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A EMATER-RIO, é uma Empresa vinculada à Secretaria de Agricultura,
Abastecimento e Pesca e Desenvolvimento do Interior, e está presente em
todos os Municípios fluminenses. São 93 Escritórios Locais, 07 Escritórios
Regionais, 08 Escritórios de Irrigação e Drenagem o 01 Centro de
Treinamento, todos coordenados pelo Escritório Central, localizado em Niterói.
A Missão da EMATER-RIO, é de contribuir para o
desenvolvimento do setor agropecuário, especialmente dos
pequenos e médios produtores, de forma integrada e sustentável,
por meio de transferência de conhecimentos de natureza técnica,
econômica e social, das comunidades rurais, em harmonia com o
meio ambiente e incorporando o agronegócio nos Programas de
Assistência Técnica, Extensão e Engenharia Rural, beneficiando a
população do Estado do Rio de Janeiro.
O Governo do Estado entende que a interiorização do
desenvolvimento econômico é fundamental para o máximo
aproveitamento das potencialidades do mercado fluminense,
viabilizando o espaço rural, através do alargamento das
possibilidades e da primazia do agronegócio, de modo claro a
priorizar e liberar o potencial da agricultura familiar alavancando
os processos de redução das desigualdades regionais e resgate da
cidadania rural no Estado do Rio de Janeiro.
Com esta visão, trabalhamos com diversas parcerias. No Município de
Resende nossa grande aliada é a Prefeitura Municipal, e juntos estamos
conseguindo realizar diversos projetos na área rural que visam melhorar a
qualidade de vida dos agricultores
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CURSO DE QUEIJOS E DERIVADOS DO LEITE
1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O LEITE
Antes de mais nada, temos de observar a matéria-prima: o leite.
O LEITE é uma emulsão de cor branca, ligeiramente amarelada, de odor suave
e gosto adocicado, secretado pelas glândulas mamárias dos mamíferos.
Eis os principais componentes do leite de vaca (segundo Fleischaman):
Água 87,5
Matéria Gorda 3,60
Caseína 3,00
Soro – Proteínas (albumina) 0,60
Lactose (açúcar) 4,60
Sais Minerais (cinzas) 0,70
É interessante, também, observar a composição físico – química média do leite,
produzido por diferentes animais, e a proporção dos diversos componentes em
relação ao leite humano.
VACA CABRA OVELHA BALEIA HUMANO
Proteínas 3,60 3,00 5,30 10,00 1,60
Gordura 3,50 3,50 6,00 35,00 3,30
Lactose 4,60 4,50 4,60 0,80 6,80
Sais Minerais e
Vitaminas
0,80 0,70 0,90 0,50 0,30
Extrato Seco Total (*) 12,50 11,70 16,80 46,30 12,00
Água 87,50 88,30 83,20 53,70 88,00
(*) Extrato Seco Total = EST, significa a soma de todos os componentes
excluindo-se a água.
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2. VARIAÇÕES DE QUANTIDADE E QUALIDADE DO LEITE
Diversos fatores influem na boa produção de leite bovino:
Raça
Alimentação
Idade e número de parições
Tempo de lactação
Variação climática
Condições de manejo
Características genéticas
3. FLORA MICROBIANA DO LEITE
O leite é um dos alimentos mais ricos que há. Justamente por isso, torna-se
um excelente meio de cultura para desenvolvimento de germes de muitas
naturezas. Alguns destes microorganismos são os grandes inimigos do leite,
responsáveis por sua baixa qualidade. Os germes podem provocar doenças nos
consumidores e sérios problemas no queijo. Daí a importância da higiene ao
longo do processo de produção do leite, para diminuir a contaminação.
Onde estão e de onde vem os germes para contaminar o leite?
Os germes são microorganismos, eles estão em todo lugar. Podem,
portanto, ficar em suspensão no ar, aderentes às partículas de pó. No próprio
úbere da vaca é fácil haver contaminação. A temperatura, ao redor dos 37°C, é
perfeita para reprodução de muitos germes.
Eis as principais fontes e veículos de contaminação:
As fezes do animal
Ar viciado – poeira (principal veículo)
Sujidades oriundas dos animais mal cuidados
Ordenha mal feita, sem a devida higiene
Falta de higiene dos ordenhadores (mão e/ ou roupa suja)
Vasilhame sujo, lavado com água contaminada ou mal lavado e colocado em
ambiente impróprio.
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CUIDADO!
O leite produzido sem higiene torna-se produto de qualidade inferior.
É na fonte de produção, no curral e estábulo, que o leite é mais contaminado.
4. OBTENÇÃO HIGIÊNICA DO LEITE
4.1. O ESTÁBULO E OS ABRIGOS
Primeiramente, atenção com o local onde vai ser feita a ordenha. O lugar
deve ser espaçoso, bem arejado, com bastante luz e acomodações adequadas ao
serviço, permitindo completa higiene. Evite locais mau cheirosos, o leite tem a
propriedade de absorver os cheiros existentes no ambiente.
4.2. O ANIMAL
Os animais devem ser sadios, tendo parido há mais de 10 dias e excluídos
da ordenha pelo menos 30 dias antes do parto.
4.3. O PESSOAL
Treinado, com hábitos higiênicos e gozando de boa saúde. O ordenhador
deve sempre desinfetar as mãos antes e depois da ordenha.
4.4. A ORDENHA
Na ordenha, os animais devem ser devidamente amarrados (peados),
massageados no úbere, para estimular as glândulas e facilitar a descida do
leite.
Os úberes devem ser lavados com água morna e uma solução
desinfetante, enxutos com pano limpo.
Os primeiros jatos do leite devem ser recolhidos em balde separado.
A ordenha deve ser bem feita, com esgotamento completo de todo o leite da
mama.
O ordenhador deve abandonar maus hábitos como cuspir nas mãos ou
misturar o leite bom com o de vacas recém paridas, doentes ou apresentando
qualquer outra anomalia.
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4.5. O MATERIAL
Na ordenha manual, o ideal é a utilização de baldes de aço inoxidável,
com ¾ da boca fechada, para diminuir a incidência de fatores de poluição e
contaminação.
Na ordenha mecânica deve-se seguir um modelo capaz de garantir a
completa esterilização.
Higienização do Material
Latões – devem ser higienizados no posto ou usina.
O Restante do Material – na desinfecção observar:
Pré enxaguagem com água fria e limpa.
Lavagem com detergente próprio, escovação cuidadosa.
Enxaguagem com água quente – ou solução de hipocloreto, ou ainda,
vapor.
Guardar em lugar seco e próprio até o momento do uso.
4.6. CUIDADOS COM O LEITE ORDENHADO
O leite deverá ser inicialmente filtrado (coado) e depois resfriado.
Porque devemos filtrar o leite após a ordenha?
Todos os detritos e impurezas que podem cair no leite na hora da ordenha, tais
como: terra, insetos, fragmentos de madeira, cabelos e outros são fontes de
contaminação, pois sempre trazem grande quantidade de germes, que vão
provocar fermentação no produto.
A filtração imediata retém estas impurezas, diminuindo, consideravelmente, o
foco inicial de contaminação.
Para a filtração do leite, no estábulo, são empregados filtros e coadores, que
podem ser de plástico com suporte para o tecido filtrante de algodão, náilon ou
tela milimetrada.
O filtro é colocado na boca do latão, sendo o leite filtrado à medida que é
ordenhado.
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Resfriamento do Leite
A redução da temperatura do leite (10° a 15°C) imediatamente após a
filtragem, é fundamental para a conservação do produto, impedindo a sua
acidificação.
A temperatura do úbere, por ocasião da ordenha (36°C ), é muito favorável à
multiplicação da flora microbiana.
Os latões cheios devem ser mergulhados em resfriadores próprios. Onde
não há resfriadores, o simples resfriamento com água corrente (19°C) já é um
grande benefício.
4.7. LEITES IMPRÓPRIOS
Leite de retenção (antes do parto)
Leite de colostro (de 8 a 10 dias)
Leite com número excessivo de microorganismos (excesso de acidez)
Leite com número excessivo de células (mamite, final de lactação)
Leite com antibiótico (vaca medicada) ou conservante
Leite com resíduo: sangue, grumo ou pus
Leite de vaca doente
Leite fraudado
CUIDADO!
É fundamental controlar o número e os tipos de bactérias no leite, através de
uma higiene rigorosa.
As bactérias são responsáveis pela acidificação do leite.
4.8. BACTÉRIAS
O leite, logo após a ordenha, possui um número inicial de
microorganismos, variando de 1.000 a 50.000 / ml.
São 3 os principais grupos de bactérias encontradas:
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BACTÉRIAS COMO ATUAM EXEMPLOS
Lácticas Necessárias para fabricação dos
derivados do leite que sofrem
fermentação láctica (queijo, iogurte,
coalhada).
Lactobacillus
Indesejáveis Deterioram o leite e/ ou comprometem a
qualidade dos derivados.
Coliformes,
Clostridium,
Leveduras.
Patogênicas Transmissoras de doenças como
brucelose, tuberculose, febre aftosa.
Brucella abortus.
Obs.: A má utilização de desinfetantes e produtos químicos poderá até
acarretar diminuição da carga bacteriana láctica.
4.9. TRATAMENTO DO LEITE
Por estas características, o leite precisa ser tratado antes de ser consumido
ou processado. O tratamento básico é a pasteurização.
Pasteurização
É o emprego conveniente de calor (aquecimento) por um determinado tempo,
seguido de resfriamento, para dar maior vida útil ao leite, sem alteração
sensível da constituição física e do equilíbrio químico do produto, bem como de
suas propriedades organolépticas (cor, sabor, cheiro e aspecto). Este tema –
Pasteurização – é estudado com detalhes no capítulo O QUEIJO em Tecnologia
de Fabricação.
OUTROS TRATAMENTOS
Resfriamento
Ao resfriar o leite cru até 3° - 5°C, há uma paralisação de crescimento da
maioria das bactérias (termófilas e mesófilas). Por outro lado, ainda que
lentamente, crescem bactérias psicotróficas que aumentam a acidez.
Termização
É um aquecimento a 60° - 65°C, por alguns segundos, seguido de resfriamento.
Esse tratamento é utilizado, principalmente, em postos de grandes industrias
muito distante da usina de pasteurização.
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Esterilização
Tratamento usado para obtenção do leite longa vida. Processo Ultra Hight
Temperature (U.H.T.). Aquecimento a 140°C ( 3 segundos).
Utiliza-se, geralmente, aparelho com trocador de calor de placas, para o leite
não evaporar à temperatura de esterilização: A pressão no interior no aparelho
deve ser maior que a pressão atmosférica.
Homogeneização
Consiste na diminuição do tamanho dos glóbulos de gordura, o que diminui o
fenômeno de separação da gordura. Indispensável para leite esterilizado, este
tratamento garante a sua estabilidade físico-química, com a quebra do glóbulo
de gordura. Em alguns países, a homogeneização é usada para o leite destinado
à fabricação de queijos azuis.
5. TIPO DE MASSA
Em termos de produção, podemos classificar os queijos pelas maneiras de
obtenção da massa:
Massa obtida por coalho – Ação das enzimas do coalho.
Exemplo: queijo minas, gruyère, mussarela, etc.
Massa obtida por fermentação ácida – A precipitação do leite é obtida pela
fermentação ácida do leite.
Exemplo: Quark.
Massa extraída do soro – A precipitação da massa é obtida pela aplicação do
calor e adição de uma solução ácida.
Exemplo: Ricota.
Massa obtida por fusão – A massa é obtida pela ação do calor com sais
fundentes.
Exemplo: Requeijão, fondue, etc.
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6. TECNOLOGIA DA FABRICAÇÃO
A fabricação de queijos compõe-se de uma série de tratamentos
dispensados ao leite.
Estes tratamentos diferem para cada tipo de queijo, apesar de seguirem
fluxos semelhantes de produção.
Até formar o queijo, grande parte dos componentes Extrato Seco Total
(EST) – proteínas e gordura – separam-se do soro.
O teor de EST (Extrato Seco Total) do leite mais o teor de umidade
desejada no produto determinam o rendimento da produção.
Podemos expressar este rendimento através de quilos ou de porcentagem.
Ex: Se temos um leite cujo rendimento, para fabricação de determinado tipo
de queijo, é de 11%, significa que com que 100 litros de leite obteremos 11 kg
de queijo ou precisaremos de 9,1 litros de leite para produzirmos 1 kg de
queijo, ou seja,
Os tratamentos do leite e do queijo visam:
Obter um produto sem risco para saúde do consumidor (pasteurização)
Assegurar a qualidade dos derivados (fermento)
Melhorar o rendimento (cloreto de cálcio)
Diversificar os tipos de produtos (maturação)
Aumentar a duração de conservação (dessoragem, salga)
7. RECEPÇÃO
Para produzir bom queijo precisamos, em primeiro lugar, de leite fresco
de boa qualidade.
O leite destinado a produção de queijos deve ser constantemente
analisado.
7.1. MÉTODOS DE ANÁLISE PARA CONTROLE DE LEITE
(Seleção da Matéria - Prima)
Ao ser recebido em uma plataforma, para posterior processamento, o
leite deve ser regularmente analisado. Pequenas amostras do leite são
submetidas a exames que podem ser:
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a) Exames Organolépticos: cor, odor, sabor, e aspecto (experiência).
Cor – Avaliação visual – O leite deve estar com sua cor característica.
Odor – Ao cheirar o leite, devemos ficar atentos para identificar odores
indicativos de alta acidez ou a possível presença de aditivos indesejáveis.
Sabor – A prova gustativa, apesar de interessante, não é indicada. O leite pode
estar contaminado por bactérias patogênicas.
Aspecto – Pelo simples aspecto podemos detectar a presença de corpos
estranhos no leite. Neste caso, devemos submetê-lo ao teste de lacto-
filtração, que é um bom indicador das condições da ordenha.
b) Testes Seletivos
Titulação de acidez – teste de alizarol (15° a 18° D) – Deve ser feito de forma
rápida e eficiente. O teste consiste em adicionar 2 ml de uma solução de
alizarol (0,2% de alizarina dissolvida em álcool 68% GL) a 2 ml de leite.
Interpretação dos resultados:
Azulado Leite Fraldado com água ou com redutor de
acidez – abaixo de 15° D (Dornic)
Violeta sem coagulação Leite com acidez normal – 15° à 18° D
Amarelo com coagulação grossa Leite excessivamente ácido – acima de 20° D
DO LEITE
Pasteurizar consiste no aquecimento do leite a de uma determinada
temperatura, por um determinado tempo, seguido de resfriamento, visando
eliminar bactérias e aumentar a vida útil do produto, sem alteração sensível da
sua constituição física, seu equilíbrio químico, assim como de suas propriedades
organolépticas normais.
Nunca esquecer que a PASTEURIZAÇÃO é um recurso de natureza industrial,
usado para prevenir e retardar a deteriorização do leite. O processo, se bem
executado, permite destruir a totalidade das bactérias patogênicas e 99% da
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flora bacteriana restante. O leite pasteurizado, dura mais e não oferece riscos
para o consumo.
A PASTEURIZAÇÃO é um tratamento indispensável e obrigatório. Além das
vantagens mencionadas, ajuda também na uniformização do produto final e
melhora a ação dos fermentos pela eliminação da concorrência de bactérias.
Tipos principais:
Lenta – Low temperature long time (L.T.L.T)
Rápida – Hight temperature short time (H.T.S.T)
8.1. LENTA
Consiste em aquecer o leite a 60° - 65°C e mantê-lo a esta temperatura por
trinta minutos. Durante este tempo, o leite deve ser agitado para: evitar
aderência as paredes do recipiente, promover aquecimento uniforme de todas
as suas partículas e, ao mesmo tempo, evitar a formação de espuma.
Este processo é mais usado em pequenas industrias onde o volume de produção
não justifica a aquisição de um pasteurizador de placas. Neste caso, é
importante a rapidez no resfriamento. Lentidão, nesta fase, pode favorecer o
aumento considerável das bactérias.
Vantagens:
Própria para pequena indústria
Trabalha com pequenos volumes
Mais barata
Desvantagens:
Processo demorado
Processo descontínuo
Operação manual, exigindo mais atenção
Possibilidade de desenvolver a flora microbiana termófila (na espuma)
8.2. RÁPIDA
Consiste em aquecer o leite a 72° - 75°C e mantê-lo, por 15 segundos, em um
equipamento com trocadores de calor de placas. É o processo mais usado em
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indústrias de médio e grande porte. O pasteurizador de placas se divide nas
seguintes seções:
Seção de recuperação – O leite que está entrando troca calor com o leite que
já atingiu a temperatura de pasteurização.
Seção de aquecimento – O leite que entra após passar pela seção de
recuperação, troca calor com água quente e atinge a temperatura pasteurizada
(75 °C) que é controlada através de uma válvula termo estática.
Seção de retardamento – É o tempo que o leite se mantém na temperatura de
pasteurização (15 segundos sem trocar calor).
Seção de resfriamento I – O leite que sai, troca calor com água à
temperatura ambiente, atingindo a temperatura de 17° a 23°C.
Seção de resfriamento II – O leite que sai, troca calor com água gelada
atingindo à temperatura de 3° a 5°C.
Vantagens:
Processo contínuo
Controle mais eficaz
Maior rapidez
Economia de mão de obra
Menor superfície de instalação
Alta recuperação de calor
Menos perdas por evaporação
Maior eliminação de termófilos
Desvantagens:
Alto custo da aquisição e manutenção do equipamento.
A temperatura e o tempo de pasteurização foram determinados em função da
destruição da Coxieta burnetti (agente infecciosa da febre Q), que é a
bactéria patogênica mais resistente.
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8.3. INGREDIENTES
Depois de pasteurizado, o leite vai receber alguns ingredientes que agirão
sobre seus componentes, dando início ao processo de obtenção da massa do
queijo.
Os três ingredientes básicos são:
Fermentos
Cloreto de cálcio
Coalho
7. FERMENTOS
O Fermento Láctico é um conjunto de bactérias selecionadas que fermentarão
a lactose produzindo ácido láctico (acidificação).
A produção de ácido láctico e compostos aromáticos, a partir da lactose é
essencial as bebidas lácteas fermentadas, como iogurte.
No queijo, impede o crescimento de bactérias indesejáveis. Além disto, o ácido
láctico produzido ajuda na coagulação e dessoragem.
Todos os queijos sofrem fermentação láctica. Costuma-se dizer que os
fermentos são a “alma do queijo”, pois são responsáveis pelo sabor, aroma,
conservação, além de auxiliarem na maturação do queijo pela liberação de
enzimas (lipases, proteases).
Quanto à Temperatura de crescimento classificam-se em:
Fatores Temperatura Ideal de
Desenvolvimento
Exemplos
Mesofílico 25° à 30° Coalhada
Termofílico 40° à 45° Iogurte
Quanto à Fermentação classificam-se em:
Tipo Consomem Produzem
Omo-
Fermentativo
Fermentam
Lactose
Só Ácido Láctico
Etero-
Fermentativo
Fermentam
Lactose
Ácido Láctico, gás,
compostos aromáticos
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9.2. PREPARO CASEIRO DO FERMENTO
Mesofílico:
10 litros de leite
Aquecimento a 90°C pôr 3 minutos
Resfriamento a 27°C (no próprio recipiente a ser incubado)
Inoculação de 1 a 3% de fermento (cultura láctica)
Incubação (usar caixa de isopor para manutenção da temperatura)
Coagulação em 8 a 10 horas
Guardar em geladeira
Termofílico:
Para o TERMOFÍLICO, utiliza-se a temperatura de incubação, entre 40° e
45°C e tempo de incubação de 4 horas.
CUIDADO
Não deixe de observar rigorosa higiene, a fim de evitar contaminação com
germes indesejáveis (coliformes, leveduras).
9.2. CLORETO DE CÁLCIO
Ao leite pasteurizado torna-se necessário a adição do cloreto de cálcio
(equilíbrio do cálcio no leite), pois há perdas (insolubização) com o aquecimento.
Dosagem
De 10 a 50 ml/ 100 litros de leite (solução 50%).
9.3. COALHO
São enzimas extraídas do estômago de mamíferos (bezerro) que provocam a
coagulação do leite.
A produção do coalho ainda requer o sacrifício de bezerros. No entanto, já
existe tecnologia alternativa – o coalho microbiológico, onde as enzimas são
produzidas pôr fungos. Esta tecnologia vem sendo utilizada com sucesso, em
alguns países, mas ainda é mais cara e, pôr isto mesmo, pouco usada em nosso
país.
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Dosagem
Varia com a sua concentração, como vem explicando no rótulo do produto.
O coalho pode se apresentar das seguintes formas:
Utilização Qualidade
Pó Em grandes volumes de
produção
Ocupa menor espaço na
estocagem conserva-se por mais
tempo.
Líquido Em fabricações menores Por ser diluído, facilita a medição.
Pasta Raramente utilizada
Pastilha Raramente utilizada
O uso excessivo de coalho gera sabor amargo no queijo.
Poder coagulante
Partes de leite coagulado pôr uma (1) parte de coalho, em 40 minutos a 35°C.
Ex: P.C. (Poder Coagulante) 1/ 10.000. Significa que 1 ml deste coalho é capaz
de coagular 10.000 ml (10 litros) de leite (nos parâmetros de tempo e
temperatura acima mencionados).
10. DESSORAGEM
Uma vez obtida a coagulação do leite, inicia-se a importante e delicada etapa
de dessoragem.
A dessoragem é o conjunto de ações que ajudam a separar soro da massa do
queijo, definindo a umidade do produto.
Quanto maior a dessoragem mais seca ficará a massa e o queijo.
Sob este aspecto, os queijos se classificam em:
Moles (mais de 50% de água no produto)
Semi-duros (40% a 50% de água no produto)
Duros (menos de 40% de água no produto)
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10.1. DESSORAGEM E CONSERVAÇÃO
Todos os queijos tem uma perda de água (soro) que permite a conservação do
extrato seco. A dessoragem, a acidificação e a salga são fatores importantes
para a conservação do queijo.
O que interfere na Dessoragem As ações da dessoragem
Tamanho do Grão Corte
Fator determinado na hora do corte da
massa (quando a massa já esta
perfeitamente coagulada) – quanto
maior o grão, maior índice de umidade
do produto.
Feito com liras horizontais e verticais
ou faca.
Tamanho do grão:
Grão 1 – tamanho de um dado:
Grão 2 – grão de feijão;
Grão 3 – grão de milho;
Grão 4 – grão de arroz;
Tempo de Mexedura Agitação
Geralmente começa logo após o corte,
tendo duração variada de queijo para
queijo.
De 15 minutos à 1 hora e 30 minutos.
Quanto mais intensa e prolongada a
mexedura, maior a dessoragem.
Deve-se tomar cuidado para que seja
mais lenta no início, e não provoque
uma queda muito grande dos grãos, o
que resultaria em perda de rendimento
e mudança na consistência do produto.
Temperatura de Aquecimento Retirada do soro
Alguns tipos de queijo requerem uma
segunda mexedura com a massa
aquecida.
Para uma perfeita dessoragem, o
aquecimento deve ser lento.
Obs: quanto maior a temperatura de
aquecimento, menor o teor de água no
queijo
Cada tipo de queijo tem um tempo
médio de mexedura, até chegar ao
ponto do grão desejado.
Quando se chega a esse ponto, soro é
retirado e a massa é colocada nas
formas.
cidificação Em Formagem
Imprescíndivel para uma perfeita
dessoragem. Depende muito da
qualidade do fermento que deve estar
bem ativo e sem contaminação
O processo de acidificação continua
com o queijo já enformado.
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Prensagem Viragem
Nas formas, o queijo é submetido à
prensagem. Quanto maior a pressão e
o tempo da prensagem, mais seco é o
queijo, cuidado para que a pressão
seja menor no início.
Todos os queijos são virados em suas
formas com intervalos de 10 minutos,
uma 1 hora e 5 horas.
Os queijos duros e semi duros, são
virados paralelamente ao processo de
prensagem.
Os queijos moles, são virados mas não
são prensados.
Acidificação Em Formagem
Imprescindível para uma perfeita
dessoragem. Depende muito da
qualidade do fermento que deve estar
bem ativo e sem contaminação.
O processo de acidificação continua
com o queijo já enformado.
Podemos observar com clareza as diferenças neste quadro comparativo:
Fatores Queijo Minas Queijo Sbrinz Queijo Prato
Tamanho Grão Grão 1 (dado) Grão 4 (arroz) Grão 3 (milho)
Tempo Mexedura 20 minutos 1 hora e 20
minutos
40 °C
Aquecimento - 57 °C 44 °C
Acificação Menor Maior Média
Prensagem - 10 kg por kg de
queijo
4 kg por kg de
queijo
11. SALGA
Além de dar sabor ao queijo, a salga tem finalidades secundárias, que, do ponto
de vista técnico, são de grande importância: Seleciona a flora superficial do
queijo e influi na formação da casca.
Tipos de Salga Exemplos
No leite Minas artesanal
Na massa Ricota
A seco Gorgonzola
Salmoura Grande maioria dos queijos industrializados
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12. SALMOURA
É uma solução de 20 a 25% de sal na água (+/- 3 kg de sal / 10 litros de água).
O tempo de imersão varia de 30 minutos a 1 semana, sendo determinado pelo
tamanho, formato e teor de umidade do queijo.
A temperatura ideal da salmoura é de 12° a 14°C.
13. MATURAÇÃO (CURA)
Após a salga o queijo fresco está pronto para o consumo. Porém, alguns tipos
de queijo passam ainda por um período de maturação.
O Objetivo da Maturação
É o desenvolvimento das características físicas do queijo: sabor, aroma,
textura, consistência e cor do queijo, através de reações químicas e ação
microbiológica.
Como ocorre
A maturação consiste na:
Fermentação da lactose
Hidrólise das proteínas e gorduras
Síntese de compostos aromáticos
A degradação da proteína, modifica principalmente, a textura, podendo alterar
o sabor quando há formação de amônia. Por outro lado, a hidrólise das gorduras
libera ácidos graxos livres, intensificando o aroma. Já a fermentação da
lactose modifica o pH (acidez) e, consequentemente o calor.
Onde se Processa
Se processa em câmaras, onde devem ser observados parâmetros de
TEMPERATURA e UMIDADE.
Temperatura
A temperatura ideal gira em torno de 14°C. A maturação a temperatura
elevada deve ser elevada.
Em temperaturas mais altas o queijo tende a maturar mais rápido, mais corre-
se o risco do aparecimento de fermentações indesejáveis.
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O queijo tipo “suíço” (emmental) é uma exceção, pois deve passar grande parte
do seu período de maturação a temperatura mais elevada (20° - 22°C) a fim de
que se desenvolva o fermento propiônico.
14. EMBALAGEM
É muito importante a escolha de uma embalagem adequada para cada tipo de
queijo. A embalagem deve atender a duas necessidades básicas:
a) Boa conservação do produto
b) Boa apresentação
Abaixo uma relação de alguns queijos e suas embalagens:
Tipo de Massa Tipo de Queijo Fermentação Embalagem
Fresca Ricota, Cottage e
Quark
Insignificante Matéria sintética
(plást.)
Mole – semi dura Minas e mussarela Sem produção de
gás
Sacos plásticos
(cry-o-vac)
Só mole Reblochon e
Cammenbert
Média
fermentação
Papel permeável/
alumínio
Semi dura Prato Gouda Sem fermentação Cry-o-vac
Dura Gruyere e Sbrinz Com fermentação Sem embalagem
15. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE UMA QUEIJARIA
15.1. PEQUENA FABRICAÇÃO – ATÉ 100 LITROS
Para processar até 100 litros de leite por dia, as instalações, bem como os
equipamentos a serem utilizados, podem ser bem simples.
15.1.1. EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Duas panelas de alumínio, uma mais larga que a outra, para pasteurizar em
banho-maria (facilidade de manter temperatura e aquecimento uniformes).
Um bico de gás para aquecimento
Um tambor, onde circula água, para resfriamento
Agitadores para o leite e massa (alumínio)
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Termômetro (0° a 100°C)
Liras
Fôrmas (PVC)
Salmoura: tanques de fibra plástica
15.1.2. INSUMOS
Ingredientes:
Coalho, cloreto de cálcio e fermento.
Embalagens:
Varia de acordo com os queijos: plástico, celofane e papel alumínio.
Materiais de limpeza e desinfecção:
Detergente, cloro e iodo.
15.1.3. MATERIAIS
Os equipamentos de aço inox são mais recomendados, porém de alto custo.
A utilização de madeira e plástico, na fabricação, é desaconselhável, devido a
dificuldade de limpeza. Já na maturação, madeira é permitida e
desaconselhada, pois sendo porosa, absorve o excesso da umidade do queijo.
15.1.4. MATURAÇÃO
Mesmo em uma pequena fábrica é necessário separar uma área para maturação.
O local deve ter temperatura (14°C) e umidade (90 URA) controladas contendo
prateleiras com tábua de madeira.
16. PRODUTOS E RECEITAS
16.1. INTRODUÇÃO
16.1.1. QUEIJOS
Os leites em pó não são apropriados para fabricação de queijos, pois não darão
a coagulação necessária. Tão pouco os leites de caixinha, por causa de
conservantes.
Quando o preparo do queijo é doméstico, o melhor a fazer é adquirir o leite
pasteurizado no mercado, podendo ser do tipo “B”, que tenha no mínimo 3,2%
de gordura.
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Mas se for a partir de leite cru, o primeiro passo a ser dado é a pasteurização
(65°C durante 30 minutos). Após o aquecimento resfrie o leite em água
corrente, 25°C, em banho-maria e considere seu leite esterilizado.
O leite para fabricação dos queijos deve ser livre de impurezas, com acidez
por volta de 18° Dormic. A acidez do leite é um fator que tem influência direta
no tempo de coagulação. Os leites de maior acidez, coagulam mais rapidamente
que os doces e são mais aconselháveis para a fabricação de queijos de pasta
dura. Enquanto aos leites doces são mais utilizados para queijos de pasta mole.
O coalho, deve sempre ser diluído em água filtrada e com um pouco de sal, o
que ajudará na coagulação do leite e deve ser utilizado por último.
A salga dos queijos pode ser feita de várias formas:
No leite: sal no leite – 2% do volume do leite.
Ex.: 100 litros de leite – 2 kg de sal
no início: antes do coalho
Na massa: quando tirar uma parte do soro
4% sob kg de queijo
Salga seca: 0,7% sob volume do leite
sal em cima do queijo enformado
Salga em salmoura: 20% sal para cada litro água
para queijo (kg): 3,3 horas
para queijo (kg): 2 litros de salmoura
O fermento láctico quando adicionado ao leite pasteurizado garante a
predominância completa e imediata das bactérias desejáveis, pois quando bem
preparado, possui uma elevada carga bacteriana, composta somente de
bactérias desejáveis. O coalho é um composto extraído normalmente do
abomasso ou 4° estômago de bezerros bem alimentados (exclusivamente de
leite), através de processos especiais o coalho é extraído do estômago do
bezerro e após a purificação é colocado à venda. Existem 2 tipos de coalho, o
líquido e em pó, independente do tipo de coalho usado, deve-se sempre diluir
em um pouco de água.
15.1.2. RICOTA
Industrialmente a ricota é preparada somente com o soro que sobra da
fabricação de queijo, sendo geralmente obtida pelo aquecimento do soro na
22
presença de um ácido. Entretanto, para aumentar o rendimento e melhorar a
consistência, pode-se preparar a ricota a partir da mistura de soro e leite.
Normalmente ricota é feita sem sal, mas, se desejar salgar, deve-se fazer isto
antes de passar a massa para forma.
RECEITAS QUEIJO MINAS FRESCAL: Rendimento 1.100 g
Ingredientes:
6 l de leite pasteurizado, 1 ml da solução de cloreto de cálcio, 2 colheres de sopa
cheias de iogurte natural, 1 colher (sopa) de coalho líquido ou ¼ colher (sopa) coalho
em pó.
Preparo:
a) Colocar o leite em uma panela ou caldeirão e aquecer, se necessário, para atingir a
temperatura 37°C (usar o termômetro).
b) Acrescentar a solução de cloreto de cálcio e mexer.
c) Adicionar o iogurte dissolvido em um pouco de leite e mexer bem.
d) Juntar o coalho dissolvido em ¼ de copo de água filtrada e agitar por alguns
instantes.
e) Cobrir o recipiente com tampa ou guardanapo limpo e deixar descansar até se dar
a coagulação, o que deverá ocorrer entre 40 e 50 minutos. Se a coagulação
ultrapassar a 60 minutos, na próxima vez, aumentar um pouco a dose de coalho. Se
a coagulação ocorrer em tempo menor que 40 minutos, reduzir a quantidade de
coalho.
f) Verificar o ponto de coagulação introduzindo uma faca de aço inoxidável na
coalhado, se ela sair limpa, sem aderências de leite, indica que está no ponto.
g) Fazer o corte da coalhada para proceder o dessoramento. Cortar com a faca
inoxidável no sentido vertical na largura de 1,5 a 2 cm, entre um corte e outro.
Repetir esses cortes no sentido contrário formando um xadrez. Fazer também
cortes no sentido horizontal. Deixar repousar por alguns instantes.
h) Mexer a massa lentamente com uma colher ou pá de madeira, fazendo movimentos
em forma de B. Essa agitação deverá durar aproximadamente uns 20 anos esse
tempo. Nos últimos minutos a agitação poderá ser um pouco mais intensa (5 x 2).
i) Deixar a massa descansar por alguns instantes a fim de que a coalhada
j) Retirar o soro sobre-nadante até descobrir a massa com o auxílio de uma caneca
ou concha. O soro pode ser guardado para a fabricação de ricota, refresco, pães e
bolos.
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k) Com o auxílio de uma caneca ou concha, colocar a massa nas formas próprias para
queijo frescal.
l) Espalhar 1 colher (sopa) de sal sobre a massa, se a forma for para um quilo ou 1
colher (sobremesa se a forma for de meio quilo).
m) Cobrar as formas e deixar em repouso por mais ou menos 1 hora para continuar o
dessoramento.
n) Fazer a viragem do queijo nas formas, espalhar sal na mesa quantidade que foi
indicada no item 12 e deixar dessorando por mais 1 ou 2 horas, em superfície
levemente inclinada para facilitar o escoamento do soro.
o) Colocar as formas em prato fundo ou assadeira para aparar o restante do soro e
levar à geladeira até o dia seguinte ou pelo tempo mínimo de 16 horas.
p) Após esse tempo o queijo poderá ser retirado da forma, estando pronto para o
consumo. Esse tipo de queijo deverá permanecer na geladeira, de preferência
embalado em saco plástico, devendo ser consumido dentro de 7 dias. Após esse
tempo ele se torna ácido.
QUEIJO QUARK NATURAL:
Ingredientes:
5 litros de leite pasteurizado
½ copo de fermento láctico
1/5 (um quinto) de colher de chá de coalho em pó, ou uma colher e meia
de coalho líquido.
Modo de Fazer:
Aquecer o leite a temperatura de 37°C.
Colocar o fermento láctico e o coalho, mexendo bem.
Deixar em repouso 40 a 50 minutos.
Cortar em cubos de 5 x 5 cm.
Coar num pano alvejado e deixar o pano pendurado, em local fresco e limpo para
escorrer o soro todo. Colocar a massa no liquidificador e bater, guardar na
geladeira e servir no preparo de vários pratos.
QUEIJO QUARK TIPO PETIT SUISSE I (Danoninho)
Colocar a massa do queijo quark natural no liquidificador, acrescentando antes,
os seguintes Ingredientes:
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1 copo de açúcar ou mel
50 g de doce de frutas ou legumes cozidos
QUEIJO PETIT SUISSE II
2 litros de leite não fervido
2 xícaras (chá) morangos frescos ou pêssegos, pêras, banana, abacaxi,
mamão, etc.
¾ xícara (chá) creme de leite natural ou de lata
açúcar à gosto
1 colher (sopa) suco de limão
Deixe o leite coagular naturalmente por 2 ou 3 dias, depois de coagulado,
coloque a massa dentro de um saquinho de algodão para dessorar bastante.
Quando a massa estiver ainda um pouco úmida, coloque-a numa tigela e junte as
frutas e o suco de limão. Adoce, acrescente o creme de leite e bata rápido no
liquidificador, levando-o à geladeira para o seu consumo gelado.
QUEIJO QUARK CONDIMENTADO
Colocar tudo no liquidificador
3 colheres (sopa) massa tomate
½ colher (sopa) sal
pimenta malagueta (caldo)
azeite
azeitonas
salsa e cebolinha
CREME DE QUEIJO
Ralar ou triturar os queijos e cozinhar até formar uma pasta só. Amasse a
pasta para homogeneiza-la e dar-lhe elasticidade, colocá-la em formas
pequenas, devendo ficar aí por 24 horas. Em vez de colocar em pasta o queijo
deve ser cortado inclinado no formato que desejar.
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QUEIJO CHANCLISCH
Ingredientes:
Ricota
Pimenta
Sal
Orégano ou cominho
Azeite e azeitona
Modo de Fazer:
Misturar a ricota fresca, em ponto mole, com sal e pimenta seca.
Enrolar formando bolinhas.
Passar no orégano.
Conservar na geladeira.
QUEIJO PRATO
a) Aqueça o leite a 35°C junte o coalho, sal, iogurte natural e o corante e
misture.
b) Depois de obtida a coalhada, faça os cortes verticais, esperando 5 a 10
minutos para fazer os horizontais.
c) Trabalhe a massa por 15 minutos.
d) Retire metade do soro. Despeje nos cantos do recipiente 1 litro de água
aquecida a 85°C, colocando o termômetro. Não deixe a temperatura da
massa, com água fervida, ultrapassar 42°C, para despejar a água ao atingir
a temperatura desejada, e atinge por 15 minutos em forma de oito. Leve o
recipiente ao fogo, em banho-maria, agitando a massa até atingir 45°C. Tire
a massa do recipiente, com a ajuda de uma peneira.
e) Enforme a massa e prense-a, com aumento graduado peso, por 24 horas.
Vire o queijo na forma por 3 vezes. Prepare uma salmoura saturada e
mergulhe o queijo ainda na forma por 5 horas. Desenforme o queijo e
coloque-o numa tábua. Deixe maturar por 10 a 12 dias, virando o queijo
diariamente.
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QUEIJO MEIA CURA
8 litros de leite
¼ colher (chá) coalho em pó
Eleve a temperatura para 37°C. Dissolva o coalho, em ½ copo de água filtrada e
1 colher (sopa) de sal e coloque no leite, mexendo durante 1 minuto. Deixe
descansar por um período de 40 a 45 minutos, até completar a coagulação.
Corte a massa com cerca de 3 cm. Mexa durante 80 minutos (5 x 2). Retire 1/3
do soro e coloque a mesma quantidade de água quente 75°C. Mexa durante 20
minutos.
Separe o soro da massa. Faça uma pequena prensagem com as mãos por 30
minutos. De vez em quando vire e coloque sal na superfície.
O queijo deverá ficar em uma tábua ou em lugar fresco. Após 20 dias estará
pronto para o consumo.
MUSSARELA
Ingredientes:
10 litros de leite pasteurizado
1 copo de fermento láctico ou iogurte natural
¼ da colher (chá) de coalho em pó ou 2 colheres (sopa) líquido
5 litros de água quente (80°C) ou 1/3 do soro
5 litros de salmoura 20% (5 litros de água p/ 1 kg de sal)
Modo de Preparo:
Coar o leite. Aquece-lo à 37°C. Colocar o fermento láctico (dissolvido com um
pouco de leite). Colocar o coalho (dissolvido em água filtrada e sal). Mexendo
para misturar (bem lentamente).
Deixar em repouso aproximadamente 45 minutos. Cortar a massa de 2 em 2 cm.
Mexer e aguardar o dessoramento. Fazer a mexedura durante 20 minutos (5 x
2).
Em seguida retirar o soro e acrescentar a água quente (80°C) e fazer a 2ª
mexedura de 20 minutos (5 x 2) ou até a massa atingir os 42°C. Retirar o soro.
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Juntar a massa e deixar repousado (aproximadamente 20 horas). Cortar a
massa em fatias finas e colocá-las em água 80° à 85°C, até que haja cozimento
da mesma. Fazer a modelagem, colocar em água fria e na salmoura dependendo
do tamanho das peças, deixar escorrer e guardar na geladeira.
PROVOLONE
Modo de Preparo:
Colocar a massa filada na forma desejada e espere 3 a 4 fatias prepare a
salmoura com 1 colher de sal p/ 2 litros de água.
Mergulhe o queijo desenformado por 5 a 7 horas e espere de 3 a 4 dias.
Deixe o queijo maturar 12 dias. Passe azeite, defume-o, e deixe + 3 dias.
QUEIJO BOURSIN (Rendimento para 10 l de leite – 1 k de boursin)
1. Coloque o leite para coagulação natural (2 a 3 dias).
2. O ponto é quando houver bolhas em toda superfície.
3. Retire a camada de gordura da superfície.
4. Coloque delicadamente a coalhada dentro do saquinho de pano.
5. Feche bem e pendure em lugar fresco e ventilado, e deixe escorrendo o
soro por 2 a 3 dias.
Bola:
Trabalhe a massa com as mãos, achate e coloque o condimento desejado e
envolva o queijinho em plástico.
Rocambole:
Esparrame a massa sobre um pano umedecido, estique-a bem com auxílio de
uma faca, recheie e envolva até formar o rocambole e embale com plástico.
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CHANTILLY CASEIRO
Ingredientes:
½ k de creme de leite gelado
1 xícara de açúcar
1 colher (café) essência de baunilha
Modo de Preparo:
Bater o creme de leite (batedeira) por 5 min., ou até começar a endurecer,
tornando-o cremoso.
Acrescentar o açúcar e bater mais um pouco para ser incorporado ao creme.
Misturar a baunilha (sem bater). Conservar a geladeira.
Nota: O creme de leite deve ser pasteurizado, se o creme de leite for fresco,
colocar em banho-maria e aquecer a 80°C, por 15 minutos.
Em seguida, resfriar.
DOCE DE LEITE
5 litro leite
2 kg de açúcar
Colocar leite para ferver, quando estiver mudando de cor, acrescentar açúcar,
quando formar os vulcões, retirar do fogo e bater, colocar em uma forma
recoberta com plástico com manteiga, esfriar e cortar.
REFRESCÃO DE SORO
Ingredientes:
Soro fresco
Frutas frescas ou compotas ou chocolates em pó
Açúcar à gosto
Gelo
Modo de Preparo:
Bater tudo no liquidificador.
Na proporção de 1/3 de suco de frutas ou compotas para 2/3 de soro fresco.
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MANTEIGA CASEIRA
Ingredientes:
50 g de creme de leite fresco
½ colher (café) sal
½ colher (café) bicarbonato de sódio
3 copos de água gelada e gelo
Modo de Preparo:
Colocar o creme em banho-maria e aquecer a 80°C. Cinco minutos após atingir
80°C, adicionar o sal e o bicarbonato de sódio, dissolvidos em 1 colher de água:
Mexer e deixar o creme em banho-maria por mais 15 minutos, mantendo a
mesma temperatura. Retirar a vasilha de creme do banho-maria e colocar
dentro de outra vasilha com gelo para esfriar a 11°C. Colocar o creme na
temperatura de 11°C no liquidificador juntamente com os 3 copos de água
gelada (8°C). Bater em velocidade alta até formar a manteiga e separar o soro
ou o leitelho. Retirar pelo menos 4 copos de soro e reservar. Colocar mais 2
copos de água gelada misturada com o gelo (4°C), bater novamente e retirar a
água. Repetir essa operação para lavar bem a manteiga. Colocar a manteiga em
uma vasilha grande e espremer com uma colher para extrair bem a água. Se
quiser, colocar sal e misturar bem. Conservar em geladeira.
Nota: Para obtenção do creme de leite fresco – o leite logo após a ordenha ou
pasteurização deve ser colocado na geladeira de um dia para o outro. Com o
resfriamento, o creme (nata) do leite que se acumula na superfície deve ser
retirado cuidadosamente, com uma colher para, então, ser utilizado no preparo
da manteiga caseira. Se o creme for de leite pasteurizado ou se for de nata de
leite fervido, adicionar o sal e o bicarbonato de sódio, mexer e começar a
partir do creme a temperatura de 11°C.
LEITE CONDENSADO: (cozido) Rendimento 5 latas
1ª Receita:
Leve ao fogo 2 litros de leite, misture 700 grs de açúcar. Assim que iniciar a
fervura, misture uma colher de sopa de maizena em um pouco de leite frio e 1
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colher de sobremesa de fermento em pó. Deixe em fogo brando até engrossar,
mexendo umas 5 vezes.
2ª Receita:
Leve ao fogo, por 10 minutos, 1 copo de leite em pó instantâneo, 1 copo de
açúcar, 1 copo de água, uma colher de chá de manteiga sem sal.
3ª Receita:
Bata no liquidificador, 1 xícara de leite em pó instantâneo, 1 xícara de açúcar
cristal e vá acrescentando aos poucos, enquanto bate ½ xícara de chá de água
fervendo. Deixe bater bastante e está pronto.
REQUEIJÃO: Rendimento 4 kg
1ª Receita:
2 litros de leite B (sem ferver), 1 queijo minas (esfarelado), 1 l de creme de
leite (sem soro), 1 pacote de maizena (250 grs), 1 pacote de manteiga (250
grs), 1 colher de sal. Levar ao fogo, mexendo até dar o ponto.
2ª Receita:
Coloque ½ kg de ricota no liquidificador juntamente com (200 grs) de manteiga,
1 copo de leite fervendo e sal à gosto. Bata até ficar cremoso. Ficando líquido,
coloque em copos, vedando bem e leve à geladeira.
COALHADA SÍRIA
1 litro de leite, 1 copo de iogurte natural, 2 colheres de leite em pó. Ferva o
leite em um recipiente de louça ou pirex dissolva o iogurte com o leite em pó.
Despeje o leite fervido que deverá estar a uma temperatura de 45°C, bem
devagar. Cubra a vasilha e deixe em repouso por aproximadamente 4 horas, não
mexendo no recipiente, durante esse tempo, no qual, se processa o coalho do
leite, findo esse tempo, está pronto.
Com uma colher dessa coalhada faz outra porção.
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CATUPIRI CASEIRO
1 copo (geléia) de leite, 1 colher (sopa) maizena, 1 colher de manteiga, 100 grs
de mussarela, sal.
Leve o leite e a maizena ao fogo para engrossar. Adicione a manteiga e a
mussarela, sal. Deixe tomar consistência, mexendo sem parar. Retire do fogo e
aguarde em recipiente de louça ou vidro na geladeira.
IOGURTE
5 litros de leite, 1 copo de iogurte natural (sem sabor) ou fermento láctico, 1 l
de doce em calda (se quiser).
Ferva o leite por 5 minutos. Resfriá-lo a 45° a 50°C. Misturar o iogurte,
mexendo bem. Embrulhar a panela em um papel jornal e deixar em repouso num
lugar aquecido ou no sol por 3 a 5 horas.
CREME DE LEITE
1 cx. manteiga sem sal, 2 l de leite, 2 colheres de vinagre, 1 copo (geléia) de
leite. Coloque para ferver (talhar). Coar. Colocar no liquidificador com 1 copo
de leite e ½ caixa de manteiga sem sal.
REQUEIJÃO PURO
1 litro de leite, ½ xícara pequena de vinagre, 1 colher (sopa) manteiga, ferver o
leite, esperar um pouco e depois neste leite, ainda morno, colocar o vinagre,
mexer devagar para facilitar a formação dos coalhos e, em seguida, utilizar
uma pequenina peneira bem fina, separar o soro dos grumos de coalhos. Bater
esse coalho no liquidificador ou na própria vasilha, acrescentando a manteiga e
½ xícara pequena contendo leite (para facilitar a formação de requeijão) e
colocar sal à gosto.
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FERMENTO LÁCTICO
1 copo de leite, miolo de pão francês. Ferva o leite e deixe ficar na
temperatura de 45°C. Misture o miolo de pão e mexa bem. Guarde num local
onde ninguém mexa. Espere cerca de 18 horas para coagular. Este fermento é
usado para fazer coalhada e também para fazer queijo com leite pasteurizado.
DANETE
1ª Receita:
4 colheres (sopa) cremogema, 4 colheres (sopa) chocolate em pó, 4 colheres
(sopa) açúcar, 1 litro de leite. Levar ao fogo.
2ª Receita:
1 l leite, 1 l creme de leite, 6 colheres (sopa) chocolate em pó, 1 l leite
condensado, 1 gema, 4 colheres (sopa) maizena com exceção do creme de leite
levar os ingredientes ao fogo, retirar do fogo, e bater com o creme de leite na
mão.
REQUEIJÃO (3)
Coloque ½ k de ricota no liquidificador, juntamente com 200 grs manteiga, 1
copo de leite fervendo e sal à gosto.
Bata até ficar cremoso. Ficando líquido, coloque em copos, vedando bem e leve
a geladeira.
BLISS
Ingredientes:
1 l iogurte natural
5 colheres quik sabor morango (sopa)
5 colheres açúcar (sopa)
1 copo leite pasteurizado
Modo de Fazer:
Colocar no liquidificador o iogurte.
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Colocar o restante dos ingredientes e bater muito bem.
Levar a geladeira e servir bem gelado.
DANONE I
Ingredientes:
1 l de iogurte natural
1 pct de gelatina (ROYAL) sabor morango
5 colheres (sopa) de açúcar
1 copo de água fervendo
½ copo de água temperatura ambiente
Modo de Fazer:
Dissolver a gelatina em um copo de água fervendo.
Juntar ½ copo água fria e o açúcar e misturar.
Misturar essa gelatina como iogurte natural.
Colocar no liquidificador e bater rapidamente.
Envasar e levar a geladeira.
DANONE II
½ k ricota
1 l creme de leite
2 xícaras de leite frio
½ k morango (ferver c/ açúcar)
6 colheres (sopa) açúcar
Essência de morango
Bater tudo no liquidificador e levar junto.
BOLINHAS DE QUEIJO EM CALDAS
Ingredientes:
300 g queijo ralado (1 prato fundo bem cheio)
600 g açúcar xícaras (chá cheia)
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4 ovos grandes inteiros (ou 6 menores)
12 cravos
Modo de Fazer:
Amassar queijo ralado com os ovos, até a massa ficar bem homogênea.
Colocar o açúcar no fogo junto com ½ litro de água e acrescentar 12 a 14 ovos.
Juntar as bolinhas na calda, assim que abrir fervura.
Deixar cozinhando por aproximadamente 45 minutos, até a calda engrossar e
as bolinhas ficarem com o dobro do diâmetro.
Após esfriar, leve a geladeira.
PÃO DE SORO
Ingredientes:
3 ½ xícara soro de leite, sem vinagre
1 xícara óleo
2 ovos inteiros
2 colheres (sopa) açúcar
1 colher (sopa) sal
45 g fermento
1 kg farinha de trigo
Modo de Fazer:
Bata todos os ingredientes no liquidificador, por 10 minutos. Coloque o líquido
numa vasilha e vá acrescentando a farinha de trigo aos poucos, até obter a
consistência tipo “puxa”.
Faça as bolinhas ou coloque em forma de bolo inglês. Deixe crescer, leve para
assar em forno médio por aproximadamente, 30 minutos.
BOLINHAS DE QUEIJO
Ingredientes:
250 queijo fresco (minas)
2 colheres (sopa) farinha de trigo
1 ovo inteiro
1 colher (café) rasa de pimenta do reino branca
sal
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Modo de Fazer:
Passe o queijo no ralo de legumes ou esmigalhe com um garfo com exceção da
farinha de trigo, junte o queijo e o restante dos ingredientes, amasse bem e
faça bolinhas.
Passe na farinha de trigo e frite em óleo bem quente.
ASPECTOS GERAIS
Em 1993 foi aprovada a Portaria 1.428, do Ministério da Saúde, que estabelece as
orientações necessárias para executar as atividades de inspeção sanitária, de forma a
avaliar as Boas Práticas para obtenção de padrões de identidade a qualidade de
produtos e seviços na área de alimentos, objetivando a proteção da saúde do
consumidor.
O regulamento Técnico para inspeção Sanitária de alimentos, descrito nesta Portaria
permite, portanto , a avaliar a eficácia e efetividade não só dos processos, os meios e
as instalações, como também dos controles utilizados na produção, o armazenamento,
o transporte, a distribuição a comercialização e o consumo de alimentos, por meio do
Sistema de Avaliação dos Perigos em Postos críticos de Controle-APPCC.
Em 1997 as Portarias nº 326, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde e nº 368, do Ministério da Agricultura e Abastecimento, estabeleceram a
regulamentação das condições higiênico-sanitárias e das Boas Práticas de Fabricação
para os estabelecimentos e para os produtos de alimentos, Essas normas se aplicam às
atividades de produção, ao fracionamento, ao armazenamento e os transporte de
alimentos processados e serviram de orientação para a elaboração de um Manual.
Nos municípios, a fiscalização sanitária de alimentos deve ser exercida por fiscais,
credenciados pelas prefeituras locais, que devem seguir as normas estabelecidas pelo
código Municipal de Saúde, as Boas Práticas, o Sistema de Avaliação de Perigos
Críticos de Controle-APPCC, a Legislação Sanitária, o código de Proteção e Defesa do
Consumidor e as demais normas de caráter estadual e federal.
-Procedimentos para Legislação da Agroindústria à nível municipal:
- Produtor deverá procurar o protocolo da Prefeitura Municipal e dar entrada à
solicitação de fiscalização, que será encaminhada à Secretaria Municipal de
Saúde, parte da Vigilância Sanitária, que irá à propriedade do mesmo, estando,
dentro das normais, será concedido um selo numerado de autorização de
comercializar, denominado SM.
36
- Sendo concedido licença para produção de produtos de origem vegetal, para
produtos de origem, segue-se o mesmo procedimento, sendo encaminhado pela
Prefeitura à Secretaria Municipal de Agricultura.
MERCADO
Historicamente mercado era um lugar onde as pessoas levavam produtos do seu
trabalho ou objetos que não mais lhe tinham utilidade para negociar.
Hoje fala-se muito em mercado,mercado consumidor, mercosul, mercado de
capitais. Dizem que o Brasil é bom mercado e que a China é melhor, devido a
sua enorme população. Com base nessas afirmações podemos concluir que a
palavra mercado, neste caso, significa a capacidade potencial que um grupo de
pessoas tem de consumir bens, materiais, equipamentos, alimento, serviços,
entre outros.
Não basta existir mercado potencialmente favorável para que um produto seja
vendido, por exemplo vender picolé na Alasca ou coberto no Nordeste nunca
será um bom negócio já que o “mercado” verdadeiramente significa as
necessidades de consumo de uma população. Para que um empreendimento
tenha sucesso é necessário conhecer as reais necessidades da população e
atende-lá com produtos de boa qualidade, em quantidade e bom preço.
Já no “mercado de trabalho” o produto é o emprego e o interessado por esse
produto é o trabalhador. Quando dizemos que o mercado de trabalho está ruim
é porque o número dos trabalhadores que procuram emprego é maior do que as
vagas oferecidas. A formação de preços e salários também são muito afetados
por essas flutuações da oferta e demanda.
ORGANIZAÇÃO:
Historicamente as pessoas se organizam em grupos ora para se defender, ora
para conquistar algo que desejam. As famílias foram o embrião da organização
dos seres humanos em grupos, depois vieram as tribos, os grupos religiosos,
pessoas que moravam na mesma localidade, no mesmo país, por tipo de trabalho,
entre vários outros exemplos que poderíamos citar. De fato, o que une as
pessoas são os interesses comuns à todos os participantes de organização.
37
Em nossa sociedade podemos dividir as várias formas de organização em dois
grupos principais:
ORGANIZAÇÕES INFORMAIS:
Como exemplo de organizações informais podemos entre outros: o time de
pelada do fim de semana; o grupo que sempre se reúne para jogar truco, o
grupo quie se reúne para alugar um ônibus para passear na praia, o grupo de
seresteiros que gostam apenas de tocar e cantar. A característica marcante
da informalidade é que ninguém segue regras fixas para participar do grupo.
Os deveres e as obrigações não têm caráter jurídico, tudo é apenas uma
combinação verbal. A principal regra das organizações informais é a amizade e
a confiança recíproca entre os membros.
ORGANIZAÇÕES FORMAIS:
Quando interesses comuns a várias pessoas exigem medidas de representação
social, comercial, jurídica, administrativa ou política, entre outros, essas
pessoas estabelecem regras, normas e condutas, por escrito, e registram-nas
em cartório, sendo que todos os participantes desejarem aderir, livremente
áquele grupo, terá que seguir fielmente o que ficou estabelecido (geralmente, a
esse conjunto de regras, dá-se o nome de estatuto da entidade).
CUSTO DE PRODUÇÃO – DERIVADOS DO LEITE
COMPONENTES
CUSTO DO PRODUTO (Valor para Estoque)
1) Matéria prima:
a) Leite in natura
b) Frete de coleta
2) Matéria prima Agregada:
a) Fermento
b) Cloreto cálcio
c) Coalho
d) Corante
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3) Embalagem
4) Acondicionameno
CUSTO OPERACIONAIS
a) Mão-de-obra direta
b) Mão-de-obra indireta
c) Usinagem:
a) energia
b) gás
c) água
d) manutenção rotineira
CUSTO NÃO OPERACIONAIS
1)Despesas administrativas
2) Apreciação:
a) amortização
b) instalação
c) equipamentos
FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA
1) Comissões
2)Distribuição
3) ICMS
4) PIS e COFINS
5) Liquidação duvidosa
6) Devoluções
7) Lucro
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ESQUEMA DE PRODUÇÃO
PRODUTO MINAS
FRESCAL
RICOTA PRATO MUSSARELA IOGURTE
1 – Leite
pasteurizado
Rend: 6 a 7
Litros/Kg
Gordura:
3,4%
Soro fresco
ou 20%
leite
Rend. 10
litros/Kg
gordura até
3,5%
Rend. 9,5
litros/Kg
Gordura: 3,2 a
3,4%
Leite in
natura
2 – Adição de
ingredientes
Fermento-
1% cloreto
cálcio
2ml/10 lts
Ac. Lático
0,1% Ac.
Acético
(vinagre)
0,2%
Ac. Cítrico
(limão)
0,4%
Fermento 1%
Mesofílico
cloreto
De cálcio 2ml/
10lit. Coalho
dose normal
Corante natural
(urucum) 1ml/
10 lit
Fermento 1 a 2%
Cálcio-2 ml/10
lit.
Coalho-normal
Sabores;
açucar ou
adoçante,
essência
polpa de
frutas,
corante,
conservante
(sorbato de
potássio)
3-Temperatura
de coagulação
(aquecimento)
35º C
90º C ou
70º C
32º C
33º C
90º
C/3minutos
4-Tempo de
coagulação
30 minutos 5 a 10
minutos
40 minutos 40 minutos
5- Corte Grão 1
(dado)
Grão 3 (milho)
Grão 2 feijão
6-Mexedura 20 min/não
necessita
aquecimento
5x2
1ª - 10
minutos
1ª - 10 minutos
7-Enformagem
8-Viragem 10 min/1h5h 10min/1h/5h
9-Salga Salmoura ou
a seco
Salmoura Salmoura-23% sal
tempo –bolinhas
30 min.
Formas1/2Kg-6h
Tranças-40min
10-Embalagem
e
Comercialiazção
Imediata em
sacos
plásticos
Plasticos a
vácuo
Sacos plásticos á
Vácuo
Potes
plásticos ou
garrafas
11 –
Delactosagem
Até 30%
soro/troca água
Até 20% soro
Água 80%
12-Mexedura 2ª 30 min
com
aquecimento
42º C
2ª 20 min com
aquecimento 40º
44º C
13-Maturação Na embalagem
por 3 semanas
40
13-Maturação Na embalagem
por 3 semanas
14-Blocagem Depoisdo ponto
e da separação
do soro
15-Fermentação 20h
aproximadamente
16-Filagem Água quente 80º
C
17-Resfriamento 45º C
18-Inoculação da
Cultura lática
Termofílica
(iogurte) 1 a
3%
19-Incubação Estufa a 45º
C
20 –Conservação 30 dias a 5º C
INSTRUTORA:
Maria Cristina Carvalheira Senatore Leal
Extensionista Social da EMATER-RIO
Escritório Local de Resende