Adeus Moszpeare

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    Trevisan, percebe que Lóren esta sumida a algumas horas, mais escuta algo parecido com

    um choro... Em um lugar perto do jardim do quartel dos guardiões, em baixo de uma

    árvore, sentada em uma pedra, lá ela estava. Por um momento Trevisan para e percebe

    que a natureza ao seu redor parecia reverencia-la.

    Notando a sua presença a distância, ela passa a mão no rosto para poder limpar as

    lágrimas que escorriam pelo seu rosto...

    Ao se aproximar ela disse:

    - Assim que, Artur, Dorian e Thrull chegarem, eu vou contar a vocês, o último ato... "sua

    voz engasga e as lágrimas voltam a cair..." - Continuando a fala... O ultimo ato de Pedro

    Moszpeare!

    Pedro, Adeus...Meu sangue é frio... Mais frio que o chão que estou caído... Está tudo embaçado... Porque que

    estou caído mesmo? Ah sim, estou morrendo, esse homem da cicatriz nem se sujou, nem

    encostei nele, apenas alguns minutos de uma luta unilateral, eu apenas sobrevivi por algum

    tempo. É ruim ser fraco, não estou sentindo minhas pernas, perdi muito do meu sangue:

     –Sua força de vontade permitiu que seus pais não fossem mortos por mim todo esse tempo – 

    Disse o homem da cicatriz – Mas você veio ate mim, e ver seus irmãos mortos fez com que eu

    pudesse matar seus pais.  – Ajeitando suas vestes negras fez surgi uma lança de energia negra.  – Vamos acabar logo com isso Pedro, nenhum Moszpeare vai existir em Arton.

    A Lança perfurou as costas de Pedro, se juntando a outras por todo o corpo, e foram se

    apagando como chamas. Pedro avista o homem de costa se afastando, sua visão era turva e

    desfocada, os olhos pesavam como nunca pesaram antes, e sua existência foi se esvaindo.

    ...

     –Vamos Pedro, acorde. – Disse uma voz

     – Minha cabeça... Dói. – Pedro sentou no nada branco, e colocou a mão na cabeça.

     – Apenas sente. – A voz agora tinha uma forma, uma mulher, lindos cabelos longos

    encaracolados que pareciam notas musicais, usava vestes nobres e antigas, seus olhos

    brilhavam como pedras preciosas e sua pele negra parecia seda da melhor qualidade.

     –Quem é você. – Disse Pedro meio exausto. – E onde estou?

     –Me perguntar quem sou é meio irônico não acha? – Disse a mulher levantando a sobrancelha

    com tom de ironia. – Já que você mesmo fala de mim sempre que pode.

     –Poderia ser mais especifica? – perguntou Pedro sem demostrar reação

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     –A arte. – Disse rapidamente. – Sou a Arte Pedro, aquela que “supera” a experiência, lembra?

    Amava quando você falava de mim. – Sentou ao lado de Pedro e colocou a mão em sua

    cabeça. – Você é um bom garoto, viveu por mim como não se houvesse amanhã, poucos ainda

    vivem assim, sempre lutei ao seu lado Pedro não só porque era um Moszpeare Real, mas

    porque você realmente acreditava em mim.

     –Espera! – Disse Pedro meio confuso. – me faça entender.

     –Na verdade posso te mostrar. – A Arte segurou a mão de Pedro, o cenário que antes era

    apenas um branco começou a mudar.

    ...

    Há muito tempo atrás, tanto tempo atrás quanto um elfo pode viver, existiu um garoto filho de

    uma família simples de camponeses que decidiu abandonar a vida no campo para seguir o meu

    chamado para o meu mundo. Ele foi um dos bardos mais novos que já existiu, tinha apenas 14

    anos quando começou, seus cabelos dourados e seus olhos azuis eram seu ponto referencial,

    pelo menos foi até ser o primeiro bardo a tocar todas as sonatas divinas e suas formas

    despertadas.

    A divina sonata são canções que descrevem em detalhes os deuses do panteão, fazendo que

    coisas extraordinárias aconteçam ao serem reproduzidas. Apenas um bardo com um bom

    tempo de experiência poderia toca-las (Nível 10 de bardo), mas o jovem garoto aprendeu atocar sua primeira sonata desde que aprendeu a tocar um instrumento, como se tivesse

    nascido para aquele trabalho.

    As canções são poderosas em suas formas normais, mas o jovem com o passar do tempo

    percebeu que elas apesar de estarem completas não usufruíam todo o poder que elas tinham,

    não era como se faltasse algo, mas como se os instrumentos para serem tocadas precisassem

    ser divinos ou se parecer com um. Com 17 anos o jovem aprendeu o Canto Divino, ao cantar as

    canções suas cordas vocais e o modo como tocava seu bandolim se assemelhava a o de uma

    criatura divina em sua magnificência. Assim ele o chamou de “Despertada”, que apenas um

    bardo em seu ápice poderia reproduzi-las, apenas alguns em todo mundo poderia ter acapacidade e o poder para reproduzir neste modo (Nível 20 de bardo), mas o jovem sempre

    pode toca-las mesmo nem chegando perto do poder e experiência de outros grandes artistas,

    ele era o gênio, e eu mesmo o abençoei.

    O jovem nunca chamou tanta atenção, ele era fraco em relação aos outros da sua equipe, mas

    sempre utilizou o meu nome como pretexto para o que fazia, seu maior rival era um elfo nobre

    antigo, mais tarde pai do seu conhecido amigo Trevisan, uma rivalidade que passou algumas

    gerações como posso ver. Os dois sempre se desentendiam, o elfo seguia as leis e era firme de

    acordo com sua tradição élfica, o jovem apenas achava lindo tudo que via e achava que a

    bondade era o maior dom que podíamos ter, e por causa disso viviam em pé de guerra, mas o

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     jovem sempre o considerou seu amigo e seu ponto de inspiração, e o elfo sempre o considerou

    seu amigo e seu ponto de aprendizagem, pois era jovem e achava curioso aquele ser.

    O tempo foi passando e o grupo do jovem passou por infinitas aventuras e problemas, alguns

    morreram no caminho, outros o trocaram de lado, outros viraram lendas que até mesmo seu

    nome era temido o suficiente para não ser nunca citado. Mas o jovem, agora um homem, e oelfo, agora seu irmão, continuaram trilhando o longo caminho, resolvendo problemas e

    criando outros maiores ainda. O homem agora tinha filhos e família, seu nome ficou conhecido

    e os frutos de suas aventuras o tornaram nobre, com minha benção o tornei seu sangue forte,

    tão forte quanto ele era. Um dia o homem sumiu, e nunca mais voltou, mas seu filho mais

    novo era tão bom quanto ele, e o filho do seu filho mais novo era tão bom quanto os dois, e foi

    assim durante anos que a linhagem dos Moszpeare viveu em Arton.

    ...

     –Aquele no grupo que você me mostrou era o Arthur... – Pedro foi interrompido

     –Não, aquele “homem é aquele homem”. – Disse a Arte querendo encerra o assunto.

     –Eu entendi... – Pedro retrucou pensativamente. – Mas indo para o assunto principal, eu era

    bem parecido com aquele jovem, e Trevisan parece muito seu pai. – Rindo continuou. – Nunca

    tinha visto um elfo jovem daquele jeito, talvez Trevisan tinha uma aparência parecida quando

    adolescente.

    E era tão arrogante quanto ele. – disse uma voz conhecida ao fundo.

    Pedro se virou e teve um sentimento de confusão e felicidade ao mesmo tempo, era seu avô,

    sua presença o deixava tão bem.

     –Avô?... –perguntou sabendo a resposta.

     –Você sempre me chamou assim, mas eu nunca fui seu avô. – sorriu o abraçando

     –Não. –afirmou Pedro. – Você é o jovem, mas como viveu todo esse tempo?

     –Eu não queria ter que passa isso para você tão cedo, mas vejo que não tenho escolha. – Disse

    o homem sempre com um sorriso perfeito no rosto.

     –Pedro eu e você somos parte de um único ser, naquela época eu não sumir, apenas fui

    resolver alguns problemas pendentes, e no meio disso tudo eu ganhei o direito de viver para

    sempre. – Sentou e com um olhar fez um convite a Pedro. –  Mas também tive minha alma

    despedaçada, grande parte dela para ser sincero, e com uma magia antiga eu guardei parte

    dela em meu filho. Depois de alguns anos eu voltei, mas minha alma ainda não estava

    recuperada, então o passei para meu neto, e fui passando de geração em geração, até chegar

    no homem que você sempre chamou de pai.

     –Está dizendo que estou guardando parte de sua alma? – Perguntou meio confuso

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     –Não. –respondeu rápido e firme. – Quando chegou em seu atual líder da família, a parte da

    minha alma estava recuperada finalmente mas não conseguir traze-la de volta, ela já não me

    pertencia mais, ela era você.

     –Então eu mesmo o moldei. – Disse a Arte que se manteve calada todo o tempo.

     –Mas eu não pude cria-lo. – Respondeu o homem. – Pedi para meu descendente adota-lo e

    fazer de você seu filho, ele nunca gostou da ideia, já tinha filhos demais para criar e ele me

    odiava, seu pai me lembrava muito o pai de seu amigo Trevisan.

     –Porque você não diz o nome do pai de Trevisan. – Perguntou Pedro.

     –É... não lembro. –Gargalhou o homem, chegando a chorar de rir.

     –Acostuma com tempo de convívio. – Disse a Arte para Pedro. – O que importa Pedro é que

    você sempre esteve no corpo de grandes bardos até esse idiota trazer você para mim.

     –É... –Respondeu Pedro meio cabisbaixo, ele sempre odiou ser a sombra de seu avó ou ser

    lembrado por ser de uma família nobre, ainda mais agora que sabia que era apenas uma parte

    de algo grande por um momento se sentiu apenas uma sombra de novo. –Não. –falou olhando

    para o nada e abrindo um grande sorriso.

     –Não? – falou a Arte meio confusa.

     –Eu não sou uma sombra, eu sobrevivi por gerações, eu fui tão forte que recusei voltar a ser

    parte da alma, eu quis ser eu mesmo, eu ganhei de Trevisan no tiro ao alvo, eu vivi como se

    não tivesse amanhã, eu sou Pedro. – Levantou e olhou para sua outra parte da alma. – E serei

    melhor que você já foi algum dia.

     –Eu sei, eu já vi. – Disse o homem com um sorriso no rosto como de costume. – Eu até diria o

    que você deve fazer, até pediria para a Arte o levar de novo para seu corpo, mas você já sabe

    fazer, você já viveu isso e muito mais em diversos corpos.

     –Pedro você sabe cantar com a voz Divina. –Afirmou a Arte. – Só nunca soube que sabia.

     –Acho que sei o que é. – disse Pedro como se tudo estivesse se encaixando. – Quando estou

    perto da morte ou quando um amigo meu passa por dificuldades eu sinto meus pulmões se

    encherem de algo.

     –A canção de Tanna-Toh permite você saber tudo sobre um objeto ou local a qual se toque a

    sonata em riquíssimos detalhes como se estivesse tendo uma memoria. – Explicou o homem. – 

    Já sua forma “Despertada” permite saber tudo de um ser apenas em ele está no local, sabendo

    seu passado, presente, um pouco do futuro ou até mesmo pode projetar sua visão para

    qualquer lugar que queira, viajando no tempo como a Arte fez com você agora a pouco.

     – Interessante... – Sorriu Pedro. – Se eu tocar a sonata em sua forma “Despertada” e escolher

    a minha alma como alvo terei o conhecimento de todas as minhas vidas passadas.

     –Exatamente. – disse a Arte. – Vai se torna o bardo mais poderoso de Arton Pedro.

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     –Mas acho que não vou sobreviver, estou certo? – perguntou Pedro firmemente.

     –Não vai. –Respondeu o homem seriamente. – Sua alma está tão despedaçada quanto a minha

    estava, ao voltar ao seu corpo mesmo com todo poder e experiência sua alma vai se esvair e

    você teria que fazer como eu fiz, dividir sua alma, claro que descobrir como acelerar o

    processo de restauração para apenas alguns meses, mas não existe nenhum Moszpeare vivopara suporta sua alma, e outra pessoa que não seja da sua família a magia não funcionará.

     –Entendo. –Pedro respondeu serio. –Daria apenas o tempo de eu derrotar o homem da

    cicatriz.

     –Sim. – confirmou o homem.

     –Eu vejo você dois como garotos bobos que não sabem jogar. – Falou a Arte quebrando a

    tensão no ar. – Acha mesmo que te traria aqui Pedro para apenas te dar oportunidade de

    vingança?

     –O que está escondendo? – falou o homem com se já conhece aquela olhar.

     –Hoje mais cedo eu sentir a mesma energia que sentir durante tempos em tempos, a sensação

    de meus poderes se fortalecendo, a sensação que sempre tive quando um Moszpeare nascia.  – 

    A Arte olhou para Pedro e concluiu. – A nove meses atrás você apostou com seus amigos que

    conseguia conquistar um certa esposa de um general em Yuden. – Falou ela enojada. – Fruto

    desse relacionamento nasce hoje, com os cabelos dourados e olhos azuis, os seus filhos Pedro.

     – Serio? Quando isso aconteceu? Como? – Pedro ficou surpreso.

     – Quando aconteceu você sabe e como também. –Respondeu ela. – Uma das servas está

    fugindo com a criança no momento, eu conseguir que um dos meus amigos retirasse a mãe da

    criança de ser morta.

     –Entendo... – limpando a roupa levemente disse. –Estou pronto então, me ensine a canção de

    Tanna-Toh.

     –Você já sabe Pedro. – Disse o homem como se já tivesse previsto a situação. – Você só dorme

    com ela.

    Por um momento Pedro parou e pensou, desde criança era muito hiperativo, sua mãe sempreo tratou com carinho e paciência e poucas memorias que tem de sua mãe cuidando dele a que

    mais vem a sua mente é que nenhum empregado o pôs para dormi durante sua infância, sua

    mãe sempre o ninava e ficava ao lado da cama até ele dormi, sempre cantando a mesma

    canção, a única que o fazia ficar calmo.

     –Eu o ensinei a ela. – interrompeu o homem, e os dois se olharam com um sorriso como se

    pudessem conversa mentalmente.

     –Claro que ensinou seu velho esperto. –Sorriu de olhos fechados pensando na sua mãe e

    então começou a cantar.

    ...

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     –Agora posso continuar meu objetivo. – Disse o homem da cicatriz. – Nenhum Moszpeare

    lutou interessantemente, que deselegante.

     –Espere. –disse uma voz adulta, firme e calma.

    Por um alguns segundos o homem da cicatriz parou, estava sentindo uma energia conhecida,

    uma energia morta a alguns poucos segundos, mas agora estava mais forte e mais densa, ele

    não quis acreditar que aquela pessoa que tinha certeza de ter eliminado estava viva, pareceu

    irreal no momento, preocupado virou lentamente, sua afeição foi indescritível. “O que é isso?”

    perguntava a si mesmo, “Uma alucinação? Não, não caio nesse tipo de ilusões” se matutava.

     –Quem é você? –Disse horrorizado o homem da cicatriz.

     – Sou Pedro. – respondeu.

     –Impossível, eu o matei, o despedacei, destruir sua família imunda, destruir sua alma! – Gritou

    de ódio o homem da cicatriz confuso e assustado. – Você está mais velho? Como isso é

    possível? Suas roupas estão diferentes, sua aura está diferente, você está diferente!

     –É porque sou outra pessoa, este sou “eu” de verdade agora. – Disse calmamente, sobre sua

    barba rala uma afeição de pena, seus olhos estavam mais profundos, suspirou e disse. – Por

    favor, renda-se.

    O homem parou por um momento, estava serio e nervoso, alguns segundos se passaram e ele

    aos poucos começou a rir, uma risada leve e pausada mais aumentou sua intensidade e se

    torno uma risada maligna e exaltada.

     –Me render? – Disse o homem ainda rindo. – Eu não sei que truque é esse Pedro, mas eu juro

    que tentei ser rápido ao te matar, você realmente me irritou, vou mata-lo lentamente, vou

    fazer você implorar para acabar, quero ver no seu rostinho o horror que seu irmãos tiveram

    quando...

    Foi interrompido por um soco na barriga que o fez ser arremessado alguns metros longe, se

    esbarrando nas estruturas da velha capela escura que ali estavam. Ele não conseguiu ver o

    golpe, Pedro simplesmente sumiu dos seus olhos e quando reapareceu já tinha o acertado.

    Mas esse não foi o fato que mais o chamou a atenção, o rosto calmo e sereno de Pedro o fezpensar com o que estava lidando ou pelo menos não sabia o que estava acontecendo.

    “Teleporte? Não! O chão está quebrado e tem sinal de movimento, também sentir o

    deslocamento do ar.” Pensou o homem da cicatriz levantando-se dos escombros “E que força

    descomunal é essa?” perguntava-se enquanto levantava “Vou acabar com isso rápido” 

    argumentou consigo mesmo enquanto fazia gestos e recitava palavras.

     –MORRA! –Gritou o homem lançando na direção de Pedro um Raio(Semelhante ao

    Desintegrador) que quando atingiu a parede fez ela literalmente desaparecer em segundos,

    misturando a algo negro de forma desconhecida.

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     – Sua magia é muito inferior. – Disse Pedro enquanto dissipava a magia. – Você sem duvida é

    muito poderoso, mas acabou, isso seria um desperdício de tempo, estou sendo injusto com

    você, meu nível está muito além.

     – MOSZPEARE!!!!!!!!!! NÃO OUSE ZOMBAR DE MIM!!!! VOCÊ É, E SEMPRE SERÁ UM

    INSIGNIFICANTE AOS MEUS PÉS. – disse o homem explodindo de raiva em um berro que sooutoda a capela.

    O homem fez surgir do chão, lanças negras e mais lanças negras até que toda a capela tinha

    sido tomada pela escuridão. As lanças então atacaram Pedro em uma velocidade estrondosa, o

    som chegava apenas depois que as lanças partiam ao seu alvo e eram muitas, incontáveis

    lanças de energia negra.

     –Muralha de cristal   – Respondeu Pedro fechando os olhos. – Eu vi essa magia em um livro de

    contos antigo, ela foi criada pelo meu personagem preferido da trama, um Qareen mago. –

    falou Pedro abrindo os olhos de forma calma, como se tivesse tomando um ar em um diatranquilo. – Mas eu prefiro as historias solo de um lagarto chamado Garruck.

    O homem da cicatriz estava horrorizado que até ignorou as palavras de Pedro, uma das suas

    magias mais poderosas tinha sido barrada em uma muralha arcana?? Além do poder

    destrutivo das lanças sua velocidade era imensa e a quantidade era absurda para ser parada

    apenas por uma barreira “Que tempo de reação foi esse?” pensava ele assustado “Quando ele

    preparou aquela magia?”. Antes mesmo que pudesse pensar ele recebeu metade de todo

    aquele poder de volta, e isso fez o mesmo berrar de raiva novamente, Pedro notou que os

    gritos dele, soavam com alguém que pela primeira vez enfrentava o desconhecido.

     –Acho que eu te subestimei Moszpeare. – afirmou o homem agora muito mais serio. – Pensei

    em usar isso em outra pessoa, mas você superou minhas expectativas.

     –Claro... – Pedro não o ignorou muito menos fez pouco caso do homem, mas estava ocupado

    escrevendo algo no seu livro de canções.

    O Homem então se encheu de fúria, aquilo era um absurdo, nunca tinha sido tão humilhado

    como foi naquele momento, ele sempre foi temido principalmente quando atingiu o ápice de

    suas habilidades (xx nível), já tinha enfrentado oponentes poderosos e até mesmo mais fortes

    que ele, ganhou batalhas através da sua sagacidade e do seu poderio, mas nunca teve uma

    luta em que não pode ver a chance de vitória, aquilo o estava explodindo de raiva por dentro.

     – A ULTIMA LANÇA.  – berrou o homem formando uma lança negra densa e com uma aura

    estrondosa, a estrutura começou a balançar, o chão perto do homem começou a se

    transforma em pó. –É impossível sobreviver a essa magia, criei a décadas e demorei anos para

    aperfeiçoá-la, demora muito tempo para está pronta para lança mas sua aura transforma tudo

    que se aproxima a dois metros em pó me deixando invulnerável a qualquer ataque ou magia. –

    explicou o homem a Pedro que pareceu estar bem atento dessa vez. – E não pense que pode

    fugir Moszpeare, minha lança após escolher o alvo o segue não importa em que plano esteja,

    sua morte foi traçada quando iniciei a magia, AGORA MORRA E LEVE TODA SUA LINHAGEM

    JUNTO!

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    A lança foi disparada em uma velocidade absurda, todo o caminho percorrido pela lança foi

    transformado em pó e o ar deslocado destruiu algumas colunas da capela até explodir no local

    em que Pedro estava. O local foi tomado por uma explosão e logo depois tinha sobrado apenas

    escombros e fumaça no local.

     –Moszpeare estupido. – disse o homem cuspindo um pouco de sangue. – Essa magia requermuito de mim, não esperava usar nesse rato imundo.

     –É incrível sua magia. –disse Pedro saindo intacto da fumaça.

     –O que?... Não é verdade. – O homem estava abalado, seus olhos tremiam, seu mundo era

    irreal, ele não podia acreditar no que estava vendo, ele não poderia viver com aquilo. –

    PORQUE VOCÊ AINDA ESTA VIVO?. – Berrou enquanto esmurrava parede até sua mão sangrar.

     –Poderia explicar os pontos fracos de sua magia, mas creio que não seja necessário, tenho

    pouco tempo e você nunca vai usa-la de novo. – Disse Pedro se aproximando do homem agora

    ajoelhado.

     – Morrer para um bardo. – disse o homem olhando para baixo (e rindo). – Me mate

    lentamente Pedro, como fiz com sua família!

    Pedro então puxou seu bandolim e tocou a canção de Marah, uma luz branca iluminou todo o

    local em uma energia positiva.

    “Primeiro, ao cantar a Divina Sonata de Marah Despertada uma paz toma conta do usuário o

    tornando uma pessoa totalmente boa” 

    “Segundo, todo o local se torna sagrado em uma área, nenhum ato de violência pode ser

    tomado nessa área durante alguns dias.” 

    “Terceiro, o alvo da magia é tomado por uma energia, toda energia negativa é destruída e o

    alvo perde todas as suas habilidades conseguidas por meios malignos tornando-se

    bondosa”(Volta para o Nível 1 com a tendência Bondosa)

    “O primeiro e o segundo efeito pode é usado sem restrições, o terceiro efeito atingi apenas

    pessoas malignas e o julgamento é feito pela própria deusa.”

     –Eu o perdoo. – Pedro disse após cantar a canção e colocar sua mão no ombro do homem.  –Acanção cria uma prisão de redenção, eu não sei quanto tempo se passou para você, para mim

    foram segundos, mas para você tempo o suficiente para pensar no que fez.

     –Me puna. – disse o homem da cicatriz em lagrimas, sua afeição antes maligna agora serena e

    arrependida. –Eu matei sua família Pedro, eu não mereço seu perdão nem o de ninguém...

     –Pare. – Foi interrompido. – Eu vi seu passado, eu vi o que você passou até se torna esse

    monstro, claro que nada justifica, e eu não tenho interesse nisso, você é apenas um peão de

    algo muito maior e muito mais poderoso, algo que deixarei em outras mãos. – Pedro puxou

    seu caderno de canções e lhe deu uma ultima olhada juntamente com um sorriso. – Levante-

    se, me ajude, preciso que entregue esse caderno a um bardo, ele vai guarda até meu filho

    poder usa-lo.

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     – Meus pecados. – disse o homem ainda não aceitando o seu fardo.

     – Depois de entregar o caderno você decide. – respondeu Pedro. – Pode se entregar ou fazer o

    que quiser eu não ligo, não posso trazer minha família de volta e nem você a sua.

     –Como você... – tentou perguntar o homem.

     – Eu vi, e sinto muito, agora vá. – Falou Pedro ao homem.

    E o homem foi deixando Pedro sozinho sentado em uma pedra. O sol nascia e Pedro começava

    a desaparecer, ao olhar para suas mãos, ele notou que seu corpo brilhava, e da esquerda para

    direita o vento levava sua alma como pétalas. Maestro, seu antigo amigo posou em sua frente

    o olhando, ele ficou surpreso e feliz em ver seu pequeno parceiro.

     – Oi amigo. – disse sorrindo. – Estou indo embora por um tempo, mas já que você está aqui

    preciso de um favor. Não sei se vou vê-los novamente, se aproxime, vou gravar uma

    mensagem para eles antes de partir.

    Pedro então, antes de desparecer arrancou duas penas de Maestro e as encantou com uma

    magia, a primeira escreveu para Lorienn (Loren) sua fiel amiga e seu maior amor, a segunda

    para Trevisan seu herói e seu amigo e para todo grupo, sua grande família. Maestro então

    partiu, a última visão de Pedro foi o seu voo, sua alma então partiu para seu filho e lá

    adormeceu.

    “ E na primeira pena a imagem de Pedro como se o próprio estivesse falando disse:”  

    Oi Lorienn, não posso te ouvir nem te ver, mas você pode, talvez nunca mais te veja

    novamente, pois aconteceram coisas que fugiram dos meus planos, mas palavras as vezes

    descrevem mais do que ações. Você foi minha guardiã e amiga e na maioria das vezes eu não

    te tratei como devia, se eu soubesse que você seria a pessoa que é para mim hoje eu faria

    tudo diferente.

    Eu te amei de verdade, mas fui garoto para mentir para mim mesmo, eu queria viver e

     paquerar todas elas engraçado... Por um momento me lembrei de Arthur e sua peripécia

    com as mulheres da cidade (risos), sempre mentir dizendo que o amor não existia em mim e

     por isso queria você longe, o grande Pedro não podia se apaixonar.

    Sei que não posso te pedir isso, mas eu a convido, eu dispensei seus serviços para me proteger, mas a quero de volta. Eu tive um filho, ele precisa de alguém, uma guardiã, uma

    mãe, e eu não confio em mais ninguém para isso, por favor, seja para ele o que você foi para

    mim.

    “Agora Adeus, e obrigado.”  

    ...

    “ E na segunda pena...”  

    Oi Trevisan, eu não posso te ouvir nem te ver, mas você pode. Quando estiver recebendoessa mensagem eu não estarei mais totalmente vivo, minha aparência está um pouco mais

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    velha como pode ver, vivi e vir muita coisa, mas isso não importa o que eu realmente quero é

    deixar minha ultimas palavras ao grupo e escolhi o líder que eu mesmo elegi quando o grupo

     foi criado para repassar a mensagem.

    Queria agradecer a todos por tudo, foram minha família, minha esperança, sempre cuidaram

    de mim apesar dos apesares. Se eu pudesse deixaria algo para todos mas meu tempo é curtoe preciso ser rápido.

    Obrigado Dorian, você me ensinou muita coisa, sempre me diverti com você e Eiji, eu sei que

    você é nobre, sempre soube, te desejo tudo de bom e muitas mulheres/homens o que

     preferir no seu caótico momento.

    Obrigado Arthur, sempre quis usar magia como você usava, me lembro como se fosse hoje

    quando do céus caiu sangue, aprendi que não existe magia certa o certo é usar magia, mas

    claro um mago tem que saber manusear uma adaga como um assassino, pois a energia

    acaba. Espero que possa se entender, descobrir seu proposito ou pelo menos saber se seumestre é realmente um ser vivo ou fruto da sua esquizofrenia. Brincadeiras a parte boa sorte

    te desejo todo conhecimento do mundo.

    Trevisan, tive muitos irmãos, mas o que fui mais apegado foi aquele cuja as diferenças

    raciais eram gigantes. Desculpa se te ofendi ou tratei mal sua raça, não respeitei suas

    crenças e tradições em algum momento... Mas é que na verdade eu queria ser que nem

    vocês, eu queria ser forte e passa confiança que nem você passava para mim e para o grupo,

    eu queria ser como Trevisan era. Se eu disputei com você ou o tornei meu rival é porque

    todos os humanos tem que sonha em algo maior, um lugar para chegar, e você era esse

     ponto para mim, mais que um amigo, um herói. Te desejo muita força na sua jornada e queconsiga criar o novo reino élfico para que meu filho se inspire na sua raça como eu me

    inspirei. O tempo vai passar, séculos e mais séculos viram, a pedra se transformara em pó,

    mas a fico feliz em saber que fui o único a derrota Trevisan no tiro ao alvo, Adeus.

     Adeus Pedro, foi bom te interpretar!

     Junto com essa carta veio outra informando algo interessante a Loren, Trevisan, Dorian e Arhur.

    Para meu amigo de longa data...

    Aqui é Rudy...

    Alguém cujo o nome é desconhecido para mim faleceu na porta da minha taberna, mais antes

    dessa tragédia, ele me contou que já havia enfrentado vocês em um momento inoportuno, e

    que novamente passou por uma luta severa e sangrenta com um bardo de nome Pedro

    Moszpeare... Ele informou que sua alma foi trazida do mundo dos mortos por um ritual

    macabro, desse ritual não lembro bem, pois alguém desmaiou bem na hora que ele contava osfatos...

  • 8/17/2019 Adeus Moszpeare

    11/11

    Ele descreveu um homem com uma cicatriz no rosto e disse que o mesmo estava controlando

    a sua alma, em um corpo mudado parecido com o dele... Não entendi muito isso que ele disse.

    Antes de morrer, ele me disse seu nome... Era Shen Ashugar, em prantos ele agradeceu ao

    bardo, citando o nome de todos os deuses até morrer ... Confesso que achei estranho.

    Sei dos acontecimentos recentemente, após a morte desse home, a cidade volta e meia

    recebia visita de pessoas estranhas.

    Outro fator é que seu arco sumiu, não sei como, o mantinha guardado por muito tempo, peço

    desculpas, eu o mantinha como uma relíquia.

    Estou sozinho agora, gerenciando tudo, a minha companheira veio a falecer na primavera

    passada, de morte natural... Sinto sua falta, mais sei o quanto ela me quis bem, e volta e meia

    me entediava com a historia do Paladino de Thyatis. Eu realmente gostava de escutar essas

    histórias dela.

    Bem, espero que essa carta chegue ao destino, sei que em Yuden você fez novos amigos e com

    eles criou um verdadeiro nome, cujo o qual é citado nas terras mais longínquas de Arton.

    Que a deusa lhe proteja. (Escrito em Élfico)