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ADOÇÃO PSICOLOGIA JURÍDICA PROF. KAROLINE TURMA: 6º PERIODO/NOITE CURSO: DIREITO TEMA: ADOÇÃO – ASPECTOS SOCIAIS

ADOÇÃO ASPECTOS SOCIAIS

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adoçao aspectos sociais

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ADOOPSICOLOGIA JURDICAPROF. KAROLINETURMA: 6 PERIODO/NOITECURSO: DIREITOTEMA: ADOO ASPECTOS SOCIAISO casal Toni e David, fundadores do Grupo Dignidade, entrou em 2005 com o pedido habilitao para adoo junto a Vara da Infncia e Juventude de Curitiba. O juiz foi favorvel adoo conjunta, mas colocou duas restries: as crianas a serem adotadas tinham que ser meninas e ter mais de 10 anos de idade. Eles recorreram ao TJPR, que entendeu estarem habilitados para a adoo e que no havia limitao quanto ao sexo e idade dos adotandos em razo da orientao sexual dos adotantes.HISTRIA DA ADOO A adoo hoje um instituto do Direito, mas a sua origem de natureza religiosa. Na Bblia existem passagens onde mulher que no pudesse ter filhos, acabava por entregar uma escrava ao marido, para que esta lhe servisse dando-lhe um filho que dele se regozijasse como se seu filho fosse.Conforme cita Rui Ribeiro de Magalhes, na passagem de Gneses 16 em que Sara esposa de Abrao fala: Visto que o Senhor fez de mim uma estril, peo-te que vs com a minha escrava. Talvez, por ela, eu consiga ter Filhos. Percebe-se que nesta passagem j ocorre o princpio da Adoo quando Sara diz: por ela tambm terei filhos Semelhante passagem pode ser verificada no Cdigo de Hamurabi em que os homens aos quais as esposas no podiam ter filhos, acabavam por ger-los com outra.J no Direito Romano e segundo a Lei das XII Tbuas, havia dois tipos de adoo a serem praticados: a ad-rogatio que era adoo na forma mais complexa e a adoptio adoo propriamente dita. Em ambos os casos era necessrio que o adotante fosse sui juiris (homem), mais velho ao menos 18 (dezoito) anos em relao ao adotado e no possuir filhos legtimos ou adotados.

No Brasil, a adoo foi introduzida por influncia do Reino de Portugal, fortemente influenciado pelo Direito CannicoA primeira legislao brasileira a citar a adoo foi o Cdigo Civil de 1916, que tinha muitos os obstculos impostos para os que tinham interesse em adorar uma criana.Na dcada de 50 a Lei n 3.133 de 8 de maio de 1957 trouxe algumas mudanas para o critrio de adoo,agora o adotante poderia ter 30 anos, diferena entre adotante e adotado deveria ser de dezesseis anos, o casal deveria ter no mnimo cinco anos de matrimonio e poderia ter filhosEm 1965 a Lei n 4655 trouxe como nica modificao a autorizao para cancelar o registro de nascimento original da criana e substituir por outro.Com o Cdigo de Menores, Lei n 6697 de 10 de outubro de 1979, trouxe um avano na proteo a criana e adolescente, no que se referia a adoo previa dois tipos, a plena e a simples.Com a Constituio Federal de 1988, crianas e adolescentes passam a ser vistas como sujeitos de direitos, e prioridade do Estado, sendo dever da famlia e de toda sociedade zelar por seus direitos e proteg-las, adotando a doutrina de Proteo Integral.O Brasil passa a comprometer-se com a infncia, traz como direito fundamental a maternidade e a infncia.ADOODo ponto de vista dos saberes jurdicos. A adoo uma fico jurdica que cria o parentesco civil. um ato jurdico bilateral que gera laos de paternidade e filiao entre pessoas para as quais tal relao inexiste naturalmente (WALD apud DINIZ, 2008).J na rea da Psicologia, a adoo caracterizada por Levinzon , como sendo o estabelecimento de relaes parentais entre pessoas que no esto ligadas por vnculos biolgicos diretos, possibilitando a essas crianas fazerem parte de uma famlia, em que as relaes parentais so predominantemente marcadas pelos laos afetivos. Art. 41 ECA adoo atribui a condio de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessrios,desligando-o de qualquer vnculo com os pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.PONTOS POSITIVOSA estada de crianas em instituies deveria ser passageira, mas no so incomuns os adolescentes que cresceram nestes locais. Estes recebem tratamento de funcionrios que, mesmo que dedicados, acabam se limitando a cumprir apenas a funo de abrigar, oferecendo servios pouco individualizados e submetendo os abrigados carncia material e emocional.De acordo com Levinzon , a adoo se apresenta como uma possibilidade de oferecer uma famlia, um lar, uma base social a essas crianas que no puderam ser criadas por sua famlia biolgica. Pois no ambiente familiar que h trocas de vnculos, cuidados, afetos e estmulos necessrios que influenciam tambm no crescimento e desenvolvimento saudvel das crianas.A Psicologia ressaltavam a importncia da infncia na estruturao da personalidade. A adoo se constitui como mais uma possibilidade para assegurar o desenvolvimento da criana que no possui os cuidados adequados de sua famlia biolgica.BUROCRACIANo cenrio atual a maior queixa em relao adoo a demora pela realizao. Procedimentos:Idade mnima: 18 anos, independente do estado civil e que tenham 16 anos de diferena de idade entre eles,Na vara da infncia e juventude, com documentaes e da entrada no processo de adooRealizao de curso de preparao psicossocial e jurdica da adoo, espera at receber o resultado, se aprovado ser enviando a vara onde est o processo.Entrevistas tcnicas escolha da criana realizado isso libera-se ahabilitaoEncontrada a criana o juiz profere a sentena de adooO assistente social tem um papel fundamental no processo de adoo, cabe a ele elaborar um estudo social para verificar se os pretendentes esto aptos ou no para adotar. Ao elaborar o estudo social o tcnico deve usar de todo seu conhecimento terico critico e os instrumentais que tem conhecimento para elabora um estudo social e dar seu parecer.

ASPECTOS SOCIAIS DA ADOO- Natureza Jurdica ( Funo Social ) :- Cdigo Civil 1916 : natureza contratual;- ECA e leis posteriores : natureza estatutria (interesse social).

Porque adotar? ( Pontos Positivos ):

- Para famlia (adotantes ) :- Ato de solidariedade, amor; Constituio da prole: consolidao familiar, identidade familiar.

- Para a criana/adolescente:- Obteno de uma famlia : identidade, amor, carinho;- Perspectiva de vida, sucesso social, cidadania.- Sociedade:- Organizao/ estrutura social; - Diminuio da marginalizao, pobreza.

PREFERENCIAS DE IDADEPor que no Brasil h mais famlias querendo adotar do que crianas e adolescentes espera de pais adotivos?

Lei12.010/09. Lei Nacional da Adoo.A adoo medida excepcional e s deve ser determinada quando forem esgotadas as medidas e os recursos possveis para manter o infante junto sua famlia natural.somente se nenhuma poltica der certo que se busca a adoo. A criana j em idade avanada, e o adolescente, so colocados em acolhimento familiar ou institucional e ficam espera de um milagre.

ESTATSTICADados divulgados pelo CNJ (que faz a gesto dos cadastros de adoo) demonstram que quanto mais avanada a idade do adotando, menores as chances de ser adotado.

Disso vem a concluso: ns temos muitas crianas em idade avanada, e adolescentes nos abrigos, porque os pretensos adotantes preferem as crianas mais novas.

No Brasil h 27.000 pretendentes adoo (adotantes) para cerca de 4.000 crianas e adolescentes espera de uma nova famlia (adotandos).

Dos 27.000 adotantes, 5.203 adotantes s querem bebs, 5.373 crianas admitem crianas com at 1 ano de idade e 5.474 aceitam crianas com at 2 anos de idade. O restante varia bastante.Ante o exposto, apesar dos benefcios que a Lei12.010/09 trouxe convivncia familiar, certamente nenhum diploma normativo ser capaz de mudar o quadro da adoo no Brasil.

ADOO HOMOAFETIVA

Princpios consagradores No podemos considerar correto negar aos casais homoafetivos o exerccio do direito a adoo. Princpio da Dignidade da Pessoa Humana Princpio da Igualdade e a orientao sexual (Declarao Universal dos Direitos do Homem/1948)Princpio da No Discriminao (CF/88 art. 3, IV.)

PRECONCEITO

Adoo Crianas com necessidades especiaisProblemas no processo de adoo por conta do grande nmero de cadastros no Cadastro Nacional de Adoo com restries ao estado de sade dos adotados.Lei n 12.995/2014 criada visando o estmulo da adoo das crianas com necessidades especiais com a priorizao da tramitao dos processos das mesmas.Segundo dados do ano de 2014, cerca de 5400 adolescentes podem ser adotados e no Brasil so mais de 30.000 inscritos no CNA, mas, apenas 8% dessa grande quantidade de cadastros, no possui nenhuma restrio em relao ao estado de sade do adotado.So 1221 crianas/adolescentes com doenas crnicas e deficincia fsica ou mental, so esses os processos que sero priorizados.Dificuldades de incluso das crianas e adolescentes com necessidades especiais por falta de locais e profissionais especializados.Adoo Crianas com necessidades especiaisDesmistificao da adoo Adoo, uma aprendizagem de amor possvelSegundo Lidia Weber o objetivo principal da adoo precisa ser o de proteger a criana e no o que tradicionalmente tem sido: A criana ser uma soluo para a necessidade dos pais de formarem uma famlia. A psicloga examina o fenmeno do apego como uma positiva contribuio para as famlias interessadas em adotar uma criana. Ressalta que o amor os pais sentem por uma criana adotiva pode ser o mesmo que sentem pelos seus filhos biolgicos, revelando a possibilidade de aprendizagem desse amor.Weber insiste que possvel construir uma relao de amor a partir de aspectos como a revelao precoce, o dialogo entre pais e filhos a preparao dos adotantes, famlia e amigos, a ausncia de sentimento de vergonha, a segurana na deciso, o afeto e a responsividade dos pais e a igualdade dos filhos adotivos e biolgicos. Esses aspectos so descritos como positivos na construo desse amor entre pais e filhos em uma relao de adoo.TODA CRIANA MERECE UM LAR, UMA FAMILIA, UMA CASA E PRINCIPALMENTE SER CHAMADA DE FILHO OU FILHA.