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LEI 10639/03 DESAFIO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS

AFRO-BRASILEIROS NAS ESCOLAS

Autor:Osvaldo Alves de Araujo1

Orientador: Odinei Fabiano Ramos2

RESUMO

O presente artigo integra o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação e tem por objetivo, discutir os Desafios para Implementação dos conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nas Escolas. Tais conteúdos tem enfrentado várias dificuldades para se concretizar em todo o Brasil. No Paraná, embora ocorram uma serie de iniciativas, tanto do movimento social negro, quanto dos sistemas de ensino, o processo é muito lento. As razões que dificultam a referida Implementação são: falta de livros e materiais didáticos no interior das escolas, a formação inicial de professores devido a ausência de conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-brasileira e africana, bem como as construções ideológicas utilizadas para justificar o processo de escravização de africanos que ainda está presente na sociedade e nas escolas. Para a efetiva aplicação da Nova Legislação há necessidade de integração aos conhecimentos universais para a construção da autonomia intelectual dos estudantes, tendo em vista, a superação da desigualdade, superando o modo de produção vigente. Este projeto pretende contribuir a partir da análise das iniciativas do poder público, detectando as dificuldades e propondo alternativas para superação desta realidade. A implementação desse trabalho será realizada à partir do Colégio Estadual Hildebrando de Araujo, situado no bairro Jardim Botânico em Curitiba, que servirá como objeto dessa pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Lei 10639/03; Cultura Afro-brasileira; Conteúdo Programático.

1 Filosofia Política Moderna - UFPR, Filosofia – PUC-PR, C. E. Hildebrando de Araujo

2 Professor Adjunto na Fafipar – Paranaguá-PR

INTRODUÇÃO

O presidente da República sancionou a lei 10.639/03 em 09 de janeiro de

2003 que alterou a LDB e tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-

brasileira em todos os estabelecimentos de ensino da educação básica, nas redes

públicas e privadas.

O Conselho Nacional de Educação a fim de regulamentar a Lei aprovou o

parecer 03/2004, no dia 10 de marco de 2004, que instituiu as Diretrizes e

Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico-raciais e para o Ensino

de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Tal parecer propõe uma serie de ações pedagógicas para as escolas,

visando a implementação da lei.

O CEE-PR, em agosto de 2006 aprovou a Deliberação 04/06 que

estabelece, por exemplo, que cada Escola, cada secretaria ou departamento

constitua um grupo interdisciplinar para o acompanhamento da implementação da

nova legislação.

Apesar do avanço na legislação vigente no interior das escolas esta

realidade não se concretizou. Esta situação é constatada pelo MEC, que iniciou à

construção de um Plano Nacional para a implementação da Lei 10.639/03.

Podemos deduzir que as dificuldades de implantação residem na falta de

sensibilidade dos educadores, na invisibilidade ideologia do quadro de desigualdade

racial presente na sociedade brasileira, e ainda, na falta de sensibilidade dos

gestores dos sistemas de ensino.

A alteração da abordagem dada ao negro no currículo é uma reivindicação

antiga do movimento negro Militantes e intelectuais das relações étnico-raciais e a

educação. Evidente que a omissão de conteúdos sobre a historia da África e da

resistência dos negros escravizados no Brasil contribuíram e contribuem para uma

visão equivocada sobre a constituição da sociedade brasileira, sendo necessária tal

alteração.

Está omissão dos conteúdos leva ao reforço, na escola, da imagem da África

como um continente primitivo. Consequentemente, o negro é visto a partir da

escravização que vem com aquela visão dos mitos de inferioridade própria da

justificativa do porque se escravizou africanos. Ao não trabalhar determinados

conteúdos a escola contribui com o racismo presente no nosso país.

As ações como da Lei 10.639/03 contribuem para a superação de

construções ideológicas ainda fortemente presente nas escolas brasileiras, fazendo

necessário o enfrentamento das dificuldades para que a escola seja de fato

democrática.

_______________________

O termo discriminação racial, aqui utilizado, visa dialogar com a realidade, uma vez, que este conceito é presente de maneira decisiva na sociedade. Embora o conceito de etnia, supere o conceito de raça, este conceito não dialoga com o cotidiano, sendo uma reivindicação do movimento negro, o corte racial, como elemento presente no cotidiano das pessoas. Sendo assim este termo é utilizado aqui de forma proposital.

UNIDADE TEMÁTICA

Na perspectiva de que a escola é um espaço privilegiado para superação do

racismo, e entendendo que a luta para a superação deste, deve envolver todos os

educadores. Para tal torna-se fundamental o trabalho das equipes multidisciplinares

nas escolas para implementação da nova legislação que trata da história e cultura

afro-brasileira e africana.

O conselho Nacional ao Aprovar o Parecer 03/2004, que instituiu as

Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico Raciais e para

o Ensino de História e cultura Afro-brasileira e Africana, com vistas a subsidiar às

ações pedagógicas nas escolas e indicar ações a serem tomadas pelo poder público

para Implementação da Lei.

Inserir na sala de aula os conteúdos relacionados a África e ao Brasil

africano é a oportunidade para o combate ao racismo e a discriminação que

atingem negros e afro descendentes em nosso país. É sem dúvida a oportunidade

de desvendarmos nossa cultura, reconhecendo no outro uma ponte de nós mesmos.

Estudar a historia de metade da população brasileira que foi silenciada por séculos,

negada a sua contribuição para a humanidade, visto na maioria das vezes na

perspectiva da negação e inferiorização.

A preocupação com a educação das relações étnico-raciais tem tido

destaque no movimento social negro e a alteração da abordagem dada ao negro no

currículo é uma reivindicação antiga do movimento negro.

O I Fórum sobre o Ensino da História das Civilizações Africanas nas Escolas

Públicas, ocorrido em 1991, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro assim se

manifestou em um trecho do seu relatório final:

É antiga a preocupação dos movimentos negros com a integração dos assuntos africanos e afro-brasileiros ao currículo escolar. Talvez a mais contundente das razões esteja nas conseqüências psicológicas para a criança afro-brasileira de um processo pedagógico que não reflete a sua face e de sua família, com sua história a cultura própria, impedindo-a de se identificar com o processo educativo. Erroneamente seus ante passado são retratados apenas como escravos que nada contribuíram ao processo histórico

e civilizatório universal do ser humano. Essa distorção resulta em complexo de inferioridade da criança negra, minando o desempenho e o desenvolvimento de sua personalidade criativa e capacidade de reflexão contribuindo sensivelmente para altos indicies de evasão e repetência. (NASCIMENTO, 1993, p.1)

É necessário que a escola supere as construções ideológicas legitimadoras

do racismo, que foram elaboradas pela elite dominante para justificar a escravização

e o estabelecimento de novas relações sociais pós abolição.

As ideologias presentes se justificam sobre dois aspectos: “a ideologia da

dominação racial” e “o mito da democracia racial”.

O primeiro, para justificar a escravidão e o segundo, para omitir os reflexos

dessa escravidão para o negro brasileiro e o quadro das desigualdades raciais no

Brasil.

Segundo Chauí 1980, algumas determinações são importantes para a

compreensão da noção de ideologia . A primeira noção é seu caráter de autoridade,

que estabelece como se deve pensar , agir e sentir. A segunda determinação, é o

fato de estar a serviço da classe dominante, são reflexo do ponto de vista de uma

classe, aquela que domina as relações sociais. Visa ocultar a divisão da sociedade

em classes.

Os colonizadores e, depois, a recente elite capitalista brasileira utilizaram-se

de uma série de ideias para justificarem a escravidão de africanos, bem como para

manterem os negros à margem das novas relações sociais oriundas do trabalho

livre. A ideologia de dominação racial é gestado com objetivo de justificar a

escravidão e para justificar o método de administração de escravos. Fora isto, esta

vem compor as bases para as teorias que propunham a necessidade do

embranquecimento da população negra brasileira.

Para justificar a escravidão índios e negros deviam ser compreendidos como

seres inferiores e não civilizados.

O processo ideológico de dominação faz com que os próprios negros

acreditam em determinadas falácias ideológicas, como, por exemplo, a de que o

negro foi escravizado no Brasil porque era mais dócil do que o indígena, ou o que o

final da escravidão no Brasil deu-se em virtude, da ação da Princesa Isabel.

O mito da democracia racial, foi sem dúvida, a constituição de uma história

oficial onde as lutas de resistência dos negros à escravidão e as revoltas foram

reduzidas e caracterizadas.

Ao omitir conteúdos em relação à história do país, relacionado a população

negra ao omitir contribuições do continente africano para o desenvolvimento da

humanidade e ao reforçar determinados esteriótipos a escola contribui fortemente

para a constituição de uma ideologia de dominação étnico racial.

Em vários livros didáticos o negro é apresentado com tons de inferioridade.

Para Silva ( 2005 p.25) a escola tem a tarefa de superar a situação.

A cultura afro-brasileira e africana não deve ser tratada de maneira

folclorizada, evitando repetir modelos ou reforçar esteriótipos. Fazer abordagens

equivocadas poderá ser desastroso;

O resgate da memória coletiva e da historia da comunidade negra não interessa apenas aos alunos de ascendência negra (...) Alem disso, essa memória não pertence somente aos negros. Ela pertence a todos, tendo em vista que a cultura da qual nos alimentamos cotidianamente é fruto de todos os segmentos étnico que, apesar das condições desiguais nas quais se desenvolvem, contribuíram cada um de seu modo na formação da riqueza econômica e social e da identidade nacional (MUNANGA, 2004,P.18)

Desenvolver na escola os conteúdos da História e Culturas Afro-brasileira e

africana, explorando as dificuldades que estão postas tanto na sala como na

sociedade é possibilitar a reflexão crítica, o pensar do aluno à partir do seu lugar, de

suas experiências de vida, de suas lutas diárias, construindo saberes escolares

necessários a formação do homem, do cidadão e do trabalhador.

A educação deve ajudar os alunos a reconhecerem e valorizarem a

diversidade humana e suas diferenças. Devam aprender que as diferenças não

significam ameaças e que todos são iguais, de acordo com a Constituição Brasileira,

independente de raça, cor, etnia, sexo ou orientação religiosa.

A partir da organização da Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual

Hildebrando de Araújo buscamos implementar ações direcionadas à Educação das

Relações étnico-raciais e ao Ensino de história e Culturas Afro-brasileira, Africana e

indígena, bem como ações de enfretamento da discriminação étnico-racial no

ambiente escolar, em conformidade com a Lei 10639/03 e a Del. 04/06 (CEE-PR).

Desenvolver um espaço permanente de estudo e debate sobre a temática

que a legislação torna obrigatória, orientando professores para elaboração e ou

revisão dos Planos de Trabalho docente à partir da inserção da Educação das

Relações étnico-raciais, relacionando as temáticas com os conteúdos específicos de

cada componente disciplinar.

Propor conteúdos a serem desenvolvidos nas diversas disciplinas propicia o

resgate e a valorização da cultura afro-brasileira como proposto no estudo das

Diretrizes das relações étnico- raciais proposta pelo Conselho Nacional de Educação

(CNE).

Pesquisar e selecionar materiais para subsidiar o trabalho pedagógico das

diversas disciplinas disponibiliza ao coletivo escolar um acervo permanente e

atualizado na biblioteca e na sala de multimeios, que promoverá reflexões e

debates relacionados ao racismo e preconceito, bem como políticas públicas e

ações afirmativas de combate a estas práticas e representações sociais.

Compreender as condições históricas que produziram a extrema

desigualdade em que vive a população negra do Brasil é um ponto de partida, mas é

também igualmente necessário como manifesto a Del. 04/06 do Conselho Estadual

de Educação do Paraná.

Portanto, devem os professores, ao tratar da História da África e da presença do negro no Brasil, fazer abordagens positivas, sem deixar de tratar do sofrimento provocado pela escravidão mas não se limitando a esse momento. Devem, antes, realçar a luta dos escravos contra o cativeiro, a contribuição do negro em todos os campos da cultura brasileira, no passado e no presente.

Da mesma maneira, devem os professores tratar da áfrica antes da diáspora; dos conhecimentos e arquitetura, navegação, medicina, ciência, filosofia, matemática, geometria, agricultura, utilização do ferro, etc. e também da áfrica atual, sempre visando a que o aluno

negro-descendente mire-se positivamente, quer pela valorização da historia do seu povo, quer pela contribuição atual ao pais e à humanidade.

Os negros no Brasil, desde a abolição da escravatura, nunca tiveram as

mesmas oportunidade de educação, emprego, condições socioculturais que os

brancos, haja vista que a maioria esmagadora da população é pobre, vivendo em

condições de miserabilidade e nível educacional muito precário.

Algumas iniciativas, fruto da luta do movimento social negro, visam combater

esse quadro que consistem nas ações afirmativas sendo estas políticas

compensatórias; que são utilizadas para aliviar e remediar as condições que são

impostas às pessoas que fazem partes de determinados grupos que foram afetados

no passado com a discriminação. Como afirma a professor Antonio Sergio

Guimarães:

As cotas foram, até agora, o único mecanismo encontrado por algumas

universidades brasileiras para reverter o difícil acesso de negros e pobres as

universidades públicas. É uma iniciativa corajosa e só dentro de alguns anos

poderemos avaliar se realmente cumpri a sua finalidade. As piores opções são não

fazer nada ou querer nos fazer crer que esta tudo bem, ou que as cotas

representam um grande perigo para a cultura brasileira, para as relações raciais no

Brasil, para o futuro da humanidade.

As cotas são uma forma de proporcionar maiores chances a essa

população, que na maioria das vezes conseguiu concluir o ensino médio com força,

raça e coragem, de ingressar no nível superior.

No Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual

Hildebrando de Araújo que foi construído à partir de varias reuniões com o corpo

docente desta instituição de ensino, elaborou-se algumas estratégias de ação para

implementação da Lei. 10639/03 que tem por objetivos específicos:

- Desenvolver espaço permanente de estudo e, debate sobre a Educação

das Relações Étnico-raciais e Ensino de História e cultura Afro-brasileira, Africana e

indígena entre os membros da Equipe multidisciplinar.

- Analisar a legislação pertinente às temáticas, entre elas:

a) A Lei 10639/03, Estatuto da Igualdade Racial;

b) A Lei 12288/2010;

c) Deliberação 04/2006 CEE;

d) Parecer 03/04 CNE;

e) Plano Nacional de Implementação DAS Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Educação das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e

cultura Afro-brasileira e Africana;

f) Resolução 01/04 CNE/CP

g) Resolução 3399/2010-GS/SEED das Equipes Multidisciplinares;

h) Instrução 010/2010-SEED/2010 Equipes Multidisciplinares.

Orientar os professores para elaboração do Plano de Trabalho Docente a

partir da inserção da Educação das Relações Étnico-raciais, relacionando as

temáticas com os conteúdos especifico de cada componente disciplinar.

Analisar e combater possíveis situações de discriminação étnico-raciais na

escola na comunidade local.

Analisar materiais didáticos utilizados pela escola, identificando a

inserção dos conteúdos da ERER.

Implementar na comunidade escolar, ações de pesquisa, desenvolvimento e

aquisição de materiais didáticos diversos que respeitem, valorizem e promovam a

diversidade cultural e a ERER, subsidiando as práticas pedagógicas.

Abordar a temática étnico-racial como conteúdo multidisciplinar e

interdisciplinar durante todo ano letivo, promovendo momentos e espaços para

debates, exposições, palestras, danças e outras manifestações planejados pela

comunidade escolar; estes conteúdos a serem desenvolvidos na perspectiva do

resgate e da valorização da cultura afro-brasileira, africana e indígena, com base no

estudo das Diretrizes Curriculares das Relações Étnico-raciais proposta pelo

Conselho Nacional de Educação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os livros didáticos estão repletos de estereótipos, como relação a História do

Brasil, o negro aparece como primitivo, como povo escravizado, como coitado,

miserável e quando rebelde são tratados como derrotados.

A África é apresentada como lugar atrasado, primitivo.

Com o advento da Lei 10639/03 cabe aos professores e professoras

recuperar a África, sua contribuição nos mais diversos aspectos, revertendo o

quadro secular que foi construído de visão daquele continente. Mais isto exige

preparação, estudo, leituras e pesquisas.

As situações de discriminação ocorrida dentro das escolas são frequentes. É

comum fingir que não viu. Esta atitude favorece o agressor e cria um clima de

impunidade e de conivência, levando o agredido, mais uma vez ao caminho da

busca da invisibilidade, da negação, da dificuldade no processo de aprendizagem,

da recusa em ir à escola e por fim a evasão.

O movimento social negro tem alcançado várias vitórias na implementação

de políticas públicas para diminuir as desigualdades raciais no Brasil e no último

período com o advento da Lei 10639/03 e seu consequente desdobramento para

todo Sistema de ensino, mais o caminho é longo, a luta é diária para que todos

possam se constituir como cidadãos autônomos, críticos e participativos.

O grupo de educadores participantes da Equipe multidisciplinar,

desenvolveram vários conteúdos, contemplados pela “nova” legislação. Os cadernos

Temáticos publicados pela SEED-PR auxiliaram no desenvolvimento de temas

relacionado as disciplinas. Porém tais conteúdos e materiais didáticos pedagógicos

pela sua ausência na escola dificultam o trabalho.

Outro ponto que podemos destacar se refere a formação inicial dos

educadores, que conhecem superficialmente os conteúdos relacionados ao

continente africano, o que se constitui em um entrave, sendo necessário, um tempo

de estudo e preparo para que efetivamente esta legislação se concretize. Porém se

essa legislação não ganhar o coração dos educadores, no sentido do compromisso

dificilmente se concretiza no chão da escola.

O Colégio à partir da Sistematização do Trabalho da Equipe Multidisciplinar

se constituiu em um trabalho de apoio ao corpo docente para inclusão dos

conteúdos de história e cultura afro-brasileira no currículo escolar.

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Relatora: Petronilha Beatriz Gonçalves. Ministério da Educação. Brasília, julho de

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