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Agenda Cultural do Recife - dezembro 2015

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pprefeitura do recifePrefeito do Recife Geraldo JúlioVice-prefeito do Recife Luciano SiqueiraSecretária de Cultura Leda Alves

Fundação de Cultura Cidade do RecifePresidente Diego Rocha

Gerente Geral de Administração e Finanças: Edelaine BrittoGerente Geral de Ações Culturais e Infraestrutura Sílvio Sérgio DantasGerente de Desenvolvimento e Descentralização Cultural Iana Cláudia Marques

Agenda CulturalEditor Manoel ConstantinoRepórteres Anax Botelho, Erika Fraga e Jaciana SobrinhoEquipe Gerencial Christina Simão e Jacqueline Moraes Versão online Jacqueline MoraesProjeto Gráfico Estúdio Vivo | Fernanda Lisboa e Matheus BarbosaDiagramação Lúcia Rodrigues

Impressão São Mateus Gráfica LtdaTiragem 15.000 exemplares

Cais do Apolo, 925, 15º andar, Bairro do Recife Recife-PE CEP 50030 230Telefone 81 3355 8065 Fax 81 3355 [email protected]/agendaculturalwww.agendaculturaldorecife.blogspot.comTwitter @agendaculturall

Programação sujeita a alteração. Por favor, confirmar.Sugestões de pauta devem ser enviadas até o dia 15.

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Dezembro. Nos quintais do Recife, as man-gueiras prosperam em frutos e o sabor das man-gas maduras provoca a alegria da meninada e nos traz a imagem daqueles rostinhos lambuza-dos de satisfação.

Assim esperamos que neste mês de dezembro possamos abrir os nossos sorrisos para o encer-ramento de mais um ano, comemorando com nossas famílias e amigos o nascimento do Cristo, renovando esperanças para que possamos conti-nuar a acreditar nos nossos sonhos de paz e amor.

E para brindar o ano novo que se aproxima, a nossa capa traz guirlandas ou como são conheci-das, coroas de Natal. Um dos símbolos do ciclo na-talino, a guirlanda tem origem ainda na época dos gregos pagãos quando essas coroas eram colocadas nas portas de entrada como um adorno de chama-mento aos deuses, num sinal de boas-vindas.

Já na Roma Antiga, um ramo de plantas en-rolado no formato de coroa era um voto de saú-de. Posicionando-a na porta de casa, significava saúde para todos os habitantes.

Um pouco depois, na Idade Média, a sua rela-ção com o Natal ainda não era muito forte. Tam-bém como símbolo de boas-vindas, era exposta na porta dos lares durante o ano inteiro com o brasão familiar. Além disso, ela servia de prote-ção contra bruxas, demônios e má-sorte.

Enfim, as guirlandas carregam um significa-do bom e é por isso que desejamos para todos nós o que elas simbolizam: paz, prosperidade, evolução e recomeço. E que, dentro de cada um de nós, haja também esse desejo de decorar o espírito com ornamentos feitos de amor, fé, bon-dade, mansidão, misericórdia, coragem e alegria.

Manoel ConstantinoEditor

Conexão

Ciclo Natalino

Entrevista

Sabores do Recife

Por trás das cortinas

Artes Cênicas

Canto Daqui

Música

Circulando

Perfil do Artesão

Artes Visuais

Cinema e vídeo

Moda

Giro Literário

Cursos e Concursos

Serviços

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CON

EXÃ

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Por: Anax BotelhoFotos: Divulgação

Arte, educação e profissionalismo na música para o público infantil

Na infância, as cantigas de roda são, geralmente, os primeiros contatos das crianças com a música. Estas can-ções populares, tão diretamente relacionadas com as brin-cadeiras de roda, enquanto pilares do folclore brasileiro, podem ser creditadas como a origem e a inspiração para as atuais produções musicais voltadas para as crianças. Ago-ra, com as constantes transformações da sociedade, a re-alidade musical infantil ganhou outros elementos, devido à popularização do estilo e inserção de vários artistas na vida do público mirim. Com isso, a música, com todo seu poder estético, começou alcançar este público de forma profissional, trazendo valores artísticos bem definidos.

Cada dia mais espaços abrem as portas para a música infantil

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Para as crianças, assim como para os adultos, a músi-ca dá ritmo aos dias e se torna a grande trilha sonora de momentos de suas vidas. Mas a produção hoje exige muito mais preparo e cuidado, desde a criação das músicas até as grandes apresentações, sendo o quesito que mais difere das tradicionais cantigas, em que a simplicidade das letras cheias de rimas, repetições e trocadilhos ditavam a regra.

No Recife, conjuntos musicais voltados para as crianças estão surgindo, se profissionalizando e ganhando cada dia mais espaço, tanto em eventos exclusivos, como em shows, apresentações em livrarias, teatros, até em eventos privados como festas de aniversário, e outros. Tudo acompanhando de uma intensa produção artística de álbuns, DVDs, além de pesquisas, estudos e comprometimento com o crescimento desses pequenos ouvintes através de melodias trabalhadas e letras educativas, culturais e de um bom entretenimento.

Enquanto destaques na Cidade, alguns nomes aparecem, tais como Cordelândia – que une música, poesia e contação de histórias em cordel nos ritmos pernambucanos como mara-catu, coco, caboclinho, ciranda, forró e frevo; as Fadas Magrinhas – com sua música para “pular, dançar, sorrir, cantar, birrar”, como define a conta-dora de histórias, cantora e locutora, apaixonada por livros infantis Carol Levy; Tio Bruninho – que através da sua vivência como professor observou a necessidade de uma produção musical para o público mais novo; além de outros grupos como Mini Banda Rock Infantil, A Bandinha, etc. Os motivos para o surgimento dos grupos são bem diversos. “A Banda do Tio Bruninho surgiu dentro da sala de aula, dentro da própria escola. Sou formado em Licenciatura em Música e tenho espe-cialização em Metodologia do Ensino da música e atuo há dez anos como professor de música da educação infantil”, diz o Tio Bruni-nho. Com uma história semelhante, as Fadas Magrinhas também passaram a produzir música infantil a partir das salas de aula. “Fui professora de músi-

Música e literatura nas apresentações

do CordelândiaFoto Idi Oli

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ca durante 10 anos e em sala de aula comecei a sentir necessidade de apre-sentar um pouco da nossa cultura e dos nossos ritmos. Mas não encontra-va material acessível. Então comecei a gravar coisas em casa e levar para as aulas. Foi quando me ocorreu de convidar Aninha para fazermos um trabalho voltado para a cultura e a infância. Ela topou na hora e entrou

de cabeça no projeto. Desde então, nos deliciamos nesse universo especial e encantador e juntos com Hugo Linns, Publius lentúlus e Ricardo Fraga temos levado nossos sons e nossas músicas por onde passamos”, lembra Lulu, uma das fadas magrinhas. Tendo sempre em destaque a diver-são e formação cultural das crianças, o grupo Cordelândia surgiu para criar uma alternativa mais ligada à cultural regional. “O projeto surgiu primeiramente pelo desejo de proporcionar a esse público tão especial, música e litera-tura de qualidade. Somos mães e tias e sentíamos falta de produções feitas especialmente para os pequenos. Como já atuávamos na música e na literatura, mergulhamos no universo infantil para mostrar ao grande público nossa cultura popular”, afirma o grupo.

Com todo cuidado natural que uma produção musical deve ter, neste cenário, o despreocupado universo infantil norteia a produção artística dos adultos. “O pensamento que está à frente de qualquer decisão é a reação das crian-ças: ‘será que isso vai funcionar? Eles vão mesmo gostar disso?’. Tudo gira em torno do universo delas”, diz Carol Levy ao refletir sobre sua produção, que vai desde pesqui-sas, experiências com o filho e o marido Carlinhos Borges, que é músico, até a sua equipe de músicos, figurinistas,

artistas plásticos, atores-dançarinos, produtores, iluminadores, que reali-zam as apresentações com ela. “Te-mos esse critério, pois é assim que gostamos de fazer e sabemos que os nossos pequenos merecem e precisam conhecer conteúdo de qualidade des-de cedo.”, completa Carol. Já as Fadas Magrinhas falam de outro ingrediente

Tio BruninhoFoto Divulgação

Carol Levy em apresentaçãoFoto Tiago Calazans

Foto Chico Barros

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importante na música delas, a pró-pria memória infantil da dupla. “Nosso ponto de partida é sempre o que temos na bagagem, o que fez e faz parte da nossa história. Algumas das coisas mais ricas de nossas vidas são as vivências que tivemos na infância. Nesse senti-do, as festas populares e seus ritmos são lembranças que fazem parte de um lugar mágico, elas são o motor do nosso trabalho, e foi desse lugar que nasceu nossa paixão por música”, diz Lulu. Resultado de tantas vivências e da exploração de um universo tão plural e repleto de desco-bertas e aprendizados, as temáticas são pontos bastante va-lorizados e explorados na música infantil. “Além dos temas que retratem as alegrias, descobertas e delícias do universo infantil, buscamos apresentar de uma forma intensificada a importância da arte, da cultura popular com seus brin-quedos, ritmos e brincadeiras, da sustentabilidade e amor à natureza, do respeito às diferenças, à cultura indígena e afro-brasileira”, aborda o grupo Cordelândia.

Além da música e histórias, as crianças e suas singu-laridades são as grandes motivações para esses artistas e, de fato, educadores. Entre as principais característi-cas do público e do cotidiano do trabalho, os conjuntos sempre apontam a sinceridade como o grande destaque. “A criança é extremamente exigente, plural e inusitada. Muitos acham que fazer trabalho para o público infantil é tarefa simples. Mas ao contrário do que se imagina, as crianças possuem bastante senso crítico e são extrema-mente sinceras. Por isso, apresentar um trabalho voltado para os pequenos é tarefa que exige cuidado, respeito e pesquisa”, diz Lulu das Fadas Magrinhas. Para Tio Bruni-nho, este também é um dos destaques dos pequenos. “A maior delas, sem dúvidas é a sinceridade. Se o show não está interessante, elas viram de costas e vão embora. Por outro lado, se gostam do seu trabalho, querem ser você, se vestem como você e até mesmo colocam toda a família sentada no meio da sala para fazer um show igualzinho ao que ela viu”. Já Carol Levy reflete sobre a preparação no encontro com as crianças. “Quando vamos nos comu-

Fadas MagrinhasFoto Beto Fegueiroa

Fadas MagrinhasFoto Flora Pimentel

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nicar com uma criança, precisamos nos conectar a elas. As crianças funcionam noutro espectro, bem diferente e muito mais interessante que os adultos. Elas enxergam as coisas de forma muito mais simples e literal que a gente. Quando vamos desenvolver algo para elas, não podemos tirar isso da cabeça. Partindo desse pressuposto, a gente cria uma letra falando a língua delas, tentando enxergar a vida como elas”, diz.

Sobre a qualidade e o profissionalismo desses artistas apaixonados pelas crianças, é certo afirmar que o trabalho desenvolvido segue todos os quesitos técnicos especializa-dos e estéticos em sua construção. Até para os padrões de qualquer adulto nos dias atuais. “Temos o maior respeito e admiração pelas crianças e por isso nos esforçamos muito para apresentar um trabalho cuidadoso e musicalmente bem elaborado. Infelizmente, há situações em que a crian-ça é um alvo fácil do Mercado. O que abre precedentes para trabalhos de cunho comerciais. Nesse sentido, tenta-mos nos distanciar dessa visão. Para a gente, criança não é mercado, é  fonte de ensinamento e chave fundamental para um futuro melhor.”, reflete as Fadas Lulu e Aninha. No mesmo pensamento, Carol Levy segue baseando o seu trabalho. “Acho que o grande ponto é o seguinte: se não queremos nossos filhos nos alimentando mal para terem uma saúde ruim no futuro, se queremos que eles leiam bons livros para desenvolverem o senso crítico dignamen-te, também temos que ter o mesmo cuidado com o que nossos filhos ouvem, senão eles também se tornarão adul-tos ouvintes de tantas músicas de baixo calão que vêm sendo consumidas pelos jovens e adultos. Se não podemos ser displicentes com o que os nossos filhos comem, tam-bém não podemos ser displicentes com o que nossos filhos ouvem.”, diz. O Cordelândia consegue definir bem a dedi-cação desses tantos profissionais. “Trabalhar com arte já é algo mágico e quando a arte é uma forma de contribuir na formação de futuros cidadãos e nos permite uma comuni-cação com as crianças é ainda mais especial”.

Os grupos garantem que não descansam. Estão sempre trabalhando em algo novo, seja um show, CD ou DVD. O Tio Bruninho lançou recentemente DVD Tio Bruninho – O Show e ainda conta com dois CDs no currículo – Canções do dia, que vendeu mais de oito mil cópias e Arraial do Tio Bruninho;

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as Fadas Magrinhas com um álbum que contém relevan-tes participações especiais, tais como: Naná Vasconcelos, Marcelo Jeneci, Chico César. Além de dois clipes lançados, já planeja o seu segundo álbum e primeiro DVD. Carol Levy também lançou recentemente o CD Cantabicho, que gerou um DVD ao vivo com lançamento previsto para o início de 2016. Já o Cordelândia, com um EP disponível para download na internet, está em estúdio gravando o primeiro álbum, além de diversas outras iniciativas.

Em um dos espaços mais comuns e presentes na vida moderna, a tele-visão e a internet também têm pro-duções recifenses de música infantil. Um exemplo disto é o Mundo Bita, que ocupa espaços em aplicativos, televisão e internet com sua música. “O conteúdo Mundo Bita é, acima de tudo, musical. Os nossos clipes são coloridos e visualmente bem traba-lhados, mas se não houvesse a músi-ca, estariam incompletos. Para nós, a música é o alicerce de todo o traba-lho“, diz o sócio do projeto João Hen-rique. O personagem mais ligado ao mundo virtual também se apresenta fisicamente por todo o Brasil. E como João Henrique faz questão de afirmar, sempre levando uma mensagem mais educativa. “As crianças captam tudo e assimilam conceitos e ideias com muita facilidade. Elas também costumam reproduzir o que observam. Por isso, o bom exemplo é tão importante. A educação precisa ser moderna, em harmonia com os conceitos sociais e cultu-rais de hoje. Por exemplo, hoje a sociedade não pode ad-mitir o machismo, nem a violência, nem a discriminação, nem o mau trato à natureza”, conclui.

A importância desse trabalho desenvolvido se estende para além do entretenimento, contemplando a educação. Inclusive, a educação musical, como reflete a professora do Centro de Educação Musical de Olinda (Cemo), Fátima Marinho, a Palhaça Pipoquinha. “Como diz Paulo Freire,

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a aprendizagem é recíproca entre quem ensina e quem recebe o ensi-namento. Faz-se preciso estimular a criatividade musical, fazer música, tocar, cantar, dançá-la, representá-la, analisar, avaliar... processos infinitos é o saber”. Sobre seus métodos de ensi-no e estimulo, Fátima é bem clara. “O meu objetivo é facilitar, é estimular a participação das crianças, é propiciar meios para que elas gostem... amem a música. E, para mim a aprendizagem deve ser holística, ou seja, tocar, can-tar, identificar as notas... Não dá para fazer só teoria... ou só a prática. Preci-samos conectar o que fazemos... com reflexões sobre os significados e con-teúdos não perceptíveis da música”. Fátima também preside uma organi-zação não governamental (ONG) com

o mesmo nome artístico que adotou, Palhaça Pipoquinha. O primeiro trabalho musical realizado pela organização foi o Pipoquinha, Musical Infantil, que aborda temas so-bre a natureza, o folclore brasileiro, as etnias indígena e a africana, além de explorar assuntos como a construção de amizade, o carinho e alegria dentro de sala de aula, entre os anos de 1975 a 1990 – atualmente material didático na cidade de Olinda.

O trabalho desses profissionais, a dedicação desses artistas, a educação e arte na vida das crianças, torna a música infantil um espaço essencial no desenvolvimento da sociedade. O Recife a cada dia valoriza e produz e, com isso, crianças são inseridas no universo das artes e da cultura, tendo a oportunidade de usufruir de trilhas

sonoras feitas especialmente para elas. Certamente, a con-tribuição destes artistas mágicos ficará marcada na forma-ção destas pequenas pessoas, por muitos anos suas vidas. Sempre com lembranças felizes, melodia, cores e ótimas mensagens.

Cemo

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Ciclo Natalino do Recife terá cantatas, folguedos populares e espetáculos teatrais.

As luzes do Natal anunciam as comemorações do Ciclo que celebra o nascimento do Menino Jesus e a Prefeitura do Recife, através das Secretarias de Cultura, Turismo e La-zer, e Fundação de Cultura Cidade do Recife, preparou uma programação especial para o mês de dezembro. Cantatas, pastoris, reisados e os espetáculos “Natal para Sempre”, “O Baile do Menino Deus” e fazem parte da agenda. Em 2015, a Prefeitura homenageia o Boi Matuto da família Salustia-no e o Mestre Cirandeiro João da Guabiraba.

As apresentações artísticas começam no dia 6 de de-zembro com a Cantata Natalina da Praça da República, uma parceria entre o Governo do Estado, Poder Judiciário e Legislativo, e Prefeitura do Recife. Nos dias 18, 19 e 20, a

Foto Andrea Rego BarrosCena do Natal para sempre 2014

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Av. Rio Branco se transformará num terreiro para as tra-dicionais brincadeiras de Natal. Bandas, pastoris, mamule-gos, cirandas e cavalos marinhos se revezarão em apresen-tações que privilegiarão os folguedos da Cultura Popular.

No dia 19 de dezembro, começa a série de seis apre-sentações do espetáculo “Natal para sempre” no Parque Santana. Encerrando a programação natalina de 2015, o es-petáculo “Baile do Menino Deus” que, este ano, chega a sua 12ª temporada no Marco Zero.

DecoraçãoO natal visto sob o olhar de uma criança. Esta é a pro-

posta da Prefeitura do Recife para a decoração natalina 2015. O projeto, idealizado pela equipe da Gerência Geral de Arquitetura e Engenharia da Fundação de Cultura Cidade do Recife, conta com um corredor composto por uma cor-tina de luz branca, montado sobre a alameda, se tornando num túnel por onde os pedestres poderão passear. Nas árvores que ficam ao longo da Av. Rio Branco, refletores de luz verde estarão instalados realçando a beleza das copas e fazendo o contraponto a luz branca dos leds.

A árvore de natal com 14 metros de altura marca este ano a entrada da Avenida Rio Branco, próximo às margens do Rio Capibaribe. Decorada com luzes, ela traz esferas amarelas com luz pisca, numa alusão às árvores que são montadas nos lares. Na saída da Rio Branco para a Av. Al-fredo Lisboa, próximo ao Marco Zero, o público encontrará um presépio montado, onde esculturas de cerâmica feitas em tamanho natural relembram a cena do nascimento de Jesus na manjedoura.

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Cantata da Praça da RepúblicaNuma iniciativa inédita e integrada, a Prefeitura do Recife, em parceria com o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e a Assembleia Legislativa de Pernambu-co (Alepe), vai celebrar, no dia 6 de dezembro, a união e o desejo de um final de ano feliz na Cantata Natalina, que vai ocorrer na Praça da Repúbli-ca. O espetáculo vai proporcionar a apresentação de reisados e pastoris e, em seguida, a programação continua, distribuída em três palcos, iniciando as apresentações na frente do Palácio da Justiça de Pernambuco, depois em frente ao Teatro de Santa Isabel, e en-cerrando no Palácio do Governo.

Entre as atrações estão a Orquestra e Coral Criança Cidadã, a Banda Sin-fônica e Coral Cidade do Recife, além dos Corais e Orquestra de Câmara do Conservatório Pernambucano de Mú-sica e da Assembleia Legislativa. Para complementar a beleza da festa, a Praça da República estará iluminada de forma especial, e terá ainda um presépio, além da fonte em funcio-namento. Todos os portões de acesso à praça estarão abertos, e todos os equipamentos que vão sediar o espe-táculo, localizados no entorno da praça (o Palácio do Campo das Princesas, o Palácio da Justiça e o Teatro Santa Isa-bel) também estarão com iluminação temática, compondo a decoração geral da Cantata.

Natal para SempreO espetáculo será novamente encena-do este ano no Parque Santana, entre os dias 19 e 27 de dezembro, sempre às 19h. O cenário será uma enorme caixa de presente enfeitada com fita. E o enredo tem como fio condutor a história da menina que encontra um livro mágico. Ao folheá-lo, ela dá vida a seres fantásticos: personagens de histórias infantis clássicas, como Pi-nóquio, Peter Pan, João do Pé de Feijão, bailarinas e soldados de chumbo, que resgatam o valor do Natal e lembram a importância dos sentimentos que a festa evoca, como o amor ao próximo e a solidariedade, valores que urgem em tempos de tanta violência no mundo.

Gratuita e a céu aberto, a encenação dura, em média, 40 minutos. E será encenado nos dias 19, 20, 24, 25, 26 e 27. O musical, concebido pela bailarina Andréa Carvalho, será encenado por um corpo de 17 bailarinos. A coreo-grafia é de Marcelo Pereira e Heloíza Duque; a direção artística e cênica, de Gabriel Gracindo; a produção geral e

Cena do Natal para sempre 2014 Foto Andrea Rego Barros

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coordenação executiva são de Fabiana Maciel; a direção musical leva a assina-tura de Antonio Mariano; a cenografia é de Fabiana Maciel e Vitor Barros; e os figurinos e maquiagens são de autoria de Flávio Hyeli.

12º Baile do Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal23, 24 e 25 20hPraça do Marco ZeroBairro do RecifeEntrada franca.Mais informações: (81) 3226 2366 (Relicário Produções).Uma verdadeira ópera popular de rua, vista por mais de 60 mil pessoas a cada nova edição como principal atração cênica do Natal de milhares de famí-lias que frequentam a praça do Marco Zero, no Bairro do Recife.

No enredo, dois Mateus, juntos a um grupo de crianças, tentam abrir uma porta para celebrar o nascimento do

Menino Jesus, com o consentimento de Maria e José, em meio à aparição de personagens fantásticos como o Anjo Bom, o Jaraguá, a Burrinha Zabi-lin e a Ciganinha. No elenco, Sóstenes Vidal, Arilson Lopes, Zé Barbosa, Isa-dora Melo, além dos cantores solistas Silvério Pessoa, Jadiel Gomes, Surama Ramos e Virgínia Cavalcanti. Um grupo de 11 bailarinos também participa, com destaque para Juliana Siqueira, Inaê Sil-va e Jáflis Nascimento. Toda a trilha sonora é executada ao vivo por orques-tra (14 instrumentistas), coro adulto (13 cantores) e infantil (12 crianças, com supervisão de Célia Oliveira).

Brincadeiras de NatalAv. Rio Branco18 18h MESTRE DE CERIMONIA

Orquestra (Cortejo)

Cortejo de Pastoris (10)

Banda Sinfônica do Recife

Pastoril Giselly Andrade

Cavalo Marinho Boi Matuto

Ciranda Mimosa

19 17h MESTRE DE CERIMONIA

Banda da Base Aérea

Mamulengo do Mestre Zé Bel

Pastoril Estrela Brilhante de Água Fria

Balé Deveras

Pastoril Campinas Alegres

Reisado Imperial

Cavalo Marinho Boi Pintado

Guerreiro Sol Nascente

Baile do Menino Deus 2014foto Gianny Melo

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João Francisco de Almeida

João Francisco de Almeida (João da Guabiraba) nasceu em Aliança, no interior de Pernambuco. Entre os anos de 60 e 70 conheceu várias pessoas, músicos, e danças, principalmente danças populares, apreciando então o ritmo e o balanço da ciranda. Em 1972 fundou a CIRANDA MIMOSA do João da Guabiraba, sendo ele o músi-co e compositor. Participou de vários festivais realizados em Pernambuco e em 2001 da novela “Vidas Cruzadas” da Rede Record.

Boi MatutoO Boi Matuto é um dos brinquedos da Família Salus-

tiano. Se estivesse vivo, Manoel Salustiano Soares, Mestre Salu, estaria fazendo 70 anos. Durante toda a sua vida es-teve envolvido com diversas tradições. Foi um dos maio-res dançadores de Cavalo Marinho, sua grande paixão. Em 1968 criou seu Boi Matuto, do qual participam seus filhos e familiares. Na movimentação cultural dos anos 90, tornou-se um dos principais ícones da cultura no Brasil. Recebeu o título de doutor ho-noris causa pela Universidade Federal de Pernambuco e foi escolhido pelo Governo do Estado como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Foto Daniel Tavares | PCR

Foto Andréa Rêgo Barros | PCR

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Maria PagodinhoPor: Anax BotelhoFotos: Ítalo Santana

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Com 30 anos de carreira musical e 10 anos de sucesso com o Samba da Moeda, Maria Pagodinho conversa com a Agenda Cultural do Recife sobre sua história, projetos e sua paixão, o samba. Citando nomes importantes da cena musical da Cidade, a artista se torna uma aula viva sobre o ritmo mais popular e característico do Brasil.

Agenda Cultural: Maria Pagodinho, como surgiu seu interesse pela música?Maria Pagodinho: Desde a adolescência na escola, onde os amigos pediam pra eu cantar. Nessa fase, eu cantava samba e música popular brasileira, como Maria Bethâ-nia e Gal Costa. Em seguida fui chamada para conhe-cer o Pagode do Didi, onde tava acontecendo uma roda de samba que me deixou muito entusiasmada. Quando dei por mim, já estava cantando no Didi com o saudoso Mestre Gil – os dois me ensinaram muito que sei hoje. Daí, Mestre Gil me colocou para fazer apresentações

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17ENTREVISTA

com ele. Depois surgiu o Revolusam-ba, do pessoal do pagode do Didi, onde trabalhamos muito. Fui con-vidada para fazer um programa de televisão, onde o apresentador era o saudoso Geraldo Silva que quando ele me chamou, achou o nome Ma-ria muito simples para uma artista e, com o sambista Zeca Pagodinho estourado na época, me batizou com o nome: Maria Pagodinho.

AC: Seu nome é Maria Pagodinho, mas como você define a música que faz?MP: Eu faço samba em geral. Mú-sicas de Beth Carvalho, artista que pessoas dizem que tenho uma voz muito parecida. Também faço Lecy Brandão, Zeca Pagodinho, Jorge Ara-gão, Toninho Geraes e todos que puxam roda de samba. Até músicas que não são originalmente samba, mas eu trago para o ritmo.

AC: Quais são suas maiores realizações como intérprete?MP: Eu tive o prazer de dividir o palco com muitas pes-soas. De participar do samba da aurora por dois anos com Ivone Lara, José Américo, Sombrinha, Rildo Hora, Dindon, Paulista do Pandeiro, Paulo Isidoro, grupos de samba que juntavam pessoas como Renato e Léo, Graci-nha do Samba, entre outros.

AC: São 30 anos de carreira, quais são os projetos futuros?MP: A produção do primeiro CD e, talvez, o DVD. Preten-do ir para outros lugares, outros Estados para apresen-tar meu trabalho fora de Pernambuco também.

30 anos de carreira e dedicação

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AC: O que é o samba para você?MP: O samba é uma das razões de viver. Quando minha vida profissional está bem, o pessoal também fica bem. O samba corre nas veias. Fico aguardando o momento de chegar a uma roda de samba, a um palco, para passar a alegria. O maior cachê são os aplausos do público.

AC: A Roda de Samba da Moeda, uma iniciativa sua, está completando 10 anos. Como surgiu esse projeto?MP: O Projeto Samba na Moeda, eu criei, mas o samba na Rua da Moeda começou com a Confraria do Sam-ba. Eu me apresentava às 1h da madrugada lá e a gente foi conquistando público. A partir disso, outros artistas participaram dessa roda de samba, entre eles: Neguinho da Beija-flor, Nelson Sargento, Belo Xis, Ramos Silva, Wellington do Pandeiro, Helena Cristina, Jorge Riba, Leno Simpatia, além de muitos outros que passaram e deram uma canja.

AC: Olhando esses 10 anos do Samba na Moeda, qual é sua relação afetiva com o projeto?MP: 10 anos não são 10 dias. Permanecer toda sexta-fei-ra e sábado e trazer amigos para compartilhar aquele momento para mim é muito gratificante. Ficarei muito

Referência no samba

pernambucano

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19ENTREVISTA

triste quando tiver que deixar, mas com alegria porque, com certeza, o que plantei foi uma coisa muito boa. Hoje no carnaval que faço, pessoas de outros estados do País procuram a Rua da Moeda todos os anos e isso é muito gratificante.

AC: Quais são os planos para o mês de novembro da Rua da Moeda?MP: A reunião dos comerciantes para a volta do samba. A prefe-rência é para que todos os comerciantes, como Nino, João, Reginaldo, participem da continuidade do Samba da Moeda.

AC: Qual é a importância desse projeto para o Recife?MP: É um espaço para divulgar o samba que muitas ve-zes é recriminado. Mostrar que é possível fazer samba e qualquer outro tipo de música nas ruas da capital.

AC: Como está o samba no Recife?MP: Existem artistas e espaços. Tem o pioneiro Pa-gode do Didi no centro, temos no Recife Antigo e na Zona Norte da Cidade. Sobre os artistas, têm muita gente boa que infelizmente não tem a valorização necessária ainda.

AC: Quais são suas grandes referências e influências? Quem você agradece por tantos anos de carreira?MP: Primeiramente Deus por ter me dado essa voz para conquistar tanta gente boa. Como referência, tenho Didi, do pagode do Didi, um patrimônio vivo. Vanda, do Refúgio da Vanda, Mestre Gil, que me ensinou, a Velha Guarda do Samba, Belo Xis, Ana Galamba, presidente do bloco Confete e Serpentina, entre outros.

Maria Pagodinho na Rua da Moeda

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DerbyQuem vive no Recife, ou já visitou, quase que cer-

tamente já passou pelo bairro do Derby. Localizado na Região Político-Administrativa 3 (RPA 3), o bairro está em uma área de extrema importância e de confluência da Cidade, além de ter ligações com avenidas movimen-

tadas como a Caxangá, Conde da Boa Vista e Agamenon Magalhães. Entre as construções, a Praça do Derby, idealizada pelo arquiteto Burle Marx, é o grande ícone, além do Quartel da Polícia Militar, Memorial de Me-dicina e o Hospital da Restauração.

É neste ambiente que, desde 1954, o Drive-in Derby, situado na Rua Barão de Goiana, 115, se tornou um símbolo da Cidade e patrimônio do

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Por: Anax BotelhoFotos: Ítalo Santana e Divulgação

Drive-in, símbolo do Derby

Praça do Derby

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bairro. Seu nome tem referência às corridas de carros que aconteciam ao redor da praça na sua origem, e também pelo atendimento que era realizado nos carros dos clien-tes. Hoje, o local ainda preserva a cultura de calçada, de rua, manten-do sua atmosfera como nos velhos tempos, sem perder o vínculo com a atual realidade e conjuntura. Para o proprietário Agostinho Oliveira, a descontração e interação do público no bar e com a rua são as características fundamentais do espaço. “Eu respiro o Drive-in. Minha vida”, diz Agostinho, ao se referir à rotina do local, que abre todos os dias da semana. Segundas a quintas-feiras e domingos das 10h às 01h, sextas-feiras e sábados durante as 24 horas.

Sobre o cardápio, a comida re-gional faz o perfil da casa. Com 28 pratos e 30 petiscos, a carne de sol é o grande atrativo entre os clientes. “O público fez o cardápio. Comidas que o nordestino sempre gosta de comer é o que o Drive-in oferece”, fala o proprietário. Além dos pra-tos tradicionais, a clientela também pode usufruir de lanches mais des-pojados, e é comum ver bastante gente nas madrugadas lanchando sanduíches após as festas na cidade. Já a programação conta com samba no fim de semana para animar os frequentadores, e transmissão de jogos de futebol para os torcedores do esporte bretão.

Com uma proposta diferencial no bairro, o Dalí Cocina, Rua Feliciano Gomes, 172, trouxe a tradicional culinária mediterrânea com elementos da gastronomia local para o Recife. Em funcionamento desde 2009, o

Agostinho, do Drive-in

Galeto crocante do Drive-In

Foto Divulgação

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sofisticado ambiente preza pela alta gastronomia e arte. O nome do local faz referência ao pintor espa-nhol Salvador Dalí, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Mas não se trata apenas do nome, o local criou uma verdadeira atmosfera em refe-rência ao artista plástico, trazendo reproduções das suas pinturas, fo-tos, livros em toda sua decoração. Localizado em uma casa da década

de 1940, a proprietária Christina Nunes afirma que a intenção é proporcionar uma opção diferente no Derby. “Ninguém é concorrente de ninguém”, afirma ao falar sobre projetos que visam construir um roteiro gastro-nômico na região.

Com três espaços distintos, e

Dalí Cocina especialista na culinária mediterrânea

Christina, do Dalí Cocina

Paella do Dalí CocinaFoto Divulgação

paredes à disposição de exposições de quadros de artistas locais, entre as especialidades gastronômicas do Dalí está a tradicional paella - prato criado por camponeses que partiam para o campo com arroz, azeite e sal e agregavam ingredientes da caça, legumes da estação e as sobras que possuíam como, frango, coelho, pato, garrofó, tabella e ferraura. Com a difusão da paella pela costa, foram acrescentados frutos do mar:  cho-co, camarões, lulas, lagostins, amêijo-as (vongole), mexilhões e polvo – ver-são mais comum no Brasil. No Dalí, também são destaque no cardápio os diversos risotos, saladas e uma extensa carta de vinhos com mais de 50 opções, além de coquetéis.

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Com os horários de terça-feira e quarta das 11h às 15h30, quinta-feira das 11h às 15h30 e 19h às 23h, sexta--feira e sábado de 11h às 15h 30 e 19h às 00h, e domingo das 11h às 16h, o local já recebeu indicações dos prêmios da Brasil Sabor, Veja e Recife Sabor Arte, e se tornou um ponto indispensável sobre a gastronomia espanhola.

Outro espaço que atrai diver-sas pessoas pra o Derby é o Café Castigliani, localizado no cinema da Fundação Joaquim Nabuco, Rua Henrique Dias, 609. Com grãos da Unique Cafés Especiais, o local é endereço certo para as pessoas que gostam de café e cinéfilos do Reci-fe. Com cafés tradicionais e criações em cappuccino, gelados e especiais quentes, o local tem uma grande variedade – algumas bem singula-res – para quem busca um café para conversar, ler um livro e, é claro, esperar a hora do filme. Na prática, não tem como dissociar o Castigliani da 7ª arte, desde a decoração com fotos com cenas de filmes onde perso-nagens tomam café, dos proprietários – a cinéfila Nara Oliveira e o cineasta Leonardo Lacca –, até o nome do espaço, em referência aos personagens do filme Cidade dos Sonhos, de 2001.

Para Nara, o café está presen-te desde a infância. O café é fruto da intuição e do conhecimento, já que são baristas - profissional espe-cializado em cafés de alta qualida-de e apaixonados pelo café. Entre os mais pedidos do local, estão: o Castigliani – cappuccino especial da casa com leite cremoso, choco-late quente aerado, café espresso e raspas de chocolate na cobertura;

Café Castigliani

Nara, do Café Castigliani

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o Zenzero – cappuccino perfumado com gengibre e um suave toque de mel, coberto com fina camada de açúcar mascavo; o Cioccolato Cre-ma – creme de chocolate preto ou branco unido ao sabor intenso do espresso; o Maline – mix de sorvete de creme, café gelado, ovomaltine, leite e um toque secreto especial; entre outros. O Café também tem opções de lanche, como croissants, quiches, doces, pães de queijo, tor-tas, bolos e sanduíches.

O Derby é essencial para quem vive ou visita o Recife. Ponto de confluência e diversos serviços, na gastronomia não é diferente. Desde a comida e vida noturna do Drive-in, à culinária especialista do Dalí Coci-na, ao Café Castigliani, entre outras opções, o bairro é indispensável para quem deseja viver a Cidade em sua essência e conhecer todas as faces da metrópole.

Café no Cinema

Café MochaFoto Divulgação

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Balé Devera comemora 35 Anos

Por Manoel ConstantinoFotos Divulgação - acervo da artista

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Para comemorar os 35 anos de carreira e muita luta, o Balé Deveras preparou uma programação que inclui a apresentação do espetáculo “Daqui não saio, Daqui nin-guém me tira!”, que Conta através da dança/teatro, a his-tória de ocupação na comunidade de Brasília Teimosa, uti-lizando movimentos da dança popular e técnicas do teatro de rua.”, com concepção e direção de Mika Silva, coreogra-fias de William Sabatello e Mika Silva.

Fundado na década de 70 o gru-po Folclórico da escola Assis Chate-aubriand oferecia aos adolescentes e jovens de Brasília teimosa a oportuni-dade de pesquisar, praticar e divulgar a cultura popular. Tomando como for-ma de divulgação de suas pesquisas, as danças populares. Na década de 80, recebeu o nome de grupo de danças populares Cleonice Veras, depois gru-po Folclórico Cleonice Veras.

Espetáculo A FESTA

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Hoje CENDESCULDE - Centro de Desenvolvimento Social e Cultural Deveras, conhecido nacionalmente e internacionalmente como BALÉ DEVE-RAS, vem resgatando, divulgando e formando profissionais para atuar no mercado das artes cênicas.

O CENDESCULDE/ Balé Deveras tem sua fundação registrada em 1980 quando um grupo de jovens artistas ligados a dança popular, decide ficar a frente do grupo da escola estadual Assis Chateaubriand.

Cleonice Veras, fundadora do gru-po, repassa todo material e organi-zação para as mãos de uma diretora eleita na época (1980). Hoje o CENDES-

CULDE tem sua sede, na rua Ricardo Câmara, 9 - Brasília Teimosa - Recife. E mantém o trabalho através da venda dos espetáculos apresentados pelos profissionais envolvi-dos no projeto.

É composto por profissionais, que realizam os espetá-culos e desenvolvem um trabalho de formação, oferecen-do aulas de iniciação a dança para crianças, adolescentes e jovens a a dança, com objetivo de formar novos profissio-nais. O Balé Deveras continua “acreditando na arte como instrumento transformador, utilizamos a dança popular como veículo principal para inclusão social”.

Programação de Celebração dos 35 anos do Deveras

Daqui Não Saio, Daqui Ninguém me Tira!Teatro Apolo08 e 09 19h30R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Daqui não Saio, Daqui ninguém me tira!

Deveras, um balé popular

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Sebastiana e SeverinaTeatro Arraial Ariano SuassunaRua da Aurora, 357, Boa Vista06 16hR$ 20 e R$ 10 (meia)

Concebida a partir do livro homônimo do pernambucano André Neves, escritor e ilustrador radicado há anos no Rio Grande do Sul, a peça conta com adaptação dramatúrgica e encenação de Claudio Lira, além da direção de arte de Marcondes Lima, iluminação de Játhyles Miranda e direção musical de Demétrio Rangel. No elenco, Célia Regina, Zuleika Ferreira, Luiz Manuel e o próprio Demétrio Rangel. No enredo, o tempo passou para as duas rendeiras Sebastiana e Severina, pois ambas já não dispõem da beleza da juventude, mas ainda acalentam um sonho em meio à monotonia dos seus dias: encontrar “um príncipe encantado” para casar. A chegada de Chico (um homem bonito, alto e inteligente) à cidade de Umbuzeiro, desperta logo o interesse das

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foto Pedro Portugal

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moças que, para cativar o coração do visitante, valem-se de cantar belas canções, fazer a renda mais bonita e até invocar os poderes mágicos de Dona Zefinha, a grande feiticeira daquela terra. No entanto, o destino (sempre ele) lhes prega uma grande peça e só então é que Sebastiana e Severina descobrem o valor da verdadeira amizade.

La Fille Mal GardéeTeatro Luiz Mendonça08 16h e [email protected]$ 20 (Preço único)

A Maysa Club apresenta uma remontagem do Ballet de Repertório La Fille Mal Gardée, com Direção Geral de Simone Monteiro e bailarino convidado Flávio Henrique. O espetá-culo conta a alegre história de amor entre jovens tem uma combinação contagiante de dança, cores vibrantes e música expressiva. Engraçado e comovente, La Fille Mal Gardée é o balé perfeito para todas as idades.

O Despertar da PrimaveraTeatro Luiz Mendonça10 [email protected]$ 30 e R$ 15 (Meia)

O Espetáculo é baseado na obra “Le Réveil de Flore” ou “O Despertar de Flora”, com coreografia original de

Marius Petipa em 1894. O espetácu-lo tem uma atmosfera onírica, que reúne deuses, ninfas e outros seres mitológicos e conta com um cenário confeccionado especialmente para o espetáculo, retratando uma floresta e algumas ruínas.

Academia Angela Botelho – Sim com prazerTeatro Luiz Mendonça17 18h e [email protected]$ 40 e R$ 20 (Meia)

Sim, com prazer é dividido em duas partes; na parte1,”O Retorno da Primavera”, a beleza da natureza é a grande inspiração: personagens como flores, borboletas, beija- flo-res e esquilos dançarão lindas co-reografias.Outros personagens do imaginário infantil também estarão atuando nesse belo cenário: fadas do dia, fadas da noite, princesas. A parte 2 , “Inspiração”, faz um link entre a dança e as pinturas de grandes ar-tistas como :Claude Monet, Degas, Van Gogh, Salvador Dali, entre ou-tros, projetando suas obras no te-lão durante a coreografia. A noite ainda conta com o solo de Martha Penna representando a Monalisa de Leonardo da Vinci e solo de Renata Botelho representando o auto retra-to de Frida Kahlo.

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Nós da Dança: Circulação de Repertório

O projeto inclui a apresentação dos mais recentes espetáculos da companhia carioca Nós da Dança: Autorretrato (2013), que trata da construção da autoimagem da com-panhia, a partir dos sonhos, proje-ções e perspectivas de seus integran-tes, e Tempo (2010), que reflete sobre o tempo da dança e suas variáveis. Os espetáculos são compostos por 10 bailarinos, todos integrantes fixos da Cia. Haverá ainda a realização de um workshop, ministrado pela di-retora e coreógrafa da Cia, Regina Sauer, que vai trabalhar a técnica de Lester Horton, coreógrafo america-no, na dança moderna. A aula inclui aquecimento, exercícios técnicos, alongamento e diagonais coreo-grafadas com aprofundamento nos movimentos específicos da técnica. Confira a programação:

Espetáculo Tempo3 e 4 20h e 5 17h e 20hR$ 10 e R$ 5Duração: 50 minutos

Espetáculo Autorretrato10 e 11 20h e 12 17h e 20hDuração: 56 minutosR$ 10 e R$ 5 (meia)Workshop5 0h às 13hInscrições: [email protected]: 25

“Selfie”Teatro RioMarAv. República do Líbano, 251 - 4º piso do RioMar Shopping12 21h e 13 19hPlateia: R$ 120 e R$ 60 (meia)Balcão: R$ 90 e R$ 45 (meia)Canais de venda oficiais: bilheteria do teatro, lojas Reserva dos shoppings Recife e Plaza, Livraria Jaqueira e site Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br)

Com Mateus Solano e Miguel Thiré a comédia “Selfie” chega ao Recife em duas apresentações. A peça, uma idealização do produtor Carlos Grun com os dois atores, tem direção de Marcos Caruso e texto de Daniela Ocampo (roteirista do programa «Tá no Ar: a TV na TV», de Marcelo Adnet e Marcius Melhem, Globo). Reflexões e indagações sobre valores sociais e morais

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contidos nos meios de comunicação; as relações distorcidas entre pessoas e o que elas buscam com essas exposições; a interferência avassaladora da tecnologia na comunicação num tempo em que mais se tecla do que se fala; pessoas fotografando continuamente a si mesmas, registrando o passo a passo de suas rotinas. Estas observações do comportamento contemporâneo foi o ponto de partida para a criação de uma comédia ágil e dinâmica, em que Mateus Solano e Miguel Thiré interpretam personagens facilmente reconhecíveis por todos nós.

O palhaço de cara limpaRua da Imperatriz, 134, sala 14 – Boa Vista (ao lado do Banco Santander)Ter, Qui, Sex e Sáb 20hR$ 10

Criada por Flávio Renovatto, a ré-cita apresenta um homem de meia idade que trabalha como palhaço num circo e mora num espaço bem pequeno, porém aconchegante. Diferentemente dos outros inte-grantes, ele não mora no trailer ao

redor do circo, e sim em um cômodo próximo do lugar onde o circo está armado. O quarto tem uma grade que está sempre fechada e por isso o homem costuma deixar a porta aber-ta. O Palhaço de Cara Limpa olha do quarto o movimento na rua e, mais adiante, o próprio circo. No ambien-te, um sofá-cama, um violão, uma ca-feteira elétrica, um notebook, livros, geladeira e mais algumas outras coisas que deixam o quarto lotado, mas bem organizado. O personagem vive só, ele diz poemas, conta histó-rias e canta canções sobre a vida e seus sentimentos. O espaço tem ca-pacidade para dez pessoas. Reservas: 88707853 e 95189843.

Las Mariposas4 19h30 - Bairro dos Coelhos - Praça dos coelhos

10 19h30 - Cidade Universitária - UFPE

O espetáculo é fruto do desejo dos atores Andrea Veruska e Wagner Montenegro de retratar a situação de violência contra as mulheres em Pernambuco. O nome do espetáculo

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faz referência às irmãs dominicanas Maria Tereza, Pátria e Minerva, co-nhecidas como Las Mariposas, que foram mortas em 25 de novembro de 1960 pelo regime ditatorial da República Dominicana, por busca-rem uma vida com mais igualdade entre homens e mulheres.

Ópera Cordelista Lua AlegriaTeatro de Santa Isabel10, 11 e 12 20h e 13 19hR$ 20 e R$ 10 (meia)O roteiro dramatúrgico é baseado no livro/cordel de Paulo Matricó, intitulado Luiz Lua Alegria e conta em Literatura de Cordel a história de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, um ícone da cultura regional nordestina.

A interpretação operística será nar-rada ineditamente na linguagem do cordel, unindo dramaturgia, canto e música, sob o fio condutor de tri-lha musical pesquisada e produzida sob a influência da tradição popular, com perspectiva cênica no formato de Cortejo-lítero musical e elenco de 28 artistas entre músicos, atores e dançarinos, contando a vida e obra do “Rei do Baião”.

No truque da galinha mortaTeatro Valdemar de OliveiraPraça Osvaldo Cruz, 412 – Soledade32221200 | 87784620 e 95092626Sáb 21hR$ 50 e R$ 25 (meia). (Promoção solidária: levando 1 kg de alimento, desconto de 50% no valor da inteira.)

O espetáculo narra a trajetória de quatro atrizes veteranas que estão ensaiando laboratórios e números musicais para exibição de uma peça, com data já marcada de estreia. Durante os ensaios, elas recebem a notícia, pelo Diretor, de que todos os patrocínios esperados foram cance-lados e por isso terão de improvisar outros números, a fim de cumprir a

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pauta. O resultado dessa artimanha explica a origem da expressão “tru-que da galinha morta”. Escrita e diri-gida por Aurino Xavier, No truque da galinha morta mostra a realidade en-frentada pelos grupos de teatro que lutam por apoios culturais, renovação de elenco e contra a falta de patrocí-nios, além de exaltar a vontade dos artistas de superar todas essas difi-culdades para realizar seus trabalhos.

Chapeuzinho VermelhoTeatro Alfredo de OliveiraPraça Osvaldo Cruz, 412A – SoledadeDom 10h30R$ 40 e R$ 20 (meia)

O musical é inspirado no clássico in-fantil Chapeuzinho Vermelho. Além de contar a história conhecida por

muitos, o texto busca ensinar aos pequenos, de forma divertida, a fazer uma boa higiene pessoal, a não falar com estranhos, a cuidar da natureza, entre outras questões básicas para a formação de uma criança.

A bicharadaTeatro Alfredo de OliveiraPraça Osvaldo Cruz, 412A – SoledadeDom 16h30R$ 40 e R$ 20 (meia)

O espetáculo, escrito e dirigido por Carlos Mallcom, é inspirado no clássi-co Os saltimbancos. E narra a história de cinco animais (um jumento, um macaco, uma galinha, uma gata e um cachorro) que por não serem reconhe-cidos por seus talentos, decidem se juntar para formar um grupo musical.

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A porta abertaA Mostra de artes cênicas A Porta Aberta, da EMAJPE, che-ga em sua 16ª.2 edição, com espetáculos e performances dos cursos e oficinas da própria instituição e de grupos e artistas convidados. A homenageada desta edição será a atriz e presidente do SATED/PE Ivonete Melo, que receberá a referida homenagem será na sexta-feira 04 de dezembro, último dia do evento, às 19h. Em seguida será apresentado o espetáculo Viva La Vida, que servirá como prova pública dos alunos do 4º período do Curso Profissional, como parte do convênio firmado entre a EMAJPE e o SATED-PE.

Escola Municipal de Arte João PernambucoAv. Barão de Muribeca, 216 – Várzea3355.4093 / 3355.4094Até o dia 04

O Tempo está em outro lugar - TotemFoto Fred Nascimento

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PROGRAMAÇÃO

Ter 0116h - Lilá – Exposição de Fotoperformances.

Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro.

Fotos Gustavo Túlio

19h - Cenas em Cena 3 e 4.

Oficina de Teatro

Prof. Tatiana Pedrosa

19h20 - Estas São as Escadas que Você tem Que Vigiar

Dramaturgia Tennesse Williams

1º per. Curso Básico Teatro

Dir. Tatiana Pedrosa

20h - Estação Vida

Criada partir do universo de Eduardo Galeano

Dramaturgia Fred Nascimento

4º Per. Curso Básico

Dir. Fred Nascimento

20h40 - O Casamento do Pequeno Burguês

Dramaturgia Bertold Brecht

3º per. Básico Teatro

Dir. Júnior Foster

Qua 0216h - Lilá - Exposição de Fotoperformances.Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro.

Fotos Gustavo Túlio

15h - Jan de Contato Improvisção

Com Conrado Falbo (Coletivo Lugar Comum)

17 - Leste e Oeste

Criação e atuação dos estu-dantes do 4º período Curso Profisional/Coletivo Trapache

Prof. Fred Nascimento

17h40 - Eu vim de Lá - DançaCia Shukura

Criação Coletiva

19h - Cenas em Cena 5 e 6.

Oficina de Teatro

Dir. Tatiana Pedrosa

19h30 - A Ópera dos Três Vinténs – (recorte)

Dramaturgia Bertold Brecht

2º per. Curso Básico Teatro

Dir. Patrícia Barreto

20h20 - Persuasão

Dramaturgia direção e atuação

Coletivo Filhos do Sol

20h40 - Obrigada, Bom Espírito

Dramaturgia Tennesse Williams 1º per. Curso Básico Teatro

Dir. Tatiana Pedrosa

Qui 0316h - Lilá - Exposição de Fotoperformances.

Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro.

Fotos Gustavo Túlio

19h - Cenas em Cena 7 e 8.

Oficina de Teatro

Dir. Tatiana Pedrosa

19h20 - Partes de Nós

Oficina de dança - EMAJPE

Coreografia Diogo Lins

19h40 - Experimento Teatral

Recorte de textos de diversos autores. Dramaturgia coletiva.

3º per. Curso Básico Teatro

Dir. Júnior Foster

20h30 - Homens de Pedra e Ossos

Grupo Arte em Movimento e Núcleo de Arte e Cultura do IFPE

Dramaturgia e Direção Adilson Di Carvalho

04 (Sexta-feira)16h - Lilá - Exposição de Fotoperformances.

Performers: Angélica Costa e Simoni Lyro.

Fotos Gustavo Túlio

19h - Homenagem

SATED e Ivonete Melo – atriz, arte educadora, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos no Estado de Pernambuco.

20h - Viva La Vida

Recorte de textos de Antonin Artaud, Eduardo Galeano, Pablo Neruda, Victoria Santa Cruz, Vladimir Maiakóvski e outros autores.

Prova pública do 4° Per. Curso Profissional

Dramaturgia e direção Fred Nascimento

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Zeca Viana reúne psicodelia e memórias afetivas em uma Estância

Por Jaciana Sobrinho

O músico, videomaker e produtor independente, responsável pela já conhecida coletânea Lo-fi - que bus-ca dar destaque às produções musicais pernambucanas - Zeca Viana, apresenta seu novo álbum: Estância. Este, que é o terceiro da carreira do artista (ex-integrante das bandas Asteróide B-612, Rádio de Outono e Volver) enfatiza o estilo Lo-fi e psicodélico dele, ao mesmo tem-po em que evidencia o bairro onde cresceu e ainda vive, a Estância.

Foi das gravações de fita k-7, que faziam parte das brincadeiras de “programa de rádio” que ele fazia com um amigo na infância, que surgiu o interesse de Zeca pela música. “Nós gravávamos as músicas que tocavam

Foto Adriano Sobral

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nas rádios e depois fingíamos que tínhamos um pro-grama. Ele apresentava o programa e eu fazia as mon-tagens com as músicas. Interessante é que hoje ele é realmente locutor de rádio”, lembra Zeca.

Toda a prática com os instrumentos musicais e o conhecimento sobre os equipamentos e programas de gravação que utiliza, ele aprendeu sozinho, com muito ensaio e pesquisas. A bateria foi o primeiro instrumen-to que aprendeu a tocar e que o levou à formação de algumas bandas de garagem na adolescência. Até que em certo momento, mais experiente, passou a integrar a banda Volver. Ainda nessa época, começou a projetar a ideia do seu disco solo, no qual a psicodelia já era ingrediente certo.

“Sempre ia para os estúdios nos anos 90 e era to-lhido. Queria usar caixa de bateria na voz, usar textura na voz, tocar guitarra de uma forma não convencio-

nal e criar uma paisagem para as composições, deixando as músicas com cara de trilha sonora”, conta ele, que tem como referência artis-tas como Guilherme Arantes, Beto Guedes e Flávio Venturini, além do rock dos anos 80 de A-HA, Duran Duran e Alphaville, por exemplo. “Tenho interesse pela viagem que a música pode proporcionar a quem está ouvindo, essa característica imagética”, acrescenta.

As letras de Zeca denunciam essa preferência, sempre contando uma história, sugerindo cenários que podem criar um roteiro na ima-ginação do ouvinte. “Busquei co-nhecer melhor os trabalhos dentro

Foto Adriano Sobral

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desse contexto que foram produzi-dos aqui em Pernambuco e encon-trei o Satwa (Lailson e Lula Côrtes), Paebiru (Lula Côrtes e Zé ramalho), além de referências internacionais como The Stones Roses e Edgard Vàrese”, afirma.

Quando iniciou a gravação do Estância, Zeca já tinha uma vivên-cia maior com a música e também um repertório mais definido. Após uma temporada em São Paulo, estudando sobre pro-dução musical e trabalhando em diversas atividades relacionadas, o músico retornou ao Recife e dedicou-se à gravação do disco. “Depois de pesquisar o significado da palavra Estância e ver que existe até um significado poético, eu defini como seria o trabalho”, explica.

Em faixas como Estância, Clínica de Brinquedos, Volitações na Rua André Vieira de Melo e Hotel Malibu, Zeca vai guiando o ouvin-te pelas lembranças e locações do bairro em que cresceu e voltou a morar há pouco. “Essa Clínica de Brinquedos existiu mesmo e era onde aconteciam muitas das fes-tinhas da turma da rua e onde eu tocava as fitas k-7 que gravava em casa”, diz. “E em Deuses de Aço eu faço referência a uma foto famosa de um disco voador, que foi feita aqui no bairro pelo tio de um amigo meu. Como sempre me interessei por ufologia, eu quis inserir o assunto no disco. A capa tam-bém representa isso com a foto do meu quintal e a sobreposição do disco voador”, explica.

Foto Fernanda Mafra

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Além do processo demorado, por ter que gravar cada instrumento e criar cada um dos arranjos sozi-nho, Zeca fez questão de mixar as canções com ruídos que ele mesmo gravou nos arredores de sua casa como barulho de crianças saindo da escola (1986/ wormhole) e grilos (Volitações na Rua André Vieira de Melo). “Eu acho que a grande diferença disso tudo foi que eu me aprofundei na produção. Eu já tinha gravado muitas coisas, mas não tinha mergulhado no processo de mixa-gem e masterização como fiz dessa vez”, avalia.

Para ouvir os trabalhos de Zeca Viana basta aces-sar os sites http://zecaviana.bandcamp.com/ e https://soundcloud.com/zeca-viana/sets. E para conferir o som ao vivo, é só aguardar o dia 25 de outubro, quando haverá show na Rua da Moeda, às 17h. E tem show também no Capibaribe in Rock, no dia 14 de novem-bro, às 22h.

Contato para shows: [email protected]

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bandavoou lança o disco Nó no teatro de Santa Isabel

A noite de 15 de dezembro de 2015 será um marco para bandavoou. É neste dia que o quinteto apresenta ao público seu primeiro disco de carreira: Nó. Três anos após o lançamento do seu EP de estreia, a banda mos-tra não só o repertório autoral construído desde o seu surgimento, mas também amadurecimento artístico no palco. O show de lançamento acontecerá no Teatro de Santa Isabel, às 20h30. Os ingressos custam R$30 (intei-ra) e R$15 (meia) e já estão à venda (vide serviço).

São quatro anos de trajetória, um EP lançado, deze-nas de shows e composições, participações e prêmios em diversos festivais de música do país. Essa é a baga-gem que a bandavoou quer mais uma vez compartilhar

Foto Júlio Freitas

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com o público que a acompanha desde o primeiro ví-deo despretensioso publicado na internet, em 2011, e que foi se tornando numeroso a cada show. O set list da noite inclui as faixas do novo álbum, os hits mais queridos e as conversas bem humoradas que sempre marcam as apresentações da banda.

O repertório de Nó passeia por vários ritmos como samba, bolero e pop, com arranjos bem construídos que flertam com o rock, reafirmando que a banda não sente necessidade de se moldar a um único estilo mu-sical. E como a poesia é a matéria prima que alicer-ça as canções, também está presente e registrada em declamações. Com maioria de inéditas, a produção in-clui composições como “Peraí”, “Lá vem ela de novo”, “Perfume na pinta” e “Tempo Mãe”, já conhecidas e queridas do público, mas com nova roupagem.

O álbum, lançado em outubro passado, traz par-ticipações do grupo Bongar, de Zé Manoel e ainda de Elomar Figueira Mello. O show terá a presença dos dois primeiros e, ainda, a participação do cantor e composi-tor Juliano Holanda.

bandavoouTeatro de Santa IsabelPraça da República, s/n – Santo Antônio15 20h30R$30 (inteira) R$ 15(meia) – à venda na bilheteria do teatro3355.3323 | 3355.3324

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LANÇAMENTOS CDS

Maria Wilma 9 9979 5959“Eu” é o novo projeto da cantora Ma-ria Wilma. Samba, frevo, marchinha, samba-canção, afoxé, xote e bossa nova estão entre os ritmos que compoem o disco. Com um repertório bem diver-sificado e direção musical de Nilson Lopes, o álbum traz faixas como “Eu e Tu”, “Você precisa saber”, “Faz de mim seu beija-flor”,”Você partiu”, “E pode, com seu amor, continuar”. São 14 fai-xas, incluindo a música de trabalho:“O canto do sabiá” (Maria Wilma / Landro Galiza). Mais informações sobre a artis-ta no site www.mariawilma.com.

Camelô9 8827 1449 | 9 8785 8631A banda Camelô lança seu novo CD de carnaval de título “Camelô Carnaval do Brasil”, valorizando a música carnava-lesca pernambucana. O disco com 19 faixas inclui releituras de sucesso como “Sonífera Ilha”, “País Tropical” e “Bicho maluco beleza”. Sempre presente nas festividades não só da cidade do Recife mas, do Estado, diversificando ritmos culturais, desde o romântico até o Fre-vo e Maracatu. Criada e fundada no ano de 1997, no bairro de Casa Ama-rela, por um grupo de cincos amigos, músicos profissionais com proposta de propagar a cultura pernambucana. O grupo ganhou notoriedade regional e nacional com os títulos, chegando à marca de 800 mil CDS vendidos ao longo dos anos.

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PROGRAMAÇÃO

8º Encontro de Sanfoneiros do RecifeDivulgar a música popular regional e a sanfona para várias gerações. É com esse propósito que o Encontro de Sanfo-neiros do Recife realiza a sua 18ª edição. Esse ano, o evento presta homenagem em memória ao Mestre Camarão.Nosso QuintalRua Leila Félix Karan, 15, Torrões (Ao lado da sede da Chesf)3228 6846 / 9 9242 6231Gratuito

4 18h- O Matuto

- Show de Sanfoneiros

- Rouxinol e Topogi

- Show dos homenageados: Evandro dos 8 Baixos e Remanso do Forró

5 18h- Show de Sanfoneiros

- Choro Sanfonado (Chorinho do Nosso Quintal)

- Show do homenageado: Arlindo MoitaTeatro Santa IsabelPraça da República, s/n, bairro de Santo Antônio - Recife3355.3322 | 3355.3324

22 20h- Irah Caldeira

- Coral da UFRPE, sob a regência da professora Evani Barbosa

- Vynicius Amorim

- Choro Sanfonado (Chorinho do Nosso Quintal)

- Orquestra sanfônica com os sanfoneiros Adriano, Manoelzinho e Ítalo Diógenes, com participação especial de Luizinho Calixto

- Show do homenageado Beto Hortiz

Blitz Baile PerfumadoRua Carlos Gomes, 390, Prado (ao lado do Jockey Club)5 22hR$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia) / R$ 70 (social) – Levar 1 Kg de alimento não perecível no dia | Mesa: R$ 125 (4 pesso-as) / Cada mesa ganha um espumante BotticelliIndicado para maiores de 18 anos3033.4747A Blitz decola da Cidade Maravilhosa para o Recife prometendo sacudir o Baile Perfumado com show pra cima e dançante. A turma de Evandro & CIA traz toda a vibração no próximo dia 05 (sábado), a partir das 22h, colocando

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todo mundo pra cantar grandes suces-sos como “Weekend”, “Você Não Sou-be Me Amar”, “Beth Frígida”, “Geme Geme” e “Dois Passos do Paraíso”. A formação atual do grupo que bombou nos anos 80 está reunida há cerca de oito anos e já gravou três CDs e dois DVDs. No vocal, Evandro Mesquita (gui-tarra e violão também), Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Rogério Me-anda (guitarra), Cláudia Niemeyer (bai-xo), Andrea Coutinho (backing vocal) e Nicole Cyrne (backing vocal) e Mafram do Maracanã (percussão). Garantia de noite de diversão e alto astral, a Blitz irá apresentar o CD e DVD MultiShow Registro BLITZ 30 anos Ipanema (Uni-versal). Quem for conferir, também vai dançar muito ao som do DJ 440 e se jogar no samba-rock e nas baladas in-ternacionais da Madeira Delay.

Doctor VôteGota Serena Bar Rua Manoel Joaquim de Almeida, 380 - Iputinga | 3272.0358Sex 19h30R$ 3,00Influenciados pelo pop, música regio-nal (forró, frevo, maracatu, brega...), Fossa, jazz, blues, pitadas de erudito e do multiculturalismo da música bra-sileira, a banda doctor vôte celebra a música através de sua sonoridade pe-culiar. Apresenta composições próprias e reciclando sucessos consagrados de variados estilos, sempre “costurando--os” de maneira criativa. A Doctor Vôte teve início em 2013 e é formada por Amauri Nascimento (vocal) Daniela Ca-bral (vocal), Athos Thiago (guitarra/vio-lão), Jonas Nascimento (bateria), Gabriel Conolly no (cello) e João Vitor (baixo).

Orquestra Sinfônica do RecifeTeatro de Santa IsabelPraça da República, s/n – Santo Antônio 3355.3323 | 3355.332416 20hGratuito – ingressos distribuidos a partir das 19h.Dando continuidade programação de concertos oficiais, a Orquestra Sinfô-nica do Recife apresenta neste mês de dezembro Sinfonia número 7, opus 92 em 4 movimentos) poco sostenuto--allegretto-presto-allegro com brio), de Beethoven. Ainda no programa, sob o comando do maestro Marlos Nobre, a OSR executa a Passacaglia para grande orquestra, de autoria do maestro.

Forró na Sala de RebocoRua Gregório Júnior, 264 - Cordeiro 3228 7052R$20 a R$30Abertura da casa às 21h

4 Jorge de Altinho

7 Alcymar Monteiro

11 Maciel Melo

17 Encontros do Pé-de-Serra com Josildo Sá e Thais Nogueira (Juntos no palco) Homenageando João Silva

18 Novinho da Paraíba

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Facebook (sabordoantigo) e no Insta-gram (sabordoantigo).

Voz do CapibaribeBar Teatro de MamulengoPraça do Arsenal – Bairro do RecifeSáb 17h às 22hTendo como proposta musical o resga-te de autores e músicas do cancioneiro nacional e pernambucano presentes no imaginário popular, além de músicas autorais, por onde desfilam o samba, o frevo, a bossa nova, o baião, o for-ró, a ciranda e o coco, o grupo Voz do Capibaribe ao se apresentar abre o microfone para o público, interagindo assim com os “cantores anônimos” da plateia. A banda, formada por Almani Galdino (vocalista), Evane Sarmento (violonista e vocalista), Rosângela Ri-beiro (vocalista), Bernardo Belmonte (pandeirista, flautista, pianista) e Gus-tavo Soares (percussionista), apresenta--se todos os sábados no Bar Teatro de Mamulengo, um reconhecido espaço de fomento à cultura.

Música brasileira ao vivoCordel BotequimRua da Hora 837 – Espinheiro | 3033 4126Sex e Sáb a partir das 20hCouvert: R$ 20www.cordelbotequim.com.brOs cantores Serginho, Marquinhos e Banda, Eran Rouche e As Nenas são os responsáveis pela animação do restau-rante e bar Cordel Botequim, localiza-do no Espinheiro. Os artistas, que se apresentam em dias alternados, fazem a festa com um repertório diverso que passeia pelos estilos musicais de MPB, forró, samba e sertanejo.

A Sala de Reboco é um reduto do au-têntico forró na cpital pernambucana e funciona de quinta à sábado (even-tualmente em vésperas de feriados). A casa abre às 21h e, impreterivelmente, às 22h o Quinteto Sala de Reboco inicia a noitada com muito forró pé-de-serra. Às quintas os shows começam à partir das 23h30.

Música ao vivo e boemiaSabor do Antigo Boteco BarRua da Guia, 89 – Recife AntigoQui a Sáb 19h30O Sabor do Antigo boteco bar é uma opção aconchegante e segura para aproveitar o Happy Hour. Situado na rua da Guia, 89, o bar traz uma alterna-tiva para aqueles que gostam de curtir a noite sem abrir mão de um atendi-mento personalizado, de segurança e de boa música. A programação musical começa a partir das quartas-feiras, com a Quarta das Paixões, reunindo futebol, música e cerveja. Nas quinta-feiras, o local recebe nomes já conhecidos do cenário musical recifense, como Nira Santos, Gerlane Lops, Bianca Menezes, Rebekka Martins, Ganga Barreto, Xuxi-nha e Xote Marley. Além de Jaina Elne, Jana Figarella (atuou no musical “Cás-sia Eller”), Katti Alves, Marcelo Ferrari, Marta Santana, Swamy Matos, Diogo Santana, Fred Simões, Thiago Paiva, Isabela Moraes, Hed Maia, Cida Ma-ria, Tiza Diniz, Juh De Paula, Bárbara Fagundes. Nas sextas e nos sábados, a programação musical inclui MPB, Pop Rock, Rocks Clássicos brasileiros e in-ternacionais, Xote, Manguebeat e Coco. A casa abre sempre às 19h. Confira a programação semanal na FanPage no

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Terça do VinilLisbela e Prisioneiros BarLargo de Santa Cruz, Boa VistaTer 19h a 23hGratuitowww.facebook.com/tercadovinilO DJ 440 anima a noite com o melhor da música brasileira. A Terça do Vinil já se tornou uma opção de happy hour muito querida pelos pernambucanos. Como de costume, o DJ 440 comanda as carrapetas com sua coleção de vinis, no bar Lisbela e Prisioneiros, no Pátio de Santa Cruz. Na vitrola, são toca-dos ritmos como samba, jazz, samba rock, tropicália, guitarrada, entre out-ros. O projeto de Juniani Marzani, ou popularmente conhecido por DJ 440, visa resgatar e proteger a boa música brasileira, através de discos de vinil.

Roupa NovaChevrolet HallAv. Agamenon Magalhães, s/n - Complexo de algadinho11 21hR$ 40 (meia) R$ 80 (inteira)R$800 Mesa premium (4 lugares)R$1500 Camarote 1º pisoR$1300 Camarote 2 pisoR$1000 Camarote 3º piso Vendas na bilheteria do local.3427.7500 Todo amor do mundo: em formato iné-dito de “áudio-book”, o novo projeto do Roupa Nova traz uma ficção escrita pelo Nando e incorporada por todo o grupo, que se passa no final dos anos 60 no Rio de Janeiro e retrata de forma muito criativa e quase documental, as aventuras e romances dos jovens ado-

lescentes que sonhavam viver o mundo da música naquela época. As surpre-sas serão muitas neste novo trabalho, começando pelo formato encontrado pelo Roupa Nova para levar esta histó-ria aos seus milhões de fãs. Além disso, o grupo ainda apresenta os seus gran-des sucessos da carreira. A abertura da noite fica a cargo de Rick Vallen.

Pastoril Giselly Andrade - lançamento de CDAv. Barão de Rio Branco – Bairro do Recife18 19h15GratuitoUma das manifestações populares mais importantes do Ciclo Natalino do Nor-deste, o pastoril religioso se perpetua na cidade do Recife através de grupos que representam essa tradição. Entre eles, o Pastoril Giselly Andrade que completa 15 anos de existência e ce-lebra a data com o lançamento do CD ‘Pastoril Giselly Andrade – AO VIVO’.Tendo como mote inspirador a jornada das pastoras à cidade de Belém para ce-lebrar o nascimento de Jesus, o folgue-do carrega elementos trazidos com os colonizadores portugueses agregados aos costumes do povo de cada região em que se enraizou. Em Pernambuco, local que possui uma vasta possibili-dade de elementos culturais, o Pasto-ril Giselly Andrade agrega, sutilmente, aos seus cânticos típicos do folguedo, variações de outras manifestações populares pernambucanas, como o maracatu de baque solto, o cabocli-nho, o xaxado, entre outros, deixando a tradição portuguesa com a cara de Pernambuco.

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Com canções autorais, algumas delas compostas pelas próprias pastoras, e jornadas tradicionais como Meu São José, Borboleta Bunitinha e Disputa das Cores, o novo CD traz o repertório do show registrado no DVD Pastoril Giselly Andrade, único registro desse tipo relacionado ao pastoril religioso, no estado de Pernambuco, gravado, em 2011, no Teatro Boa Vista. Acompa-nhadas pela banda do grupo, a Diana, a Contra-mestra e a Mestra cantam a tradição do folguedo, onde, além de apresentar os personagens, disputam a preferência do público entre os cor-dões Encarnado e Azul.

VIII Virtuosi9 a 20GtatuitoNeste ano, o festival ocorre não apenas no Nordeste brasileiro, mas ainda na Argentina e Uruguai com uma progra-mação que se caracteriza pela excelên-cia de seu repertório e de sua execução em peças clássicas e contemporâneas. Pelo sexto ano consecutivo, o VIRTU-OSI acontece em diferentes localida-

des além do Recife, indo neste ano a Buenos Aires, Montevidéu, Olinda, João Pessoa, Campina Grande e Fortaleza. Um outro destaque na programação é o primeiro concerto do evento no Alto José do Pinho no programa “A música clássica sobe o morro” no dia 19 de dezembro. De 09 a 11 de dezembro, o IV Virtuosi Século XXI antecede a pro-gramação do XVIII Vituosi, mantendo a tradição de trazer grandes nomes internacionais na música contempo-rânea para conversar com os instru-mentistas locais apresentando novas peças ao vivo.Fortaleza –The Harlem Quartet será a atração da etapa cearense do festival Virtuosi em Fortaleza no dia 15 às 20h no Auditório do Centro Cultural Dra-gão do Mar. A vinda do Harlem Quartet ao Brasil está sendo possível através do apoio do Consulado Americano no Recife.Campina Grande - O VIRTUOSI apre-senta também um concerto na cidade de Campina Grande com o apoio do Museu dos Três Pandeiros. O concerto do grupo francês Quatuor Calienteo-corre no dia 16 de dezembro às 20h no Museu.João Pessoa - Durante a semana de concertos em Pernambuco, o VIRTU-OSI vai para Paraíba e apresenta um concerto especial na cidade de João Pessoa. Com apoio da FUNJOP e UFPB, a Sala Radegundis Feitosa recebe a pia-nista Marianna Schrinyann no dia 17 de dezembro, às 20h.

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IV Virtuosi Século XXIRECIFEInstituto JCPMAv. República do Líbano, 251 Pina. (Rio Mar Recife) | 3878-0001 / 3878-0002Palestras, debates, oficinasQua 09 9h30 – 10h50 Palestra 1: Dániel Péter Biró (Hungria/Canadá)11h00 – 12h20 Palestra 2: Flo Meneses (SP)14h00 – 15h20 Palestra 3: José Orlando (PB) Qui 10 09h30 – 10h50 Palestra 4: Zaid Jabri (Síria/Polônia)11h – 12h20 Palestra 5: Alfredo Barros (CE)14h00 – 15h20 Palestra 6: Pauxy Gentil-Nunes (RJ)Sex 11 09h30 – 12h20 Master Class: Dániel Péter Biró (Hungria/Canadá) 13h30 – 16h20 Master Class: Zaid Jabri (Síria/Polônia)Teatro Eva HerzShopping RioMar - Av. República do Líbano - PinaQua 09 19h30 IamakáEli-Eri Moura Stella Splendens - Oratório Profano [1963]Qui 10 19h30 Daniel Murray, violão Sex 11 19h30 Rafael Altino, violaLançamento do CD Viola A Rafael

XVIII VirtuosiBUENOS AIRES | USINA DEL ARTEDom 13 11h30 Orquesta Virtuosi de PernambucoRafale Garcia, regenteMONTEVIDEO | SALA NELLY GOITIÑO Ter 15 19h30 - Orquesta Virtuosi de Pernambuco

IV Virtuosi DiálogosRECIFELivraria Cultura Paço Alfândega15, 16 e 17 10hAprendendo a ouvir MúsicaTalks com Irineu Franco PerpétuoInscrição: www.virtuosi.com.brOrdem Terceira de São Francisco do RecifeTer 15 19h Trio de CordasMembros do Quarteto Carlos GomesQua 16 19h Priya Mitchell, ViolinoOrquestra Jovem de PernambucoTeatro de Santa IsabelQui 17 20h The Harlem QuartetSex 18 20h Orquestra VirtuosiRafael Garcia, regenteSáb 19 20h Quatuor CalienteDom 20 18h Marianna Schrinyan, Piano19h Priya Mitchell, ViolinoMariann Schrinyan, Piano Alto José do PinhoSáb 19 19h Grande Concerto BndesOrquestra Jovem de PernambucoRafael Garcia, regenteTour NordesteOLINDAConvento de São FranciscoDom 13 18h The Harlem QuartetFortaleza -CE | Auditorio Dragão do MarTer 15 20h The Harlem QuartetCampina Grande – PB | Museu dos 3 PandeirosQua 16 20h Quatuor CalienteJOÃO PESSOA - PBSala Radegundis FeitosaQui 17 20h Priya Mitchell, Violino

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Restauração da Imagem da Santa e Elevação a Santuário marcam a Festa do MorroA 111ª edição da maior festa católica do Estado de Per-nambuco, a tradicional Festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro, está de cara nova. A imagem da Santa foi restaurada e reinaugurada numa missa de ação de graças que será celebrada pelo pároco da Igreja do Morro da Conceição, Padre José Roberto França. A imagem foi restaurada pela primeira vez no ano de 2001, e este ano passou pela segunda intervenção artística, com duração de três meses para ficar pronta.

Este ano, a Festa terá outra grande celebração: a Paróquia do Morro será elevada a título de Santuário Arquidiocesano. O evento irá ocorrer no mesmo dia dedicado a Imaculada Conceição, 08 de dezembro, na

Foto Marcos Pastich

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missa de encerramento das festividades em honra a Santa. A Festa do Morro, como é popularmente conhe-cida, terá como tema em 2015 “Maria, Reflexo da Divina Misericórdia” e será celebrada com 56 missas durante 10 dias de festa, de 29 de novembro a 08 de dezembro.

Dando continuidade ao projeto dos últimos anos, a programação cultural terá a participação apenas de shows religiosos, o que confirma o real cunho da Festa de Nossa Senhora da Conceição. Entre as atrações, Anjos de Resgate, que já vendeu mais de um milhão de discos e é considerado um fenômeno da música católica. O cantor Antonio Cardoso também marcará presença na festa este ano. Com mais de trinta anos de carreira, ele segue encantando o Brasil com lindas canções. Atrações católicas locais farão parte da programação cultural, entre eles o padre João Carlos e Frei Damião Silva. Os shows terão início logo após as missas de abertura, do novenário e do encerramento das festividades, ás 20h30. Este ano, as apresentações artísticas irão ocorrer todas as noites, nos dez dias da festa do Morro 2015.

20h30 – Tributo a maria8 00h, 2h, 4h, 6h, 8h e 10h Missas12h às 16h – Louvor e adoração (comunidade católica Obra de Maria)

14h – Procissão de encerramento(Forte do Brum / Morro da Conceição)

16h – Lançamento do CD Divino amor (morro da Conceição)

18h – Solene Celebração Eucarísticade Encerramento da Festa de Nsa. Sra. da Conceição (Dom Fernando Saburido, OSB - Acerbispo Metropolitano de Olinda e Recife) e Solenidade de elevação da paróquia à santuário20h - Padre João Carlos e Frei Damião Silva e Banda

Programação:

1 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas20h30 – Paulo Deére e banda2 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas20h30 – Luiza Cláudio e banda3 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas20h30 - Dudu do Acordeon4 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas 20h30 - Poetas Violeiros e Declamadores de Afogados da Ingazeira5 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas20h30 – Viviane Arruda6 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas20h30 – Obra de Maria7 7h, 9h, 11h, 14h, 16h e 19h Missas

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Show FolclóricoTer 21hRestaurante CatamaranCais das Cinco Pontas, s/n | 34242845 / 999734077R$ 40Todas as terças, o restaurante Cata-maran oferece um grande show com um balé que apresenta ao público a diversidade e beleza dos ritmos da cultura nordestina: xaxado, maraca-tu, coco, ciranda, caboclinho, frevo e forró. O espetáculo tem duração de aproximadamente duas horas.

Tour Recife e seus BairrosRestaurante CatamaranCais das Cinco Pontas | 3424 2845 / 99973 4077Dom 10h (reserva prévia) – Passeio com duração de aproximadamente duas horas.Adulto: R$ 556 a 10 anos: R$ 30 e 0 a 05 anos: gratuitoO passeio contempla as paisagens urbana e natural da cidade, passan-do por 14 bairros do Recife, entre eles, os contemporâneos e outros bem antigos que, erguidos durante o período colonial, mostram-se ainda belas edificações, hoje tombadas,

que mantêm conservada a paisagem secular do Recife.

Tour Rio Capibaribe e suas PontesRestaurante CatamaranCais das Cinco Pontas, s/n 34242845 / 999734077Seg a Sex 16h e 20h (reserva prévia)Sáb 11h | 14h30 | 16h | 17h30 | 20hDom 11h | 14h30 | 16h | 17h30Adulto: R$ 45, 6 a 10 anos: R$ 25 e 0 a 05 anos: gratuitoNesse tour, a Cidade do Recife pode ser observada por um ângulo dife-rente, ou seja, das águas do rio Capibaribe, ao longo do qual o ob-servador percorre as três ilhas do Centro do Recife (Santo Antônio, Bairro do Recife e Boa Vista) e passa por baixo de cinco pontes (Pontes 12 de Setembro, Maurício de Nas-sau, Manuel Buarque de Macedo, Princesa Isabel e Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, os visi-tantes apreciam belas paisagens de vários pontos turísticos, tais como o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernam-

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bucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. A bordo, os visitantes contam com a presença de um guia que relata histórias e curiosidades sobre o Recife.

Feiras do Prodarte33558755O Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte) promove feiras de artesanato em diversos pontos da capital pernambucana. A iniciativa, realizada desde 1987, tem como objetivos de apoiar os artesãos cadastrados no programa; fortal-ecer a geração de renda e divulgar a cultura da cidade. Fibras, tecidos, madeira e couro são alguns dos ma-teriais selecionados pelos artesãos que dão vida à grande diversidade de peças.

Feira Lagoa do Araçá1º e 3º Sábados 15h às 21h

Feira Casa Forte2º e 4º Sábados 15h às 21h

Feira do Capibaribe – Sede da Prefeitura do RecifeTrês últimos dias úteis do mês 8h às 15h

Feira Parque Dona LinduSáb e Dom 14h às 21h

Feira de Boa ViagemSeg a Dom 14h às 22h

Feira Prodarte na Rua Recife Antigo (Avenida Barbosa Lima)Dom 14h às 21h

Visitas monitoradas ao Instituto Ricardo BrennandEngenho São João, s/n – Várzea (Alameda Antônio Brennand)Ter a DomR$ 7 (para escolas agendadas) | R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)Crianças com até sete anos não pagam21210352O Instituto Ricardo Brennand ofer-ece visitas monitoradas para grupos escolares de instituições privadas e públicas. O intercâmbio entre o museu e as instituições de ensino acontece de terça a domingo, medi-ante agendamento. Realizadas por monitores capacitados, o atendimen-to serve para prestar maior assistên-cia aos visitantes. Escolas públicas têm entrada gratuita. Para escolas privadas, o bilhete custa R$7, ambas, porém, precisam de agendamento

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prévio. Além das instituições de en-sino, grupos particulares, empresas e turistas também podem agendar a visitação.

Com o mais completo acervo sobre o período Brasil-Holanda do mundo, o IRB, na Várzea, propõe-se a ser uma extensão da sala de aula. Lá os es-tudantes têm acesso ao castelo de armas, à biblioteca, à pinacoteca, entre outros espaços. O IRB abre semanalmente, de terça a domingo.

Visitas guiadas ao Teatro de Santa IsabelPraça da República, s/n – Santo AntônioTer e Dom 14h às 17hGratuito33553323 | 33553324O projeto pretende apresentar o Teatro de Santa Isabel, tombado como Patrimônio Histórico e Artístico desde 1949, contando sua história e curiosidades, como forma de contribuir para a formação de cidadãos aptos a respeitar e cuidar do bem cultural. Ao final de cada visita, os participantes assistem a uma apresentação artística. O pas-

seio, gratuito, acontece das 14h às 17h e não precisa ser agendado. O último grupo de visitantes começa o passeio até meia hora antes do horário de encerramento das visitas.

Já grupos que queiram conhecer de perto mais detalhes sobre a ar-quitetura e história do centenário Teatro, podem participar do Projeto de Educação Patrimonial. Escolas, ONGs, centros comunitários, grupos artísticos e outros do gênero devem-se inscrever pelo e-mail: [email protected] (para passeios a serem realizados às terças-feiras no turno da tarde).

Feira de Antiguidades do Museu do EstadoMuseu do EstadoAv. Rui Barbosa, 960 – Graças | 3184 3170Último domingo do mês 10h às 18hGratuitoSempre realizada no último domin-go de cada mês na área externa do Museu, a feira acontece há mais de 20 anos. A participação como vendedor é exclusiva para os anti-quários cadastrados, mas o evento é aberto ao público em geral. São

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expostas e comercializadas peças de mobiliários, joias, relógios, peças decorativas de prata, porcelanas, cristais, moedas antigas, quadros e imagens sacras. Uma oportunidade para um dia de lazer, cultura e bons negócios.

City Tour Recife MalassombradoTravessa do Amorim, 66 – Bairro do Recife | 3039 0100Sáb 18hR$45Inspirado no passeio executado uma vez por mês pela Prefeitura da Ci-dade do Recife e nos city tours as-sombrados realizados em Edimburgo e Londres, o roteiro inclui visitas a teatro, praças, museus, antigas prisões, mansões e ruas que foram palcos de mistérios e lendas de as-sombros. Todos relatados em livros ou em contos. Durante o trajeto, o público assiste de perto a represen-tação das histórias mencionadas no passeio. Todas encenadas por atores. Dentre os equipamentos que fazem parte dos nossos roteiros, estão: o Museu da Cidade do Recife, Teatro de Santa Isabel, Arquivo Público Es-tadual de Pernambuco. Os passeios acontecem aos sábados, começando às 18h, saindo da Praça do Arsenal. O roteiro é percorrido com peque-nos trechos a pé e deslocamento em ônibus rodoviário. 

Sarau da FridaBar Sushi DigitalRua da Moeda, 122 - Bairro do RecifeTer 19hGratuitoVárias atividades acontecem durante as noites do Sarau, como vendas de vinis, brechó e feira de antiguidades, além de palco aberto para o público cantar e declamar poemas durante a noite. Comandado pela empresária Irene Valença, conhecida como Frida, por se caracterizar como a pintora mexicana, o evento acontece na Rua da Moeda a partir das 20h e é gratui-to. A noite ainda conta com música ao vivo, em show aberto ao público.

3ª edição do Bazar Prime4, 5 e 6 10h às 22hCentro de Convenções de Pernambuco - Olinda | 81 3326 7402 / 81 99657 016 Entrada Gratuita (aceita 1kg de alimento não perecível para ação social)Informações:[email protected] Bazar Prime se prepara para ter-ceira edição e promete reunir mais de 200 lojas com 70% de desconto no Centro de Convenções de Per-nambuco (CECON-PE). O maior evento do varejo será realizado nos dias 4, 5 e 6 de dezembro com en-trada gratuita, das 10h às 22h. Entre as marcas consolidadas no mercado da moda, estão no leque de opções a Coca Cola, Colcci, Bonnie Clyde, Máximo Bags, Milla, Opereta, Tu-

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cano, Vagamundo, Villa Valentina, Zappataria, Becorel Perfumes, Yzzy e muito mais. A abertura do evento vai contar com o show do Trio Yeah de São Paulo. Todos os itens estarão com 70% de desconto e são para to-dos os estilos, sexos e idades. Aceita todas as formas de pagamento; dinheiro, cheque e cartão. São mais de 200 stands espalhados em 3 mil metros de área.

Responsabilidade Social - O Bazar Prime promove campanha solidária paralela ao evento e nesta edição reúne três instituições de caridade de uma só vez. Na entrada, os quilos de alimentos não perecíveis, entreg-ues pelos visitantes, serão reverti-dos em doações para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE e Movimento Pró Criança. Quem participar da boa ação con-

correrá a uma passagem aérea para qualquer lugar do Brasil. Além disso, o Bazar firmou parceria com o Out-let Solidário da AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente do Recife.

Programação:

4 Abertura: Orquestra dos meninos de rua do Movimento Pró Criança (MPC). Encerramento: Trio YEAH.5 Abertura: Grupo de dança maracatu do MPC. Encerramento: Lançamento do clipe do cantor Lucas Costa.6 Abertura: Lançamento do livro A Representação Social do Cangaço de Rosa Bezerra (filha de cangaceiro do bando de Lampião) e apresentação de dois repentistas. Encerramento: Palhaço Chocolate.

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PERFIL DO ARTESÃO 55

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A arte indígena de Rico Baré

Por Texto: Erika FragaFotos: Ítalo Santana

Sementes naturais, fibras, folhas e plumas... Ele-mentos que muitas vezes não são tão valorizados, nas mãos do artesão Wanderlan da Silva viram lindos acessórios como pulseiras, colares e brincos. Wanderlan, mais conhecido por Rico Baré, índio natural da tri-bo Baré de Manaus, aprendeu desde cedo a valorizar a natureza e tirar dela o seu sustento. Radicado em Pernambuco, há mais de 20 anos, Rico mora em Águas Belas, Agres-te Pernambucano, e é casado com uma índia Fulni-ô.

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Há mais de duas décadas traba-lhando com artesanato ele se inspira na natureza para fazer suas biojóias. “Exceto minha mãe, todos da minha família são artesões. Minha esposa, por exemplo, trabalha com cestaria feita a partir do trançado de fibras. Já nascemos com esse contato com a natureza, não tem como explicar.”, revela. Segundo Rico essa arte indí-gena se tornou conhecida há menos de 15 anos.

O processo de produção é muito artesanal, começa lá na mata em busca das sementes. “Pego a semente bruta e faço todo o tratamento de limpeza, polimen-to, tingimento para só então começar a fazer o que a imaginação mandar.”, detalha. Rico vende os acessórios na Casa da Cultura de Pernambuco, ele reveza o box com um amigo também de Águas Belas. Os produtos possuem um valor acessível, é possível comprar uma pulseira a partir de dez reais, já os colares tem um pre-ço médio de 30 reais. “Meu trabalho é bem variado é

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PERFIL DO ARTESÃO 57

difícil alguém chegar não gostar de um modelo ou das cores, mas caso o cliente peça algo diferente eu faço na hora.”, afirma.

O artesanato de Rico é divulgado boca a boca, ele não possui estratégia de divulgação, nem de redes so-ciais ele gosta, por isso, afirma que a melhor maneira de tornar a sua arte conhecida é por meio das feiras de artesanato. Ele viaja por quase todo o Brasil para participar desses eventos, aqui em Pernambuco, ele participou de quase todas as edições da Fenearte, ago-ra em novembro ele irá ao Canadá para participar de um evento. “A minha ida ao Canadá é fruto de uma parceria com uma ONG não governamental, que está levando várias pessoas para mostrar o seu trabalho. De Pernambuco fo-ram selecionados três índios, eu como artesão, um professor e um estudante de direito.”, conta. Segun-do Rico seu público maior é forma-do por brasileiro, mas aos poucos ele está conquistando os turistas.

Arte indígena Rico Baré

97910.2201 |98208.4002 | 99964.4099

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Mulheres Negras: Expressões da LiberdadeO artista plástico, grafiteiro e ilustrador, Adelson Boris, apresenta a sua primeira exposição individual. A mostra conta com 24 telas de mulheres negras do nosso cotidiano representadas através da técnica de pinturas em aquarela e uma intervenção de graffiti em uma das paredes do museu.

Toda esta influência da mulher negra no trabalho do artista parte do seu histórico de vida. Vindo de uma família de base matriarcal de várias mulheres negras - avó, mãe, tias, irmã, primas e companheira – reportou ao artista uma convivência com os vários padrões reproduzidos por elas, resultando na valorização da estética e história da luta da mulher negra em suas pinturas e grafitti.

Museu de Artes Afro-Brasil Rolando ToroR. Mariz e Barros, 328 – Bairro do RecifeAté 19Ter a sex 12h às 18 Sáb,Dom e feriados 14h ás 17h

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Exposições na Fundação Joaquim NabucoCampus Gilberto FreyreAv. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa ForteAté 31/01 ter a sex 9h às 12h / 14h às 17h Sab, Dom e Feriados 13h às 17h

Brasília TeimosaDa artista Clarissa Tossin, bacharel em Artes e mestre em Artes na Califór-nia Institute of the Arts. Influenciada por sua infância em Brasília, cidade construída por sua utopia modernis-ta, Clarissa Tossin centra sua prática artística na investigação de promessas, legados e falhas da modernidade e do idealismo utópico, através das artes plásticas, onde se utiliza do paisagis-mo, da geografia e da organicidade que brota da cidade e do seu imaginário, para compor suas obras.

EmbondoDo artista Paulo Nazareth nascido em Minas Gerais, licenciado em Desenho e Gravura. Suas obras percorrem o mundo através de suas caminhadas transformando seus passos e os luga-res por onde caminha, em formas de expressões artísticas, onde a perfor-mance e as intervenções urbanas, são linguagens chaves, de suas criações.

21 Anos sem Zé de BarrosGaleria Janete Costa Parque Dona Lindu – Av. Boa Viagem, s/n, Boa ViagemAté 10/01 Ter a sex 12h às 20h Sáb e dom 14h às 20hA exposição contém 140 obras do ar-tista pernambucano Zé de Barros que desde 1996 (dois anos depois do seu falecimento) não tem sua produção apresentada na cidade. Idealizada pelo artista Izidorio Cavalcanti e sob cura-doria de Joana D´Arc Lima e Sebastião Pedrosa, a mostra aborda a obra do

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desenhista, pintor, gravador, além de ter atuado como professor na Universi-dade Federal de Pernambuco no curso de educação artística.

A mostra foi divida em três blocos: A primeira apresenta gravuras e lito-gravuras, incluindo a série Impressões Amazônicas, que foi exposta em 1996, na UFPE, dois anos após a sua morte, no segundo módulo, estão reunidas as memória do artista: algumas de suas anotações, peças gráficas, esboços, transcrição de suas cartas endereça-das à família quando se encontrava em estudo em Paris, matrizes de gravura em metal ou xilogravura e o terceiro e último módulo vai apresentar pin-turas, algumas em grandes formatos, e 43 desenhos em nanquim do artista

PilhagemA Casa do Cachorro PretoRua 13 de maio, 99, Carmo – OlindaAté 20

A mostra reúne artistas que expuseram na Casa durante o ano de 2015 e ainda apresenta outros que já estão progra-

mados para 2016. Este ano 24 artistas participam da mostra Ayodê França, Arbos, Beto França, Bia Melo, Bozó, Caramurú Baumgartner, Daaniel Araú-jo, Demetrio Albuquerque, Greg, Ianah Maia, Jeims Duarte,  Laurie Anderson, Luiz Ribeiro, Luiza Branco, Manu Pur-dia, Mascaro, Maurício Castro, Nando ZV, Nathalia Queiroz, Philipe Sidartha, Raoni Assis, Shiko, Tatiana Moss e Va-leria Rey Soto – todos com técnicas e plataformas variadas, este ano tem escultura, telas, papel, madeira, em óleo, acrílica, aquarela, pastel, posca, nanquim e grafite.

“Inimigos” do artista Gil Vicente.Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam)Rua da Aurora, 265 – Boa VistaTer a Sex 12h às 18hSáb e Dom 13h às 17hGratuito

O Mamam foi vencedor do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça/Funarte 2014 para acervos públicos do Brasil. O incentivo contemplou a série “Inimigos”, composta por 10 desenhos em carvão sobre papel. Antes de ser premiada, a série foi exibida no Recife,

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Natal, Campina Grande, Porto Alegre e na “29ª Bienal de São Paulo”, em 2010.

Exposição Esporte e MovimentoCaixa Cultural RecifeAvenida Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife | 3425.1900 | 3425.1915Ter a sáb 10h às 20hDom 10h às 17hGratuito

A exposição é uma seleção de apro-ximadamente 2 mil itens da coleção de mais de 70 mil artefatos esportivos pertencentes a Roberto Gesta Melo. A mostra inclui selos, moedas, troféus, tochas, fotografias, vídeos, medalhas originais e outros objetos relacionados ao esporte. É a maior coleção privada de artefatos esportivos do mundo.

Preservar IgarassuSobrado do ImperadorRua Barbosa Lima, nº 122, Sítio Histórico, Igarassu | 3545.0537 | 3545.0307Seg a sex 9h às 12h, e 13h às 17hGratuito

A exposição marca a inauguração ofi-cial da Casa do Patrimônio/Iphan na cidade. E pretende promover o patri-mônio histórico, cultural e paisagísti-co do município por meio de painéis expositivos, exibição de vídeo / docu-mentário, peças representativas do seu patrimônio imaterial e apresentação de importantes expressões culturais da cidade. Durante a permanência da Ex-posição serão realizadas diversas ativi-dades culturais e de cunho educativo a serem desenvolvidas em conjunto com a sociedade e a Rede de Parceiros da Casa do Patrimônio/Iphan em Igarassu.

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Chávez Siembra de Patria Cosecha de RevoluciónConsulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em RecifeAv. Conselheiro Aguiar, n° 597, Boa Viagem | 3131 8150 ( agendamentos para grupos e escolas)Seg a sex 9h às 12h e 14h às 16hGratuito

O Consulado da Venezuela em Reci-fe, celebrando o intercâmbio cultural entre

povos irmãos do Brasil e da Venezuela, apresenta a exposição Chávez Siembra de Patria, Cosecha de Revolución, com mostra fotográfica concebida pelo ar-tista Oscar Aramendi. Serão vistos mo-mentos impactantes da vida do líder Hugo Chávez, da história recente do país, sua cultura política e a luta pela integração latino-americana. O públi-co também terá acesso ao livro Hugo Chávez, uma Biografia que é Como um Conto em linguagem infanto-juvenil traduzido à língua portuguesa.

O Tempo da TorreTorre MalakoffPraça do Arsenal, S/N – Bairro do Recife | 3184 3180

A mostra conta a história do monu-mento desde a sua construção como Arsenal da Marinha, em 1853, até pas-sar a ser gerido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. A exposição é formada por um acervo mostrado há 15 anos na exposição ‘Por que Malakoff?’, composta por fotografias do Museu do Estado, da Fundação Joaquim Nabuco e do Mu-seu da Cidade do Recife, datados do final do século XIX e início do século XX, pesquisados por Betânia Correa de Araújo. Já o século XXI foi retratado por estudantes da rede estadual de en-sino, durante a oficina de Foto e Vídeo Celular ‘Um Olhar Sobre Recife’, minis-trada pela Malakoff em 2013.

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ComeMorar OlindaCasa do Patrimônio – IphanRua do Amparo, 59, Carmo – Olinda3429 2862Ter a sex 09h às 12h / 14h às 17hGratuito

A exposição, sob a curadoria do muse-ólogo e historiador Aluizio Câmara, é um convite à reflexão sobre as particu-laridades que transformaram a cidade em Patrimônio da Humanidade. Mas com um diferencial: voltar o olhar não às construções mais emblemáticas do Sítio Histórico, e sim à casa do cidadão comum, elemento central da expressão cultural olindense. Partindo da inda-gação “como é morar em Olinda?”, a exposição procura explorar o universo desconhecido da moradia olindense, buscando evidenciar as especificida-des do modo de vida local, sua rela-ção com o patrimônio, as virtudes e as dificuldades de se viver em Olinda. A mostra conta com vários formatos de mídia, entre fotografias, vídeos, textos, narrações de histórias e depoimentos sobre a vida em Olinda, a partir da visão dos moradores, proporcionando, assim, ao visitante, uma leitura dinâ-mica de como seria morar em Olinda.

Exposições no Instituto de Cultura Brasil-ItáliaRua Marques Amorim, 46 – Boa VistaTer a sex 9 às 21h e Sáb 9h às 13hGratuito

Retratos, desenhos de Leonardo da VinciA exposição é composta por diversos desenhos do famoso artista italiano Leonardo da Vinci. Durante a visita, é possível ver um documentário sobre o artista e sua produção e fazer consulta a livros e publicações a respeito do mestre renascentista.

Exposição de fotografias ItalianasOriginais de fotógrafos italianos sobre as paisagens do seu país. Participam da mostra os fotógrafos: Wanda Tucci Cas-telli, Lino Ghidoni, Renato Guidi, Bru-no Baraccani, Carlo Florentini, Gianni Bracci, Enzo Guarguagli, Angelo Savoca, Claudio Marcozzi, Renato Pennuti, An-gelo Movizzo e Nando Chiappetta.

Arquitetura de Veneza e de FlorençaA exposição contém imagens gráficas da arquitetura das cidades italianas.

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Festival de Curtas de PernambucoA 17ª edição do FESTCINE - Festival de Curtas de Pernambuco, que acontece de 7 a 12 deste mês, no Cinema São Luiz, tem como finalidade apresen-tar as diversas realizações de curtas--metragens oriundas da produção in-dependente de Pernambuco, mediante seleção e concessão de prêmios outor-gados, respectivamente, pelo Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura de Pernambuco (SECULT) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) e o Município do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife – (FCCR), aos premiados objetivando incentivar a produção, a criatividade e a difusão da produção audiovisual pernambucana.

SIMIÃO MARTINIANAO É HOMENAGEADO NO FESTCINE

Para homenagear o cineasta camelô, será lançado, na noite de premiação do Festcine, a série de TV “Simião Re-make”, produzida pela Página 21, com-posta por um documentário e releitura de três longas de Simião martiniano.Em entrevista a Manoel Constantino, um dos produtores e diretor da série,

Rafael Coelho, nos conta que tudo co-meçou quando Simião Martiniano teve o seu filme “Show Variado”, em 2009, produzido pela Página 21, juntamente com Antonio Carilho. Durante as fil-magens surgiu a ideia de se fazer um remake das abras do cineasta, mas só um tempo depois é que Rafael Coe-lho e Eduardo Monteiro, ao lado de Claúdia Moraes, vislumbram, de fato, a possibilidade dessa produção, convo-cando de imediato o também cineasta Antonio Carrilho.

Simião Remake é uma minissérie em quatro episódios, composta de docu-mentário e três adaptações de filmes realizados por Simião Martiniano (1932-2015). Conhecido como o Cineasta Ca-melô, Simião fez o chamado cinema de bordas, aquele realizado com baixo orçamento, poucos recursos, muito im-proviso e camaradagem. Um tipo de produção naif, dotada de elementos rústicos, que fugia o academicismo e à estética padrão. Os três remakes foram escritos e dirigidos por reali-zadores de diferentes gerações, com gêneros variados (western spaguetti, noir e ação) e ambientados em cená-rios distintos: agreste, metrópole e zona da mata.

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QUATRO EPISÓDIOSO programa de abertura é um docu-mentário, dirigido por Amaro Filho. Apresenta a obra de Simião com tre-chos dos filmes originais e depoimen-tos do cineasta, além de cenas das gravações dos remakes e entrevistas com os envolvidos no projeto, como diretores, atores e técnicos.

O segundo episódio é A Mulher e o Man-dacaru, original de 1996, adaptado por Rafael Coelho. A história reúne um homem em decadência econômica, uma prostituta cansada da profissão e irmãos malfeitores procurando confu-são. “No meu caso, preferi dar ares de western contemporâneo ao filme, num cenário rural, repleto de personagens infelizes”, acentua Rafael.

A valise foi trocada é o terceiro telefil-me da série. Dirigido por Simião Mar-tiniano em 2004, o original é descrito como “um filme policial com 60% de cenas de ação”. Na adaptação de Edu-ardo Monteiro o enredo ganha ares de produção noir envolvendo policiais corruptos, indústria da fé e agiotagem.

“O tom das obras de Simião é a prova de que uma história bem bolada não precisa de parafernálias para cativar o público”, elogia Eduardo. E acrescenta: “Simião é um exemplo do realizador que sobrepôs com primazia obstá-

culos que inviabilizam os sonhos de jovens e velhos cineastas ao redor do mundo: falta de apoio financeiro para realização e divulgação dos filmes. Ele elevou sua figura como diretor de ci-nema para o hall dos que são referên-cia estética e lingüística - driblando as desventuras da vida e deixando um legado que influencia não só o cinema e artes em geral num pequeno nicho, sua obra é universal nas suas sutilezas regionais”. Ainda indagado sobre a fei-tura do filme, Eduardo Monteiro nos disse que “Fazer uma releitura de uma obra de Simião foi algo aterrorizante de início. Desde as primeira reuniões para tratarmos da adaptação, já era consenso de que o formato final da obra deveria remeter ao modo de fazer e contar histórias de Simião. Jamais pensamos em dar uma estética acadê-mica aos filmes,  a pegada naïf sempre foi o que mais me atraiu na filmografia desse mestre e chegar perto de sua estética é algo que mesmo agora não sei se foi exitoso.Passado o terror inicial, vem a honra em ter na minha debutante filmogra-fia não só a adaptação de uma obra Simeão Martiniano, o cineasta ca-melô, como também a realização de um sonho de ter feito parte de uma realização junto a um ídolo. Espero que “A valise...” transmita bem a idéia de que podemos fazer um filme uni-

Cláudia Moraes (produção)

Diretores da série

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versal - mas feito pelo e para o povo; mostre a quem interessar possa que, assim como o cinema guerrilheiro de Simeão, a periferia (r)existe”O último episódio é A Moça e o Rapaz Valente, adaptação de Antonio Carrilho para o filme homônimo, lançado em 1998. O protagonista é um tipo popular ousado, uma espécie de Pedro Malasar-tes, que pretende provar sua valentia para conquistar a filha de um rico fa-zendeiro. “Fiz um filme aproveitando diversos diálogos do original”, adianta Carrilho, que havia dirigido Simião em O Homem da Mata (2004). E acrescenta, “acredito que a série “Simião Remake” segue o caminho rumo ao um cinema popular brasileiro. Procurei ao escre-ver o roteiro de “A Moça e o Rapaz Valente” seguir ao máximo, o espírito e as singularidades de Simião como realizador. Estão presentes suas refe-rências de gêneros como: o western, as chanchadas e os filmes de kung-fu. Par-tindo dos personagens dele, adentrei num universo bem peculiar, inspirado, sem regras, livre. Os roteiros de Simião nunca foram escritos, eram criados na hora das gravações, no improviso, com efetiva participação dos atores. Foi um desafio gratificante dar forma a falas que foram improvisadas, espontâneas.Percebi durante o processo que ele trabalha com arquétipos presentes na literatura, no teatro e no cine-ma. O grande diferencial é que essa linguagem foi desenvolvida por um homem do povo, com uma formação acadêmica inexistente e uma situação absolutamente desfavorável para de-

senvolver uma atividade artística. O resultado final é uma simbiose entre minha procura por um cinema popu-lar, facilmente digerível pelo público comum e o universo desse camelô que ousou fazer cinema no Brasil apesar das dificuldades gigantescas”.

Amaro Filho, diretor do documentário incluso na série Simião Remake, em seu depoimento para nós, comemora todo o trabalho realizado pelas equi-pes e ressalta que “nestes últimos anos tive a felicidade de ter trabalhado com ícones do cinema nacional, como por exemplo, fazer a assistência de direção do inesquecível Fernando Spencer, de dirigir documentário sobre a trajetória de João Sagattio, e mais recentemente a imensa satisfação de ter trabalhado com Simião Martiniano nesta séria his-tórica onde o próprio participou de toda a série atuando. Tivemos momen-tos de muito riso com os trejeitos de Simião interpretando. Ele estava feliz e curtindo muito as mudanças feitas nas suas obras.”Simião Remake é um projeto da Página 21, incentivado pelo Funcultura.

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PROGRAMAÇÃO GERAL DO FESTCINE

CINEMA SÃO LUIZEntrada Gratuita

Seg 07 19hClassificação: 14 anosBajado (Documentário, 21 minutos, 2015), de Marcelo Pinheiro

A cena e a cana (Animação, 2014, 2 minutos), de Bruno Cabús, Paulo Leonardo e participantes da oficinaO Botãozinho Vermelho (Ficção, 14 minutos, 2013), de Erickson Marinho

Extraterritorial (Experimental, 3 minutos, 2015)

Ponto de Remendo (Ficção, 13 minutos, 2015), e Adriano Portela

Wandenkolk (Documentário, 18 minutos, 2015), de Bruno Firmino

Dale lôko (Videoclipe, 6 minutos, 2015), de Buguinha Dub

Os filmes que moram em mim (Ficção, 13 minutos, 2015), de Caio Sales

Ter 08 19hClassificação: 14 anosOlinda Patrimônio Cotidiano (Documentário, 23 minutos, 2015), de Mateus Sá

Vazio (Ficção, 10 minutos, 2015), de Linda Nogueira

Milagres (Documentário, 20 minutos, 2015), de Adalberto Oliveira

Diva (Ficção, 15 minutos, 2015), de Luiz Rodrigues Jr.

S3TART Palaffiti (Documentário, 15 minutos, 2014), de Francisco Eduardo Alves Crispim

Minha geladeira pensa que é um freezer (Ficção, 10 minutos, 2015), de Pablo Polo

Qua 09 19hClassificação: 18 anosMães de Fé (Documentário, 9 minutos, 2015), de Henrique Ferreira e Mauro Lira

Vertigo Lomba (Experimental, 4 minutos, 2015), de Almir Guilhermino

A clave dos pregões (Documentário, 15 minutos, 2015), de Pablo Nóbrega

Turvalina 666 – SpaceSugars (Videoclipe, 3 minutos, 2015), de Grilo

Exilia (Documentário, 24 minutos, 2015), de Renata Claus

A Rede (Videoclipe, 2 minutos, 2015), de Negobando

Homorragia (Experimental, 7 minutos, 2015), de Lorena Arouche

O cheiro de Zattar (Documentário, 14 minutos, 2015), de Zeca Miranda

A Quitinete (Ficção, 15minutos, 2015), de David Sobel

Qui 10

MOSTRA COMPETITIVA DE FORMAÇÃO19h, Classificação: 14 anos

Fragmentos de uma cronologia inerte (Documentário, 8 minutos, 2013), de Lucas Simões

Habitat (Ficção, 8 minutos, 2014), de Roberto França

Mulher(es)pelhos (Ficção, 7 minutos, 2015), de Rayza Oliveira

Mercúrio (Ficção, 12 minutos, 2015), de Wellington Bravo

Rez (Ficção, 15 minutos, 2015), de Luciano Bresdem

MOSTRA COMPETITIVA GERAL20h, Classificação: 16 anos

Lá vem a AeroMonga (Animação, 1 minuto, 2015), de Chia Beloto, Marila Cantuária, Rui Mendonça,

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Guma Farias e Paulo SanoLa ursa psicodélica (Experimental, 12 minutos, 2015), de Grilo

Arsenal (Videoclipe, 3 minutos, 2014), de Chico Amorim

João Heleno dos Brito (Ficção, 20 minutos, 2014), de Neco Tabosa

Brados bardos (Videoclipe, 5 minutos, 2015), de Guilherme Patriota e Eric Gomes

Súbito (Animação, 3 minutos, 2015), de Ayodê França

Virgindade (Documentário, 13 minutos, 2015), de Chico Lacerda

Dia de folga (Videoclipe, 3 minutos, 2015), de Jean Santos

Soledad (Ficção, 22 minutos, 2015), de Joana Gatis, Flávia Vilela e Daniel Bandeira

Homenagem à cineasta Adelina Pontual

Sex 11

MOSTRA COMPETITIVA DE FORMAÇÃO19h, Classificação: 16 anos

Anunciada (Documentário, 20 minutos, 2015), de Saulo Lima e Walter Andrade

Oficina do Filme Pintado (Ficção, 2 minutos, 2015), de Direção Coletiva

Vidas sobre rodas (Documentário, 6 minutos, 2015), de Adelvando Souza, Juliana Nascimento, Keheryne Mariz e Maria Beatriz FalcãoA bailarina e a moça (Ficção, 19 minutos, 2015), Direção Coletiva

MOSTRA COMPETITIVA GERAL20h, Classificação Indicativa: 16 anos

Ihiato – Narrativas dos Anciãos Fulni-ô (Documentário, 15 minutos, 2015), de Elvis Ferreira

Spirit (Animação, 1 minuto, 2015),de Elvis Leandro de Lima

Papo amarelo – o primeiro tiro (Ficção, 15 minutos, 2015), de Anildomá Willans de Souza

Máscara de Papel (Experimental, 1 minuto, 2015), de Isabela Fernandes e Nina Gomes

Festa Popular (Animação, 2014, 2 minutos), Direção Coletiva

Olhos de Botão (Ficção, 18 minutos, 2015), de Marlom Meirelles

Me? (Animação, 1 minuto, 2015), de Rafael Dayon

Zeomi (Experimental, 18 minutos, 2015), Direção Coletiva

Veludosas Vozes Veladas (Animação, 13 minutos, 2015), de João Paulo Soares e Neidjane Tenório

Sáb 1217h – Sessão Especial Festival VerOu-vindoExibição de curtas com acessibilidade comunicacional 19h – Cerimônia de Premiação

Lançamento da série de TV “Simião Remake”

Homenagem à Simião Martiniano

ENCONTROS DE CINEMA

Qui 1016h30 – Lançamento do e-book: Au-tobiografias do Outro - Camadas de Selfies em Documentários Pernambuca-nos, de Márcio AlmeidaAuditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM)

Sex 1116h30 – Políticas Públicas para o AudiovisualParticipantes: Alfredo Manevy (SP Cine), Paulo Linhares (Centro de Cultura e Arte Dragão do Mar (CE), Milena Evangelista ( Secult/PE )Auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM)Aberto ao público

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MO

DA

Por: Erika FragaFotos: Ana Estela BragaGigolé

Criada há dois anos, a marca de acessórios femini-nos, Gigolé desenvolve produtos de forma artesanal, dando um ar de exclusividade a cada peça. Furto de uma parceria entre as irmãs Cibele e Priscila Duarte, a marca que surgiu despretensiosamente hoje coleciona uma grande clientela.

As irmãs, naturias do Crato/CE, escolheram um nome bem regional para a marca, Gigolé na realidade significa tiara de cabelo. “Moramos no Recife há mais de dez anos e quando chegamos todo mundo achava estranho quando falávamos gigolé, até tiravam onda. Então achamos legal colocar esse o nome na marca.”, lembra Cibele. Para as meninas foi tudo uma grande surpresa, não imaginavam que o simples hobby de fazer bijuterias tomaria essa proporção e teria uma aceitação

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tão grande. “Desde pequena criávamos acessórios e foi uma surpresa quando as pessoas começaram a producar as nossas peças, foi tudo inesperado, então estamos em busca de qualificação agregando novos conhecimentos para produzir cada vez melhor as peças e até mesmo para administrar melhor o negócio.”, conta Priscila.

As atividades são bem distribuí-das entre elas, Priscila cuida de toda parte administrativa e também da produção, já Cibele é responsável pela criação dos acessórios. Como tudo é muito artesanal as meninas se preocupam com o bem estar das clientes, cada modelo passa por um período de teste, no qual é verifi-cada a funcionalidade do produto, por exemplo: se o peso é ideal, se é confortável, se os fechos são resis-tentes e se as pessoas irão gostar.

“Buscamos conhecer novos matérias e trabalhar com produtos diferenciados. Usamos muito metal e miçan-ga, mas já trabalhamos com acrílico, corda e torçal. A tecelagem artesanal está presente nessa atual cole-ção, chamada de Entre Tramas, procuramos resgatar e reviver a história da nossa marca que também é a nossa história de vida”, destaca Cibele.

A marca apresenta duas propos-tas, uma conceitual e outra tradi-cional, e não segue um padrão de moda massificada, os acessórios possuem uma identidade singular que é inspirada no Sertão do Cari-ri. “O Sertão do Cariri é uma região muito rica de cultura, artesanato e beleza natural. Lá a cultura religiosa e popular está atrelada se tornando ainda mais forte.”, destaca Priscila.

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MODA 71

A coleção Entre Tramas, por exem-plo, traz referências do Cariri a car-tela de cores foi toda inspirada nas belezas naturais da região, como o verde dos cactos, os tons terrosos do solo e das telhas e o azul da água, pois não podemos esquecer que o Cariri é conhecido como Oasis do Sertão. Atualmente elas estão ela-borando uma coleção que será lança-da até o final deste ano, novamente usando como referência a identidade cultural do Cariri, esse novo trabalho será inspirado na renda e prometer ser bem diferente.

Por hora a Gigolé não possui loja física, mas os são encontrados em algumas lojas colaborativas espalhada pela cidade, como o Quintal Criativo no Recife, a Zoco e o Café 4 Estações em Olinda, além de lojas no Crato e em Fortaleza. Também é possível adquirir os produtos por meio da loja virtual ou pelas mídias sociais.

Mais informações:Cibele – (81) 99737.8980Priscila – (81) 99772.3356E-mail: [email protected]: gigole_acessorioswww.facebook.com/GigoleAcessorios

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PEQUENO COMENTÁRIOSOBRE O MEU RECIFE

José Terra

Teu poema debaixo da ponteÉ uma fisgada minha, Veneza Brasileira

Teus poetas malditosCom vinhos de quinta

Latejando liricamenteSão minha guerra e minha paz, Florença dos Trópicos

Teus casebres de Josué e ChicoSão cicatrizes minhas, Manguetown

Tua mulher romântica e solitáriaÉ minha amputação, Cidade Maurícia

Teu mar em comunhão com tua cançãoÉ o meu principal exílio, Capital do Nordeste

E teus políticos (sem Deus!)São revistos e refeitos no meu espírito

Como um revés e um parto, Capital Brasileira dos Naufrágios

(Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya)

JOSÉ TERRA - Nasceu em Palmares (PE) e vive no Recife desde o ano de 1996. Po-eta, editor e produtor cultural. Organizou (2003/2004), com José Jorge Ferreira e Aldo Lins, o recital de poesia “Hospício Poético” (Restaurante Viena, Rua do Hos-pício, Recife). Incluído na antologia Poetas dos Palmares (2002). Publicou 21 Po-emas (2005), em parceria com Joel Marcos, Poesia do mesmo sangue (2007),em parceria com Juareiz Correya, e o ebook Música de Rua (2015). É produtor cul-tural do projeto “Poesia Viva nas Escolas da Mata Sul” (Funcultura / Fundarpe/ Secretaria de Cultura/ Governo de Pernambuco, 2014/2015).

POESIA VIVA DO RECIFEHomenagem aos 478 anos da Cidade

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Ascenso – A poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos

A obra é o primeiro pro-duto do Laboratório de Autoria Ascenso Ferrei-ra do Sesc Cais de Santa Rita. O livro reúne 12 histórias em quadrinhos criadas a partir de poe-mas de diversas fases do poeta Ascenso Ferreira. Os artistas do livro, Ana Blue, Christiano Masca-ro, Flavão, Laerte Silvino, Eloar Guazzelli, João Lin, Liz França, Luciano Félix, Rafael Anderson, Rao-ni Assis e Tiago Acioli passaram por diversos temas, tais como: nos-talgia, provincianismo, moralismo, diálogo ex-pressões da cultura po-pular, a fase modernista do poeta e do problema

da descaracterização da paisagem urbana. Publi-cado pelo Sesc, possui 80 páginas.

Adeus

A obra do reconhecido poeta recifense, Miró da Muribeca, reúne trinta e três poemas. O livro traz uma temática existen-cial acentuada, passan-do pela relação com o sagrado e a solidão, sem abandonar a caracterís-tica de cronista e crítico da sociedade, marcas do poeta Miró, que decidiu mudar-se da Muribeca onde morou durante anos, o que dá uma pista das múltiplas interpreta-ções que o título pode sugerir. Na primeira edição as capas levam a assinatura do autor. Publicado pela Editora Mariposa Cartonera, custa R$ 20.

Ariano Suassuna em quadrinhos

A obra de história em quadrinhos (HQ) abor-da a história da vida de Ariano Suassuna que nasceu no palácio do Governo da Paraíba e foi proclamado, pelos seus admiradores, Imperador da Pedra do Reino. Ro-mancista, poeta, drama-turgo, homem público e criador do Movimento Armorial do Nordeste, Suassuna é um persona-gem singular nas artes, na cultura e na valori-zação das tradições do Nordeste Brasileiro. Com o roteiro de Bruno Gau-dêncio e ilustrações de Megaron Xavier, o livro foi publicado pela Pat-mos Editora e possui 40 páginas.

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Primeiro Ato Poético

O livro é a estreia da atriz e jornalista per-nambucana Daniela Câ-mara. A obra reúne 60 poemas que aludem a filmes feitos pela atriz, além de espetáculos, teatros pelos quais ela tem maior afetividade, diretores, encenadores, atores e profissionais que circulam no meio teatral e cinematográ-fico da localidade, com os quais ela tem forte ligação. “Meu livro tra-ta das alegrias e agonias vivenciadas a cada cons-trução de personagens, além do caos biológico o qual somos acometi-dos, dentro do processo de construção de cada trabalho vivenciado”, afirma a autora. O livro custa R$ 20.

A Menina e o Gaviãowww.cepe.com.br/lojacepeO escritor Arthur Carva-lho, membro da Acade-mia Pernambucana de Letras, Academia Per-nambucana de Letras Jurídicas e Academia de Artes e Letras de Per-nambuco, conversa com o leitor, de múltiplas maneiras, através de suas crônicas, domina-das pela oralidade e ima-gens sutis da vida com seus imprevistos. Desde as partidas dominguei-ras de futebol, passando por aspectos da culiná-ria, as peculiares radio-las de ficha, grandes e improváveis amizades, tudo é tema para suas reflexões que aliam o gosto pelas coisas popu-lares e a literatura mais erudita. A obra contém

200 crônicas publicadas pelo escritor na página Opinião do Jornal do Commercio. Publicado pela Cepe Editora, pos-sui 410 páginas e custa R$ 25.

A Última Noite de Kafka e Outros Dramas

O livro é uma reunião das peças teatrais: A última noite de Kafka; Suplício de Frei Caneca; A Emparedada; Brin-cantes do Belo Monte; Dragão do Mar; Antes que a Guerra Acabe; Concerto Concreto; A flauta de Pã; As Aventu-ras de Pinóquio; Somba, o Menino que não Devia Chorar e Flor Destruída do membro da Acade-mia Pernambucana de Letras Cláudio Aguiar. Como celebração dos

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GIRO LITERÁRIO 75

seus 70 anos, a obra é dedicada a Ariano Suas-suna, traz artigos de Ser-gio Fonta, Julio Peñate Rivero e introdução do próprio Autor, além de opiniões sobre as obras, notícia biobibliográfica, álbum de fotografias e capa de Romildo Gomes. A obra é uma publicação da Editora Ibis Libris e da Academia Brasileira de Letras (ABL) e possui 948 páginas.

Conspiração no Guadalupewww.cepe.com.br/lojacepeA história acompanha um grupo de revolu-cionários guiados pelos pensamentos marxistas. As reuniões acontecem em Olinda. Misturando religião e romance o li-vro traz lugares pitores-cos como o Maconhão, bar em que os compa-

naturezas, como a fome e o tédio, o escritor João Paulo Parisio utiliza seu olhar criador em poe-mas que transmitem as diversas proporções das coisas. Cada poema é carregado com seus sen-timentos específicos que invadem o leitor. Os ver-sos uma hora expandem e em outra introjetam, são esculturas fluidas carregadas da essência do autor – que já é con-siderado indispensável para a literatura con-temporânea e destaque na cena pernambucana. Publicado pela Cepe Edi-tora, possui 93 páginas e custa R$ 30.

Fernanflorwww.editorailuminuras.com.brO mais novo romance

nheiros vão comemo-rar dançando, e vive se debruçando nas praias e nas ladeiras da Sé. A crença nos orixás se confunde com a idola-tria a Marx, entre com-parações constantes. Do escritor e militante político de esquerda Marco Albertim, a obra de militantes socialistas e notívagos boêmios fala de amor, sexo e paixão na histórica cidade de Olinda com bastante maestria literária em cima de endereços e re-alidades políticas reais da história brasileira. Publicado pela Cepe Edi-tora, possui 193 páginas e custa R$ 30.

Esculturas Fluídaswww.cepe.com.br/lojacepeTomando como inspira-ção temas de variadas

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o livro discute sexo, po-lítica, pedagogia, filoso-fia, poesia, entre outros temas.  O relato ainda contém depoimentos de personalidades da cultura brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Anco Márcio Tenório Vieira e outros intelec-tuais que fazem parte do círculo de JMB.

Ruas sobre as águaswww.cepe.com.br/lojacepeNo livro com bastantes fotos históricas, as pon-tes recifenses estão em foco pela sua importân-cia. Para o escritor José Luiz Mota Menezes, a construção de pontes sempre esteve presen-te quando era preciso expandir a cidade, co-nectar lugares ou urba-nizar, tanto para antigos engenhos e povoados. O Recife cresceu com as pontes. Por ser formada por arrecifes a presença delas é essencial para o surgimento e forta-lecimento da vila que se tornaria a capital do Estado na época até os dias atuais. Em Rua sobre as águas encontram-se histórias sobre esse íco-

do escritor Sidney Ro-cha, Fernanflor é pri-meiro volume da trilogia Gerônimo. A obra abor-da a saga do marcante personagem Jeroni Fer-nanflor. Na obra, a movi-mentada vida do artista plástico é marcada pelo talento, obsessão, estéti-ca e vaidade do persona-gem. Publicado pela Edi-tora Iluminuras, possui 112 páginas e custa R$ 38.

Do Escrevivendo aos Atentados Poéticos: Os abismos da poeticidade em Jomard Muniz de BrittoLivraria Jaqueira

A obra aborda os  sete livros do poeta Jormard Muniz de Britto (JMB). Baseado nas ideias li-bertadoras que ques-tionam o status quo do poeta, o escritor Moi-sés Monteiro de Melo Neto divide o livro em três partes:1) Anos 70 e 89;  2) Anos 90;  3) De 2001 em diante.  Fruto da tese de doutorado do autor no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco,

ne da capital. Publicado pela Cepe Editora, possui 86 páginas e custa R$ 25.

Sarau da Boa VistaRestaurante MaremotoRua do Hospício, 68 – Boa Vista99793365919 19h

O Sarau da Boa Vista reúne poetas e músicos de diferentes gerações para que possam com-partilhar experiências e conhecimento. Na 25ª edição, o evento home-nageia o poeta autor do “Pequeno Príncipe em Cordel”, Josué Limeira, na companhia dos po-etas Aldo Lins, Chicão, Sérgio Leandro, Carlos Maia, Tamires Driely, Thaynnara Queiroz, Adriana Barbosa, Jetro rocha, entre outras pre-senças confirmadas. No-mes como Jomard Muniz de Britto, Almir Castro Barros, Fátima Ferreira, Cida Pedrosa, Jorge Lo-pes, Juareiz Correya, An-tonio de Campos, Marce-lo Mário Melo e Manoel Constantino já partici-param do encontro. Em Dezembro, a música fica por conta de Gilmar Ser-ra e Walgrene Agra.

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CURSOS E CONCURSOS 77

no sábado (12/12), a partir das 10h tam-bém no Museu da Cidade do Recife.

12 17h às 21h Mesa 7 2015 – “Política do Sensível” com Eustáquio Neves, Miguel Chikaoka e Erro99

Instituto de Cultura TécnicaRua Duque de Caxias, 356 Pavimentos 1/2/3 – Sto Antônio | 3424 2625e-mail: [email protected]ções das 9h às 18h12º CONCURSO DE ARTES PLASTICAS CAMPINA DO TABORDAO tema é a “Insurreição Pernambucana” (1645/1654), período em que se justifica a naciona-lidade brasileira, os interessados podem participar nas modalidades de pintura e desenho.

Inscrições gratuitas no site www.ictnet.com.br, es-pecificamente no link: http://www.ictnet.com.br/eventos-culturais-2/concurso-de-artes-plasticas/, que dá acesso ás informações oficiais do concur-so com regulamento e ficha para preenchimento, outras informações pelo número (81)3424.2625.Curso de Desenho de CaricaturaMinistrado pelo Artista plástico Ricardo Melo é dirigido a jovens e adultos que procuram técnicas de expressão artística, através do desenvolvimento da percepção visual dominando técnicas básicas do desenho e principalmente a anamorfose (estuda da distorção das formas). A distorção é que vai guiar a estrutura da caricatura. Dias/Horário: À escolha do(a) aluno(a), ver disponibilidade de vagas.http://www.ictnet.com.br/cursos/artes-plasticas/desenho-de-caricatura/Atelier de Desenho Artístico e PinturaAs aulas são individuais para um melhor aproveita-mento, os alunos(as) irão aprender numa sequência de estudos e atividades referentes às dimensões imaginativas, expressivas, representacionais e comunicacionais onde se possa pensar e praticar

CUR

SOS

E CO

NCU

RSO

SPolítica do sensívelMuseu da Cidade do RecifeForte das Cinco PontasBairro de São José12 10hCom patrocínio do Fundo Pernambu-cano de Incentivo à Cultura (Funcultu-ra), a 5ª edição da Mesa7 discute a arte, especificamente o papel da imagem, da fotografia e do artista no contex-to contemporâneo do Brasil. Com o tema “Política do Sensível”, o evento reúne no Museu da Cidade do Recife o fotógrafo mineiro Eustáquio Neves, o professor e fotógrafo Miguel Chikaoka e o coletivo mineiro Erro99. O objetivo é pensar a relação entre a política e a sensibilidade, o papel do sensível na nossa compreensão de mundo e a for-ça política dessa compreensão, dessa articulação dos múltiplos afetos que nos orientam na nossa vida social. O evento contará com roda de conversa com os três convidados, projeção fo-tográfica, três oficinas de fotografia e leitura de portfólio coletiva.

Leitura de Portfolio – Também está aberta até 02 de dezembro, a chamada de trabalhos para realizar a segunda série de leituras de portfólio coletivas com o 7. Em 2015, a novidade é que a leitura de Portfólio coletiva contará com a presença de Miguel Chikaoka e Eustáquio Neves. A ideia é testar o for-mato coletivo adotado em 2014 desta vez aproveitando a presença de Chi-kaoka e Eustáquio que, além de serem uma inspiração importante, também influenciam muito da produção foto-gráfica no País. A leitura se realizará

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78 DEZ 2015

a formação artística e estética dos participantes. Oferecer subsídios voltados para a formação ar-tística e estética dos alunos. Na parte avançada o aluno será envolvido em uma técnica de pintura para aprofundamento. Aos sábados pela manhã das 9h30 às 12h30. Informações no site do ICT: www.ictnet.com.br.Para outros Dias/Horário: À escolha do(a) aluno(a), a ver disponibilidade de vagas. http://www.ictnet.com.br/cursos/artes-plasticas/desenho-artistico-e-pintura/Teatro InfantilO curso objetiva nas fases fundamentais da for-mação dos participantes para desenvolver a sensibilidade artística e comunicativa da criança para assim, torná-la mais sensível para a percep-ção do mundo através da arte e também, mais comunicativa nas suas atividades coletivas e so-ciais. Com a professora e atriz Francis Souza, de muita experiência na área o programa é aplicado a partir dos 5 anos, através de estímulos cogni-tivos, trabalhando uma introdução ao universo teatral e também na comunicação de forma geral. Com Duração de 6 meses - Dias/Horário: Sábados pela manhã a partir das 9h45 às 12h15. http://www.ictnet.com.br/teatro/curso-de-teatro-infantil/Teatro para IniciantesEste curso é destinado a qualquer pessoa que tenha mais de 13 anos e queira ter um contato inicial com o teatro. Proporcionará aos alunos vivências com o universo teatral através de exercícios realizados em aula. Será trabalhada a desinibição, o jogo dramático, a improvisação, a expressão corporal e vocal, a interpretação e a criatividade. Com apresentação prática. Com Duração de 6 meses - Dias/Horário: Sábados à tarde das 13h50 às 16h30. Informações no site www.ictnet.com.brOficinas de TeatroExpressão Corporal, Expressão Verbal, Preparação do Ator para Cinema, e Oficina de Teatro são moda-lidades de programas da área de Teatro que estarão sendo disponibilizados a partir de Dezembro no Es-

paço Cultural ICT, localizado no centro do Recife. As oficinas tem por objetivo proporcionar ao público interessado o conhecimento das linguagens teatrais, despertar o senso crítico e sensibilizar para a im-portância do teatro no desenvolvimento humano. Os interessados poderão visitar o local das 9h às 17h. Informações e reservas diretamente no site do ICT ou pelos fones: Fixo: (81) 3424.2625 ou ainda pelo e-mail: [email protected] de DançaDança Popular, Dança de Salão, Dança do Ventre e Oficina de Frevo são modalidades de programas da área que estarão sendo ministradas a partir de de-zembro no Espaço Cultural ICT, localizado no centro do Recife, o espaço atende, por meio de três ativi-dades diferentes: aulas de sensibilização artística, ateliês específicos e shows em praças públicas. Os interessados devem visitar o local das 9h às 17h. Informações e reservas diretamente no site do ICT ou pelos fones: Fixo: (81) 3424.2625 ou ainda pelo e-mail: [email protected]

Aulas de teatroRua da imperatriz 134 sala 14 boa vista88707853 | 95189843Uma vez por semana | R$60Ministrado por Flávio Renovato, o cur-so irá abordar os fundamentos básicos do teatro, como se ter uma boa respi-ração, controlar a saída e entrada de ar. Condensar e expandi as energias. Saber usar “O motor do movimento”. As aulas são inspiradas em alguns mestres do teatro como: Meierhold,.Grotovissk, YoshiOida, Eugênio Barba. Cinco alunos por turma.

Curso de Teatro AvançadoEspaço Cultural João TeimosoRua do Aragão, 27 – sala 04 – Boa Vista 88971513Duração: 04 mesesTer e Qui 19h às 21h

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CURSOS E CONCURSOS 79

Centrado no trabalho do ator e o seu corpo, o curso visa aperfeiçoar a arte do ator em cena (haverá testes para alunos novos). O curso é ministrado pelo ator e diretor Vavá Schön-Paulino.

Oficina de iniciação a confecção de bonecos de papel marchéTeatro de Bonecos LobatinhoRua Canapi, 132 - Vasco da Gama,3268 400O espaço Ponto de Cultura Bonecos de Pernambuco abre inscrições para ofi-cina que integra o curso básico de formação de bonequeiros com total de 20 horas. Com a facilitação da pro-fessora e arte-educadora Maria Olivei-ra, ao começaro curso os alunos vão receber todo o material pedagógico. Além da iniciação em papel marché o espaço oferece interpretação, manipu-lação, montagem e encenação prática com boneco. No final dos módulos os alunos podem receber um certificado de conclusão do curso, caso cumpram mínimo de 80% da carga horária.

Projeto Arte para TodosEspaço Cultural Terraço de OlindaRua 7 de Setembro, 109 (após a Matriz de São Pedro, 109), Carmo - Olinda http://[email protected] www.facebook.com/marisa.reis.9085 81 –9 99495147 / 987571061O Espaço Cultural Terraço de Olinda, há 15 anos, desenvolve projetos com o objetivo de identificar, incentivar e divulgar o potencial artístico local, criando oportunidades que fomentam a formação artística. O Projeto é ofe-recido para pessoas de todas as idades,

da criança ao idoso, principiantes ou profissionais que desejem aprofundar seu conhecimento e prática. As aulas são ministradas ao ar livre, em contato com a natureza. Os participantes viven-ciam momentos de interação entre as diversas linguagens e formas de expres-são artísticas trabalhadas e exibidas no Espaço, a partir de práticas coletivas.

Canto Popular com Ceci MedeirosEspaço Cultural Terraço de OlindaTodas as quintas-feiras 10h30 às 11h30R$ 170,00/mêsR$ 200,00/mêsCantar é uma habilidade e a voz é um instrumento. Prática vocal, trabalhan-do a respiração, articulação, expressão, percepção tonal, melódica entre outras.

Violão e C/baixo Elétrico com Lucas MarinhoEspaço Cultural Terraço de OlindaPrática e Teoria por Cifras ou Partitu-ras. Abordagem: Formação e Acorde; Arpejo; Escalas; Levadas c/ ênfase em MPB (Samba, Bossa Nova, Chorinho, Forró, Xote, Baião e Frevo).

Pandeiro – Projeto Poesia de Ritmos com Linaldo BatistaEspaço Cultural Terraço de OlindaTodas as quartas 19h às 20h30R$130,00 /mêsCom orientação individual e/ou em gru-po, trabalha corpo, mente e percussão.

Violino com Júlio CondeEspaço Cultural Terraço de OlindaAprenda a Ler e Escrever Música!Seg, Qua ou Sáb (uma aula por semana) Manhã ou Tarde

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6º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 2º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias7 e 8 7h às 19hUniversidade Federal de PernambucoCentro de Artes e Comunicação – CACCidade Universitária – Várzeawww.simposiohipertexto.com.brInstagram: @simposiohipertextoFacebook: simposiohipertextoTwitter: @hipertexto2015

Educação e Tecnologia em foco no Simpósio Hipertexto

O Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação chega a sua 6ª edição trazendo o tema "Aprendi-zagem Aberta e Invertida". O evento, que também agrega o "2º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias", tem uma programação intensa que reúne professores, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas do conhecimento. Atividades como: conferências, mesas-redondas, oficinas, sessões de comunicação coordenada, sessões de comunicação individual, cine hipertexto, apresentação de pôsteres digitais, exposição, feira de livros e o prêmio Hipertexto marcam o evento. Será uma oportunidade imperdível de debater novas tecnologias digitais aplicadas às ações pedagógicas. Especialistas brasileiros e do exterior participam do evento já consolidado no calendário nacional. Entre os professores confirmados estão John Keller (Universidade da Flórida – EUA), Bruno Campagnolo (PUC-PR), o Dr. Nelson Pretto (UFBA) e o Dr. Marco Silva (UERJ).O evento é organizado conjuntamente entre o Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (Nehte) e o PROFLETRAS, Mestrado Profissional em Letras da UFPE, ambos vinculados à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Debate no MegafoneA novidade para esta edição é o „Debate no Me-gafone“ que será conduzido pelo professor Nelson Pretto. Este será um espaço aberto à discussão de temas do Simpósio de forma espontânea e demo-crática. O professor ficará encarregado de lançar questões instigadoras. Os participantes, que res-ponderão através do megafone, terão um minuto e meio para expor seu ponto de vista. A intervenção discursiva acontecerá na hora do almoço, entre das 12h30 às 13h30, no Hall do CAC.

Cine HipertextoNesta edição, o auditório Evaldo Coutinho, no 2ª andar do CAC, recebe as sessões do Cine. Nos dois dias, entre as 12h30 às 13h30, serão exibidos filmes que possuem ligação com os temas trabalhados no evento. Um dos títulos será o Citizenfour, um docu-mentário dirigido por Laura Poitras que trata do escândalo de espionagem pela NSA e como se deram os encontros com Edward Snowden antes e depois de sua identidade ser revelada ao público.Prêmio HipertextoDurante o evento, será montado o Espaço Artes Digi-tais e Tecnologias Educacionais onde ficam expostos os projetos selecionados pelo Prêmio Hipertexto. Julgados por uma Comissão formada pelos professo-res, Dra. Virgínia Leal – UFPE (Curadora do Prêmio), Dr. Leonardo Castillo (UFPE) e pelo Dr. Leonardo Falcão (Unicap), os projetos selecionadosjá foram divulgados no site do Simpósio. O primeiro lugar ficou com o trabalho „Jovem dete-tive“ com autoria de Gabriel Araújo, Breno Gomes, Julianne Holanda e Hiago Rabelo (Fortaleza/CE). O segundo ficou com o „Fazgame – O game para criar games educacionais“ de Carla Zeltzer e Anto-nio Ramos (Rio de Janeiro/RJ). O terceiro lugar na premiação ficou com o projeto „Geografia Visual“ de Adriano Rangel Liziero (Santos/SP).

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CURSOS E CONCURSOS 81

Sessões de ComunicaçãoDurante o Simpósio serão apresentados trabalhos em áreas de pesquisas como linguagem, tecnologia e aprendizagem. Entre os eixos temáticos estão:1. Ensino e aprendizagem mediados por tecno-logia: sala de aula invertida, ensino híbrido, gamificação, aprendizagem móvel e afins;

2. Educação Aberta: teoria e prática;3. E-Learning e Educação a Distância;4. Inclusão Digital e Práticas de Letramento;5. Arte, Literatura e Comunicação em Ambiente Digital;6. Hipertexto, Gêneros e outros Recursos Digi-tais Educativos: objetos de aprendizagem, redes sociais, blog e afins;7. Tendências de tecnologias inovadoras para a construção de conhecimento da próxima ge-ração;8. Ensino de línguas com tecnologia;9. Thinking outside the box: docência, formação e novas tecnologias;10. Linguagem de programação, Webdesign e Usabilidade de tecnologias aplicadas à edu-cação.CONFERENCISTASJohn M. Keller é Ph.D. em Sistemas de Tecnolo-gias Instrucionais e Comportamento Organizacional pela Universidade de Indiana. Professor emérito de Sistemas Educacionais e Psicologia da Educação da Universidade Estadual da Flórida.Nelson Pretto é físico, mestre em Educação, doutor em Comunicação e Professor Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, também é secretário regional da SBPC e membro da Academia de Ciências da Bahia.

Bruno Campagnolo, graduado em Engenharia de Computação pela Pontifícia Universidade Católi-ca do Paraná (2002), Especialização em Jogos de Computador (UNICENP) e Mestrado em Informáti-ca (PUCPR). Atualmente, é professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Engenheiro de Pesquisa e Desenvolvimento no Instituto de Tecno-logia do Paraná.,Marco Silva é sociólogo, doutor em Educação e Professor associado da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde coordena o Laboratório de Educação Online. Membro fundador da Associação Brasileira de Pes-quisadores em Cibercultura (ABCiber).

Escolinha de Arte do RecifeRua do Cupim, 124, Graças | 3222 [email protected]: escolinhadeartedorecifeManhã 8h às 11hTarde 14h às 17hAulas seg a quiUma das mais importantes escolas de artes visuais da cidade, A Escolinha de Arte do Recife, fundada em 1953, com 62 anos dedicados ao ensino das artes para crianças, já está com as inscri-ções abertas para os cursos regulares neste mês de agosto, oferecendo aulas de desenho, pintura, modelagem com argila e ainda o curso de pintura em tela para adultos. A mensalidade é de R$ 100, com direito a três horas de aula por semana, numa carga horária mensal de 12 h/aulas.

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82 DEZ 2015

POSTOS DE DISTRIBUIÇÃOTELEFONES ÚTEISAeroporto 3322 4188

3322 4180

Auxílio à lista 102

Hospital da Restauração 3181 5400

Informações Turísticas 24h

3355 0128

Polícia Militar 190

Porto do Recife 3183 1949

Procon Estadual 3181 7000

/ 0800 280 21 512

Rodoviária 3452 1211

Samu 192

Grande Recife Consórcio

de Transporte 0800 081 0158

3182 5552 / 3182 5554

EMPRESAS DE TÁXI

Coopetáxi 3424 8944

Copseta 3462 1584

DiskTáxi 3419 9595

Ourotáxi 3423 7777

Teletáxi 3493 8383

2121 4242

Biblioteca Central da UFPE

2126 8090

Biblioteca da Universidade Católica

de Pernambuco 2119 4122

/ 2119 4252

Biblioteca da Faculdade de Filosofia

do Recife – FAFIRE 2122 3500

Biblioteca da Faculdade Maurício de

Nassau 3413 4611

Biblioteca Pública do Estado de

Pernambuco 3181 2647 / 3181 2642

Biblioteca da Faculdade

Metropolitana da Grande Recife

2128 0500

Biblioteca Popular de Afogados

3355 3122 / 3355 3123

Biblioteca Popular de Casa Amarela

3355 3130

Casa da Cultura Luiz Gonzaga

3184 3151 / 3184 3152

Casa do Carnaval (Pátio de São

Pedro) 3355 3302 / 3355 3303

Centro Apolo – Hermilo (Cine e

Teatro) 3355 3311 / 33554331

Centro de Atendimento Turístico

do Aeroporto 3182 8299

Centro de Atendimento Turístico do

Arsenal – PCR 3355 3402

Centro de Atendimento Turístico do

Mercado São José 3355 3022

Centro de Atendimento Turístico do

Pátio de São Pedro 3355 3310

Centro de Atendimento Turístico do

TIP – PCR 3182 8298

Centro de Atendimento Turístico da

Praça de Boa Viagem 3182 8297

Centro de Artesanato de Pernambuco

3181 3451

Centro Cultural Correios 3224 5739

/ 3424 1935

Empetur - Casa da Cultura

3182 8296

Espaço IPHAN 3228 3011

3228 3496

Espaço Pasárgada – Casa Manuel

Bandeira 3184 3165

Escola Profissional de Artes João

Pernambuco 3355 4092/ 3355 4093

Fundação Joaquim Nabuco

– Casa Forte 3073 6363

Fundação Joaquim Nabuco – Derby

3073 6767

Instituto Cervantes de Recife

3334 0450

Mercado da Boa Vista 3355 3042

Mercado da Madalena 3445 1170

Museu da Abolição 3228 3248

Museu da Cidade do Recife

- Forte das 5 pontas 3355 3107

/ 3355 3108

Museu de Arte Aloísio Magalhães

(MAMAM) 3355 6870

3355 6871 / 3355 6872

Museu do Estado de Pernambuco

3184 3170 / 3184 3174

Museu Murillo La Greca 3355 3126

/ 3355 3127 / 3355 3129

Teatro Barreto Júnior 3355 6398 /

3355 6399

Teatro de Santa Isabel 3355 3322

/ 3355 3323 / 3355 3324

Centro de Atendimento Turístico do

Parque Dona Lindu 33559844

Centro de Atendimento Turístico do

Shopping Center Recife 34677486

Centro de Atendimento Turístico

do Shopping Rio Mar 31828293

Page 83: Agenda Cultural do Recife - dezembro 2015

POR VOCÊ TRABALHANDO SEM PARAR

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