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675 Actas do VII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia Universidade do Minho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010 ALEXITIMIA: QUE PROCESSOS EMOCIONAIS? QUE INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA? Ana Nunes da Silva 1 & António Branco Vasco 1 1 Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa São conhecidas as dificuldades inerentes ao processo terapêutico com pacientes classificados como alexitímicos. Neste trabalho propõe-se que as características associadas ao conceito de alexitimia reflectem défices ao nível dos processos de consciência, experienciação, expressão, diferenciação e regulação emocional. Adicionalmente, sugere-se que com pacientes com funcionamento alexitímico seja necessário um maior enfoque terapêutico ao nível de tarefas emocionais, nomeadamente, de experienciação e diferenciação emocionais. Salientam-se ainda as dificuldades que podem ocorrer ao nível da aliança terapêutica. Discutem-se as implicações para o constructo de alexitimia e para as tomadas de decisão clínica. Sugere-se a importância de ter em conta esta dimensão na conceptualização de caso, no sentido de antecipar dificuldades ao nível da relação e de se optar por objectivos mais focados nos processos subjacentes à alexitimia do que nas suas consequências. Palavras-chave: Alexitimia, Diferenciação Emocional; Relação Terapêutica; Psicoterapia 1. OBJECTIVOS As características que compõem a alexitimia parecem ser de extrema relevância no processo terapêutico. Assim, pretende-se reflectir acerca das vivências emocionais de pacientes com características alexitímicas e quais as suas implicações para o processo terapêutico. Pretende-se ainda repensar a alexitimia em termos de processos psicológicos específicos de forma a melhorar a intervenção junto de pacientes com este tipo de funcionamento. 2. ALEXITIMIA, PROCESSOS EMOCIONAIS E PSICOTERAPIA 2.1. Alexitimia Alexitimia etimologicamente significa “sem palavras para os sentimentos” (Larousse, 1997, p.262). Deriva do Grego e do Latim – Sem (“a”) palavras (“lexus”) para emoções (“thymus”). Este termo foi inicialmente usado por Sifneos (1973) para designar um grupo de características cognitivas e afectivas típicas de vários pacientes com patologia somática. Apesar de ter sido um conceito inicialmente ligado às perturbações psicossomáticas, tornou-se rapidamente evidente que a alexitimia estava

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    Actas do VII Simpsio Nacional de Investigao em Psicologia Universidade do Minho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

    ALEXITIMIA: QUE PROCESSOS EMOCIONAIS? QUE INTERVENO TERAPUTICA?

    Ana Nunes da Silva1 & Antnio Branco Vasco1

    1Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa

    So conhecidas as dificuldades inerentes ao processo teraputico com pacientes classificados como alexitmicos. Neste trabalho prope-se que as caractersticas associadas ao conceito de alexitimia reflectem dfices ao nvel dos processos de conscincia, experienciao, expresso, diferenciao e regulao emocional. Adicionalmente, sugere-se que com pacientes com funcionamento alexitmico seja necessrio um maior enfoque teraputico ao nvel de tarefas emocionais, nomeadamente, de experienciao e diferenciao emocionais. Salientam-se ainda as dificuldades que podem ocorrer ao nvel da aliana teraputica. Discutem-se as implicaes para o constructo de alexitimia e para as tomadas de deciso clnica. Sugere-se a importncia de ter em conta esta dimenso na conceptualizao de caso, no sentido de antecipar dificuldades ao nvel da relao e de se optar por objectivos mais focados nos processos subjacentes alexitimia do que nas suas consequncias. Palavras-chave: Alexitimia, Diferenciao Emocional; Relao Teraputica; Psicoterapia

    1. OBJECTIVOS

    As caractersticas que compem a alexitimia parecem ser de extrema relevncia

    no processo teraputico. Assim, pretende-se reflectir acerca das vivncias emocionais de

    pacientes com caractersticas alexitmicas e quais as suas implicaes para o processo

    teraputico. Pretende-se ainda repensar a alexitimia em termos de processos

    psicolgicos especficos de forma a melhorar a interveno junto de pacientes com este

    tipo de funcionamento.

    2. ALEXITIMIA, PROCESSOS EMOCIONAIS E PSICOTERAPIA

    2.1. Alexitimia

    Alexitimia etimologicamente significa sem palavras para os sentimentos

    (Larousse, 1997, p.262). Deriva do Grego e do Latim Sem (a) palavras (lexus)

    para emoes (thymus). Este termo foi inicialmente usado por Sifneos (1973) para

    designar um grupo de caractersticas cognitivas e afectivas tpicas de vrios pacientes

    com patologia somtica. Apesar de ter sido um conceito inicialmente ligado s

    perturbaes psicossomticas, tornou-se rapidamente evidente que a alexitimia estava

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    presente em praticamente todo o espectro de perturbaes, tais como: perturbaes

    alimentares (e.g. Bourke, Taylor, Parker, & Bagby, 1992; Merino, Godas, & Pombo,

    2002; Petterson, 2004), abuso e dependncia de substncias (e.g., Gomez, Eizaguirre, &

    Aresti, 1997; Haviland., Hendryx, Shaw, & Henry 1994; Uzun, 2003; Speranza, et al.,

    2004), perturbaes da ansiedade e depresso (e.g. Wise, Mann, & Hill, 1990; Zeitlan &

    McNally, 1993) e perturbao de ps-stress traumtico (e.g. Krystal, 1979; Hyer,

    Woods, & Boudewyns, 1991). Os dados parecem no ser conclusivos relativamente

    relao entre alexitimia e perturbaes da personalidade, verificando-se apenas alguma

    associao com as perturbaes anti-sociais, narcsicas e borderline de personalidade

    (Sifneos, 1973; Taylor, 2000). Apesar desta amplitude de perturbaes onde surgem

    indicadores de alexitimia, no ainda claro se a alexitimia condio para o

    desenvolvimento de perturbao (como causa) ou se se desenvolve na sequncia da

    perturbao (como consequncia).

    Alguns autores, (e.g. Ogrodniczuk, Piper, & Joyce, 2005) referem a importncia

    de pensar na alexitimia no como uma perturbao psiquitrica, mas como uma

    caracterstica psicolgica do pensamento, sentimentos e processos relacionados. Assim,

    estamos perante uma forma mais compreensiva de pensar a alexitimia. Desta forma,

    usaremos a expresso funcionamento alexitmico em detrimento de alexitimia, uma

    vez que amplia a noo de funcionalidade em vez de uma caracterstica esttica.

    Taylor, Bagby e Parker (1997), numa tentativa de reduzir o nmero de concepes

    de alexitimia sugeridas na literatura, encontraram trs factores centrais que podem ser

    usados para conceptualizar a alexitimia: 1) dificuldade em identificar sentimentos; 2)

    dificuldade em comunicar sentimentos e; 3) pensamento orientado para o exterior. Estes

    autores propem que as caractersticas associadas ao conceito de alexitimia reflectem

    dfices ao nvel do processamento cognitivo e da regulao emocional. Esta ideia tem

    por base que as respostas emocionais e a regulao emocional envolvem trs sistemas

    interligados: neurofisiolgico (sistema nervoso autnomo e activao neuroendocrina),

    expressivo motor (expresso facial, tom de voz) e cognitivo-experiencial (conscincia

    subjectiva e reportrio verbal sobre estados emocionais).

    Taylor (1994) chega a criticar a posio que afirma que os indivduos com

    funcionamento alexitmico no tm qualquer experincia ou conscincia emocional,

    pois salienta o carcter biolgico e inato das emoes. Posteriormente, (Taylor, et al.

    1997) defende a re-conceptualizao tanto da alexitimia, como de algumas perturbaes

    associadas s dificuldades de regulao emocional, como perturbaes da regulao do

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    afecto. Assim, sugere que as intervenes deveriam ser mais focadas nas dificuldades

    de regulao do que nas suas consequncias.

    Ogrodniczuk (2007) chamou recentemente a ateno para a questo de que, ao

    longo dos anos, a investigao sobre este constructo se tem centrado mais na etiologia,

    descurando a investigao relativa a formas de intervir em contexto teraputico.

    Neste sentido, parece-nos relevante reflectir acerca da interveno com pacientes

    com funcionamento alexitmico. Para tal ser essencial a decomposio do constructo

    em processos psicolgicos especficos passveis de ser trabalhados em contexto

    teraputico, em particular os processos emocionais.

    2.2 Alexitimia e Processos Emocionais

    Numa perspectiva processo experiencial (Elliott, Watson, Goldman, & Greenberg,

    2004; Greenberg, Rice, & Elliott, 1993) a anteceder os processos de regulao

    emocional, esto a capacidade de tolerar a activao emocional e o ser capaz de fazer

    diferenciao emocional. Assim, hipotetiza-se o funcionamento alexitmico como um

    dfice da experienciao, expresso, diferenciao e regulao emocionais.

    A regulao emocional implica que a pessoa experiencie, tenha conscincia,

    consiga pr por palavras e use as emoes adaptativamente para lidar com o stress e

    para promover conscincia e regulao de necessidades e objectivos (Greenberg, 2002).

    Apesar de pacientes com funcionamento alexitmico terem experincias de

    activao emocional, parecem no ter conscincia dessa experincia (Luminet, Rim,

    Bagby & Taylor, 2004). No havendo conscincia, no h processo de experienciao e

    consequentemente de diferenciao emocional. Se os pacientes no fazem diferenciao

    difcil expressarem-se e poderem fazer uso dos contedos emocionais para haver

    regulao emocional. Assim, um trabalho teraputico focado na experienciao,

    diferenciao e regulao emocional poder ser de extrema relevncia para pacientes

    com um funcionamento alexitmico (Silva, 2008).

    2.3 Alexitimia e Psicoterapia

    Os pacientes que melhoram em psicoterapia evoluem de falar de acontecimentos

    externos de uma forma desligada para uma focalizao nos sentimentos internos

    descritos de forma detalhada e associada entre si, acedendo aos sentimentos para

    resolver problemas (Greenberg, 2002). Assim, para haver mudana em psicoterapia, os

    pacientes no podem apenas falar de uma forma intelectualizada acerca de si e dos seus

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    sentimentos: necessrio experienciar sobre aquilo que dito e usar os sentimentos

    para identificar e resolver problemas. Estes aspectos parecem-nos particularmente

    relevantes tendo em conta que uma das caractersticas do funcionamento alexitmico o

    pensamento orientado para o exterior. Existe evidncia que a presena de caractersticas alexitmicas predictora de

    sintomas residuais aps a terapia (e.g., Ogrodniczuk, Piper, & Joyce, 2004). Isto parece

    ir ao encontro de Taylor et al. (1997), que referem o risco do foco da terapia ser nas

    consequncias das dificuldades emocionais, mais do que na origem do problema. Parece

    haver aqui uma necessidade de um maior enfoque teraputico ao nvel das tarefas

    emocionais ligadas aos processos emocionais envolvidos no funcionamento alexitmico.

    Ogrodniczuk (2007) salienta a importncia de identificar formas de comunicao

    teraputica que reduzam efectivamente as caractersticas alexitmicas de forma

    psicoterapia ser uma resposta mais eficaz para estes pacientes. Ao encontro desta ideia,

    Taylor (2000) sugere que a utilizao de psicoterapias que envolvam tcnicas

    especficas para aumentar a conscincia emocional e integrar elementos simblicos de

    esquemas emocionais podem ser benficas na reduo das caractersticas alexitmicas.

    Um princpio chave para os terapeutas que a emoo permite aceder a desejos

    ou necessidades, que por sua vez so fonte de aco. Ou seja, cada emoo tem uma

    necessidade e cada necessidade tem uma tendncia de aco (Greenberg & Paivio,

    1997). No caso do funcionamento alexitmico, encontrando-se o processamento

    emocional comprometido, encontram-se igualmente limitadas aquilo que consideramos

    ser as funes psicolgicas das emoes e, consequentemente, a capacidade de regular a

    satisfao de necessidades psicolgicas vitais (Vasco, 2009a, Vasco 2009b),

    nomeadamente: (1) a funo orientadora no mundo; (2) a funo de comunicao com

    ns prprios e com os outros; (3) a funo preventiva; (4) a funo de sinalizao e de

    preparao para a aco que implica todas as outras: sinalizao do grau de regulao

    da satisfao de necessidades e de aces necessrias a essa mesma regulao.

    Ogrodniczuk, et al. (2005) observaram que a reaco do terapeuta ao paciente

    medeia parcialmente as dificuldades em comunicar sentimentos e o pensamento

    orientado para o exterior nos sintomas gerais e nos objectivos a atingir. Ou seja,

    pacientes com alexitimia podem apresentar baixos resultados teraputicos em parte

    porque os seus terapeutas os percepcionam como tendo menos qualidades, sendo menos

    compatveis ou sendo percepcionados como menos significativos como membros do

    grupo (em terapia de grupo). Os autores hipotetizam que os terapeutas possam, no

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    intencionalmente, expressar estes sentimentos, podendo afectar a experincia do

    paciente em terapia, contribuindo para resultados mais fracos.

    Se pacientes com funcionamento alexitmico despertam sentimentos negativos nos

    outros, incluindo o prprio terapeuta, poder ser mais difcil a implementao do

    trabalho relacional e emocional que as prprias caractersticas subjacentes alexitimia

    pressupem. Neste sentido poder ser relevante, ainda, pensar no nvel de empatia que o

    paciente com funcionamento alexitmico desperta nos outros. Colocando-se tambm a

    hiptese destes indivduos terem tambm dificuldades ao nvel da empatia.

    Na linha de entendimento do processo teraputico como uma sequncia de sete

    fases relativas a objectivos teraputicos estratgicos de carcter parcialmente

    sequencial, como expresso pelo modelo integrativo de Complementaridade

    Paradigmtica (Vasco, 2006) entendemos que, no caso dos pacientes alexitmicos mais

    tempo, ateno e cuidado devem ser consagrados implementao dos objectivos

    estratgicos das fases 1 e 2. Nomeadamente: (1) estabelecimento, monitorizao,

    manuteno e reparao da aliana teraputica, particularmente no tocante aos aspectos

    de segurana e confiana, bem como a motivao do paciente; (2) aumento da

    conscincia e experincia do self, particularmente no tocante ao processamento

    emocional.

    3. Reflexes e Perspectivas Futuras

    Este um campo onde existe muita investigao por desenvolver. Apesar dos

    vrios estudos usando o conceito de alexitimia, pouco se tem estudado sobre os

    processos emocionais subjacentes e variveis relevantes para o sucesso teraputico.

    Antes de mais, interessa clarificar que tipo de processamento emocional est

    relacionado com pacientes com caractersticas alexitmicas. Esta clarificao poder

    tornar mais fcil a interveno, com o objectivo de aumentar a eficcia teraputica.

    De uma forma geral, aponta-se para a necessidade de se ter em conta o nvel de

    funcionamento alexitmico no contexto psicoteraputico. Se considerarmos que as

    mudanas mais duradouras se do a um nvel cognitivo-emocional, abordagens de apoio

    ou aconselhamento sem esta componente de explorao e desenvolvimento de

    competncias emocionais podero no ter impacto ao nvel da mudana mais

    consistente.

    Intervenes com o objectivo de aumentar a conscincia da experincia podem

    permitir melhores resultados em processos teraputicos com estes pacientes. Ter

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    previamente em considerao o grau de alexitimia poder permitir ir para alm do

    trabalho teraputico associado a consequncias deste funcionamento. Esta avaliao

    ser com certeza relevante para a reflexo e compreenso de alguns comportamentos do

    paciente ou reaces contra-transferencias do terapeuta. Assim, as dificuldades a nvel

    de processamento emocional, nomeadamente o grau de alexitimia, deveriam fazer parte

    da prpria conceptualizao de caso, podendo ajudar nas tomadas de deciso clnicas.

    Neste sentido, seria importante o desenvolvimento de estudos que ajudassem a

    compreender que processos emocionais esto envolvidos no funcionamento alexitmico.

    Estes aspectos parecem tornar relevante por um lado, a compreenso do impacto da

    alexitimia no processo psicoteraputico, e por outro a compreenso dos processos

    subjacentes. Assim, a conjugao destes aspectos pode permitir o desenvolvimento de

    modelos mais adequados para se intervir com pacientes com funcionamento alexitmico.

    Por fim, esperamos que se deixe de pensar exclusivamente em termos de

    alexitimia, mas em processos psicolgicos que lhe subjazem e seu impacto no processo

    teraputico.

    CONTACTO PARA CORRESPONDNCIA Ana Catarina Nunes da Silva Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia [email protected]

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