qualquer tipa

de fraude; Que no pcdido de auditoria solicitau-se a verificac;ăo apcnas no

sistema de autenticac;ao c nada foi perguntado sobre a conversăo dos

arquivos originais de word em pdf; Que, porern, se constatou no resultado

da "auditoria" que nao havia qualquer registro de substituiyao de versao dos

requerimentos n. 114 e 115/2011 CFFC; Que isto significa que os

requerirnentos que constam no sistema eram exatarncnte aqueles que foram

inseridos no sistema em 2011; Que isto pode ser visto a partir dos logs do

Autenticador e do Log do Sistema SILEG, que registram qualquer altera~ăo

fcita; Que, se houvesse qualquer tipa de altera<;ăo no documento

originalmente inserido no sistema, estes logs demonstrariam e registr~

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altera~ăo, seu autor, data hora, maquina, etc.; Oue isto e facilmente auditâvel

nas sistemas da Câmara; Oue e possÎvel vcrificar as requerimentos da

DEPUTADA SOLANGE ALMEIDA e verificar coma consta; Que, por

exemplo, no REQ 12/2011 CCJC, constante do sitio da Câmara, os

metadados do documenta indicam cama autar "P _ 6394"; Que ista

carrespande â matrîcula de um servidor da Câmara; Oue se fasse deputada,

apareceria "D_numero de matricula" au a padraa "DEP. NOME

PARLAMENTAR"; Que esclarece, por fim, que somente conheceu

pessoalmente o Deputado EDUARDO CUNHA na semana passada, na

reuniăa referida, e naa teve qualquer cantata pessaal cam ele anteriarm~

Encerrado âs 20hSOmin. I \

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", •

M'INISTERIO PlmLlCO FEDERAL Procuradoria-Geral da Republica

DO HIROSH ISHIDA Delegado de Policia Pc craI

~" U- ~ A. L'-.. LUlzANTONIO S'OUZA DA EIRA Depocnte

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Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Analise - SPEA/PGR

SIGILOSO Informa~iio N° 126/2015 - SPEA/PGR 28 de abril de 2015.

Informa ao N° 126/2015

Ementa: Inquerito 0° 3983/STF. Requerimentos nOs 114

e 115 de 201 J. Investigado: Deputado Eduardo Cunha.

Senhor Procurador da Republica e Secretario de Pesquisa e Analise,

Dr. DANIEL DE RESENDE SALGADO

Cumprimentando-o, e em atendimento ao Memorando n° 105/2015-

SPENPGR, apresento a seguir as informa<;6es obtidas no srtia da Câmara dos Deputados1

referentes aos requerimentos nas 114 e 115, de 7 de julho de 2011, apresentados pelos

Deputados Federais Solange Almeida (PMDB/RJ) e Sergio Brito (PSC/BA) il Comissao de

Fiscaliza<;ăo e Contre le (CFFC) da Câmara dos Deputadas, os quais seguem nas anexos 1

e 2 deste relat6rio.

I http://www.camara.gov.br/proposicoes W eblfichadetramitacao? idProposicao=:5 12020 e http://www.camara.gov.br/proposicoesWeblfichadetramitacao?idProposicaoo=5120 19, acesso em 28/4/2015 as 12:00 hs.

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MPF Ministerio P"blico Federal

Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Anâlise - SPEA/PGR

SIGILOSO lnforma~iio N° 126/2015 - SPENPGR 28 de abril de 2015.

o Requerimento n° 114/2011, dos referidos Deputados, solicita ao Tribunal

de Contas da Uniao informac;6es sobre auditorias feitas aas contratos do Grupa Mitsui

corn a Petrobras ou qualquer das subsidiarias no Brasil ou no Exterior. O documenta

apresenta justificativa para proposiC;âo de existir varios contratas envolvendo a

construc;ao, operac;ao e financiamento de plataformas e sondas da Petrobras, celebrados

corn o Grupa Mitsui, contem especulac;6es de denuncias de improbidade,

superfaturamento, juros elevado5, ausencia de licitac;ao e beneficiamento a esse grupa

• que tem coma cotista o senhor Julio Camargo, conhecido coma intermediario.

No Requerimento n° 115/2011, os Deputados solicitam ao Ministro de

Minas e Energia, Senhor Edison Lobao, informac;6es e copia de todos os contratos,

aditivos e respectivos processos licitat6rios, envolvendo o Grupo Mitsui e a Petrobras e

suas subsidiarias no Brasil e no Exterior. A justificativa apresentada para proposic;ao e

existir varios contratos envolvendo a construc;ao, operac;ao e financiamento de

plataformas e sondas da Petrobras, celebrados corn o Grupo Mitsui, que contem

especulac;6es de denuncias de improbidade, superfaturamento, juras elevados, ausencia

de licitac;âo e beneficiamento a esse grupo que tem como cotista o senhor JulÎo

Camargo, conhecido coma intermediario .

Em 3 de agosto de 2011, a Comissao de Fiscalizac;ao Financeira e Contrale

aprovou os Requerimentos nas 114 e 115/2011, conforme pesquisa no sftio2 da Câmara

em 28/4/2015, as 12:00 hs.

2 http://www.camara.gov.br/proposicoes W cblfichadetram itacao ?idProposicao=5 12020 e http://www.camara.gov.br/proposicocsWcb/fichadetramitacao?idProposicao=512019 , acesso em 28/4/2015 âs 12:00 h,. /

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- REQUERIMENTO n° 114 de 2011

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SIGILOSO 28 de abril de 2015.

§' '-2titfW , • I

I

'--

e Situa~ao: Arquivada

Identific3I;ăo da ]Jroposil;3.0

Autor

Sergio Brita - PSClBA, Solange Almeida - PMDB/RJ

Apresentm;âo

11/07/2011

Ementa

Requcr sejam solicitadas ao Tribunal de Contas da UnUia infonnayoes sobre auditorias fcitas aas contratos

do Grupa Milsui corn a Pctrobms ou qualquer das suas subsidiarias no Brasil ou 110 Exterior.

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Procuradoria-Geral da Republica MPF Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Anălise - SPEAjPGR

Minismrio PUblico Federal lnforma~âo N° 125/2015 - SPEA/PGR

Jnformayoes de Tramitary8.o

Forma de Aprccia~ăo

Rcqucrimento

Rcgimc de Tramita.;âo

Ordinaria

Ultima Al;âo Legislativa

Data A.;âo

21103/2012 Comissăo

Arquivado de Fiscalizaf;âo Financcira

Arvorc de apensados e outros documentos da materia

Documentos Ancxos e Rcfcrcnciados

• • • • • • • • • • • •

A vulsos Destaques ( O ) Emcndas ao Projeto ( O ) Emcndas ao Substitutiyo (O)

Hist6rico de despachos ( O ) Lcgislaryâo citada l-list6rico de Pareccres, Substitutivos e Votos (O) RecurSDS ( O ) Redar;ăo Final Mensagens, Oficios e Requerimentos ( O ) Relat6rio de conferencia de assinaturas Dossie digitalizado

Cadastrar para acompanhamentoTra~_ita~ao

e

SIGILOSO 28 de abril de 2015.

Controle ( CFFC

Ohs.: o andamento da proposh;cio fora desla Casa Legislativa mia li tratado pela sistemCl, devenc/o ser

cOl/sili/ada 110S vrgaos re~jJeclivos.

Andamento

11/0712011 Comissâo de Fiscaliza.;âo Financeira c Controle ( CFFC ) . ,

)

• Apresenta~âo do Requerimento n. 114/2011, pelos Deplltados Sergio Brito (PSC~I; ,. BA) e Solange Almeida (PMDB-RJ), qlle: "Reqller sejam solicitadas ao Tribunal de i ,. Contas da Uniiio informar;:ocs sobre auditorias feitas aos contratos do Grupa Mitsui corn /

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MPF Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Amilise - SPEA/PGR

Ministerio Poibli<o Federal SIGILOSO

03/08/2011

04/08/2011

10/08/2011

16/08/2011

01/11/2011

09111/2011

21103/2012

!nforma~iio N° 126/2015 - SPENPGR 28 de abdi de 2015.

Andamento

" a Pctrobras ou qualquer das suas subsidiârias no 8rasil ou DO Exterior". Inteiro teOf li

Comissao de Fjscaliza~ăo Financeira e Controle ( CFFC ) - 09:00 Reuniao Deliberativa

Ordinaria

• Aprovado

Comissao de Fiscaliza'tâo Financcira e Controle ( CFFC ) I

Enviado Oficia 523/2011/CFFC-P para o Exmo Sr Benjamin Zymler, President~ do • Tribunal de Contas da Uoiao, solicitando informavoes sobre auditorias fCitas; nos , contratos do Grupa Mitsui corn a Petrobnis ou qualquer de suas subsidiarias 110 Brasil ou , 110 Exterior.

Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira e Controle ( CFFC )

• Recebido Aviso o01229GPITCU acusando o recebimento do Oficio

523120 11!CFFC-P que "Solicita infonna~oes sobre auditorias feitas nos contratos do

Grupa Mitsui corn a Pctrobras ou qualguer de suas subsidiărias 00 Brasil ou no

Exterior". ExpedieDte autuado DO TCU coma Processo TC 026.125/20 II-O

Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira e Controle ( CFFC )

• Enviado ao Autor, c6pia do Oficia 554/2011/CFFC-P, que encaminha c6pia do

Aviso 1229 GP/TCU .

Comissâo de Fiscaliza~ăo Financeira e Controle ( CFFC )

• Recebido Aviso 0° 1560-Seses-TCU-Plenărio, eocaminhando c6pia do Acordăo 0°

2747/20 Il proferido nas autos do proccsso n° TC 026.125/201 J -O, acompanhado do

Relat6rio e do Voto que o fundamcntam.lnteiro tcor

Comissao de Fiscaliza~ao Financeira e Controle ( CFFC ) , • Enviado Oficia n° 852/2011/CFFC-P â Deputada Solange Almeida, encar(linhando ,

copia Aviso n° 1560-Seses-TCU-Plcnărio, que encaminha c6pia do Ac6rdăo n° ,

2747/2011, proferido nas autos do processo Te n° 026.125/2001-0, acompanhado do ,

Relat6rio e do Voto glie o fundamentam.

Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira e Controle ( CFFC )

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Ministerio Publico Federal SIGILOSO [nforma<;ăo N° 126/2015 - SPENPGR 28 de abril de 2015.

Andamento

• Arquivado

09/03/2015 Comissâo de Fiscaliza.;âo Financeira e Controle ( CFFC ) 1

• Rccebido Oficia sIn, do Dep. Sergio Brito, solicitando a copia dos auto5 do I

R:EQ , .

114 e do REQ 115, de 2011.

10103/2015 Comissâo de Fiscaliza~iio Financeira e Contrale ( CFFC )

• Dcspacho do Presidente da CFFC: deferido o pedido do Dep. Sergio Brito .

18/03/2015 Comissâo de Fiscaliza~âo Financcira e Controle ( CF,FC )

• Enviado Oficia 29/2015/CFFC-P, ao Dep. Scrgio Brito, cam copia dos autos dos

Requcrimentos 114 e 1 15/20 Il .

REQUERIMENTO n° 115 de 2011

+- ' C' ti ~"""",_,,.,,,,, .. gO'J.br;"'~p"';'O<'<W!'!lIfi'~"""""~'~;"S!X'l'O

"I!!! CÂMAM DOS DErUTADOS

ProJetos de lels e O(jtr~s Propos";oes

REQ 115/2011 CFFC '''Wa''''.c>J ~.qu.r"".nto

-'OI'.," •• ", .. "1"'" oakIt, ..... ""'kt .... ~ .. ,~"""" _ "._ t_. """"'4<0 ,</do ""..- '" """'''' .... """. ",,,,,,-.... _ ..... """" ......... .oj,"' ... Gru", ..... ,. , ,,,,..,.. •• OU" ,,"""'",,"' ",,,II .. , "' ." .....

[n[~rm.<;6 .. de Tr.mn~~~o·

Oltlm~ A(lI~ legl."Un·

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MPF Minish!!rio PUblico Federal

REQ 115/2011 CFFC Inteira teor Requerimento

Situafj:30: Arquivada

Identific3y8.0 da Proposiyao

Autor

Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Analise - SPEA/PGR

SIGILOSO Informa~ăo N° 126/2015 . SPENPGR 28 de abril de 2015.

Sergio Brita - PSC/BA, Solange Almeida - PMDB/RJ

Apresenta\,âo

1]/07/2011

e Ementa

Requer scjam solicitadas ao Ministro de Minas e Energia, Senhor Edison Labao, informayoes e copia do

tados os contrat05, aditivos e rcspectivos processos licitat6rios, envolvendo o Grupa Mitsui c a Petrobras e

suas subsidiarias no Srasil ou no Exterior.

Ioformaţocs de Tramitaţăo

Forma de Apreciaţăo

Rcquerimento

Rcgime de Tramit3l;ăo

Ordinăria

• intima Aţăo Legislativa

Data Afj:ăo

05/03/2013 Comissao de Fiscaliza~âo Financeira e Controle ( CFFC ) DECISĂO DO PRESJDENTE DA CFFC: Detennina o arquivamento deste Reque'rÎmento tendo em vîsta ter alcan<;ado seu objetivo. II

Arvore de apensados e outros documentos da materia

Documentos Anexos e Referenciados

• • • • • • •

Avulsos Destaqucs ( O ) Emendas ao Projeto ( O ) Emendas ao Substitutivo ( O ) Hist6rico de despachos ( O ) Legisla9âo citada Hist6rico de Pareceres, Substitutivos e Votos (O)

,

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MPF Procuradoria~Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e An"lise - SPEA/PGR

Ministerio PUblico Federal SIGILOSO lnforma~ăo N° 126/2015 - SPENPGR 28 de abdi de 2015.

• Recursos ( O ) • Redar;:ao Final • Mensagens, Oficios e Rcquerimentos ( O ) • Relatario de conferencia de assinaturas • Dossie digitalizado

Parte superior do formuJario

Cadastrar para acompanhamcntoTramitaţâo

Ohs.: o ane/amenla da pruposir;iio fora desta Casa Legislativa 1/(:;0 ci Ira/ada pela sis/ema, dewndo ser

cOlIsultado nos orgâos re.<.pec/il'os .

11107/2011

03108120 II

04108/2011

2)109/2011

08/1112011

Andamento

" Comissâo de Fiscali7..aţăo Financcira e Controle ( CFFC) I

• ,

Apresentar;:ăo do Requerimento n. 115/2011, pelos Deputados Sergio Brîta (PSC-

BA) e Solange Almeida (PMDB-RJ), gue: "Requer sejam solicitadas ao Ministro de

Minas e Energia, Senhor Edison Lobao, informac6es e capia do todos os cont!atos,

aditivos e respectivos processos licitatarios, envolvendo o Grupo Mitsui e a Petrobras e

suas subsidiânas no Brasil ou 110 Exterior". lnteiro teor

Comissiio de Fiscaliza'tâo Financeira e Controle ( CFFC ) ~ 09:00 Reuniăo Deliberativa

Ordinâria

• Aprovado

Comissao de FiscalizaI;âo Financeira e Controle ( CFFC )

• i

Enviado Oficio 525/2011!CFFC~P it Mesa solicitando numerar e encaminhar ao Sr.

Minis1ro das Minas e Energia, o Rcqucrimento

O RIC recebeu o numero 878/20 Il

de r

Informac6es. l' ;

"

Comissao de Fiscaliza.;âo Financcira e Controle ( CFFC )

• Recebido o Oficio 2830/1 J da la Secretaria encaminhando O Aviso 191!2011/GM~

MME do Ministerio das Minas e Energia solicitando dilatayăo de prazo para entrega de

resposta ao RIC 878/2011

Comissiio de FiscaIi7.a'tao Financeira e Controle ( CFFC ) i

• Recebido Oficia In Sec/RI/no 3353/2011, da Primeira~Secretaria desta Casa, ~

encaminhando capia do Aviso n'" 231/201 I/GM-MME, do Ministerio das! Minas el, ~

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MPF Ministi!rio P"blico Federal

Andamcnto

Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Anâlise - SPEA/PGR

SIGILOSO Jnforma~ao N° 126/2015 - SPEA/PGR 28 de abril de 2015.

I Energia, em resposta ao Requenmento de Informac;ao o"

Comissao, fruta deste Requerimento.

. , 87812011, de autorla desta

28/11/2011 Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira e Controle ( CFFC )

, ,

• Enviado Oficia n. 905/CFFC-P ao Deputado Sergio Brîto, encaminhando o Oficia la

Sec/RIIn° 3353/11, da Primeira-Secretaria desta Casa e seus ancxos.

0510312013 Comissăo de Fiscali7.ac;âo FinaDceira c Controlc ( CFFC )

• DECISAO DO PRESIDENTE DA CFFC: Determina o arquivamento deste

Requerimento teuda em vista ler alcan9ado seu objetivo.

0910312015 Comissăo de Fiscali7.3.yâo Financeira c Controlc ( CFFC )

• Recebido Oficia sin, do Dep, Sergio Brito, solicitando a copia dos autos do REQ

114 e do REQ 115, de 2011.

1010312015 Comissao de Fiscaliza~ăo Financeira e Controle ( CFFC )

• Despacho do Presidentc da CFFC: deferido o pcdido do Dep, Scrgio Brito.

1810312015 Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira c Controle ( CFFC )

• Enviado Oficio 29/2015/CFFC-P, ao Dep. Sergio Brito, corn copia dos autos dos

Rcquerimentos 114 c 115120 Il,

o rcquerimcnto 114 e 115 de 2011 foram aprovados em 3 de agosto de 2011, conforme pesquisa

realizada no site da Câmara dos Deputados:

<http://www.camara.gov.br/internetiordemdodiafordemDetalheReuniaoCom.asp?codReuniao===264

05>

Ordem do Dia nas Comi.\',w'ies

COMISSÂO DE FISCALlZA<;:ÂO FINANCEIRA E CONTROLE

54" Legislatura - jR Sessâo Legislativa Ordinâria

PAUTA DE REUNIÂO ORDINĂRIA EM 318120Il as 9h

RESULTADO,

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MPF Ministerio Piib6co Federal

Aprovado

Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Anâlise - SPEA/PGR

SIGILOSO Informar;ao N° 126/2015 SPEA/PGR 28 de abril de 2015,

5 - REQ 114/20 Il CFFC~ - dos Srs. Sergio Brîto e Solange Almeida - gue "rcquer s~jam solicitadas ao

Tribunal de Contas da Uniăo infonnaryoes sobre auditorias fcilas aos contratos do Grupa Mitsui corn a

Petrobras Oll qualqucr das suas subsidiarias no Brasil ou 110 Exterior".

RESULTADO:

Aprov:ldo

6 - REQ 115/2011 CFFC9:! - dos Srs. Sergio Brito e Solange A[meida - gue "requer scjam solicitadas ao

Ministro de Minas e Energia, Senhar Edison Labao, informw;ocs e copia do todos os contratos, aditivos e

respectivos proccssos licitatarios, envolvcndo o Grupa Mitsui e a Petrobras e Stlas subsidiarias 110 Brasil ou

no Exterior".

o detalhe importante e que em ambos os arquivos do tipo .pdf, referentes

aos requerimentos nas 114 e 115/2011 apresentados pela entao Deputada Federal

Solange Almeida (PMDB/RJ) e armazenados no sitio da Câmara dos Deputados3, aparece

no campo "autor" o nome "Dep. Eduardo Cunha", como mostram as imagens a seguir:

http://www.camara.gov.br/proposicoes Web/prop _ mostrarintegra?codteor-8981 17 &filename=REQ+ 114/20 II+CFFCe ay http://www.camara.gov.br/proposicoes Web/prop _111ostrarintegra?codteor-898133&filename=REQ+ 115/20 11+CFFC, acesso em 28/4/2015 as 12:00 hs.

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Procuradoria-Geral da Republica MPF Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Anâlise - SPEA/PGR

Ministeria PUblica Federal lnformao;ăo N° 126/2015 - SPEA/PGR

ARQUIVO EM .I'DF - REQUERIMENTO 114-2011

Propriedades do documente

"

Des(ri~iio --- A . ,. rqulvo: -------

REQ 114·2011 CFFC.pdf

Titulo:

... Autor. IDep. Eduardo Cunha --- ----­Assunto: I

Palavras-ehave:

(riada em: 10108/201119:38:44

Modificado I!m: 101081201119:38:44

Aplîclltivo: Micro-soft® Werd 2010

Avan'iado

~

-

Produtor do PDF: Microsoft® Word 2010

Versiio POF: 15 (Acrobat 6J()

loca!: C:\

Tam. do arquivo: 7,19 KB (7363 Bytes)

Tam. da p6gina: 210 x297 mm

MlIrcado camo POF: Nă'o

~ .... , , • .-...

1

Num. de pâginas: 2

Exib. rap. da Web: Niio

SIGILOSO 28 de abril de 2015.

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Ministerio Publico Federal Informar;ao N° 126/2015 - SPEAjPGR

ARQUIVO EM ,PDF - REQUERIMENTO 115-2011

Propriedade~ do documenta

Descri~iio _ _ _ _ __ _ _

...,. ..... Arquivo: REQ 115-2011 CFFC.pdf

/

\ Tftulo: 1

-........... Autor. JDep. Eduardo Cunha ----------

A~sunto:

Criada em: 10108/201119'.38:44

Modificado em: 10/08/201119-.38:44

Apli(~tivo: Mic:rosoft® Word 2010

Avan~ado

Produtor do POF: Microsoft® Word 2010

Versao PDF: 15 (Acrobat 6JC)

loca~ C:\

Tem. do arquivo: 7,30 KB [l.477 Byte5}

Tam. da p~9Îna: 210)[]Sj7 mm

Marcado tOmO PDF: N~o

-...

--• • I

Num. de pagÎn&s: 1

Exib. t~p. da Web: Niio

SIGILOSO 28 de abril de 2015.

OK I I C~ncerar ,1 i

Em ambos OS arquivos consta a data 10/08/2011, indicando que estes foram

convertidos para arquivos do tipa .pdf nesta data.

Para garantir a integridade dos arquivos .pdf obtidos no sitio da Câmara dos

Deputados no dia 28/04/2015, as 12:00 hs, foi utilizado o calcula de hash com metoda

MD5-SUM /

Nome Arquivo \ C6digo Hash _ ... __ . __ ..

,REQ 114-2011 CFFC.pdf i 2230eeObbc77133eb20dlceab030id47

REU 115-2011 CFFC.pdf I f3f30fb511f86a2~~~_~dc2683e7836f5

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Este fato refor<;a o tear do depoimento prestado por Alberto Youssef em seu

Termo de Dela<;:ao n° 13, fis. 14/17 em que menclona uma representa<;âo feita por

Eduardo Cunha perante uma Comissâo na Câmara dos Deputados, em represâlia a Julio

Camargo por este ter deixado de repassar dinheiro a Fernando Soares:

QUE diante da paralisaţiio do pagamento dos comissoes, JULIO CAMARGO deixou de repassar tai dinlteiro a FERNANDO SOARES; QUE EDUARDO CUNHA, por cOllta disto, realizoll uma representaţăo peronte uma comlssao no Câmara dos Deputados, e ne/a pediu informafoes junto il PETROBRAs acerca da MITSUE, TOYO e JULIO CAMARGO; QUE requisitou que tais in!ormaţiies fossem prestadas pela PETROBRAS, sendo que no realidade ;sso foi um sublerfugio para fazer pressâo em JULIO CAMARGO a fim de que este voltasse a efetivar os pagamentos a FERNANDO SOARES que, por sua vez, os repassaria ao PMDB; QUE dianle de tai pressăo, JULIO CAMARGO, de um lada, demandou contra a SAMSUNG em Londres, por causa dos contratos que esta possuia com suas empresas, conforme dUo; QUE de ou/ro lada, por conta da pressâo, JULIO CAMARGO pagou, ele propria, as vanlagens indevidas il pessoa de FERNANDO SOARES, por intermMio do declaranle; QUE o pagamento realizado pela declarallle foi no tolal de R$ 6 milltiies de rea;s, em especie

Por fim, a tÎtulo de exemplo, pesquisamos no sîtio da Câmara dos Deputados

outros dois requerimentos apresentados pela Deputada Federal Solange Almeida em

datas preximas a apresenta<;ao dos requerimentos envolvendo o Grupo Mitsui e Julio

Camargo e, diferente destes, naqueles nao aparece o nome do Deputado Federal

Eduardo Cunha coma autor dos documentos.

A seguir, tela dos arquivos dos Requerimentos n° 12/2011-CCJC, de

29/6/2011 e n° 1238/2011, de 12/4/2011 nos quais nâo consta o

Cunha.

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REQUERIMENTO 12~2011-CCJC -DAT A: 29/61201] 4 (ARQUIVO EM .PDF - Dcputada Solange Almcida)

4

Ptopriedadl':s do documento

r Descri~io I Seguran"a I Fonte; I PersonalFzado I Avan"ado I De5<ri~âo

Arquivo: REQ }2-2011 ((JC.pdf

Titu!o: 1 .",,- - ....

( Autor. )P.6394 )

..... - -'" Assunto: T

(riado e:m! 30106/201110:43:52

Modificado em: 30/06/201110:43:52

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Avan"ado

Produtor do PDF: Microsoft~ Word 1010

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Tam. da pâ9i!'\a: 210x297mm

MMcado coma POF: 5im

Num. de păgînas: 3

Exib. fi!Îp. da Web: Nio

0' ! (",nctlar \

http://www.camara.gov.br/proposicoes W eb/prop _ mostrarintegraj session ido=CF23 C8 0803 5 E6219F 1 D 820 F 1 C3 B29 ./

293.proposicoesWebl ?codteor=894561&filenameo=REQ+ 12/2011+CCJC //

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• •

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Ministerio PUblico Federal SIGILOSO Informa~ao N~ 126(2015 - SPEA/PGR 28 de abril de 2015.

REQUERIMENTO 1238/2011 - DATA: 12141201 15 ~ (ARQUIVO EM .PDF - Deputada Solange Almeidll)

-Propriwade~ do documenta

I D6cri~a~ li St9U'&Il~' Font~ Personalilado Av.n~ado

De"ri~ilc

Arquivc: REQ 1238-2011.pdf

Tftule: L - -;Autor: 11>_6394 '<

" " A<,un~ r- -P~I'vrII,-(h~ve:

I (!'iadc em: 2On4J2(11115:<'9<j8

Modific.do em: 20104/201115:29".18

Aplirnivc: Microsoftlt Word 2010

Avan~ado

Prodtrtor do PDf: Miern,ott® Wcrd 2010

Versio POF; 1.5 (Acrobet 6.>:)

lo"l: 0\

Tam. do arquivo: 80,31 KB (!Il.250 Byt .. )

Tom. da pâgina: 2l0x297mm Num, de p6g;n.~

Mare.do cOme POF: Sim Exib. '~p. da Web:

-- - - L •• _. < "

E O que traga ao conhecimento de Vossa Excelene-ia.

Respeitosamente,

-~~ GILBERTO MENDES PERITO CRIMINAL DA POLiCIA fEDERAL

ASSESSOR-CJ-IEFE SECRETARIA DE PESQUISA E ANAuSE SPEAIPGR

Anexo I - Requerimento 114/2011 c tramita~ao. Anexo 2 - Requerimenlo 115/2011 e tramitafi:ao.

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N;;o

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MPF Ministerio PUblico Federal

SIGILOSO ~~ Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Anâlise - SPEA/PGR

Informa~âo N° 126/2015 - SPENPGR 28 de abdi de 2015.

ANExa 1 (Informa9ăo n° 128/2015 - SPEAlPGR)

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COMISSĂO DE FISCALlZAc;:ĂO FINANCEIRA E CONTROLE

REQUERIMENTO N°, DE 2011. (Da Senhora SOLANGE ALMEIDA)

Senhor Presidente,

Requer sejam solicitadas ao Tribunal de

Contas da Uniâo informa~6es sobre auditorias

teitas aos contratos do Grupa Mitsui corn a

Petrobras ou qualquer das suas subsidiărias no

Brasil ou no Exterior .

Nas termos regimentais, requeiro a Vossa Excel€mcia que, auvido o

Plenărio desta Comissâo, sejam solicitadas ao Tribunal de Contas da Uniâo

informa~6es sobre auditorias teitas aos contratos do Grupa Mitsui corn a

Petrobras ou qualquer das suas subsidiiuias no Brasil ou no Exterior.

JUSTIFICACĂO

Varios contratos envolvendo a construyao, operayao e financiamento de

plataformas e sondas da Petrobrâs, celebrados corn o Grupa Mitsui, contem

especula<;oes de denuncias de improbidade, superfaturamento, juras elevados,

ausemcia de Iicita9ăo e beneficiamento a esse grupa que tem coma coti sta o

senhor Julio Camargo, conhecido coma intermediario.

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Nesse contexto, requeiro que seja adotada providencia necessaria por

esta douta Comissao, a fim de acompanharmos, junto com o TCU, todo o

andamento dos referidos contratos e verificarmos a procedE'mcia de tais

denuncias.

Dessa forma, pec;:o, portanto, o apoio dos nobres Pares para aprovac;:ao

deste requerimento.

Salas das Sessiles, dia 07 de julho de 2011

Deputada Federal SOLANDE ALMEIDA

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- 28I04I2015 WoHW.camara.gov.br/proposicoesWeb/Ţ:l:opJmp?idProposicaG" 512019&adoo l&1p"com~e\a

REQ 114/2011 CFFC Requerimento

Situa~ăo: Arquivada

Identificac;âo da Proposic;âo

Autor Sergio Brito • PSC/BA, Solange Almeida • PMDB/RJ

Ementa

Apresenta~âo 11/07/2011

Requer sejam solicitadas ao Tribunal de Contas da Uniâo informa<;oes sobre auditorias feitas aos contratos do Grupa Mitsui com a Petrobras ou qualquer das suas subsidiarias no Brasil ou no Exterior.

Informac;oes de Tramitac;ăo

Forma de aprecia~âo Requerimento

Regime de tramlta~âo Ordinaria

• Ultima AC;ăo Legislativa

,. Data ;21/03/2012·

I - .- - - - -

A~âo 'Comissăa"de Fiscaiiza~âo Financeira e Ca-ntrale (CFFC) :,,\rgu~vc:d_o_ _ _ .. _ ..

--- __ .~--I

- - - _. - ~

Documentos Anexos e Referenciados

Avulsos

Destaqucs (O)

Emendas (O)

Legislac;ao Citada

Hist6rico de Pare(eres, Substitutivos e Votos (O) Recursos (O)

Mensagens, Oficios e Requerimentos (O) Relat6rio de conferencia de assinaturas

Hist6rico de despachos (O) Reda<;ao Final

Tramitac;ăo

rDat~ ~- - _. lA-;'da-m~~t~·--,

11/07/2011 - ~ComiS5âo -de·F;"5caliza~âa ·Finimcei;'a -e-Controle (CFFC) - - - -.-. ~ _. _...J. __ <-

• Apresenta<;âo do Requerimento n. 114/2011, pelos Deputados Sergio Brito (PSC-BAJ e Solange Almeida (PMDB-RJ), que: "Requer sejam solicitadas ao Tribunal de Contas da Uniao informa<;oes sobre auditorias feitas aos contratos do Grupo Mitsui com a Petrobras ou qualquer das suas subsidiarias no Brasil ou no Exterior".

03/08/2011 Camissâo de FiscalizaC;âa Financeira e Controle (CFFC) - 09:00 Reunlao DeUberativa • Aprovado

04108/2011 Comissâa de FiscalizaC;âo Financeira e Contrale (CFFC) • Enviado Oficio 52312011/CFFC-P para o Exmo Sr Benjamin Zymler, Presidente do Tribunal de Contas da Uniao, solicitando informa<;oes sobre auditorias feitas nas contratos do Grupo Mitsui com a Petrobn!is ou qualquer de suas subsidiarias no Brasil ou no Exterior.

10/0812011 Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira e Cantrole (CFFC) • Recebido Aviso n01229GPrrcu acusando o recebimento do Oficia 523/2011/CFFC-P que

"Solicita informa<;oes sobre auditorias feitas nos contratos do Grupo Mitsui com a Petrobriis ou qualquer de suas subsidiârias no Brasil ou no Exterior". Expediente autuado no TCU como Processo Te 026.125/2011-0

16/08/2011 Comlssao de FiscalizaC;ăa Financeira e Cantrale (CFFC) • Enviado ao Autor, c6pia do Oficio 554/2011/CFFC-P, que encaminha cOpia do Aviso

1229 GPfTCU.

01/11/2011 Comlssâa de Fiscaliza~ao Financeira e Contrale (CFFC)

http://\vww.camara.gov.br/p"oposicoesWeblpropjmp?idProposicao=S12019&ord'''1&tp=comple1a

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2810412015 www.camara.gov.brlpropasicoesWeblpropjmp?idProposicaa=512019&ord= 1 &tp=COOl~eta

.4 . Recebido Aviso nil 1560-5eses-TCU-Plenario, encaminhando c6pia do Ac6rdâo nil

.. 2747/2011 proferido nos autos do processo nQ TC 026.125/2011-0, acompanhado do .. Relat6rio e do Voto que o fundamentam.

09/11/2011 Comissao de Fiscalizac;ao Financeira e Controle (CFFC) • Enviado Oflcio nil 852/2011/CFFC-P il Deputada 50lange Almeida. encaminhando copia

Aviso nil 1560-5eses-TCU-Plenario. que encaminha copia do Acordao nil 2747/2011. proferido nos autos do processo TC nil 026.125/2001-0, acompanhado do Relat6rio e do Voto que o fundamentam.

21/03/2012 Comissao de Fiscalizac;ao Flnanceira e Controle (CFFC) • Arquivado

09/03/2015 Comissao de Fiscalizac;ao Financeira e Controle (CFFC) • Recebido Oflcio sin. do Dep. 5ergio Brito. solicitando a c6pia dos autos do REQ 114 e do

REQ 115. de 2011.

10/03/2015 Comissao de Fiscalizac;ao Financeira e Controle (CFFC) • Despacho do Presidente da CFFC: deferido o pedido do Dep. 5ergio Brito.

18/03/2015 Comissao de Fiscalizac;ao Financeira e Controle (CFFC) • Enviado oficio 29/2015/CFFC-P. ao Dep. 5ergio Brito. com copia dos autos dos

Requerimentos 114 e 115/2011.

ht!p:fiwww.camara.gov.br/ţw"oposicoesWeblprop_imp?idProposicao=S12019&ord=1&tp=compl.eta V2

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MPF Minislerio PUblico Federal

SIGILOSO .s.~ Procuradoria-Geral da Republica Gabinete do Procurador-Geral da Republica Secretaria de Pesquisa e Analise - SPEA/PGR

Informa~ao N° 126/2015 - SPEA/PGR 28 de abril de 2015 .

ANExa 2 (Informac;;ao n° 128/2015 - SPEAlPGR)

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COMISSÂO DE FISCALlZAyÂO FINANCEIRA E CONTROLE

REQUERIMENTO N°, DE 2011. (Da Senhora SOLANGE ALMEIDA)

Senhor Presidenle,

Requer sejam 50licitadas ao Ministro de

Minas e Energia, Senhor Edison Labao,

infarmaţ6es e copia do todos os contratos,

aditivas e respectivos processos licitat6rios,

envolvendo o Grupa Mitsui e a Petrobras e

suas subsidiarias no Brasil ou no Exterior.

Nas termos regimentais, requeiro a Vossa Excelemcia que, ou vida o

Plenărio desia Comissâo, sejam solicitadas aa Ministro de Minas e Energia,

Senhor Edison Labao, informag6es e copia do todos os contratos, aditivQs e

respectivas processos licitat6rios, envolvendo o Grupa Mitsui e a Petrobras e

suas subsidiarias no Brasil ou no Exterior.

JUSTIFICACÂO

Vârios contratos envolvendo a constrw;âo, operac;ăo e financiamento de

plataformas e sondas da Petrobras, celebrados corn o Grupa Mitsui, conlem

especulac;:oes de denuncias de improbidade, superfaturamento, juros elevados,

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ausencia de licitayao e beneficiamento a esse grupo que tem como cotista o

senhor Julio Camargo, conhecido como intermediario.

Nesse contexto, requeiro que seja adotada providencia necessaria por

esta douta Comissao, a fim de acompanharmos todo o andamento dos

referidos contratos e verificarmos a procedencia de tais denUncias.

Dessa forma, peyo, portanto, o apoio dos nobres Pares para aprovayăo

deste requerimento.

Salas das Sessiles, dia 07 de julho de 2011

Deputada Federal SOLANDE ALMEIDA

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2Ml4I2O,5 _.~~,."",.""'_i""'Webl"op_imPJ'ffi'i"""'AB9E54075FA4C604E808082B9AFC0701.,,_icOffiW"""""_i~~5'202O& ... (fie REQ 115/2011 CFFC Requerimento

Situa~ăo: Arquivada

Identifica~âo da Proposi.;âo

Autor Sergio Brito - PSC/BA, 50lange AJmeida - PMDB/RJ

Ementa

Apresenta~ăo 11/07/2011

Requer sejam soJicitadas ao Ministro de Minas e Energia. Senhor Edison lobao, informac;6es e c6pia do todos os contratos, aditivos e respectivos processos licitataria5, envolvendo o Grupa Mitsui e a Petrobras e suas subsidiiirias no Brasil ou no Exterior.

Informa.;oes de Tramitac;ăo

Forma de apreciat:;ao Requerimento

Regime de tramita«;ăo Ordinaria

ta Ultima AC;âo Legislativa

Data '05/03/2013

I ,At:;âo l' Coinissao de -Fiscaliza9io "Financeira e- Controle(CF"FC'f" - - -- ~ _. - _. DECISÂO DO PRESIOENTE DA CFFC: Determina o arquivamento deste Requerimentol

t~n_do. e,!!_",~tCl t~_r aJca_n~~~~ s~u ~bj~tiyo:.. _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1

Documentos Anexos e Referenciados Avulsos

Destaques (O)

Emendas (O)

Legisla~âo Citada

Histarico de Pareceres, Substitutivos e Votos (O) Recursos (O)

Mensagens, Oficios e Requerimentos (O) Relat6rio de conferencia de assinaturas

Histarico de despachos (O) Reda~ao Final

Tramita~âo

Data ...

11/07/2011

03/08/2011

'Andamento

-ComiSsao de Fiscaliza~âo Financ"eira e Conlrole (CFFC) • Apresenta~ăo do Requerimento n. 115/2011, pelos Deputados Sergio Brito (PSC-BA) e

Solange Almeida (PMDB-RJ), que: "Requer sejam solicitadas ao Ministro de Minas e Energia, Senhor Edison Lobao, informa~6es e c6pia do todos os contratos, aditivos e respectivos processos licitat6rios, envolvendo o Grupo Mitsui e a Petrobras e suas subsidiarias no Brasil ou no Exterior".

Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira e Conlrole (CFFC) ~ 09:00 Reunlâo Deliberativa • Aprovado

04/08/2011 Comissâo de Fiscalizac;âo Financeira e Conlrole (CFFC) • Enviado Oficio 525/2011/CFFC-P a Mesa solicitando numerar e encaminhar ao Sr.

Ministro das Minas e Energia, o Requerimento de Informa~6es. O RIC recebeu o numero 878/2011

23/09/2011 Comissâo de Fiscalizac;âo Financeira e Conlrole (CFFC) • Recebido o Oficio 2830/11 da Iii Secretaria encaminhando o Aviso 191/2011/GM-MME

do Minisb!orio das Minas e Energia solicitando dilata~ao de prazo para entrega de resposta ao RIC 878/2011

08/11/2011 Comissâo de Fiscaliza~âo Financeira e Controle (CFFC) • Recebido Oflcio li! SeC/RIjn!;! 3353/2011, da Primeira-Secretaria desta Casa,

encaminhando c6pia do Aviso nil 231!2011/GM-MME, do Ministerio das Minas e Energia, em resposta ao Requerimento de Informa~ao n2 878/2011, de autoria desta Comissao,

http:/MViw.camara.gov.br/proposicresWeb'propJ mpJsessiood=AB9E54075F MC604E808082B9AFC0701.proposicoesWeb2?idProposlcao=51202O&ord.. 1/2

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2.04/2()15 _.~m,,,,,,,."'I~_i,,,,,W_,,,jmp;i'ffi,i"""'AB9E54075FMC604E""""""9AFC0701.~_i=W"""P,,,,,,,,i~51202O& ... 6f fruto deste Requerimento.

28111/2011

05/03/2013

09/03/2015

10/03/2015

18/03/2015

Comissao de Fiscalizac;;âo Flnanceira e Contrale (CFFC)

• Enviado Oficia n. 905/CFFC-P ao Deputado 5ergio Brito, encaminhando o Oficia 1~ Sec/Rl/nQ 3353/11, da Primeira-Secretaria desta Casa e seus anexos.

Comissâo de Fiscalizac;;âo Financeira e Contrale (CFFC)

• DECI5ĂO DO PRESIDENTE DA CFFC: Determina o arquivamento deste Requerimento tendo em vîsta ter alcam;ado seu objetivo.

Comissâo de FiscalizaC;âo Financeira e Contrale (CFFC) • Recebido Oficia sin, do Dep. 5ergio Brito, solicitando a copia dos autos do REQ 114 e do

REQ 115, de 2011.

Comissao de Fiscalizac;:âo Flnanceira e Contrale (CFFC) • Despacho do Presidente da CFFC: deferido o pedido do Dep. Sergio Brita.

Comissao de Fiscalizac;:ao Financeira e Contrale (CFFC)

• Enviado Oficia 29/2015/CFFC-P, ao Dep. Sergio Brito, com c6pia dos autas dos Requerimentos 114 e 115/2011.

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Coordenadoria de Processamento Inicial SeQăo de Recebimento e Distribui«âo de Originarios

AC 0° 3.865

CERTIDĂO

Certifica, para os devidos fins, que, nesta data, nas dependemcias do

gabinete do Ministro Relator, procedi el autuacao e distribuicăo deste

processo, por prevengăo ao Senhor Mlnistro Teori Zavascki, em face do

vfnculo com o Inq n° 3.983, com as cautelas de sigilo previstas no art. 230-

C, §2°, do RISTF.

Brasflia, 4 de maio de 2015.

~-r Lessana Dias do Carmo - Mat. 1974

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TERMO DE RECEBIMENTO, REVISĂO, AUTUACĂO E REGISTRO DE PROCESSO

ESTES AUTOS FORAM RECEBIDOS, REVISTOS, AUTUADOS E REGISTRADOS EM MEIO MAGNETICO NAS DATAS E COM AS OBSERV AC;OES ABAIXO:

A~ĂO CAUTELAR 3865 PROCED. : DISTRITO FEDERAL DISTRIBUlr;ĂO EM 04/05/2015 QTD.FOLHAS: 62 QTD.VOLUME: 1 QTD.APENSOS: O JUNcADAS: O RELATOR(A): MIN. TEORI ZAVASCKI DT ENTRADA: 04-05-2015

COORDENADORIA DE PROCESSAMENTO INICIAL,

MO DE CONCLUSAO TER lu~OS ao(a)

COfle .> , )

este5 autoS 1) Min\strO\"3 fa:;O ) '~enhor\a ExcelentissimO(8 . Re\ato r. 4. 111at't.9 2015.

BraSHia'.a ~ do carmo _19/4

LesSana

ANALIST A JUDICIARIO

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Supremo 7h6utl(l{Peaera{

ACAo CAUTELAR 3865 RELATOR: MIN. TEORI ZAVASCKI REQTE.(S): MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC.(AlS)(ES): PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA

DECISAo: 1. Trata·se de requerimenta farmulada pela Procuradar-Geral da Republica abjetivanda recalher, na setar de informatica da Cămara das Deputadas, elementas de prava tendentes a camprovar a participa<;âa da Deputada Federal Eduarda Cunha em supasta "esquema de obteny8o de vantagens indevidas, no contexto de contratos de aluguel de navias-sandas en/re SAMSUNG e PETROBRAS, cam in/ervenqăa da MITSUE' (fI. 3).

2. Em sua manifestag8.a (fis. 2-26), a Pracurador-Geral da Republica sustentou, em sintese:

"No que importa especificamente ao presente requerimento, tenha-se em destaque a injunc;ăo do investigado sobre o empresario JULIO CAMARGO, para que retomasse a efetuar os pagamentos da vantagem indevida, interrompidos por determinado perfodo.

Segundo relatado por ALBERTO YOUSSEF a estrategia adotada por EDUARDO CUNHA para que JULIO CAMARGO retomasse o pagamento de vantagens indevidas - que era intermediado por FERNANDO BAIANO - foi a de formular requerimentos perante comissâo da Câmara dos Deputados de informa!1oes a respeito de contratos firmados por JULIO CAMARGO e suas empresas com a PETROBRAS. Ainda de acordo com ALBERTO YQUSSEF a estrategia surtiu efeito, e os pagamentos foram retomados.

[ ... [ No cursa do inquerito em epfgrafe, veio aos autos a

informac;âo de que a Deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), aliada politica de EDUARDO CUN HA, formulou, em julho de 2011, com o Deputado Sergio Brito (PSC/BA), dois requerimentos perante a Comissăo de de Fiscalizagăa Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados, para que fossem expedidos oficios ao Ministerio de Minas e Energia e ao Tribunal de Contas da Uniâo salicitando informagoes sobre 'contratos do Grupa Mitsui com a • Petrobras ou qualquer das suas subsidiârias no Brasil ou no ExteriOV

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Os requerimentos foram v8iculados pela Deputada Solange Almeida no SILEG, sistema informatizado da Câmara dos Deputados para a tramitac;ăo de requerimentos e quaisquer propos'l(foes farmuladas por parlamentares daquela casa. [ ... J

O Deputado S8rgio 8rito, que tam bem figura coma autor dos requerimentos, assinou, corn a Deputada Solange, a versăo impressa dos arquivos, que, coma de praxe naquela casa legislativa, El tambem apresentada perante a comissâo respectiva. Mas a insergâo do requerimento do SILEG, repita-se, foi feita pela Deputada Federal Solange Almeida (atual prefeita de Aia Bonito/RJ).

[ ... [ Em 05.03.2015, o Deputado Federal EDUARDO CUNHA

compareceu espontaneamente a 'CPI da Petrobras' instaurada pela Cămara dos Deputados e declarou, em resumo, que desconhecia tais requerimentos e quem deveria responder sobre estes era Solange Almeida.

Sucede que, em reportagem publicada em 28.04.2015 pelo peri6dico Folha de Saa Paulo, noticiou-se que os arquivos eletr6nicos correspondentes aos requerimentos formulados por Solange Almeida registram como autor (ou seja, como pessoa responsavel pela elaboragao dos arquivos) o Deputado EDUAROO CUNHA ( <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/04/16220 1 Q-registro-eletronico­da-camara-reforca-susperta-contra-cunha.shtml>, acesso em 30.04.2015).

Momentos depois da publicagâo da reportagem da Folha de Saa Paulo, divulgou-se na imprensa que EDUARDO CUNHA acabara de demitir o Oiretor do Centro de Informatica da Cămara dos Deputados, Luiz Antonio Souza da Eira ( < http://g1.globo . com/pol iticaJnoticia/20 1 5/04/eduardo-cu nha -d emite-chefe­da-area-de-in10rmatica-da-camara.html>, acesso em 30.05.2015). A razâo da demissao declarada por EDUARDO CUNHA, ainda conforme amplamente divulgado pela imprensa, teria sido o fato de que funcionarios do setar de tecnologia da informagao nâo estariam cumprindo a carga horâria de 40 horas semanais prevista em lei.

Coma diligencia do inquerrto 3983, o Ministerio Publico Federal ouviu Luiz Antonio Souza da Eira no dia 28.4.2015 na Procuradoria­Geral da Republica. As referidas declarag6es constam como anexo do presente requerimento em original.

[ ... [ Sublinhe-se que os arquivos dos requerimentos

constantes no sitio da Cămara dos Deputados em formato .pdf efetivamente registram em seus metadados, no campo autor, 'Dep. Eduardo Cunha'

[ ... [ As informagăes prestadas por Luiz Antonio Souza da

Eira, a seu turno, reforgam as suspeitas de que os arquivos foram de autoria do Deputado Federal EDUARDO CUNHA e apenas inseridos no SILEG pela entâo Deputada Federal Solange Almeida".

3. Requer, em slntese: (a) autuagao slgilosa e tramitagao sob segredo de justiga; (b) requisigao por mandado, para atendimento imediato, de informaIYoes a serem colhidas "medianfe cerlidao e exfrafos disponiveis dos sisfemas de informar;8o relevanfes e c6pias e meio elefr6nico (quando for o caso), devendo o acesso a eles ser efefuado na presenqa do Oficial de Jusfir;a a quem o mandado for disfribuido e sob a supervisao direfa do afuat Direfor do Centre de Informatica da Camara dos Deputados (Paulo Henrique Alves Araujo)"" (fI. 23); e (c) "que seja autorizada a designay80 de um membre e dois servidores da area de Informatica do Ministerio Publico Federal para acompanhar a diligencia" (fis. 25-26).

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4, Elementos indiciarios colhidos previamente indicam o possivel envolvimento do parlamentar nominado, conforme o dominus litis, "na esquema de obtenqăo de vantagens indevidas, no contexto de contrafos de aluguel de navios-sondas entre SAMSUNG e PETROBRAS, com intervenqao da MITSUE", O Ministerio Publico, na busca da lormagăo de sua opinio delicti, demonstra que a medida ora requerida e imprescindivel para "afastar qualquer duvida em relaqao a real autoria dos requerimentos n, 114/2011 CFFC e n, 11512011 CFFC" (fi. 20), Ademais, a solicitagăo do Procurador-Geral da Republica evoca devidamente os requisitos de cautelaridade da medida, Alem de bem de linear indicios concretos da prâtica descrita, demonstra que a demora na obtengăo lidedigna dos dados pretendidos pode acarretar que sejam "destruidas, alferadas ou suprimidas provas, especialmente os registros do sistema SILEG e outros dados mantidos pela area de Tecnologia da Informagăo da Câmara dos Deputados (coma log5 de acesso de usuarios 80

sistema Active Directory)" (II. 21), Dai a necessidade de expedigăo de mandado "ao Direfor-Geral da Câmara dos Depufados ou a quem Ihe far;a as vezes (Praqa dos nes Poderes, Camara dos Oeputados, Brasilia - OF - CEP 70160-900) de que fomeqa imediatamente, a vista da apresentaqăo do mandado, os seguintes dados, medianfe certidăo e extrafos disponiveis dos sisfemas de informar;ăo relevanfes e c6pias e meio eletronico (quando for o casa), devendo o acesso a eJes ser efetuado na presem;a do Oficial de Justiqa a quem o mandado for distribuido e sob a supervisao dire ta do atual Diretor do Centro de Informatica da Câmara dos Oeputados (Paulo Henrique Alves Araujo)".

5, Ante o exposto, delira o requerimento nos termos lormulados pela Ministeria Publica as fis. 21-26, com as especificar;oes de fI. 23, "a-n", observada a incidencia da regra do art. 230-C, § 2°, do RISTF.

Expega-se mandado, com copia de Ils, 23-26, para cumprimento integral mediante certidăo pormenorizada.

Intime-se. Brasilia, 4 de maio de 2015 .

Ministro TE RI ZAVASCKI Relator

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S T F 102.002

AC3865

CERTIDAO

Certifica que, nas dependencias do gabinete de Sua Excelemcia o

Senhor Ministro Teori Zavascki, Relatar, nos termos da decisao

proferida em 4 de maio de 2015 nos autos em referencia, elaborei 1

mandado de intimat;ao (PGR) e 1 mandado de requisic;ao, a ser

cumprido na Câmara dos Deputados.

LOid~lva Chave,

Matricula 2580

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CERTIDĂD

AC 3865

Certifice que, nesta data, nas dependencias do gabinete do Ministro Relatar, intimei a Procuradoria-Geral da Republica, na pessoa do Or. Eduardo Botao Pelella, do teor da decisao proferida em 04/05/2015, nos autos do processo em epigrafe. Tuda nos termos do mandado cuja copia segue anexa.

Brasilia, 04 de aio i:le 2015.

FABI {d.IRA A~i~Ula 2535

I

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SIGILOSO •

MANDADO DE INTIMAyAO

Extraido da AGao Cautelar n 2

3.865, pa~a intimaGao do Ministerio Publica Federal, na pessoa do Procurador­Geral da Republica, Doutor Rodrigo Janat Monteiro de Barros, na forma abaixo:--------

o MINISTRQ TEORI ZAVASCKI, RELATOR,--------------------------------

M A N D A

que o Oficial de Justic;:a intime o Ministerio Publica Federal, na pessoa do Procurador-Geral da Republica, Dautor Rodrigo Janat' Monteiro de Barros, ou na de Quem as vezes deste fizer, do inteiro teor da decisao proferida em 04 de maia de 2015, cuja copia segue anexa.-------------------------------------------------------------

DADQ E PASSADO na Secretaria do Suprema Tribunal Federal, em 04 de maio de 2015.-----------------------------------------------------

,

Ministro TE RI ASe Relator 30

3509

5787

8 In

q 39

83

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TERMO DE JUNTADA

Nesta data, nas dependencias do gabinete do Ministro Relatar, junto a estes autos o Mandado de Requisj~ao que segue, devidamente cumprido, acompanhado dos seguintes documentos:

- Oficios n' 59/2015-DG; 62/2015-DG e 63/2015-DG, todos da Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados;

- Uma midia digital do tipa DVD-RW.

Brasflia, 06 de

FABIA O MOREIRA Mltricula 2535

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"

SIGILOSO

MANDADO DE REQUISI9AO

Extraido da Petiyao n Q 3.865, em que e autor o Ministerio Publica Federal:------------------------

o MINISTRQ TEORI ZAVASCKI, RELATCR,--------------------------------

MA N D A

que o Oficial de Justi<;a requisite ao Diretor-Geral da Câmara dos Deputados, ou a quem as suas vezes fizer, que forne<;a imediatamente, a vista do presente mandado, os dados indicados pela procuradoria-Geral da Republica as fIs. 23-26 dos autos (c6pia anexa) , nas termos ali indicados e conforme deferido na decisao de 4 de maia de 2015, cuja reprodu<;ao acompanha este expediente.-----­DADO E PASSADO na Secretari a do Suprema Tribunal Federal, em 4 de maia de 2015.------------------------------------------------------

Ministro TE~~~Z~A~V;A~S~C~K~Ic-----Relator

Ilosc

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CERTIDĂO

Certifica que me dirigi nesta Capital ă Cămara dos Deputados, Anexa II,

Gabinete do DIRETOR-GERAL DA cĂMARA DOS DEPUTADOS,

acompanhado de membros do MPF e MPDFT e um tecnico em

Informatica do MPF. no dia 04.05.15 e, as 19h20min, procedi â

REQUISIC;ĂO dos dados indicados pela PGR as Ils 23-26 da Peti9ao

3865 que foi efetivada nos seguintes termos, pelo Dr. SERGIO

SAMPAIO CONTRElRA DE ALMEIDA, que, ciente da ordem, assinou o

referido mandado: 1) as 19h30 do dia 04.05 o Sr. Diretor Geral da

Câmara dos Deputados detenninou ao chefe da TI, o Sr. Paulo Henrique

• Alves, que imediatamente prosseguisse no cumprimento da ardem; 2) as 19h50, o Sr. Femando Torres, servidor da Casa, por determina~âo do

Sr. Paulo Henrique, deu inîcio aos procedimentos sob a supervisao dos

membros do MPF e MPDFT e do tecnico em lnformâtica do MPF; 3) Em

face da demara do procedimento, as 20h40 deslocamos para um outro

setor para obten~ăo de mais dados - Coordena~ăo de Administra~ao de

Infraestrutura de TI; 4) No local, o Sr Sebastiao, Diretor da referida

coordena~ăo, iniciou a baixa de dados do dia 05 a 15.07.2011 conforme

acertados corn os membros do MP; 5) E.m face da demara, pela propria

natureza da opera~ăo que terminau parcialmente âs 23h10, foi

acertado pelos membros do MP e os tecnicos da Câmara o retorno no

e dia 05.05.2015, para obten~ao dos demais dados, haja vista que os

computadores iriam processar as informa~6es restantes durante todo o

periodo noturno corn previsăo para termino apenas no periodo da tarde

do referido dia 05. Questionei ao tecnico em informatica do MPF se o

procedimento realmente demoraria tanto, o que foi confirmado que sim,

por se tratar da extra~ăo de inumeras informa~ăes. Foi emitido oficio

59/2015 em anexo; 6) No periodo da tarde do dia 05.05 em contato corn

o Sr. Paulo Henrique Alves, foi-me informado que o procedimento ainda

encontrava-se em andamento corn horârio provâvel para termino âs

18h; 7) Os membros do MPF e MPDFT juntamente corn o Tecnico de

lnformâtica do MPF estavarn cientes da demara em face do enorme

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numero de dados a serem coletados. Novamente o tecnico em

informâtica do MPF informou que a longa demora faz parte do

procedimento de coleta de informa~6es pela complexidade das

opera~6es; as 15h07 informei o Dr Bosco, Secretârio Judiciario, a

respeito do andamento da diligencia; as 16h50 foi-nos informado, pela

chefe da TI da Cămara dos Deputados, que 70% do processamento

estaria pronto; as 19h30 o trabalho de copia de arquivos foi efetivado;

as 19h45 os servidores da Câmara, Sr. Lucio, Dr. Paulo, Sr Newton e o

tecnico de informatica do MPF procederam a anâlise dos dados

constantes do CD para confirma~âo da inexistencia de qualquer defeito

na midia. Tudo realizado na presen~a deste Oficial de Justi~a. O tecnico

• do MPF me confirmou que o CD estava em perfeitas condi~6es. Foram

produzidos entâo os oficios de numero 62 e 63, em anexo, juntamente

corn o CD. Participaram das diligencias os membros do Ministerio

PUblica - Dr. Gilberto Guimarâes Mendes Junior; Dr. Sergio Bruno

Cabral Fernandes; Dr Daniel de Rezende Salgado e o Tecnico em

informatica, o Sr. Hugo Bastos Weler.

Brasilia, 05 de maia de 2015, â

Oficial ti~a Federal

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CÂMARA DOS DEPUT ADOS Diretoria-Geral

Oficia n.O 59 /2015-0G

Excelentissimo Senhor Ministro,

ATEC-DG

FI. ___ I

Rub.

Brasilia (OF), 4/5/2015.

Informo que recebi, por oficial de justir;a, o r. Mandado de

Requisi9âo de Vossa Excelencia, nesta Casa Legislativa protocolizado sob o n.o

2015/120649-CO, na qual se determinau a esta Oiretaria-Geral fassem farnecidas as

infarma90es requisitadas pela Parquet Federal em face da Peti9âa n.o 3.865, da

Ministeria Publica Federal.

Nesse sentida, tai qual determinada par Vassa Excelencia,

elucido que ao assegurar o livre acesso as informar;5es requestadas na referida

Caute Iar assegurei fosse a diligencia em questâo supervisionada diretamente pelo

atual Diretor de Informatica da Cămara dos Deputados, servidor Paulo Henrique

Alves Arauja.

As informa95es fornecidas pela referido servidor foram as

seguintes:

Assunta: Mandada de Requisi9âa - A9aa Cautelar 3865

Em atendimento ao Mandado de Requisiryao da ar;ăo cautelar 3865, fis. 22 a 25,

apresentamos as informar;Oes obtidas no Sistema de Informar;oes Legislativas - SJLEG, no Sistema

Autenticador de Proposir;oes. e no servir;o de administraţăo de usuarios da RedeCClmara (Active

Directory). Dilig~ncia realizada no dia 04/05/2015 entre 19h50 e 23h30.

Item a) Data em que foram inseridos no SILEG, em formato .doc

114/2011 CFFC e n.11512011 CFFC.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

Diretoria-Geral

4Sf ~ ATEC-DG

FI·_~_I

Rub.

Conforme informaeOes de atividades do sistema Autenticador de ProposieOes, o Requerimento n

114/2011 CFFC foi inserido em 07/07/2011 14:36:30.

o Requerimento n 115/2011 CFFC foi inserido em 07/07/2011 14:37:20.

Item b) Data em que foram eonvertidos, do formato original .doe para o formato .pdf , os

requerimentos n.114/2011 CFFC e n.11512011 CFFC

Ap6s anâlise dos documentos recebidos pela sistema SILEG em 11/07/2011, data de apresentayăo

do Requerimento n 114/2011 CFFC e do Requerimento n 115/2011 CFFC, identificou-se que todos os

documentos Word apresentados naquela data foram convertidos para o formata PDF em 10/08/2011.

Item e) Data em que foi implantada a rotina de conversio automatica, do formato .doc (word)

para o formato .pdf, de documentos legislativos inseridos no SILEG;

Năo temos registros exatos da implantayăo da rotina de conversâo automatica, mas podemos afirmar

que a rotina entreu em funcionamento no primeiro semestre de 2011, em fase experimental. A rotina

ficou inoperante em alguns perfodos de 2011 para ajustes dos componentes. Os documentos Word

da base de dados do SILEG, com mais de um milMo de registros, foram convertidos gradativamente

em diversas datas em 2011.

Item d) Tempo (aproximado) gasto para a conversăo, para o formato .pdf, dos arquivos

inseridos em formato .doc no sistema SILEG nos meses de julho e agosto de 2011

Năo temos registros do tempo gasto para a conversâo de Word para PDF dos documentos do SI LEG

nos meses de julho e agosto de 2011, uma vez que este tipa de operacâo nao gera registro de

atividade (1095) no sistema.

• Item e) Data em que foram convertidos, do formato original .doc para o formato .pdf,

quaisquer outros requerimentos ou proposi~6es inseridos no SI LEG 00 dia 11.07.2011

Pela analise dos documentos recebidos pela sistema SILEG em 11/07/2011, identificou-se que todos

os documentos Word apresentados naquela data faram convertidos para o formata PDF em

10/08/2011. A rotina de conversâo de formata Word para PDF altera a data de criaeâo do documenta,

substituindo pela data da conversaD do documenta.

Item f) Formato de cadastramento, em 2011, do usuario do sistema Active Directory Eduardo

Cosentino da Cunha (Deputado Federal) e todos os dados de registro do referido usuario

Nâo dispomos de back-up com registro do sistema Active Directory no ano de 2011. Foram fornecidos

os dados existentes atualmente no sistema Active Directory .

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CÂMARA DOS DEPUT ADOS Diretoria-Geral

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D_55300 Dep. Eduardo Cunha GAB. EDUAROQ Cill\m

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\oIbenCreated : 2W1J2003 15:52:22

ATEC-DG

FI' ___ I

Rub.

Item g) Certidâo positiva ou negativa sobre eventual modificat;âo dos arquivos originals (em

formato .doc) dos requerimentos n. 114/2011 CFFC e n. 115/2011 CFFC desde sua inse~âo no

SILEG, especialmente em seus metadados;

Necessidade de execur;âo de rotina de verificar;âo do c6digo hash no arquiva Ward armazenada em

banca de dados. Conclusăo prevista para 05/05/2015.

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CÂMARA DOS DEPUT ADOS

Diretoria-Geral

ATEC-DG

FI' ___ I

Rub.

Item h) impressoes das telas do sistema autenticador dos requerimentos n.11412011 CFFC e n.

115/2011 CFFC;

Aut .. nlicad .. , de Documentoc I Doc"""",tot par .. Suhsc,iţl5o I Pes,uiw da Doeumantm I

1ipo de Occcnenlc'

r.~I~';"'j.~

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CÂMARA DOS DEPUT A06s Diretoria-Geral

!!!!!! Autentiatd"" - Gabinete

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Docummlo 75711DCB25

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CÂMARA DOS DEPUT ADOS Diretoria-Geral

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CAMARA DOS DEPUTADOS

Diretoria-Geral

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P_6495 !!.ndru Christina de Souza Bart:elos Meml.l's DEPARTAMENTO DE COMiSsOES

Password lasI sri 19/11/201400:34:16 Pa5S\01Ji'd expires lWJf201508:34:16 Passwmd cbmgeable 19/111201408:34:16 Password requi.red Ve:; User ~ change pi!SS\'-ord Yrs

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The command complete-d SllCCe.>5fully.

~ated : 200i12002 12:11:15

9JJ~~ ATEC-DG

FI' ___ I

Rub.

Item I} C6pia dos arquivos origlnais, em melo eletronico, em formato .doc (word), que estio

disponiveis no SILEG, dos requerimentos n.114/2011 CFFC e n.115/2011 CFFC. informando os

c6digos hash destes arquivos

Arquivo TMP20150504221237.doc (c6digo hash C2C2155255) entregue.

---------+--.~w

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CÂMARA DOS DEPUTADOS Diretoria-Geral

Infonna<;6es sobre o(a) TMP20150504221237 (:\Users\P _6417\AppD;rta\l"".l\ T tmp\ TMP2O:I505042Zl m .DOC

Converter

&il Prot~ger

Documo:nlo· ----_.

@ V~rificando

Probl~m", •

MCldCl de Compiltibilidilde

Aiguns recursos no,,,,. Bt40 d~bilitado. per~ evit~r probltm~. ~otr~b~lhşr COm ~usi5es ~nteriore, do ()fflce. Con ... erter eSle .r'lUNO habtlitorâ sses ,"cur"". m~. poderJ resultar tm .ltEIOSlles ne layau!.

PerminOH Qu.l'Iuer pe5W. pode abrir, copiar e .~e'M gll.lqu"," parte deste dc~umento.

Preparar p"iI CClmpilrtilhilmento

Antes de <omp.rtilh~r este ar'luivo, ""ib. que de <eritem: Proprifdad~ do do<um~to e ncme do autor

O conte~do nSo pode servcrific3dc qu.nto" probl~m,s de "ce<"bilid~de d","do ~o tipo de .rqui~o atu.1

Verso" :I.;J Năo hIi nenhuma ~"",llo anterior cleste arqui~o.

Arquivo TMP20150504220749.doc (c6dîgo hash 75711 DCB25) entregue .

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CÂMARA DOS DEPUT ADOS Diretoria-Geral

Informa,oes sobre o(a) TM P20150504220749 C:\U, ... \P .6011 TlAppDm\leul\ T emp\TMP20150504110749.DOC

Prcle9~f

Documentc'

Verifiundo Problem., •

G~~nci",

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Moda d~ Comp;rllbUidade-

Algun$ 'eturso, nOVO! ertilo de,abilit.do. pa,a "",t" p'Obltm .. ,ot .. b.lha, com 'Ie,,6 ... In\""o'e, de Oft,ce, Cenverter eHe "'Clti"'O h.bil,t ... e" •• ,ecu,<o .. m., pod.,. ,.,,,!tiI,.m .lter.,c., ne I.}'CU".

PennissOes Q".lquer p ... ,o~ pede .bri., copi., e ~~er" Q",lq" .. p.rt. d~te documento.

Prep;orar parii Comp,rtillli'mento Anle< d. tomp"rti~' tsU arquivo, •• ib. que ele centem: + Prep,i.d.de, do documento e nom~ do I"to'

O conloudo nilo ped. ,e,v",if".d~ qti.n!o I p,<,blem., d. a,."ibilid.d. d"";do M tipa de ""'","", ot".1

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Obs: A operayâo de obtenyao dos arquivos Word em banco de dados e a respectiva gravayâo em

disco alterou os c6digos hash dos arquivos fornecidos.

Item j) Copia dos logs de acesso, em meio eletr6nico, do usuario do sistema Active

Directory Eduardo Cosentino da Cunha (Deputado Federal) para os meses de malo, junho e

julho de 2011 (estes logs de acesso estâo guardados na infraestrutura do Centro de

Informatica da Câmara dos Deputados, em storage ou fita)

Fornecidos os logs de acesso do per{odo de 05 a 15 de julho de 2011. Os logs dos perfodos

restantes estâo sendo recuperados do ambiente de Back-up e a previsâo de entrega e 05/05/2015.

Item 1) Copia dos logs de acesso, em meio eletr6nico, da usuaria do Sistema Active Directory{)

Solange Almeida (Deputada Federal) para os meses de maio, junho e julho de 20.11 (estes log Jvlw =6

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de acesso estio guardados na infraestrutura do Centro de Informatica da Cămara dos

Deputados, em storage ou fita)

Fornecidos os logs de acesso do perlodo de 05 a 15 de julho de 2011. Os logs dos perlodos

restantes estăo sendo recuperados do ambiente de Back-up e a previsâo de entrega e 05/05/2015.

Item m) Certidăo positiva ou negativa de que as datas e horas de cria~ăo dos

arquivos originais (em formato .doc) dos requerimentos n. 114/2011 CFFC e n.

• 115/2011 CFFC correspondem a datas e horas em que o usuario Eduard"

Cosentino da Cunha (Deputado Federal) estava logado no Sistema Active

Directory da Câmara dos Deputados

Certifica que foram identificados registros que atestam que a usuario Eduardo

Cosentino da Cunha (Deputado Federal) esteve tagada no Sistema Active Directory

da Câmara dos Deputados no dia 07/07/2011. Nâo foram. entretanto. identificados

registros de logon no horMa entre 12:02 e 12:05 (Logs apresentados - item j) .

Item n) Certidăo positiva ou negativa de que as datas e horas de cria~ăo dos

arquivos originais (em formato .doc) dos requerimentos n. 11412011 CFFC e n.

115/2011 CFFC correspondem a datas e horas em que a usuăria Solange

Almeida (Deputada Federal) estava logada no Sistema Active Directory da

Câmara dos Deputados

Certifica que năo foram identificados registros que atestem que a usuaria Solange

Almeida (Deputada Federal) estava tagada no Sistema Active Directory da Câmara

dos Deputados no dia 07/07/2011 entre 12:02 e 12:05. (Logs apresentados - item 1).

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CÂMARA DOS DEPUT ADOS Diretoria-Geral

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Outrossim, conforme ressaltado pelo Senhar Diretar de

Informatica, Paulo Henrique Alves Araujo, as informal'oes restantes tem prazo de

entrega para o dia de amanha, 5/5/2015.

Respeitosamente,

!tLt Sergia Sampaia Contreiras de Almeida

Diretor-Geral

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CÂMARA DOS DEPUTAOOS Diretoria-Geral Processo: 201S/120.649-CD Interessado: Ministro Teori Zavascki

Oficio n.O 62 /2015-DG

Assunto: Mandado de Requisi~ăo - A~o Cautelar 3865

Excelentissimo Senhor Ministro,

ATEC-DG

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Brasilia (OF), 5/5/2015.

Em complementa as informa90es prestadas por meia do Oficia

59/2015-DG. de 4/5/2015. em atendimento ao Mandado de Requisi~ăo da A~ăo

Cautelar N. o 3865, apresento informa~oes complementares que me foram trazidas

pelo Centro de Informatica da Cămara dos Deputados no dia de hoje. obtidas no

Sistema de Informa~oes Legislativas - SILEG e no Sistema Autenticador de

Proposiţoes, nos termos que se seguem:

Item g) Certidăo positiva ou negativa sobre eventual modificaţâo dos arquivos originais (em

fonnato .dac) dos requerimentos n. 114/2011 CFFC e n. 11512011 CFFC desde sua inserc;::lio no

SI LEG, especialmente em seus metadados;

Recuperados registros de atividades (log5) do sistema Autenticador. Nao constam registros de

alterayOes realizadas nos arquivos em formata Word, por meio do sistema Autenticador, nos

requerimentos n. 114/2011 CFFC e n. 115/2011 CFFC. Os documentos em formato Word 5130

mantidos no banco de dados do sistema Autenticador ate o momento da apresentac;âo do documento

no 6rgao de destino (Mesa, Comissâo, etc).

Recuperados registros de atividades (Iogs) do sistema SI LEG. Nâo constam registros de alterac;Oes

realizadas nos arquivos em formato Word, por meio do sistema SILEG, nos requerimentos n.

114/2011 CFFC e n. 115/2011 CFFC. Os documentos em formato Word sâo transferidos do banco de

dados do sistema Autenticador para o banco de dados do sistema SILEG no momento da

apresentac;âo do documento no 6rgâo de destino (Mesa, Comissâo, etc).

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CĂMARA DOS DEPUT ADOS

Diretoria-Geral Processo: 201S/120.649-CD Interessado: Ministro Teori Zavascki

ATEC-DG

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Realizada verificacăo do c6digo HASH dos arquivos em formata Word, armazenadas no banca de

dados do sistema SI lEG, dos requerimentos n, 114/2011 CFFC (c6digo C2C2155255) e n. 115/2011

CFFC (c6digo 75711 DCB25), Sobre o c6digo HASH:

• Gerado no momente de insergâo do documenta Word no sistema Autenticador;

• Utilizado como identificador do documenta no sistema Autenticador;

• lmpresso no formata de c6digo de barras pela sistema Autenticador;

• Utiliza algoritmo de eoditiea,ăo CRC (CYCLlC REDUNDANCY CHECK).

e A verificayăo realizada em 05f05/2014, as 9h16, corn o usa de programa de verificacăo de integridade

dos documentos do sistema SILEG indicau que os documentos em formato Word dos requerimentos

n. 114/2011 CFFC e n. 115/2011 CFFC apresentam o mesmo c6digo gerado no momento da inclusăo

dos documentos no sistema Autenticador, indicando que os documentos permanecem sem alterayăo

de conteudo e metadados desde a inclusăo no sistema autenticador ate a presente data.

,-------------------- :" --- - - - - - - - - - -- -- - - - - - --

Inrorm~cOe$ do Arquivo Au!enl:ic~-----­

COOlgO do Arqojvo Autenlic~do:

IC2C2155255

Ob1: 01 dois ullimo1 digitos setao doscon1idelatlo1_ pois1âo infOfm~iiel de data/hora de pmcenamento do atquivo. I

Dado$ do ArQuivo ------ -l Hash Inidal doArqlivo em Banco de Oados:

C2C21552

i ! Cod~~~~~~~~ăo: I L::=----'_=-===-c-.·. -cc=_ -:.c-==--:::--:- ---==:..: _ '-:=-=C:~ c

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l,t::] Inm Assmatura ----- - - ------------- $' x

. .-- ------- -- - - --; :-1 n/ormacoes do Arqu"lvo Autenticado ----

I Codigo doArquivoAlJtenticado:

175711OC825

I ["-ve;~;;;;"H~Şti- -'''11 • "_"0"""""'.""""""""""').

Versăo 1.0.0

Obs: O. doi. ul1imol digitol .eria dcsconsidcrudOI. poi. 150 inlolmat;OeI de data/hOla de proceulImenio do arquivo.

I -DadosdoArquivo------~ __ ..... ______ _ -----. 1

; , i

Ham lnicilll doArquivo em Banca de Dados:

75711DC8

Codigo Ap6s li I'alidacao:

75111DC8

Corn base nas analises realizadas nesta data:

Certifica que o conteudo e metadados dos arquivos originais em formata Word dos requerimentos n,

114/2011 CFFC e n. 115/2011 CFFC năo foram mod'lficados desde a inser960 no sistema

Autenticador ate a presente data.

Elucido, por fim, que o Centro de Informatica desta Casa

Legislativa continua processando as informar;ăes requestadas por Vossa Excelencia,

atinentes aos itens J e L, que continuam pendentes, com prazo de previsăo para o

termino de processamento no dia de hoje .

Respeitos~a!!DJaote.,....~

s ra' o

Sergio Sampaio Contreiras de Almeida

Diretor-Geral

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CÂMARA DOS DEPUT ADOS

Diretaria-Geral Processo: 201S/120.649-CD Interessada: Ministro Teori Zavascki

Oficio n.O 63,2015-DG

Assunto: Mandado de Requisiyăo - Ayăo Cautelar 3865

Excelentissimo Senhor Ministro,

ATEC-DG

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Brasilia (OF), 5/5/2015.

Em complementa as informa90es prestadas por meio dos Oficios N.o/s

59/2015-DG, de 4/5/2015, e 62, de 5/5/2015, e em atendimento ao Mandado de

Requisiyăo da Ayăo Cautelar N.O 3865, informo a Vossa Excelencia o termino da

diligencia e apresento as informa90es camplementares que me foram trazidas pela

Centro de Informatica da Câmara dos Deputados no dia de hoje, obtidas no serviyo

de administrayâo de usuarios da RedeCâmara (Active Directory), nOs termos que se

seguem:

Item j) Copia dos logs de acesso, em meio eletr6nico, do usuario do sistema Active e Directory Eduardo Cosentino da Cunha (Deputado Federal) para os meses de mai o,

junho e julho de 2011 (estes logs de acesso estio guardados na infraestrutura do

Centro de Informatica da Câmara dos Oeputados, em disco ou tita)

Faram farnecidos os logs de acessa do usuario Eduardo Cosentino da Cunha (Deputado

Federal) no periodo de 09 de maio de 2011 a 31 de julho de 2011 por meia do arquivo

u54300.zip~, contendo arquivos no formato ~XML", entregue em meio digital ao oficial de

justieta designada pela Supremo Tribunal Federal para acompanhamento da diligemcia. Os

mesmos foram extraidos do sistema de backup da Câmara dos Deputados. Nao foi possivel

farnecer os dados do periodo campreendido entre 1 e 8 de maia de 2011 em funyao de

terem sido descartados (dentro da pOlitica de retengăo vigente no Cenin

esse tipo de dada).

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CĂMARA DOS DEPUT ADOS Diretoria-Geral Processo: 2015/120.649-CD Interessado: Ministro Teori Zavascki

ATEC-OG

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Cabe destacar que năo foi possivel a imediata entrega dos dados em fun~ăo da natureza e

complexidade da opera~ăo para sua recuperac;ao. As rotinas de restaura~ăo de backup

localizaram cerca de 40TB de dados (relativos aos logs de acesso da Câmara no periodo

solicitado), os quais foram submetidos a scripts automatizados para extra~ăo dos registros

especfficos do usuario solicitado. Essas roti nas executaram continuamente desde a noite de

04/05/2015 ate as 19h de hoje.

Solicitam os que os dados fornecidos preliminarmente no primeiro momento da diligencia

(resultado da restaurac;ao dos backups efetuados entre 5 e 15 de julho de 2011) sejam e descartados, uma vez que o conjunto ora entregue contempla a totalidade daqueles

registros.

Item 1) C6pia dos logs de acesso, em meio eletronico, da usuaria do Sistema Active

Directory Solange Almeida (Deputada Federal) para os meses de maio, junho e julho

de 2011 (estes log5 de ace5SO estâo guardados na infrae5trutura do Centro de

Infonnâtica da Câmara dos Deputados, em disco ou fita)

Foram fornecidos os logs de acesso da usuaria Solange Almeida (Deputada Federal) no

periodo de 09 de maia de 2011 a 31 de julho de 2011 por meio do arquivo "54563.zip",

contendo arquivos no formato "XML", enlregue em meio digital ao oficial de justi~a

designado pela Suprema Tribunal Federal para acompanhamento da diligE'mcia. Os mesmos

foram extraidos do sistema de backup da Cămara dos Deputados. Năo foi possivel fornecer

os dados do periodo compreendido entre 1 e 8 de maia de 2011 em fun9ăo de terem sido

descartados (dentro da politica de retengăo vigente no Cenin de 4 anos para esse tipo de

dado).

Cabe destacar que năo foi possivel a imediata entrega dos dados em fun9ăo da natureza e

complexidade da operagăo para sua recuperac;ao. As rotinas de restauragăo de backup

localiza ram cerca de 40T8 de dados (relativos aos logs de acesso da Cămara no periodo

solicitado), os quais foram submetidos a scripts automatizados para extragăo dos registros

espedficos do usuario solicitado. Essas rotinas executa ram continuamente desde a noite de

04/05/2015 ate as 19h de hoje.

Solicitamos que os dados fornecidos preliminarmente no primeiro momento da diligE'mcia

(resultado da restaurac;ao dos backups efetuados entre 5 e 15 de julho de 2011) ej m

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CĂMARA DOS OEPUT ADOS Diretoria-Geral Processo: 2015/120.649-CD Interessado: Ministro Teori Zavascki

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descartados, uma vez que o conjunto ora entregue contempla a totalidade daqueles

registros.

Item m) Certidăo positiva ou negativa de que as datas e horas de criat;ăo dos arquivos

originais (em formata .doc) dos requerimentos n. 114/2011 CFFC e n. 115/2011 CFFC

correspondem a datas e horas em que o usuario Eduardo Cosentino da Cunha

(Oeputado Federal) estava logado no Sistema Active Oirectory da Cămara dos

Oeputados

Apes anâlise do log completo de acessos da conta de usuârio em nome de Eduardo e Cosentino da Cunha (Deputado Federal), RETIFICO a certidăo anterior, emitida em

04/05/2015, informando que FORAM identificados registros que atestam que a conta de

usuârio em nome de Eduardo Cosentino da Cunha (Deputado Federal) estava log ada no

Sistema Active Directory da Câmara dos Deputados no dia 07/07/2011 entre 11 h58 e 12h19,

periodo que compreende os supostos horarios de cria~ao dos documentos (12h02 e 12h05)

conforme metadados dos arquivos originais no formato .doc obtidos do sistema Autenticador

(informa~6es fornecidas no item il. O arquivo "54300 - corte com eventos de

autenticagăo.xls" fornece os eventos do Sistema Active Directory que subsidiaram essa

conclusăo.

Cabe esclarecer que, ao ampliar o escopo da pesquisa de registros (em relagăo ao arquivo

gerado no dia 04/05/2015), informagăes adicionais relativas aos acessos no dia 07/07/2011,

que objetivaram essa retificagăo, foram localizadas em arquivos de log constantes de

_ backup de datas contîguas ao da consulta realizada no dia 04/05/2015. O arquivo ora

fornecido contem todos os eventos de logs do periodo de 9 de maio a 31 de julho de 2011.

Item n) Certidăo positiva ou negativa de que as datas e horas de criat;ăo dos arquivos

originais tem formato .doc) dos requerimentos n. 114/2011 CFFC e n. 115/2011 CFFC

correspondem a datas e horas em que a usuaria Solange Almeida (Oeputada Federal)

estava log ada no Sistema Active Oirectory da Câmara dos Oeputados

Apes analise do log completo de acessos da conta de usuârio em nome de Solange Almeida

(Deputada Federal), RETIFICO a certidăo anterior, emitida em 04/05/2015, informando que

FORAM identificados registros que atestam que da conta de usuârio em nome de Solange

Almeida (Deputada Federal) estava log ada no Sistema Active Directory da Cămara dos

Deputados no dia 07/07/2011 entre 11h42 e 12h47, periodo que compreende os supo tos

horârios de criagăo os documentos (12h02 e 12h05) conforme metadados dos a[ rrcfs·

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originais no formata .doc obtidos do sistema Autenticador (informac;oes fornecidas no item i).

O arquivo "54563 - corte com eventos de autenticac;ăo.xls" fornece os eventos do Sistema

Active Directory que subsidiaram essa conclusăo.

Cabe esclarecer que, ao ampliar o escopo da pesquisa de registros (em relac;ăo ao arquivo

gerado no dia 04/05/2015), informac;oes adicionais relativas aos acessos no dia 07/07/2011,

que objetivaram essa retificac;ăo, foram localizadas em arquivos de log constantes de

backup de datas contiguas ao da consulta realizada no dia 04/05/2015. O arquivo ora

fornecido contem todos os eventos de logs do periodo de 9 de maia a 31 de julho de 2011 .

Elucida, por fim, que faram geradas tres c6pias de identica tear

das informa90es abtidas durante o procedimento, sendo uma entregue ao Oficial de

Jusli9a desse Egregio Supremo Tribunal Federal que acompanhou a diligencia, Sr.

Fernando de Sousa Vale, uma entregue aas Membros do Ministerio Publica que

tambem acompanharam a diligencia e uma foi anexada aos autas do Processa

201S/120.649-CD.

Respeilo'~_1Ie;~

-1; Sergio Sampaio Conlreiras de Almeida

Direlor-Geral

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CERTIDĂD

Certifice que, em razao de erro material, ren7~i as folhas 72-91 destes autos.

Brasîlia, 06 de maio de 1015.

FAB'ANi~ Matrfcula 2535

(

'fERMO DE CONCLUSÂO fa~o cstcs mltos c()nc~u~(js an (it) Excelcnt~lsimo(a) Scnhor(a)

Mtnlstro(a) Relatof (il). Brasîlia. ~ de ()')pl \,) I d 2015.

FABIANO DE AZEVE~JREIRA Matrîcula ;35

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A<;ĂO CAUTELAR 3.865 DISTRITO FEDERAL

RELATOR

AUTOR(AlS)(ES)

PROC.(AlS)(ES)

: MIN. TEORI ZAVASCKI

:MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

:PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA

DESPACHO: Diante da certidâo de fis. 72-73, providencie-se copia de

seguran~a da mîdia digital (fi. 92), a ser acautelada em Secretaria, e de-se vîsta dos autos ao Ministerio Publica .

Intime-se.

Brasilia, 6 de maio 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKI

Relator

Documento assinado digitalmente

Documente assinado dlgilalmente conforme MP n° 2,200-2/2001 de 24/0812001, que institui CI Infraestrulura de Chaves P(Jblicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no enderer;:o elelrOnico http://www.stf.jus.brlporta!laulenticacao/sobonumero8399400.

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CERTIOĂO

Certifice que, nesta data, nas dependencias do gabinete do Ministro Relatar, providenciei copia de seguran~a da midia de fI. 91.

Brasflia, 06 de mtaJe 2015.

FABIA~RA Malricula 2535

I

, JERMO DE VIST.â Il Fa~o \'I$I~ dl'.~teJ" ilutO.'l :lO Exmo. Sr. Procur~or-fJeral da Republica.

Hrasili<l. -<C-_de ~l~__ de 2015.

rARfANO DE AZEVE1JO M, nJ\ Malricula 2~f

I

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CERTIOĂO

Certifica que, nesta data, o Of. Douglas Fischer, Procurador da Republica, compareceu ao gabinete do Ministro Relatar, oportunidade em que Ihe foram entregues os autos da AC nQ 3865, conforme guia de deslocamento anexa, na qual firmou recibo.

/\ Brasilia, 06;7aio dt015.

FABI~N~RA Mâlricula 2535

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Supreme Tribunal Federal eSTF-Processamento

Pâgina:

Data: 06/05/201515:50:27 ..................................................................................................................................................................................................................................................................

Guia de Deslecamente de Precessos Fisicos

2829/2015

Origem: 600000793 - GABINETE MINISTRQ TEORI ZAVASCKI

Destina: 23· PROCURADORIA GERAL DA REPUBLICA

Processos Remelidos Otde Volumes

AC 3865 1

Total de Proces sos: 1

AUTENTICA<;Ao NA ORIGEM - REMESSA

DATA/HORA: 06/051201515:50:24

RUBRICA:

OIde Apensos Q!de Juntada alde VincuJados

o o o

AUTENTICA<;Ao NO DESTINO - RfCEBIMENTO . -

DATA/HORA: 06/0SI201515:50:2z.iS:-_----

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S TF 102.002

Q9,;,tt-nw d)';,kna/ ~edend

(k . J,.ZGS

TERMO J>E JUNT ADA Junto li eSles autos o protocolacJo de n° I}S 12015

que segue. L\ . Bnlsflia. ~ de 15.

FABlANO DS AZEVEQI Matricula 25135

I REIRA

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Suprema Tribunal Federal

07/05/2015 16:07 0022075

I I I IIIIIII I I IIII

MINISTERIO PUnLICO FEDERAL

Procuradoria-Geral da Republica

N° 12015 GTLJlPGR A~ăo Cautelar n° 3865 (vincula,ăo ao Inquerito n.o 3983 ) Relator Ministro Teori Zavascki Rcquerido: Eduardo Cunha

SIGILOSO (OCULTO)

Considcrando O efetivo cumprimento da medida (fls. 71/92),

que os dados obtidos năo se revestem de carâter sigiloso nem se

visuaJjzam guaisql1er prejuîzos il investigac;:ăo, O Procl1rador-Geral

da Republica requer o levantamento do sigilo destes autos e

seu apcnsamento aos autos do Inquerito n.o 3983 .

BrasiJia (DF), 6 de maio de 2015.

-00~#t ~i~-:::Z Procurador-Geral da RCP:I~i:7~

n'.IDF

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S TF 102.002

cl1'~ rff~ dfi~ (de - ::;.SI' s

TERl\10 DE CONCLUSAO Fa<;o cstes aulOs conclusos ao (a) Excelcnt~l' 0(01) Scnhor(a)

J1 Ministro(a) Relatar (a). Brasflia. '-r de~de? 15.

FABIANO D~~ A.Z~v~?.1~IRA Matr!cula 275

!ii'fEi6S9S Em~f~12O 15 ăs...LLh~ recebl-;' ..... ~---­e ---"""<las P<I' &Ma) o::wn o(81d9l".vrC

q~.:.

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. ....,

A<;:Ăo CAUTELAR 3.865 DISTRITO FEDERAL

RELATOR AUTOR(A/S)(ES) PROC.(A/S)(ES)

:MIN. HORI ZAVASCKI : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL : PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA

DECISĂO: 1. O Procurador-Geral da Republica, por meio da peti<;âo

22075/2015, manifestou-se nos seguintes termos:

"Considerando o efetivo cumprimento da medida (fis. 71/92), que os dados obtidos nâo se revestem de carater sigiloso

nem se visualizam quaisquer prejuizos â investigac;ăo, o Procurador-Geral da Republica requer o levantamento do sigila

destes autos eseu apensamento aos autos do inquerito n.O

3983" (fi. 99).

2. Cumpre extinguir o regime de sigila ate agora assegurado ao procedimento. E que a Constituic;.3.o Federal proibe restringir a

publicidade dos atos processuais, salvo quando a defesa da intimida de ou

o interesse social o exigirem (art. SQ, LX), e estabelece, corn as mesmas

ressalvas, que a publicidade dos julgamentos do Poder Judiciario e

pressuposto inafastavel de sua validade (art. 93, IX). Ademais, o pr6prio

Ministerio Publico Federal, ao formular o pedido de levantamento do

sigilo, induz it pressuposi<;âo de que a reserva de publicidade nâo sera

requisito necessario ao exita de eventuais diligencias futuras. Năo mais existe, portanto, razao juridica que justifique a manuten«;ăo da tramita~â.o sigilasa.

3. Tendo em vista o efetivo cumprimento da diligencia e a vincula«;â.o

direta corn Inq 3.983, atenda-se a pleito ministerial. Anote-se.

4. Ante o exposto, determino o levantamenta do sigilo destes autos e

o apensamento nos autos do Inq 3.983, baixados it autaridade policial.

Publique-se. Intime-se.

Brasilia, 7 de maio de 2015.

Documento assinado digitalmente conforme MP n' 2.200-212001 de 24/08/201)1, que institui a lnfraestrutura de Chaves Publicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereţO e\etrOnico http:/tw.Yw.stfjus.brlportal/autenticacao/sobonUmero8413048.

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AC 3865/ DF

Ministro TEORI ZAVASCKI

Relator Documenta assinado digitalmente

-.. - .

2

Documente assinado digitalmenle conforme MP n° 2.200-212001 de 2410812001, que institui a Infraestrulura de Chaves Ptiblicas Brasi!eira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no enderec;o eletronico http://v.w.v,stf.jus.brlportaVaulenticacao/sob o numero 8413048.

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AC N° 3865

CERTIDÃO

Certifico que retifiquei a autuação destes autos em ordem a que não tramite em segredo de justiça, nos termos da decisão de fls. 101-102. Brasília, 8 de maio de 2015 .

Nilson Marcelo dos S~ Mat. 2195.

, TERMO DE WSTA F_.'~~D v~.st~ d.estes autos, para fins' de ' I ",- 1 . . . lOt~o, ao

A); ..... C cntissuno Procurador-Gp.ral d' Rep 'bl' -l"~ . ~ i1 Ulca j ,,"sUJa, JoL,de "'no.,;,~ ___ de 2015, '

-r-~

ROBERTA BORGES DE BARROS Matrícula 2419

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S T F 102.002

TERMO DE RECEBIMENTO

Certifico que, nesta data, recebi os autos do Excelentíssimo Senhor Procurador·Geral da República, J--Volume - apensos~untada por linha Brasílial?!@!2015.

Magda Ellen de Oliveira _ Matrícula nO 1

1. Seção de Atendimento Presencial

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---_._-----

~upremo Tribunal Federal 14/05/2015 17:52 0023841

1111111 III~ 111111111111111111111111111111111111111111111 11111111

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Pro~doria-Geral da República

w 8~ 0i..s 12015 - GTLJ/PGR Ação Cautelar n. 3.865

. Rel~or .: Ministre;> Teóri Zavascki

o Procurador-Geral da República manifesta sua ciência ~

decisão d;ts fls. 1011102, que deferiu .0 pedido de levant,amento do

sigilo dos autos e apensamento ao Inquérito n. 3.8,65, ora baixado,s

à autoridade policial.

Brasília (DF), 12 de maio de 2015 .

. Procufador-Geral da República

Df!

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f

AC. 3865

CERTIDĂO

Certifico que, nesta data, compareceu a esta se"ăo a estagiaria Natalia Rodrigues Leandro, OAB/DF 12.513-E, e recebeu midia digital contendo copia integral do volume ate a fi. 103 do referido processo.

OAB/DF 12.513-E

Brasilia, 18 de maia de 2015

~I DE

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AC 3865

CERTlDĂO

Certifico gue, nesta data, compareceu a esta Se<;ao o advogado Alexandre Iose Garcia de Souza, OAB/DF 17.047, e recebeu mîdia digital contendo copia integral dos autos ate a fi. 103, e tomou ciencia da decisao proferida em 07 de maia de 2015.

Assinatura:_---:;r.==:-:-:== ___ _ AB/DF 17.047

Brasîlia, 08 de mai o de 2015.

reHa la 2190

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TERMO DE JUNT AD.4. Junto il e:-;tes ilutos f) pmtocolado de n° 2>11 f:>1 /2015

que st:guc. Brasîlia, ~c_~P de 2015.

ROBERT A BORGES DE BARROS Matrfcula 2419

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1. DA UJ\/J\O

Exc-elcntissimo Senhor Ministro TEORI ZAVASCKI, Relator da Avâo

Call1elar Il° 3,R65

Suprema Tribunal Federal

07/08/2015 16:57 .0037781

/////////////////////////////////////////////////////////////1//1

A CAMARA DOS DEPlJTADOS (organ da lJNIÂO). nesle

a,to representada pclo Advogado-Geral da Uniâo (artigo 131 da COllstitui<;ăo

Federal e inciso III do anigo 4° da Lei Complementar n° 73, de 10 de

fevcreiro de 1993), velTI. rcspeitosamcnte, rcquercr seu ingrcsso nos uutos

da a<;ao caulelar proposla pelo MINISTI~RIO PlJllLlCO FEDERAL bem

como sun Întima<;ăo pcssoal dos atos proC'C'ssuais ulh:riorcs l. c, COIll

fundamento 110 artigo 3 J 7 do Rcgimcnto Interno do Suprel110 Tribunal

Federal. interpor

AGRAVO

em Elcc ela decisao monocrcitica que de redu pcdido de recolhimento de

infnnn3i;oes jUJ110 aos sistCIlHlS inforl1latizados da C[lI11ara dos I)eputados.

pclos fatos e lil11(bmclltos a seguir expos\()s.

j COnrOrllh.' dl'lenninlllll o arligo 3& dil Lei l"omplt-lllcnwr n" 73. de 191)3. (> o (",'pili d" ilnigo 6" da l.ei n" 9.0:::!&, de 12 de nhriJ de 199:5.

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1- DO CASO DOS t\UTOS

Trata-se de UI;UO camclar proposta pcJo Procurador-Geral da

Repllblica WGR) "objelivClJulo reca/heI'. 110 selnr de ÎI?forl1lGtica da

C{j",ara dos Depulados. demel1los de jJ/'OFO tenc/enles CI cOll1p/'Ovar a

particIJ)or;âo do Depulado Federal Edllordo C//nha em SlIfJOSIO 'esqlfell7o

de ohtel1~'CÎo de \'on!agens indeFidas. J7() cDl1iex(O de col1fratm; de aluguel de

flovios-solldas el1lre SAkf.SUNG e PETROBRAS. com intervem;âo ela

M/TSUE .. ·. Requercll. C111 sintesc. o ivIinisterio Pllblico Federal (MPF) a

"requisir;clo por mandado. para afe17dillle!7fo imedialO. de iI?rorm(f~'aes a

serem co/hidos 'mec/fame cer,idtio e extralos disponh:eis dos sis/emas de

Î1?(ormaqao relevantes e copias e meia elcm5nico (quando jor o casa).

devendo o acesso a eles ser eferuado f1Cl presenqa do Oficial de Jllsri{'a (1

qllem () mllmlado for dislriblfida c sah a supervÎstÎa direlCl da al1la! DirefOr

do Centra de In/ormei/jea da Câmara dos Depmados (Paulo Henriqllc

Alves Ara/ljo) "~o Justificou a medida na necessidadc de "{~laSlar qllalquel'

(!ti vie/a efJ1 I'ela{'oo il real amaria dos requerimemos 11, 114/201 j CFFC e n.

! /5/20// CITe" .

Puis bem, C/ll 4 de 1113io cit- 2015, o Ministro "l'eori Znv;Jscki

deJcriu o pedido "I10S tcrmos/vrlJlu/ados pe/o Mil1isterlo P/ib/ico asJls. 2 J-

26. COlii as espec{j/col,,'Des de fl. 23, 'a-fi', o!Jservado (J ineldcucia da regra

do ari. 23{)-C § 2", do RIS7F", Expcdido o mandado de rcquisi<;ao. o

Oficial de Justic-;a, 110 mesillo dia. dirigiu-se ă sede da CânlUnI dos

De]Jutados. onde Ilie roi asseguraJo "o /ivre acesso as ;,?!orma('oes

l'(!(Jllesladas" (Oficios n"" 59. ()2 c 6]/:2015-DG. lodos subscritos pt.'lo

Diretor do Celltro de lnfonmitica c pela Diretor-Gcral da Cimara dos

Deputados), Por IIm. clltllprida a diligeJleia c intimado o Procurador-Geral

AC 3.S('.~

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da RcplJblica, este requercu "0 le\'onlomenlo do sig;Jo des/es autos (! seu

apensamcnto aos al/las do il7querito 11." 3983", a quc foi dcferido pela

rVlinistro Tcori Zavascki CI1l 7 de maia de 2015.

11 - DO CABIMENTO li DA TEMPESTIVIDAD[ DO

AGRAVO E DO INTERESSE DA CAMARA DOS

DEPUTADOS

Antes de lUdo. e precIsa demonstrar o cabimento e a

tcmpestividade do prescntc agrava. Segulldo o artigo 317 do Regimcnto

1ntt.'rno do Suprcmo Tribunal Federal (RI/STF). "rcssalvadas as excet;oes

previslas l1esle Reg';mento. coherâ agravo regimcll/al. 110 prcco de cinco

dias de dC!cisc7o do Presidemc do Tribunal. de Presidell(c de Tlfrma OII do

Re/alor. 'ilie callsar prejui::o C/O direiro da parte ". Ora, como se vera

adiante. a decisJo monacralÎca do MinÎ:;tro Teori Zavasckl. bem como a

diligcncia cumprida no dia 4 de maio de :2015. caus ou prejulzo a direito da

Câmara dos Deputados. Âcontccc CjUC. nao scnda parte na dcmanda. năo

reSlOl1 alternativa il Casa Legisla!ivJ scnilo este pedido de ingressa

cUlllulado com intcrposÎQ<10 de agnwo. E o fat(! e quc. nos termos do inciso

XXXV do artigo 5° da COJlstilui~ăo Federal, "o le; ni/o I?xcluirâ da

aprecior.,"oo do Poder Judiciârio leseJo Olt ameara a cifrei/o ". Quanto ao

prazo de cînco dias, ele, por obvio, scquer come~ou a correr para a Coimara

dos Deputados, pois n:io intimnda formalmentc da dccisâo.

Prelil11inanncntc. tambcJll C ncccssario esclarecer que o

intcrcssc da C51l1ara dos Deputados 11(;'513 causa radica. imic:l ~

cxclusi\'am~ntc, n3 dcfesa de p"crrogatinls instituciOlUlis desta Casa do

Pod('r Lcgisl,-ltivo como llJll todo c dc scus mCl11bros em particular, para

AC 3.8(,5- J

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assegurar rcgularidadc dos trabalhos parlamentares. sem intervenc;c,cs

externas. Prerrogativ<ls quc, C0l110 o proprio IlOll1e indica. estao a scrvi\o

das magnas func;6cs gue a Constitui~'ao reservou a cada uma uas Casas

Lcgislativas (' scus IXlrlamclltarcs para assegumr o equilibrio democratico

cnlre os Poderes.

Refere-se aqui it Îlllunidade de sede. de documentos c dados da

CâlT1ara dos Dcputados (inciso [V do artigo 51 c o copiii do artigo 53 da

CF) e ao direito de SCllS Illelllbros Cill manter o sigilo da fontc de

i!lforma~oes evcntualll1cJlte recebidas 110 exerclcio do mandato (§ 6° do

artigo 53 da CF).

Como se demotlstrani a seglllL a ordcJll do Ministro Teori

Znvascki para quc L11ll Oficial de Justi<;a, acompanhado de Illcmhros do

Ministerio Pllblico, adcntrasscm !la sede da Câll1ara dos Deplltados e

rccolhcsscm dados inseridos 110$ sistcrnas infol'matÎ7.ados daqucla Casa.

St,.'111 a previa 3utorÎzac;ao da PrcsidcncÎa - ou de vice-Presielcnte 110 excrcfcio

da presidt:'llcia - desrcspcitoll prcrrogativds fundamcntaÎs da ConstÎtuic;ăo c

a harmoni,j dos Poelercs, nl'CCSS~l1'Ias parii LlIll excreicio allivo C

independente cit) roder Legislativo par.1 a sobrevivc!l<.:ia de uma clemocracia

civilizada.

A prop()sito. ainda que despieiendo. nunea e dC'mnis frisar que

este agravo nao tem o objetivo dc cmbarac;ur scja a conduC;ao do Inquerito

3.983. scja ;l fon11<1c;<1o da opinio delic/i do Proeurador-Gcral da RCPllblica,

Illuito tllcnos o cit, sair etn defcsa do invcstigado. A Câmara dos Deputados

<llLla aqui cm 110lne pr{)prio, na defesa dus proprias prerrogativas

cO!lstitucionai s do Poder LCQisl31 ivo, 1180 C!l1 favor de imeresse pmiicuhlrcs.

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E o fato e quc "fa/ leg.itimidade existe (jlfondo [como C o caso dcstes aulOs]

o 61gâo despersr)/7a/izado. por nâo dispor de meios exfrajlldiciais eficCI::es

para garc1I11ir seus direitos--/im('{Îo contra O/lfra inslaneia de Pod!!,. do

[-"Iado. necessita da flllda jllr/sfliciono/" (RE 595.176-AgR. Scgunda

Turma. ReI. Min. Joaquim Barbosa. julgado em 31/08120 I O). Nesse sentido.

a jurisprudencia do Supremo Tribunal Federal contempla casos em que

reconhccida a Icgitimîdade dos orgăos desprovidos de personalidade

juridica para atuar cm ju[zo em dcn~sa do exercicio de suas competellcias e

do gozo de slias prcrrogaliv3s. Confira-sc: MS 21.239. Tribunal Pleno, ReI.

~1'1I1. Scpulveda Perlencc. julgado 0111 05/0611991: ADI 1.557, Tribunal

Plello. ReI. Min. Ellctl Grut:Îe,julgaelo cm3 [/0311004,

III - DO DESRESPEITO Ă IMUNIDADE DE SEDE DA

CAMARA DOS DEPUTADOS

Diz o anigo 2° da COllstÎtui<;ao Federal 'Ilie s,io "Podcres da

Unic/o, independente,,' e /Ulrmf",ic().f! en/re ,\'i, () Legisla/iva. () E,ec/fIÎl'{) e o

JudiciârÎo ", Trata-se da râo conhecida clăusul::! petrea da separac;âo dos

Podercs. mecanismo institucional de di\'isao do exercicio do podcr.

viabilizador do proprio regime dcmocnJtico. E para que taI mecal1lsmo

fUllcionc a contento. nac basta 'J e:'\istencia lonnal dos diversos Poderes. A

eles se eleve assegurar independencia em t~lce UI11 do outro para que. juntos,

encontrcm a h~1!'lnonÎ:J [H:ccs~,lria ao bom desempcnho das numcrOSDS

func;6es cstatais (checks and balonces).

Pois bem. Ullla das principais formas de garantiI' a

inclependcncia dos Podercs - porquc. sem ela, todas as oLltras se

enconlrariam demasiado fragilizad;J$ - C Ihes conferindo autogovcrno, cuja

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gcstăo e assegurada pela COllstituiţăo atravcs das cJ{wsu!as de imunidades

do Parlamento, cm reI3\':10 aos demais Poderes da Republica, visando (1

cumprimento dos trabalhos legi::;lativos com o objetivo de funcionamento

da dialetica da dcmocracia.

As imunidades gnrantidas pela Constituic;ao brasileira săo

prcrrogativas do Parlamenta Ce năo dos parlamcntares) que encontram

fundmnemo na maxima Parliolllem pofices ils se(( originario da

experiencia inglesa. ap6s a gucrra cntrc a Coroa 13rit5nica e os "COIllUIlS" Ce

depois "cxporwda" pnra outros paises), quando se vedou ao monarca

ingrcssar nas dcpcndcncias de WestmÎnster sem previo cOl1\'itc expresso.

Conilitos posteriares entre EI Camura dos Comulls e a Corte .ludici<.1ria

estcnderam essa veda<;:1o ao Poder JudicÎario. com a seguinte proclama\ao

na /3;11 ofR;ghts de 1689':

'"T/]e /rccdulJ/ (!{.'pcl!ch OI' dehal"s nr prtleccding, in !'ar!ial1lelll

ollgh! 1101 /0 he impcuclul1L'1II OI' ljl/es/itmed in (III.\' ('ourl fir

places 01// o//'arJiamt'm ",3

Historica'mente, todas as demais imunidadcs ou prerrogativas

parlameiltarcs. tanlo do modela juridico da C"01111110n IaU' qmmlo da civil

Imv. nada mai!' SHO do qlle I:'specificac;oes dccorretltcs de lai maxima .

denominada clausulu frecdom of spece!J OI" debmcs. O significado de taI

c1i1usula. por isso. ultrapassa o seu sentido gramatical pam alcanc;ar todns as

prcrrogntivas ncccssarias a assegurar n scparayao dos Pode-re:; nos paiscs

demncraticamcnte civilizados, mravcs das seguintes especjficac;oes~:

- o poder de disciplina:

: Iml'Îrvtcor accs~i\l'1 cml"'v \' ,'" ,"'O -: 1110'1, :.. .. , II, ",1' \'. 1\"::1,1\1 r""~'" 1 .' li .:.l.": .•• J.!"" <!ecssO crnjulho 2015. , Cfr. A L.EIXO I\:d)"(). Imun idn.dc~ I'arirullciilares, Bela flori/.om(': l{c'visla Br;'\.'.ileiril de ESludo~ l'olftÎl"ll~

da F!leuldude dt' l)irt·il0 de Minll~ Gcrais. 1961. p. 2,,-2.:\, 1'0:0 ml"slllO sentido CER,\SE 1\-·larco. Autonomia .-ritiea dell .. imllHlIlitn parILJll\{mtari itnlianc SO\'cri~, r.·lm\llelii (C:il,Ul/nro): Ruhheaino t:dTwrc. 201!. p, 129.

'Conforme J'ar!,tll1l'nW do CnnaulI. ACl'S~i\"cll'll1 T'UI'- ','- \\ '.1 l' I! ...:' ,. \~""I' 1.1''1''0'' _~." "I''':I'di ,1."-·

~"';_ l~.' ':;"~"·'t) .. ":1,, .I,,,::.:,r,\.!",_, __ .'".:,,'!i ".1", ;'~" Aec~50etlljuIl1{\'2015,

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~ o poder de disciplina;

- a regulamentat;âo dos scus proprios assuntos Îl11crnos, coma pal1c

do contrale sobre os debatcs e os processos do PJrlamelllo:

- a autoridade para manieI" a atcndimenlo c servil' os setls membros:

- a prerrogativ3 de realizar invesliga<;oes e convoca!' testemunhl.ls e

documemos de demanda:

- a prerrogmiva de administrar juralllentos de testemunhas;

- a prerrogativa de publicar ul'tigos. Illcsmo que contenham material

dil'~l1naloria: e

- a prcrrogaliva o dircilO de excluir ou impedir a cmrada de eSlranhos

(nao-membros) Ilas dcpendencias do Parlamenta,

As imunidades do Parlamento Rrîtânîco foram reccpcionadas

por praticamcnte lodos os paises que adotam o sistcma de reparti<;ao de

Podcres coma prcSStlposlO do regimc democratica, quer 110 modela

pJrlal11cntarista quer no presidencialista. atravc-s da reprodu<;âo da clausula

lrecdom 0/ speech OI' dehates 110 texto constitucional. Alguns palses

optaram por e~plicitar expressamentc algl1mas das especifica<;6es aCll11a:

outros prercriram cOnlc1l1pla-las C0l110 prcrrogativas implicitas a serem

extraidas da chlusula gemI. alra"cs da interprcta<;âo juridica,

DcnlTC os paises quc buscaram reproduzir no proprio

ordCllalllcnto constitucional o nivel de civilidade democratica da Inglalcrra,

e possivel citar Portugal:>, Espanh3('. lI[ili37 • Argenti!la~. Estados Unidos9 e

\ C(1I\$litui;;ă" dt' I'llrrugal - Anigo I ~ 7," 1 mllnid;llj~s 1, Os DCJluUldo~ n1l0 rcspondcm civil. nimin:ll ()u disciplillarrn<:rne-I'<:Jo-'i \'O!<h <: \lpini\~l's quc crnjtÎri."m 110 c_\adcÎQ daţ Slln, fiHl~ik~,

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2. Os n"puw:!os nHo podem ser ollvÎdO$ como declar;lllles nem eOl11o ar~uîdo$ $CI11 nUI(jrîza~iltl da A~~cmblcia. ~t'lldo ubrigruilri,l a dcd~~ll de aull'ri'.a~'i1o. 110 segundo C"150, quando hou\'er lont'S indiCÎos d", pr.'ltic;\ de ('nmc dol()~o a 'lUI: currcspond;\ perm de pris~o L'UjO lim;l.:: rnăxÎnw seja superior illrC5 111105,

}, ?\lcnhul1l J)cputa(hl pode ser dt:'tido (IU presp st:'11l autoriza",:in da A~.~elllbkja. salvo I'N erÎme d{,I()50 ~l

quc c(\rre~ponda a pen'l de prÎ5i1o n:feridu no mimero antcri()r e l'm Oagr-mlc delilO. ~. j\'lovido prNcdimerll() criminal C0l1tr~1 algurn Ikpumdo. c aCll~atlo t'ste dditlilÎvamcnle, a Assemhkia decidini 5e (l J)epumtl(, den' ou n30 ser sllspl"rr~O para efe ilo de sl.'guimcnlO tlo pfOC'l'5S0. ,eodo Ilbri;ml6ria a dcci5fio de suspcnsi10 quandn SI.' Iralt' dl' crime dn lipc> rl.'ferido I\OS num('ros ilnlel'iorcs. II r1igo 175,° COlllp~tcrrcia intlOrna do A~sL'rnhkin, Cornp~u.' il As>~rnnk'ia da RCpul)lic,l: a) Elabornr (' apm\'ar o seu Reg'lIllCJlIo. 1I0S Irrjll,)S da Conslilui"lIn:

"C'ons[llUil;'tlo dn E~p;'lfllm - ArlÎctilo 71. Los I)ipulad,,~ y SL'll!ldores go'.ar:\n d(' irwÎ{1I!1bilidad pnr las (lpinionc5 mnnif~"ladas en ci ejercicio d~' sus ftlncionc~.

I)lll'~lIue el p.:riodo de MI mandnto lo~ DiplIl~do~ y S<.'nadol'\~~ gozarăn asimi~rn" elI.' ini1lunidad y sblo podrăn ser d('!ellido, en enso dc fl:1gran!e ddih'. No pllllnin ~er illculpado~ ni proce~ados "in la previ,) aUlOrÎ;r;<rcilln de la D'lnmra respccli\a . Eu Ins causas CIllHra Dipllllldo> y ~c!1<Itlon:s \cr:Î c,)rnpClt'illC la Sill,l dl.' 10 Pennl del Tribunal Supremn. Lo~ DipUiudos ~ Senadorcs percibimn u!la a$ignaci6n qlH.' sera lijada pnr las rcspecli\'a.~ C:im,uus. Aniculo 72.. Las C{jmara~ cSlublcecn sus pmpio~ Rl!glamC!lIos, i1pmeban uwonomamcmc ~us prcsupucstos y. d<- cnrn(m acucr<ln. regLllan l'! Estmuto del Pemmal d~ las C('11e5 Gencra!c$. Ln$ HegJamcntos ~ Sll

reronna semn sornclid~'s a una \·otaeitln linal s,lhrc su tomlidad. que rt'queririi la ma~orfa al'solutJ. La~ Cfinl~ms cli~en sus rcspel'livns I're~ider1lc~ :- los d'::!llib miel11hro~ cit:' sus j\'!csa;;. I.~IS ~esinn<:s

wnjumus ~cran prnidid:l~ por ci I'n.'sidenle del Congresn y se r~'fir:in por un I{cglllnlCntn cI(' las COrles Gl!n<Tllk~ aprobadoJ pur m:tyori:1 <lbSt>lma de e~da Cămam. Lo5 Presidellt";; ,k 13s CI'tm3ra~ cjel'cen ,'1) rHlInbn: de 1115 mi~mas lodos lo~ podnes -adll1il1i~lraliv<'~ y facuhad6 de polida cn ci inl('rior dL' sus respeclivas seMs.

" Cun5Iillii\!lo da h,iJia - An. 64, (iaseuna Camera IHiou<l il proprin rcgolamcnto a Ilmggior·Ollll.a a~s,,!uta dei suoi cornpon~'mi. Ll' ~t'duIC ~"n(l pubblichc; tul!;.vi~ eia;,cuna dellc duc (Uiller..:: c' Il I'nrh:um:lll11 ,1 ClIllCr<: riulIÎI<: pnsso!lo dclineral'l' di Ildunarsi io SCdUl<l Sl'grela. Le deliberu'.ioni di ciascuna Camera c dcll'llrlanlt'!\Hl non ),'ono \ulidc $t· non C pre~eme fa rnn~giurnllza dei lom rOl1lpOncmi. (' se ;1On $011\1 llOiJ\l,\le il ffi<tg,g.inranZll dfi prC~~ll1i. 5t1h-n che la CO:;lltlJ/,!One pre~cri\'n una 11la~:;ior.ulla speciillc. I ilwmhri del Go\'erno. Imchc $(,' non fal1no pan~ dell" Camere. hanr10 diril1o. C Sl' richi<."sli o!:>!:>Jigll. di as;;isterc allc ~edul('. DC\'0110 e~~cre ,ullili ngni vol!a dl'~ 10 rÎrhkdollo, [ ... J An."~ IIll~mhri dell'arlmnerll<) nQn POSSOl\{) CS5~rI.' ehiamati a rispondcre dcll<: opini'l!li csprc"5c e .ki ~oti dati nell\'~ereilio de!!l', IMo ftlOl.Îoni, 5<.'117.11 aUloriUlIli"llL" deJla ('nmer;! nlla qualc appan!ell~'. Iw~~un IlK'mbro del 1'11rlmll<.'m~, pu,'\ e~~re ~oltopOSto a p<"rquisiziorll' pCf!,onale" d01llicilian:, ne pllO e5~ere arrtSI,HO (l ,lltrimenli privu\(! delia libena per~(1na1c, () man1t'nuw in dtlCJlljnne. ~~Ivo ehi; in ('~ecu/i()nc di un',1 scnterll'H ine\'ocnhilc di cnlldnlllhl. on'cm se ~ia c"ho neJl'mw di eornmellerc un delit(ll pcr il quale c prcvistll l'arTCSIO obbligalllrio În tlagranza. Analoga :luwn/.l~I~i{lne ~ rit-hie~la per ,Oll"porre i 1l1~l1lhr; del Parla1l1~'lIw ad intcrCCII<lZl\ll1C. in qualsiasÎ forma. di c(\nvcrsa~.i(lni o comunicazioni ea scqutslrn di c"rThpoooen/n.

~ C"n~lîIIlÎ\."io dn Argentina - An. (,6, Caua C:lmara huni 5U reglarnent" y podr:i. <:\'n d(l~ lercio~ de \'('WS. correglr a cUllh,IUiera d~ ~IJ~ lIliernhroc; por (!L"~Hrden (k ~'(lndlJclu en ci ejercicio de su~ funci(lne~, 1)

rellHl\'erfn pN inhabilÎdad fis!ea o l110nd sc,hrcviniwle a su iTlcorp()rlIC'u'lIl. y Ila~llI o;cI,i'rrle J~ su ~cm). pem ba5mr~i la mayorÎll de unn sobre lu rnilatl de 1('5 pn:~erHe5 pllfU Jl'ddir cn 1,1S r\'nUlwias que volumariamCnlc hit'ier<.'l1 d~ ~IJS c;rrgos. I ... J Ar!. MI. Ningllno de lo~ mi(,tlllll'lls dr! COllgn:s0 rH1l'de .<;er atusadq, ir1lcrrog~ldo judicÎ,lhn.:nt .... oi IlwlL'Slad,) por las opinione$ o di~cur;;o~ qUt' etllÎla dcsem peîlmldll ~u m:rndalo de Ie<.?lslndor. ,'n. 69. Nin,,(ln ~en(!d()r (\ diplllaoo. dc~dc el ditl de su elecdon ha5tn el de Sll r~Se. plledc ser arresludn; e"eeplo ,,1 c-;sn de ~\'r sorprendÎdo in fragan!i en la <:jL'euci(,n de alglu1 crirnt'n qu ... ]1lere/.cn peun de mllt:'T1e. in!illll:HIli.!. Il ulm ailieli\a: de 1" qu(' se dar:'! euenta n la Cnmara rl'~rcc[i\a con 1.1 ÎnfurrnneÎon .lImnria dcl heeho. ATI. 70.- Cuando ~L' forme queI'l.'lJa p0!' c~cril<' an1t' Ja~ juslicins {lrdÎnaria~ e\'n1nl eualljuier 5l'nOldor o

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C d ' 10 an;] a . sende que este a Constitui~50

ordenal11CJ110 ~l prâtica do Parlamento Brit5.nico.

rcenvia o proprio

o Estado hrasileiro tambcm VClll tClltando reproduzir

contiJluamente a civilidade democratica ingles3: atravcs da clausulajj'cedom

(?(,\peech OI' de/Jmes. de formă parcialmentc espccîficada. desde o Imperio

ale a ordem republicana de 1988. atravcs dos at1igos 51 c 53 da

COllstitui<;:B.o .

Dcntre os dois mais importante::> pode-fes ou prerrogativas

tradicÎonalmcntc atribuidos 30 Parlamcnto eSlao o de Casa para regular seus

pnlprios <1ssunlOS internos. com a fill8lidadc de gcstar a dcvo]U(;ăo da

prbpria competcilcia legislativa. prnmovcndn os debates C CClllC'lUSOCS sem

interferencias e;..:ternas. e o de assegurar a dignidade e inJependcncia do

Poder Legislative C'lll rcla<;ao aos Qutros I\){ieres.

Por ISSO & que cada Poder. rcspeitadas as nonnas

constitucioll3is e lcgais, dclinir[l seu pnlprio moda de fUllcÎOl1amenta. Nesse

scnt'ldo, os incisos III e IV do artigo 51 da C()nslilui~ăo garantcm tl Cfl111ara

dos Dcputados a competenei:) privativJ para "elabora,. seu regimel1/o

di pUlado. <.'\',lll1inJd ti ellllcri((\ de! 5l1mUlÎn cn juk io pllhlico. jl!'ldrfl ,oda Ctun;]!'[I. ,,\11 tiM terd(\~ lI..: n)l\l~. ~lI~PClldl'r ~n ~lI~ fUUl'inllC's al :lcll~ad". ~ p"n~'rlo a dispo,iei6n dcl jUl'Z compctentc par:! Sli ju;;gllmicnto.

'. Con!>tilUÎ~nO dn~ Esmdos LinÎdCls an. I~. SCClion 6. TI1C S"nators and Rcpl'cSematÎH's shalJ r('cei\,(' a compcn,nlÎOl1 for thcir scrl'Î(;~~. lU 11(' a~ccnilincd hy la\\. lmd paid out of tt,e trl':lSllry of the Unîtt.:d St:lll's. Tht·y shall in ali ca~cs. C).;CCpl lrt'a,on. felony and bn,arh of lhL' )lcact'. hc privl1eged from :l1Tt'st during thdr :Jl1rlldallre llt Ihe si.'s~ion ofthdr rt'~pecli\'e Ilou~es. :Ind in going 1(1 :ind rctllrning [rom th(' ~,unc; <imI for an~ spcl'ch or deb:Jle in eÎthL'r Houst'. tlll'y ~hatl nOI he qll('~tiOllCd in Ilny othcr plan'.

1" CO!l~lilllil,:llo do Canad,\ _ ~11. III. Thc pl·ivilegc~. i1l1I1l(l(lilic~. :Jnd po\\'crs to bc held. cnjiIYl'd_ ,md t'\C'rd~cd b~ thc S",nmc nnd b~ thi: J IOIISC o]" Con1l11()n~. and h~ thc memher~ th('rcof rcspe<.:ti\ely. ~hall b~' such as arc fr~11l1 lil11,; 11\ timc' defined by Aci of tlie ParllillllC'nI Ilf C<lllada. hut ~o that any Act of thc Parlimllcnt of Canada ddining :_lIch privilcgc~. Îtn1l1unitÎo.'s. 1lI1d j}()w<:rs shall nOi confer .my privilegcs. inllHunilÎcs. or powcr:, c~cccding th<IS<' at (he rassing of ~lIch ,\l'l held. t'nj(1Yl'd. alld c:o(er<:Î,,<'d hy the ('ommon5 House of l'arliam('n! of the Unill'd K Îngdofll of Greal Britllin aud lrelilnd. and by EhI,' menlhefl; thcTCOr.

t\C .-,.UIS

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,

inferm) " e "dispar sobre sI/a vJ:f.;anb.u;:clo, jl/}}cio}7amen;o, polida, criClCr'QO,

I}'amfhrma~'âo ou extinrtio do,\' e(lrgos, (;'mprego,~ e fll/1(;o(:\~ de sells

serFi~'os, e a il1icialiva de lei para fÎxac;ăo da respecriva rell/lIl1erarclO,

obsel'vados os parâl17erros eSIClbeiecidos na lei de diretrizes

or<;ame/7fârias ",

DcstaqlJl>se aqui. uma "cz guc diretamente relacionada com a

dccisao que ora se impugna, a compctcncia da Câmara dos Deputauos ram

dispor, priv<ltiv3111CJ1tC. sobre sua pr6pria policia. Do que se trata,

exatamcntc? COllsistc na prclTogativ<l exclusivn da O.îmara dos Depulados

para regular a cmrada de pessoas - inclusiv(' de <1gentcs de (lntros Podcres

- e para cxercer o poder de policia no interior de IOdo e qllalquer predio

afclado <10 irabalho daqucla Casa Legislativa. Afinal de comas, no ponto de

p,1I1ida de todas as prcrrogativas institucionais do Poder Legislativo, tem de

eslar a de nao ver frustradas Sll<lS proprias reunioes e atividades

adminislrativas accss6rias - F~dom 0/ speech or debales - (de quc

adial1laria. por excmplo, a indepcndcncia dos 111ugistrados se a clcs !()SSC

negtlda il gestao administrativa de suas sessot's de julgamelllO ou das

atividades de apoio?), Por isso ha que se falar CIn imunÎdade dC' sede de

cada 1I1J1 dos Podcres,

Rctornando aos exemplos de outros paises que seguem a

mCsma lradic:,:ao civilizatbria na materia. na !ullia a imunidade de sede

sempre foi entcndida tomo implicita 110 arligo 64 da COIlstituic;ăo itnliana11

e cujas espccificac;()cs sao regulamcntadas imcrnamente pelas Casas do

Parlamento. A tnl intcnLO, o Regimento Imemo da Camara dos Dcputados

disciplinou a materia no seguilltl.: sentido'

11 Cfr. CE1(ASJi Marcu . .-\utOJH111lÎ:1 CI ilÎca <lelle ÎmlllullÎta parhlll1.'nlnri italia ne. S()vcna 1\'lanlldli (Cnl<l1l1..ilW): Rubl>ctlino edilore. 201 1. p. 131.

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Art. 62. Os: podcres ncccss1:irins para il manulcn~ăo da ordem na C{mlara rcspcitarn a pr6pria Cimarn C &10 cxercitadns CllJ sell nUllle pelo Prcsldentc. qU\.' atribui fi policia kgislmi\'a as ordclls necess.irias.

i\ fOfl;;1 pllhlic:a. incluid;1 a polit:ia judiciaria. nan rode adcntrar nos Plcn<irios da Cîmara. da~ .lunlas ou COl11issoes. sah-o por ordl'm do Prcsidcntc da Glluara. apos ser susl)('nsa ou IÎnda a sessii.o. Nas rcuIli6cs dos 6rgăos parlamentan::; bicamo:rais. a ordcm e duda pcl0 Prcsidcntc dn Cumara CI11 cOlllum acorda COI11 o PrcsidÎ..'lllc do Scnudo.

r\ fon;a publica. incluid:l a p\lliciHjudici.iri!l. nilo PO(!c adClllrar!la s(;ue d<1 C:Îmara. nem de qualqucr outrn local que i'c.ia sede argrlO ou oficio d,1 C:Îm<lm ati quc ,:-slc.i:'! a disposic;:iio (!esla salvo por ardem ou pre\'ia allioriznr;fio do Prcsidcntc N,10 podc clllrar cm 11lcais nos quais SClam

sede de brgfios par!amentarcs bicamerai:;:. salvo por ardem ou prc\'w :lllloriza\"ao dacia rdn Prt';;idcl1tc da OÎmtlrfl. cm comum acordo conl o PresidenH: do Senado.

Os nlos C Illcdidas dl.' cnks 1.' t'Jlgâos 1.'5tranhos il C'iimanl. cu.În ':Xl'Cllyăo dl'\'n ser no illlcrior de sede nu local da pr6pria Câmara. ou Cllju objc!O scjam tnis scdcs ou InC'lis ou lllesmo documcntos. bcl1S ou ati\"id,ldcs desla. mio podenl0 de nlgUll11110do ser L'xecutados sem aUlori,.i1t:;:ao prc\'ia do Presidentc. que avalillrli os elrilos sobre as ati\'idadcs institucionais da (''-lIHam. (trndu<;uf' Evrd 12

A extcnsao da imunidadc de sede foi objcto de imcrpreta<;3o da

COl1e Constitucional italiana na sentellft<1 n° 231. de 1975:

[ ... 10 arI. 62 do Regiml.'Jlto Inlerno da C5111ara c o cnrrespomknte arI. 69 do Rcgimenio do Scnado, I ... J atribucm ao~ rcspcctivos Prcsidcntcs () cxacicil.l dO$ podcrcs dc J)olicia e a d'ISposi~[lo eb fon,.'n ptlb1ica IW ink'rior das Assel11blcia~: JlnrquL' dC,slC-s dî~positi\'os. por k,nga traJic;âo . cmergc a rcgnt da dc-nmninnda '-imunidadc de sedc" (aplicavcl tmnbcm contra (lS dcrllal~ POlkres Sllpn:1l10~ d(1 ESladll) por ftm;a da 'luaI

1:: t{eg\ll:rll1~nlo CUIllt'11I clei Dcpulilli - an. 62: 1 pOIeri llec~sstJri per il l1Ianll'n;l1lcnlil uell'nrdine nell:r Call1cra spcllano alta Camera SH,'s~a c <'011') ":~l'rcilali in ~llO n()me dai Presidl'Il\"::. clJ(' da aIIa guardia di ~l·r\"i.do gli ordini rll·cessari. La tOrt~l pubblica. Ctlmrrl'5a la p()lizia giudiliaria. non pLiO accedeR' alte Aulc delia C:lnwn!. Jell.:- Giunh.' 1) del1..: COltllni~si(llli SI.: non pn Ilrdinc dd I'rcsilkllte delia {'a111er:l e d"po chc ~iu stala s05pesa o Ioha In s<:duw. I','r le Aulc dtgti organi parlam<'III:lri bi<::um:rali. I'ordill~' C: daltI dDI Prt:~id~'l1ll' delia Can1~ra d'Înle:;(l c(ln il I'residente del Senaro. La for ... a pubblkn. cnrnjln:~:1 la poli ... ;,! giu[Ji ... inri:l. 1\011 PllO 'Icccdcr~· :lUa scd~ (1<'lla l'~mera. nI' ad lIkun 1\lca1e in cui abbial1(1 ~Cdl' mgnlli C lIlliei delta (::"nera I11cdc\illlO tl dw sia (flrnunqlJC 111'11;1 dbjl()llihilit:i tii e\~a. sc non per ordine o rrevia aUlurilZal,ionl' dd Prl·~idenle. Non pun aeeedt're a lncali uei quati nhhiano ~l'dl" org:lni rarl:lIllellt;lri bic;1I11crali. se 11<)1) per online () pn'\'ia aulUril.La?ioll~ dma daI I're~idenlc delia Cam"'lil d'int('sa con il Presidenl!.: d..::l SCIl;l\".

{ili mIi e i pl'o\vedirnenri di enlr e Mgani ~~Ir;llwi alto Camera. l(l cui <,secu/ione de-bila a,cr lu()go alrinlenlO di ~edi <1 locali delIa C:rnll'ra rn~dc~im~ o che comunque allhiano ud oggetto laii sedt o locali (I\'\'Crt.) du<:ull1cnt;. h<:ni o ,IllÎl ilu di CS'ia. l10n Il()SS()W> in alcun moc!n t;S~lW t;st'guiti SI: nOII prc"ia aulorÎa;l/.ione dd Prc.~idenlc. c!le ne valUl:! glî efttui ~utte fllti\ iln ISI illuionaJi detla Camera.

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n~nhllma cstnmhn autoridade rock fazer executar cO<llivamelllC' os pr()))fÎos alos ~'ontrn n ParlamL'llIO ou os SCliS 6rg50s. De forma qUl:. quando os urgaos pClrlamel1tan.:s nua os obl.'dcccrcm. scria possiwl :;1l11lCIl{C provocar fi int<:rvem;ăo desta COI1e. Cll1 sede de conl1ilo de atrihui'(oes. ussim como pnXiSlH1l(,.'nic ocom: no caso ora em unillisc. (lrauuoyao livrc).

Na experiencin llorle~,lJl1eric;1Jla a imunidade de sede tam bem

decorrc impiicitameiltc da chlusula de freedom of speech OI" debo(es ..

pn:visla na sec;50 6 do aJ1igo 1<> da COllSliIUiC;ăo. A amilisc dajurisprudcncia

constitucional americann revela que a US Supreme COllr, jâ se- pronunciou

diversas vezes sobre 05 desdohramcl1lOs da relerida cl:iusula de

imunidade 13. A Chlusu[a speech (Imi debate alcanc;a tanto o privilegio de o

congressista năo ser queslionado em nenhum outro lugar fora do

Parlamento quanlo o de nao ser ele civil ou pcnalnH::nte responsabilizado '·I.

No ponto valc a pena reproduzir um precedente estadunitensc relativo a

cnso an;;logo ao do ora C!l1 examc.

IV - OS DOCUMENTOS E DADOS COLHJI)OS NA SEDE

DA CAMARA [JOS DEPUTADOS SEM PREVIA AUTORIZA(ĂO DO

PARLAMENTO DEVEM SER RESTITUi DOS

Nada obstante cada Ila~ao ser senhora do proprio direito. vale

considerar a idcia quc os direitos reproduzidos de forll1<l similar cm varios

ordenamentos juridicos tem natureza dial6gica pela sua ori gem COIllU1l1. No

caso ell1 evidencia a origc1l1 e ing1csa. Tai ocorre pelo 1ato de que as nac;6cs

procuram rcproduzir intcrnalllcntc uma soluC;iio juridica corn a linalidade de

13 Alglln~ (".wnlplos ~;ll' (\~ c<!sm 1'lIil,-d .'11111,'.1 " • .fnfll/HJ/I. 383 LS. 169. 178 (19(>(;)~' Ullifl!d Slol.'.1 ~'.

rlrt'~,·s"'r. ·108 u.s. ~()I. 513 (1972). 1> Cfr. l\OWAK John E. e ROTIJN[):\ Rmlllld 1). I'liIiCipl<.'~ nfCnnstilllli<l11:l1 La\\. Third cdition. S"n Puul: Thom~Cln Wl'~!. 2007. p. 1·C.

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3companhar o nivel civilizararÎo de outros paises. dai il func;ZlO do cânonc

interprctati\'o do dire-ito cOll1parac!o.

Por laI motivo. cOllsiderada CI incxislencia de precedente

especifico do Supremo Tribunal Federal sobre a materia. toma-se legitimo

buscar lIJll precedente cstrangeiro de outrn rJ~l\,ao, Cl~ÎO clireito expressc grau

de cÎvilicladt, equivulcme ao nacional e que possa fornecer soluc;ao juridica

ao orclCllumento il1lcrno, ilO que itlL'omplelO ou dllbio. alnIVe::; do mClodo

analagico t5 •

No prcsenle contextu. a leitura do acbrdJo da CUII,.! (~(AjJp(!u/s

for Ihe Dislricf of CO/fllI1hia Circui!. no Ullifed SlGres v. Raybwn lIoi/se

Oii/ce Bllildil1g. Roo/J! 2113 case, revela qur as itllunidades em comcnto

faram aplkadas num quadro fritico llluilO scmclhante iI realidadc brasileira.

Durallte a irwestiga\,ăo sobre a1egac;6es de qllc o congressislâ

William Je!Yersoll cstaria envolvido tlUIll esqucma de fi'aude c suborno, o

Dep:;1I131llell10 de Juslic;a (00.1) solicitoll auloriz<I\i}o judicial com mandado

para revistar o escriterio do [)cputado Jefferson. No scu pedido, o

[)cpanamcnto de J Llstir;a.i usi i ncou <10 juizo procur<1r provas nâo Icgislat inlS,

asseverando tcr .Îil esgotado Incins os outms metodos para ti obtenr;,10 desses

rcgÎstros C!ll tempo h{lbil. Alem disso, o DO) dcscrcveu tef programado

"proccdimemos cspcciais". atravcs do qual o Tl1merial a ser apreendido Ieria

o sigilo inlaclO quando compa11illwdo. de forma privilegiadn, somentc com

o promotor e mernbros do Pod el' E;-;:ccutivo enc<tlTcgados de fazeI' a triagcm.

O Tribunal do Dislrito emitiu O mandado c. passados dois dias. agcll1l:s do

FBJ cntrnrarn no cscritbrio do congressisLa Jefferson rSala n° :2113 da

Raybur11 1-lollSC Oflier BuildingJ c la pCrTll<1neCeram pOL aproxinwdallll'iltc.

dczoÎto horas rc"isando e apreendendo docut11elltos CIll papcl c c1etronicos.

l' Lei de Inlr,)dur;iio un t)Îrl'iw Bmsilcim - An. 4". (}uand" (1 Id rO! orni>~a. ojui;, deddir:i (' C:l~O de nCllrdo com n anak'l!ia. o~ coslUrnes e n~ pl'inciflill~ l!CI'ili~ de dire ilo.

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algulls dos quais eram materiai::: legislmivos. Os documentos aprccndidos

foram emregues ao Procurador-Geral Adjunlo para avali3<;50.

E.lll seg.uida. o cOJlgrc~sista Jcffcrson. peticionou ao Tribunal

solicitando o rerorno de lodos os lllateriais aprccndidos. ao argumento de

quc a busca viol ara a SpeeG'h alld Dcha/c elause. O Tribunal Distrital

indcreriu o pedido, afinnando que a cxeclI<;ao do mandado nâo intcrCerira

nas atividades legislativas du congressisla porque a diligencia teve alcance

limil3do, illlpedindo a indevida intrus50 do fPoder] Executivo .

Fm scguida o cscritorio parlamentar sede do congressista

Jeffcrsnn recorreu ii COl/fI of Appeols .lor rfle District of Columbia Circuit,

solicitantio a devolul;âo do material apreendido: no que revcstidos de

imunidadc parlamentar, CO!11 infonna\ocs potcl1cialmcnte privilegiadas glie

ml0 cOl11petcm ao conhecimenlo do Poder Exccutivo. ~ porque ° mandado

judieial de busca c aprecnsao fora cUlllprido sem a prc.via autori7 ..• :"1t;âo do

Congresso Americano no interior de local considerado cxtensao da sede do

J)arl <lmCllto.

1\0 jtllgar 11 qucstfio, a Cone de Apela dcfinill a origell1 e CI

funcionalidadc da imunîdadc parlamentar rcproduzindo o precedcnle da LiS

SlIpreme COllrl 110 caso Ul1ifed Store.\· \'. Johnsol1. de 1966:

AC 3.865

A CI{\\I>;ula SjJe{~ch (mei Dehal!' (·ItIllH' prc\'(' que '''sobrl! qU<llque[ ctisC"urso Oll dtbalc L'm cada Casa [LcgisJali"al 10 memhru do Congrc.ssol 11~() deve SL'r qucstiollado CI11 qualqucr oU[ro Jugar". Ct)nslillli~,lf) dos ESlaoos Unido-s a11. 1. ~6". cII. )\ "C"rsân da Clausula adolada pL'los Fundad(lrC~ misem..::llHl-SC {k pL'rtO .j I inguugcll1 <ldn!adu ilO mII {~r I? i,!!.hf.\· illg10s clc 1689. qUl': saiu da longa lllt<l pela stlprl'macia governaIlll'mal L'nln: os Illonan.:<.to: Îngkses c o Parlurllcnto. duran!e fi gunI as Iris penais e ci\ is [<11"<1111 llsudas para iilliillidar ('~ legislad{lfL'S. Dt'sek {\ llWIlli.'IlW da COIl\'clu;ăo Con.,;tilud{)naL () pri\'îk'gio C"onSlIbstam:iadu n;] CI-jusuln do discurso ou ckb;HC .: "rectlllhc(jdn como Ullla importanti.' prPlc,,5.(l da

illckpC'lld0ncia l' irHcgricludc da legislalura" Ulli('d S(ale.\" \~ .II1I/11.\"(1I/ 383 C'S /61}. /-:8 ,/1)66/. pam servir como prml'I.;~("\ conlra uilla possh'd

,.,

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i.KUS4ţao "pOl' UIll executi\'o hosti] c i.l COI1\'lc~fl() por tiin .1udicirlrio hostil.1 6

1··· ) A Suprcl1m Corle .:tinda nilo se pronuncioil sobn: a queslâo prccisamcnll' l'm mâoş. Em 10-21 de mai o de ~006 t'oi a primcira Vl'Z gue o gubinclc purlull1o.;'lllUr de Uill Mcmbro [do CongressoJ f"oi procurndo ]lela E:\ccutivo. /\ [Supremal Cone csclnrecclI. no cnt::tnl0. 110 c011lC:-;lo de UI11 grandc jlu·i in\'cstipH;·ao. quc "n ClâllslIb do dist'unm ou debak foi dcscnhada p<1n1 assegurar uma eslalura eqllivuk'nlc u do govcrno para a alllpia libcrdadc de discurso. debate c dclibera<;:io. sem intimida<;oes ou amC::J<;as do Poder Exccuti\·o. "(;I"tll'd 1: f..-'nill'd State.\" . .jOS f..:'S Of)(i. 6/(i (]Y/2). Embora cm Unll·eI. a [Suprcl1H1] COrle considcroll quc () Ciauslib ahrn<;11 o pri\"llcgio depoimclljo. ido cm 616. ::ne a [presl'llte] dnta t\ [Supremal C0I1C l1:io se prollllll('imi se a exislencia do plivikgio cnnJl:rido Pc!<t CJ.illslIla inelUl llin pri\'ilcgio de niio di\"lIJgn9âo. No (..'IW\I1lo, esle TI·ihlll1aJ lt'ml,.

Come~al1do C(lI11 a "bscf\·'I<,:ao de 'Ilie a proibir,:uo conSlanlC na CJ,iusuln do discurso ou ucbmc ..: "e.xlrellHlmeIliC simplcs". eSlI,: Tribunal considl"ruu. em /1/"11\1"1/ & IFiflioll1.\"IIII. (i2 F.3d a 415. qUl' Il Clâusula inelUl IIm pri\·ilegio de nfio dinl1ga<;fio, ido CIl1 :..\20. Ohscn·andQ que o prOp()SilO da Cklusula de discUTSO ou dt'bal~' (: .,., para garantii" quc a rlln~,l"

leg.islaliva 1}ll"ihuida pela Constituir,:âo ao Congr(..'ssll pnsstl Sl"r realizada de forma il1lkpemkllll" ", sem pn:nder-s,' l'lll dislrw,:oes e01l1 [eq:nluais] litigios ci"is cntrt' particulares ou nos pcrfodos de pcrscclI(;:10 penal ". ido a :..\15 (citando Eusllallt! 1: V .. \". .... ·en"ic!'lIu'II.;· FllI/d. 421 US 491. 502 (1975). o Tribuilai I"l'jeiloll n ide-ia de qUl' a iilluilidadc do.:: depoilllt.'Il10 IcolllidaJ da CI:iusul<l do lhscurso nu d~'batc aplica-sc apenas qllando (lS

~1eJl1bros. ou seus lIsst'.:.sores, sâo pl'ssoalmeille inqucridos: 18

----_ ... _--Iri llnitcd SI'Jt~·S Cour[ of Ap~\Ib r;,r Ilie Districi OfCiI!tuun·I;1 Circuil. (illiltd S/(I/<'.I r. R'I.I·h/irl/ !lml.l"c' (~ijic(· lJuildill~. R,!rJ1II :;! J J case n~ 06-3 l05 1 :noÎ): TII,· Spn'L"l/ tiI" fJl'iJUIC C!aIlYl' l'l"m·itl,·.\· /lto' ·:illl" lUI.'" S;I>!e,·/) OI" f.ld'U/e ill <'ÎI".'I" /{OIl.lt'. [.\It'IIJf.,'r.,· ni {·'J/Iw·,".'J .<Im/ll/OI h(' (llw.willll<',J iN (II~' olhel" I'ltre.· . .. ('.S. ("()\·.\T <Iri. ,. S 6. d. 1. 771,· \·,·r.\t.m (Jf III<' (·{aus,· '''/01'''·'' hy Ilie ':0/(11,1"1".' d".'""~l· rr.'c'mNes fiiI'

lal/gll<lKI' ,,,fOfll.·cJ ill tit,' Ei/gli.," SiI! (~r Righ/~ (!! j(,,\"f.). ,,"Ilie" Ci/nIC 011/ of III,· 11I11~ .wrllggll.' fi'l" gOl·efl'II/Olla! .'lIpn·/I/(I<.".!" 1>.'1''''<'/1 III,' En!{li.\h 11101I<ll"eh, <lmlllu· I'llI"limnclII. dllrin).! \,.f/ie!J f!te l"J"illlimd <111.1 <"i"iI I(I\\" "·<,ri! IIs<!d /() ill/unid"le !"i8.<"!,,/ors !f.l· IIw '/lIIt' of" Ilie (."OI/Mill/li,ma! (·"II\·,.mlioll. rlte" I'l"il"/!cy.e <'lllhndl,'d i'I/l1e Spel'cfl (ii. /)eh"h' ('f(l/rs,~ ,,"as ··/"('(·"gl!i~<'I1 (/.\ 1111 impl"·'<IIIII'I""I"<"lioJ! ollile mdc"{'<'lIIkm·,' <111.1 i!/lcgrill" nf lll'· Ic·.\!.'.\hlli(l",: . .. 1'1111,·(/ SI<II<'.>" , .. .I11/IINJ/I. 383 ( rs. 1(0'1. 1 -8 (1901;), o/lll

W(~'· In .>",-,1"1· .. ".,. <1 ","",(" ·/lml uj.;ili",·, f'ossih1c' ··;11"0 ,,·clllim/ il)" ,III Im(h\'lIdly l'.n·,·wil ... (l1U1 '""111·"·';0/1 hy " IW.HiI" ill.li6111:\". 17 UIIÎlcd Slal(', Coul1 of AflPcal~ rllr Ihc f)i,tric"1 of C"IUI11t,jU Circuil, Clliled SllIIt'.' \'. Ru.\"hul"II 1I00b<' OI/ilo:.: lilli/dillg. Romii:: II J ('aS(' n~ 06-3 105 COO,): nI!' .'>UJlI"I·II/<· COIII"I Iw~ 'w/ .'poJ..·,'1I Il> I},,, pn'ci;,:,'

1~'SIl{' //1 11'111"- .I/'~I _'(J.] 1. ::006 11"111 II/"./;nl lim<, (1 Silllll': .''''lIIh,·/" nm!'.l"(·ssiollol o(ih-e ha! h,'''" .~,"al",",/{"d h.l· tlle I;.\",'cwil·,·. 77n' C"/lrI IT<I." II/<ld" d('(/I". Junr<'n'/". 1/1 IIT,' <"om,'xi ({ II gl'lllld ;11/")" im·,'.>"liXoI/{(JII. 111<1/

.. ; It" .\",,,·c"ch ,"o /)<,h, II" (·!all.''-' II ti"'" d,·,· iglled /fJ II.' \·II"'~ li ,·0·, ·(/'lr II 1>/"1I11,·iI ,1.111 (, :':Ol·"I"II/II<'!Il II ·i,I,· ji·"edoll/

oi SfI' '(.'<"h. ".-fI,IIl·. mul d,4 !h",·m iOIl \\"11 Iii mi 1111 imid,,1 io il! ,II" ,1,1",·0,," ./i"IIIII IIT.: Execul h·,· Unii/efi. .. GJ"urd 1·.

/'lIil<"</ :-;1,Il("S. ,11I.'i /J.s. 6f}(j. fJ/1i (/!)~."!I. ,·UIi/uligh ill (j,.,ll·('{ IIIi" (·(mN ileM Ihullh" CI,lIIs<, "111/'1"0("(>" ti

le.,llIIllllIiu! /l/"i\"l1egt'. iri. <lI 6/1,. /o t!ulr: 111(' (·0/11"1 /ws /IIil.ljll)heill!l! u·ht!t!wr tiu.' {J1"I\·rll'R-t! L"oll.Fl"l"t·" OI"

lire Cfuu.,,' inefud,'." (1 "ol/-dhdo,I/I/"" fil·h·ile):,·. 1/""'1'1·<'1". /ill, ("0,,,·1 Iim·. 18 Unil .. ·d ~1~[cs (ourl of I\ppellb (,lr Ihe Distrkl ofColumhin Circuit. Ulii;"'; SI<I/(·.' 1· R<lyhul"I1/loll.\(· OlJic.· Bui/dillR-. ROllfll :: 1 j.1 ca5C n" O(J' J! O:' r 2P(7): 13t').!illll",g u-itfl 111/' ob.'L"f"nllili/1 /I/at Ilie {'I"ohif>ilion

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Evid0ncias dOl'umentaÎs pndcll1. ecrlamcnte, ser tao revcladoras quanlo as comunica\ocs urai:,; - ll1csmo que apcnas indiretamente. quando. ('(11110 aqul. os doculllcnlos em qucstăo ... nii.o dctalhnm <1\'0('5 cspecificas do Congrcsso. ~das as lIldic3r;OCS para o que () Congrl'sso estâ olhando fiHIlCCC11l piSl<lS sohre o 'Ilie o C{)J1grcs~o CS[il fa;.:cndn, nu pndc ('slUr pn.:slCS a ll:lzcr - c. se isso c vcrdadc ou nik'. os (h,nl1ncn!os Sfill pf0curados ('om o prop()sito de inqlliri~:10 (ou frllslrw;;}()) legislativa.

Assim. I1(1Ssa dccÎs[lo t~Jll Bro\\11 & Williamson dcixa elaro qlle () prop{1sito da illlunidadc c o de pr';\('nir ilHfusilcs rw prO!.:csso kgislml\'o e quc 0 jlwcesso k'gishnivo (, intt'rrOlllpido peln divlIlga<;:il.o ek muteri.1I !cgisl:ltivo. indepcndL'ntcllll.:lltc do IlS0 1'10 qual os materiais laprel'ndid(l~-I scr::i~) de~linad()s. Ip(l!" isso !lles!l1ol A o:lIT<::ira il divulg:u;iio e absolut:l. \t'f E(I,W{C//U{, ./11 l!S a 5fJ3, c nfio h:i qunlqucr razno pma acrediwr quc il bmrcira mia podc ser aplicnda tanw na t'sfera penal quantn na c,sfera ci\'il.l'l

Aplicando a teoria da imunidadc parlamentar ao caso concrCIO

dos <1utos. a Carte de Columbia iniciou o procedimcnto de SUbSlIll\<lO IlOS

scguilltes termos:

A hw:;ca 110 gabinctc do cong:rc::>sisla ,rcni.:rsoll dcw lef resuhado Ila di\'ulgao.;âo tII: m<ltcriais legislati\-as para agl'l1lcs do Ip(lderJ LXCCUli\'o, Nn \'crdacle. n lIlandado judicial qUt CI acompanhava la buscal cOnlcmplou-a [a di\'ulga<;ăoJ, A fim de delcn11in:lr quais os documenlos CSI<l\,:II11 comprcclldidns ilO Ill:tllcbclo (k busca, oS agenles do FBI ti\'cralll qw.: writicar 1Odos os pap0is ilO cscril()rio do cong,rcssisla, alguns do:; 'lilais l'l'11al1lcn](; CI'(I11I rclacionados a alOS Icgislativos, Esta obrigaloria di\ ul!;a,,~\O tcnJc claramcnle a intcrft'rir no ProCCSSI) kgislalivo: o illlcrcambio Clllre Util dns I11cmhms do COllgrcsso c funcit'narios dn ivlclllbro ou ('nlr(' os IHCl11bros do Congrc5so sohre qlU:SI(i('s lcgislnti\'as

in Ilw S'''',xh (li' {)<lhu/(' ('!Ol/I'/! 1.1 "Jc'n'f'li\'c'~l' siol1f'/i.!. ,. Il1i" ~'/JllrI heJd ill 11,.""'/1 ,~, If'i//i(/i/I_VIII, /Î] r.J" <II ·//5, tlwl III,' ('(,,1/,\., illdmk" tJ lIon_di,"'{""lIri! pr'\'ih',I!,<', iti. OI ·120. Xotiny, /1/11/ /11.' fI'tI'!'o"e 'l !II(' Sflel'cli or O.:h,lI" (·'ml,'e h .. 'In ill\'II/'<' 111U1111(' I<:}?is!mil',· /1111<'1"111 IIIl' (·m/s/illilioil 1111",'01<',1' 10 ("'II/gre.,_, 1II0Y b" 1"',-/,,rl11<'" i'I</"f1"/1(k'IlI~'· . . "·;'/'11/11 1'1'f.!'II'I,I1O /It,· ",.,,/'.,<"/i,,11.\ ,!r flrinll., dl'iI (;ligmÎ01/ tJr Ilw

!)<!ri"ds uf aimillu( l'r",,,,xufiul/," iri. <II .1' j IfllIPling Ea-fl.lII" \', 1.',:;. Sen·in'III'-'1l 's FI/lld. .1_' / 1 .. \', .Il) J, 51/_' 0')-5)). If,e ..,m/,I /'t~iecr.,.t Ihe I'/.'H' Ihtl/i/IL" lt'slim""Îullnw/llllily 0/11It' .~iJ,','('h or IA'hal,' CIUII_I-t' "Ii/,I!"s ()!!~r 1l11l'1I ,I/('tllhl'r,; II/' thdl IIi"/'.> ur,' r<'/,.I()nalIr ',1I!i."ti!!l!<,d: [)OC/tIII<'II/W:I' ,'1';",'1/,,<, nU! C<!rf,IiIl(I'

h" ,/,1 rerc'u,'lJIg liS 01'111 (,o//!/I111/1iuIIU1!IS .'\'!'II (( ,m(r indi/,<'c//r "'/1('/1. UY hel',~, Ihe dO<'IIi1/e!1u În '1/1<',\/[,111

, . , do IWI dc'lUti "I',~c!!I<.' COllf!P',,\ioll<l' <lnilJ/ls, 1IIIIIIIdinll;I>11I <f.1 10 wlwl CfJIIgrt:,IS is ,,,,,Aill.!!, III I'I"I!\'/d., .111<'.1' U.I /0 11'hal (·(}llgl'''.''''- i.> dt/llig "1' mlgll/ ho: ,,/>,ml 10 tiI! ulld Iflis il 11'/'" whelhc'r OI' 1101 III('

.10<'11111;:/1/,1 al'(' wmgluf"" tII/! /'111710-'''· o( iI/</lfirÎ/I).! ÎII/O (dr)rll,H/'(llill.l!.1 legil/alil·"_ 19 T/I11". "u/' "pinjol/ Îl! B/'oll'1! & lrifliulII.'<m III.I~"'< d<!"r Ih"r <1 .(.,.1' f1111'1"~'" ,~(/he 1'1'11"11.,;:.<, i_1 10l'n'I·,,!/! /1/"'''.'''111'- i-'l tir,' (.'~j,.-I/lII-"'· I"'()n'~.' <md Ifllll tii" legislll/ÎI'" I'/'O("'S'- i,\ disrlq>l"d 1>.1' Ilie âi~cll"'II'-L' fir !.'Xill.lliI'" /1/0"'1';"/, n:",,,!'''''''''_' oflh,' II,'" III IrhICI! Ilte dlH1o,wd I/IlIIl',-i<1I.1' ar,' /'111. S,-,(' 0_' F.Jd //1 .J/(J.

'111<.' "",. OII '-'''!IIp'''''''' disdll,'/lI't' {., u!'_\O//lI", 'tT [(lSIlolld. .Il' u,s. (II 5()3, <Il1d rll(,'I't, i" n" ""U,HJII 10

heli .. ,,,· 111</1 11:" /our do!'.\" 1101 <IPf!~I' i/l Ifle Cllliliilld as wdl W 1/1" "/I'il ClJlllu-i,

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podeJll legitilllamclltt' cllvolver dcclarat;\)cs frtllleas ou cmbara(,:0sas: a possibilidadc Jt' di\'ulga!,.'Lin obrigat6ria podi::, pnrtanlo, fcduzi a Imea dc pOn!os dt' \'istn no quc di.,: respcilo i, nti\'idade leg.islativa. I~sle

rcsfri~l1lt'nto [dos lrabalhos Icgislmi\'Os] vai cii,: ellcOl1lro ao prop{lsilO da Ckiu.~lIla de pn)ter;ao conlra inIClTu]l\;ao do pr(lcesso k~islalivo.2()

o principal detcito apolltado pela Corle de Apelo nao cstaV;J

eX,Hamenle Ila possibilidade de cxpedir o mandado de busca e apreensăo,

Illas na forma C!l1 gue fora cxpedido (' ext'cwado, no qlle dcveriam os

agclllcs do governo e do MinÎsterio Pilblico [CI' oporlunizado previamcnte

an Congressistas, ~IS <1utoridades e <Jos advogados da Casa a p05sibilidade

illlediata de aponlar o material potenciallllcnte gravado, cle forma direta Oll

indirelao pela imunidade parlamentar, diferenciando-n daquck cstranho <.15

atividadcs do Parlamenta:

Os prnccdilllcnlos cspeciais dcs-.:rilns ilO mundaelo de husea c apreensflo nfio Ic:rium cvilau(l a Vi{llaţiio da Clausul,1 do discurso ou dcbaic porqul.'

ele:; Ilcgu"am ao cnllgressisla qualqucr oportunidadc para idcn1ificnr 1.'

afinnar Il prj\,jI0~io ,,'111 rd:l~',1(1 au mUlcrial legisl<lti\'o anlcs de sua dj\'ulg<t~J{l {lbrigal{)ria an:; agcnlcs <.'xt'culivos [o fvllnisteno PflbltcoJ. Nu

\\:rdadc. ao Cmlgr\.'ssista, o s .... u ad\'ogauoo C ;J0 ad\'ogud!.l da Câmum dns Ikpuwdns !or:Hl1 ncgadc)s cntmda em qtmr10 2113 qllandn () FHI chegou.

Os proceclillll'lltOS cspc('iais dcselilus 110 ll1<lIldado de busc<l c aprecnsao

confiados il rC\'i:;[io por ngeIltcs do FBJ (' ao:; dÎ"l'rsOS I11cmbros da l"qllipc de tillragt'll1 dn Dt'parlan1<.'llll) de .Iustir;a uc\'criam proporcionar

prcviulllclllt' aO CongrcssisliI. a opul"lLIlliumk panl kk"ntiJîcar lju<lis os nHlIt.:rÎuis e[[l111 pOll!ncialmemc pri\·i1cgindos. Estt' proccdil11c-111O e

r. ~i signî Ilcmi\ ;lIllCl1le di J(:rc-l1lc.

20 17/.' "'(/I"ell o! C·'II/j?,r.'<SIIIUII ole(j,'r.,,}//·.\' "fiic" 1111/,11 hU1"<' 1"<'.\lJIt,~d ill fI,,' disdosw'c of ','gi.<I<lfin' //I,/h'rial< /() ,1,0<.:111.1 fi! III.' EI',OL'/IIi,'l' II/d<,,·d. III,' <li'l'licali/il1 ,1"{"(Jmp'IJ~\'illg IIIt" \1'///1'<1111 e,mlt-"'pltll<,J II. 11/ ()/",Ia /(! tI,·termille \rhdh,'1" /1It! dOt"I/II/<'IIIS )\"el"<' 1"'.'1"'/1.1";\\' II! 1/1" ",,'iII', 11 "'<ll"r"lII. FiiI ug<'lIIs had III /",'I·ÎL·\t" (1/1 of lir(' pa!,,'I.\" il/ III<" ( 'OIl~"n,\lII<III"" (~/.f;'·<'. (~r ,,'jlldl ""Hi! .\UI'("(\" rel"t<'d w "'gI5/ii/ino aer,", 7111, ('Oll/jicl/ee! dl,.clmurc· d"'II"~1" lelU!" IfI tli,"I'II,,: tlte Icgi.I/'IIi1·<, fil"lJee.\'.\': e,l'ehllllg,·" h,o/\tt'C!I Ci .\/("II/hel" ,,{ ( "">1gn·.\, "11.1 {!te .1Iem!tel" '.1 .IIllţl OI' «J/II1"(~ .1 km 1><'1".1' uf ('u!lgr,o"" ,)11 leg I.I'I!II ilo,' !!/(III ,:1".1" 1/1<1." I",-.:ill mlllel.l"

i!l\'olw ji-wlk OI" ,>mbarril.I·.lfng .\'I<lI"!II<'II/\": ffle f)OssihihlY '!/ eOIll/1c!i..:d disdosl/I'" 111,,:\' tii'" eln!,' chil! tlle (.'.rdwnge oi I'Î.'WS wilh r<,o'!!<!c/ /0 ,,":.:.i.I/lilin! "dil'llY 17li.> du/! /1/111 ("OUII/"I" 10 Ilie" ('{all.l"<' S /!Il!l'U'" of

PI"N<'diup' oguil!.\1 tii.'I'llfJli,,!! "/1"(" /l"gi,lrI'h'" //I"oc<,,\·\. 21 fiu: sp('â,t! {Jl"iJc<,dul",·.\ "llIlm",II!llfr.- lt"u,.I'!ml I!(thj,/l'il wO/lld '1"/ lim'e ,"'tiid.°cl riie d%/ion ,~llht' SI'<,.' .. h tir D el"II" ('/"II,e "<'<'(//1.',' 1/"'." d,·tlln/l",' ("IIIP, ','.\1'1(111 </11.\' "I'I"1/"//Il/i(\' 10 IIl"l!Iib' ,,,,d 11.\',\<,1"/ 11t!" pri\"i/eg .. lruh nOo'J.'eCI 10 legil·/,tli'·'· m,/I.,,.i(l/.I ;','fiw(' tll<'ir ("fJlIIl'dh'd {!i.ldo,'IIr.' /0 E.r<'cIIIÎI"I! ilj!(·J/I.'

fnrle,·,/. //1/: C""gre·.,.ţll/llI/. "j.1 II/lor/l".I' . • 111" t/JIlIJ.It'I/ol" IfI,' Il<m.'" n.1 U"jln's,'III<1!i,·".' lI','r,' ,}('"ied <'1I11T /Illo Ro"", ;: 1 /3 OIlC,O 1f,<' FfJl ,/r,·il"'r!. nu' .\·f!,oC·/ld 1'1"1,,:.-,1111"°,,· de." ri"t,J /II III.' wurrWII ,Jfiir/UI'it i"1I1"-'d fi'"

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A solw;ao foi. enlao. no sentido do rcconhecimento,

prcsC'rv3~ilo e adcqua~a() do qlle C legitimo a inclependencia e ao

l'uncl0nalllento de cada esfera de Poder, de modo que a C0I1e de Apelo

determinOll a rcslitui<;ăo. a Ilwl1Luen<;iio do sigilo e a !laO utili2a<;:50 de rodo

o material aprccndido pclo F131 c repassado ao Ministerio Publico que dizia

respeito ao Parlarnento . .Ia o material !UlO gmvado pela imullidade, de

ori gem nao parlamentar. foram liberados para utiliza~i'i.o como cvidencias

probatorins no 8mbj{() da pcrsccu<;ao pt;'md:

A Suprema emil' H:m instruido <1 Clausula Ido discurso ou dl'batc] dc\'c ser aplicada "de {al fonna CI garantir u indcpcnd':!H,:ia 00 I'Poder] l.cgislatÎvo sein allenlr () cqllilihril) hislarieo da::. 1r6 I.'SJlT'lS e4ui\'u!cJ11(,S dc C/ovcrno,": Ihen-steL 4()X ll.~ ,11508 consulte Fidus, 4591,',Jd il er AplicanJo eSles principins ILla irnunidndc parlamentar e da scpnr;lI;ao de PodL'!'cs[_ POdClllOS eoncJuir qUt'1l nmgressisla il'lll o direi!0 - assim como o Tribunal Dislrilal podI.'_ na prinleira insl;:Încia dctennillar nos !ennos do mumlado dl' busca pr\n'isuria - up retorno de lodos os mmcriaÎs (induindo cbpias) gravados de imunid'ldc parlamcnwr. snb n Cl{lU~ld,1 do discurso (lU dehnte, Quuml() CI Cl<'llisula C ;lplicavel a sua protcţt1o t5 ~lhsoluta_ Pnra :1'<; razoes in\'ocadas, ;tUSCnle qualqucr r('clama~flo de illl('rrup~iio do cscritorÎo do Cllngresso CI11 nv .. lo de falia de \'crsik's ori~inais [do material mio gra\'ado pela imunidade [_ miu (- nl'l'<:ss~i.rio Ordell;lr o rcgrl'sso da mall'riais ndo-pri\'ilcgiados conlll mais 11111 rCll1cdin pari:1 a \'io1at;i1CJ dos U:lllsul:J,

[ .. [

De comUIll acordo, [cmos que.' () l'ongrcssisl<1 lent direito ilO rcgresso de tndo o lll<llcri:\1 kgisJmi\'o (originuis e c6pias) qUC ~:lo pr()t~gid()s pela Cl:lusulil do discurso nu ,kb:lll' aprccndido 110 Rayhurn HU\lSl' Onice 13uîlding Sala de 2,113 Cll1 21-22 de maiOlk 2006. A!em disso, c'mf .... 'rme contcll1pludo pela g.arilnlia du mnndado de ousca l' apreensfln (,-onsulle Thihauh AlT. ~~' I 37-]X), os agL'tll<..'S do FUI que c;..:c('ularam fi sck<;:io do material ,<;igiloso pela mandlldo dC\'C!ll conlinuar a ser impedidlls di: !'('vdnr o CCJIl!Clldo de qualqucr ImmeriaJJ pri\'ikgiado ou "pO!ilÎl-:Ulll:ntc sc:nsin'! (' iteJ1S n:l0 incriminadnrcs", id. '1 13S_ l' des nan dl'\'~m ,<,cr l'11\'(',I\'idns Il:! pl'rSCCll~,l() CIl1 andamcn!p ou em (Ju!rns elleargos

/,,'ri<-,,- Iw FIU <I~('I/I\ (J/ul ,ili' H'l'<'J',d lIIt'wlw,'" ,,( fitI' ,IIIItin' !)"I'm'/Ill<,1If liber ll'UlII befiwe llii' (. '''/I.~n'_\.~IIIt1i1 ml;,1d hc a/l"rrfl'd ,III ,,/,/'ol'l/ll/i/\' io 1/(i'IIf!i.l' ,,11I<'1/1;',{(I' p/,h:ii<'::.,-d 11/<11('1'1,,1.-", 7'l,i,\' /11',wedllre ,:\ ,\'i;.;nilic<iIJ/1.1' dif),n'li/ ,'\,,'/1 /rom /11,)\,- :Ii,- /;;'1,<'clIlil',' 1r"S (!II "'YUyi"ll <lt/n'd,'" [o d;/il'1'

/,/'Îl'i/l'g<',1 11011'1010'<:1,''; illlli .. ('OJI,\'lilllli'''I,

M: J.S6~ "

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decorrcll!cs da in\'csliga~ăo desl:riw 110 rnalldado de huse-a e apreens,10, ("om CXC\!9fio de cnpncidadt de rc::-posta. id?2,

o tr:H[11llCJl!O inlcrprctativo lItilizudo pela Calin (~rAppeals/()r

file District of Coll!mbia Circ'uit sobre a mah~rîa !laO sorrcu. posteriormentc.

qllalqller ccnsura da US Supreme COllrl, gue em 31 de Illar~o de 2008

de-negoll o recurso ao i..lcordăo. interposto pela Govcrno dos Estados

Unidos~3,

o gue vale rcssaltar e gue o mandado de busca c aprecnsâo em

SI lllcsmo nao e vedado pela imunidade parlanH;'lltar, mas a sua exccuiţiio

deve obsL'rvar dois critcrios SCIl:-;IV('1S a sl.:para~ao c hall110nÎa dos Poderes

independentes, O primeiro c a snlicita(,'ăo previa para el cntrada nas

dcpendencias do Congresso c filiais, cam o atitude de respeito fi Casa. que

dcvcra autori/.ar 1l1ediantc o agendalllCtllO bre-ve, O scgundo e o

acomlxmhamellto do cong,ressista C' de rcprcsentantes da Casa para separar o

material gravado de imunidade parlamentar, pmque este e absolutamcnte

inSllscet[vc] de aprccnsao e de utiljZ;l~ăo (:0)110 prova judicial.

2:! nI<' :')uprl:"l1Ii! ('0/11"/ h(/,~ /II,II/'I/I"I<,,{ ("'1/ [flt' ('IUII,le 1,\ '<1 n(' appli<',j "in \"IIch a \1'((\' '/~ fI~ ill,\'/lr" (ht, il/d<'fl.'nd.',,("<· of III<" h-J:,islulII/"(' wil//OIII ,,1I,'rill).: 1lI,' llislOri<, ;"1/<1111:" of 1/11.' '''r<,,~ ,'o'ţ'q//o/ bnmdu's of l.;"I'I.'I">/II/<'III, " 81'<'1\'.'"1,'1', -lO,'1' (:,s. tii 50S: H',' Fidds. ':59/-",3.1 fiI 9,APrM.1"ÎII!!-II/(.'.\(' pl'iJ/dpJ<,~, "' .. ('Oile/ude IIml 111<, C<lllg!"<!!i,VIIUII is "J1/ilh'd. II' III.' "iMri.-1 <"ourl ml~" in tlw fir", ill"I(IIIC,' tI.'I!'rNli" .. pllrsllanflo tiI" !lell/mltl O,-d<'I', 1(> 11l,' 1'<,111"1 of aflllltll.:ri"I,,' fille/udillg (""pies'/ flwl fir" />I'iI-!!".!:..'tI "'J!isJ"lh'.' mu/.:rioJ,1 1IIld.:r Ilw -"pe .. dl vI' Ud'ult' CllllfY'-, Wlwre 111<, ('hl/l\'<, opplies il .. "I"<'It'elioll is ""-"Olil/t', For 111<, rt'II."JII,\ ,'WIi.'d. ohl"('111 UII." <:I<lilll n/ dis/"/lplit!ll or 1111' emlgrf:.\siUlw/ ('.11;'-,' b," /'('asOIl o(!ad 01 rJI'if!.ill<l1 \','/"Si"II~, il

is 11I1fI,'CI'."l"nl"r II' arde/' Ih<, ,"<,film ,{ I/fln-l'rh'i/cf!.l'd /I/(II<,/"i,II,\ (1,1' <1 fil/'lh..,. 1'l'1I1!,,~\',[i.'I' 11",- \'iolmion 'irlll'­C{,IIII'eI '! ,~i.'(,'",'/IJI1;:/l', lL e Iwld I h<ll tlll' CrJi!gi"e,""/!/o1lJ i,' .'//filled Iii III,· /"1.'/ /lI'1i I !l,)/Ii ",<-: i,\ i, 1/ i \"(' 111111"1"1<11" (ari:;:!I)(//s (Oild (."01';".<;) tirul (tr~ I'/"OIt'<"I"tl hl' ill,~ ,"',It'edl nI" 1),.h,1Ie Cf,,!!",; .l"t'i::"dJi'''1II /(11.1'1'1(1"1/ f /!lIIS,' ()J7i('<' IJllildillg N/lflm 21/ J mI ,\Ia,l' 2(),.' 1, .!I)06, FIII"IIH'/', as ("un!('/lIi)!IIIt'd h.r Ilie \1"'1"/"<1111 ",l;d(/1'Il, see Tllihaulf Aj]. '" I J ,- ,J8, Ifle FIU ((l--:t'/lI,\ Il'!'/! ,',\','('/11.'" 11r,' ,\"<'ardl 11'<1/"1"<111/ sl/1l!! ("'I/illll" 10 '", h(ll"l <'ci fi 11111

diKlu,~iIlX fll .. ' COIllr'IJ/.\ 1/.1 (III,\' f>rÎ\,,"!.:ged <I/' "!,uli/ieal/,\' -ICI/,<i/il"<' <ll1d /!IIII'/"~'-,prlllsi\'" ih'III.', .. ii/. ~ /38, and fller .'h<l/l!fllf he ill\'{J/L'l'd il1llt"",'mfil1)! I',."""nl/;ol/ OI' o:h,',. ("h(l"~n' (I"hi/l~ (rom fii" im'(',,'lig<lli,m dc',H'rif>"d ill/h.' \I'(:rrullf t/jlid,jri! 1>111<'1" 1111111'/\ "f!}!(lrd~ r<'~f!"'/'ii\''''I<'.u, iti. 13 A afirma",10 pode ser confirrn,\(l:! na pagina da U~ !:Îuprel1\e C<lun na imcmCl: ",' " > 11",:",,-,, '1' :" ,r, ';" ," •• , ,",' II-,~ j" '1',,: 1\l'I'SSO ,;rnjunho 2015,

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Rctornando ao casa brasileiro, toma-se possivel e necessarlO

dessurnir glie ,1 C,imara dns I)cputados do Brasil tam bem e asscgurada a

imunidade de sede. nos incisQs !Il c IV do anigo 51 C 110 capul do miigo 53

da Constitui~ao.

Como se ve, a imunidade de sede da Câmara dos Deputados e cl1lana~ao do principio da $epara~ăo dos Pode-res. Principio gllc. data vel1Îa,

foi "ioiado peia dccisao agravada. Isso porquc. scm anucncia previa da

Câmara dos Deputados (!la vcrdadc. sem sequer sua cicncia). lllll Oficial de

.lustip e membros do Ministerio Pllb!ico adcntraram nas instaIac;ocs da

Camara dos Deputadns. isolaram lIlll de Se-liS sctores administrativos (o

illlponante setor de infonm'ltica) e deie cxtrairam infonna<;oes. Tuda

autorizndo por ardem judiciaL Sendo assim. configuroll-se a viola~ao, pela

Poder ludiciârio. da imunidade de sede de uma das Casas do Poder

Legislativo.

Por tai l1lotivo, se o Brasil realmente C uma dC1l1ocracia que

pretende acompanhar o nivel de civilidade curopcu c norteamericano, os

direitos estrangeiros revelam que os documentos e os dados rccolhidos na

sede da Câmara dos Dcputados, sem a previn mltoriza<;ao do ParJamento .

devcll1 sa imediatamen1c rcsiituidos il Casa enan utilizados em qualquer

proccsso judicial.

v - Di, VIOLA(:ĂO AO SIGILO DE FONTE DE

INFORMA(:OES DOS OIOPUTADOS

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Albll de desrcspcitar a imunidade de sede da Cămara dos

Deputaelos. a decisao ora combatida violou o sigila de fante de infonna<;6cs

elos dcputados, Assim esta prcscrito no ~ 6° do al1igo 53 da Constitui<;ăo:

""r...' 6" (J,I Deputat/os (' Senadores nâIJ seri/o nhrigados a lesfetJllIl1!w/' ,whrt' il!(iJtlllo\,jks tccehidos OII pn:sfat!(lS CIII 1'(/:(/0

dn eH:rf'Îcio do /lUlIlt/u{o, /1{~1II sohrc a.\ PCSS(J(/S (II/(' !fu's ('oll/Iorall! 01/ deles tl'c('/1('/'{11I/ iI!/iH/J/m;(Jes ..

Ana!îsando esse dispositivo constitucional, Lenio Luiz Streck.

Murcclo Andrade Cattoni ele Olivcira c Dicr!e Nunes escrevcm:

AC :U:n5

"De p/W/fJ, t; de ,w'jir/1/u/' qlle loc/O cit/urliio II!I1I f) clcl'a de

f('s/eI/lUllllar, qlf(lIIdo, ctllll'ocudn pehl autoridmle judieiul, podemlo, iI/ciI/sin', sel' (,II/Ilpelit/o a lai, ('(/.\'0 se reCIIst' il~tillld(/d(lm('mc, poi!el/(Io a/J 111('.\'11/0 ser IIlili~ad{/ /OI\'a pofidal para nmdllzir li Ics/emuI1J/{/ (,(J1/vOC(lt/u an jui::o OI! IrihuI1(11 comţJ('WIII(', ti is.\'o se de/fomilUl ('iJlldll('iio dehaixo de I'ara, !:'m

p/'incipio, () lIIe,lll/fi den:r de Ics/elJlI/11/wr em jlli:::o .l'ohre fiI/O.\' '111(' llO,\'sal}) ,l'a dc seu (,()llhecillll'lIl/Î c qlle SII!)(j,\/ilIIICI/f(' sejolll

indi'\l)ell.l'dl'ei.1 li il/.\'/I'u(I;O do proecsso, n!Coi ,\'()h/'c o,\'

par/ai/l(,l1Ia/'es, !\las () Inll(f}II(~1II0 que (1 CF Ilie.') COli/i'n', .\'ohrc 1/

mlil/IIS de {es/(,/J/l1l1har, (~ d{/i'l'elICÎado. I..'/J1 ra::iio da Jill1\:iil) (jlle

exe/'t'('III. /1 limifflr/iu fi uhri;:arrio de les/emulI/Ulr tflmhE:'" SI'

juslifica comn illstrll1llel110 a garll",ir o Prillcipio da Separ(l(;(;o do." Pmlerl',\', IIWIl1I:IIt!O li il/r/epefllli!lIcÎll do Poda Legishllil'O em filcl' dos tft>mnis, 1)('111 C(lm() fi /llIrmnnifl Clltre os /n',\' por/crc.\', A.IsÎ/I1, ('s/a prernlj!alinl n!io de\'(' ser \'ÎSIa ('011/0 //111 pril'ih;j!io pes,HJol tim/o IlO Iwrfalllellfar,

Ewllamellle por /IIin ('I)/!/i1-!lIrar IIm pril'ih;gio suNelil'o do nmgressisra, m(/.I 1//1/ ill.willlfo {file I'isa (/ /l.urallfir (1

illdl'!>{'IIr/(;/lcia da ill.l'/i/uil.:tio "oda I,egisla/h'o, t; qllc (1 ,~~' (j" d(l

an. 53 prt',I"{'/'('l'(' /fIII! 'os Dep"IC/dos c Senadores mio .H'nÎu

ohrigodos a h'slellllm!Jar sohrc ÎI!(ormo('{)(!s /'L'cehidll.\' fiII jwc.l'Im/as ('/II rtl::(/O do exe/'dcio dn /ilO/ula/o. Ilel/l sobre 0.,

jIC,\'.I'()(/,I' qlll' 111(',1' {'OI!f/urwlI OII dl~jl!,l' n~cebe/'om illf()rlJ/m,iJe,I",

Da diq'(/o do disjmsilh'o ,mh COII!elJ{O, percehe-,\'(' (jIU', tJ

11/1111, o'; cO/Jgr<.'ssis/lis IliÎI! podertio s(!r cOIu!lf::ido.\" i/ebaixo de \'{wa, OII ,I'<io, /lan Imi/erau ser /II/iII/atins pela uUloridade judieiol, COIliO .Il' .fi/riu CIIIII ql/a/qul'I' oU/l'a {('S{('III/IIl!ltJ, Em /'C.'.peÎlO li im/clll'l1d,;lIcia e Iw/'monill (jilC impe/'o elllre os

"

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po{/(!rex. () P/Jde/" Judlcliirio dererâ dilr /raloul/.'JI{o d!krenciado (/0 memhru do }'od,,1' Legis!ofim. emllo exiguio pela CF Assfm. (1 jJur!o/llcmar seul cO!7l'idlldo a fes/emuli/mI', Îmlwis cO/llpelidu complI!sol'itlmcrue, bm dccorlc da I!x/)I'essi'io '1/(/0 poderâo ser ohrig(/doy (/ le,~t(~lllImhar' cont/da 1/0 nOri//(! cO!lll!l1fm{a, A duos, I'isllflllhra-se qlle (( jJrer!'o!:oril'(f someI/le .'Ierti dadll tjllmu:lo o lesfellllllll!o recllir sohre jiuos OII illf(J/'I1Iflţt1es /·i'cehida.~ OII

preslodm pelo (,(i!1g,re.\',\';SIa, (il! ,\oh!'C' as pessoas que Iiles detalii OII ddc H:cehrrlllll /(lis il?((lrma{'oes, mus semprc ljuWlllo fuis

injhrnw(tJl!s ou .lCI/O,\ ji)n:m veiL'lI/ado,\ cm r(17::(/O da fllllfâo

jlarl{/Jllcn!(//" li rC.\/rh,'(/n de(.'orrc da expi'f's,WIO 1.:111 I'az(/o do

cxercfcfo do !IIondaia, l'll;;ada 110 olJldido disţJositivo. Selldo

(ls:.;i/ll, se a iI(formll<;i'io rl'cebida OII prcsllldo !Jelo parlamentar I1rlO (! {enhu xido c/elh'lIJ11CI1fC eli! /,(JIfjO do cx('/,c!c;o tI(I J/londafo, II1(/S por l'u:('J{'s porl/cillares, dc)'erâ Ilie ser dm)o II

mes!IIo Irt/lWII('il/O exigido pom Cjua!qllcr lestemll111w, .. }.J

Como se \'e, a prt!rrogativa parlamentar lIlsculpida no § 6° do

artigo 53 da C()nstjtLli~ao federal serve, a um 56 tempo, ~t protcc;:ăo da

pessoa do deputado ou scnador - glie !laO pode scr condllzido "c/ebaixo de

vara a lcstcmunhar num proccs::.o - c ao sigilo das informalJoes

n'ccbidas ou prestadas pelo parlamentar no exercicio das funţoes, bem

COlnO das "pes,'wmi que Ifle.\' cOl1jiaram OII deles receberam illj(}/'l1uu;iJe!<;",

o preceito. como reve!ado IlO precedente n0J1eC1111erlcano

mencionado 110 t()pico anterior, tem dllilS fincdidadcs: a primeira e de

asscgurar gue os assulltos do Parlamento. sigilosos ou nâo, nao sofram

interfcrcncia dos demais Podcres. a segullda ,:', de asscgurar o regular

lunciol13mento do::. trabalhos ca Casa Legisl::J1iva, evitando glie

parlamemarcs deîxenr de comparecer as suas rcunioes por conta de

convoc<1y{)CS externas para depo!'. Tudo a serviţo do prindpio da sepanu;:ao

dos Podcres, cJaLisula pe-tren do sis/ema constitucional brasileiro (inciso llJ

do S 4° do artigo 60 da ('F),

: I STRECK. LCIl jo r .111,-:: OI JVE!I{ A_ ~\-'lnl'c'('I() AnJmdt CallooÎ de: Nl:NES, [)jerk, COJlK'lluirio fI(' anj.;:o 53. ~ 6", In, (',\NOTILHO, J J, (i\)nk'~. ,,1<:>:D[:5: l"IEi\DES. Gilmar h:!TC'ira: SAI{LET, Iilgo \\'ol(gJl1:;- __ (Cc)urd~_J, (·"/ilomir!()." ,; ((tIi'lit1drâo do Brasfi, S,1o 1',1U[(l: Sarilj\'iI/Alm~'dina, 2013. p_ 1076·1077,

AC3~6' 12

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Ora, assim COIllO <lOS jornalistas e assegurado o "sigila da

frJl/te ,. (inciso XIV do 311igo 5° da CF). indispensilvel para a garantia do

dircitn fundamental de acesso fi infonna(,.'fio, nos parlalllcntares e tl'anqucada

a prerrogativ3 de 11(10 rcvelur a origem de informar;(lCS utilizadas no

exercicio do mandato, sob pena de cerccar a livre e descmbara\.'3da

atividade do Peder Legislativa. Tai eomo a liberdade de imprensa seria

gravemcnte atingida caso os jornalistas (()ssem obrigados - ainda glie por

11141 ndadu judici:11 - a revelar suas lontc5. a indepclldcncia do Pader

Legislativa ficaria st'nsivclmente reduzida na hipetcse de se cxigir dever

scmelhante dos deputados e scnadorcs. Aflnal de conUls. o sigilo servc aquÎ

a l'fctividade das fun~6es IiscalizJtilrias qU3n!O aos assuntos do Estado.

dcscmpenhadas tanto pela imprensa quanto pelo Poder Legi:::1ativo (sem o

resguardo da fonte, a infonll<l(,:i'io simplesmeme l1ao chega ao

jOnlnlista/parlnmentar e o cvclltl.ml desvio de conduw Ila C'sfC!'a plJbliea se

perpetua).

Pois bem, a decisiio do Ministro Teori Zavascki. ora agravada.

violot! cssa importante prerrog<.1tiv'1 congressual. Para justificar uma

vcrdadcira devassa nos sistcm3s inf(mnatizados da C:imara dos Deputados,

o Procurador-Geral da RcplJbliea 1130 escondcu que ~cu verdadciro

prop6sito era o de perquirir a "real (I/{furÎa dos requerimcntos 17. 114/201 I

CFrC e J1. J 15/20} 1 CFFC··. sem prc\'ia pcrmissâo dos Jllcmbros do

Parlamento. Em outnls p.t1:H'ras, pretendia () Ministcrio PublÎL'o Ft'dt'ral

sabef a origcm das infonmu;oe.s cnlhidas pela ex-deputad~l Solange

Aimeida 010 SUhSCI"C\'Cf ditos n;'querimentos. Prelcnsao quc acaboLJ

deferida pela Supremo Tribunal Federal. ta! o nivel de detalhamemo das

infonl1a~ocs solicitadas 1 plcilCOU-SC. por exemplo, accsso aos arquivm'

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origf/wis. em meio ele/remico, cm forma/o .doc (word) (..) dos

requerime!llos 11. ] /4/20]] CFFC r! 11. 115!JOI] CFFC informalldo os

c6c1igos hasil de,\·!t!s arqlfil'()s ", hCll1 como as "dUIa,\" e hora'\" de criar30 dos

orquivos originais (em /orl}l% .doc; "1. lvII/lOIi.\" 1I1l1I(/l7dis, e como se

ti\'cssc autorizado a cntrada ('111 cOl11putador ele jonlCllista par~l copia!" o

arquivo original (elll formato .doc) de dentmcia por ele publici7.A'1da. mesl110

cientc de que O ilcesso ao r~gistro inronmitico de tai arquivo acabaria por

re ve Iar sua fontC' .

o Suprcmo Trihunal Federal deve escolhel" se o Brasîl eleve se

comportal" como as "democracias de faixadn"". proprias de "tereei ro

muntlo'". cujas razocs de policia sobrcpoem-sc ao 1l1odclo constÎtucional

cscolhîdo. ou se COI1VCIll continuar rcproduzindo as solll~oes juridicas das

democracias mais consolidadas. scguindo os PiJSSOS de paiscs cuja

civilidade năo abrc mao dos valores eolcli"os para r('sol"C'!' sittla~oes

P0tltU3IS ou conjutlturais.

Dianlc disso. c ninGa quc a Cdm,lnl dos DC!JLltados - aSSlIll

como toda a socîc<bdc brnsileira - cSleja ~I espera da clucid,H;ao de IOdos os

fatos ÎnvestÎgados 110 Inquerito 3.983. m10 se podc aceitar que a pcrsccu<;:10

criminal - mesll10 CIll fllSC preliminar - se dcscll\'olva com menoscabo das

prermgatÎv3s ÎllslitucÎonaÎs do Poder Legislmivo. C0l110 COSIllIl1<.l dizcr o

i'vlillistro Mareo Am-elio, do Supreillo Tribunal Federal. "paga~se um prc<;o

por Vlver numa dcmocI'3cÎa'·. An 'ILIe conclui Sua Excc1cnciH: "c ele e m(){lico".

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,

t

v - DOS PEDIDOS

Pelo exposlO. requer a Câlllara dos Depulados seu ingrcsso nos

autos da AC 3.865 (' a n .. 'consiclcrat;ao do deci.w/II. dando-sc proyilllcnto ao

presl'l1le agravo. para. com fundallll:llto 11a inobscrvancia das Îlllunidildes do

Parlamenio, desentranhar do Ing 3.983 -- scnela, porlanto, descons'ldcrndas­

as provas obtidas cm diligencia realiz:lda 11<1 sede da C5lllarJ. dos DcplHados

ilO dia 4 de maio de 2015, por viola~ao as !JrCITOgalÎV<!s institucionais desla

Casa Legislativa.

Caso n,10 seia rccol1siderada a dccisao ora hostilizada. requcr a

agn.wamc scja este recurso apresclllado C111 mcsa para julgal11cmo e. ao

final. sciam atendidos os pcdi<los fOJ"Jllulados.

Ncstcs termos. pc de deferimemo.

Brasilia. 01"- de agoslo de 2015 ..

f ,

3 ;QUERQUE FARIA Advogado-Cici, I da Uniilo Suhs.tÎtuto

MARCELO RIBEIRO DO VAL AdvogL'ldo d:J UnÎ50

:?5

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)

Id.ntifica~o peti~o

Cla ...

PetI~o

Identificacao do processo

Numera~o Onica

Data

Assunto

Prefer4ncias

Partes

• Pe~s

,Podcr Judiciario

Supremo Tribunal Federal

Recibo de Peti\110 El_ca

37781/2015

AC;ĂO CAUTELAR

2015/37781

AC;ĂO CAUTELAR 3865

00021711620151000000

7/8/201516:57:29.889 GMT·3

1·DIREJTQ PROCESSUAL PENAL(DIREITO PROCESSUAL PENAL)

Cr'lminal

UNIĂO(REQUERENTE(S)-Ativo)

Advogados: ADVOGADO-GERAL DA UNIĂO(ADVOGADO(AJS»

1· Peli1tao de apresenlavao de manifestaJ;:ăo 1 {Peti9ăo de apresentar,:ăo de manifestayăo)

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S T F 102.002

TERMO DE CONCLUSÂO Fa~o cstes aUlos conclusos ao (a) Excelcntîssimo(a) Senhor(a)

I Ministro(a) Relatar (a)

Br~, ~ de ~hl de 2015

ROBERTA BORGE$ DE BARROS Matrîcula 2419

/2 \\

TERMO f) 'J~N~ Junto il cstcs aulos o pro col !9 ~J,.) /2015 quc scguc. -Brasîlia, ~ de (glJ de 20 5.

FAB NO~AZEVEp~ot~IRA

'!f7";' \j

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CERTIDĂO

Certifice que renumerei razao de erro material.

Brasilia,

as folhas 106-133 destes autos, em

13 de ago~ 2015

Fabiano de Az vedo Moreira Analista Judici ria - mat. 2535

/

TERMO DE JlJNT ADA' JUn!o a cstcs autos o protocolado de n() I quc scguc.

Brasflia,~dc ((j6t.k?\() dc2015

FABIANO DE A,ZEVlli1~1 OR -'RA MUlncula 2535 ,

I , I I

/20 J 5

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Q. SI)Np.rnn Tr!bIJn~_II=~d~rl!!

3108/2015 18:42 00393'16 .,' I

, o ,

'\t4 r _, ,,_,-o ~ MINISTEruO PlJBLIco FEDERAl Procuradoria-Geral da Republica

N° 12015 - ASJCRIM/SAJ/PGR Aţao Cautelar n° 3.86SIDF (Inquerito n° 3.9831DF) Relator: Ministro Teori Zavascki Autor: Ministerio Publico Federal

I

Agravante: lnvestigado:

Câmara dos Deputados (Advogado-Geral da Uniao) EDUARDO COSENTINHO CUNHA

PENAL PRQCESSQ PENAL DECISĂQ DO. RELATQR QUE DEFERIU DILIGENCIA REQUERIDA PELQ MINISTERIQ PlJBLICQ, NQ INTERESSE DE INQUERITQ INSTAURADQ PERANTE o. SUPREMQ TRIBUNAL FEDERAL REQUISIC;:ĂQ DE INFQRMAC;:OES AQ SETQR RESPQNSĂVEL DA CĂMARA DQS DEPUTADQS, EXPEDIc;:ĂQ DE QFiCIO, CQM CUMPRIMENTQ IMEDIATQ MEDIANTE ENTREGA PQR QFICIAL DE JUSTIC;:A, DILIGENCIA CUMPRIDA, AGRAVQ REGIMENTAL INTERPQSTQ PELA CĂMARA DQS DEPUTADQS, REPRESENTADA PELA ADVQCACIA-GERAL DA UNIĂQ" PLEITEANDQ o. DESENTRANHAMENTQ DAS PRQVAS CQLHIDAS. CQNTRARRAZOES. NĂQ CQNHECIMENTO, NQ MERITQ, PELQ DESPRQVIMENTQ DO. AGI~VQ REGIMENTAL 1. Decisao do Ministro Relator, dcferindo diligencia requerida pela Procurador-Geral da Republica . 2. Agrava regimental intcrposto pela Câmara dos Deputados, para as­segurar "a regularidade dos trabalhos parlamcntares, sem intervcllf;:oes externas". Alegayao de violayao a prerrogativas institucionais da Câ­mara dos Deputados come um todo e de scus mcmbros em particu­lar. 3. Nao conhecimemo do agravo. por nao cabimento e ilegitimidade recllTsal. 4. No merito, pela improccdencia das razocs rccursais, eis quc nao se tratou de uma medida de busca c apreensâo, C01110 aicgado. 5. Inexistencia de imunidade parlamentar absoluta. 6. Inexistencia de viola~ao ao sigilo da fante c a freedom of spec(1! or de­bate ci"", (libc,d,de p,dament4 ~ S. Contr.mazoes pelo dcspcovimcnro do 'OCU'5o. ~ .

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o Procurador-Geral da Republica vem apresentar CON­

TRARRAZOES ao agravo regimental interposto pela Câmara

dos Deputados, representada pela Advocacia-Geral da Uniao

(AGU), em face da da decisao monocratica gue deferiu, nos autos

do inquerito cm epigrafe, reguisi<;âo de dados de informatica. O

objeto do agravo consiste, em suma, em "desentranhar do lttq 3.983

- senda, portanto, desconsideradas - as provas abtidas em diligencia realiza­

da na sede da Câmara dos Deputados no dia 4 de maio de 2015" .

1. Considera~oes iniciais

O agravo em questao evoca, em pleno seculo XXI, decan ta­

do vicio de forma<;âo da sociedade brasileira: a confusao do publi­

co com o privado.

O inguerito em epigrafe investiga criminalmente a pessoa de

EDUARDO CUNHA, gue tem plenitude de meios para assegu-

rar sua defesa em juizo e, como seria de se esperar, esti representa­

do por advogado de esco!. Apesar disso, como declarou publica­

mente o Advogado-Geral da Uniâo, o investigado solicitou a in­

terven<;âo da advocacia publica em seu favor, sob o pareo disfarce

do discurso da defesa de prerrogativa institucional.

O gue se tem, entâo, e um agravo em materia criminal em

gue a Câmara dos Deputados figura como recorrente, mas cUJO

objeto 56 a EDUARDO CUNHA interessa.

Mas nao e s6: a principal alavanca argumentativa do agravo

gira em cOl1siste em julgado de uma unica corte federal de apela­

<;ao norte-americana. A il1vocayao desse julgado coma precedente

perante a Suprema Carte dos EUA decerta geraria, pelo menos,

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incompreensao de seus ministros, tanto mais por omitir julgado

mais recente. em sentido diverso, de outra corte federal de

apelafoes daquele pals.

II. Relat6rio

Trata-se de requerimento de ingresso DOS autos formulado

pela Câmara dos Deputados, representada pela Advocacia-Geral da

Uniao (AGU), cU1l1ulado corn a interposic;ao de agravo regi­

mental, com fundamento no artigo 317 do RISTF e na suposta

"viola{iio as prerrogatilJas institucionais desta Casa LegislatiIJa".

A Câmara dos Deputados pleiteia:

(a) ingresso nas autos da A,ia Cautelar 3.865;

(b) reconsiderac;ao da decisa o de deferimento da pretensao

formulada nos respectivos autos pelo Ministerio Publico Federal, e

(c) determinac;ao de desentranhamento e desconsidera~ao

das provas colhidas em cumprimento a decisao impugnada.

Alega gue seu agravo e tempestivo, considerando gue a Câ­

mara dos Deputados nem seguer foi intimada da decisao impugna­

da (por nao ter si do efetivamente autorizado seu ingresso nos au­

tos) e gue, portanto, o curso de seu prazo recursal nao se iniciou.

Sustenta gue o interesse da Câmara dos Deputados na causa

reside exclusivamente "na dt.:fesa de prerrogativas institucionais dcsta

Casa do Poder Legislativa (Omo Urii todo e de seus memhros em particu­

lar" e "assegurar regularidade dos trahalhas parlamcntares) sem interven-

(oes cxternas".

Em seu respaldo, invoca os seguintes argumentos:

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(1) a imunidade de sede da Câmara dos Deputados eseu

poder de auto-organizayao, gue inelui sua propria poHcia, proibiri­

am a execw;ao coatÎva, em suas dependencias, de atos emanados de

outro Poder da Republica;

(2) deveria haver previa autorizayao da Câmara dos Depu­

tados para a coleta de dados e documentos em sus dependencias,

como teria decidido a Corte de Apelayoes para o Circuito do

Distrito de Columbia no caso United States v. Rayburt1 House Office

Building, com base na cIausula constitucional norte-amer,icana de

imunidade congressional por atos legislarivos (speech or debate clau­

se);

(3) a diligencia teria violado o sigilo de fonte de informayao

da entăo Deputada Federal SOLANGE ALMEIDA, porque seu

escopo consistiria em desvendar a origem das informayoes por ela

recolhidas para subscrever dois reguerimentos gue apresentou a Comissao de Fiscalizayao Financeira e Contrele da Câmara dos

Deputados. Defende gue o cumprimento da diligencia determina­

da pelo Supremo Tribunal Federal incorreu em violayao ao art. 53,

§6°, da Constituiyao Federal.

III. Preliminares

111.1. Intempestividade do recurso

A Câmara dos Deputados teve ciencia, institucionalmente, da

diligencia, gue, de resto, foi notaria.A ordemjudicial foi executada

por oficial de justiya, gue tomou contrafe. Corn o terceiro alheio e

4d,35 ?

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PCR

nao~interveniente gue e, a Câmara dos Deputados nunca seria in~

tiIIuda formalmente da decisao.

Fica clare, portanto, gue, ao interpor agravo mais de dois me~

ses depois da diligencia, a Câmara dos Deputados escolheu a

data de sua tentativa de intervir, excedendo vastamente -

e nao por alguns dias - o prazo de que disporia qualquer

outro sujeito processual. O Supremo Tribunal Federal nao deve

aguiescer a tamanha injustiva procedimental, tanto mais porgue ao

Procurador~Geral da Republica se exigid. a observância do prazo

regimental para a contraminuta.

111.2. Do nao-cabimento do recurso

Sobre o cabimento do agravo regimental, dispoe o art. 317

uo RISTF:

An. 317. Ressalvadas as exce~6es previstas neste Regimenta, cabera agrava regimental, no prazo de cinco dias, de decisâa do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma ou do Relatar, que causar prejuizo ao direito da parte.

No caso, a agravante busca afirmar que houve prejuizo ao di~

reito da parte em razao do cumprimento de diligencia determina­

da pelo Supremo Tribunal Federal.

De inicio, destague-se que o interesse para recorrer, no caso,

deve decorrer da existencia de um "prejuizo ao direito da parte".

Com efeito, ah~m de haver necessidade de expressa pre­

visao legal (que nao e o caso), nao e gualquer prejuizo gue

autoriza a utilizavao do recurso, mas apenas o prejuizo ao direito

da parte. lntuitivo, portanto, que o direito a que se refere ° diSPO/

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peR

tivo e um direito processual, assegurado pelo ordenamento juridi-

co.

Sucede gue a Câmara dos Deputados năo e parte na ac;:ao

cautelar em foco, muito menos figura como investigada no ingue­

rito 3.983/ /DE Năo houve, portanto, para a Câmara dos De­

putados, um efetivo prejulzo decorrente da diligencia - prejuizo

gue nao foi nem seguer indicado pela agravante.

De fato, nao e qualguer prejuizo gue autorizar o uso do agra­

vo regimental. O prejulzo de gue trata o arrigo 317 do RISTF e um prejulzo da parte - ou seja, de potenciais pessoas efetivamen­

te atingidas pela medida investigat6ria. Nao preenche o requisito

objetivo previsto no RISFT um prejuizo colateral "a terceiros"

(corn o um prejuizo a casa legislativa em gue foi cumprida a dili­

gencia). Nem pode o agrava ser manejado por guem efetivamente

nao sofreu o prejulzo alegado (C0I110 UI11 prejuizo ao sigila da Jante

e a speeeh ar debate clause, pontos adiante abordados).

111.3. Da ilegitimidade recursal

O MinisterÎo Publico Federal reguereu, em apartado, gue o

Supremo Tribunal Federal reguisitasse da Câmara dos Deputados

determÎnados dados e documentos de informâtica. A Etnalidade era

comprovar a tese, baseada em elementos probat6rios preliminares,

de gue o Deputado Federal EDUARDO CUNHA fora o verda-

deiro autor de dois reguerimentos apresentados em 2011 pela De-

putada Federal SOLANGE ALMElDA ii Comissăo de Fiscaliza,ăo

Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. ;; 6 de 35

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Os dados e os documentos pretendidos nao diziam respeito a atividade parlamentar do Deputado Federal EDUARJ)O CU­

NHA. Essa pretensao reeaiu, essencialmente, sobre dados relativos

aos logs de acesso de ambos os congressistas em datas determinadas

e aos metadados de informâtica 5ubjacentes aos documentos virtu­

ais gue constituiram o suporte dos dois reguerimentos. Tratau-se,

portanto, de informayao tecnica.

O Suprema Tribunal Federal deferiu o requerimento nas

termos gue foi apresentado' reguisitoll os dados e os documentos

pertinentes e determinati cumprimento imediata a requisiyao em

mao de oficial de justic;:a, acompanhado de membros e servidores

do M inisterio Publica Federal.

o pedido ministerial, autuado coma a<;:ao cautelar, tem natu­

reza jurîdica de medida judicial de obtellr;ao de prova para proces­

so penal. Essa medida, embora processada ex parte, comporta COll­

tradit6rio diferido, cujo primeiro ato consiste, em regra, na impug­

nayao, autonoma ou recursal, da decisao que a defere.

E elementar, contudo, gue o contraditorio diferido somente

pode ser estabelecido, na especie, por aque1e contra quem se pre­

tendeu fazer prova. Incumbia a EDUARD O CUNHA, portanto,

interpor o agravo: o art. 317 do RISTF limita o cabimento do

agravo regimental a decisâo gue causar prejuîzo ao direito da

parte. Considerando gue o hipotetico prejuizo (alegado de forma

imprecisa e abstrata na peya em anilise) e titularizado pela parla­

mentar investigado, a Câmara dos Deputados e parte ilegîtima para

a interposic;âo do agravo regimental.

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PGR

A interveIH;ăo de tereei ros, tanto mais no processo penal, e de

direito estrito e, coma taI, deve ter seu cabimento interpretado

restritivamente. A esse respeito, o provimento jurisdicional colima­

do pela Câmara dos Deputados teria como unico efeito juridico

subtrair provas da instância criminal, com o escopo de beneficiar

EDUARDO CUNHA: o agravo nao admite resultado gue nao

seja o desentranhamento das provas; e s6 o gue pleiteia.

Corn efeito, o unico argumento do agravo gue sugere evoca­

yao de prerrogativa institucional gira em torno da alegayao de uma

exotica imunidade de sede da Câmara dos Deputados, gue confunde

Direito Constitucional com Direito Diplomatico, como se Câmara

dos Deputados fosse nao apenas independente, mas verdadeira­

mente soberana. Todos os demais argumentos giram ostensivamen­

te em torno de imunidades parlamentares, sem nenhum encobri­

mento.

Ademais, a agravante nao apontou o preJuîzo concreto a

prerrogativas parlamentares: limitou-se a afirm ar, abstratamente,

gue houve prejuîzo ao sijlilo da fonte e a freedom of speech or deiJale

clausc, pontos adiante abordados - sem indicar em gue consistiu taI

preJuizo.

Noutras palavras, a agravante nao esclarece como, onde e

em que medida o acesso a informafYoes de ordem tecnica,

referentes aos sistemas informaticos e da casa legislativa e

ao trâmite burocratico (objeto da diligencia determinada pela

STF), teria violado prerrogativas parlamentares. A agravante

discorre, com competencia, sobre o hist6rico das constituic;oes

brasileiras em materia de imunidades parlamentares, sobre legi sla­

c;5es estrangeiras e sobre como a doutrina brasileira trata do tema.

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Esguece, exatamente, do gue mais interessaria ao recurso interpos­

to: em gue consistiu a suposta violac;:ao a imunidade parlamentar

por suas palavras e votos; em gue, exatamente, foi violado o sigilo

da fonte do parlamentar?

A invocar;ao a violar;oes "em abstrato" a imunidades parla-

mentares esconde o fato de gue a agravante, nestes autos represen­

tada pela Advocacia-Geral da Uniâo, atua no exclusivo interes­

se particular da defesa de um investigado.

E sintomâtico gue o precedente norte-americano tantas vezes

citado na per;a da agravante revele gue, lâ, e o congressista

quem recorre, năo a casa legislativa nem a advocacia pu­

blica. E l6gico e deveria ser 6bvio ate para a recorrente: o interes­

se a ser satisfeito com o provimento judicial especificamente bus­

cado pela agravante (declarar;ao da nulidade - ou o "desentranha­

mento" das provas e informac;:oes produzidas, nas palavras da Advo­

cacia da Uniao), toca ao parlamentar investigado, nao il Câ­

mara dos Deputados. A falta de discussao desse particular aspecto

do julgado-paradigma sublinha evidente lacuna de argumentac;:ao

juridica e expoe a fragilidade da iniciativa em exame .

Corn efeito. a diligencia cumprida por ardem do Supremo

Tribunal Federal logrou reunir elementos de convicc;:âo relevantes

a apontar a participac;:âo do parlamentar nos fatos sob apurac;:ao,

conforme se extraÎ claramente das informac;:oes encaminhadas. O

"prejuizo", se houve - e se e que se pode [ham ar de prgl~{zo o resulta­

do de wna diligencia jundamentadalflente autorizada pela Poder Judiâa­

rio - foi somente a uma tese da defesa do parlamentar EDUAR­

DO CUNHA. Nao parece ser a toa o fato de gue o parlamentar

e unica beneficiario d~ EDUARDO CUNHA ti o verdadeiro

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agravo regimental interposto pela Advocacia da Uniao, em nome

da Câmara dos Deputados.

1104. Ainda sobre a ilegitimidade recursal: aparente

uso da advocacia publica para fins particulares

10 fato not6rio que EDUARDO CUNHA, presidente da

Câmara dos Deputados, figura coma investigado nos autos do in­

guerito n. 3.983/DF, do gual a presente medida cautelar e depen­

dente. E certe tambem gue a diligencia realizada nestes autos ~ ou,

meI hor dizendo, seu insucesso ~ interessa especialmente a sua de-

fesa nos autos do aludido inguerito.

Mesmo ten do patrona regularmente constituido nos autos, a

interposic;:ao do agravo regimental pela Advocacia da UnÎao, em

pretensa representac;:ao da Câmara dos Deputados, se deu por in­

sistencia do proprio parlamentar EDUARDO CUNHA.

Logo apas a interposiyao do agravo regimental ora contra­

arrazoado, o Advogado Geral da Uniao, Luis Inacio Adam,s e o

Presidente da Cârnara dos Deputados, EDUARDO CUNHA, tra­

varam em publico um diferendo, fartamente divulgado pela im­

prensa, incluindo afirmac;:oes e desmentidos. Em resumo, EDU­

ARDO CUNHA afirm ou em seu perfil no microblog fU/ilter e em

declarac;:oes a imprensa gue nao havia solicitado it AGU a inter­

posiyao deste agravo. O Advogado-Geral da Uniao, a seu turno,

asseverou gue foi insistentemente cobrado pela presidencia da Câ-

mara para adotar a medida.

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PGR

Uma das varias reportagens publicadas sintetiza e ilustra bem,

ja em sua manchete, o constrangimento causado pela divulgac;:ao

deste agrava regimental pela Advocacia da Uniao:

"AGU: Cunha cobrou tres vezes pedido de anulal'3o de provas da Lava-Jato ao STF.

Segundo o adIJo).!ado-geral da Uniao, o presidente da Câmara telrfonou na âltil11a sexta:foira; Cunha diz que Adal11s meHte"l.

A aparente tentativa do presidente da Câmara dos Deputados

de dissociar seu name do agravo interposto e reflexo direta da re­

percussao bastante negativa2 da iniciativa da Advocacia da Uniăo.

Năo e para menos: e 6bvio, ate para leigos, que a tentativa da Ad­

vocacia da Uniăo de invalidar provas colhidas no cumprimento da

decisaa do STF beneficia somente ao parlamentar investiga do, tao

evidente e a ilegitirn.idade recursal da Cârn.ara dos Depu­

tados (representada pela AGU). Năo e coincidencia, pois, gue esse

parlamentar investigado seja o exatamente presidente da casa legis­

lativa que a Advacacia da Uniăo afirma representar.

Em sîn tese, o agravo regimental interposto veicula, materiali-

za, uma patente a viola~ao ao principio da impessoalidade,

tradUl;:ao juridica da ji mencionada eonfusao entre o publico e a

privado, tao renitente no Brasil. A extinc;:ao do agravo por ean~ncia

de pressuposto recursal, coma se espera, deve, por isso, ter o efeito

pedagogico de coibir o uso da advocacia publica para fins privados, 7 Disponlvel em <hccp:/ / oglobo.globo.com/brasil/ agu-cunha-cobrou-cres­vezcs-pedido-dc-amtlacao-dc-provas-da-lava-jato-ao-stf-17140Sl4(», acesso eOl 11.08.2015.

2 "Era o gue [altava: voce paga a defcsa do Cunha". Disponivcl COl <hctp:/ /josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/?015/08/1 O/era o gue­faltava-vocc-paga-a-defcsa-do-cunha/>. acesso em ] 1.08.201S.

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coma agul se aparenta, contribuindo para o amadurecimento das

mstituic;oes.

IV. Do merito

rv.l Da falsa prennssa de que houve uma busca e

apreens30 na Câmara dos Deputados

No merito, todos os argumentos apresentados pela agravante

se baseiam no fato de gue teria ocorrido uma busca e apreensao

na sede da Câmara dos Deputados. No entanto, como a mera

leitura da ordem judicial evidencia, nunca houve no pre­

sente caso uma busca e apreens3o.

A medida fundamentadamente deferida pelo Supremo Tribu­

nal Federal consistiu na requisi!r30 judicial de entrega de da­

dos de informatica, bem como de informa!roes e docu­

mentos sobre os procedimentos e o funcionamento do sis­

tema SILEG, usado pela Câmara dos Deputados, corn a de­

terminac;ao de cumprimento imediato - medida gue, apenas por

cautela, foi acompanhada pelo Ministerio Publico, conforme ex­

pressamente autorizado na decisao judicial, dado o risco de des­

truic;ao de dados. Tanto nao se tratou de uma busca e apreensao

que a diligencia foi cumprida mediante a expedic;ăo de um simples

oficio ao Diretor-Geral da Câmara dos Deputados, e nao um

mandado, coma seria de Tigor numa busca e apreensao.

A urgencia da diligencia se justificava pela franca possibili-

dade de gue fossem destruidas, alteradas ou suprimidas prc-

vas, especialmente os rcgistros do sistema SILEG e outros dados

mantidos pela area de Tecnologia da Inforrna,ăo da Cârnara d~

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Deputados (como logs de acesso de usuarios ao sistema Active Di­

rectory). A esse respeito, recorda-se gue o servi dor ouvido como

testemunha pelo Ministerio Publico Federal foi exonerado de fun­

<;ăo dirigente apenas um dia depois da divulga<;ăo pela imprensa

de informa<;oes a sobre os metadados dos arguivos dos regueri­

mentos protocolizados pela Deputada SOLANGE ALMEIDA

(gue estavam e continuam livremente acessîveis ao public o e gue

con tem o nome do Deputado EDUARDO CUNHA). Năo e de­

mais rememorar gue a suspeita era de gue tais regucrimentos ti­

vessem sido utilizados eomo instrumento de reforyo da solieitayao

de vantagem indevida ao empresârio JULIO CAMARGO.

Diversamente do julgado estrangeiro eitado pela agravante,

nao foi executada nenhuma medida de for<;a na Câmara dos De­

putados; nem seguer se adentrou o gabinete de parlamentar algu11l

nem foram vasculhados seus arquivos ou computadores. Rei­

tere-se: houve mera reguisi<;:ao do pronto encaminhamento de in­

formayoes de natureza estritamente tecnica. A peculiaridade do

caso em estudo foi a deterntina~ăo de encaminhamento

imediato das informa~oes, considerando o demonstrado

risco de seu perecimento ou destrui~ăo.

Assim, saa absolutamente deseonexos da realidade proeessual

os argumentos de gue caberia exclusivamente a Presidencia da

Câmara - ranto mais porgue ocupa da, no presente caso, pelo

propria parlamentar investigado - autorizar previal1lcnte o cumpri­

mento da medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal e

gue, de igual

executI-la.

sorte, caberia exclusivamente ii policia IegiSlativ~

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o debate sobre se caberia a Presidencia da Câmara autorizar

prcviamente o cumprimento da medida detenninada pelo Supremo

Tribunal Federal e a guem caberia cumpri~la (poHcia federal ou

policia legislativa) nao faria sentido nem mesmo se de busca e

apreensao se tratasse. Cogitar de condicionamento dessa estirpe

para o cumprimento de requisic;:ao judicial, enderec;:ada a servidor

responsavel administrativamente pela casa legislativa, constituiria

verdadeira ruptura do principio da independencia e da harmonia

entre os Poderes .

rv. 2 Da improcedencia do argumento sobre a imuni­

dade de sede da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados tem as prerrogativas constitucionais

de autogoverno, autorregulac;:ao e Juto-organizac;:ao, o gue inelui

competencia privativa para dispor sobre sua poHcia. Mas constitui

forc;:adîssima exegese extrair dessas prerrogativas algo na linha de

uma "imunidade de sede" .

o Direito Internacional Publico estabelece a chamada invio-

labilidade dos locais da missao diplomatica. Antes confundida corn

extraterritorialidade, essa cspecie de imunidade deriva de dois

conceitos juridicos: o principio ne intpediatur legatio, gue impoe ao

Estado acreditado nao perturbar o funcionamento de missao di­

plomatica, e o atributo da soberania, vÎsto gue a mÎssao diplomati­

ca simboliza a prese n,a fisiea do Estado estrangeiro.~

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Nenhurn desses conceitos juridicos se aplica corno

prindpio a engrenagern da separa~ao de poderes no Di­

reito Constitucional.

A unica projec;ao locacional das imunidades parlamentares

sobre a sede do Congresso Nacional diz respeito ao entendimento

de gue a imunidade parlamentar material relativa a palavras, opini­

oes ou votos se presume em carater absoluto guando a fala do

congressista ocorrer no interior da casa legislativa a gue pertence.

Esse entendimento Ilunca derivou, contudo, do conceito de imuni­

dade de sede, e sim do fato de gue, na lnglaterra medieval, onde sur­

ge a imunidade em gue5tao, as estruturas do Estado de Direito

eram ainda preearias, eera preciso conferir protec;ao juridica aos

parlamentares por seus discursos e votos no Parlamenta, gue pode­

riam, conforme o conteudo, atrair vezo de retaliac;ao do monarca

por melo de processos judiciais.

A Câmara dos Deputados !I1voca a nOC;ao de imunidade de

sede corn base na experiencia instiUIcional italiana. Como ensina

Hăberle, o direito comparado constiUIi, hoje, metodo de interpre­

tac;:ao juridica. Mas, para atribuir-se ao direito comparado determi­

nado vetor interpretativo, impende demonstrar gue se trata de fi­

gura juridica presente em conjunto relevante de ordenamentos ou,

guando mellOS, em ordenamento gue tcnha servido como matriz

de determinado segmento ou sistema do ordenamento brasileiro.

A esse respeito, e not6rio gue o constitucionalislllo italiano,

por mai5 respeitâvel gue seja, tem inf]uencia muito limitada sobre a

experiencia constitucional brasileira (gue nao se poderia afirmar,

por exemplo, na esfera do processo civil). Nossas matrizes consti?

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ClonalS estao no constitucionalismo norte-americano e no portu­

gues, os quais, por sua vez, tem raÎzes nas tradi~oes constitueionais

inglesa (o dos EUA) e /Tancesa (o de Portugal).

As Constitui~oes dos EUA3 e de Portuga14 nao contem­

plam, no regime das imunidades parlamentares, o conceito de

imunidade de sede. Tampouco o fazem a Bill of Rights de 16895

ou a Constitui~ăo da Franya de 19586. Mesmo a Constitui~ăo da

Icilia nada dispoe, em seu texto, a guisa de eri ar imunidade para o

3 Art. 1, Se~âo 6, da Constitui~âo dos EUA: Tlle Senatars and Representatives shal/ reccive a compe/lsation for their serviccs, ta bc aseertained hy law, and paid out of tlle treasury of l/tc United States. They shall in aII cases, except treason, fe/ony and breach if l/te peace, be privileged from arresf durin.~ their attendance al Ihe sessiol1 of their respective Houses, and in going ta and retI4rnln.~Jrom Ilie same; and for any speech or debare III eilha HorlSe, Ihey shall nOI be qUe5lioned in any olher place.

4 Art. lSr da Constitui~ăo de Portugal: 1. Os Depulados niio responde1/! civil, criminal Ol~ disciplinarmeme pe/os voIos e opitJioes que emitirem no excrcicio das suas fiw(oes. 2. Os Deputados năo podem ser ollvidos C01ll0 declarantes nem coma arguidos sem auloriza(iio da Assembleia, sendo obrigat6ria a decisiio de aUloriza(ăo, no seglmdo caso, quando IlOuver fortes ind{dos de pratica de crime doloso a que corresponda pella dc prisăo erija limite maxima seja superior a tres anos. 3. Nenlmm Deputado pode ser detido ou preso sem autoriza(iio da Assemhleia, sa/vo por crime d%so a qlle correspollda a pena de prisiio riferida no numero anterior e em flagrallte delilo. 4. Movido procedimento criminal conlra algum Deputado, e acusado este dgî/litivamente, a Assembleia decidira se a Deputado deve ou niio ser sHspenso para ifeito de segllimento do processo, sel/do obrigm6ria a decisiio de sllspellSilo quando se frate de crime do tipo 1iferido IIOS lIâmeros anteriores.

5 An. 90 da Dec1ara~ăo de Direitos de 1689: 17zal Ilie Freedome of Speech alld Debales or Proceedillgs in Parlyamenr ougln flof to /le impeached ar questiOtled ;" atlY Caur/ or Place out if Parlyament.

6 Art. 26 da Constitui~ao da Fran~a: Aucufl membre du Parlemenl ne peut hre poursuivi, rechcrclrc, arrCtc, dCtenu ou juge â /'occasion des opildons ou votes emis par lui dans I'excrciee dc ses fonaions. AuerH! membre du Parlement ne peut faire l'objet, Ct! maticre criminclle ou corrcctionnelle, d'une arrestation ou de toute autre mesurc pri!lative OII restrictive de liberte qu'avcc l'autorisatior1 du Rureau de !'assemblee dOllf il fail partie. Cette au/orisalion n'est pas requise en cas de crime OH Jelit jlagrallt OII de condamnation d4finitive. La detention, les mesures privatives OII reslrictives de liberte OII la pOllrsuite d'IHI membre d'4 Parlemem SOfIt suspetldues pour la durer de la session si l'assemb!ee dom ilfail partie le reqllien. L'assemb!ee ill/eressee est rermie de pleill droi! pour des seallCes supplt~melltaires pour permettre, 1-le cas echCalll, I'app/icatioll de {'alil/ea ci-dessus. /"

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PCR AC;;lO Cautcbr n" .).Nh:'i/J)F _Colltrarrazoes a Agr;lvo Rl'giml'IlUI

recinto parlamentar7 . A proter;ao juridica e sempre por opmioes,

palavras e votos gue os parlamentares emitam no Parlamento el ou

no exercÎcio do mandato.

o paradigma de compara~ao apresentado no agravo

e infraconstitucional: a imunidade de sede apontada tem previ­

sao no art. 62 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados

da Republica Italiana. Esse preceito nao tem, contudo, sequer ge­

nera proximo no ordenamento jurîdico brasileiro, gue adota, no

ponto, conforma<;ao diversa: os arts. 270, 271 e 272 do Regi­

mento Interno da Câmara dos Deputados da Republica

Federativa do Brasil, relativos a Policia Legislativa, nao es­

tabelecem veda.yao de especie alguma ao acesso a casa le­

gislativa por outras autoridades no exercicio de suas fun­

~oes. Pelo contrario: a proibir;ao de porte de arma nos espar;os da

casa legIslativa brasileira e exphCltamente prevista como mera in­

fra<;:ao disciplinar a ser sindicada pelo Corregedor da Câmara, o

gue deixa dara gue e1a naa se projeta pala alem do plan o interna

corpom.

Fica clara, portanto, gue a ordem jurîdica brasileira adotou,

no ponto, conformar;ao diversa da italiana. Alem de soberana, essa

opr;ao assenta em bases estritamente racionais e nao-idiossincrâti­

cas, pois esta em sintonia com a maior parte das tradir;oes constÎtu-

7 ArI. 68 da Constituifao da Italia: 1 mcmhri de! Parlamcnto /Ion possono csscrc ehimnati a rispondcrc dellc opiflioni csprcssc e dei voti dati flcl/'escrdzio dellc loro fimziolti. Senza aulorizzazio/le del/a Camera alia quafe appartiene, IleSSllll memhra del Parlamellto plia essere sottoposto a perquisizialte personale a domiciliare, /le pua essrre arreslato o altrimellti privato della liherra personale, o matltcnJ/to in detcflziollc, salvo ehI.' ill escmziofle di una senteflza irrevocabile di condanfla, ovvero se sia ealto I!ell'atto di [()/t/meUere un dc/itto per il quale e previsto I'arresto obbligalorio il1 j1a~'1,ral1za. Analaga autorizzaziemc e richiesta per sottoporre i membri de! Parlamell!o ad illtereeltazione, ill qualsiasi forma, tii COllI'crSaZiolli o cotlllmicaziOllj e a sequestro di carrispondeJlza.

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cionais gue tem, historicamente, servido coma vetor comparativo

para a doutrina e a jurisprudencia brasileiras.

De resto, ainda gue o Regimento Interno da Câmara dos

Deputados dispusesse de outra forma, a medida em questao foi

determinada pela Supremo Tribunal Federal no exerdcio

de sua competencia constitucional originaria para proces­

sar e julgar membros do Congresso Nacional por infra­

!roes penais comuns. Para haver limite espacial ao plcno exerd­

eio dessa eompetencia, impenderia, guando menos, haver exce<;:ao

constituciona1 expressa. Sem isso, nao ha como extrair-se de mero

criterio espaciallimite implicito ao exercicio da competeneia cri­

minal originâria do Supremo Tribunal Federal, tanto mais guando

o limite re1evante, a inviolabilidade de palavra, e expresso.

A agravante invoca o art. 51 da Constituic;ao da Republica a

guisa de extrair, em longînguo arremesso, do poder de poHcia in­

terna da Câmara dos Deputados, diâfano alicerce para sua alega<;:ao

de imunidade de sede.

Ocorre gue o art. 51 da Constitui<;:ao nao trata de inviolabili­

dade das Casas Legislativas, nem existe, no regime e no texte eons­

titucional brasileiro, imunidade referida a sede do parlamento. Se a

Constituir;ăo năo preve semelhante inviolabilidade locacional, me­

nos ainda caberia eogitar de imunidade aplieâvel ao eumprimento

de medidas judiciais, sob pena de concluir-se gue existe, na Repu­

blica, espac;o fisico inqualificadamente imune a nada menos gue a

aplicac;ao coercitiva da ordem juridica.

A agravante alega gue o poder de dispor sobre sua propria

poHcia "comiste tla prerrogativa excl"siua da Câl1lara dos Depurad:;

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para regular a entrada de pessoas - Înclusivc de agmtes de outros Poderes -

e para exerecr o poder de pof{cÎa no interior de todo e qualquer predio qfe­

tado ao trahalho daquela Casa ugislativa." Extrai dai gue tem o po­

cler excJusivo de autorizar - e, em sua l6gica, de impedir - a entra­

da de qualquer pessoa em sua sede. Coma jâ se viu, contudo, o ar­

gumenta contraria a propria literalidade do Regimento Interna

da Câmara dos Deputados; confunde preserva~ăo da ardem corn

inovar;ao da ardem; e embaralha as navaa de controle de acesso,

gue e lîcito, corn a de filtragem de acesso, gue e anâtema em se

tratanda da casa das leis e do pava em uma democracia constituci­

onal.

E carreta a interpretac;ao gue extrai da nossa Carta Politica a

clâusula freedom of spcceh Of dchatcs. Entretanto, essa chlusula nio

confere ao Parlamento ou aos parlamentares uma imunidade abso­

luta para praticar crimes. A imunidade tnaterial absoluta conferi­

da a parlamentares concerne a crimes de palavra: nas termos do ar­

tigo art. 53 da CF/88, "os Dcputados e Senadorcs sâo inlliofâvcis, civil e

pcnalmcntc, por quaisquer de sua;; opinioes, palavras e votos".

Tampouco existe uma imunidade processual irrestrita e ab­

soluta para membros do parlamenta - e tnuito tnenos quanto a

sua sede. As imunidades processuais de Deputados e Senadores es­

tio previstas nos paragraf os do art. 53 da CF/88 e dizem respeito a

prisoes c a sustayao do processo criminal por decisao da respectiva

casa legislativa - ou seja, situayoes que nada tem a ver cam o casa

dos autos.

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A freedom of speee/t or dehates clause !laa impede o desempe­

nho das fun~oes inerentes aos demais poderes - como o

Judiciaria, na candu~âo regular de uma investiga~ao criminal, sah

sua presidencia. E este o casa dos autos.

IV.3 A compreensăo da clausula de inviolabilidade de

palavra~ opiniăo e voto (speech or debate dause), inclusive na

perspectiva do direito comparado

A Câmara dos Deputados invoca julgado estrangeiro como

vetor comparativo de sua analise: o acordâo no caso United States v.

Raybu," Hau,e Office Buildi"iI, 1<00/11 2113, proferido em 3/8/2007

pela Corte Federal de Apela~oes para o Circuito do Distrito de

Columbia. A proposta de vetor comparativo e equivocada

no proprio contexto jurisprudencial norte-americano, pe­

los seguintes fatores:

(a) a anâlise nao faz distinc;:ao de relevância central para a com­

preensao dos limites de influencia do julgado estrangeiro: nas EUA

tratava-se de busca e apreensâo, cujo objeto eram documentos 6si­

cos e eletronicos na posse funcional imediata do congressista sob

investiga~âo;ja no Brasil a hipatese foi de requisic;:io de dados ele­

tronicos e informac;:oes escritas sobre procedimentos e protocol os

de uso de sistemas de informatica e sobre metadados e proprieda­

des de determinados arquivos virtuais, nenhum dos quais na possc

funcional imediata do congressista sob investigac;:io;

(b) a analise nâo menciona a controversia entre as Cortes Federais

de Apela,ao dos EUA sobre os limites da 'peeclt ar deba'e rlou:,J

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inaugurada pelo acerdăo Ul1ited States v. Renzi, proferido pela

Corte Federal de Apela,oes do 9° Circuito em 23/6/2011, que,

em termos diretos e literais, discorda dos fundamentos e da con­

cIusao do acerdao Rayburn HOIHe, a que e posterior;

(c) a anilise nao menciona os acerdăos GraveI v. UnÎted States e

United States v. Brewster, proferidos pela Suprema Corte dos EUA

em 29/6/1972, que delimitam o senrido e o alcance da imunida­

de material dos congressistas por palavras, opinioes e votos (speech

ar de1>ate clause) e, por isso, constituem os precedentes gue verda­

deiramente controlam a materia, aî sim de modo potencialmente

util para a interpretar;ao da Constituic;:ao de 1988.

Os pontos que precedem desdohram-se e contextualizam-se

no caso concreto nos seguintes termos:

(a) O julgado Rayburn House e a distinc;ao entre as medidas

investigat6rias norte-americana e brasileira.

No julgado Uniled Sfates II. Rayhum Hause ficou lanc;:ado o

entendimento de que a execur;J.o de huscas e apreensoes em recin­

to parlamentar e licita, mas que deve ser observado o procedi­

mento cahîvel, no curso da dilîgencia, para a ideotificac;:ao, sem io­

tervenr;ăo deciseria do Poder Executivo, de documentos acoberta­

dos pela inviolabilidade. A ausencia de procedimento nesses mol­

des transfere para o Poder Judiciârio, ouvido o congressista, essa

aferic;:ao. Confira-se o dispositivo do julgado, pelo gual a analise do

agravo deveria ter comec;:ado:

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Entendemos gue a revela~ao coercitiva ao Executivo de ma­terial privilegiado durante a execu~ăo do mandado de busca para a sala 2113 do edificÎo de escriterios Rayburn House violou a inviolabilidade de palavra, opiniao e vota (speech or debatc damc) e gue o congressista tem direito a devolur,;:ao dos documentos gue a corte conclua serem cobertos pela in­violabilidade. Nao entendemos, comudo, i falta de alegayao do congressista de gue o funcionamento de seu escritario foi turbado pela falta dos originais dos documentos nao aco-bertados pela invilabilidade, gue para remediar a violac;ao tambem se exÎge a devoluyao desses documentos.8

Mesmo esse julgado refon;:a a necessidade de interpretac;:âo

restritiva da inviolabilidade, a fim de gue nao alcance elementos

de prova que nao sejam essenciais a preservac;âo da integridade do

processo legislativo:

Ao mesmo tempo, o remedio deve dar efidcia nao apenas a separac;ao de poderes subjacente a clausula de invio­labilidade de palavra, opiniao e voto, mas tambem ao interes­se soberano, ii. luz do Artigo Il, Sec;ao 3, na aplicayao da lei penal. Os seguintes princlpios regem nossa conclusao. A dlusula de inviolabilidade de palavra, opiniao e voto protege contra a revelaC;ao coercitiva de documentos inviolaveis a agentes do Executivo, mas nao contra a revelac;:âo de docu­mentos nâo-inviola.veis. Seu "escudo nao se estende alem do que e necessario para preservar a integridade do processo le­gislativo". Brcwster, 40R US Cin 517, e "nao proibe a investi­ga<;:ao de conduta ilicita simplesmente porque guarde algul11 nexo com fun<;6es legislativas", id em 5289.

B We hold that the compellcd disclosurc of privilegcd material ta ehe Executive during executiol1 of the scarch warrant fix R.ayburn House OfEre Building Room 2113 violated the Speech or Debaee Clause and ehat the Congrcssman is cmitled [Q the rctorn of documcnes ehat the court dctcrmines to bc privilcgcd under thc Clause. We do not, howevcr, hold, in thc absencc of a claim by thc Congrcssman that thc operations of hîs office have hccn disrupted as a rcsult of not having thc original vcrsions

of the non-privileged documents, dut rcmedying thc violation also rcguires the return of the Ilon-privileged documents.

9 At the same time, the remedy muse give effcct not only to the separation of powers underlying the Specch ar Dcbate Clause but also to the sovcreign's intcrcst under Articlc II, Section 3 in Iaw cnforcement. Th~e following principlcs govern our conclusion. Thc Speech ar Debate Clause

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1'(;J,

COtnO ja explicado, e de tnaneIra atnplatnente dis­

tinta do que ocorreu nos EVA, a tnedida deferida a reque­

ritnento do Procurador-Geral da Republica envolveu ne­

cessaria intertnediatyao de servidores da Câtnara dos De­

putados e passou inteiratnente ao largo da hipatese de

perquirir o conteiido de atividade parlatnentar finalistica.

Essa medida teve como objeto dados, registros e informayoes de

informatica relativos a tramitayao de documentos Jegislativos de­

terlllÎnados, e nâo os documentos legislativos propriamente ditos,

gue sâo pub1icos e estao disponiveis para gualguer cidadao no sÎtio

eletronico da Camara dos Deputados.

(b) O julgado United States v. Renzi: dissidio entre as Cortes

Federais de Apelal'ăo dos EUA

Năo impressiona gue a Camara dos Deputados apresente o

julgado United States II. R.aybum House Office Building, 1<..oom 2113, e

tente descreve-lo sob a luz que lhe parece mais favoravel. Mas sur­

preende a omissao da Câmara dos Deputados em apresentar a

quesrao taI como ela verdadeiramente se apresenta no paîs de ori-

gem.

protccts against the compcllcd disclosure of privileged docul1lents to agents of the Executive, but noe the disc10sure of non-privilcgcd matcrials. Ies "shield docs not execnd beyond what is nccessary te preserve the integrity of the legislative process," Brc\Vster, 408 U-S. at 517, and it "doe:;:s not prohibit inquiry into illcgal conduct sîmply bccause it has some ncxus to legislative fUllctions," ido at 528.

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I'CIZ

Em 2011, a Corte Federal de Apelayoes do 9a Circuito, no

acordao United States v. Rmzi, confrontou direta e nominalmente

o julgado de sua congenere para o Distrito de Columbia, adotan­

do conclusao diversa e ainda mais favorâvel a persecuyao penaL O

dissîdio e tanto mais relevante na medida em gue as cortes federais

de apelayoes tidas como as mais importantes dos EUA sao, justa­

mente, o 9° Circuito, sediado em Sao Francisco, California, e o

Circuito do Distrito de Columbia, sediado em Washington: o 9°

Circuito e a maior corte federal de apelayoes dos EUA, e o Cir­

cuita do Distrito de Columbia tem competencia territarial para a

capital daquele pais.

o caso Uniled States v. Renzi tal11bel11 tangencia o tema da

exame, em investigayao criminal, de atos resultantes de atividade

legislativa de um congressista, embora nao obtidos por busca e

apreensao. O julgado apresenta, essencialmente, tres segmentos de

fundamentayao. No primeiro, ele discute se a atividade pela gua] ° congressista fora denunciado era legislativa e, em sendo, se atraÎa a

incidencia da inviolabilidade material, aplicando, para tanto, os pre­

cedentes Brewster e Grapel, da Suprema Corte dos EUA. No segun-

do, ele discute se o uso de atos legislativos como prova pre-proces-

sual tornava nulo o recebimento da denuncia. No terceiro, final­

mente, ele diverge dos fundamentos e da conclusao do julgado

Rayhl~Y1l HOIHe, concluindo gue a inviolabilidade material nao pro-

îbe o exame delibat6rio, no contexto de Învestigayao ou persecu-

yao criminal, de atos praticados no legÎtimo exercicio de atividade

legislativa, pro.ibindo apenas gue sejal11 utilizados como prova COI1- ~

tra o congresslsta. ~

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peR

Confira-se:

Em sin tese, o fato mesmo de a Corte ter examinado prova consistente em "ato legislativo" em inumeras ocasioes - e apreciado casos em gue tai prova fora revelada ao Executivo sem gue a revelar;ao tenha causado especie - demonstra gue a chiusula nao incorpora excer;ao de sigilo em face de ne­nhum dos Poderes. Veja-sc, See, e.g., Helstoski, 442 U.S. em 480-81, 487-90; JOhnsOIl, 383 US. Emt 173-77, 185-86. Muito simplesmente, a Corte nao deixou de reconhecer prerrogativa bem mais ampla do gue os estreitos limites gue cuidou de articulaT. Dec\inamos de adotar a formular;ao do Circuito do Distrito de Columbia em Rayburn e, :lSSim, nao vemos fundamento para uma audiencia segundo o modelo Kastigar.

A Suprema Corte dos EUA nao conheceu de recursos ex­

traordinarios (writs of ecrtioran) interpostQs de ambos os ac6rdăos. A

admissibilidade de recurso extraordinario e inteiramente discricio-

naria nos EUA, e a inadmissao nada diz sobre a posir;ao da Supre­

ma Corte a respeito do objeto do recurso, inclusive porque nao

con tem sequer a mais breve fundamentar;ăo .

Nessa ordem de idei as, a observância do minimo de hones­

tidade argumentativa exigiria o reconhecimento, pela Câmara dos

Deputados, de gue a questao nao esta pacificada na jurisprudencia

Ilorte-americana,/

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PGR

(c) Os precedentes da Suprema Corte dos EVA sobre os

limites da inviolabilidade de palavra, opiniăo e voto esua

utilidade como vetor comparativo

o aspecto mais surpreendente da mcursao da Câmara dos

Deputados no direito norte-americano foi, contudo, a omissao se­

quer de referencia aos precedentes da Suprema Corte dos EUA

sobre os limites da inviolabilidade de palavra, opiniao e voto. Dois

julgados sohressaem e constituem os principais precedentes nacio­

nais norte-americanso na materia, citados, inclusive, dos dois julga­

dos regionais antes discuti do; sao eles GraJlclJl. United States e Uni-

ted States v. J3rewster, ambos julgaclos em 29/6/1972.

No julgado GraJle! '/. Ullited States, a Suprema Corte estabe­

leceu as balizas hermeneutic as essenciais da inviolabi1idade de pala­

vra, opiniao e voto, para entender que ela pode ir alem de pro­

nunciamentos e debates parlamentares nas casas legislati­

vas, mas apenas na medida necessaria para evitar prejuizo

para o desempenho de atividades parlalTIentares legititnas .

Confira-se:

Nem tudo constitui ato legislativo. O corayăo da clausula e o pronunciamento ou o debate em gualguer das casas .legislativas. Na medida em gue a cLl.usula seja interpre­tada para alcanyar outra~ materias, e1as devem ser parte inte­grante dos processos deliberativos c eomunîeativos pelos guais os congressistas participam de procedimentos em co­missăo e no plenârio cam referencia a considerayăo e a aprOV3y30 ou a rejeiyâo de proposiyoes legislativas ou a ou­tras matcrias gue a Constituic;:âo sujeite a competenei a de gualquer das casas legislativas. Coma disse a corte de apela-c;:ao, os tribunais tem estendido a prerrogativa para materia: r ~ alem de meros prollullciamento ou debate em qualquer da/

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casas legislativas, mas "apenas guando necessano para preve­nir a turbayao indireta de tais deliberayoes"10.

No julgado Unitcd States Il. I3rcwster, a Suprema Corte dos

EUA fixou o entendimento de gue a inviolabilidade de palavra,

opiniao e voto nao abrange toda e qualguer atividade oficial do

congressista, ainda gue incidental ou colateral a questoes legislati­

vas, mas apenas as atividades inerentes ao gue ela chama de proces­

so legislativo, gue alcanc;:a todas as competencias da casa legislati­

va. ll Confira-se:

Em nenhum casa esta Corte jamais tratau a clausula coma se protegesse toda conduta relacionada corn o processo legIs­lativo. In todos os casos ate agui postos diante desta Corte, a clausula de inviolabilidade por palavra, opiniao e voto tem sido limitada a um ato gue claramente fosse parte do proces­sa legîsladvo - do devîdo funcionamemo do processo. A pretensao do recorrente a uma interpretayao mais ampla do privilegio baseia-se essencialmente no sabor da retorica e na amplitude da hnguagem usada pelos tribunais, nao nas exatas palavras usadas em algum caso anterior, e seguramcnte nao no sentido desses casos, se lidos com justiya. Nas nao considerariamos saudavel nem sabio estender o pri­vilegio, simplesmente por abundância de caute1a para assegu­rar duplamente a independencia legislativa, para alem de seu escopo pretendido, sua linguagem literal esua histaria, para

10 Legislativc acts are not all-cncampassing. The heart of thc Clause i5 spccch ar debatc in either Housc. Insofar as thc Clause is construcd to reach othcr mattcrs, they must be an integral pan of the deliberarive and communicative proccsses hy which Members participare in committce and Housc pmceedings wirh respect to the considcration and passagc or rejccrion of proposcd lcgislation ar with respect to othcr matters which the Constitution places within the jurisdiction of cithcr House. As thc Coun of Appeals put it, the courts have exrended rhe privilege ro mattcrs beyond pure speech or dehate in cithcr House, but "only whcn necessary to prevent indirect impairment of such dcliberations." United States v. Dac, 455 E2d, em 760.

11 A exprcssao le,gislativc proccss nao sc confunde com o processo ~de ciaboratyao dc leis, aludindo, cm verdadc, ao aspecte dinâmico do todo o arca dc competencias do Poder Lcgislativo.

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• 12

gue incluisse [Uda que estivesse de alguma forma relaciona­do com o processo legislativa. Cam uma leitura taa abran­gente, nao temos duvida de gue hâ pOllcas atividades desem­penhadas por um legislador gue nao se possam de alguma forma "relacionar" com o processo legislativa. Admite-se gue a inviolabilidade de palavra, opiniăo e voto deve ser lida corn amplidăo para efetivar seu propasito de proteger a indepen­dencia do Poder Legislativa, mas Ilae mais do gue as leis gue aplicam os era seu intenta tornar os congressistas supercida­daos, Îmunes a responsabilidade penaL Em seu escopo mais estreito, a clâusula e uma concessa.o de privilegia muito am­pla, embora essencial. Ela j5. permitiu gue homens incautos difamassem e menos destrulssem outros impunemente, mas essa foi a escolha consciente dos constituintes. A hist6ria do privilegia de moda nenhum estâ Iivre de ahu­sa pelos legisladores. A certa altura, os ahusos alcan~aram ni­vel tai na Inglaterra gue o Parlamento se viu obrigado a adotar legisla,ao mitigadora 12 J

In no case has this Court ever treated the Clause as protecting ali conduct relating ta the legislative process. [n9] In every case thus far before this Court, the Speech ar Debate Clause has been limited ta an act which was [P516] e1early a part of the legislative process -- the due functioning of the process. [1110J Appellee's contention for a broader interpretation of the privilege draws essentially an the flavor of the rhetoric and the sweep of the language used by courts, not on the precise words uscd in any prior case, and sureIy not on the sensc of those cases, fairly rcad .

We would not ehink it sound ar wise, simply out of an abundance of caution ta doubly insure legislative independcnce, ta extend the privilege beyond its intended scape, its literal language, and its history. ta include alI thing in any way rclated ta the legislative proccss. Given such a sweeping reading, we have no doubt that there are few activities in which a legislatar engages that he would be unable somehow ta "rclate" ta the legislative process. Admittedly, thc Speech ar Debate Clausc must be read hroadly to effectuate its purpose of protecting the indepcndence of the Legislative Branch, but ilO more ehan the statutes we apply, was its purpose ta make Members of Congress super-citizens, immune from criminal rcsponsibility. In its narrowcst scape, the Clause is a very large, albeit essential, grant ofprivilege. It has cnabled reckless men ta slander and even dcstroy others with impunity, but ehat was the eonscious ehoiee of the Framers.

The history of the privi lege is by no means free from grave abuses by legislators. In one instancc, abuses reachcd such a leve\ in England that Parliamcnt was compellcd ta cnact curative legislation.

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PGR

A Suprema Corte dos EUA entende, portanto, gue a invio­

labilidade material dos congressistas proibe que se investi­

guem atos inerentes as fun~oes legislativas essenciais, tnas

pertnite a investiga~ao de atos parlamentares que, etnbora

casual ou incidentalmente relacionados com assuntos le-

gislativos, nao sejam parte dos processos de exercicio da­

quelas fun~oes.

A Suprema Corte dos EUA contextualizou seu entendimen­

to na questăo do equilîbrio entre os poderes, concluindo gue o

risco de agigantamento do Poder Executivo era moderado e COI11-

pensado pela necessidade de assegurar representar;ăo parlamentar

honesta:

Nao afastamos inteiramente a possibilidade de um abuso, mas essa possibilidade, gue consideramos remota, deve ser sopesada corn o perigo potencial tanto da falta de um tipo penal de corrupc;:ao aplid.vel a congressistas guanto de um entendimento no sentido de glle esse tipa viola a Constitui­c;:ao. Como obsservamos de inicio, o propasito da clâusula de inviolabilidade e proteger o legislador individualmente na.o por sua propria causa, mas para preservar a independencia e, assim, a integridade do processo legislativo. Mas abusos fi­nanceiros mediante sllbornos, talvez ainda mais que os pode­res do Executivo, minariam gravemente a integridade legis­lativa e poriam por terra o direito do publico a representa­c;:ao honesta. Privar o Executivo do poder de investigar e acusar, e o Judiciârio do poder de punir, a corrupc;:ao de congressistas tem escassa probabilidade de adensar a inde­pcndencia legislativa. Dadas a aversao e as limita~6es de cada Casa para policiar essas guest6es, e compreensivel gue am-bas as Casas ten ham deliberadamente delegado essa funC;:ă~ ao Judiciârio, como fizeram eOl relac;:iio a atentados ao Con-gresso. 13

13 We do not discount cntirely the possibility that an abuse might occur, but thlS possibility, which we consider remotc, must be balanced against thc potential danger flowing from either the absence of a bribery statute applicablc ta Members of Congress or a hoIding that thc statute violaccs

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PGR

Se, portanta, a Câmara dos Deputados do Brasil almeja en-

contrar vetor comparativa util na experiencia constitucional

norte-americana para a interpretayao da inviolabilidade material

dos congressistas, os precedentes em exame podem dar o ponto de

partida. Com boa medida de razoabilidade, eles poem essa inviola­

bilidade cm perspectiva, limitando-a aos atos inerentes a marcha devida dos processos de exerdcio das fun~oes le­

gislativas essenciais e impedindo que ela va tao longe a

ponto de alcan~ar toda e qualquer ato do congressista no

exerdcio de suas fun~oes parlamentares.

A aplicayao das razoes de decidir dos precedentes norte­

americanos ao caso em exame conduz a tres conclusoes. Elas sâo

complementares e se reforyam mutuamente como tais, mas gual­

guer uma dclas basta, autonomamente, para demonstrar a licitude

da reguisiyâo:

(i) a diligencia deferida pelo Supremo Tribunal Federal nao pre-

tendeu examinar aspectas intrinsec os dos atos parlamentares em

gue cOllsistiram os dois reguerimentos relevantes, mas tao-somente ::;

the COllsritutioll. As we noted at the outset. the purpose of the Speech or Debate Clause is ta pmtect rhe individual legislator. not simply for his own sake, but to preserve the independence and ehereby the integrity of the legislative process. But financial abuses by way of bribcs, perhaps even more (han Executive power. would graveIy undermine legislative integriey and defeat the right of ehe public ta hOllcs[ represemation. Depriving rhe Executive of the power ta investigate and prosecute and the Judiciary of the power ta punish bribery of Members of Congrcss is unlikely to enhance legislative independence. Given the disinclination and limitations of cach House to police these marters. it is understandable that both Houses deliberarely delegated this function ta the courts, as they did with the powcr to punish persons committing contempts of Congress.

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seus aspectos extrinsecos, consistentes na elucidac;ao de sua real

origem no pargue de informatica da Câmara dos Deputados eseu

itinerârio virtual de tral1lita~ao no sistema eletronico daguela casa;

(ii) os atos parlamentares em questao, consistentes em solicitayoes

de documentos ao Tribunal de Contas da Uniao e ao Ministerlo

das Minas e Energia, nao revelam exercicio legitimo de competen­

cia fiscalizataria do Poder Legislativo, na medida em gue inequi­

vocamente pretenderam investigar a condllta de particular, no caso

a de JULIO CAMARGO, neles expressamente mencionado, fora

do âmbito de uma comissao parlamentar de inquerito;

(iii) mesmo gue entendidos como praticados no exercicio de com­

petencia fiscalizataria legitima, os atos parlamentares cm guestio

eram meramente incidentais, na medida em gue visavam a colher

material para subsidiar - ai sim - deliberayao parlamentar de natu­

reza fiscalizataria.

IVA Da năo-especifica«;ăo das provas alegadamente

protegidas pelas imunidades parlamentares

o agravo nao aponta quais informayoes ou documentos co­

lhidos na diligencia estariam albergados pela spcceh or dcbate cIause e

deveriam ser devolvidos. Simplesmente pede a declarayao nulidade

da diligencia e o desentranhal11cnto do lnquerito 3.983 de todas as

provas produzidas.

A agravante discorre em abstrato gue houve violac;ao da

clâllsllla speech or debalc, mas nao explica em gue o acesso a taI ou

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A agravante "? gual informayao violaria a liberdade parlamentar.

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peR A~;IO C<llllebr n" J.H(,;)/UF _Cnlltrarraz()cs a Agravo Regimcntal

aponta concretamente a alegada vioIa~ăo justamente porque ne­

nhutna das infortnafOes obtidas esta albergada pela cl3.u­

suia.

o precedente norte-americano citado pela agravante diz res­

peito a coleta de prova documental gue poderia estar coberta pela

speeclt or dclJate cIause, o gue năo ocorre no caso da diligencia reali­

zada nestes autos. Agui, pretendeu-se colher, essencialmente, dados

e metadados de informâtica.

Todas as informa~5es obtidas saa tecnicas, referentes aos re­

gistros nos sistemas informatizados da casa e ao trâl11ite procedi­

l11ental de requeril11entos legislativos - estas ultimas, a rigor,

poderiam ate ser public as.

Veja-se gue, especificamente em reIa~ao aos requerimentos n.

11412011 CFFC e n. 115/2011 CFFC, dos quais se pretendeu

perguirir a verdadeira amoria, trata-se de arguivos gue foram es-

pontaneamente inseridos pela Deputada SOLANGE ALMEIDA

no SILEG (ou seja, enviados em upload).

o SI LEG e um sistema de tramitac;:ao eletronica de proposi­

c;:5es legislativas. A rigor, essa tramita~ao poderia dar-se em mei o

fisico e processar-se em autos impressos. Por se tratar de documen­

tos voluntariamente enviados pela congressista para gue fossem

encartados num procedimento legislativo nao sigiloso, esses docu­

mentos sao de interesse publico e de natureza publica, podendo ser

acessados por gualguer pessoa.

Exatamen[e para facilitar o amplo acesso a esses reguerimen­

[OS, assim como ocorreu com qualguer outra proposi<;:ao .legislativa

nao-sigilosa, os arquivos originais enviados pela Deputada S/

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P(;R A<;ăo Cautebr 11° :l.:-lhS/J)r _Contr,llT.lZ()CS a Agravo Rq.!;lJlll"nt'll

LANGE ALMEIDA em formato dac foram convertidos automati­

camente para pcif, um formato gue dispensa o uso de aplicativos

proprietârios.

Nunca se tratou de saber se a entao Deputada Federal SO­

LANGE ALMEIDA colheu de tal ou qual fonte conhecimento ou

informayao subjacente aos reguerimentos gue apresentou. Tanto a

decisao do Supremo Tribunal Federal quanto o reguerimento do

Ministerio Publico deixam claro gue o prop6sito da diligencia era

o de aferir a tese de gue o verdadeiro autor desses reguerimentos

foi o Deputado EDUARDO CUNHA, havendo SOLANGE se

prestado apenas a funcionar como interposta pessoa.

Em seu agravo, a Câmara dos Deputados sustenta o seguinte:

IIMutatis mutandis, e como se ti!lesse autorÎzado a entrada em computa­

dor de jomalista para copiar O arquivo original (em Jormato .doc) de den­

uneia por ele publieizada) mesmo CÎente de que o accsso ao registro itifor­

meuico de tai arquivo acabaria por revelar wa Jonte. II

A comparayao com o acesso ao computador de um jornalis­

ta e esdruxula, a comevar pelo fato de gue nao se fez nenhu­

tna busea no eotnputador da Deputada SOLANGE AL­

MEIDA nem no computador de nenhum outro parlamentar. As

informac;oes foram extraidas do sistema SILEG, sistcma informati­

zado da Câmara dos Deputados para a tramitac;ao de reguerimen­

tos e quaisguer proposic;oes formuladas por parlamentares daguela

casa.

Nao se buscou conhecer a fonte de algum reguerimento par­

lamentar, mas o acesso ao prâprio requerimento, taI gual disponibiliza-

do voluntariatnente pela parlamentar no sistema de trami?

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eletronico SILEG. A diligencia nac adotoll o pressuposto de gue

SOLANGE ALMEIDA recebeu informa<;ao alguma para preparar

os requerimentos. A premissa fatico-probat6ria da cliligencia foi,

antes, a de gue SOLANGE ALMEIDA meramente lanvou suas as­

sinaturas fisica e eletronica nesses requerimentos, gue recebeu

prontos, nada tenda providenciado em termos de coleta de subsî-

dios para elabora-Ios.

De resto, se o Procurador-Geral da Republica tivesse preten­

dicla elucidar o teor ou a fonte das informar;oes gue porventura

pudessem ter si do recolhidas por SOLANGE ALMEIDA para ela­

borar os requerimentos, o escopo da diligencia teTia sido inteira­

mente diversa. A diligencia haveria de tef tido por objeto, por

exemplo, o acesso aos correios eletronicos da ex-congressista, ou a sua agenda de contatos, ou a seus registros de chamadas telef6ni­

cas.

No momento em gue foram protocolizados pela Deputada

no bojo de um procedimento legislativo, os reguerimentos passa­

ram a ser de natureza publica. A partir dessa protocolizac;:ao o do­

cumento eletronico passa a constar de um sistema informatizado

de natureza publica e poderâ ser acessado por qualguer interessado,

excec;:ao [eita a regucrimentos sigilosos (nao era esse o caso).

Alegar gue o acesso aos metadados dos arguivos eletronicos

viol am o sigilo da fonte das informac;:oes da Deputada nao tem o

menor sentido: metadados sao informac;:oes acop1adas a um arguivo

gue definem suas propriedades e o identificam no mundo da in­

formatica; metadados nada tem, portanto, a ver corn as fontes de

que Ulll parlamentar possa servir-se para dirigir sua atua<;ao. Des~

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Ado Cautelar Il" .1.H(l;)/DF C()lltrdrraz0~s a A!2;ravo Regimental . - . ~

modo, OS metadados que pemzeram O objeto da requisi<;:ao aderi-

ram aos arquivas dos requerimentos independentemente da vonta­

de da congressista, coma uma numera<;:ao de expediente fisico.

Quando a congressista espantaneamente apresentou os requeri­

mentos, seus metadados continuaram acoplados aos arquivos, corn o

estavam de sua cria<;:ao. Em resumo, a gerayao dos metadados e consequencia inarredavel da criayao dos arquivos esua publicayao

e consequencia igualmente inarredâvcl da publicayao desses arqui­

vos, na forma de requerimentos .

V. Conclusao

Ante o exposto, o Procuradar-Geral da Republica manifesta­

se no sentido: a) da inadmissao do agrava em teIa; b) do despro­

Vlmento do agrava, caso superada a fase de conhecimento do re-

curso.

Brasilia (DF), 12 de agosto de 2015 .

~t ~ito Garros Procuradar-Geral da Republica

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STF 102.002

TERMO DE CONCLtJSAO ) Fao;;o CSlcS autos condusos ao FI) EXCclcntîsSiZ(a) Senhor(a)

Ministro(a) Rclator (a). Brasîlia, b de :::«... ac 2 15.

FABIANO DE AZEVED OR .IRA

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AC 3865

CERTIDÂO

Certifica que, em cumprimento a decisăo proferida ern 7 de mai o de 2015, estes autos foram apensados aos do INQ 3983. Brasîlia, 20 de agosto de 2015.

D . M ~~ 1\ . enlS a I\J~_ rrelra

Malrfc 11ă n° 219(

TERMO DE CONCLUSÂO Fa~ estes aUlns cooclusos au(a) cclenlîssimo(a) Senhor(a) Ministro(a)-Relator(a)./ff) re'

Bra5fli1t'~_d de 201_,:)

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