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Actividades sobre os direitos humanos
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INTRODUÇÃO
A 10 de Dezembro de 1948, a Declaração Universal do Direitos Humanos foi adoptada
pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Num Mundo há pouco assolado por uma Guerra Mundial, a Declaração foi o primeiro
grande esforço para detalhar e reconhecer os direitos inalienáveis de homens e
mulheres em qualquer lugar.
Enquanto documento fundador da lei dos Direitos Humanos, a Declaração Universal
deu origem a numerosos tratados internacionais e declarações e está incorporada na
legislação de vários países. Contudo, no dia em que se celebram os 62 anos da
adopção da Declaração, são inúmeras as violações aos direitos consagrados na
Declaração, por isso aproveitamos esta efeméride para reafirmar o nosso empenho na
luta para a efectiva universalização de todos estes direitos.
Assim, gostaríamos também de assinalar o Dia Internacional dos Defensores dos
Direitos Humanos, comemorado a 9 de Dezembro, e recordar todos aqueles que foram e
são perseguidos pela sua defesa dos Direitos Humanos.
ACTIVIDADE
DAR UMA FACE HUMANA AOS DIREITOS
Os participantes produzem uma expressão criativa de um artigo da Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Esta actividade pode ser modificada de modo
a transformar as criações resultantes num jogo de adivinhas, numa exibição para a
comunidade ou numa celebração para o dia 10 de Dezembro, o Dia dos Direitos
Humanos. Os participantes também podiam criar cartazes que poderão servir de
lembretes para a criação de um ambiente ou comunidade de direitos humanos.
Tempo: Variável
Materiais: Cópias da DUDH, versão oficial ou abreviada; Marcadores
Grupo-alvo: Ensino básico a grupos de adultos
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PROCEDIMENTOS
1. Individualmente ou em pequenos grupos, os participantes seleccionam um artigo da
DUDH que considerem especialmente importante. Podem ilustrar um direito que seja
fruído, negado ou defendido ou em que ocorram estas três situações.
2. Realizem:
Uma sátira ou uma mímica
Uma ilustração gráfica ou um mural
Uma canção, uma dança, um provérbio ou um jogo (estes podem adaptar-se de
uma cultura tradicional)
Um poema ou uma história
Um anúncio publicitário
Uma bandeira
Nota: O projecto não deve revelar o número dos artigos que ilustra.
3. Quando os projectos estiverem completos, peça a cada equipa ou indivíduo para
mostrar a sua criação. O resto dos participantes tenta adivinhar qual o artigo da DUDH
ilustrado. Quando o artigo é identificado correctamente, a pessoa ou equipa que
responde correctamente lê o artigo na íntegra em voz alta. Estas apresentações podem
ser estruturadas como uma competição de equipas.
IR MAIS ALÉM
1. Expor – Afixem as ilustrações gráficas numa biblioteca, museu infantil ou edifício
comunitário ou, então, utilizem-nas para criar um calendário ou mural.
2. Exibir – As sátiras, mímicas, canções, danças ou textos podem ser apresentados sob
a forma de uma actuação para os colegas de turma, pais ou outros grupos da
comunidade.
3. Celebrar – O Dia dos Direitos Humanos pode ser celebrado planeando-se um Festival
a 10 de Dezembro com base neste material. Convidem o jornal local, estações de TV e
entidades públicas.
ADAPTAÇÃO
1. Cartazes para locais públicos – Criem ilustrações ou cartazes que lembrem que os
direitos humanos deveriam fazer parte da vida de toda a gente. Por exemplo, criem
cartazes que lembrem a toda a gente que o local de trabalho ou a escola são uma
“comunidade de direitos humanos”. Nos locais onde existem problemas especiais,
estes cartazes podem servir como ponto de partida para a acção. Definam uma
estratégia para a utilização destes cartazes de forma a garantir que sejam honrados os
direitos e ocorram mudanças positivas na vossa comunidade.
Fonte: Human Rights Educator’s Network, Amnistia Internacional – Secção dos EUA.
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PROJECTOS DA AMNISTIA INTERNACIONAL
10ª MARATONA DE CARTAS DA AMNISTIA INTERNACIONAL
Esta será a décima Maratona de Cartas
organizada pela Amnistia Internacional,
como parte da celebração do Dia
Internacional dos Direitos Humanos. Esta
iniciativa tem como objectivo enviar o maior
número possível de cartas para apoiar,
individualmente, vítimas de violações dos
Direitos Humanos.
O apoio a estas pessoas é feito de duas
formas: escrevendo cartas às autoridades do
país, de acordo com as recomendações da
AI; e escrevendo directamente a estas pessoas mensagens de apoio e solidariedade.
No ano passado superámos todas as expectativas, tendo sido enviadas 733.120 cartas
por pessoas de mais de 60 países e territórios, entre as quais 4.452 de Portugal. Isto
representou um extraordinário aumento em relação a 2008, quando foram enviadas
250.000 cartas.
Estes milhares de pessoas mobilizaram-se em torno de 9 defensoras dos direitos das
mulheres que enfrentavam processos judiciais na Nicarágua – em 2010, os processos
foram encerrados. As autoridades egípcias libertaram Musaad Suliman Hassan Hussein
(Musaad Abu Fagr) um blogger e activista beduíno que reclamava o respeito pelos
direitos dos beduínos em Sinai. Bu Dongwei foi libertado depois de dois anos num
“Campo de Reeducação pelo trabalho” devido ao envolvimento da Amnistia
Internacional e outras organizações. Konstantina Kuneva, líder sindical e trabalhadora
migrante atacada com ácido sulfúrico em Atenas e a Comunidade de Paz de San José
de Apartado na Colômbia manifestaram a sua gratidão pelas mensagens de apoio que
receberam de todo o Mundo.
Junte-se à Amnistia Internacional na celebração do Dia Internacional dos Direitos
Humanos (10 de Dezembro) participando na 10ª Maratona de Cartas, não perca a
oportunidade de fazer a diferença.
Este ano convidamo-lo a escrever por:
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.Saber Ragoubi – Condenado à morte na Tunísia, acusado de pertencer a uma
organização terrorista – o que ele nega. O seu julgamento foi injusto e ele foi
condenado com base numa “confissão” que alega ter feito sob tortura. O tribunal
aceitou a confissão sem investigar as alegações de tortura.
.Khady Basséne – O seu marido, Jean Diandy, foi preso por soldados em 1999 no
Senegal e desde aí que não é visto. Khady Basséne luta por saber a verdade acerca do
que aconteceu e aguarda compensação financeira pelo desaparecimento.
.Mao Hengfeng – Tem sido repetidamente detida na China devido ao seu activismo em
defesa dos direitos reprodutivos das mulheres e em apoio das vítimas de
desalojamentos forçados. Actualmente, cumpre 18 meses de “Reeducação pelo
trabalho” e afirma ter sido espancada.
.Norma Cruz – Enfrenta perigo constante devido ao seu trabalho de documentar e exigir
justiça em casos de violência contra as mulheres na Guatemala. Recebeu dezenas de
ameaças de morte e os seu agressores não foram apresentados à Justiça.
.Famílias Ciganas – 100 pessoas de etnia cigana foram desalojadas à força das suas
casas em Miercurea Ciuc na Roménia e necessitam ser realojadas. A maior parte delas
está agora a viver em condições insalubres e desumanas em barracas de metal junto a
uma estação de tratamento de esgotos.
Para mais informações sobre como participar nesta iniciativa, por favor visite o nosso
site www.amnistia-internacional.pt, contacte-nos pelo e-mail i.gomes@amnistia-
internacional.pt ou ainda através do número de telefone 213 861 652.
A Amnistia Internacional dispõe de um guia para escolas para a preparação desta
iniciativa.
OUTROS PROJECTOS
CAMPUS CHALLENGE – DESAFIA_TE
“Segundo os vários especialistas, o Mundo vai mudar em
2015 e os Universitários são os/as únicos/as que podem
fazer alguma coisa. Esta crença vem de uma profecia
antiga, da qual só existem pequenas gravuras que mostram
homens e mulheres com canudos na mão a salvar o mundo.
Se mesmo assim, não acreditas que só tu podes mudar o
mundo, vê pelos teus olhos, em
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http://www.odmcampuschallenge.org.pt/” (in http://www.agenciaodm.org/?p=1917).
O ODM Campus Challenge é um desafio para activar os que nos rodeiam para
transformar o mundo. A ideia final é transformar o Mundo globalmente, mas
começamos ao nível local.
Para agir, basta juntar uma equipa com 3 a 5 elementos e participar nesta competição
amigável para transformar o mundo. Pelo caminho, há vários prémios. No final, a
equipa vencedora viajará até um país africano de língua oficial portuguesa.
A referência global são os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM): metas para
vencer a pobreza e a fome, a desigualdade de género, a degradação ambiental e o
VIH/SIDA, assim como melhorar o acesso à educação, a cuidados de saúde e a água
potável.
O MEU VIZINHO É UM CÃO
“O meu vizinho é um cão” conta a história de uma menina
em cujo o prédio “quase nada acontecia” até a chegada de
muitos novos e diferentes vizinhos: um cão, dois elefantes
e um crocodilo.
Mas, mais do que isso, fala-nos de como nos vemos e de
como vemos os outros. Fala-nos do que é “diferente” e do
que isso significa. Fala-nos, essencialmente, dos nossos
“pré-conceitos”.
Com textos de de Isabel Minhós Martins e ilustrações de Madalena Matoso, o livro
custa 11,90 euros se comprado através da Amnistia Internacional e uma parte deste
valor reverte para a organização.
DATAS CHAVE
25 de Novembro – Dia Mundial para a Eliminação da Violência contra as Mulheres
1 de Dezembro – Dia Mundial da Luta contra a Sida
2 de Dezembro – Dia Internacional para a Abolição da Escravatura
3 de Dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
5 de Dezembro – Dia do Voluntário
9 de Dezembro – Dia dos Defensores dos Direitos Humanos
10 de Dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos