ADORE COM O CORAOMarcos 7:6-7

Bblia Viva6,7 - Jesus respondeu: "Seus fingidos! O profeta Isaas descreveu vocs muito bem quando disse: 'Este povo fala de maneira agradvel a respeito do Senhor, mas no tem amor algum por Ele. A adorao dessa gente uma farsa, porque o que ensinam so os mandamentos feitos por eles'.

Almeida Corrigida e Revisada Fiel6 - E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaas acerca de vs, hipcritas, como est escrito: Este povo honra-me com os lbios, Mas o seu corao est longe de mim;7 Em vo, porm, me honram, Ensinando doutrinas que so mandamentos de homens.

INTRODUO

Chegamos ao ltimo sermo de nossa srie de mensagens do ms de maro: Vinde, adoremos! O que Jesus espera daqueles que vm ador-lo.

Sbado, 1 de maroAdore com entendimento (Joo 4:20-24)Sbado, 8 de maroViva alm da aparncia (Marcos 11:12-20)Sbado, 15 de maroReconcilie-se com seu irmo (Mateus 5:21-26)Sbado, 22 de maroOferea o seu melhor (Lucas 2:1-4)Domingo, 30 de maroAdore com o corao (Marcos 7:6-7)

Antes de entrarmos no sermo precisamos entender a diferena entre louvor e adorao. Em poucas palavras vamos ver algumas diferenas.

Louvar lit. Barulho elogiar, gabar, exaltar, enaltecer, glorificar, aprovar, aplaudir, bendizer. i. Heb. halal 160 vezes no Antigo Testamento fonte de hallellujah, que pode ser traduzido por Louvado seja Yah (Yah como abreviao de Yaweh aquele que faz as coisas serem)Referncias: Ed. 3:10 11; 2 Sm 6; Salmos

Adorar lit. Prostrar-se reverenciar, venerar, amar extremosamente, idolatrar, ter grande predileo a, cultuar, curvar-se, cair com o rosto em terra, render-se.i. Heb. shachac 170 vezes no Antigo Testamento denota prostrar-se diante de autoridades, mostrando significado cultural (Davi X Saul; Rute X Boaz; Jos X feixes...) usado como forma comum de se chegar diante de Deus em adorao (Jr. 7:2).ii. Gr. proskuneo pros (na direo de) + kuneo (beijar)Referncias: Gn 22:5; 24:26, 48; Ex 4:31, 12:27, 34:8; Js 5:14; 2 Cr 29: 29-30; Ne 8:6; J 1:20; Sl 95:6, 132:7; Mt 2:2, 11; Mc 15:19; J 4:22-24; Fp 3:3; Ap 5:14, 7:11, 11:16, 14:7, 15:4, 19:4, 10, 22:8-9.

Basicamente louvamos a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE ;

Veja um Paralelo entre LOUVOR e ADORAO:

LOUVOR: Motivado na alma por um impulso de receber do SenhorADORAO: Motivado no esprito por um impulso de dar ao Senhor

LOUVOR: Pode ser comunitrioADORAO: individual

LOUVOR: Brota das emoesADORAO: Brota da devoo

LOUVOR: Pelos feitos de DeusADORAO: Pelo que Deus

LOUVOR: uma expresso de vidaADORAO: um estilo de vida

LOUVOR: circunstancialADORAO: incondicional

LOUVOR: Aprecia os feitos de DeusADORAO: Vive para Deus

O grande segredo da verdadeira adorao um corao sincero.

Mas ser que possvel algum estar na igreja, pregar, cantar, fazer visitas, enfim, estar profundamente envolvido com as atividades e, ainda assim, no o fazer de corao? Sim, infelizmente, possvel.

exatamente do que Jesus acusou alguns lderes religiosos de sua poca de se apresentarem diante de Deus com aparente devoo, mas com o corao longe dele.

Oua o que ele disse: Hipcritas, bem profetizou Isaas acerca de vs, como est escrito: Este povo honra-me (me adora) com os lbios; seu corao, porm, est longe de mim; em vo me adoram (Mc 7:6-7).

Que dura palavra esta de Jesus: Em vo me adoram. J pensou ouvirmos isto dele?

A expresso grega traduzida por em vo traz a ideia de uma procura mal sucedida ou intil.

Esses lderes at esto tentando adorar a Deus, mas de forma equivocada.

Os mtodos que esto empregando para agradar a Deus so inteis, no tm valor. Sua adorao apenas de lbios, isto , exterior, aparente. O corao est longe de Deus.

Corao, aqui, usado no sentido de centro da vontade, das aspiraes, dos desejos, dos pensamentos, das motivaes por trs das aes dos homens. No ntimo, ento, aqueles lderes no honravam a Deus.

Com base em Marcos 7:1-23 aprendemos que a adorao que Deus deseja aquela que brota da sinceridade do corao, isto , do nosso interior.

NTLH1 Alguns fariseus e alguns mestres da Lei que tinham vindo de Jerusalm reuniram-se em volta de Jesus.2 Eles viram que alguns dos discpulos dele estavam comendo com mos impuras, quer dizer, no tinham lavado as mos como os fariseus mandavam o povo fazer.3 (Os judeus, e especialmente os fariseus, seguem os ensinamentos que receberam dos antigos: eles s comem depois de lavar as mos com bastante cuidado.4 E, antes de comer, lavam tudo o que vem do mercado. Seguem ainda muitos outros costumes, como a maneira certa de lavar copos, jarros, vasilhas de metal e camas.)5 Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram a Jesus: Por que que os seus discpulos no obedecem aos ensinamentos dos antigos e comem sem lavar as mos?6 Jesus respondeu: Hipcritas! Como Isaas estava certo quando falou a respeito de vocs! Ele escreveu assim: Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu corao est longe de mim.7 A adorao deste povo intil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus.8 E continuou: Vocs abandonam o mandamento de Deus e obedecem a ensinamentos humanos.9 E Jesus terminou, dizendo: Vocs arranjam sempre um jeito de pr de lado o mandamento de Deus, para seguir os seus prprios ensinamentos.10 Pois Moiss ordenou: Respeite o seu pai e a sua me. E disse tambm: Que seja morto aquele que amaldioar o seu pai ou a sua me!11 Mas vocs ensinam que, se algum tem alguma coisa que poderia usar para ajudar os seus pais, mas diz: Eu dediquei isto a Deus,12 ento ele no precisa ajudar os seus pais.13 Assim vocs desprezam a palavra de Deus, trocando-a por ensinamentos que passam de pais para filhos. E vocs fazem muitas outras coisas como esta.14 Jesus chamou outra vez a multido e disse: Escutem todos o que eu vou dizer e entendam!15 Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa no faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto , do corao da pessoa, que faz com que ela fique impura.16 [Se vocs tm ouvidos para ouvir, ento ouam.]17 Quando Jesus se afastou da multido e entrou em casa, os seus discpulos lhe perguntaram o que queria dizer essa comparao.18 Ento ele disse: Vocs so como os outros; no entendem nada! Aquilo que entra pela boca da pessoa no pode faz-la ficar impura,19 porque no vai para o corao, mas para o estmago, e depois sai do corpo. Com isso Jesus quis dizer que todos os tipos de alimento podem ser comidos.20 Ele continuou: O que sai da pessoa o que a faz ficar impura.21 Porque de dentro, do corao, que vm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte,22 os adultrios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqncias.23 Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.

Este texto oferece trs direcionamentos, de como adorar a Deus de corao:

1. Se quisermos adorar com o corao, no podemos supervalorizar rituais!

A religio judaica era cheia de rituais, muito deles ampliados e criados pelo lderes. Eles supervalorizavam rituais e isto era um dos maiores problemas para que pudessem servir a Deus. Essa era uma das razes pelas quais sua adorao era v.

O captulo 7 de Marcos comea mostrando que os fariseus e alguns escribas repararam que alguns dos discpulos de Jesus comiam po com as mos impuras, isto , sem lav-las (v. 2).

Jesus veio quebrar as tradies, veio mostrar o verdadeiro modo de servir a Deus.

O modo de vida dos discpulos de Jesus era diferente do modo de vida dos escribas e dos fariseus. Diante desse fato, eles questionam o Senhor: Por que os teus discpulos no vivem segundo a tradio dos ancios, mas comem po sem lavar as mos? (v.5).

bvio que essa acusao tinha como propsito atingir a Cristo.Como um rabino que no ensina os seus seguidores a seguirem a tradio dos ancios pode ser levado a srio?

Eles seguiam rituais vazios e ainda queriam que os outros fizessem o mesmo. Um absurdo! E que tradio eles estavam mencionando?

Ningum vai agora sair por a comendo de mo suja. No isso que Jesus est ensinando.

importante mencionarmos que a acusao nada tinha a ver com higiene pessoal. No era o simples fato de lavar as mos, antes de comer, mas um modo particular de lavar as mos, antes de comer, que torna a pessoa ritualmente impura: mais um fardo pesado de ser carregado, inventado por esses lderes para sobrecarregar o povo.

O texto explica que os fariseus e todos os judeus que guardavam a tradio dos ancios no comiam sem lavar as mos cuidadosamente (v. 3).

Chegavam ao extremo de, a cada vez que iam s praas ou ao mercado, purificar a si mesmos, ao voltarem para casa. Por ser a praa um centro de reunio de muitas pessoas, julgavam impura; alm do mais, podiam esbarrar num gentio impuro.

Assim, os judeus precisavam purificar-se, toda vez que chegavam em casa: executavam uma curta cerimnia de lavar as mos e os braos de uma forma especfica; no caso dos essnios, seita judaica ainda mais radical, tomavam um banho completo, antes de cada almoo.

Quem, dentre os judeus, desprezasse a lavagem das mos, era excludo do convvio e rebaixado altura de prostitutas.

Por que eram to rigorosos com suas tradies? Porque pensavam que Deus se agrava delas e que estas os tornavam mais santos, diante dos homens e diante de Deus.

Jesus os chama de hipcritas, pessoas cuja vida uma atuao, sem nenhuma sinceridade. Alm de honrar a Deus apenas de lbios, ainda condenavam os que se diziam povo de Deus e no praticavam suas tradies.

Cuidemos para no cairmos nos mesmos erros dos escribas e dos fariseus.

Quantas vezes nos dividimos na igreja, por causa dos nossos rituais e formas exteriores de culto.

Uns gostam de hinos mais animados; outros, de hinos mais lentos, e fazem disto motivo para iniciar uma guerra na igreja. Outros so contrrios a bater palmas, bateria, a instrumentos de percusso, e fazem disto motivo para desavenas com os que so favorveis.

Outros, ainda, literalmente, racham a igreja, por causa da possibilidade de mudar algum aspecto da liturgia. Ser justo nos digladiarmos por essas questes perifricas?

Ser que Deus realmente se agradar mais de ns por causa do nosso gosto musical? bvio que no! A Bblia no define o estilo musical que mais agrada a Deus, os instrumentos que, obrigatoriamente, devem ser usados nos cultos, as expresses corporais que so imperativas para a igreja, um modelo litrgico divinamente inspirado!

Ns criamos isso, e no podemos fazer com que a salvao das pessoas dependa disso! Deus quer que nos preocupemos em honr-lo de corao, independentemente dessas formas. Isto, sim, deve fazer parte da nossa agenda de preocupaes!

A supervalorizao de rituais pode transformar-nos em meros atores. Se quisermos adorar a Deus de corao, fujamos desta cilada!

2. Se quisermos adorar com o corao, no podemos desvalorizar a Escritura!

Alm de supervalorizar rituais, baseados na tradio dos ancios, os religiosos da poca de Jesus, com os quais ele se defronta, no texto de Marcos 7, estavam se relacionando de maneira inapropriada com a Escritura.

Esta mais uma razo por que sua adorao era de lbios e v, segundo Jesus. O zelo deles no era em preservar e proclamar a palavra de Deus, mas em manter a tradio dos ancios.

Os rituais supervalorizados no tinham como origem a palavra de Deus, mas ensinos de homens. Jesus responde a esses religiosos citando a palavra de Deus: Is 29:13; x 20:12,17.

13 Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lbios me honra, mas o seu corao se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste s em mandamentos de homens, em que foi instrudo;

Ele os questiona e os censura com base nas Escrituras.

Jesus faz trs acusaes aos escribas e fariseus, em Marcos 7:

Abandonais o mandamento de Deus, e vos apegais tradio dos homens (v. 8);

Sabeis muito bem rejeitar o mandamento de Deus para guardar a vossa tradio (v. 9);

invalidais a palavra de Deus pela vossa tradio (v. 13).

Em nome da tradio, eles haviam abandonado, rejeitado e invalidado a palavra de Deus.

So trs acusaes graves! Esta ltima palavra (invalidais), por exemplo, a traduo do termo grego akuroo, com o sentido de cancelar, privar de fora ou autoridade.

Alm de censurar, o mestre apresenta, de modo claro, o que estava censurando. Ele apresenta uma prova de como eles estavam enfraquecendo, e at mesmo passando por cima, da autoridade dos mandamentos divinos.

Jesus est dizendo o problema bsico no est nos rituai, mas no abandono, no desprezo e na invalidade da palavra de Deus.

Ento Jesus d um exemplo.

O exemplo escolhido diz respeito ao quinto mandamento: Pois Moiss disse: Honra teu pai e tua me; e: Quem amaldioar seu pai ou sua me certamente morrer (v. 10). Eis um mandamento da Escritura que os rabinos deturpavam para liberarem os filhos avarentos de ajudar seus pais na velhice.

Honrar pai e me no era, e no , um mandamento aplicado somente a filhos pequenos, mas a qualquer filho cujos pais estejam vivos. muito mais que obedecer. Tem a ver com amor e alta considerao.

Honrar pai e me na velhice, no judasmo, significava em termos prticos, dar-lhe comida e bebida, roupa e cobertor, lev-lo e traz-lo e lavar-lhe o rosto, mos e ps. Havia regras especficas sobre a parte que deveriam receber dos cereais, do vinho e dos demais rendimentos.

Como os filhos maus e avarentos que no queriam ajudar os pais faziam para quebrar essa lei? Pela aplicao errada da lei do Corb (vv. 11-12), palavra que quer dizer dedicado a Deus. Era uma lei pela qual uma pessoa podia dedicar alguma coisa a Deus para seu uso exclusivo, impedindo que ela fosse utilizada de forma comum.

Contudo, por causa de um acordo com os sacerdotes israelitas, uma pessoa podia dedicar seu dinheiro ou propriedade ao templo, ao mesmo tempo que desfrutava dele, durante sua vida.

Ento, um homem que no quisesse ter de ajudar seus pais, poderia declarar que seus bens eram Corb e ficaria legalmente isento de socorr-los, ao mesmo tempo que no precisava, necessariamente, dedicar essas ofertas a Deus.

Isso estava acontecendo, e Jesus censura os religiosos. Ainda disse que este era s um exemplo, pois eles faziam muitas outras coisas semelhantes (v.13).

Seu corao realmente estava longe de Deus, e isto se evidenciava pelo desprezo Palavra. O culto s verdadeiro quando governado pela verdade de Deus.

Cuidemo-nos, para no cairmos, tambm, nesta armadilha: de acharmos que estamos adorando a Deus, enquanto negligenciamos sua palavra.

Que a palavra de Deus seja valorizada e continue tendo valor e destaque, na igreja e em nossos cultos. Ela nossa regra de f e prtica. Ento, o Senhor quem diz o que devemos cantar ou no cantar. Quantas canes com contedos herticos esto sendo cantadas nas igrejas, no nosso tempo! Se a palavra nossa nica regra de f e prtica, ela quem diz a maneira, os objetivos, o objeto e o lugar da nossa adorao! No deixemos que nossas observncias religiosas s vezes, at teis e bem intencionadas , tenham mais autoridade do que a palavra de Deus. Se isso acontecer, estaremos com os dois ps no caminho dos fariseus. Nossa adorao ser v e apenas de lbios.

3. Se quisermos adorar com o corao, no podemos distanci-lo do senhor!

Por fim, alm de no podermos supervalorizar rituais, nem desprezar a palavra de Deus, se quisermos agradar ao Senhor com o corao, no podemos distanci-lo dele.

Nosso corao precisa estar prximo do Senhor. Vamos checar, novamente, o texto-base deste sermo:

Este povo honra-me com os lbios; seu corao, porm, est longe de mim; em vo me adoram (Mc 7:6-7).

Jesus foi claro, ao dizer que o corao dos religiosos estava distante dele. Ele cita um texto do profeta Isaas e aplica-o aos escribas e fariseus. Fica subtendido, ento, na citao feita por Jesus, que Deus espera que o honremos com o corao, e que, para isso acontecer, nosso corao deve estar perto dele.

Mas o que significa ter o corao perto de Deus?

J afirmamos, na introduo deste sermo que corao, aqui, usado no sentido de centro da vontade, das aspiraes, dos desejos, dos pensamentos, das motivaes por trs das aes dos homens.

Falar de algum que tem o corao longe de Deus falar de algum que ainda tem motivaes, desejos, pensamentos e aspiraes impuras, ao se aproximar de Deus.

E falar de algum que tem o corao perto de Deus falar de algum que tem motivaes, aspiraes, pensamentos puros, ao se apresentar a Deus, em seu dia-a-dia. Deus busca a verdade no ntimo.

pecado de fazer a coisa certa pela motivao errada.Vocs devem est lembrando que o pecado na mente.

Ele no est to preocupado com o que fazemos exteriormente quanto est com as motivaes que nos levam a fazer isso ou aquilo. O que estamos querendo quando nos apresentamos a ele? De fato, nosso objetivo agradar a Deus ou ser vistos e aplaudidos pelos outros?

Lembremo-nos disso, quando formos adorar a Deus, no templo ou fora dele. E tratando da adorao pblica, no nos contentemos em levar os nossos corpos igreja e deixarmos os nossos coraes em casa.

O que formos apresentar a Deus, que seja de verdade, com sinceridade! Segundo Ryle, o olho humano pode no detectar nenhum defeito em nossa adorao, o ministro da igreja poder olhar-nos com aprovao, os nossos vizinhos podero pensar em ns como modelos daquilo que um crente deve ser, a nossa voz pode ser a mais ouvida no louvor a Deus e na orao; contudo, tudo isso ser pior do que nada, aos olhos do Senhor, se os nosso coraes estiverem distantes dEle.

Ryle tambm lembra que essa verdade deve ser lembrada em nossas devoes particulares. Proferir palavras bonitas no devem nos satisfazer, se o nosso corao e os nossos lbios no estiverem em harmonia.

Na parte final do trecho que estamos estudando (Mc 7:14-23), Jesus mostra que a fonte de toda iniquidade est no corao, Na mente.

E por que, do centro da nossa vontade, procedem os maus desgnios e vrios outros pecados terrveis? Porque todos ns somos pecadores, e nascemos com uma natureza cada. O mal no vem de fora somente, mas, principalmente, de dentro. por isso que o remdio para adorarmos a Deus de modo a agrad-lo a transformao desse corao mau. O remdio um novo corao, coisa que s Deus pode nos dar (Ez 36:26) e que, de fato, tem dado queles que receberam a Cristo como Senhor. Para que nossas intenes e aspiraes sejam verdadeiras e puras, quando o adorarmos, precisamos manter o nosso corao perto dele, sempre!

CONCLUSO

Jesus espera que aqueles que vo at ele para ador-lo faam-no com um corao puro.

Esse o desafio que nos foi apresentado hoje, diante do enfrentamento que o mestre teve com os lderes religiosos do seu tempo, em Marcos 7. Em outro enfrentamento com estes mesmos lderes, Jesus disse: Como podeis falar coisas boas sendo maus? Pois a boca fala do que o corao est cheio (Mt 12:34). O que saa da boca deles no era o que realmente o seu corao pensava ou queria. No havia harmonia entre boca e corao, exterior e interior. Eles falavam coisas boas, mas o seu corao era mau. E Jesus garante que ningum consegue ser ator a vida toda: A boca fala do que o corao est cheio. Uma hora o ator acabar se revelando! Se no acontecer aqui, no dia do juzo ningum escapar: ... os homens tero de prestar contas de toda palavra intil que proferirem (v. 36). Aqui, as palavras inteis so as palavras falsas, de fachada, para manter aparncias. No dia do juzo, elas sero reveladas.Mas muito pesado o que est sendo tratado? mesmo. E ns precisamos reconhecer que no d para ficar brincando de ator com Deus. No d para fingir ser algo que no somos: em vo estamos adorando! Se no for de corao, no serve! Por isso, amemos o Senhor de todo corao (Mc 12:30,33). Faamos este amor virar louvor: cantando e louvando ao Senhor no corao (Ef 5:19).

Lembre-se: s h uma maneira de fazer que o nosso corao (vontades e intenes) honre a Deus com sinceridade: mantendo-o perto do Senhor. Se voc entregou sua vida a Jesus, ganhou um novo corao! Viva em comunho constante com Deus, e no haver espao para intenes impuras da adorao a Deus. Alm disso, cuidado com a supervalorizao de rituais e com a desvalorizao da palavra de Deus.

O culto que agrada a Deus o culto feito com verdade.

CULTO RACIONALRomanos Captulo 12NTLH1 Portanto, meus irmos, por causa da grande misericrdia divina, peo que vocs se ofeream completamente a Deus como um sacrifcio vivo, dedicado ao seu servio e agradvel a ele. Esta a verdadeira adorao que vocs devem oferecer a Deus.