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ACOMPANHAMENTO SÓCIO-PEDAGÓGICO: DESENVOLVIMENTO COM ADOLESCENTES, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E SOCIAL NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO NÃO ESCOLAR. Cibele Kariny de Laras Alves Ribeiro Pinto¹ RESUMO: Este artigo é resulta do trabalho desenvolvido pela autora em uma instituição filantrópica, localizada na cidade de Curitiba, que capacita e insere adolescentes em situação de vulnerabilidade econômica e social no mercado de trabalho formal, como aprendiz. O objetivo é levantar como ocorre o acompanhamento sócio-pedagógico, desenvolvido com os adolescentes e as contribuições para a formação profissional e social, no âmbito da educação não escolar.O acompanhamento-sócio pedagógico busca despertar nos adolescentes o desenvolvimento de suas potencialidades, em todos os seguimentos de sua vida, enquanto indivíduo em desenvolvimento, tendo em vista atingir sua emancipação social.Com este trabalho de pesquisa procura-se constatar a efetividade das finalidades a que o programa de aprendizagem se destina, utilizando-se da abordagem qualitativa e aplicando como instrumento de pesquisa entrevistas e questionários, investiga as informações juntamente com as profissionais Pedagogas e adolescentes da instituição. PALAVRAS CHAVE: Acompanhamento sócio-pedagógico,adolescente aprendiz, lei da aprendizagem, Pedagogia Social, mercado de trabalho. INTRODUÇÃO A partir da prática profissional exercida na Instituição em estudo, e no reconhecimento a importância do desenvolvimento do acompanhamento sócio-pedagógico, realizado com os adolescentes, durante o período de capacitação e inserção no mercado de trabalho surgiu o interesse nesta pesquisa possibilitando perceber as contribuições proporcionadas na qualificação profissional e na formação sócio-educativa destes adolescentes. Historicamente o desenvolvimento das atividades na Instituição surgiu a partir de iniciativa religiosa, no ano de 1944. Estruturou-se legalmente a partir de 1952, momento em que se torna uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter assistencial, cultural, educativo e profissionalizante, devidamente registrada no Conselho Nacional de Serviço Social. _______________________ ¹ Bacharel em Serviço Social pelas Faculdades Integradas “Espírita” -Assistente Social e Pós graduanda em Pedagogia Social pela Universidade Tuiuti do Paraná.

Acompanhamento Socio Pedagogico Desenvolvimento Com Adolescentes

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  • ACOMPANHAMENTO SCIO-PEDAGGICO: DESENVOLVIMENTO

    COM ADOLESCENTES, NA FORMAO PROFISSIONAL E SOCIAL

    NO MBITO DA EDUCAO NO ESCOLAR.

    Cibele Kariny de Laras Alves Ribeiro Pinto

    RESUMO:

    Este artigo resulta do trabalho desenvolvido pela autora em uma instituio filantrpica,

    localizada na cidade de Curitiba, que capacita e insere adolescentes em situao de

    vulnerabilidade econmica e social no mercado de trabalho formal, como aprendiz. O

    objetivo levantar como ocorre o acompanhamento scio-pedaggico, desenvolvido com os

    adolescentes e as contribuies para a formao profissional e social, no mbito da educao

    no escolar.O acompanhamento-scio pedaggico busca despertar nos adolescentes o

    desenvolvimento de suas potencialidades, em todos os seguimentos de sua vida, enquanto

    indivduo em desenvolvimento, tendo em vista atingir sua emancipao social.Com este

    trabalho de pesquisa procura-se constatar a efetividade das finalidades a que o programa de

    aprendizagem se destina, utilizando-se da abordagem qualitativa e aplicando como

    instrumento de pesquisa entrevistas e questionrios, investiga as informaes juntamente com

    as profissionais Pedagogas e adolescentes da instituio.

    PALAVRAS CHAVE: Acompanhamento scio-pedaggico,adolescente aprendiz, lei da aprendizagem, Pedagogia

    Social, mercado de trabalho.

    INTRODUO

    A partir da prtica profissional exercida na Instituio em estudo, e no reconhecimento a

    importncia do desenvolvimento do acompanhamento scio-pedaggico, realizado com os

    adolescentes, durante o perodo de capacitao e insero no mercado de trabalho surgiu o

    interesse nesta pesquisa possibilitando perceber as contribuies proporcionadas na

    qualificao profissional e na formao scio-educativa destes adolescentes.

    Historicamente o desenvolvimento das atividades na Instituio surgiu a partir de

    iniciativa religiosa, no ano de 1944. Estruturou-se legalmente a partir de 1952, momento em

    que se torna uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, de carter

    assistencial, cultural, educativo e profissionalizante, devidamente registrada no Conselho

    Nacional de Servio Social.

    _______________________

    Bacharel em Servio Social pelas Faculdades Integradas Esprita -Assistente Social e Ps graduanda em Pedagogia Social pela Universidade Tuiuti do Paran.

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    Atualmente a Instituio tem como objetivo principal, oportunizar ao adolescente

    aprendizagem terica e prtica para sua formao pessoal e qualificao profissional,

    possibilitando o ingresso no mercado formal de trabalho, na condio de aprendiz,

    favorecendo sua autopromoo. Apresentando, desta maneira, consonncia com a Lei

    10.097/2000, a qual prope que para o adolescente ser considerado aprendiz, condio ter

    entre 14 e 24 anos de idade, vale ressaltar que a instituio trabalha com a faixa etria de 14

    aos 18 anos. Outra condio frequentar regularmente a escola e conciliar a aprendizagem

    prtica, a qual desenvolvida na empresa.Associada ainda a aprendizagem terica, realizada

    na instituio formadora. Desta maneira cria-se um trip entre escola, aprendizagem prtica e

    terica, sendo dever do adolescente sua participao e assiduidade.

    A instituio conta com parceria do rgo gestor da Poltica de Assistncia Social no

    municpio de Curitiba, o qual responsvel pela seleo e encaminhamento dos adolescentes

    na instituio para realizao do curso de capacitao. E tambm com organizaes no

    governamentais de sociedade civil, as quais esto registradas no Conselho Municipal dos

    Direitos das Crianas e dos Adolescentes - CONANDA.

    Tendo em vista a proposta do Programa da Instituio, tem-se como objetivo geral deste

    estudo, levantar como ocorre o acompanhamento scio-pedaggico, desenvolvido com os

    adolescentes e as contribuies para a formao profissional e social, no mbito da educao

    no escolar configurado pelos objetivos especficos em descrever o acompanhamento scio-

    pedaggico desenvolvido com os adolescentes aprendizes, no que se refere educao no

    formal e identificar o perfil social dos adolescentes, e suas aspiraes quanto s perspectivas

    futuras no mbito profissional e social. Desta maneira, possibilitando a identificao das

    contribuies da educao no formal na vida pessoal, social e profissional dos adolescentes

    que passam pelo Programa da Instituio.

    Apresentaremos inicialmente, um breve histrico do adolescente aprendiz, aps

    escreve-se como ocorre o acompanhamento scio pedaggico na instituio. Conclui-se com

    a anlise dos dados da pesquisa, considerado as reflexes que se tornaram relevantes para

    compreendermos como o acompanhamento pedaggico realizado pela instituio, pode

    contribuir para a emancipao destes adolescentes.

    Diante deste contexto a presente pesquisa foi fundamentada a partir da teoria Marxista,

    entendendo que desta maneira obteremos uma compreenso mais aproximada da realidade

    vivida por estes adolescentes e apresentado possveis indicadores das contribuies em suas

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    vidas. Apropriando-se desta linha terica e atravs dos dados coletados, permite-se uma

    aproximao do fenmeno, reconhecendo a subjetividade, para compreender que cada ser

    humano se desenvolve de uma maneira particular.

    A coleta dos dados ocorrer a partir do instrumental de entrevista assistemtica e semi

    estruturada, oportunizando uma abordagem real sobre o acompanhamento scio pedaggico

    no mbito da educao no escolar. Selecionamos como pblico alvo quatro adolescentes

    acompanhados pela instituio, e trs profissionais de Pedagogia escolhidas de modo

    aleatrio. Todas as entrevistas foram realizadas na prpria Instituio.

    Neste sentido o mtodo anlise de contedo, ser utilizado aps a obteno das

    respostas pelo instrumento de pesquisa considerando que a:

    Anlise de contedo um mtodo de tratamento de anlise de informaes, colhidas por meio de tcnicas de coleta de dados, consubstanciadas em um

    documento. A tcnica se aplica anlise de textos escritos ou qualquer

    comunicao (oral, visual, gestual) reduzida a um texto ou documento (Chizzotti, 2003, p.98).

    Com a apropriao dos dados coletados, interpreta-se as respostas individualmente dos

    adolescentes e profissionais entrevistados.

    Desta maneira, esta pesquisa viabiliza uma possvel compreenso das mltiplas

    expresses da Pedagogia Social, bem como a aproximao da realidade vivida por estes

    adolescentes, no que se referem as suas dificuldades, frustraes e sua promoo enquanto ser

    social.

    Vale ressaltar que estes adolescentes no se restringem apenas a situaes de

    vulnerabilidade, ha necessidade de perceber que estes possuem capacidades e possibilidades

    de se desenvolver com base na proposta do programa.

    Breve Histrico Do Adolescente Aprendiz

    Com base na Constituio Federal de 1988, elaborado o Cdigo de Menores em 1927 no

    Brasil, o qual foi implantado com a funo de prestar assistncia e proteo s crianas e

    adolescentes. No entanto o que se percebeu, foi que o objetivo era resolver os problemas

    desta faixa etria, adequando-os aos padres estabelecidos pela sociedade da poca.

    Com o advento da Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Criana e do

    Adolescente ECA, a viso anteriormente abordada no Cdigo de Menores passa a ser

    modificada. Momento em que o ECA torna-se um instrumento que constri uma prtica de

    compreender as crianas e adolescentes como sujeitos de direito, e que perpassam por uma

    fase de desenvolvimento com caractersticas subjetivas. O Estatuto estabelece ainda, os

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    direitos e deveres a eles aplicado, e definindo os rgos responsveis, suas atribuies e

    competncias para garantia destes direitos.

    Embora o ECA aborde em seu Capitulo V(Do Direito a Profissionalizao e a Proteo ao

    Trabalho), uma alternativa de insero dos adolescentes no mercado de trabalho. Percebe-se,

    que o trabalho bem comum nesta faixa etria, sendo este um fenmeno social existente em

    todo mundo. O fato mostra que a pobreza e o trabalho infantil so faces da mesma moeda e

    aparece com resultado da degradao do nvel de vida das famlias que necessitam dos filhos

    para sobreviver e dos empregadores que utilizam desta mo de obra como fator de obteno

    de vantagens e lucro.

    No entanto, o direto a profissionalizao e proteo ao trabalho no diz respeito apenas

    proibio do trabalho infantil, mas considera que os adolescentes tambm devem ser

    conduzidos gradativamente ao mercado de trabalho respeitando o seu desenvolvimento fsico

    e mental, atravs do sistema educacional, como apresentada na Lei da Aprendizagem.

    Neste contexto a Lei 10.097/00, representa uma alternativa para estes adolescentes em

    situao de vulnerabilidade social e econmica, no que se refere a sua insero no mundo do

    trabalho. No momento de sua insero na empresa, realizado um contrato de trabalho com

    tempo determinado de dois anos, conforme previsto no art.428.:

    Contrato de aprendizagem o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a

    assegurar ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em

    programa de aprendizagem, formao tcnico-profissional metdica,

    compatvel com o seu desenvolvimento fsico, moral e psicolgico, e o

    aprendiz, a executar, com zelo e diligncia, as tarefas necessrias a essa

    formao. (BRASIL, 2000)

    Este contrato garante ao aprendiz direito trabalhista e previdencirio (salrio, frias,

    13salrio e Fundo de Garantia FGTS), no havendo direito a seguro desemprego, e sua

    jornada de trabalhado no pode exceder seis horas dirias, porm como a instituio atende

    uma faixa etria determinada, as horas trabalhadas so reduzidas para quatro horas dirias

    totalizando 20 horas semanais, concomitantemente realizando curso terico obrigatrio na

    instituio. Este contrato contempla a assinatura do adolescente, seu responsvel legal,

    entidade formadora e empresa. vetado ao aprendiz, realizar suas atividades em locais

    insalubres, perigosos, em perodo noturno ou em condies que o prejudiquem seu

    desenvolvimento fsico, psquico e/ou moral.

    Compreendendo que mundo do trabalho vem rigorosamente exigindo profissionais com

    qualificao, pr-atividade e senso crtico observa-se que estes requisitos esto distantes dos

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    adolescentes e jovens, os quais sofrem os impactos econmicos e os efeitos das aes do

    Estado, ou seja, encontra-se em vulnerabilidade social, possuem maiores dificuldades no que

    se refere ao seu desenvolvimento socioeconmico e cultural. Este fato ocasiona para a maioria

    dos adolescentes de baixo nvel de escolaridade e falta de acesso qualificao profissional,

    contribuindo ainda mais para excluso do mercado de trabalho.

    Parte-se desta, realidade uma reflexo para percebermos a relevncia do Programa de

    Aprendizagem Profissional, executado pela instituio, a qual oportuniza a estes adolescentes

    um meio de capacitao e experincia para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, por

    meio do acompanhamento scio pedaggico. Buscando a promoo social deste adolescente,

    uma vez que a formao seja capaz de despertar a responsabilidade, ampliar o leque de

    conhecimentos e agregar valores. Desta maneira, possvel para o adolescente compreender

    que sujeito de direitos e deveres, tornando-se um ser social, participativo e responsvel.

    O Acompanhamento Scio Pedaggico

    O acompanhamento scio pedaggico da instituio atende as exigncias Legais da

    Lei da Aprendizagem, e executado atravs de proposta pedaggica apresentada no seu

    Projeto Poltico Pedaggico PPP, onde se procura desenvolver uma forma de ao

    educativa, que alcance uma interlocuo entre o compromisso scio-poltico e os interesses

    coletivos da instituio. Este documento tem por finalidade descrever os principais

    procedimentos e (...) estabelecer diretrizes que norteiem as aes de todos os envolvidos no

    processo educacional de forma refletida, sistematizada, orgnica, cientifica e principalmente

    participativa (Projeto Policio Pedaggico, 2010), na formao profissional do adolescente.

    O PPP define trs eixos para a realizao de suas atividades so elas: Aprendizagem

    Profissionalizante; Ampliao do Universo Sociocultural; Fortalecimento da Unidade

    Familiar. Compreende-se que estes eixos buscam despertar nos adolescentes o

    desenvolvimento de suas potencialidades, em todos os seguimentos de sua vida, buscando seu

    protagonismo. Apoia-se na Pedagogia Libertadora de Paulo Freire, na concepo Scio

    Construtivista de Vygotsky e nos estudos comportamentais de Piaget.

    A Coordenao Pedaggica desenvolve suas atividades a partir de quatro pilares, so

    eles: Aprender a conhecer (cultural); Aprender a fazer (profissional); Aprender a viver juntos

    (familiar e comunitrio); Aprender a ser (pessoal). Os quatro pilares representam para o

    aprendiz as dimenses de sua vida, enquanto ser social, sujeito de direitos e deveres buscando

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    demonstrar para o adolescente, maneiras de suprir suas necessidades, enquanto individuo em

    desenvolvimento e principalmente que capaz de atingir sua emancipao social.

    Neste sentido o adolescente ao ingressar na Instituio realiza o curso de Capacitao,

    o qual intitulado de Mdulo Bsico Inicial (MBI). Sua finalidade proporcionar ao

    adolescente formao pessoal, garantindo assim, sua futura participao no Programa de

    Aprendizagem Profissional. A carga horria de 200 horas, divididas em 50 dias teis, com

    exigncia de 90% de frequncia. Durante a participao no MBI o adolescente

    acompanhado e avaliado por uma equipe interdisciplinar, no somente com provas de

    conhecimento dos contedos abordados no curso de capacitao, mas tambm observado

    seu interesse, comprometimento, assiduidade, participao individual e em grupo. No trmino

    do MBI realizada uma avaliao final (conselho de classe), sendo observados os aspectos:

    frequncia, aproveitamento, comportamento, participao, apresentao pessoal e aptido ao

    trabalho.

    A partir do seu desempenho na capacitao inicial, o adolescente encaminhado para

    entrevistas de trabalho, realizadas nas empresas parceiras da instituio. Quando aprovado,

    efetiva sua participao no Programa de Aprendizagem Profissional Adolescente Aprendiz,

    realizando contrato de trabalho com durao de dois anos. Neste perodo, o aprendiz realiza

    24 horas semanais de trabalho, sendo estas horas divididas em 20 horas na empresa

    (Aprendizagem Prtica) e 4 horas na instituio (Aprendizagem Terica).

    A aprendizagem terica realizada na instituio, por meio do Mdulo Especifico, o

    qual proporciona ao aprendiz 300 horas de teoria, distribuda em 4 horas semanais. O

    compromisso do aprendiz manter aproveitamento e assiduidade no trip: escola, trabalho e

    curso. O levantamento das faltas no curso realizado pela coordenao de cursos, a qual

    informa coordenao pedaggica para aplicar penalidade aos adolescentes, com faltas

    injustificadas seguindo os seguintes critrios: 1 falta receber um Comunicado; 2 falta ser

    aplicada uma Orientao; 3 falta ser aplicada Advertncia; 4 falta ser aplicada Suspenso

    de um dia de curso; 5 falta Termo de Compromisso. As empresas tambm so informadas,

    referentes s faltas dos aprendizes, uma vez que a cada falta no curso o aprendiz sofre

    desconto salarial. E, excesso de faltas uma das condicionalidades para o desligamento do

    aprendiz do programa.

    O aprendiz durante a aprendizagem avaliado na empresa atravs o orientador prtico,

    e no curso por meio do orientador terico sob superviso da equipe pedaggica nos seguintes

    aspectos: Prova de conhecimento; Comportamento individual; Participao em sala de aula;

    Realizao de atividades individuais; Assiduidade (faltas e atrasos); Trabalho em equipe.

  • 7

    Percebe-se ento que o papel do Pedagogo na instituio ocorre no acompanhamento e

    avaliao do adolescente desde sua capacitao ate o momento de aprendizagem terica. Bem

    como os orientadores tericos, acompanhamento dos contedos programticos e a relao

    entre orientador e aprendiz.

    Todo este monitoramento realizado pela Pedagogia e equipe interdisciplinar, possui o

    objetivo no somente de controle das aes do aprendiz, mas principalmente preparar este

    adolescente para o mundo do trabalho. Percebe-se que a formao realizada na instituio vai

    alm da educao cognitiva, busca mostrar ao adolescente as questes de cunho cultural,

    social, profissional e pessoal. Questes estas que contribuem para o desenvolvimento da

    cidadania humana.

    Denota-se a grande importncia do trabalho do pedagogo, uma vez que a qualificao

    tanto terica quanto prtica do aprendiz reporta-se s questes pedaggicas para o ensino e

    aprendizagem das mltiplas habilidades envolvidas no Programa.

    Breve Anlise Da Coleta De Dados

    Neste item apresentaremos a anlise dos dados empricos coletados atravs de

    entrevistas realizadas com profissionais da rea de Pedagogia, e com os adolescentes

    atendidos pela instituio. O objetivo dessas entrevistas foi de tentar compreender como

    ocorre o acompanhamento scio-pedaggico, desenvolvido com os adolescentes aprendizes e

    como o reconhecimento do Programa pelos aprendizes.

    Utilizaremos como identificao dos profissionais e adolescentes, uma letra do

    alfabeto para identificao com o objetivo de preservar suas identidades.

    Perfil dos entrevistados: Pedagogas

    Apresentaremos a seguir um breve perfil dos entrevistados, conforme tabelas abaixo:

    Entrevistados Formao Tempo de Atuao

    Tempo de

    Atuao na

    Instituio

    Sexo

    A Pedagogia 10 anos 10 meses Feminino

    B Pedagogia 33 anos 1 ano e meio Feminino

    C Pedagogia 6 anos 6 anos Feminino

    Fonte: Dados coletados em entrevistas com 03Pedagogas Outubro/2012..

    Perfil dos entrevistados: Adolescente Aprendiz

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    Entrevistados Idade Escolaridade Sexo Tempo de

    Contrato

    A 18 anos Ensino Mdio

    Completo Masculino

    Efetivado aps o

    termino de 2 anos

    de contrato

    Entrevistados Idade Escolaridade Sexo Tempo de

    Contrato

    B 17 anos Ensino Mdio

    Completo Feminino Cumpriu os 2 anos

    C 16 anos 1 Ano Ensino

    Mdio Feminino 9 meses

    D 17 anos 8 srie do Ensino

    Fundamental Feminino 2 meses

    Fonte: Dados coletados em entrevistas com 04adolescentes Outubro/2012.

    Diante deste breve perfil, foi possvel identificar que 100% dos profissionais da rea

    de Pedagogia so representadas pelo sexo feminino, com formao em Pedagogia, as quais

    atuam na Instituio entre 10 meses a 6 anos. J os adolescentes nos apresentam faixa etria

    acima dos 16 anos, sendo em sua maioria do sexo feminino, sendo dois deles com ensino

    mdio completo, uma cursando ensino fundamental e outra no ensino mdio. Observa-se

    ainda que o perodo dos contratos so distintos, sendo um efetivado no trmino de contrato,

    uma finalizou os dois anos de contrato e duas em andamento da aprendizagem profissional.

    O acompanhamento tanto das atividades tericas quanto das prticas demandam

    significativa atuao pedaggica ao orientar a equipe docente e a tcnica da Instituio para

    que o Programa se efetive. Considerando assim, levantamos a representao que o

    profissional Pedagogo faz da sua formao em Pedagogia enquanto formao inicial e

    destinada ao espao educativo no formal e destacou-se as seguintes consideraes.

    Enquanto profissional da educao no escolar a Pedagogia essencial na minha atuao, base de meu desempenho profissional. (Profissional A)

    Ao instigarmos as profissionais sobre qual o objetivo e como desenvolvido o

    acompanhamento scio pedaggico, recebemos respostas semelhantes, quanto ao objetivo:

    O objetivo so as mudanas de atitude, fortalecimento de valores, entendimento do individuo como ser produtivo e responsvel. (Profissional B)

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    No que se refere ao acompanhamento scio pedaggico, obtivemos as seguintes

    respostas, conforme abaixo: O acompanhamento pedaggico se d atravs da frequncia exigida, acompanhamento escolar, atendimento individual, acompanhamento aos

    orientadores em relao ao contedo programtico e relao professor

    aluno. (Profissional A)

    O acompanhamento se d de forma individual ou em grupo orientando-os pra a frequncia e rendimento escolar. Com isso permaneam no programa e

    tenham sucesso em sua carreira profissional. (Profissional C)

    As demais Pedagogas entrevistadas expuseram respostas semelhantes ao que se refere

    importncia da formao pedaggica para executar o trabalho. Reconhecem a Pedagogia

    como sendo a base para o desempenho profissional.

    Diante destas respostas possvel perceber que o tanto o objetivo quanto o

    acompanhamento scio pedaggico, esto diretamente vinculados s condicionalidades de

    permanncia do aprendiz no programa de aprendizagem profissional.

    Quando abordamos, de que maneira so realizadas as atividades prticas com os

    adolescentes, tambm obtivemos respostas semelhantes, as quais demonstram que o foco a

    orientao do adolescente no que se refere aos seus diretos, e o desenvolvimento de suas

    habilidades para o mundo do trabalho, bem como seu amadurecimento pessoal. Conforme

    abaixo:

    As orientaes ocorrem na descoberta do adolescente como individuo que possuem direitos e responsabilidades. Toda a parte prtica do

    encaminhamento para o mercado de trabalho, como se apresentar, suas

    atitudes, atrasos. As atividades prticas so desenvolvidas atravs de

    dinmicas, percebendo neste momento a vivencia e relato de experincia,

    utilizando-se at mdia digital. (Profissional B)

    As orientaes so sobre: afetividade, comprometimento, responsabilidade, organizao, autonomia, responsabilidade, comportamento, apresentao

    pessoal entre outros. As atividades so desenvolvidas pelos orientadores

    tericos atravs de dinmicas, palestras e oficinas praticas, onde o

    adolescente desenvolve suas habilidades profissionais, pessoais, sociais e

    culturais. (Profissional A)

    De acordo com as respostas possvel observar que os direitos dos adolescentes so

    abordados em todo o perodo de acompanhamento na instituio, tanto em sala de aula, como

    nos atendimentos realizados pela equipe interdisciplinar. Diante deste fato, questionamos os

    adolescentes em dois aspectos: o que ser um cidado e se acreditavam que possuam

    direitos. Para ilustrar, recebemos as seguintes respostas:

  • 10

    sei la... ter seus direitos e deveres impostos, tipo voc no totalmente livre, ter deveres e direitos, ir e vir respeitando o que foi imposto pela

    sociedade. Sim, possuo direitos que so consequncia dos deveres, por

    exemplo: para voc utilizar nibus, voc precisa pagar a passagem

    consequentemente de dinheiro, e para isso de um trabalho. (Adolescente B)

    exercer todas as atividades e diretos nos concedidos. Sim, no s direitos como deveres a cumprir. (Adolescente A)

    A partir destas respostas identifica-se que os adolescentes conseguem se perceber

    como sujeito de direitos e deveres diante da sociedade. Quando questionados quanto ao

    conhecimento da Lei de Aprendizagem profissional 100% dos entrevistados responderam que

    tiveram aulas na instituio.

    Percebemos a necessidade de questionar as profissionais no que tange as dificuldades

    encontradas para a realizao do acompanhamento dos adolescentes. Recebemos respostas

    divergentes, onde uma evidencia maior dificuldade no que se refere assiduidade do

    adolescente no trip da aprendizagem (escola, trabalho e curso), outra apresenta dificuldade

    no respaldo da famlia, e a terceira menciona resistncia dos adolescente quanto ao formato do

    curso, conforme abaixo:

    Maior resistncia em aceitar a proposta pedaggica diferenciada da vida de estudante deles. (Profissional B)

    Dificuldade no acompanhamento da famlia para com o adolescente durante a permanecia no curso, pois a famlia o papel fundamental na continuidade

    das orientaes repassadas pelo setor, para que com isso tenham sucesso. (Profissional C)

    A maior dificuldade encontrada no acompanhamento com o adolescente a frequncia, por ser um curso com objetivo na formao profissional e por

    exigncia da lei do adolescente aprendiz eles precisam obrigatoriamente

    participara do curso, escola e empresa, alguns ainda no se sentem

    preparados pra assumir as responsabilidades e acabam sempre baixando o

    aproveitamento ou no curso ou na escola. Priorizando somente a empresa.

    Por isso o acompanhamento pedaggico, para orient-los em relao s

    responsabilidades e organizao, ou seja, prepara-los para as exigncias da

    sociedade. (Profissional A)

    Configuramos uma ltima questo s profissionais, na qual foi possvel verificar

    enquanto proposta socioeducativa, se elas acreditam que o trabalho desenvolvido pela

    Pedagogia dentro da instituio, pode contribuir para a formao pessoal e profissional dos

    adolescentes. Obtivemos 100% das respostas positivas, com foco no protagonismo do

    adolescente, como apresenta abaixo:

    Com certeza. Pois dessa forma estamos desenvolvendo nosso trabalho com enfoque principal na promoo pessoal de cada adolescente. (Profissional C)

  • 11

    Com a finalidade de averiguar a concordncia entre a pe3rcepqo dos profissionais e

    dos aprendizes, quanto aos objetivos traados pelo Programa, questionamos os adolescentes

    se ocorreram mudanas em suas vidas durante o perodo de realizao do curso na instituio,

    e nos apresentaram unanimidade nas respostas, indicando alterao principalmente nos

    aspectos de responsabilidade e maturidade, como aponta a adolescente D:

    H bastante a cabea muda o pensamento diferente, saber se portar, saber falar, saber ser mais responsvel, saber ter bastante postura, sai com aquilo na

    cabea e acaba usando para fora do trabalho tambm.

    Destaca-se neste momento que, embora haja dificuldades quanto assiduidade, ao

    acompanhamento familiar e ao formato do curso, reconhecem os objetivos propostos e

    trabalhados pela Instituio

    Verificamos tambm o que a instituio representa para cada um deles, onde foi

    possvel observar em todas as respostas esta presente a valorizao do curso, pois atribuem a

    esta formao sua insero no mercado de trabalho, como aborda a adolescente C:

    Bom, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, tive muito aprendizado. Foi o toque inicial para o mundo do trabalho, e quis aproveita o

    mximo que pude j que sei que muitos adolescentes no tm esta

    oportunidade.

    Perguntamos ainda, se consideravam que a instituio contribuiu para sua formao

    pessoal e profissional, todos se manifestaram positivamente no que se refere s contribuies

    para sua vida pessoal, social, cultural e evidenciam que a experincia profissional na condio

    de aprendiz, lhes proporcionou maior facilidade na colocao no mercado de trabalho, como

    mencionaram as adolescentes:

    Com certeza, agora que finalizei meu contrato j consegui realizar duas entrevistas. E os cursos que fiz contaram bastante na minha formao e

    contribuiu para a realizao destas entrevistas. (Adolescente B)

    Sim. Pela experincia, respeito e educao que aprendi isso base de tudo. Eu no aceitava culturas diferentes e a instituio me ensinou a no ter

    preconceito. (Adolescente C)

    Fica evidente nas respostas apresentadas, que o objetivo e proposta da instituio, no

    que tange ao aspecto de incluso scio-educativa, so reconhecidos pelos aprendizes

    adolescentes de forma afirmativa. Constata-se tambm que esta proposta reconhecida pelos

    objetivos que configuram o Programa tanto pelos profissionais quanto pelos aprendizes

    adolescentes, uma vez que todos identificam a instituio como uma ponte para a insero no

    mercado de trabalho.

  • 12

    As respostas obtidas favorecem a continuidade do Programa pela Instituio

    reconhecendo que seu valor no est na imediatez com que os resultados ocorrem, mas est

    no processo de encaminhamento deste pblico.

    Pela pesquisa e no convvio na Instituio, denota-se que a formao em Pedagogia

    Social complementa e reafirma as propostas da Poltica de Assistncia Social por sua

    dinmica interdisciplinar de trabalho em equipe.

    Consideraes Finais

    Ao iniciar esta pesquisa nos deparamos com um instigante desafio, pois com o

    intuito de compreender como o ocorre o acompanhamento scio pedaggico, desenvolvido

    com os adolescentes aprendizes, nos propusemos a verificar se esta instituio filantrpica

    pode ou no contribuir para a formao profissional e social, destes sujeitos envolvidos no

    mbito da educao no escolar.

    Desta maneira para a realizao desta pesquisa buscamos em um primeiro momento

    compreender a legislao do adolescente aprendiz no Brasil. Onde foi possvel identificar que

    o pas realizava uma prtica que buscava a resoluo dos problemas apresentados por esta

    faixa etria, sem preocupar-se com seu desenvolvimento fsico, psquico e social, exemplo

    deste fato foi o desenvolvimento do Cdigo de Menores, sendo este implementado de acordo

    com o contexto histrico, poltico, econmico e social da poca. A partir da Lei 8.069 (ECA)

    que a sociedade passa a visualizar estes adolescentes como sujeitos em desenvolvimento,

    possuidores de direitos e deveres destacado em seu Capitulo V (Do direito a

    Profissionalizao e Proteo ao Trabalho), como uma alternativa de incluso dos

    adolescentes que se encontram em vulnerabilidade no mercado de trabalho, atravs da Lei

    10.097. Esta legislao representa alm de uma estratgia, um instrumento de garantia de

    direitos, no que se refere construo do protagonismo dos adolescentes e na sua expresso

    como sujeitos de direitos, com objetivo de reverter os processos de desigualdade, muitas

    vezes a eles impostos pela sociedade.

    Destacamos ento, a configurao do acompanhamento scio pedaggico realizado na

    instituio, a qual a partir de Projeto Poltico Pedaggico viabiliza suas atividades de acordo

    com a legislao estabelecida. Sendo assumido em sua dimenso socioeducativa se atm aos

    adolescentes enquanto sujeitos scios histricos, a partir de seu cotidiano e de sua forma de

    organizao. Percebemos que suas perspectivas se do a partir: da construo da autonomia;

  • 13

    protagonismo social; fortalecimento da cidadania dos sujeitos; seus vnculos familiares e

    comunitrios.

    Quando apontamos o processo de desenvolvimento do acompanhamento scio

    pedaggico, conclumos que pauta-se nas teorias da Pedagogia Libertadora de Paulo Freire,

    na concepo Scio Construtivista de Vygotsky e nos estudos comportamentais de Piaget.

    Estes autores permitem que a instituio, realize a construo de atividades Pedaggicas que

    vo alm da educao cognitiva, buscando preparar este adolescente para o mundo do

    trabalho, atravs de aes que possam contribuir para o desenvolvimento de um cidado.

    Diante deste contexto e a partir da anlise da coleta de dados foi possvel identificar

    alguns aspectos, dos quais nos propusemos a pesquisar, tal como: o prisma dos adolescentes

    no que se refere a sua compreenso do que ter direitos. Percebemos que atravs desta

    representao social os adolescentes nos apresentaram que compreendem o que ter direitos,

    e conseguem se perceber como sujeito de direitos e deveres, diante da sociedade.

    Ao analisarmos o acompanhamento scio pedaggico, realizamos algumas

    constataes, diante das respostas apresentadas pelas Pedagogas da instituio, percebeu-se

    que tanto o objetivo quanto o acompanhamento scio pedaggico, esto diretamente

    vinculados s condicionalidades de permanncia do aprendiz no programa de aprendizagem

    profissional, este fato vai de encontro com as propostas da instituio.

    No que se refere s atividades prticas realizadas verificamos que o foco a orientao

    do adolescente ao que tange seus direitos, e o desenvolvimento de suas habilidades para o

    mundo do trabalho, bem com seu amadurecimento pessoal foi contemplado. Verificou-se

    tambm que as dificuldades encontradas pelas Pedagogas, so bem divergentes, pois uma

    evidencia maior dificuldade no que se refere assiduidade do adolescente no trip da

    aprendizagem (escola, trabalho e curso), outra apresenta dificuldade no respaldo da famlia, e

    a terceira menciona resistncia dos adolescentes quanto ao formato do curso. Percebe-se que

    estas divergncias ocorrem, pois cada profissional tem sua maneira de realizar suas atividades

    prticas.

    Desta maneira refletimos com as Pedagogas, se acreditavam que atravs o trabalho

    desenvolvido por elas na instituio, seria possvel contribuir na formao profissional e

    pessoal dos adolescentes. Todas nos afirmaram que este o foco de sua atuao, priorizando o

    protagonismo destes atores sociais.

    Foi possvel constatar que o trabalho desenvolvido pela instituio condiz com a

    Legislao vigente para a aprendizagem profissional do adolescente, bem como com as

    propostas e objetivos apresentados no Projeto Poltico Pedaggico. Sobretudo no que se refere

  • 14

    s mudanas ocasionadas nas condies de vida destes sujeitos sociais, as quais foram

    possveis verificar a partir das respostas apresentadas pelos aprendizes no momento das

    entrevistas.

    Assim sendo, constatamos que a relao estabelecida entre os aprendizes e a

    instituio, tem sido a criao de um vnculo, que permite s Pedagogas e equipe

    interdisciplinar, em conjunto com os adolescentes, direcionarem as aes e atividades a serem

    executadas, para a formao profissional e pessoal deles, com foco na sua insero no

    mercado de trabalho. Desta maneira, proporcionou a superao ou amenizao da situao de

    vulnerabilidade que vivenciam.

    Destacamos tambm que o acompanhamento scio pedaggico, muito bem

    reconhecido e aceito pelos adolescentes, uma vez que todos os entrevistados se manifestaram

    positivamente no que se refere s contribuies para sua vida pessoal, social, cultural e

    principalmente profissional. Sendo que evidenciaram que a experincia profissional na

    condio de aprendiz, lhes proporcionou maior facilidade na colocao no mercado de

    trabalho, identificando a instituio como uma ponte para a sua insero.

    Salientamos que no ano de 2011, de um total de 566 aprendizes desligados, 48 destes

    correspondem a efetivaes nas empresas. Pode-se dizer ento que a proposta apresentada

    pela instituio alcana sua efetividade, mesmo que em propores pequenas, porm contribui

    para a formao destes atores sociais.

    Conclumos ento que, o processo de construo desta pesquisa, proporcionou ps-

    graduanda ampliao do conhecimento, no que se refere a toda temtica envolvida nesta

    pesquisa, fortalecendo as bases tericas apresentadas no curso de Pedagogia Social alm de

    instigar a construo de novas percepes e concepes, direcionando a uma atuao que

    esteja em consonncia com o processo de construo da Pedagogia Social como condio

    para uma sociedade de vigncia democrtica.

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    REFERENCIAS

    BRASIL, Constituio da Republica Federativa Brasileira. 1988

    BRASIL, Lei Orgnica da Assistncia Social. Lei n8742, de 07/12/1993.

    BRASIL, Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA). Lei n 8.069/1990.

    BRASIL, Lei da Aprendizagem Profissional. Lei n10.097/2000.

    FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 8 ed.Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1980.

    Manual da aprendizagem: o que preciso saber para contratar o aprendiz.Ministrio do

    Trabalho e Emprego, Secretaria de Inspeo do Trabalho, Secretaria de Polticas Pblicas de

    Emprego. 7. Ed. rev. e ampliada. Braslia: Assessoria de Comunicao do MTE, 2011.84 p.

    PROJETO POLTICO PEDAGOGICO. Curitiba, 2010.