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ª ª 40 40 40 EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO INFORMA AÇO BRASIL MAIO | 2018 MAIO | 2018 MAIO | 2018 INDÚSTRIA BRASILEIRA DO AÇO SEGUE EM BUSCA DA RECUPERAÇÃO O desempenho da indústria brasileira do aço foi positivo no 1º quadrimestre de 2018, segundo dados do Instituto Aço Brasil. A produção brasileira de aço bruto alcançou 11,6 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2018, o que representa um incre- mento de 4,1% frente ao mesmo período do ano anterior. As vendas internas foram de 5,9 milhões de toneladas no período, o que representa uma elevação de 14,7% quando comparado com o 1º quadrimestre do ano anterior. Já o consumo apa- rente nacional de produtos siderúrgicos foi de 6,7 milhões de toneladas de janeiro a abril, o que repre- senta alta de 13,4% frente aos primeiros quatro meses de 2017. Apesar dos números mais positivos, a melhoria da atividade industrial nacional tem sido inferior ao esperado, e, portanto, insuficiente para que a indústria brasileira do aço se recupere da pior crise de sua história. No curto prazo, devido à lenta recu- peração da economia doméstica, a saída das empre- sas aqui instaladas para elevar a utilização da capa- cidade instalada – 69% na média do primeiro tri- mestre do ano – é a exportação. As previsões do Instituto Aço Brasil para indústria brasileira do aço em 2018 são de aumento das ven- das internas de aço em 6,6% em 2018, totalizando volume de 18 milhões de toneladas. A produção de aço bruto deve aumentar 8,6% em relação ao ano passado e as exportações devem crescer 10,7% este ano na comparação com 2017, enquanto o consu- mo aparente de aço deve subir 6,9% em 2018. Tais previsões, no entanto, para serem efetivadas dependerão do resultado positivo das negociações ora em curso tanto com os Estados Unidos como do acordo Mercosul – União Européia (condições pre- ferenciais de comércio entre blocos). O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou oficialmente, em março/18, a decisão de estabelecer alíquota de importação de 25% para o aço. Esta decisão foi tomada no âmbito da Seção 232 sob o argumento de que as importações de aço constituem ameaça à segurança dos EUA. Esta foi uma medida extrema tomada unilateral- mente pelos Estados Unidos para proteger sua indústria siderúrgica e seus trabalhadores diante da ameaça do excesso de capacidade de produção de aço no mundo, da ordem de 700 milhões de tonela- das. O governo brasileiro vinha negociando condições diferenciadas com o Governo dos Estados Unidos para as exportações brasileiras de aço, dadas algu- mas peculiaridades do País mas, no final de abril, surpreendendo a todos, o Governo dos EUA infor- mou que as condições politicas para a manutenção das negociações tinham mudado e que o Brasil teria que decidir se aceitaria ou não a proposta america- na. Esta estabelece cota de exportação de aço brasi- leiro para os EUA calculada pelo volume médio das exportações realizadas de 2015 a 2017 para produ- tos semi-acabados e acabados. No caso de produtos acabados, há ainda a aplicação de redutor de 30% sobre o volume médio alcançado no período de referência. O Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, tendo em vista a relevância das exportações brasileiras de aço para os EUA (1/3 do total), não teve outra alter- nativa senão aceitar a imposição americana. Tal decisão deveu-se, em grande parte, à necessidade do setor manter nível das exportações que evite reduzir ainda mais o nível de utilização da capacida- de de produção instalada no Brasil, hoje em 68%, tendo em vista a lenta retomada do mercado inter- no. Seção 232 – Imposição de cota ao aço brasileiro pelos EUA Desempenho em 2018 deve melhorar, mas ainda abaixo do alcançado em 2013

AÇO BRASIL 40ª · Estado de Mato Grosso do Sul, do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo

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ªªª404040 EDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃO

I N F O R M AAÇO BRASIL MAIO | 2018MAIO | 2018MAIO | 2018

INDÚSTRIA BRASILEIRA DO AÇO SEGUE EM BUSCA DA RECUPERAÇÃO O desempenho da indústria brasileira do aço foi positivo no 1º quadrimestre de 2018, segundo dados do Instituto Aço Brasil. A produção brasileira de aço bruto alcançou 11,6 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2018, o que representa um incre-mento de 4,1% frente ao mesmo período do ano anterior. As vendas internas foram de 5,9 milhões de toneladas no período, o que representa uma elevação de 14,7% quando comparado com o 1º quadrimestre do ano anterior. Já o consumo apa-rente nacional de produtos siderúrgicos foi de 6,7 milhões de toneladas de janeiro a abril, o que repre-senta alta de 13,4% frente aos primeiros quatro meses de 2017.Apesar dos números mais positivos, a melhoria da atividade industrial nacional tem sido inferior ao esperado, e, portanto, insuficiente para que a indústria brasileira do aço se recupere da pior crise

de sua história. No curto prazo, devido à lenta recu-peração da economia doméstica, a saída das empre-sas aqui instaladas para elevar a utilização da capa-cidade instalada – 69% na média do primeiro tri-mestre do ano – é a exportação. As previsões do Instituto Aço Brasil para indústria brasileira do aço em 2018 são de aumento das ven-das internas de aço em 6,6% em 2018, totalizando volume de 18 milhões de toneladas. A produção de aço bruto deve aumentar 8,6% em relação ao ano passado e as exportações devem crescer 10,7% este ano na comparação com 2017, enquanto o consu-mo aparente de aço deve subir 6,9% em 2018. Tais previsões, no entanto, para serem efetivadas dependerão do resultado positivo das negociações ora em curso tanto com os Estados Unidos como do acordo Mercosul – União Européia (condições pre-ferenciais de comércio entre blocos).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou oficialmente, em março/18, a decisão de estabelecer alíquota de importação de 25% para o aço. Esta decisão foi tomada no âmbito da Seção 232 sob o argumento de que as importações de aço constituem ameaça à segurança dos EUA.Esta foi uma medida extrema tomada unilateral-mente pelos Estados Unidos para proteger sua indústria siderúrgica e seus trabalhadores diante da ameaça do excesso de capacidade de produção de aço no mundo, da ordem de 700 milhões de tonela-das. O governo brasileiro vinha negociando condições diferenciadas com o Governo dos Estados Unidos para as exportações brasileiras de aço, dadas algu-mas peculiaridades do País mas, no final de abril, surpreendendo a todos, o Governo dos EUA infor-mou que as condições politicas para a manutenção das negociações tinham mudado e que o Brasil teria

que decidir se aceitaria ou não a proposta america-na. Esta estabelece cota de exportação de aço brasi-leiro para os EUA calculada pelo volume médio das exportações realizadas de 2015 a 2017 para produ-tos semi-acabados e acabados. No caso de produtos acabados, há ainda a aplicação de redutor de 30% sobre o volume médio alcançado no período de referência.O Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, tendo em vista a relevância das exportações brasileiras de aço para os EUA (1/3 do total), não teve outra alter-nativa senão aceitar a imposição americana. Tal decisão deveu-se, em grande parte, à necessidade do setor manter nível das exportações que evite reduzir ainda mais o nível de utilização da capacida-de de produção instalada no Brasil, hoje em 68%, tendo em vista a lenta retomada do mercado inter-no.

Seção 232 – Imposição de cota ao aço brasileiro pelos EUA

Desempenho em 2018 deve melhorar, mas ainda abaixo do alcançado em 2013

AÇOBRASIL2018

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até 17/06

Realizado na Vallourec Barreiro, em MG, no ultimo dia 08, o Seminário sobre a Indústria do Aço para jornalistas

reuniu cerca de 40 participantes, entre jornalistas da capital, do Vale do Aço e assessores de imprensa de empresas

associadas ao Aço Brasil.Entre os temas abordados no Programa estavam “Processos e produtos: como é feito o aço?”, “A indústria do

aço no Brasil e no mundo”, “Mercado Brasileiro do aço: desenvolvimento e aplicações”, além da “Sustentabilidade

Ambiental na indústria do aço”. Em seguida às palestras, foi oferecido almoço aos participantes e conduzida uma

visita à parte de laminação da usina. Além dos palestrantes do Instituto Aço Brasil, o Seminário contou ainda com a presença do presidente do

Conselho Diretor do Aço Brasil, Alexandre Lyra e do vice presidente do Conselho, Sergio Leite, no fechamento do

Seminário. Esta é a sétima vez que a entidade realiza este tipo de evento na capital mineira, desde o início do projeto, em

1999. “É uma oportunidade de treinamento para os jornalistas da região. Levamos o conhecimento do setor do aço e

estreitamos o relacionamento com esta praça tão importante para o setor no Brasil”, disse Marco Polo de Mello

Lopes, presidente executivo do Aço Brasil.

Seminário sobre a Indústria do Aço para Jornalistas reúne imprensa de MGEvento teve presença de cerca de 40 participantes

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ArcelorMittal Brasil inicia a integração com a Votorantim SiderurgiaAcordo foi aprovado pelo Cade em fevereiro

Vista aérea da Usina de Juiz de Fora

A ArcelorMittal Brasil iniciou no dia 2 de abril a

integração dos negócios do segmento de aços longos

da Votorantim Siderurgia no Brasil. Com o closing

(fechamento) da operação, ocorrido em 1º de abril, as

plantas industriais de Barra Mansa (RJ), Resende (RJ) e

Três Lagoas (MS), além dos ativos da área florestal

localizados em Minas Gerais, passam a fazer parte do

grupo ArcelorMittal.

O negócio fortalecerá a ArcelorMittal Brasil no

mercado nacional e permitirá a ampliação do seu

portfólio de produtos e soluções. “Temos uma

trajetória marcada por integrações e crescimento

contínuo no Brasil e no mundo. Esta integração com a

Votorantim Siderurgia é estratégica para nós,

reforçando o papel do Brasil como importante vetor

de crescimento do Grupo na América Latina. E isso

nos orgulha muito, pois com a aquisição nos

tornamos a maior produtora de aços longos do país.

Ficamos mais competitivos num mercado que está

muito desafiador. A transação é muito importante

neste contexto”, explica Jefferson De Paula, CEO

ArcelorMittal Aços Longos Américas do Sul, Central e

Caribe.

A partir do fechamento do negócio, a empresa

poderá conhecer melhor as sinergias logísticas

industriais e operacionais das novas plantas e analisar

em profundidade as oportunidades de eficiência em

geral. A integração ocorrerá aos poucos, envolvendo

empregados, fornecedores, comunidades e demais

públicos de relacionamento da empresa. “É

importante ressaltar que mantemos um diálogo

efetivo e com transparência com os diversos

stakeholders. Onde quer que atuemos, temos uma

política clara de responsabilidade corporativa e

desenvolvemos ações com as comunidades”, reforça

Jefferson De Paula.

Com a integração, o segmento de aços longos da

ArcelorMittal Brasil terá capacidade total de

aproximadamente 5 milhões toneladas por ano,

tornando-se a maior produtora de aços longos do

Brasil. O mix de produtos das unidades adquiridas é

compreendido essencialmente por vergalhão, fio-

máquina, produtos transformados para a construção

civil, perfis leves e médios. No Brasil, a empresa possui

operações de aços longos, aços planos e mineração,

com capacidade de produzir em torno de 12,5

milhões de toneladas de aço bruto e 7,1 milhões de

toneladas de minério de ferro por ano.

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RoadShow do CBCA reúne mais de 100 pessoas em Campo Grande - MS

11º Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura já tem cerca de 150 inscritos

O RoadShow “Da Concepção à Construção em Aço”, promovido pelo Centro Brasileiro da

Construção em Aço (CBCA), passou por Campo Grande (MS) em 23 de maio e contou com a

presença de mais de 100 pessoas, entre profissionais da área de construção civil e estudantes

dos cursos de arquitetura e engenharia civil. Essa edição contou com as palestras “A concepção arquitetônica a partir de sistemas

industrializados” do arquiteto Sérgio Sampaio e “Soluções Híbridas e Mistas de Aço e Concreto

para Edifícios de Múltiplos Andares” do engenheiro Flávio Gaiga. Sérgio é formado em

arquitetura pela Fau-Mackenzie e pós-graduado em “Habitação e Cidade” e em “Geografia Cidade e Arquitetura”

na Escola da Cidade. Já Flávio é engenheiro civil pela PUC-Minas e mestre em “Engenharia de Estruturas” pela

Unicamp.Projeto iniciado pelo CBCA em 2005 e que já conta com 187 edições em diversas cidades brasileiras, o RoadShow

teve os apoios nessa edição de Campo Grande da própria Escola Senai da Construção, da Federação das Indústrias do

Estado de Mato Grosso do Sul, do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do

Sul, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul, do Conselho Regional de Engenharia e

Agronomia do Mato Grosso do Sul, da Associação Brasileira da Construção Metálica, da Associação Brasileira de

Engenharia e Consultoria Estrutural, da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Dourados, da Associação

Brasileira de Engenheiros Mecânicos de Mato Grosso do Sul e da Federação Nacional de Engenharia e Mecânica

Industrial.Em breve serão divulgadas em www.cbca-acobrasil.org.br informações sobre os próximos RoadShows, que

serão realizados nas cidades de Florianópolis, Goiânia e Vitória.

Mesmo restando cerca de dois meses para o fim das inscrições

do 11º Concurso para Estudantes de Arquitetura do Centro

Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), a edição de 2018 do

projeto já conta com cerca de 150 equipes inscritas, de diversas

universidades brasileiras. O tema - Pavilhão com Estufa para

Parque Botânico - é inspirado na Agenda 2030 Para Um

Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que tem como

objetivo proteger as florestas e lutar contra a desertificação. Os

trabalhos devem ser concebidos e estruturados em aço e as equipes precisam ter no mínimo dois e no máximo quatro

alunos, com o grupo recebendo a orientação de um professor da mesma escola ou faculdade.Os estudantes devem desenvolver um projeto que permita a exibição de biomas e a conservação de espécies,

além da investigação científica e ensino, contribuindo para reforçar a importância do desenvolvimento sustentável

para o planeta. O resultado será anunciado no dia 04 de setembro, no site do CBCA. O prêmio para o primeiro lugar

será de R$ 8 mil distribuídos entre os alunos responsáveis pelo projeto vencedor e o professor orientador, que

receberão ainda diversas publicações sobre construção em aço, assinatura da revista Arquitetura & Aço e vouchers

para cursos online oferecidos pela entidade que representa o setor da construção industrializada em aço.O Concurso do CBCA - que em 2017 teve recorde de inscrições com 485 equipes inscritas de 199 universidades

diferentes - já é considerado o mais importante concurso para estudantes de arquitetura do Brasil. A competição é a

etapa nacional do Concurso Alacero de Diseño en Acero para Estudiantes de Arquitectura, organizado pela

Associação Latino-Americana do Aço (Alacero).Dois representantes da equipe vencedora viajarão para Cartagena das Índias, na Colômbia, onde representarão o

País na fase internacional da competição, concorrendo com equipes argentinas, chilenas, colombianas - entre outras

- pelo prêmio de US$ 10 mil.Para mais informações sobre a competição acesse www.cbca-acobrasil.org.br/arquitetura/index.php.

Primeira edição de 2018 do evento foi realizada na sede da Escola Senai da Construção

%ESTATÍSTICA

A produção brasileira de aço bruto alcançou 11,6 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses de 2018, o que representa um incremento de 4,1% frente ao mesmo período do ano anterior. A produ-ção de laminados no mesmo período foi de 7,8 milhões de toneladas, aumento de 7,1% em relação a 2017. A produção de semiacabados para vendas totalizou 3,1 milhões de toneladas no acumulado de 2018, uma queda de 0,1% na mesma base de comparação¹.

As vendas internas foram de 5,9 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2018, o que representa uma elevação de 14,7% quando comparado com igual período do ano anterior.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgi-cos foi de 6,7 milhões de toneladas no mesmo período, o que representa uma alta de 13,4% frente aos primeiros quatro meses de 2017.

As importações alcançaram 791 mil toneladas no acumulado do primeiro quadrimestre de 2018, aumentando 0,1% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 872 milhões, uma alta de 29,2% no mesmo período de comparação.

As exportações atingiram 4,7 milhões de toneladas e US$ 2,9 bilhões nos quatro primeiros meses de 2018. Esses valores representam, respectivamente, aumen-to de 0,6% e 23,9% na comparação com o mesmo período de 2017.

Produção de Aço Bruto

Instituto Aço Brasil | Telefone (21) 3445-6300 | www.acobrasil.org.br | [email protected]

(1) Devido a uma perda que ocorre durante o processo produtivo do aço, a soma da produção de laminados e semiacabados para vendas não equivale ao total da produção de aço bruto.

Fonte: Aço Brasil

MÊS 2017 2018

J 2.825

2.866

F 2.571

2.714

M 2.845

3.065

A 2.893

2.949

M 2.928 -

J 2.649 - J 2.831 - A 2.955

-

S 2.958

-

O 3.045

-

N 3.028

-

D 2.822

-

1.950

2.200

2.450

2.700

2.950

3.200

J F M A M J J A S O N D

2018 2017

Unid.:103t