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o que pode e o que não pode no período eleitoral agente público

Agente Público no Período Eleitoral

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Livro fala sobre a conduta dos agentes públicos em períodos eleitorais

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Page 1: Agente Público no Período Eleitoral

o q u e p o d e e o q u e n ã o p o d eno período eleitoralagente público

Page 2: Agente Público no Período Eleitoral

Governo do Estado de São PauloGeraldo Alckmin

Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento RegionalJulio Semeghini

Fundação Prefeito Faria Lima – CepamLobbe Neto

Produção Editorial

Coordenação | Adriana Caldas, MTB 23.878

Editoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa, Márcia Labres e Silvia Galles

Direção de Arte | Michelle Nascimento

Chefia de Arte | Carlos Papai

Assistência de Arte | Janaína Alves Cruz da Silva

Estagiária | Amanda Dourado Bueno

Ilustração | Monstro

CTP, Impressão e Acabamento | Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Tiragem | 2 mil exemplares

Page 3: Agente Público no Período Eleitoral

2a edição atualizada

São Paulo, 2012

Apoio Realização

o q u e p o d e e o q u e n ã o p o d eno período eleitoralagente público

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© Fundação Prefeito Faria Lima – CepamCentro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal

1a edição – 2010: 2 mil exemplares

Título: Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanha Eleitoral

Texto: Carlos Roberto de Abreu Sodré e José Carlos Macruz

Atualização: José Carlos Macruz – advogado, mestre em Direito de Estado,

presidente da Comissão Eleitoral e de Estudos sobre Direito Eleitoral da subseção

Pinheiros-OAB/SP, coordenador de Assistência Jurídica do Cepam

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Apresentação

O Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Mu-

nicipal (Cepam), há 44 anos, contribui para o fortaleci-

mento dos municípios e têm nos processos eleitorais,

principalmente nas eleições municipais, uma tradição

histórica de atuação.

A Lei 9.504/1997 determina que, a partir de 1o de janei-

ro de 2012, vários procedimentos ficam proibidos aos

governos municipal, estadual e federal, para garantir a

igualdade de oportunidades entre os candidatos.

Esta publicação expõe quais são essas condutas veda-

das aos agentes públicos municipais, e está dividida em

tópicos, para facilitar a compreensão e tornar a leitura

mais ágil e objetiva.

Esperamos, assim, que estas orientações possam subsidiar

as ações dos governantes locais no cumprimento do que

determina a legislação eleitoral.

Lobbe NetoPresidente do Cepam

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Page 7: Agente Público no Período Eleitoral

SumárioApresentação

1 Bens, Materiais e Serviços Uso de Bens Públicos 7

Uso de Materiais e Serviços Pagos com Dinheiro Público 9

2 Servidores Públicos Cessão de Servidor 11

Regular Exercício Funcional 13

Revisão de Remuneração 14

3 Ações Sociais Distribuição Gratuita de Bens, Valores ou Benefícios 16

Uso Promocional de Ação Social 18

4 Obras e Serviços Públicos Transferências de Recursos 20

Participação em Inaugurações de Obras Públicas 21

5 Pronunciamento em Cadeia de Rádio e Televisão 22

6 Publicidade Institucional Propaganda Institucional 23

Despesas com Publicidade 25

7 Contratação de Shows Artísticos 26

Glossário

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Uso de Bens Públicos

Segundo o inciso I do artigo 73, o agente público está

proibido de ceder ou usar, em benefício de candidato,

partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis

pertencentes à Administração direta ou indireta dos

municípios, ressalvada para a realização de conven-

ção partidária.

Assim, não podem ser cedidos ou utilizados seus

prédios ou edifícios públicos, veículos oficiais, linhas

telefônicas, ou qualquer material (mesas, cadei-

ras, equipamentos de informática), em benefício de

candidatos, partidos políticos ou coligações. Pode-

se apontar como exemplo a utilização de veículo de

prefeitura para o transporte de madeira destinada à

construção de palanque de comício.

A exceção que se apresenta é com relação ao uso das

Bens, Materiais e Serviços1

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8

dependências dos prédios públicos para realizar as

convenções dos partidos políticos, que devem ocorrer

entre os dias 10 e 30 de junho de 2012, sem nos

esquecermos de que praças, parques, entre outros

bens dessa natureza, podem ser utilizados para a

gravação de programas eleitorais.

A vedação também não se aplica ao uso, em cam-

panha, pelos candidatos à reeleição de prefeito e

vice-prefeito, de suas residências oficiais, com os

serviços inerentes à sua utilização normal, para

realização de contatos, encontros e reuniões perti-

nentes à própria campanha, desde que não tenham

caráter de ato público.

Caracterizada a conduta vedada, os prejuízos po-

dem ser enormes, tanto para os responsáveis, com

o pagamento de multa no valor de R$ 5.320,50 a

R$ 106.410,00, como para o candidato beneficiado,

agente público ou não, que pode ter seu registro de

candidatura ou seu diploma cassados, além, claro, de

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Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam

9

a Justiça Eleitoral determinar a suspensão da condu-

ta, quando for o caso.

Não se afasta possível condenação pela prática de

ato de improbidade administrativa.

Uso de Materiais e Serviços Pagos

com Dinheiro Público

Segundo o inciso II do artigo 73, é vedada a utilização

de materiais ou serviços, custeados pelo governo lo-

cal ou pela Câmara Municipal, que excedam as prer-

rogativas consignadas nos regimentos e normas dos

órgãos que integram.

Assim, os materiais e serviços de comunicação so-

cial, gráficos, postais, telefônicos e outros, custeados

pelo erário, ainda que utilizados dentro da quota esta-

belecida nas normas regimentais e administrativas –

como, aliás, sempre devem ser –, não podem ser uti-

lizados para beneficiar partidos políticos, coligações

Page 12: Agente Público no Período Eleitoral

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ou candidatos, sejam agentes públicos ou não. É o

que ocorreria com a utilização de microcomputador e

serviço de internet de Câmara Municipal para enviar

mensagem eletrônica contendo pedido de votos em

benefício de candidato.

Uma vez caracterizada a conduta, os responsáveis

sujeitam-se ao pagamento de multa no valor de R$

5.320,50 a R$ 106.410,00 e o candidato beneficia-

do, agente público ou não, ficará sujeito à cassação

de seu registro ou seu diploma, além, claro, de a

Justiça Eleitoral determinar a suspensão da conduta,

quando for o caso.

Não se afasta possível condenação dos infratores

pela prática de ato de improbidade administrativa.

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11

Servidores Públicos

Cessão de Servidor

Nos termos do inciso III do artigo 73, é vedado ce-

der servidor público ou empregado da Administração

direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, do

Poder Executivo, ou usar seus serviços, para comitês

de campanha eleitoral de candidato, partido político

ou coligação, durante o horário de expediente normal,

salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado.

A regra é clara: não podem, o prefeito, o vereador, os

secretários municipais e os dirigentes de autarquias,

fundações, empresas públicas ou sociedades de

economia mista, ceder – ou colocar à disposição –,

gratuita ou onerosamente, qualquer servidor público

ou empregado, durante o seu período de trabalho, a

candidato, partido político ou coligação.

2

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12

Se o servidor público desejar trabalhar, que o faça

fora de seu expediente e, para isso, obviamente, é

irrelevante qualquer autorização ou manifestação da

Administração Pública.

Também está proibido usar servidores ou emprega-

dos para prestar serviços para partidos políticos, coli-

gações ou candidatos. É exemplo disso um advogado

que, durante o seu expediente, trabalha no comitê

eleitoral de um candidato, cuidando da defesa das

agremiações políticas.

Agora, se o servidor ou empregado estiver licencia-

do, e, por consequência, afastado de suas atividades

rotineiras, claro que estará liberado para trabalhar

em comitê eleitoral de candidato, partido político ou

coligação.

Caracterizada a conduta vedada, os responsáveis pela

cessão ou pela liberação sujeitam-se ao pagamento

de multa no valor de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00,

assim como o candidato beneficiado, agente público

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ou não, podendo, ainda, ter cassado o registro de

sua candidatura ou de seu diploma, além, claro, de a

Justiça Eleitoral determinar a suspensão da conduta,

quando for o caso, sem prejuízo de eventual caracteri-

zação de ato de improbidade administrativa.

Regular Exercício Funcional

O artigo 73, V, estabelece que nos três meses an-

teriores às eleições até a posse dos eleitos – 7 de

julho a 31 de dezembro de 2012 – é vedado nomear,

contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem

justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou, por

outros meios, dificultar ou impedir o exercício funcio-

nal e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar

servidor público na circunscrição do pleito, sob pena

de nulidade de pleno direito.

Porém, estão admitidas, como exceções, a nomeação

de aprovados em concurso público homologados até

7 de julho de 2012, a nomeação e exoneração de

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pessoal para cargos em comissão e a contratação

temporária e excepcional de pessoal para instalação

ou funcionamento de serviços públicos inadiáveis,

com prévia e expressa autorização do prefeito.

Qualquer uma dessas condutas não gerará efeitos,

sem prejuízo de sujeitar a autoridade ao pagamento

de multa no valor de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00

e responder por prática de ato de improbidade admi-

nistrativa e, se houver candidato beneficiado, deve-

se aventar a possibilidade de ver seu registro ou seu

diploma cassado.

Embora não seja matéria eleitoral, é bom dizer que, a

partir do dia 5 de julho de 2012, não será admitido o

aumento de despesa com pessoal (LRF, art. 21, pa-

rágrafo único).

Revisão de Remuneração

O governo municipal está proibido de fazer, na cir-

cunscrição do pleito, a revisão geral da remuneração

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dos servidores públicos que exceda a recomposição

da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da

eleição, conforme prevê o artigo 73, VIII. Essa restri-

ção começa a valer em 10 de abril de 2012, data a

partir da qual somente pode ser concedida aos servi-

dores públicos revisão que reponha a inflação apura-

da a partir de 1o de janeiro de 2012.

Assim: (i) até o dia 9 de abril de 2012, poderá ser

concedida reposição salarial com base em qualquer

alíquota; (ii) no período de 10 de abril de 2012 a 1o

de janeiro de 2013, somente poderá ser feita revi-

são salarial que não exceda a perda inflacionária ao

longo do ano da eleição, ou seja, aquela verificada

entre 1o de janeiro de 2012 e a data da concessão

do reajuste.

Não está vedada a aprovação de leis de reclassifica-

ção salarial e reestruturação de carreira de servido-

res, com a fixação de nova remuneração.

Embora não seja matéria eleitoral, é bom dizer que, a

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partir do dia 5 de julho de 2012, não será admitido o

aumento de despesa com pessoal (LRF, art. 21, pa-

rágrafo único).

3

Ações Sociais

Distribuição Gratuita de Bens,

Valores ou Benefícios

Segundo o § 10 do artigo 73, no ano em que se re-

alizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de

bens, valores ou benefícios por parte da Administra-

ção Pública direta ou indireta, exceto nos casos de

calamidade pública, de estado de emergência ou de

programas sociais autorizados em lei e já em exe-

cução orçamentária no exercício anterior ao ano das

eleições, casos em que o Ministério Público poderá

promover o acompanhamento de sua execução finan-

ceira e administrativa.

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Qualquer programa social que distribua gratuitamen-

te, por exemplo, cesta básica ou leite à população

carente estará proibido de ser executado em 2012,

se não estiver autorizado em lei e em andamento no

ano de 2011, com lastro no orçamento aprovado em

2010.

Embora possam ser mantidos, neste ano de 2012, os

programas sociais em execução no ano anterior, não

poderão ser cumpridos por entidade nominalmente

vinculada a candidato ou por esse mantida, conforme

prevê o § 11 do artigo 73. Não importa a amplitude

da relação do candidato com a entidade executora: se

ele é dono, colaborador, mantenedor, já são razões

suficientes para a incidência da vedação.

É sabido e noticiado que entidades sociais recebem

apoio financeiro de agentes políticos, quando eles

mesmos não são os seus proprietários, e da própria

Administração Pública, e que muitos deles se utili-

zam disso em época eleitoral para atrair eleitores.

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A restrição é exatamente para impedir a prática e,

assim, evitar, por que não, que o eleitor vote no

candidato apenas porque a sua entidade faz com

que lhe cheguem às mãos benefícios, em sentido

amplo, oriundos dos cofres públicos.

O desrespeito a essas regras pode levar a Justi-

ça Eleitoral a determinar a suspensão da conduta,

quando for o caso, e sujeitar os responsáveis ao

pagamento de multa no valor de R$ 5.320,50 a R$

106.410,00, assim como o candidato beneficiado,

agente público ou não, podendo, ainda, ter cassado

o registro de sua candidatura ou de seu diploma.

Não se afasta possível condenação pela prática de

ato de improbidade administrativa.

Uso Promocional de Ação Social

O agente público não pode fazer ou permitir que

se faça uso promocional de programas sociais de

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Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam

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distribuição gratuita de bens e serviços, custeados ou

subvencionados pelo Poder Público, em favor de can-

didato, partido político ou coligação, conforme prevê

o artigo 73, IV. É o que ocorreria com o uso de veículo

destinado ao transporte escolar ostentando placas e

adesivos de propaganda eleitoral de candidatos.

Uma vez caracterizada a conduta, a Justiça Eleitoral

deve determinar a suspensão da conduta. Quando for

o caso, os responsáveis sujeitar-se-ão ao pagamento

de multa no valor de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00 e

o candidato beneficiado, agente público ou não, pode

ter cassado o registro de sua candidatura ou de seu

diploma, sem se afastar, para todos os envolvidos,

possível condenação por prática de ato de improbida-

de administrativa.

Page 22: Agente Público no Período Eleitoral

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4 Obras e Serviços Públicos

Transferências de Recursos

Nos termos do artigo 73, VI, a, fica vedada, nos três

meses anteriores às eleições – a partir de 7 de julho

de 2012 –, a transferência voluntária de recursos da

União e dos Estados aos municípios, exceção feita

quando se tratar de recursos repassados volunta-

riamente ao município, ainda que provenientes de

convênio ou outra obrigação preexistente, destinados

à execução de obras ou serviços fisicamente já ini-

ciados, ou para atender a casos de emergência ou

calamidade pública.

A transferência de recursos voluntários atinge apenas

aqueles que não decorrem de imposição feita pela lei,

fazendo-se mediante a livre vontade da União e dos

Estados. Esses recursos – federais ou estaduais –,

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Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam

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portanto, não podem ser repassados aos municípios.

O desrespeito à regra proibitiva pode levar a Justiça

Eleitoral a determinar a interrupção da transferência

de recursos e a paralisação da obra ou serviço. Além

disso, os responsáveis se sujeitam ao pagamento de

multa no valor de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, e

o candidato beneficiado, agente público ou não, pode

ter cassado seu registro ou seu diploma, se tiver sido

outorgado. Outro efeito indesejável é a caracterização

do ato proibido como de improbidade administrativa.

Participação em Inaugurações

de Obras Públicas

É proibido a qualquer candidato comparecer, nos três

meses que precedem o pleito – a partir de 7 de julho

de 2012 –, à inauguração de obras públicas, segundo

o artigo 77, sob pena de o infrator ter cassado o regis-

tro de sua candidatura, ou o seu diploma, caso tenha

sido eleito. Tanto faz se o candidato é postulante a

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cargo no Poder Executivo, incluído o de vice, ou no

Poder Legislativo. Ele não pode, de maneira nenhuma,

comparecer ou assistir à inauguração de obras públi-

cas municipais. A participação do candidato é vedada

e no caso de sua presença, sofrerá as penalidades

eleitorais referidas.

5 Pronunciamento em Cadeia de Rádio e Televisão

Nos três meses anteriores às eleições – a partir de

7 de julho de 2012 –, segundo o artigo 73, VI, c, os

agentes políticos estão proibidos de fazer pronuncia-

mento em cadeia de rádio e televisão fora do horário

eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça

Eleitoral, se tratar de matéria urgente, relevante e ca-

racterística das funções de governo.

Não é demais advertir que o pronunciamento deve

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Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam

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ater-se a questões relacionadas com a gestão pú-

blica, não sendo meio para se fazer propaganda

eleitoral que, se indevida, será, sem dúvida, punida

pela Justiça Eleitoral com a suspensão da conduta e

pagamento de multa pelos responsáveis no valor de

R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00, sem prejuízo de ca-

racterizar-se como ato de improbidade administrativa,

e, conforme o caso, cassar o registro ou o diploma do

candidato beneficiado.

6 Publicidade

Institucional

Propaganda Institucional

O artigo 73, VI, b, prevê que, com exceção da pro-

paganda de produtos e serviços que tenham concor-

rência no mercado, é vedado, aos agentes políticos

municipais, nos três meses anteriores ao pleito – a

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partir de 7 de julho de 2012 –, autorizar publicida-

de institucional de atos, programas, obras, serviços

e campanhas dos órgãos públicos ou das entidades

da Administração indireta, salvo em caso de grave e

urgente necessidade pública, assim reconhecida pela

Justiça Eleitoral.

Quer se evitar que a publicidade institucional sirva de

propaganda eleitoral para candidato, partido político

ou coligação.

A prática dessa conduta pode ser caracterizada como

ato de improbidade administrativa, sem prejuízo de ver

suspensa a conduta pela Justiça Eleitoral; sujeitar os

responsáveis ao pagamento de multa no valor de R$

5.320,50 a R$ 106.410,00; e, conforme o caso, cas-

sar o registro ou o diploma do candidato beneficiado.

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Despesas com Publicidade

Pelo artigo 73, VII, o governo municipal não pode, nos

três meses anteriores às eleições – a partir de 7 de

julho de 2012 –, realizar despesas com publicidade

institucional de seus órgãos públicos ou das respec-

tivas entidades da Administração indireta, que exce-

dam a média dos gastos nos três últimos anos que

antecedem o pleito ou do último ano imediatamente

anterior à eleição, prevalecendo a que for menor.

A realização de publicidade institucional no período

vedado enseja a prática de ato de improbidade admi-

nistrativa, sem prejuízo da suspensão da conduta pela

Justiça Eleitoral, quando for o caso, o pagamento de

multa pelos responsáveis no valor de R$ 5.320,50 a

R$ 106.410,00, e de problemas que podem atingir o

candidato beneficiado, que pode até mesmo ver cas-

sado seu registro ou seu diploma.

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7 Contratação de Shows Artísticos

Nos termos do artigo 75, é vedada a contratação de

shows artísticos, pagos com recursos públicos, para

inaugurações realizadas nos três meses anteriores às

eleições – a partir de 7 de julho de 2012.

A pretensão da norma é impedir que o governo muni-

cipal use os recursos do erário para promover even-

tos artísticos na inauguração de obras ou serviços

públicos em pleno período eleitoral. Se isso ocorrer,

o evento pode ser suspenso por ordem da Justiça

Eleitoral e, se houver candidato beneficiado, agente

público ou não, ficará sujeito à cassação de seu re-

gistro ou de seu diploma.

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Glossário

Agente público. Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação, ou qualquer ou-tra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função, nos órgãos ou entidades da Ad-

ministração Pública direta, indireta ou fundacional.

Ato de improbidade administrativa. Ato praticado pelo agente público, que contraria os princípios da Administração Pública, durante o exercício de man-

dato, cargo, emprego ou função pública.

Bens públicos. São os bens móveis ou imóveis pertencentes à Administração direta ou indireta dos

municípios.

Programa social. Consiste em atividade do Poder Público voltada à distribuição gratuita de benefícios, valores ou serviços a pessoas necessitadas, carentes

ou hipossuficientes.

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Publicidade institucional. É aquela que divulga

ato, programa, obra, serviço e campanhas de gover-

no ou órgão público, autorizada por agente público e

paga pelos cofres públicos.

Revisão geral da remuneração. É a recomposição

do poder aquisitivo da remuneração dos servidores

públicos atingido pela inflação.

Transferência voluntária. É aquela que não decorre

de lei, que não é cogente, que se faz mediante mani-

festação de vontade, quer da União quer dos Estados.

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Apoio

Realização

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