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Agenda julho e agosto 2015

• Organizaçãoemetodologiaaplicadaaoprocessodeliderarpessoaseprocessos

MÓDULO IIIGestão de pessoas22dejulho• Odesafiodegerirequipesdealta

performance• Relacionamentohumanoe

trabalhoemequipe• Gestãodoconflitoefeedback• CasesdesucessoNãoassociados:R$ 300,00Associadoseestudantes:R$ 250,00

Utilizando o sistema SPCCláudia Pechin23 de julho10h às 12h• Informaçõessobreonovocenário

doSPCnoBrasil• Treinamentodosistemadas

consultasdoSPC• Detalhamentodasconsultas,

inclusãoeexclusãodeinadimplentes

Gratuito–Exclusivoparaassociados

Qualidade no atendimento ao cliente como diferencial competitivo Niceia C. Henrichsen27 e 28 de julho19h às 23h• Perfildocliente• Queixasereclamações–como

solucionar?• Comportamentoassertivono

atendimento• Competênciasdoprofissionalde

atendimentoNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Intensivo de ICMS, PIS e COFINSRosangela Aparecida Silveira28, 29 e 30 de julho19h às 23h• Impactofiscalnasempresase

regimestributários• ICMS,PISeCOFINS:Basedecálculo,

fatogeradorecálculo• Operaçõesespeciaiscomimpostos• LegislaçãoetratamentofiscalNãoassociados:R$ 300,00Associadoseestudantes:R$ 250,00

Telemarketing: Faça diferenteCarmen Benedetti03, 04 e 05 de agosto19h às 23h• Vantagenseaplicaçõesdo

telemarketing• Comofazerumscript• Operigoda“automatização”• Fazendoumtelemarketing

diferenteNãoassociados:R$ 188,00Associadoseestudantes:R$ 110,00

Como divulgar sua empresa através das redes sociaisSheila Dal Ry18 e 19 de agosto19h às 23h• Comoconhecerasredessociais

maisutilizadasnoBrasil• Identificaramelhorparadivulgara

suaempresa• Criaroperfildaempresanasredes

sociais• Elaborarasestratégiasparaobter

melhorresultadonasredesNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Saiba mais:[email protected] ou3374.3082 com Mariana Reche:[email protected]

Associação Comercial e Industrial de Londrina Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, Londrina, PR

Av. Saul Elkind, 1820 | Regional Nortewww.acil.com.br

Análise de crédito e cobrançaSivaldo Dal Ry08, 09 e 10 de julho19h às 23h• Normasdecrédito• Análisedecrédito• Métododecobrançaeficiente• Políticaseprocedimentosde

cobrançaNãoassociados:R$ 188,00Associadoseestudantes:R$ 110,00

Palestra: Vendendo o invisível: a arte de vender serviçosNatasha Bacchi13 de julho19h às 21h• Entendendoosserviços• Oqueasempresasdeserviços

devemter• Apresentaçãodosserviços• PersonalizaçãoNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Liderança e gestão de equipes de alta performanceSilvia Rocha20, 21 e 22 de julho19h às 23h

MÓDULO IEstilos de liderança e autogestão20dejulho• Estilosdeliderançaeliderança

situacional• Perfildolíderdesucesso• Autoconhecimentoeseusreflexos

noprocessodeliderar• Inteligênciaemocionaleresiliência

MÓDULO IIComunicação assertiva/Planejamento e organização 21dejulho• Comunicaçãoassertivaegestãode

equipes• Ferramentaseficazesde

comunicação• Falhasnoprocessode

comunicaçãoeimpactosnorelacionamento

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FINANÇAS GESTÃO DE RH DIVERSOSMARKETINGATENDIMENTO E VENDAS WEB

Intensivo em controles financeiros com o uso do ExcelRonaldo Cordeiro29 de agostoDas 8h30 às 12h00 e das 13h00 às 17h30• Aperfeiçoamentodousoda

ferramentaExcelnoambienteempresarial

• Principaiscontrolesfinanceiros• OExcelcomoferramentapara

análiseegestãofinanceira• Planilhafuncionalparaagestão

financeiraNãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

Estratégias para o crescimento: Atendimento e vendasRegina Nakayama25 e 26 de agosto19h às 23h • Oatendimentocomofoconas

vendas• Oprocessodavendaeopapeldo

vendedor• Conhecerocenárioedefinirmetas

devendas• Planodeaçãocomestratégias

inteligentesNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Assistente Fiscal: Formação e AtualizaçãoRosangela da Silveira26 e 27 de agosto19h às 23h• Funçõesequalificaçõesdo

assistentefiscal• Transmitirnoçõesgeraisna

legislaçãodoICMSeIPI• Demonstraraemissãodenotase

documentosfiscais• Vendaaordem,aentregafutura,

demonstrações,industrialização,exposiçãoemfeiraseretornodemercadoriasnãoentregues

Nãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

ABRASEL NORTE DO PARANÁ

CURSO DE BOAS PRÁTICAS E HIGIENIZAÇÃO NAS MANIPULAÇÕES DE ALIMENTOS28,29e30deJulhoe25,26e27deAgosto13h30às17h30Local:BlueTreePremiumAv.JuscelinoKubtischek,1356Informações:33270202Nãoassociados:R$100,00AssociadosACIL:R$70,00

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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2014/2016

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Valter Luiz OrsiPresidenteRogerio Pena ChinezeVice-PresidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioAlexandra de Paula Yusiasu dos Santos2º Diretor SecretárioRodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroAngelo Pamplona da Costa

2º Diretor FinanceiroFernando Mauricio de MoraesDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinDiretor de ServiçosClaudio Sergio TedeschiDiretor de Comércio InternacionalLuigi Carrer FilhoDiretor de Produtos

Adelino Favoretto JuniorDiretor Institucional

CONSELHO DELIBERATIVOAry SudanCarlos Alberto Dorotheu MascarenhasEduardo Yoshimura AjitaFlávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaHerson Rodrigues Figueiredo Jr.

José Augusto RapchamKatsumi Sergio OtaguiriLuiz Carlos I. AdatiNivaldo BenvenhoOswaldo PitolPaulo Fernando OzelameWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCAL

TitularesAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni Netto

SuplentesCarlos Alberto de Souza FariaRafael LopesRogério Silvano da Silva

Susan NaimeCoordenaçãoPaulo BriguetEdiçãoJosoé de CarvalhoFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinGerente ComercialBarbara Della LiberaAnalista de Marketing

ColaboradoresAmanda Abranches Felipe BrandãoFernanda Bressan

Loriane ComeliLucas MarcondesMichelle Aligleri Pauline Frank de Almeida

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

SOMOS MAIS FORTES QUE A CRISEOs brasileiros não suportam mais pagar o preço da crise econômica criada pela má gestão dos recursos públicos. Tome-se como exemplo as altas da energia elétrica, que são o tema da reportagem de capa desta edição da revista Mercado em Foco. O custo da eletricidade está levando empresas a fecharem as portas. Isto é inaceitável – principalmente quando levamos em conta que o governo ludibriou o País ao prometer a redução nas contas de luz para 2015.

Na visão das entidades empresariais, a crise só será vencida se houver um combate sem tréguas à corrupção e um choque de transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos. Não se trata de alocar mais recursos para os órgãos do governo, mas de adotar procedimentos que levem à maior qualidade dos gastos. Critérios de produtividade, eficiência e meritocracia devem urgentemente ser implantados em todos os níveis de

governo. Como dizia o prefeito Wilson Moreira, a corrupção e a má gestão são igualmente prejudiciais ao povo.

O caminho para promover as mudanças necessárias passa pela união entre as instituições representativas. Por isso, em Londrina criamos o G7 – Grupo de Defesa Econômica, que une as sete principais entidades do setor empresarial e busca soluções para resolver conflitos, exigindo a adoção das práticas de responsabilidade e eficiência no trato dos negócios públicos. Já tivemos a nossa primeira vitória, com o fim da greve dos professores estaduais.

Os princípios que norteiam a aliança virtuosa do G7 são exatamente os mesmos que fundamentam o movimento cívico Brasil Mostra Sua Garra: respeito, transparência, responsabilidade, justiça e verdade. Nunca abriremos mão desses valores – pois eles vão nos conduzir à superação da crise. Venceremos!

Valter Luiz OrsiPresidente da ACIL

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

REINVENÇÃO DO VAREJOA Nova Sergipe de cada dia ................................................ 12

ECONOMIAAinda há tempo para planejar 2015? .................................. 18

EDUCAÇÃOÉ de pequeno que se empreende ........................................ 22

ARTIGOA responsabilidade pela busca da excelência ..................... 25

BUROCRACIASCerco Regulatório ............................................................... 26

ACIL SPC Avisa, a proteção do seu nome ....................................... 32

PERFILUma avó para todo mundo ................................................... 34

AGÊNCIA DE INOVAÇÃOInventores Pés-Vermelhos ................................................ 36

BEM-ESTARPara afastar doenças, seja feliz! .......................................... 38

COLUNA DA ACILDa união, surge a nova Sala do Empreendedor ..................... 40

COLUNA DO ASSOCIADOExcelência em vendas e estratégias ................................... 41

ÍNDICE

14

NEGÓCIOSFranquias, um atalho no mercado

28

ENTREVISTAO Desafio da Execução

30

G7 LONDRINA Sete entidades e um ideal

AUMENTOS Reféns da conta de luz

6

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julho e agosto de 2015 | www.acil.com.br6

AUMENTOS

REFÉNS DA CONTA DE LUZEnergia elétrica (muito) mais cara preocupa a comunidade e põe em risco a sobrevivência das empresas, especialmente no setor industrial

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 7

“O VERDADEIRO PROBLEMA ESTÁ NA FALTA DE INVESTIMENTOS E PLANEJAMENTO

Por Loriane Comeli

Os aumentos excessivos das contas de energia elétrica autorizados pelo governo federal, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já refletem negativamente no cenário industrial na região de Londrina. Sem conseguir repassar os custos aos clientes, empresários começam a amargar prejuízos. Encerrar as atividades passou a ser uma possibilidade concreta.Diante desta situação, a ACIL avalia o cabimento de ações judiciais contra o governo em razão de possíveis distorções na tarifa e vai cobrar sistematicamente dos parlamentares do Paraná que adotem uma postura em defesa do Estado. “Queremos fazer uma discussão jurídica e política; chamar a atenção de senadores e deputados. Onde está esse pessoal? Deveriam estar lutando pela economia e desenvolvimento do Estado”, cobra o vice-presidente da ACIL, Rogério Pena Chineze.Há poucas semanas, a ACIL formou um grupo de estudo para avaliar, tecnicamente, todos os custos que compõem a tarifa de energia. Há dúvidas, por exemplo, explica o diretor financeiro da ACIL, Rodolfo Zanluchi, sobre os motivos pelos quais os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste pagam mais caro pela energia que consumidores do Norte e Nordeste do País. “A Região Sul banca parte da energia que o governo repassa para Norte e Nordeste. Queremos calcular qual é o grau disso na tarifa”, afirma o diretor.Para Chineze, existe uma política de protecionismo em relação aos estados do Nordeste. Ele lembrou, por exemplo, que o aumento médio da energia em Pernambuco foi de 2,2%. “Existe um protecionismo em relação ao Nordeste. Entendemos que no passado era necessário. Mas, agora, a região já alcançou o desenvolvimento e não é justo que o Sul e Sudeste paguem a conta.”Zanluchi menciona que a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) protocolou, em maio,

ação judicial contra a cobrança da Contribuição de Desenvolvimento Energético (CDE), espécie de fundo que paga subsídios para programas sociais, custos de combustível de térmicas da Região Norte, universalização dos serviços de energia e compra de carvão mineral.“Após os estudos, vamos ver uma medida judicial semelhante que se aplica ao nosso caso”, explica Zanluchi. “Os empresários têm nos procurado e relatado situações insustentáveis. Tenho dois clientes pensando seriamente em fechar suas empresas.”Chineze também questiona a crise hídrica, citando relatórios de cooperativas agrícolas do Paraná e de São Paulo, que, ao contrário do discurso do governo, informam sobre excesso de chuvas. “Esses estudos mostram que choveu mais do que no ano anterior”, comenta. “O verdadeiro problema está na falta de investimentos e planejamento ao longo dos anos.” Os investimentos governamentais ausentes, na opinião do empresário, seriam na geração de energias alternativas, como a energia solar. Em planejamento o governo pecou ao não cumprir os prazos para a entrega de novas hidrelétricas.Por meio da assessoria de imprensa, a Copel informou que os reajustes foram necessários “para suprir o forte aumento nos custos de geração nos últimos meses, devido ao acionamento em caráter permanente do parque térmico”. Sobre eventual redução do valor cobrado, a companhia frisou que a definição depende da Aneel e do Ministério de Minas e Energia, já que “o custo da energia depende de uma série de variáveis, como o ritmo hidrológico e o crescimento da demanda, os níveis de reservatórios das hidrelétricas e a necessidade de acionamento de usinas térmicas, além da necessidade de bancar os empréstimos tomados pelo governo federal no último ano para garantir que as distribuidoras pudessem saldar a compra de energia cara antes de seus reajustes anuais”.A Aneel, procurada por meio da assessoria de imprensa, não se manifestou.

Rogério Chineze, vice-presidente da ACIL: “Queremos uma discussão política e jurídica

da conta de energia. Onde estão os nossos deputados e senadores?”

Com aumentos diferenciados, estados da Região Sul bancam parte da energia que o governo repassa para Norte e Nordeste

Rodolfo Zanluchi,

diretor da ACIL

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julho e agosto de 2015 | www.acil.com.br

Conta não bate: 125% de aumento!O índice oficial de reajuste nas contas de energia aplicado pela Copel a partir de 2 de março foi de 36,79%, mas empresários registram valores muito superiores em suas contas de luz referentes ao mês de abril. O aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) após revisão extraordinária de tarifas. O acréscimo, praticamente impagável, que em alguns casos passa de 100%, se deve principalmente ao sistema de bandeiras tarifárias, que atualmente opera com a bandeira vermelha, a mais cara.Em coro, os industriais argumentam que os clientes se recusam a aceitar o repasse dos aumentos. Com isso, amargam faturamento, ou seja, dinheiro para investimento, ou chegam a acumular prejuízos. Dono de uma indústria metalúrgica, a MGL Mecânica de Precisão, o empresário Marcus Gimenes, que também é diretor industrial da ACIL, calcula que o preço do quilowatt hora aumentou mais de 120%, passando de R$ 0,29 para R$ 0,65. “Não tivemos aumento de consumo de energia. Pelo contrário, houve até redução, mas a conta aumentou muito: quase 125%”, revela. Em seu negócio, conta ele, o custo da energia representa aproximadamente 14% do faturamento líquido. “Estamos negociando com planilha aberta para convencer os clientes de que não é possível deixar de repassar o custo da energia elétrica.”O empresário diz que diante das perdas começou a “repensar o próprio negócio”, que existe há 40 anos. “A questão é saber qual o limite, quanto tempo aguentamos resultados negativos.” Enquanto isso, avalia estratégias para reduzir custos.A exemplo de outras empresas, a MGL também precisou reduzir o número de funcionários e a produção em razão da crise que se arrasta nos últimos

meses. Viu, por isso, o volume mensal de negócios cair de R$ 170 mil para R$ 120 mil. Outro empresário que está se batendo para absorver a alta de quase 90% na conta de luz é Donizete Giacomini, dono da Giacomini Componentes Plásticos, que fabrica embalagens. “Não sei qual critério usaram para aumentar tanto a conta. Sei que não tenho como repassar isso aos clientes. Eles não aceitam”, afirma o industrial.A empresa tem mais de cem funcionários que trabalham em turnos ininterruptos de 24 horas. Atualmente, está fazendo cotação e estudos sobre a instalação de equipamentos geradores de energia para tentar reduzir custos e evitar demissões e redução da produção. Rogério Chineze, dono da Pratic Leve Alimentos, também viu a conta de energia de sua empresa praticamente dobrar. Em visita a clientes da região de Londrina e Maringá nas últimas semanas, diz ter constatado o cenário da crise. “A queda da atividade econômica é de 20% a 30%. No setor de alimentos, que o último onde se percebe a crise, a queda já começou. Foi em torno de 18%”, aponta. “Com isso, as empresas deixam de investir em máquinas e recursos humanos e ficam sucateadas. É péssimo para o País.”

Fechamento iminenteSem elevar o consumo de energia, os proprietários da Steiner & Dorta Indústria e Comércio, fábrica de fios têxteis de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), viram a conta de luz saltar de cerca de R$ 40 mil, em março, para R$ 95 mil em abril, um aumento de mais de 130%. Somado ao reajuste recente de impostos, os donos não veem outra possibilidade a não ser liquidar a empresa que existe há mais de 20 anos e hoje emprega pouco mais de 40 funcionários.“A probabilidade é de fecharmos a empresa nos próximos três ou quatro

Marcus Gimenes, industrial do segmento metalúrgico: “Não tivemos aumento de

consumo de energia. Pelo contrário, houve até redução, mas a conta aumentou

muito: quase 125%”

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A probabilidade é de fecharmos a empresa nos próximos três ou quatro meses. Estamos apenas tentando pagar os fornecedores e o acerto dos funcionários

Alexandre Marcelino,

industrial do segmento têxtil

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AUMENTOS SÃO CONSEQUÊNCIA DE MODELO DE GESTÃO DESASTROSO

meses. Estamos apenas tentando pagar os fornecedores e o acerto dos funcionários”, afirma um dos sócios, Alexandre Marcelino. “Esse aumento inviabilizou por completo o funcionamento da empresa.”Marcelino conta que no último ano a empresa foi obrigada a reduzir a produção e demitir funcionários. Fabricava cerca de 150 toneladas de fio por mês; agora, a produtividade não chega a 80 toneladas. Com isso, o faturamento que alcançava R$ 1 milhão não passa agora de R$ 600 mil. “As contas, por outro lado, chegam aos R$ 800 mil”, lamenta. “Isso nos revolta porque não se constrói uma empresa do dia para a noite. É o trabalho de uma vida. O que vamos fazer? O que meus funcionários vão fazer?”O empresário diz que repassar os aumentos aos produtos não é uma alternativa. “É um setor que compete com os fios importados, que têm preço bem mais baixo. Não tem como. Ficamos no prejuízo.”

Recessão à vista

O aumento nas contas de energia, autorizado pela Aneel após as eleições de 2014, foi a forma encontrada pelo governo federal para corrigir “o modelo de gestão desastroso” do setor elétrico. Esta é a avaliação do professor de economia da Faculdade Pitágoras, Henrique Brito Gumerato, mestre em economia pela Universidade de Brasília (UnB).Diante das perdas acumuladas ao longo de 2013 e 2014, principalmente em razão da obrigatoriedade de comprar energia no mercado não convencional, pagando mais caro, as distribuidoras, como a Copel, tiveram que repassar os reajustes, agora, em 2015. “O fato é que o modelo de gestão desastroso teve que ser corrigido após as eleições. O que se questiona é, como

Henrique Gumerato, economista: “Modelo de

gestão desastroso teve que ser corrigido após as eleições, com o aumento brutal das contas de luz”

JS-Senior e indUSfrio, parceria qUe gera reSUltadoSERP

Fundada em Londrina, em 1979, a Indusfrio atuou inicialmente na fabricação de instala-ções para açougues e padarias. A partir de 1995 a empresa começou a se expandir para outros setores, quando direcionou sua produ-ção para a fabricação de equipamentos em aço inox para cozinhas profissionais.

Em seu processo de crescimento, a pro-fissionalização da empresa foi essencial. E, dentro deste processo, um dos fatores de sucesso foi a escolha certa do sistema de gerenciamento de informações. Desde 2008, o gerenciamento dos recursos, dados e procedimentos da Indusfrio é realizado através do ERP da JS Informação e Inovação/Senior Sistemas.

De acordo com o Gerente Administrati-vo da Indusfrio, Sergio Henrique Pacheco, quando sentiu que era preciso implantar um sistema de gestão profissional, a indústria foi ao mercado e pesquisou vários prestadores de serviços, optando pela JS/Senior.

“Queríamos gerenciar melhor nossas infor-mações e estabelecer melhores procedimen-tos internos e a JS/Senior foi a empresa que mais se aproximou das nossas necessidades,

tendo demonstrado vasta experiência com ERP dentro do nosso segmento de atuação”, comenta Pacheco.

Entre as vantagens do sistema da JS/Senior, Pacheco destaca que “o sistema é bem resolvido e reúne todas as informações em uma única plataforma; existe uma gestão integrada do ad-ministrativo, com vendas, almoxarifado e produ-

ção; há pouca necessidade de manutenção, evitando as paradas de sistema; e as telas são bastante intuitivas e de fácil aprendizagem”.

O Gerente Administrativo aponta ainda que o atendimento técnico desde a im-plantação do sistema sempre foi muito ágil. “Colocamos um funcionário com experiência em processos para ser o gestor do software da JS/Senior em nossa empresa. Após diver-sos treinamentos e suporte, hoje temos um profissional capacitado para nos atender em demandas menores fazendo com que tenha-mos um ERP sempre em funcionamento e ali-nhado com as estratégias do nosso negócio”.

O diretor da JS, Jair Slompo, diz que a empresa sente-se orgulhosa de poder parti-cipar e colaborar com o crescimento de uma grande corporação como a Indusfrio. “Esse resultado mostra que estamos no caminho certo, ofertando produtos de qualidade e com um atendimento de excelência”.

Equipe da Indusfrio, tendo à frente o empresário Valter Orsi

(43) 3028-7600 - (44) 3033-0700jsmaringa.com.br

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julho e agosto de 2015 | www.acil.com.br

sempre, o modo de fazer as coisas”, critica Gumerato.Os impactos para a economia, diz o professor, já começam a se apresentar. Primeiramente, ocorre “um aumento brutal nos custos de produção”, notadamente no setor industrial. Algumas empresas “poderão mesmo fechar as portas”. Quem se mantiver, “ainda assim deverá sofrer com queda nas vendas”. “De

qualquer forma, o impacto será recessivo”, explica.Liquidação de empresas se traduz em desemprego e a baixa nas vendas significa menos investimentos e aí entra a tese econômica conhecida como efeito multiplicador de renda: quando há investimentos, há produção, emprego, renda e consumo. “Do lado contrário, quando se deixa de investir ou produzir,

vem o desemprego, a queda na renda e consequentemente no consumo. É o circulo vicioso. Se não houver nenhum tipo de política anticíclica, de incentivo, vamos para uma depressão”, ensina.Analisando o cenário atual, o professor não acredita em redução do custo da energia no curto prazo. “No passado recente as companhias de energia bancaram a conta e agora estão tentando se recuperar.”

POR QUE AUMENTOU TANTO?

Reajuste anual

Anualmente, as 63 concessionárias obtém autorização para reajustar as tarifas e equilibrar receitas e despesas. No caso da Copel, a data contratual de revisão de tarifas é em 24 de junho. Em 2014, o reajuste médio da Copel foi de 24,86%.

Revisão extraordinária

Em 2 de março de 2015, a Aneel autorizou novo reajuste da conta pela chamada revisão extraordinária das tarifas para cobrir custos extras na distribuição de energia. No Paraná, a Copel aplicou aumento médio de 36,79%.

CDE

O governo suspendeu um aporte de R$ 9 bilhões, previsto no ano de 2015, para a CDE. Com isso, todos os gastos previstos pelo fundo serão arcados pelos consumidores, na conta de luz, medida que é alvo de questionamento judicial da Abrace. Com a Medida Provisória 579/2012, depois convertida em lei em 2013, o Governo Federal passou a arcar com os custos da CDE, o que fez as contas de energia elétrica reduzirem cerca de 20% em janeiro de 2013. No entanto, com a crise hídrica e uso constante de energia das usinas termelétricas – que têm custo mais elevado de produção que a energia produzida pelas hidrelétricas – o governo autorizou o reajuste extraordinário no final de fevereiro de 2015 justamente para fazer frente à conta da CDE, calculada em mais de R$ 23 bilhões. Somente as 46 empresas representadas pela Abrace arcariam com R$ 18,9 bilhões.

Bandeiras

Em vigor desde 1º de janeiro, o sistema de bandeiras repassa mensalmente aos consumidores parte do gasto extra das distribuidoras com o aumento do custo da

eletricidade. Esse sistema cobra taxa extra de todos os consumidores (residenciais e comerciais), à exceção dos moradores do Amazonas, Roraima e Amapá. Atualmente, o sistema opera com bandeira vermelha, a mais cara, acrescentando R$ 5,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidores. Significa que os custos de produção de energia estão mais elevados. A bandeira amarela tem aumento de R$ 2,50 e verde não altera a tarifa. Antes do sistema de bandeiras tarifárias, as distribuidoras eram obrigadas a bancar essa conta para serem ressarcidas no reajuste anual.

Energia de Itaipu

O custo da energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu, a maior do país, aumentou 46%. Isso causa impacto principalmente às distribuidoras do Sul e Sudeste, que terão que pagar em 2015 R$ 4 bilhões pela eletricidade recebida da usina e, consequentemente, vão repassar o valor aos seus consumidores. Esse reajuste serve para cobrir o prejuízo da Eletrobras na administração da Conta Itaipu, causado por inadimplência de distribuidoras e pela necessidade da estatal de comprar energia no mercado à vista, mais cara, para compensar eletricidade que a hidrelétrica deixou de produzir.

Empréstimos Em 2014, o governo autorizou empréstimos de R$ 17,8 bilhões para cobrir gastos extras das distribuidoras com compra de energia no mercado à vista, onde o preço é mais caro. Se não houvesse os empréstimos, as distribuidoras bancariam a conta num primeiro momento mas, depois, ela seria cobrada de uma vez dos consumidores, nos reajustes de 2014 e 2015. Com essa medida, portanto, o governo evitou um aumento ainda maior das contas de luz às vésperas das eleições.

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REINVENÇÃODO VAREJO

Por Paulo Briguet A palavra coração vem do latim cor, que significa centro. Pode-se então dizer que a Rua Sergipe está no coração de Londrina. Em dois sentidos: por estar na área central e por ser uma rua querida para os londrinenses. Parte da história da cidade começa por ali. Quantos não puseram os pés na cidade pela primeira vez na antiga rodoviária, hoje Museu de Arte? Quem de nós nunca frequentou as lojas, fez compras, passeou com a família, tomou uma vitamina ou comeu um pastel na Sergipe? Há dois ditados latinos: Vox populi vox Dei (A voz do povo é a voz de Deus) e Vox temporis, vox Dei (A voz do tempo é a voz de Deus). Ambos demonstram que a Sergipe é uma rua de sucesso. O passear do povo e o passar do tempo a consagraram.Agora veio a crise econômica. É claro que a nossa Sergipe, assim como todo mundo, foi afetada. Algumas lojas fecharam as portas. Mesmo assim, a Sergipe continua sendo uma das principais vias de varejo da cidade. E conta com uma arma para superar qualquer crise e projetar o comércio local em direção ao futuro: o Projeto Nova Sergipe. Através dessa iniciativa pioneira em Londrina, 15 entidades se uniram aos empresários da rua com objetivo de reinventar a Sergipe, tornando-a mais atrativa, mais bonita, mais próspera, mais segura, mais estruturada, a cada dia melhor.O Projeto Nova Sergipe foi criado em 2009 e desde então desenvolve uma série de ações para a revitalização de nossa mais tradicional rua de comércio,

A NOVA SERGIPE DE CADA DIAGraças ao Projeto Nova Sergipe, a tradicional rua de comércio londrinense encaraos desafios da competitividade. Segredo do sucesso está na união dos empresários

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“UNIDOS SOMOS MUITO MAIS FORTES. SOZINHO É DIFÍCIL”

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aumentando a competitividade do varejo local. De lá para cá, a Sergipe vem passando por grandes transformações. Mudaram – para melhor – as calçadas, as vitrines, a capacitação dos lojistas, a limpeza pública, a qualidade de atendimento, a satisfação dos consumidores. Isso só foi possível graças à união entre as entidades envolvidas com o projeto – como ACIL, Fecomércio PR, Prefeitura de Londrina (com diversas secretarias e órgãos públicos), Sebrae, Sesc, Sesi, Sincoval, Rede Massa de Comunicação, Unifil e Unopar. As ações da Nova Sergipe são coordenadas por um Grupo Gestor que se reúne todas as terças-feiras, no período da manhã, na Sala José Monir Nasser/ACIL.O empresário Ângelo Pamplona da Costa, diretor da ACIL e dono de um restaurante na Rua Sergipe há 26 anos, é um entusiasta do projeto – que também poderia ser chamado de programa, pois veio para ficar. “Nossa luta é para que a Rua Sergipe seja cada vez mais reconhecida e valorizada”, diz Ângelo. Ele observa que a Sergipe oferece hoje uma grande diversidade de opções para o consumidor londrinense. “Aqui tem de tudo um pouco. Na Sergipe você encontra roupas, calçados, presentes, artigos domésticos, produtos eletrônicos, brinquedos. Você pode passear com a família, almoçar, fazer um lanche, tomar um cafezinho, ter acesso à cultura (no Museu de Arte e no Sesc Cadeião). Enfim, é uma rua eclética, com produtos e serviços variados.”

O valor da uniãoA consultora de varejo Leda Terabe, do Sebrae Londrina, acompanha o Projeto Nova Sergipe desde o início e também se apaixonou pela rua. “O objetivo final do projeto é transformar a Rua Sergipe em um shopping a céu aberto, com todas as vantagens e comodidades oferecidas por um shopping, mais a

tradição, a facilidade e a proximidade características do comércio de rua”, afirma. Um dos enfoques principais do trabalho é valorizar a união entre os empresários, enxergando no lojista vizinho não um concorrente, mas um aliado na reinvenção de uma rua cada vez melhor. “A Nova Sergipe prova que unidos somos muito mais fortes. Sozinho fica tudo mais difícil.”Leda explica que o âmbito do Projeto Nova Sergipe compreende 11 quarteirões da rua, situados entre as avenidas Leste-Oeste e Higienópolis. “Trabalhamos as lojas da porta para fora e da porta para dentro”, define a consultora do Sebrae, lembrando que hoje a Rua Sergipe tem o incrível número de 520 pessoas jurídicas na área comercial, segundo o levantamento mais recente.Da porta para fora, cuida-se do passeio público, da iluminação, da limpeza, do mobiliário urbano. Os próprios comerciantes custearam a reforma, ampliação e padronização das calçadas. Agora, a Prefeitura incluiu no orçamento a instalação de mobiliário urbano, o que, se tudo correr bem, deve acontecer nos próximos meses. Essa “repaginação” da Sergipe inclui bancos, floreiras, cestos de lixo, pontos de ônibus – tudo padronizado e desenhado pelo Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina). Detalhe: o benefício será custeado pelo poder público, como contrapartida ao investimento que os lojistas fizeram para revitalizar as calçadas.Da porta para dentro, o Sebrae investe forte em cursos de capacitação para os comerciantes. O programa de capacitação para 2015 já está sendo finalizado, com 74 horas de cursos e 45 horas de consultoria por empresa participante. E tudo isso por R$ 600, pagos em cinco vezes. “Não se encontra um programa de capacitação desse tipo a um preço tão acessível”, diz Leda Terabe. Os cursos enfocam desde técnica de vendas até gestão financeira, passando por decoração de vitrines e qualidade de atendimento.

Entre as ações realizadas, está a promoção comercial Liquida Sergipe, que aconteceu em março deste ano. “A Liquida fez a Sergipe ‘bombar’!”, afirma Ângelo Pamplona. Houve uma ampla divulgação de mídia, decoração de lojas e uma excelente resposta do público consumidor. “Realizamos uma pesquisa e tivemos relatos de comerciantes vendendo até 40% a mais na primeira semana de março”, afirma o empresário. A meta agora é aumentar a adesão dos empresários à campanha – afinal, todos saem ganhando. Outra ação importante é o Dia da Sergipe, com eventos culturais e sociais oferecidos à população no dia 12 de setembro. “Este ano, vamos fechar três quarteirões para a festa”, informa Ângelo.A inauguração do Centro Cultural do Sesc, no prédio do antigo Cadeião, em dezembro do ano passado, deu um grande impulso à revitalização da rua. No local há uma ampla programação de mostras artísticas, espetáculos teatrais, concertos musicais, sessões de cinema, palestras... O que no passado foi um símbolo de degradação humana tornou-se um pólo irradiador de cultura e conhecimento. “O Sesc Cadeião foi um presente para a Rua Sergipe e para Londrina”, comenta Ângelo. “Sem dúvida, o Projeto Nova Sergipe deu um grande impulso à transformação do Cadeião pela Fecomércio Paraná.”Graças ao Projeto Nova Sergipe, a nossa rua querida se transformou em modelo para outras vias comerciais de Londrina e até de outras cidades. Naqueles 11 quarteirões, tradição e modernidade se unem para criar uma referência de sucesso. E que tal você dar uma passadinha na Sergipe hoje?

– Para mais informações sobre o Projeto Nova

Sergipe, entrar em contato com a ACIL pelo telefone 3374-3013. As reuniões do Grupo Gestor Nova Sergipe acontecem sempre às terças-feiras, das 9 às 11 horas, na ACIL.

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NEGÓCIOS

Por Amanda Abranches

Pensemos na seguinte hipótese: você quer investir. Poupou um valor

razoável durante alguns anos e acredita que está pronto para abrir seu próprio

negócio. Por onde começar? Os riscos para qualquer empreendedor, seja ele experiente ou de primeira viagem, são altos. Se não houver preparo, uma empresa pode estar fadada a morrer antes mesmo de começar. Nesse contexto, o modelo de franquia ou franchising, como é conhecido, pode ser considerado uma boa opção. “A franquia já tem um modelo de negócio, essa é a grande vantagem”, explica o consultor e pesquisador Mario Nei Pacagnan. Ele define esse tipo de negócio como um atalho no mercado, uma forma de viabilizar um retorno assertivo em um espaço mais curto de tempo.O sistema de franquias consiste em uma

concessão para uso de uma marca

já testada e colocada no mercado por seu

criador, conhecido também como franqueador. “Através

de um contrato firmado entre franqueador e franqueado, ambas

as partes são beneficiadas. A primeira porque expande sua empresa para locais

onde antes, talvez, não chegaria sozinha e recebe mensalmente para isso uma porcentagem chamada de royalties sobre o faturamento do franqueado. E o franqueado ganha porque adquire todo o know-how de um negócio já experimentado e bem-sucedido”, explica Fabio Pozza, diretor de mercado do Cebrac.Segundo a Associação Brasileira de Franchising, o risco de um empreendedor que adquire uma franquia é cinco vezes menor em relação a empreendedores independentes. Mas, como todo empreendimento, o sistema apresenta vantagens e desafios.As dificuldades para quem opta por este tipo de negócio, segundo o especialista Mario Ney, são os custos elevados e a baixa oportunidade de iniciativas individuais. O consultor atenta que, além da taxa de aquisição, o franqueado tem que dispor de no mínimo o triplo do valor investido para os procedimentos práticos. “O que é vendido é chamado ‘luva’ que é o direito de explorar a marca, como se fosse uma embalagem, o conteúdo do pacote é responsabilidade do franqueado. Custos como os de campanhas de marketing, treinamento de pessoal e compra de equipamento, por exemplo.”Para lidar com estes desafios e garantir o sucesso do negócio é preciso começar da maneira correta. O planejamento, como em todo novo negócio, é imprescindível. O futuro franqueado deve ter em mente três passos antes de escolher uma franquia: “A

FRANQUIAS, UM ATALHONO MERCADOAs vantagens e desafios desse tipo de negócio – um segmento que, apesar da crise, segue em expansão

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 15

A franquia “Quem disse, Berenice?” pertence ao Grupo O Boticário e recebe todo o suporte desde a negociação do

local até as campanhas motivacionais.

primeira é a análise de mercado, ou seja, pesquisar as demandas existentes e nesta fase se guiar pela pergunta: Qual é a carência do mercado na região em questão? Em Londrina e região, temos o Sebrae, órgãos de apoio e orientação que constantemente realizam pesquisas para descobrir as lacunas do mercado”. Identificadas as necessidades, o segundo passo é pesquisar modelos de negócios existentes, franquias que se encaixem nas deficiências de mercado da região. Pesquisar em sites como o da ABF (Associação Brasileira de Franchising), que classificam e certificam as empresas e apresentam os investimentos necessários, ajuda o empresário a identificar o negócio que melhor se encaixa e selecionar as melhores alternativas para o capital disponível para o investimento. “O terceiro passo, e não menos importante, é levar em consideração sua vocação. A chave de um bom negócio é ter paixão por aquilo que se faz, se não for assim, com o passar do tempo o trabalho se torna enfadonho e o valor recebido não supera o desgaste. Seguindo este tripé, o empresário terá o equilíbrio necessário para iniciar um negócio de sucesso”, ensina Nei.Da parte do franqueador, o suporte ideal deve abranger todas as áreas da empresa. “Começa antes da abertura do negócio, com treinamento intensivo e ajuda na escolha do ponto. Envolve auxílio no recrutamento, seleção e treinamento da equipe. Suporte em marketing e em compras também são importantes. Por fim, depois do suporte de implantação, é papel do franqueador manter a constante consultoria de campo nos primeiros meses da operação para auxiliar o franqueado na obtenção de seus resultados de forma mais rápida”, explica Fabio Pozza, diretor de Mercado do Cebrac.

Quem Disse, Berenice? É o exemplo da franquia de cosméticos “Quem Disse, Berenice?”. A marca pertence ao Grupo Boticário e a princípio, apenas franqueados de O Boticário podem adquirir a concessão.Tânia Regina Tirola, gerente geral da franquia em Londrina, explica que enquanto franqueadores, o Grupo Boticário oferece o suporte desde a negociação do local até as campanhas motivacionais. “Eles entram na negociação com os shoppings e negociam valor de aluguel, percentual, valor do ponto e etc. Existe um apoio desde o projeto até a finalização da construção. Na parte comercial apoiam com treinamentos e direcionamento das equipes, criam campanhas motivacionais aos funcionários e dão todo o suporte para o bom desempenho da marca.”No Brasil, a lei que estabelece o sistema de franquias é a 8.955/94, chamada Lei de

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Franquia Empresarial.

Nela estão estipulados os

papeis de franqueado e franqueador.

“Além do cumprimento das disposições da lei, existe

a Associação Brasileira de Franchising (ABF), entidade criada

em 1987 para divulgar, defender e promover o desenvolvimento do setor

de franquias no Brasil. A ABF promove anualmente uma avaliação rigorosa com as redes de franquias associadas. Aquelas que se enquadram dentro de um padrão de qualidade estabelecido pela instituição recebem o Selo de Excelência em Franchising e podem usar a chancela em suas peças publicitárias”, completa Pozza.

Segmento em expansão“O segmento de franquias tem expandido e segue uma tendência de crescimento mundial”, garante o especialista Nei

Pacagnan. Segundo a

ABF, o mercado brasileiro de

franquias está entre os maiores do

mundo em termos de unidades criadas. Do total

de franquias do país cerca de 90% são de iniciativa nacional

e, de acordo com a pesquisa feita pela Rizzo Franchise, o porcentual

de mortalidade dos negócios ao final do primeiro ano é de 26% na área de varejo, 23% entre pequenos negócios e de apenas 3% no segmento de franquias. “O Paraná é o quarto estado em número de unidades franqueadas, segundo dados da ABF. Londrina, como a segunda maior cidade do estado, tem uma posição de destaque no cenário do franchising. Duas franqueadoras consideradas as melhores do Brasil em seus segmentos têm sua sede em Londrina. A cidade, portanto, é destaque, tanto como mercado para unidades franqueadas, e também como centro de difusão de franchising através das empresas franqueadoras sediadas aqui”, destaca Pozza.Nivaldo de Freitas Miotto, dono da franquia Chiquinho Sorvetes, é exemplo do desenvolvimento deste tipo de negócio na região. O empresário conta que a empresa funciona há dois anos e meio e está abrindo a terceira filial. “Sempre defendi a ideia de ter um negócio em família. Por curiosidade e afinidade com temas relacionados a gestão comecei a buscar informações sobre como montar um negócio e tive a clareza de que montar algo por conta própria trariam riscos muito grandes. Aos poucos a ideia da franquia se fortaleceu e se consolidou.” O proprietário conta que o desafio foi abrir uma empresa em uma cidade que não morava. “Minhas filhas ficaram à frente do negócio até que eu e minha esposa pudéssemos nos mudar para cá.”

Nivaldo de Freitas Miotto: “Sempre defendi a ideia de ter um negócio em família”

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O especialista Nei Pacagnan, atenta para o fato de que o maior problema para o não desenvolvimento de um negócio de franquia é a ausência do empresário no estabelecimento. Ele explica que a gestão não pode ser feita por “controle remoto”, “é preciso que o dono da franquia esteja atento e inserido nos desafios diários da empresa. O trabalho necessita de disposição integral”.Nivaldo Miotto é exemplo disso. “Antes, eu trabalhava oito horas por dia e aos sábados até o meio dia. Hoje, com o Chiquinho, a família toda trabalha de segunda a segunda, de dez a dezesseis horas por dia. Tem que haver essa identificação e dedicação para conseguir tocar o negócio”, conta o empresário.

E a crise?Falar em condição de mercado e sem mencionar crise é quase impossível. Em tempos em que corte nos gastos e

recessão econômica são tão discutidos, a palavra investir causa receio até para os mais visionários. Para Pacagnan, nestes casos, o critério deve aumentar e o cuidado deve ser redobrado, mas as regras não mudam. “É importante pensar que em todos os momentos da economia o consumo sempre vai existir. Com uma crise, certos setores podem até sofrer, mas vão continuar funcionando. E por que não enxergar uma oportunidade? Não podemos deixar de pensar que se empresas recuam, deixam o mercado desguarnecido. Aí está uma chance de novas empresas entrarem e ocuparem o espaço.” Mario Nei Pacagnan: “A franquia

já tem um modelo de negócio, essa é a grande vantagem”

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ECONOMIA

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“ESTAMOS TRABALHANDO PARA SAIR DA CRISE COM UM DOMÍNIO MAIOR DO MERCADO”

Por Pauline Frank de Almeida

A economia passa por um momento de ajuste, especialmente no setor público. Para conter a inflação de 8,5%, o governo subiu as taxas de juros, com o objetivo de reduzir os investimentos e a produção. Após anos de incentivo ao consumo, a estratégia agora é esfriar as negociações para equilibrar a economia. O cenário não é positivo e a crise deve arrefecer somente no próximo ano, por isso é preciso cautela por parte das empresas. Porém, tempos de crise também despertam oportunidades. O professor e economista Marcos Rambalducci aponta que é preciso ter ‘os pés no chão’ e enxergar caminhos que possam levar ao crescimento ou, ao menos, ao equilíbrio financeiro. “A crise acaba com o status quo. Quem vai bem, pode não ir mais. Quem vai mal pode crescer”, coloca. E será que ainda dá tempo de planejar 2015? Com certeza! Avaliações e mudanças devem fazer parte do cotidiano da empresa. Com criatividade e disposição é possível reverter resultados negativos e até mesmo crescer durante esse momento complicado da economia. Segundo o economista Marcos Rambalducci, as organizações precisam exercitar o olhar em duas direções: para seu interior e também para as forças externas. Ou seja: as empresas precisam observar seus processos, negócios e quadro de funcionários para buscar a redução de custos, tarefa da qual é impossível fugir no atual cenário. E também checar o andamento da economia, voltando a atenção para o consumidor, questionando o que ele está disposto a comprar e a que preço.

Maturidadee experiênciaAté 2013, a venda de carros novos teve bons resultados, impulsionada pela isenção do Imposto sobre Tributos Industrializados (IPI). Com o fim da política e ainda a elevação das taxas de

juros, o setor vem sofrendo. Montadoras de veículos, como General Motors, anunciaram a paralisação das atividades em junho para tentar reduzir o estoque parado. O mau momento interfere em toda a cadeia produtiva e chega também às concessionárias. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que, no primeiro quadrimestre de 2015, 250 concessionárias fecharam as portas. Apesar de ter notado uma diminuição de 60% nas vendas de carros novos, somando 2014 e o primeiro quadrimestre de 2015, a Norpave – concessionária da Volkswagen em Londrina – ainda continua com lucro. O diretor-presidente da Norpave, Luiz Bley Junior, informou que a crise é sentida desde 2014. Mesmo assim, o ano passado se encerrou com aumento no faturamento em relação a 2013. Com 45 anos de atuação em Londrina, a empresa soube buscar um nicho que a sustentasse, já que a comercialização de carros novos caiu. A opção foi pelos serviços de pós-venda, como peças, e o mercado de carros usados. O bom faturamento também dependeu do corte de custos, que inclusive levou à demissão de funcionários. Luiz Bley Junior defendeu que é preciso saber tomar as decisões corretas nos gastos, adiando alguns projetos, e mantendo apenas o que adiciona valor ao negócio. Os treinamentos dos funcionários, por exemplo, não são interrompidos. “Eu trabalho no ramo há 30 anos e já passei por várias crises. No Brasil, essa não é a primeira e nem vai ser a última. Historicamente, nenhuma crise foi menor que dois anos, então nós acreditamos na melhora do mercado somente para 2017. Com isso, a preocupação é grande com as despesas. Por exemplo, se eu quero pintar a revenda, eu vou jogar para o próximo ano. Agora, se eu preciso de uma ferramenta nova, importante para o serviço, eu vou comprar”, explica. O cenário econômico pessimista não vai impedir a expansão da concessionária. A Norpave, por exemplo, tem em construção uma nova unidade na zona

Luiz Bley Junior, presidente da Norpave, prevê tempos difíceis

para o setor automotivo, ao menos, até 2017

Marcos Rambalducci defende que é hora de a empresa se

autoavaliar e definir estratégias com base no que acontece no

cenário econômico: “Precisamos fazer mais ccom menos”

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norte de Londrina. A inauguração da loja vai ser adiada, mas acontecerá até 2016, pois a crise não pode reduzir a expectativa da conquista de novos mercados.

Cultura e eficiênciaSe a Norpave com seus 45 anos de atuação dá exemplo de como agir em tempos de crise, empresas novas, como a DMX Imóveis, que completa cinco anos em 2015, também mostram iniciativa. A imobiliária conseguiu fechar o primeiro trimestre deste ano com aumento de 16% nas vendas, ao focar na comercialização de salas comerciais da Gleba Palhano a preços atrativos. A indústria da construção civil foi muito afetada pelos cortes do governo federal, mas os últimos anos de boom deixaram um grande estoque de imóveis prontos. As incorporadoras precisam comercializar os espaços para formar caixa e assim fazem preços mais atrativos ao consumidor, o que tem contribuído para os bons números do setor imobiliário. O diretor e sócio da DMX Imóveis, Manoel Gonçalves de Oliveira Neto, destaca que o planejamento é fundamental para apontar as oportunidades a serem aproveitadas. A empresa tem um plano estratégico de 2015 a 2020 e ainda trabalha com índices diários, que abalizam cada setor do negócio. Oliveira Neto ainda coloca que um elemento vem sendo fundamental para o equilíbrio da empresa: a cultura de participação dos funcionários na

tomada de decisões. A DMX mantém um conselho administrativo – independente dos sócios e formado pelos colaboradores – que analisa como atingir as metas. Ou seja, são os próprios trabalhadores que buscam as estratégias para vencer a crise, dividindo as responsabilidades. “É um período que você precisa fazer mais com menos, então é uma oportunidade que nós temos de entender quanto de eficiência temos em nossa empresa”, comenta. Ou seja, a crise econômica deve despertar na empresa todo seu potencial. É claro que o período não é para ser comemorado e vai ser vivido com sacrifícios, com diversos cortes, inclusive de pessoas, mas pode ser aproveitado para melhorar os processos institucionais. “O melhor é não estar em crise, é a gente ver as pessoas com emprego, mas infelizmente estamos nela e temos que tirar um proveito. Nós estamos trabalhando para a hora que a gente sair da crise, sair com um domínio maior do mercado”, completa o diretor da DMX Imóveis.

Gestão de pessoasA melhoria de processos e a descoberta de mercados são feitas por pessoas. É o quadro de funcionários da empresa e sua aptidão que vai ditar boa parte do sucesso da organização durante a crise econômica. A consultora organizacional e psicóloga, Filomena Storti Mineto, ressalta que é preciso informar os colaboradores das dificuldades vividas e trazê-los para a tomada de decisões. “As empresas estão um pouco com o ‘freio de mão’ puxado. Por quê? Porque a política e a economia não vão bem, por isso as empresas estão em compasso de espera, aguardando para saber o que vai acontecer. Porém, o mercado está mais competitivo. Se eu quero um resultado, o desenvolvimento de pessoas tem de continuar”, orienta. A nova geração de colaboradores das empresas ainda vem de uma vivência de participação e quer ser fortalecida. Por isso, o momento é de segurar os principais talentos e investir no capital intelectual, aumentando a eficiência da organização.

Setores e suas expectativas para o mercadoAgronegócios: é o setor que menos deve ser afetado pela crise, especialmente as empresas que atuam na exportação, que têm registrado boas taxas de câmbio.

Serviços e automóveis: setores sensivelmente afetados, mas com poder de reação rápida após amenização da crise.

Alimentação: restaurantes devem notar quedas, enquanto supermercados podem ter aumentos. Tendência é a população comer mais em casa.

Construção civil: setor com grande dependência das políticas federais. Apesar dos cortes drásticos, especialistas acreditam que governo deve voltar a soltar investimentos, pois é um mercado que emprega muito, especialmente mão de obra menos qualificada.

DMX Imóvel aposta em cultura de participação dos colaboradores para

melhorar eficiência em tempos de crise, segundo diretor Manoel Gonçalves de

Oliveira Neto

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EDUCAÇÃO

Por Vinícius Bersi

Aos 11 anos, Murilo tinha um desejo e uma oportunidade. Ele queria muito um Ipod e viu a chance de tê-lo quando uma tia contou que faria uma viagem aos Estados Unidos, país onde o produto era bem mais barato que no Brasil.Murilo pediu à mãe que desse à tia o dinheiro para a compra do aparelho digital de música. A resposta foi não. Os pais do Murilo não poderiam fazer a despesa naquele momento.Foi então que o garoto decidiu trabalhar para ganhar o dinheiro. Na primeira iniciativa empreendedora, ele tentou vender ímã de geladeira. Ninguém se interessou pelo produto e o garoto não ganhou nenhum real. Depois ele partiu para o ramo gastronômico. O garoto encontrou uma receita de brownie na Internet. A mãe deu o dinheiro para a compra dos ingredientes e ele fez o bolo, mas o resultado também não foi bom. O brownie não ficou gostoso e ele nem tentou vender o produto.Persistente – como todo bom empreendedor –, o garoto decidiu fazer uma nova tentativa. Ele mesmo comprou os ingredientes com o

dinheiro que tinha ganhado de presente de Natal, preparou a receita e os biscoitos finalmente ficaram bons.Começou então a operação de venda para familiares, amigos e amigos da família. A mãe do garoto decidiu dar uma força. “Eu o aconselhei a fazer uma fanpage no Facebook para divulgar o produto, mas fiquei surpresa ao saber que ele já tinha feito uma página na rede social”, conta a empresária Rafaela Pedro.Em duas semanas, o garoto conseguiu o dinheiro para a compra do Ipod. Na terceira, ele juntou o suficiente para a compra de uma bicicleta.O sucesso do negócio até assustou os pais do garoto que proibiram o Murilo de dedicar tanto tempo aos brownies. “Nós decidimos dar uma segurada, porque ele estava achando que era fácil ganhar dinheiro e que poderia comprar qualquer coisa”, explica a mãe.Para Murilo ficou a certeza de que a realização de desejos exigem esforço, disciplina e liderança. “Foi bom porque eu descobri que nem tudo é fácil”, diz.Atualmente, Murilo faz e vende os brownies de forma eventual, em períodos que não há provas ou trabalhos escolares. A ideia é que

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 23

“SOCIEDADE EXIGE PESSOAS COM MÚLTIPLAS COMPETÊNCIAS”

remuneradas por algum tipo de empreendimento. Para o advogado trabalhista Osvaldo Alencar, nesses casos, o bom senso deve prevalecer. “A questão da liderança é muito interessante, mas o bom senso é imprescindível. O Estado e a sociedade devem evitar a adultização da criança, o que é muito ruim para o desenvolvimento dela”, aponta.

Educação empreendedoraQuando se pensa em empreendedorismo logo vem à mente a ideia de um novo negócio sendo aberto e de um empresário arrojado disposto a encontrar soluções para problemas e garantir o sucesso do empreendimento. O empreendedorismo sem dúvida se materializa nessa situação, mas um projeto de educação empreendedora da Prefeitura de Londrina em parceria com o Sebrae trabalha com uma ideia mais ampla do significado de empreender.Crianças de 66 centros de educação infantil e escolas do ensino fundamental são expostas a situações que as fazem desenvolver habilidades como autonomia, persistência, criatividade, inovação,

ele possa viver a experiência empreendedora sem comprometer a educação formal.A psicóloga Vivian Karina da Silva aponta que a experiência do empreendedorismo na infância deve ser lúdica. O “negócio” não pode comprometer ou inviabilizar nenhum outro aspecto do desenvolvimento infantil. “A atividade deve ser feita de uma forma que não ocupe o tempo do estudo, do lazer e do esporte; outras atividades que são importantes para a parte física e mental da criança”, alerta.No Brasil qualquer trabalho é proibido para adolescentes menores de 14 anos. A legislação não alcança atividades empreendedoras como as de crianças e adolescentes que não têm empregador, mas são

planejamento, proatividade e liderança.“No futuro a criança pode até ser um empresário, mas a proposta é que independentemente da atividade desenvolvida ela possa ser empreendedora”, explica a coordenadora do grupo de estudos de professores empreendedores, Luzimar Mazeto.A consultora do Sebrae Daniele Conte aponta que em qualquer ramo de atuação profissional o empreendedorismo é uma característica desejada. “A nossa sociedade exige pessoas com múltiplas competências, autonomia e que saibam se adaptar às mudanças e resolver problemas.”No programa realizado pela Prefeitura em parceria com o Sebrae, não

Quando precisa de dinheiro e os pais autorizam, Murilo

prepara e vende brownies

Luzimar Mazeto: “No futuro a criança pode até ser um

empresário, mas a proposta é que independente da atividade

que ela vá desenvolver ela possa ser empreendedora”

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há uma disciplina específica para o tema da educação empreendedora. As reflexões e atividades são feitas durante as aulas de várias matérias. O trabalho é orientado por uma apostila com conceitos da pedagogia empreendedora do professor Fernando Dolabela – referência nacional no tema – que entende o empreendedorismo para além da importância econômica, como um poderoso instrumento para promoção de liberdade e justiça social.As crianças elegem um sonho coletivo. Os desejos vão desde andar a cavalo, ir ao cinema ou até assistir a uma partida do Londrina Esporte Clube no Estádio do Café. A partir daí às crianças vão planejando e executando as ações que levam à concretização do sonho. Todos os passos a serem dados para a realização são registrados em um caderno – o mapa do sonho. A pequena Júlia, de 5 anos, é estudante do Centro de Educação Infantil Nissia Rocha Cabral e já tem o sonho de ser veterinária. “Toda vez que vejo um cachorrinho na rua quero levar ele pra casa”, conta, com carinho. Ela sabe o que precisa fazer para alcançar o objetivo. “Vou ter que estudar muito”, diz com convicção.No mapa do sonho de Lisa, 4 anos, o desenho é de um avião que ela pretende pilotar quando for adulta. No universo de Lisa a idade adulta chega aos 10 anos. Já o Felipe, da turma dela, sonha com uma casa na fazenda. “Meu pai e minha mãe vão poder ficar na minha casa, e eu também vou de ônibus”, garante.Além da preparação para a conquista dos grandes sonhos, a atitude empreendedora aparece nos pequenos desafios do cotidiano das crianças. A turma da Lisa e do Felipe foi batizada de turma do Batman

e eles decidiram que iriam desenhar o super-herói em tamanho real. Em princípio, as crianças resolveram deitar a professora em um papel kraft para contorná-la de lápis, mas perceberam que a professora era baixinha e a representação não seria fidedigna. Decidiram então chamar a professora Marieli – a mais alta da escola. A professora atendeu ao pedido, deitou sobre o papel kraft, as crianças fizeram o contorno e conseguiram o resultado esperado. “Houve trabalho de equipe, demonstração de liderança, muita criatividade e eles solucionaram todos os problemas que foram surgindo, a professora ficou apenas olhando”, conta Ana Maria de Souza, que participa do curso de professores empreendedores. Na educação empreendedora, o professor é sobretudo um provocador. Cabe ao profissional lançar um problema e estimular a criatividade das crianças para resolvê-lo.

Professora mais alta da escola foi chamada para que as crianças conseguissem fazer o desenho do Batman

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 25

ARTIGO

Por Jeison Arenhart De Bastiani Se a busca pela excelência não está na pauta de discussão da sua organização, sinto muito, mas em breve sua empresa vai fechar! E não é olho gordo ou pensamento negativo, é um fato! Ou você ainda acha que seu cliente aceita receber menos que “o melhor possível”?Quando falamos de excelência, muitos gestores ainda pensam em certificações. A excelência vai muito além disso, é querer melhorar continuamente, toda hora, todos os dias, em tudo que se faz. A excelência é um horizonte para onde caminhamos, sabendo que nunca vamos chegar. Quem acredita que atingiu a excelência no seu negócio, não entendeu nada. A excelência é um norte, e quem está buscando-a, melhora continuamente, sempre na direção certa.Mas quem é o responsável por essa busca da excelência do seu produto ou serviço? Você pode treinar sua equipe, ajuda muito, mas a responsabilidade de uma empresa buscar a excelência é sempre da liderança e ponto final. Você pode tentar empurrar a responsabilidade para outros, pode justificar de várias formas como: sua equipe, fornecedores ou parceiros, deixa a desejar, mas, se a empresa tem problemas com a qualidade do que entrega, é porque você falhou. É duro ler isso, e o primeiro passo é a negação, temos vários bons motivos que justificam o ato de colocar a culpa na equipe, dita muitas vezes sem

A RESPONSABILIDADE PELA BUSCA DA EXCELÊNCIA

compromisso, sem qualificação, pouco atenta, ou qualquer outra falha que você queira listar. Mas o fato é que por alguma razão eles não estão buscando a excelência no que fazem.Como empresário, visito várias empresas e sou categórico ao afirmar: a empresa é o reflexo do seu líder. Alguns não são o exemplo de excelência que esperam de seus colaboradores. Mesmo se você for muito ocupado, deve estar atento aos detalhes, principalmente aos seus comportamentos, sua equipe o imita, você é referência. Vejamos algumas reflexões:

Você espera cordialidade no atendimento! Mas você sorri para seu funcionário? Sorri ao falar no telefone com um cliente? Depois de resolver um grande problema com um cliente, desliga e comemora ou desliga o telefone bufando e praguejando com o cliente?

Você espera atendimento rápido! Você demora para responder as demandas da sua equipe? E os e-mails de clientes importantes? Você entrega rápido? Quando alguém quer falar contigo consegue? Suas reuniões são curtas, com pauta bem definida?

Você espera organização! Como é sua mesa? Ela está organizada? Os arquivos do seu computador estão todos na área de trabalho ou você os classifica de alguma forma? Você mantém todos informados de como as coisas devem ser feitas?

Você quer sempre um trabalho bem feito! Quando faz uma apresentação para a sua equipe, ela é boa? É Clara, didática e que demonstra o que você quer dizer? É sempre bem-feita? Sem erros de português? Você domina o assunto?

O pessoal na empresa precisa estudar mais! E você estuda? Se qualifica? Faz cursos, vai a treinamentos? Quantos livros você leu? Você gasta seu tempo com isso? Não? Porque espera que sua equipe irá gastar?

Existem vários exemplos, tenho certeza, que você está pensando em uma lista parecida com essa de coisas que você espera da sua equipe, mas que você não costuma ser o exemplo de excelência. As palavras podem conduzir determinado caminho, mas os exemplos arrastam. Uma coisa que poucos empresários entendem é a relação que a empresa tem com o seu jeito de ser.Então sugiro que você busque a excelência todos os dias, isso dá autoridade suficiente para que você possa cobrar sua equipe como líder, e não como chefe. Buscando a excelência constantemente, você será o exemplo de que eles precisam.

Jeison Arenhart De Bastiani é diretor

executivo da ForLogic Software, um dos criadores do Qualiex, editor do “Blog da

Qualidade, Tecnólogo em Sistemas de Informação, Especialista em Gestão da Produção e Mestre em Engenharia da

Produção pela UTFPR.

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BUROCRACIAS

Por Felipe Brandão

Empreender não significa apenas projetar e injetar recursos, mas seguir uma sequência de procedimentos na obtenção de licenças e alvarás nos diferentes setores e níveis da administração pública. Atender a uma lista de itens e parâmetros, muitas vezes obscuros e confusos, pode ser exaustivo demais e até mesmo desestimulante, em especial para um cenário econômico de retração de investimento como o que se tem vivenciado.Leandro Camargo convive com essa realidade como gerente geral do Shopping Saul Elkind, inaugurado em abril na avenida que dá nome ao empreendimento. “Sempre há uma ou outra repartição pública que demanda processos mais burocráticos e mais complexos. Penso que se alguns processos tivessem menos etapas, ou até mesmo se pudessem agrupar diversos procedimentos em um determinado e único setor, as coisas certamente andariam com mais celeridade e menos burocracias”, analisa. “Existem muitos setores, poucos funcionários, o que na maioria das vezes ocasiona essa

CERCO REGULATÓRIOAssessores jurídicos dão sugestões de como lidar com os entraves legais

que por vezes atrapalham a produtividade do setor empresarial

grande burocracia e, por consequência, os atrasos, os desgastes e, em alguns casos, até o prejuízo. Acredito que uma nova logística para essas repartições certamente poderia trazer um grande avanço nessa questão.”Sandro de Angelo está há três anos à frente da Natú, conhecida marca local de sucos de laranja. Ele considera que o processo de implantação da empresa foi tranquilo em comparação a outros, porém nem por isso deixou de sofrer com a burocracia e os vícios legais impostos aos empresários e industriais. “Falta entendimento, falta preparo. Para se ter uma ideia, não há uma legislação em nível federal para a produção do suco de laranja. Tivemos de nos enquadrar na legislação existente para suco de uva, o mais próximo que havia – e ainda muito distante da nossa realidade industrial e mercadológica”, explica.Sandro acredita que faltam políticas públicas, tanto no âmbito federal como estadual e municipal, que fomentem a implantação e o desenvolvimento empresarial e industrial. “O governo estadual implantou uma substituição tributária do produto interno, algo geralmente adotado para impedir que produtos de outro estado venham a interferir na economia local. Mas, alegando o que seria apenas uma mudança

de colocação no imposto, foi gerada uma carga adicional para as microempresas, encarecendo o caminho do produto até o consumidor e tributando ainda mais as indústrias que já são altamente oneradas. Ou seja: vemos que os impostos aumentam, mas as facilidades não. Outro problema está na questão da interpretação. Diversas leis possuem interpretações livres, mas a empresa precisa se submeter à interpretação do órgão, que por vezes admite cunho quase pessoal”, afirma De Angelo.

Visão jurídicaA queixa de Sandro encontra amparo jurídico na visão do advogado corporativo Charles Ribeiro, sócio-proprietário da Ribeiro e Sócio Advogados Associados. Para ele, o excesso de leis no País é o principal motivador da insegurança jurídica que assola a atividade empresarial. “Vejo que o Brasil cria leis desnecessárias, vazias, conflitantes, cenário este que muito mais atrapalha do que contribui com os geradores de riqueza, que realmente fazem o país funcionar. A criação de leis muitas vezes não busca o correto, mas sim atender

Sandro de Angelo:

“Vemos que os impostos aumentam,

mas as facilidades

não”

Leandro Camargo: “Se alguns processos tivessem menos etapas, as

coisas certamente andariam com mais celeridade”

Charles Ribeiro: “Não se pode construir um

sistema tributário adequado, correto, levando em conta

apenas a arrecadação. O sistema tributário deve ser pautado na Constituição Federal

e no respeito aos direitos individuais

dos cidadãos”

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“BRASIL CRIA LEIS DESNECESSÁRIAS, VAZIAS, CONFLITANTES”

a interesses políticos, e não legítimos ou voltados ao atendimento das necessidades da maioria. Para piorar a situação, a aplicação dessas leis pelo Poder Executivo também é um caos, o que provoca inúmeras ações perante o Poder Judiciário e compromete o funcionamento deste importante poder da democracia”, analisa.E o problema não para por aí. Para o advogado Marcus Grassano, o grande entrave é a infinidade de exigências absurdas e desprovidas de fundamentação técnica impostas às empresas, principalmente no momento de abertura do negócio. “O poder dado a estes órgãos para fazer exigências, nem sempre razoáveis, pode fazer com que o empresário enfrente um calvário: ele cumpre uma exigência, mas o órgão então faz outra nova; cumpre esta, e novamente se exige outra diferente. O que é preciso entender é que todos perdem: empresário, empregados, governos e o restante da sociedade. O foco não é produzir, prestar serviços, o foco é cumprir exigências”, lamenta. A título de ilustração, ele cita o exemplo de um dos clientes a quem prestou assessoria através do Escritório de Advocacia Grassano e Associados, do qual está à frente desde 1994. “Temos uma cliente multinacional que abriu uma indústria no Brasil e, mesmo com muito esforço, foco e recursos, levou cerca de 16 meses para iniciar sua produção. Quando estávamos terminando todo o processo, decidiram abrir uma indústria similar nos Estados Unidos. Entre a decisão de abertura e o início de funcionamento naquele país, a empresa levou somente 68 dias. Isto

é um verdadeiro desastre para o Brasil. Perdemos competitividade, as pessoas e os negócios não se desenvolvem e a diferença tecnológica e de produtividade entre o Brasil e os demais países só aumenta.”

Tributos nas alturasCharles Ribeiro considera que a questão tributária também é um fator determinante quando se fala deste tema. “Entendo que o principal problema da quantidade de leis está relacionado aos tributos de um modo geral, em todas as esferas do poder público. Não se pode construir um sistema tributário adequado, correto, levando em conta apenas a arrecadação. O sistema tributário deve ser pautado na Constituição Federal, nos pilares da nossa república que estão lá direcionados e no respeito aos direitos individuais dos cidadãos. Esse país é do seu povo e não de uma minoria que se entende dona dele.” Marcus Grassano concorda: “O sem-número de tributos e contribuições faz com que as empresas tenham que trabalhar muitas horas no cumprimento destas obrigações, mais um custo e mais problemas que desviam a atenção do empreendedor do seu negócio.”Grassano acredita que para superar os entraves o empresário deve incluir em seu planejamento os efeitos que estes geram em seu próprio negócio e tentar evitar a criação de passivos que possam destruir sua atividade. “O empresário deve buscar ajuda em suas organizações de classe,

sindicatos e associações para cursos e ideias, para o aprimoramento pessoal e de sua equipe no cumprimento das obrigações, e para baixar os custos de sua atividade, fortalecendo as iniciativas associativistas, como as cooperativas de crédito. Deve ainda ampliar seus horizontes, analisando até a internacionalização como uma das formas de preservar o negócio e o máximo número de empregos no país.”Visão semelhante possui Charles Ribeiro, para quem uma boa assessoria jurídica também pode acrescentar a todos os aspectos do negócio. “A atuação multidisciplinar, reunião de profissionais com diferentes áreas do conhecimento, é a forma mais moderna e eficiente de condução dos negócios, e num país como o Brasil, num contexto legislativo como o enfrentado pelos empresários, a atuação do advogado é de suma importância. Decisões bem fundamentadas levam a melhores resultados e análises prévias colaboram para evitar e/ou minimizar eventuais danos à empresa.”

Marcus Grassano: “Todos perdem: empresário, empregados, governos e

o restante da sociedade. O foco não é produzir, prestar serviços, o foco é

cumprir exigências”

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ENTREVISTA

Por Susan Naime Uma sala cheia de mentes brilhantes nem sempre é o suficiente para o sucesso de uma empresa. Talvez transpor esses elementos do papel (ou da mente) para a realidade seja uma das atividades mais desafiadoras de uma companhia, independentemente de seu porte e segmento. Em tempos de crise, os problemas tornam-se ainda mais evidentes e o resultado é assustador. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, de cada 100 empresas abertas no Brasil, 48 (quase a metade!) encerram as suas atividades em três anos. Para entender as dificuldades de se colocar um planejamento estratégico em prática, a revista Mercado em Foco entrevistou o consultor organizacional e coach especializado em estratégia e liderança, Fabiano Zanzin. Ele é fundador e master coach da Concept Consultoria – Educação Empresarial. Aproveite as dicas e boa leitura!

Mercado em Foco: As empresas sabem qual é o momento de acender a luz de alerta para algum problema ou dificuldade?

Fabiano Zanzin: Nem todas as organizações têm a maturidade de

Fabiano Zanzin: “O engajamento você só consegue

quando a equipe passa a fazer parte da estratégia de execução. E nada é mais

eficiente do que uma equipe engajada.”

enxergar por si só que precisam de ajuda. Existem as organizações que só procuram ajuda quando a situação está insustentável e existem as empresas que seguem ao pé da letra a máxima de que é em tempo de paz que se prepara para a guerra. O momento de buscar ajuda é aquele em que o empresário identifica que os seus desafios e projetos são muito maiores que a sua própria capacidade de execução. Vivemos um momento no País que retrata muito bem essa realidade. Empresas que se planejaram há dois ou três anos hoje sofrem um impacto muito menor. Aquelas que não se prepararam, não buscaram ajuda ou não se qualificaram passam por dificuldades – algumas nem vão sobreviver.

Mercado em Foco: Quando os conflitos são bem-vindos dentro da empresa?

Fabiano Zanzin: Nós chamamos os conflitos de caos. E é por meio do caos que se constrói a maturidade. Os conflitos são os primeiros sintomas de que algo não está legal e é ali que as pessoas tomam a decisão de buscar ajuda. Portanto, passam a ser um divisor de águas. O ideal é que não se precise chegar nesse nível.

Mercado em Foco: Após entender que existe um problema, qual seria o próximo passo?

Fabiano Zanzin: O primeiro passo é o reconhecimento de que é necessária essa ajuda. É um momento para identificar realmente qual é o foco, o objetivo, o que incomoda para só depois

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estabelecer um objetivo, onde se quer chegar e, principalmente, desenvolver a responsabilidade de cada parte no processo. As empresas precisam descobrir o caminho da eficiência que necessitam.

Mercado em Foco: Existe uma má compreensão do significado pleno da palavra “executar”?

Fabiano Zanzin: Sim. As pessoas confundem execução com planejamento. As empresas dedicam muito tempo e dinheiro em montar planejamentos estratégicos. O objetivo de um planejamento é garantir que uma empresa erre menos. Agora, o grande desafio não é montar um bom planejamento e, sim, executá-lo. Por isso vemos empresas que possuem planejamentos maravilhosos e elaborados, mas não conseguem executá-los, tirá-los do papel.

Mercado em Foco: E por que é tão difícil executar o planejamento estratégico?

Fabiano Zanzin: Porque envolve pessoas. E tudo que envolve pessoas muitas vezes envolve mudança de comportamento. Todas as organizações, quando estabelecem uma meta, estão estabelecendo algo novo para ela. Só que as pessoas têm dificuldade de trabalhar com o novo porque normalmente atuam com o viés do paradigma daquilo que elas sempre fizeram na vida.

Mercado em Foco: Já caiu por terra o conceito de que um chefe deve ficar aguardando que seus subordinados lhe tragam os resultados?

Fabiano Zanzin: Esse paradigma do gestor, líder ou chefe que está à frente da

equipe mostrando o caminho e dizendo o que deve ser feito é um modelo falido. Nada é mais eficiente do que uma equipe engajada. E o engajamento você só consegue quando a equipe passa a fazer parte da estratégia de execução.

Mercado em Foco: As pessoas até gostam de dar uma infinidade de ideias e sugestões como soluções de um problema, mas por que acaba sendo tão difícil torná-las reais?

Fabiano Zanzin: Às vezes a organização não tem a cultura do trabalho em conjunto ou do objetivo comum. As organizações estão acostumadas a trabalhar de uma maneira onde cada líder de uma área estabelece a sua meta com a sua equipe. Os departamentos precisam trabalhar em harmonia, como um time em direção a um objetivo comum, e não como departamentos autônomos e distintos. Dentro de uma empresa, cada setor é uma engrenagem que faz parte de um todo. Mercado em Foco: Quando um dos grandes problemas é a instabilidade financeira, como melhorar o clima interno?

Fabiano Zanzin: A saúde financeira da empresa é vital para o ambiente saudável. A partir do momento que se detecta a instabilidade financeira, a primeira coisa que deve ocorrer é uma reestruturação. Também será preciso aprender a conviver com o novo quadro. É muito importante que esse ponto não seja atingido porque quando isso ocorre as pessoas começam a trabalhar sem direcionamento, e isso é perigoso.

Mercado em Foco: Existe uma periodicidade para a empresa fazer a autoavaliação de seu planejamento estratégico?

Fabiano Zanzin: A avaliação deve ser constante. É como um treinamento de um time. Não é por que você ganhou um campeonato um ano que você não irá treinar no próximo.

Mercado em Foco: Se você pudesse resumir, existe um principal fator que faça com que a execução de um planejamento dê certo?

Fabiano Zanzin: Existe a receita do sucesso, que são as 4 Leis da Execução. Primeiro se deve estabelecer a meta que é crucialmente importante, ou seja, aquilo que é fundamental para a organização. Definida essa meta, cada departamento assume a sua meta que, juntas, irão contribuir para a meta principal. O estágio número dois é definir quais serão as ações que cada departamento irá executar para levar a sua equipe em direção à meta. Muitas empresas erram aqui: definem a meta e se esquecem das ações. O terceiro princípio é estabelecer indicadores de desempenho, ou seja, as equipes devem observar em que estágio caminham para atingir a sua meta. Isso também faz com que a equipe não perca o ritmo. E o quarto princípio é a cadência de responsabilidade através de um fórum semanal para discutir as metas. É importante dizer que não existe metodologia perfeita. Tudo passa pela mudança de comportamento.

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G7 LONDRINA

Por Paulo Briguet Se uma cidade passa por uma catástrofe natural, existe o órgão denominado Defesa Civil para organizar o socorro às vítimas. Mas, no caso das chuvas e trovoadas da economia e da gestão pública, a quem recorrer? Preocupados em garantir o desenvolvimento econômico, base da justiça social para toda a comunidade, líderes de entidades empresariais locais formaram o G7 – Grupo de Defesa Econômica de Londrina.O G7 é composto pelos líderes das seguintes entidades: Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), Sociedade Rural do Paraná (SRP), Sindicato do Comércio Varejista de Londrina (Sincoval), Sindicato das Empresas de Contabilidade de Londrina (Sescap), Sindicato da Habitação – Regional Norte (Secovi), Sindicato das Empresas Metalúrgicas de Londrina (Sindimetal) e Sindicato das Empresas de Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon Norte). O Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL) oferece apoio técnico ao grupo.O primeiro desafio do G7 foi tomar uma atitude diante da greve do funcionalismo público estadual, que deixou cerca de 1 milhão de alunos sem aula durante 72 dias, prejudicando o ano letivo e paralisando a sociedade. No auge da crise, os presidentes do G7 publicaram, no dia 31 de maio, o Manifesto aos 11 milhões de paranaenses, em que as entidades pediam a retomada do diálogo entre o governo e os grevistas. Um dos trechos do

manifesto conclama: “Chegou o momento de depor as armas e apertar as mãos. Para chegar a um entendimento, é preciso ter um gesto de grandeza, olhar nos olhos do outro e ver nele alguém como nós: um cidadão paranaense. Só assim vamos vencer a crise e restabelecer a paz social”. O manifesto das entidades atingiu os seus objetivos: poucos dias depois, o Governo do Estado fez uma nova proposta de reajuste salarial e os professores estaduais voltaram às aulas. Essa foi apenas a primeira vitória. Muitos desafios se colocam pela frente, como a questão do financiamento das universidades públicas e a luta contra os aumentos de impostos e taxas públicas, que sufocam a atividade empresarial, causando fechamento de empresas e demissões.

Qualidade do gasto públicoO presidente da ACIL, Valter Luiz Orsi, entende que um dos principais objetivos do G7 é formular modelos para garantir a qualidade do gasto público, a eficiência da máquina administrativa e o combate sem tréguas à corrupção. “Em Londrina, já fizemos a lição de casa na administração municipal. Nosso desafio agora é levar modelos de excelência em gestão para outros níveis de governo”, diz Orsi. “A atividade empresarial está baseada em criação de valor, busca da excelência, espírito de inovação, estímulo ao mérito. Precisamos que os governos adotem

esses princípios, porque a sociedade não suporta mais aumento de impostos para compensar as ineficiências do setor público.”Para o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni, a união entre as entidades do setor produtivo já está rendendo bons frutos. Um dos temas que a SRP pretende levar ao G7 nas próximas semanas é a questão do financiamento das universidades públicas. “Não se observa disposição político-administrativa do atual Governo e de outros anteriores

SETE ENTIDADES E UM IDEALCom a formação do G7 – Grupo de Defesa Econômica de Londrina,

instituições do setor empresarial contribuem para a solução de conflitos, a superação de crises e a eficiência das políticas públicas

Valter Orsi, da ACIL:

“Nosso desafio é levar modelos de excelência para o

setor público”

Moacir Sgarioni, da Sociedade Rural, aponta necessidade de discutir financiamento das

universidades

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de continuar com a manutenção das sete universidades estaduais; a própria Constituição Federal não atribui ao Estado a responsabilidade de prover o ensino superior, e sim à União. Assim, e reconhecendo a enorme contribuição que a UEL, mantida pelo Estado, trouxe para a formação de nossa sociedade, é certo que chegou a hora de se buscar junto com nossos representantes políticos a federalização da UEL”, observa Sgarioni. Para o presidente da Rural, os estados e municípios estão sendo altamente prejudicados no modelo atual de distribuição de recursos centralizados no Governo Federal. “A chamada Pátria Educadora precisa contribuir mais com os estados e municípios nesta difícil tarefa da educação”, opina Moacir Sgarioni. Para o imobiliarista Nestor Dias Correia, presidente do Secovi Norte, a formação do G7 reforça o papel das instituições no desenvolvimento de uma sociedade democrática – com paz social, crescimento econômico e respeito ao meio ambiente. “Estamos certos que o conjunto da sociedade organizada tem o dever de manifestar-se diante de uma conjuntura adversa aos interesses sociais. Somos

uma unidade de força. A elevação do nível cultural de nossa gente e avanço da tecnologia da informação nos asseguram que, unidos, vamos impulsionar o desenvolvimento”, analisa Correia.

Educação e segurançaO empresário Ary Sudan, coordenador regional da FIEP e vice-presidente do Sindimetal Londrina, afirma que a criação do G7 é importante para que a sociedade conheça a realidade do que se passa em áreas como a educação e a segurança. “A população precisa ter noção dos custos e dos resultados obtidos nessas áreas e com isso poder compará-los com os resultados das instituições congêneres, públicas e privadas, extraindo daí ensinamentos que poderão contribuir para a melhoria dos serviços oferecidos.”Na opinião de Célia Catussi, vice-presidente do Sinduscon Norte, a sociedade democrática tem como alicerce as associações e entidades representativas. “Nossa obrigação é representar as ideias e necessidades de todos os cidadãos”, observa Célia. “O G7, logo em sua primeira ação, cumpriu esse papel, posicionando-se sobre um tema que diz respeito a todos nós: a educação.” “A formação do G7 representa um marco na história da representatividade destas entidades na sociedade civil organizada”, diz o presidente do Sescap Londrina, Jaime Cardozo. “O grupo trabalha os assuntos de interesse de Londrina

e do Paraná, de forma organizada e reunindo a força de todas as entidades. Assim, teremos resultados consistentes e efetivos, como ficou comprovado no fim da greve do funcionalismo público estadual e, mais recentemente, com a inauguração da Sala do Empreendedor e do contador, proporcionando conforto, bom atendimento e treinamento em único espaço na Prefeitura de Londrina, tanto para contadores como para os empreendedores”.O engenheiro José Fernando Garla, presidente do CEAL, entidade que oferece apoio técnico ao G7, acredita que a união das entidades empresariais torna-se ainda mais importante nos momentos de crise. “Neste momento da nossa história, devemos nos unir a favor de soluções conciliatórias, para que todos os setores possam desenvolver suas funções à altura do que o nosso povo merece. A meta do G7, entendo eu, é fazer prevalecer o bom senso.”Novos desafios virão. Mas uma coisa é certa: o G7 Londrina chegou para ficar. E vai ajudar a escrever a história de Londrina e do Paraná.

Nestor Dias Correia, do Secovi: “Somos

uma unidade de força para o

desenvolvimento”

Jaime Cardozo, do Sescap: “Grupo já obtém resultados consistentes e efetivos

para toda a comunidade”

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julho e agosto de 2015 | www.acil.com.br32

PROTEÇÃO

Por Susan Naime

Quem nunca passou por alguma tentativa de golpe de identidade? Se sua resposta foi ‘não’, considere-se uma pessoa de sorte. O roubo de dados pessoais para fazer compras, firmar negócios e obter financiamentos é uma das fraudes mais praticadas por criminosos. Para se ter ideia, as principais reclamações registradas pelo SPC/ACIL estão relacionadas à utilização indevida do CPF para abertura de empresas e negativações indevidas em casos de perda ou roubo dos documentos. Para se proteger de armadilhas e garantir a segurança do seu maior bem – o seu nome, a ACIL apresenta um novo serviço que poderá ser um grande aliado. O SPC Avisa possibilita monitorar o CPF ou CNPJ 24 horas por dia e sete dias por semana. Assim

que ocorrer qualquer movimentação ou consulta do documento, imediatamente o cliente é avisado por e-mail ou SMS. Medidas de prevenção, como não informar dados pessoais e números de documentos para pessoas estranhas ou por telefone, evitar cadastros em sites que não sejam de confiança e cuidados com pesquisas e promoções nem sempre são suficientes para evitar o problema.Segundo a gerente comercial da ACIL, Claudia Motta Pechin, sobram vantagens para se adquirir o SPC Avisa. “Através do SPC Avisa é possível monitorar qualquer inclusão, alteração ou exclusão de informações cadastrais (endereço e telefone), alerta de documentos, crédito concedido, consultas realizadas, pendências financeiras da Serasa Experian, cheque lojista, CCF (Banco Central do Brasil), protestos, participação societária, ações municipais, estaduais e federais.”

Quem pode usufruir?O SPC Avisa pode ser utilizado por Pessoas Física e Jurídica, associados ou não da ACIL. O processo é bem simples. Se a empresa for associada, basta solicitar o serviço que a entidade irá proceder com o cadastramento dos dados e iniciar o monitoramento do documento. A cobrança do produto poderá ser feita através da fatura do associado. Já para a empresa que não é associada da ACIL, a adesão deve ser feita pelo representante legal da empresa através de documento comprobatório. O interessado vai até a entidade munido dos documentos de identificação (RG, CPF, CNH) e contrato social atual ou com as devidas alterações que declarem ser ele o responsável pela empresa. É obrigatório ter um endereço de e-mail para a adesão do serviço. Então

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SPC AVISA PERMITE MONITORAR CPF E CNPJ 24H POR DIA E SETE DIAS POR SEMANA

é só escolher o plano que deseja adquirir e a entidade efetuará o cadastro. “Se o contratante for Pessoa Física, o titular do CPF deve comparecer à ACIL e apresentar os documentos de identificação, o endereço de e-mail e escolher o tipo de plano que deseja utilizar para o monitoramento dos seus dados. Após a adesão é que a entidade deverá fazer a cobrança do serviço”, explica a gerente comercial. Vale ressaltar que não é permitido o monitoramento de dados de terceiros. Tanto a Pessoa Física quanto a Pessoa Jurídica poderão monitorar somente o seu documento.

CombosO cliente que adquirir o serviço poderá escolher entre duas formas de monitorar o seu documento. Se a opção for o SPC Avisa, o cliente monitorado receberá as informações sobre inclusão, alteração

Claudia Motta Pechin: “O SPC Avisa é a opção perfeita

para quem preza pela segurança do seu nome e da sua empresa

e exclusão de SPC, cheque lojista, alerta de documentos, consultas realizadas, crédito concedido, alterações de endereço e telefones (cadastro SPC Brasil). A ACIL também oferece o SPC Avisa Plus, onde é possível monitorar todas as informações citadas acima, além de ações, protestos, participações societárias, alterações de endereço e telefones (cadastro SPC Brasil). Claudia Pechin informa que o SPC Avisa poderá ser adquirido através de quatro planos: mensal, trimestral, semestral ou anual. “O cliente terá o seu documento monitorado durante o período contratado a partir da data de adesão, podendo ser renovado automaticamente caso escolha essa opção no momento em que realizar o cadastro. Após o término do contrato, a ACIL e o cliente são avisados sobre o fim do plano.”

– Mais informações sobre o SPC Avisa podem ser obtidas pelo fone (43) 3374-3000

ou na Rua Minas Gerais, 297, 1º andar.

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PERFIL

Por Michelle Aligleri

Quem não gosta de comida de vó? O tempero caprichado e o cheirinho especial da carne assada são diferentes na casa das avós. Tudo fica ainda mais gostoso se a “nonna” morar numa chácara cercada de árvores, em uma casa com grandes varandas e mesas em meio ao bosque. Este lugar dos sonhos onde se é recebido com a brisa no rosto e ao som dos passarinhos existe e fica bem pertinho do centro de Londrina. Ele faz parte da realidade da dona Sebastiana Cândida Terciotti, 72 anos – ou Tatau, como é chamada desde criança.O apelido que começou com os irmãos ainda na infância dá nome hoje a um restaurante rural que funciona há onze anos no Patrimônio Regina, zona sul da cidade. A Vó Tatau recebe em sua casa todos os domingos cerca de 700 pessoas para o almoço. A chácara enfeitada por primaveras e cuidada com muito zelo é a morada de Sebastiana desde 1963, mas o marido dela, João Gercy Terciotti, já vivia com a família no local em 1942, bem antes de eles se conhecerem e se casarem. Foram nos 42 mil m2 da chácara que cresceram os três filhos e seis netos da Vó

Vó Tatau: “Nossa propaganda sempre foi boca a boca”

UMA AVÓ PARA TODO MUNDOEmpreendedora, Sebastiana transformou a chácara da família num restaurante rural. O espaço acolhe os clientes com um atendimento carinhoso e boa comida

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RESTAURANTE SÓ ABRE NO DOMINGO, MAS TRABALHO TODO COMEÇA NA QUARTA-FEIRA

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Tatau. Além deles, a mãe dela também mora no terreno. São nove famílias vivendo no local, cada uma em sua casa. A ideia de abrir o restaurante surgiu quando, com os netos mais crescidos, os filhos de Sebastiana decidiram sair para trabalhar na cidade. “Tínhamos um barracão na chácara que antigamente era usado para fazer bailes e estava fechado. Colocamos o espaço para alugar no jornal, mas os negócios que apareceram não nos interessaram. Decidimos então tentar montar um restaurante”, lembra. A iniciativa surgiu também porque sempre aos finais de semana a chácara ficava cheia de amigos e mais parentes que vinham para o almoço de domingo. Foi preciso coragem e muito trabalho para abrir o negócio e passar da informalidade para a recepção de clientes e pessoas desconhecidas. “Inicialmente nos propusemos a receber 70 pessoas. Meu marido reformou as mesas e cadeiras que já tínhamos aqui, trouxemos os pratos, talheres, copos e panelas das nossas casas e abrimos”, conta. O primeiro dia de funcionamento foi um domingo de Páscoa e o restaurante foi aberto apenas para a família, que já frequentava a chácara anteriormente. “Atrasamos o almoço em duas horas”, diverte-se Vó Tatau, lembrando-se do improviso necessário para atender a todos. No segundo domingo os amigos foram chamados e então o movimento não parou mais. Apenas três meses após o início das atividades foi preciso ampliar a área do salão para atender todos os clientes que queriam experimentar o tempero da Vó. “Nossa propaganda sempre foi boca a boca”, garante, destacando que a empresa nunca investiu em publicidade. Vó Tatau lembra que durante vários anos todo o lucro era reinvestido no restaurante. “Ficamos muito tempo sem tirar dinheiro daqui”, comenta. O esforço valeu a pena, a comida ganhou fama pela cidade e o sucesso é tanto que há dois anos o restaurante não abre no Dia das Mães porque não dá conta de atender o público. “Temos 800 lugares, mas já chegamos a receber mais de 1.300 pessoas nesta data. Acaba ficando complicado

porque as pessoas fazem fila na porta e não é assim que queremos receber. Como não conseguimos atender a todos de uma maneira que consideramos adequada, preferimos não abrir nesta data”, explica. Se no início eram atendidas 70 pessoas por domingo, hoje este é o número de funcionários que trabalham para que o restaurante funcione. A maior parte dos trabalhadores é da família – filhos, netos, sobrinhos e tios colocam a mão na massa. Até mesmo a banda que faz sucesso nos almoços é formada pelos irmãos da Vó. Ela conta que os funcionários que não são da família de sangue fazem parte da família do coração. “Todos que trabalham aqui nós já conhecíamos antes de montar o negócio. A maior parte nós vimos crescer e sempre frequentaram a nossa casa. A equipe é muito boa e trabalhadora, muitos trabalham na cidade durante a semana e no restaurante aos finais de semana”, destaca.O restaurante só abre aos domingos, mas o trabalho todo começa na quarta-feira, quando se tempera as carnes para congelar e se faz o preparo das massas e doces caseiros que são servidos como sobremesa. Todos os pratos servidos nos dois fogões a lenha são feitos no dia, por isso aos domingos quatro cozinheiras e seis ajudantes iniciam a jornada às 5 horas. Há cerca de um ano a Vó Tatau deixou os fogões sob o comando da filha Célia Regina Terciotti Magro, 51 anos, mas tudo o que vai para a mesa passa pela aprovação dela. “Quando comecei a assumir o fogão eu levava os pratos para a minha mãe antes de servir para ter certeza que o tempero estava na medida certa”, explica Célia.Os dois fogões, um com comida mineira e outro com comida italiana, são montados ao meio-dia e reabastecidos até às 15 horas. O cardápio é sempre o mesmo e se faltar alguma coisa os clientes sentem falta e questionam, afirma a Vó. Segundo ela, há clientes “de carteirinha” que frequentam a chácara desde o início. “Recebemos muitos e-mails, especialmente de pessoas de outras cidades que passam por aqui. Fazemos tudo com muito amor, como se fosse para receber a nossa família e sempre

antes de iniciar o trabalho fazemos uma oração pedindo para Deus que cada um possa dar o melhor de si naquele dia”. Os clientes podem ficar curtindo a chácara até às 17 horas, em época de horário de verão o período se estende e há muito o que fazer. O espaço tem parquinho para as crianças, pônei e jardins. Vó Tatau nunca imaginou em ver a chácara como está hoje. “Quando casei eu trabalhava na lavoura de café, só comíamos o que a terra dava. Tudo era feito em casa e só comprávamos na venda o açúcar e a farinha. O terreiro onde secávamos o café é hoje o estacionamento do restaurante. Quando olho para tudo isso eu nem acredito que é verdade”, emociona-se a Vó Tatau. Para elas, o melhor do restaurante não está na comida nem no espaço, mas no sorriso dos clientes. “É muito gratificante ver a alegria das pessoas quando vão embora. Muitos vêm nos agradecer e neste momento eu percebo que todo o meu cansaço valeu a pena.”

O terreiro onde secávamos o café é hoje o estacionamento do restaurante. Quando olho para tudo isso eu nem acredito que é verdade.

Sebastiana Terciotti,

a Vó Tatau

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AGÊNCIA DE INOVAÇÃO

Por Lucas Marcondes

Londrina tem em seu DNA o gene da (re)invenção. Antes celeiro mundial do café, a cidade buscou novos caminhos após a fatídica geada negra de 1975. Os campos que outrora abrigaram o “ouro verde” foram substituídos principalmente pela soja. O município que era apenas um ponto cinza em meio ao sertão do norte do Paraná deu um salto para se tornar referência regional e nacional no setor de serviços. Hoje, Londrina mantém a chama inventiva acesa. E as possibilidades são cada vez mais amplas. Um bom exemplo vem da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (Aintec-UEL). Apenas em 2014, a Aintec depositou 23 pedidos de patentes de produtos no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O número superou todas as marcas de anos anteriores. Entre os atuais inventores pés-vermelhos

está a professora Maria Antonia Celligoi, do Departamento de Bioquímica da UEL. Ela e sua equipe desenvolveram em laboratório dois tipos de açúcar obtidos a partir de microorganismos encontrados no alimento japonês natô, que nada mais é do que uma mistura de grãos fermentados de soja. O produto já foi aplicado em barras de cereal em substituição ao açúcar comum e o público aprovou: 89 de 100 estudantes da própria universidade que consumiram o alimento o classificaram como “muito bom”. Além disso, está em fase de desenvolvimento um achocolatado feito com base no produto. “É fácil de produzir e tem várias aplicações. Existem pesquisas que mostram que o produto reduz o colesterol, a glicemia e diminui a inflamação de células cancerígenas”, detalha a pesquisadora.

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Gerson Nakazato e Renata Kobayashi: “Se uma empresa quer pesquisar um novo produto, nós

podemos testá-lo aqui”, diz Renata

Invenções naturais Ainda na UEL, mas no Departamento de Microbiologia, outros dois grupos de docentes e estudantes compõem o rol das patentes requisitadas via Aintec durante o ano passado. Os professores Gerson Nakazato e Renata Kobayashi desenvolvem produtos antimicrobianos naturais, como óleos essenciais. Apenas em 2014, a equipe da qual eles fazem parte foi responsável por quatro dos 23 pedidos de patentes feitos através da Agência de Inovação Tecnológica. “Parcerias são extremamente importantes no desenvolvimento dessas pesquisas. Um exemplo é o Departamento de Biologia Animal e Vegetal, que tem um professor que trabalha com determinada espécie de abelha cujo mel pode ser usado em nossos produtos porque possui atividade antimicrobiana”, conta Nakazato. O grupo do professor Galdino Andrade Filho, também da Microbiologia, requisitou a patente de um biofertilizante natural. “É um fungo que se associa às raízes do vegetal e transfere fósforo do solo para a planta. Em alguns casos, como o do algodão, o produto pode substituir a adubação a base de fosfato”, explica. Mas ainda é longo o caminho até que a patente de uma invenção se torne um produto a ser consumido no mercado. “A nossa legislação é bem morosa em relação a outros países. Leva-se, em média, oito anos, para ter toda a proteção em cima da patente. Nesse período, dependendo da tecnologia, ela pode estar ultrapassada”, critica o diretor da Aintec, Edson Miura. O professor Galdino Andrade Filho compartilha da mesma opinião. “Eu depositei uma patente em 2008 e, até hoje, o processo não foi finalizado. Eu conheço

pesquisador que espera há 15 anos. Na Coreia do Sul você tem uma patente em dois anos. Na Argentina são três anos.”Além disso, os pesquisadores entendem que a academia e o mercado ainda possuem diferentes maneiras para estreitar parcerias. Para a professora Maria Antonia Celligoi, trata-se de uma via de mão dupla, em que os empresários também têm de dizer quais são as carências do consumidor de seus produtos. “Não posso só querer que o mercado me acolha. A indústria e o comércio têm de trazer para nós as suas necessidades. Estamos desenvolvendo coisas que as empresas podem vir conhecer”, diz a pesquisadora, comentando também que a universidade se encontra mais aberta a este tipo de iniciativa. “Quando eu entrei na UEL, em 1987, não se falava em patentes. A prestação deste tipo de serviço era proibida. Mas a universidade evoluiu nesse sentido. Falta muito, mas melhorou”.Os professores Gerson Nakazato e Renata Kobayashi afirmam que o laboratório onde trabalham possui totais condições de atender empreendedores da região. “A universidade e a indústria podem se aproximar mais. Se uma empresa quer pesquisar um novo produto – um cosmético, por exemplo – nós podemos testá-lo aqui e auxiliar no desenvolvimento da ideia. Aqui nós temos toda a infraestrutura”, garante Renata. E, segundo os pesquisadores, apenas o campo onde trabalham pode atender diferentes segmentos da economia. “Precisamos de parceiros para colocar no mercado os produtos que podem ser utilizados em áreas como a farmacêutica, veterinária e de odontologia. O empresário pode comprar minha patente até mesmo antes de ela ser registrada”, explica Nakazato.

Futuro promissor Fabrício Bianchi, consultor do Sebrae-PR, avalia que Londrina vive uma nova página de sua história quando o assunto é inovação. Contudo, de acordo com ele, a cidade ainda tem de encarar desafios que atingem todo o País. “Um grande gargalo que existe em nível de Brasil é fazer um link nessa tríplice que envolve quem precisa, quem produz e quem pesquisa tecnologia. É preciso criar a cultura da troca para que as pessoas se conheçam”. Ao mesmo tempo, o consultor destaca boas ideias voltadas à inovação. Entre elas, os R$ 10 milhões disponibilizados apenas neste ano pelo programa Sebraetec e a lei de inovação de Londrina, projeto que, por enquanto, se encontra em gestação graças a uma parceria entre entidades públicas e privadas, mas promete um grande avanço para o tema na cidade. E, no universo acadêmico, apesar dos percalços já listados, há quem acredite que é possível que universidade e mercado caminhem juntos. Caso do Núcleo de Empresas Juniores (NEJ) da UEL, que reúne 14 negócios de ramos como farmácia, psicologia e ciência da computação criados por estudantes. “A inovação é um dos nossos diferenciais. Como ainda não somos profissionais, precisamos dela para sair na frente. Há empresas juniores que estão com lista de espera de clientes desde o ano passado. É muito comum empresas contratarem mais de um de nossos serviços”, relata a presidente do NEJ, Amália Clivati. Seja em iniciativas como a dos universitários empreendedores, ou por meio de invenções que prometem ser revolucionárias, as sementes da inovação já foram lançadas. Dessa vez não são de café, mas têm o mesmo potencial de, mais uma vez, revelar Londrina para o mundo.

Laboratório de Microbiologia da UELBiofertilizante desenvolvido pelo grupo de Galdino Andrade substitui o uso de fosfato em

culturas como a do algodão

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SORRIR É FUNDAMENTAL

Distúrbios emocionais, insatisfações, aborrecimentos constantes, pessimismo e baixa autoestima podem enfraquecer o corpo, causando diversas doenças”, atesta.A especialista aponta ainda que muitas das dores crônicas têm como causa situações emocionais. “Recentemente atendi uma senhora que há dois anos vinha sentindo dores pelo corpo. Em sua primeira consulta, ela trouxe uma sacola cheia de remédios, muitos para dor. Após um tempo, o que foi percebido era que as dores crônicas apareceram logo após uma grande perda, o que possibilitou entender que elas tinham origem psicossomática. Nesse caso, teria que ser tratado o sintoma e também o lado emocional do problema”, conta Elsie.Dentre as doenças que tem forte ligação com o nosso lado emocional está a depressão. “O termo psicossomática pode ser entendido de uma maneira mais simples como a origem psicológica de determinadas doenças orgânicas. Um exemplo deste quadro seria a depressão, doença que causa várias baixas no nosso organismo: baixa estima, baixa libido, baixo sono, baixa energia”, destaca a psicóloga. Ela pontua que há quadros depressivos ligados à predisposição genética, mas frisa que muitos deles são acionados por emoções ou situações difíceis na vida.“Quando sentimentos negativos como culpa, traumas e vulnerabilidades aparecem e não falamos sobre isto, não entendemos o que sentimos, não entramos em contato com isto e muitas vezes nosso corpo adoece para que percebamos que

Por Fernanda Bressan

Quantas vezes você sorri por dia? A pergunta pode parecer provocativa, mas saiba que essa simples ação de abrir os lábios em um largo sorriso pode fazer muito mais por você que uma pilha de remédios. Quando damos uma bela risada, nosso cérebro produz e libera mais endorfina e serotonina, substâncias diretamente ligadas às sensações de prazer e bem-estar. A ação é tão positiva que ajuda até a aliviar dores: sorrir é um analgésico natural.Várias pesquisas já foram realizadas ao redor do mundo para avaliar o poder do riso. Uma delas, conduzida na Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), confirmou que o riso pode reduzir o risco de doenças cardíacas. Foram pesquisados dois grupos de pessoas que tinham sofrido um ataque cardíaco e estavam sob cuidados médicos. O primeiro assistiu a vídeos de humor durante 20 minutos, todos os dias. Após um ano, esse grupo apresentou uma queda de 66% da proteína C-reativa, que é um marcador da inflamação e do risco de problemas cardiovasculares. A queda dessa substância no outro grupo foi de apenas 26%.De acordo com a psicóloga Elsie Silva, o nosso humor, astral e emoções influenciam, sim, na nossa saúde. “Podemos ficar doentes pelos sentimentos que não são elaborados por nossa mente e, a partir daí, aparecem como doença no corpo.

PARA AFASTAR DOENÇAS,

SEJA FELIZ!

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algo está errado. Todos temos nosso órgão de choque, em uns é a cabeça (dor de cabeça), outros o intestino, outros dores em diferentes partes do corpo. Há pessoas em que isso aparece como depressão”, elenca.O fato de ser psicossomático não diminui a veracidade desses sintomas. Elsie Silva destaca que eles existem de fato. “Nesses casos, o primeiro passo é descartar possíveis causas orgânicas, o segundo, se necessário com ajuda de terapeuta, entender e tratar o fator emocional que desencadeou o processo”, orienta. Se a causa está em emoções e vivências mal elaboradas, é preciso tratá-las. “Conhecendo nossas emoções, desenvolvemos um maior autocontrole sobre elas e, por consequência, ganhamos bem-estar e com certeza adoeceremos menos”, sentencia.

Microfisioterapia busca raiz de dores e doençasDentre os tratamentos e técnicas que olham para a importância do lado emocional na saúde do indivíduo uma tem se destacado nos últimos anos. É a microfisioterapia, de origem francesa. Pesquisando a fundo o motivo pelo qual os pacientes retornavam sempre com a mesma queixa de dor, os fisioterapeutas Daniel Grosjean e Patrice Bénini descobriram que situações vividas e não devidamente

superadas pelas pessoas podem deixar marcas nas células, traumas que passam a impedir o correto funcionamento do organismo.“Quando cortamos a pele superficialmente, logo há a cicatrização e não percebemos mais a marca do acidente. Quando esse corte é mais profundo, a pele e os tecidos também cicatrizam, mas no local fica o sinal do que ocorreu. Essa mesma analogia pode ser usada para situações vividas no campo das emoções. Perdas, frustrações, tristezas e decepções que vivemos também podem cicatrizar deixando marcas no nosso corpo. E essas marcas têm consequências, gerando doenças das mais diversas”, explica o fisioterapeuta Afonso Salgado, precursor da técnica no Brasil, que chegou aqui há uma década.“Pela microfisioterapia conseguimos identificar a origem da insônia, da enxaqueca, da alergia, da ansiedade e da dor crônica, para citar alguns exemplos, e damos ao corpo instrumentos para que ele entre em equilíbrio novamente. É o mesmo princípio da acupuntura e da homeopatia”, cita o especialista. Bénini vem com frequência ao Brasil para ministrar cursos de microfisioterapia. Para ele, “a micro é capaz de encontrar lesões do passado, do presente e compreender o porquê que certas pessoas têm dificuldades de ir para o futuro, de ser livre”. Ao mostrar ao corpo a causa da dor, a técnica dá estímulos para que a própria célula reencontre o equilíbrio e a saúde. Ele e Grosjean começaram os estudos sobre a microfisioterapia tendo como base a embriologia e a filogênese. Eles foram observando que ao liberar músculos do corpo, ele reagia de uma determinada forma. “Quando liberávamos um músculo da família das vísceras, por exemplo, era liberada a função de um órgão”, cita Bénini. Os fisioterapeutas foram anotando todas as ligações e reações e expandiram os testes em todo o corpo. “Percebemos que poderíamos corrigir o corpo da cabeça aos pés. Pela filogênese criamos leis no sistema nervoso que permitiram que elaborássemos a cartografia do corpo. Isso nos conduziu a todas as lesões nervosas que também envolvem disfunções musculares”, detalha o fisioterapeuta.“Podemos dizer que a técnica é extraordinária e preenche o desejo do terapeuta de poder ajudar as pessoas a sair das dificuldades que lhe emperram a vida. Com a micro, os corpos se reparam sozinhos, o terapeuta apenas tira o grão de areia que estava emperrando a máquina”, compara Bénini.

Afonso Salgado: “Perdas, frustrações, tristezas e decepções que vivemos também

podem cicatrizar deixando marcas no nosso corpo. E essas marcas têm consequências,

gerando doenças das mais diversas”

Elsie Silva: “Podemos ficar doentes pelos sentimentos que não são elaborados por nossa

mente e, a partir daí, aparecem como doença no corpo”

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Da união, surge a nova Sala do Empreendedor

“Londrina, cidade de braços abertos...” O primeiro verso do Hino Municipal reflete a maneira pela qual a cidade sempre recebeu aqueles que aqui desejam trabalhar e investir seus esforços na construção do desenvolvimento.Fiel a essa tradição histórica, a Sala do Empreendedor de Londrina foi criada há seis anos para atender à crescente demanda de cidadãos que queriam abrir seus próprios negócios. De lá para cá, numa bem-sucedida parceria entre o poder público e instituições da sociedade civil, a unidade de atendimento aos novos empresários tem registrado uma trajetória de êxitos.A evolução é impressionante, conforme demonstram os números. Em 2009, a Sala do Empreendedor formalizou 243 novas empresas; em 2010, foram 1.741; em 2011, 2.083; em 2012, 2.618; em 2014, 2.901. Até o momento, foram criadas 13.397 novas pessoas jurídicas. Considerando a geração de empregos e renda dessas empresas, pode-se dizer que a criação da Sala do Empreendedor foi um dos grandes fatores do desenvolvimento econômico e social da cidade nos últimos anos. Afinal, a formalização de empresas contribui para a empregabilidade, a produção de valor, o aumento da renda e a arrecadação de impostos. O resultado é uma cidade mais próspera e socialmente justa.Mas, com o aumento da demanda, a estrutura inicial da Sala do Empreendedor foi ficando pequena. No começo deste ano, as entidades mantenedoras do atendimento – ACIL, Codel, Sebrae, Sescap, Sincolon, Secretaria Municipal da Fazenda – uniram-se a novos parceiros – Sincoval e Fomento Paraná – com o objetivo de oferecer aos novos empreendedores um espaço mais confortável e mais equipado. Ao mesmo tempo, tornou-se necessário ampliar o número de profissionais facilitadores da abertura de empresas.A união de esforços resultou na nova Sala do Empreendedor,

aberta em junho ao público londrinense. A área útil passou de 21 para 81 metros quadrados. O local agora terá sete guichês de atendimento para abertura de empresas; sala de espera com 12 lugares; sala de treinamento com 12 lugares; um guichê da Fomento Paraná (para linhas de crédito subsidiadas ao pequeno empresário); e dois guichês para atendimento contábil por profissionais do Sescap e do Sincolon. A sala ganha ainda 10 terminais de computadores, 10 pontos telefônicos, painel eletrônico de senhas e ar condicionado. O investimento total foi de R$ 47 mil, valor custeado pelas instituições mantenedoras. A localização é estratégica: bem no saguão de entrada da Prefeitura.

ACIL e Sincolon fazem parceria para certificação digital

A ACIL e o Sincolon (Sindicato dos Contabilistas de Londrina) firmaram em junho um convênio para emissão de certificados digitais pelos contabilistas de nossa cidade. Para o presidente da ACIL, Valter Luiz Orsi, a parceria entre as duas entidades tem um significado estratégico, pela importância dos contabilistas na abertura de novas empresas e nos rumos do desenvolvimento econômico local. “É uma satisfação para nós poder contar com a contribuição do Sincolon diante dos desafios que temos pela frente”, disse Orsi. “Firmamos este convênio em nome do espírito de união. É o associativismo, outra vez, escrevendo a história de Londrina. Unidas, as entidades podem realizar muito mais”.O presidente do Sincolon, Geraldo Sapateiro, destaca que o convênio poderá resultar na promoção de eventos e cursos de capacitação voltados à classe empresarial, utilizando a expertise de profissionais da área contábil. “A nossa entidade está de portas abertas para projetos de interesse comum, em benefício de Londrina.”

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COLUNADO ASSOCIADO

Lançamento: livro aborda atuação tática nas empresas

O consultor empresarial Wellington Moreira, da Caput Consultoria e Treinamento, lançou o livro Líder Tático. A obra traz um panorama do exercício da liderança tática nas empresas. Moreira propõe que todas as lideranças, inclusive a diretoria, tenham uma atuação tática - em especial, quando os resultados de curto prazo estão em risco ou há necessidade de reação às mudanças do mercado.

Ângelo Lancheria reabre as portas na Sergipe

A Rua Sergipe conta agora com uma nova opção de lanchonete para quem deseja saborear um delicioso café. A Ângelo Lancheria, fundada em 1987, foi reaberta com uma estrutura totalmente repaginada, com ar requintado e ambiente aconchegante. O cardápio bem variado oferece salgados, lanches, doces, cafés, sucos e vitaminas. “Vimos na ampliação do nosso espaço físico uma oportunidade de oferecer mais uma opção para o cliente fazer a sua refeição com tranquilidade”, conta o proprietário Ângelo Pamplona, que também está no comando do restaurante que leva o seu nome, na Sergipe, nº 989.

Excelência em Vendas e Estratégias

“5 Passos para Excelência em Vendas e Estratégias” foi o tema da palestra promovida pela VendaMais Small Business, na ACIL. Fábio Fiorini, um dos maiores especialistas em Vendas e Branding do Brasil, colunista das revistas Isto É Dinheiro e VendaMais, falou sobre as estratégias que tem levado as principais organizações do Brasil a vender mais, obter melhor rentabilidade, formar equipes de excelência com capacitação constante e estarem preparadas para o cenário econômico atual.

Apetit forma primeira turma do curso Cozinheiro Industrial

A Apetit comemora o sucesso de seu primeiro curso técnico de capacitação profissional. O curso de “Cozinheiro Industrial” foi desenvolvido pela Universidade Corporativa Apetit (UNIAP), em parceria com o SENAI. Com início em julho de 2014, o programa, que certificou 13 alunos, trouxe na grade aulas de nutrição, manipulação de alimentos e gestão industrial. A entrega dos diplomas aconteceu em junho, na ACIL, e contou com a participação da presidente da Apetit Marcia Manfrin, o gerente do Senai Almir Schenfeld e a professora Lucimeire Sifuentes.

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NOVOSASSOCIADOS

BEBIDASBrahma ExpressAvenida Maringá, 1449

Fabrica do ChoppAvenida Américo Deolindo Garla, 224, loja 69

COMÉRCIO DE RESINAS E ELASTÔMEROSRF ModestoAvenida Aracy Soares Santos, 292

COMÉRCIO DE VEÍCULOSNobi Veículos Rua Santa Catarina, 322

COMÉRCIO VAREJISTA DO VESTUÁRIOJ A D Moda FitnessRua Gonçalo Monteiro, 636

Modest Avenida Américo Deolindo Garla, 224, loja 148

COMUNICAÇÃO VISUALDR Digital Avenida Portugal, 1066

COSMÉTICOS E PERFUMARIA V F Cosméticos Avenida Saul Elkind, 1760, loja 107

INFORMÁTICADelta Informática Rua Bélgica, 1373

Millenium InformáticaRua Roberto Conceição, 274

INSUMOS AGRÍCOLASSul RuralAvenida Brasília, 10000

MATERIAIS ELÉTRICOSEletro GLPRua Araguaia, 526

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃODepósito Brasil SulRua Belém, 61

Piso Aqui Avenida Arcebispo Dom Geraldo Fernandes, 2220

PisolonRua Guaporé, 732

Piso Mais Avenida Dez de Dezembro, 6830

ÓTICAS, JÓIAS E RELÓGIOSD Kristal Folheados Rua Midori Koga, 175

Ótica Diniz Avenida Saul Elkind, 1760, loja 140 Óculos Londrina Avenida Robert Koch, 1144, loja 01

PEIXARIAOnix Cortes Especiais de Peixes Avenida Harry Prochet, 305, box 13

PET SHOPBlue VetRua Blaise Pascal, 272, sala 5

SORVETESChiquinho SorvetesAvenida Américo Deolindo Garla, 224, sala 50

VESTUÁRIO E ARMARINHOL R Santos Rua Oceano Pacífico, 302, Cambé

ADMINISTRADORA DE CARTÃONovoCardAvenida Advogado Horácio Raccanello Filho, 5570 , sala 1

ASSESSORIAAS3 Assessoria e EventosAvenida Harry Prochet, 1373

COBRANÇA Vendramini Prestadora de Serviços Avenida Tamandaré, 385, sala 106 Maringá

CONDOMÍNIOS PREDIAISCondomínio Acqua Royal Avenida Luiz Lerco, 355

CONSULTORIAAlcance MarketingRua Gustavo Barroso, 80, apto 402

Foco Consultoria e TreinamentoRua Amador Bueno, 100, apto 1402

GFCA Brasil Consultoria e investimentosRua Governador Parigot de Souza, 80, sala 202

CURSOS E TREINAMENTOSCursos ComunicarteRua Marcilio Dias, 273, apto 104

EVENTOS E FESTASMity EventosAvenida José de Alencar, 156

FACTORINGFKT FactoringRua Piauí, 399, sala 804

GESTÃO DE RECURSOSReal Investor Avenida Ayrton Senna da Silva, 550, sala 1501

GINÁSTICA LABORALPhysi Vitta Avenida Robert Koch, 1570

IMOBILIÁRIAS E CORRETORASImobiliária FavaroAvenida Saul Elkind, 3915, sala 1

LOTEAMENTOSUniproter União de Proprietários de TerrasAvenida Duque de Caxias, 1333, apt 902Maringá

ODONTOLOGIAConsultório Odontológico Ítalo JoséAvenida Maringá, 725, sala 103

PESQUISASInstituto InppelRuaTamekishi Hara, 454

REPARAÇÃO DE JÓIASFolhados WalcowRua Doutor Oswaldo A Palhares, 482

TRANSPORTE E TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRAAgnus Sistemas LogísticosAvenida Antonio Raminelli, 6, sala 1Cambé

UNIVERSIDADES E FACULDADESEsap Rua Guararapes, 364

UnoparAvenida Américo Deolindo Garla, 224, loja A-5

ALIMENTO PARA ANIMAISMastig Estrada Coroados, Km 1

PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA SISTEMAParaná MolasAvenida José Ventura Pinto, 640

PAINÉIS E LETREIROS ELETRÔNICOSRGB7Avenida Lucilio de Held, 105

PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOSManfrediniAvenida Curitiba, 1655

ASSESSORIAExcelência em FestasRua Oriol, 254

CARNES E PRODUTOS DERIVADOSAlly Avenida Jules Verne, 827

MADEIRA E ARTEFATOSZanin Projetos em MadeirasRua Arcindo Sardo, 130

OFICINA MECÂNICAHorizonte Recuperadora de CarretasRua Antônio Raminelli, 12 Cambé

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSVale SorteAvenida Paraná, 21

TELEFONIA E COMUNICAÇÃOIberiaAvenida Luiz Rosseto, 321

COMÉRCIO

INDÚSTRIA

IND/COM

SERVIÇOS

COM/SERVIÇOS

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