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AÇÕES EDUCATIVAS: PAPEL DA (O) ENFERMEIRA (O) NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Elian Trindade Reis Ferraz (1); Marília Emanuela Ferreira de Jesus (1)
Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública-EBMSP, [email protected] Universidade Federal da Bahia-UFBA, [email protected]
Resumo: Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, cujo objetivo é identificar as ações desenvolvidas pela enfermeira (o) na prevenção do câncer do colo de útero no âmbito da Atenção Básica. A análise e produção dos dados geraram as seguintes categorias: prevenção do câncer de colo de útero e ações educativas desenvolvidas na prevenção do câncer cérvico uterino. Verificou-se na maioria dos estudos o enfermeiro desenvolve ações educativas como visitas domiciliares e durante as visitas discorre sobre a importância do uso do preservativo e realização do preventivo. Identificaram-se também os fatores contribuintes para não realização do preventivo como: valores culturais, constrangimento pela exposição a intimidade que se submetem, dificuldade de acesso ao serviço, ter emprego e filhos. Entretanto, conclui-se que os enfermeiros têm um papel fundamental na estratégia de prevenção, com desenvolvimento de ações educativas voltada à saúde da mulher não só com coleta de material para realização do exame preventivo.
Palavras-chave: papel do enfermeiro, atividades educativas, neoplasias do colo do útero.
INTRODUÇÃO
O câncer de colo uterino é um dos tipos de
câncer mais comum na população feminina.
Constitui um sério problema de saúde pública
mundial, em especial nos países menos
desenvolvidos, em parte devido à
desinformação e á deficiência da cobertura de
Saúde Pública. Este tipo de câncer é
responsável por 80% desses casos e o Brasil
apresenta uma taxa expressiva dessa
estatística. Estudos realizados mostram que a
taxa de mortalidade é elevada nas mais
variadas faixas etárias. Com incidência do
carcinoma in situ entre 25 e 40 anos e o
carcinoma invasor entre 48 e 55 anos (MELO
et al., 2012).
Com aproximadamente dezoito mil novos
casos para o ano de 2012 e 2013 o câncer de
colo de útero é considerado a segunda
neoplasia maligna mais comum que acomete
a população feminina, sendo responsáveis por
230 mil óbitos de mulheres por ano, ocupando
a quarta posição de óbito tornando-se
responsável por 12% dessas causas a nível
mundial, são seis milhões de óbitos por ano
(INCA, 2011).
Os principais fatores de risco para o
desenvolvimento do câncer cervical é o inicio
precoce da atividade sexual, baixa condição
sócio econômica, multiplicidade de parceiros,
tabagismo, higiene íntima inadequada e uso
prolongado de contraceptivos orais (SOARES
et al., 2010).
De acordo ao que Soares citou acima, o Inca
(2010) vem afirmar que outro fator para o
desenvolvimento do CA de útero é a infecção
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pelo Papiloma vírus humano (HPV), esse tem
sido apontado como um forte fator de risco
para o desenvolvimento da patologia que é
também associada a outros fatores como
exposição ao agente infeccioso da Chlamydia
trachomatis e da imunodeficiência adquirida.
Considerando os dados epidemiológicos, à
associação entre o Papiloma vírus humana
(HPV) e o câncer de colo do útero está
implicando em 99,7% dos casos de carcinoma
cervical. No entanto, pode infectar o epitélio
escamoso e as membranas mucosas da cérvice
e da vagina perianal, podendo induzir ao
aparecimento de verrugas (côndiloma
acuminado), até chegar à neoplasia
propriamente dita (WOLSCHICK et al.,
2007).
O rastreamento e prevenção do câncer do colo
uterino são feitos pelo teste do Papanicolau –
exame citopatológico do colo do útero para
detecção das lesões precursoras
(CARVALHO, 2010). Para serem obtidos os
benefícios desse exame no cenário da
prevenção do câncer do colo do útero, todos
os passos dos procedimentos a ele
relacionados, desde a coleta até os resultados
e encaminhamentos, são considerados de
extrema relevância (INCA 2006; SANTOS,
2009).
As enfermeiras (o) exercem atividades
técnicas específicas de sua competência,
administrativas e educativas, através do
vínculo com as usuárias (BRASIL, 2013).
Seguindo esse contexto as ações voltadas para
a prevenção do Câncer do Colo Uterino
(CCU) pode ser realizadas pela enfermeira
tanto no âmbito da prevenção primária quanto
da prevenção secundária. Dentre a prevenção
primária destaca-se as estratégias voltadas
para redução dos riscos de contágios do HPV;
utilizando os preservativos durante a relação
sexual e as vacinas disponíveis. E a prevenção
secundária abrange o conjunto de ações que
permitem o diagnóstico precoce da doença e o
seu tratamento imediato, aumentando a
possibilidade de cura, melhorando a qualidade
de vida e sobrevivência, diminuindo a
mortalidade por câncer (INCA, 2008).
Mistura et al. (2011) reforçando sobre as
ações educativas relata que a enfermeira
desenvolve vínculo com a comunidade,
educação em saúde desenvolvidas nas
residências, sala de espera, realização do
exame cito patológico, dando ênfase na
prevenção esclarecendo todas as duvidas das
usuárias e realizando busca ativa das
mulheres.
Com base no texto acima formulou-se para o
presente estudo a seguinte questão norteadora:
Quais são as ações de prevenção do câncer do
colo de útero que podem ser desenvolvidas
pela (o) enfermeira (o) no âmbito da atenção
básica?
A partir da questão norteadora foi
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estabelecido o seguinte objetivo:
Identificar as ações desenvolvidas pela
enfermeira na prevenção do câncer do colo de
útero no âmbito da atenção básica.
A justificativa para realização deste estudo
partiu da percepção que o útero é um órgão de
fundamental importância para a vida materna
e que a principal estratégia desenvolvida nas
Unidades Básicas de Saúde (UBS) para
detectar precocemente a lesão precursora e o
diagnóstico do câncer é realizada através do
exame preventivo, também conhecido como
papanicolau. Posto isto, é indispensável que
os enfermeiros orientem a população feminina
quanto à importância da realização do exame
preventivo, pois a sua realização de maneira
sistemática é de suma importância para o
controle dessa neoplasia. Somando a isso esse
estudo torna-se relevante visto que seus
resultados irão refletir sobre a atuação do
enfermeiro frente ao controle do câncer do
colo uterino, podendo ser utilizado para
subsidiar propostas educacionais para estes
grupos. Contudo, este trabalho faz-se presente
pela necessidade de uma educação em saúde
da população feminina a respeito de rever
novos conhecimentos, novos paradigmas,
novas delimitações legais diante de um
contexto com mudanças tão rápidas,
reflexivas e desejosas da unidade teoria e
prática.
METODOLOGIA
Segundo Gil (2010) trata-se de uma pesquisa
de revisão de literatura, com abordagem de
caráter exploratório qualitativo, que é
desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído por livros e artigos
científicos, visando descrever as
características de determinada população ou
fenômeno ou estabelecimento de relações
entre variáveis. O objetivo fundamental deste
método é proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito.
Para as buscas foram utilizadas 3 bases de
dados Scielo (Scientific Electronic Library
Online), Lilacs (Literatura Latina Americana
em Ciências da Saúde), BIREME (BVS
saúde ), os artigos foram obtidos na íntegra
através do próprio site ou através do link para
as revistas online.
O uso dessas bases de dados visou minimizar
os possíveis vieses no processo de elaboração
manuais sobre o tema em questão, como o
Instituto Nacional do Câncer (INCA) e
registros online através do Google acadêmico,
no período de setembro a novembro de 2006 a
2014.
Para a seleção dos artigos, foram utilizados
como critério de inclusão artigos publicados
no período de 2006 a 2014 por terem sido
escolhido um recorte dos artigos mais
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relevantes disponíveis online, relacionados ao
tema publicado em periódicos nacionais, além
dos artigos disponíveis na íntegra, tendo como
descritores: papel do enfermeiro, atividades
educativas, Neoplasias do Colo Uterino,
disponíveis nos Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS) na plataforma da Biblioteca
Virtual da Saúde (BVS).
Foram encontrados ao todo 243 artigos sobre
o papel do enfermeiro, e 27 artigos sobre
neoplasias do colo do útero,11 artigos sobre
atividades educativas completos e no período.
A amostra final desta revisão de bibliografia
foi constituída de 7 artigos, pois apenas estes
abordavam claramente o tema desejado. Para
a coleta de dados dos artigos que foram
incluídos na revisão bibliográfica, foi
desenvolvido um quadro sinóptico com a
síntese dos artigos que atenderam aos critérios
de inclusão, e posterior discussão dos
resultados. Porém o mesmo não encontra
incluído no artigo.
Foram excluídos todos os artigos com data
fora do período de 2006 a 2014, publicações
em outros idiomas, e artigos que não
condizem com o tema proposto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao fazer o levantamento bibliográfico sobre
as ações desenvolvidas pelos enfermeiros para
prevenção do câncer do colo de útero nas
diversas regiões do Brasil, podemos observar
que poucos artigos foram publicados, em
geral encontramos 11 artigos falando
especificamente sobre as ações dos
enfermeiros, e na região do nordeste, poucos
estudos específicos foram encontrados. Porém
mesmo com alguns estudos desde 2006 a
2014, muitas mulheres ainda encontram
dificuldades em procurar os serviços de saúde
para realização do exame papanicolau além
do pouco conhecimento do que é preconizado
pelo ministério da saúde para realização do
exame. A Bahia tem uma taxa estimada de
14,43% de casos para cada 100 mil mulheres
(2012- INCA). Para compreendermos melhor
as ações desenvolvidas pelos enfermeiros
dentro da atenção básica para prevenção e
controle do colo do útero a discussão foi
separada em categorias tais como: Papel do
enfermeiro na prevenção do câncer de colo de
útero e Ações educativas desenvolvidas na
prevenção do câncer cérvico-uterino.
Papel da enfermeira na prevenção do
câncer de colo de útero
Nos estudos apontados por Diógenes (2001) a
consulta de enfermagem encontra-se
regulamentada na lei de 7.498/86 do
Exercício Profissional de Enfermagem, bem
como no Decreto nº 94.406/87, que
regulamenta a referida Lei, e na Resolução nº
159/93 do Conselho Federal de Enfermagem,
assegurando as ações da Enfermeira voltadas
para a prevenção e controle do câncer.
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A Unidade de Saúde da Família desenvolve
um importante papel estratégico que visa
controlar o câncer, pois o profissional de
enfermagem atua em várias dimensões da
linha de cuidado para esta doença. A
enfermeira pode estar desenvolvendo ações
educativas como visitas domiciliares e nesse
momento orientar a importância do
preservativo, realizar consulta de enfermagem
de forma integral e humanizada explicando
passo a passo todos os procedimentos,
desenvolver palestras criativas que esteja
relacionada ao câncer de maneira que chame a
atenção da população feminina (FRANCO,
2012).
Silva et al, (2008) em concordância com o
autor acima citado relata que dessa forma,
(população feminina, encaminhando as
mulheres que apresentam alterações
citológicas, além da estimulando o sexo
seguro, orientando quanto os fatores que
predispõem a doença e as ações desenvolvidas
para prevenção e detecção do câncer. Sendo
assim, o objetivo dessas ações são diminuir os
fatores que levam a população feminina a
desenvolver a neoplasia, e também
diagnosticar e tratar precocemente a doença.
Para Vale (2010), esse tipo de prevenção
tornou-se mais eficaz a partir do Programa
Saúde da Família (PSF) que tem como
objetivo reorientar o modelo assistencial
mediante a implantação de equipes
multiprofissionais em UBS. Diante disso,
inclui em sua prática métodos de prevenção e
promoção à saúde baseados na atenção
primaria, gerando assim um cenário favorável
à reorganização do controle a esta doença.
A (o) enfermeira (o) pode prestar importante
contribuição para a prevenção do câncer de
colo uterino, destacando-se, dentre outras sua
participação no controle de fatores de risco,
na realização da consulta ginecológica e do
exame de Papanicolau, influindo para um
maior e melhor atendimento à demanda,
efetivando um sistema de registro de
qualidade, intervindo para o encaminhamento
adequado das mulheres que apresentam
alterações citológicas. O envolvimento da
enfermagem nas questões referente ao câncer
se da na medida em que, na atualidade, este se
refere a um problema de saúde pública, em
face de sua magnitude (elevada
morbimortalidade) e transcendência (alto
custo social e econômico). Souza, et al,
(2006,p.637)
O autor Parada (2008) falando de uma forma
mais ampla e completa, descreve que com
relação à prevenção do câncer do colo do
útero foram estabelecidas as atribuições a
desenvolver no nível de atenção primária a
saúde e que são de responsabilidade sanitária
da equipe, com vistas a planejar e executar
ações na sua área de abrangência, voltadas
para a melhoria da cobertura do exame. Estas
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incluem esclarecer e informar a população
feminina sobre o rastreamento, identificar na
área aquelas que pertencem a faixa etária
prioritária e/ou grupos considerados de risco,
convocar e realizar a coleta de citologia,
detectar e reconvocar as que se ausentaram. E
ainda, o recebimento dos laudos, captação dos
resultados positivos para vigilância do caso,
orientação e encaminhamento a atenção
secundaria, avaliação da cobertura de
citologia na área, supervisão dos técnicos e
qualidade da coleta.
Ações educativas desenvolvidas na
prevenção do câncer cérvico-uterino
A enfermagem desempenha um importante
papel no planejamento na área educacional,
social, política, e econômica para implantação
de políticas de prevenção do câncer do colo
de útero. Contudo, é necessário haver
responsabilidade por parte dos profissionais
de saúde, em destaque a enfermagem para
está direcionando e prestando o seu papel de
educador frente a essas mulheres a prática do
exame preventivo e fortalecendo sua
participação social no processo (SOARES et
al., 2010).
Nesse contexto, Melo et al. (2012) afirma que
enfermeiras (o) exercem atividades técnicas
específicas de sua competência,
administrativas e educativas e através do
vínculo com as usuárias, concentra esforços
para reduzir os tabus, mitos e preconceitos e
buscar o convencimento da clientela feminina
sobre os seus benefícios da prevenção Para o
planejamento das atividades e estratégias, são
consideradas e respeitadas às peculiaridades
regionais, envolvimento das lideranças
comunitárias, profissionais da saúde,
movimentos de mulheres e meios de
comunicação.
Uma dessas atividades estratégicas para
implantar educação na prevenção do câncer
uterino segundo Eduardo et al, (2007, p. 5) è:
A consulta de enfermagem, onde deve ser
realizada uma completa anamnese, preparar o
cliente para o exame, realizar a técnica da
coleta propriamente dita, ser capaz de
perceber intercorrências, observar a
necessidades de se realizar encaminhamentos
e ao final da consulta enfatizar a importância
do retorno em tempo adequado. Durante a
realização do exame é necessário criar um
vínculo com o paciente para que a consulta se
torne mais humanizada e para que a cliente se
sinta mais a vontade.
De acordo com Carvalho et al, (2008) e
Oliveira et al, (2010), a consulta de
enfermagem também foi referida com a
consideração de ter um importante momento
para se realizar o exame, além de ser uma
oportunidade propícia para fortalecer o
vínculo entre a mulher e o profissional.
Embora existam dificuldades para realizar
esse procedimento, especialmente na atenção
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primária, sua implementação tem relevância
inconteste em variados aspectos do cotidiano
da assistência de enfermagem e ainda, facilita
as atividades educativas individuais.
Dessa maneira, deve ser capaz de desenvolver
ações voltadas para os indivíduos
assintomáticos, buscando assim prevenir o
câncer conforme prevenção primária, ou seja,
controlando a exposição aos fatores de risco e
realizar o rastreamento adequado para
detecção das lesões precursoras em fase
inicial como citado anteriormente. Mas, a
mais importante de todas as ações, é a
realização do diagnóstico precoce, que
engloba medidas de identificação de
indivíduos sintomáticos com câncer em
estágio inicial. Dessa forma, o conjunto
dessas ações é denominado detecção precoce
e resulta na positividade do tratamento
(PARADA et al, 2008).
Ainda de acordo com Parada et al, (2008), a
enfermeira (o) também tem um papel
relevante no acompanhamento de indivíduos
sob tratamento. As ações de cuidados
paliativos devem ser inseridas também na
atenção primária e envolvem um apoio
multidimensional (físico, espiritual,
psicológico, social e afetivo) aos indivíduos
portadores desta neoplasia e seus familiares.
Dessa maneira, cabe a este profissional dar o
suporte adequado e encaminhar a paciente e
seus familiares para o núcleo de psicologia
quando necessário.
Dessa forma, resumem-se as principais
funções dos enfermeiros da atenção básica
relacionados ao câncer de colo uterino:
conhecimento das ações de controle desta
neoplasia; planejamento e programação de
ações de controle com priorização dos
critérios de risco; vulnerabilidade e
desigualdade; tomar condutas éticas de acordo
com os protocolos existentes no que diz
respeito à promoção, prevenção,
rastreamento, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e cuidados paliativos; conhecer os
hábitos de vida, valores culturais e religiosos
da comunidade, para tornar o acolhimento
mais humanizado; valorizar os diferentes
saberes e práticas na perspectiva de uma
abordagem integral e resolutiva,
possibilitando a criação de vínculos com
ética, compromisso e respeito; desenvolver
atividades educativas sendo elas individuais e
coletivas; realizar acompanhamento do estado
de saúde das mulheres através das visitas
domiciliares, e principalmente, ser capaz de
trabalhar em equipe, integrando áreas de
conhecimento e profissionais de diferentes
formações, buscando dessa forma o
atendimento integral e a melhora da qualidade
de vida da mulher (PARADA et al, 2008;
BEGHINI et al, 2006; BELO HORIZONTE,
2008).
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CONCLUSÃO
Através dos estudos analisados percebe-se
que o câncer do colo do útero é um problema
de saúde pública, e mesmo que no Brasil
tenha um rastreamento para a realização do
exame preventivo, ainda não é eficaz. Neste
caso o comprometimento, qualificação e
responsabilidade das enfermeiras (o) é de
fundamental importância, já que estes
exercem uma função considerável nas equipes
de PSF. Somente a enfermeira (o) qualificado
pode garantir a realização da pratica desse
programa, por meio de elaboração de planos
específicos mediante as dificuldades
encontradas e criando novas atividades para
atrair maior numero de mulheres possíveis,
planos esses que podem ser: sala de espera,
orientações durante o exame preventivo,
retorno a unidade com resultado dos exames
solicitados, ressaltar a importância da
realização do exame conforme necessidade
e/ou fatores de risco e vulnerabilidade,
acompanhamento do indivíduo sob
tratamento, apoio multidimensional ao
paciente e familiar.
Os autores estudados relatam sobre a
prevenção dessa neoplasia, apesar de que ela
abrange todos os níveis de assistência, porem
é na unidade de saúde da família que se
realiza a maioria das ações de prevenção do
câncer de colo do útero. Essas ações vão
desde a captura das mulheres, identificando
fatores de riscos, as instruções sobre educação
permanente em saúde, consultas regulares de
acordo com o ministério da saúde, a
realização do exame e encaminhamento dos
mesmos, caso haja alterações ou
complicações.
Enfim, conclui-se que tudo que estiver
voltado para prevenção do câncer do colo
uterino, cabe as enfermeiras (o) a
movimentação, envolvimento e prática, tanto
no atendimento das clientes como nas
orientações para a realização regular do
exame preventivo conforme indicado,
lembrando-se sempre das ações educativas no
decorrer das consultas. Vale ressaltar que o
enfermeiro deve estar apto para trabalhar em
equipe, estar a frente das discussões e
intervenções a serem realizadas. Suas
temáticas devem ser apresentadas sempre
visando a melhoria da qualidade de vida da
mulher como também valorização e
reconhecimento pelo seu trabalho. Com essas
ações a enfermeira (o) colabora para que haja
o aumento no índice dos indicadores de saúde
e com isso o sucesso do programa de
prevenção a esta neoplasia.
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