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AGROPECUÁRIA AGROPECUÁRIA BRASILEIRABRASILEIRA
JEFFERSON MAMEDE NUNESJEFFERSON MAMEDE NUNES
1. HISTÓRIA1. HISTÓRIA
• 1500 à 1930: AGROEXPORTADOR (produção financiava importação de manufatura).
• 1930 à ...: URBANO-INDUSTRIAL (produção financiava e financia o desenvolvimento urbano-industrial).
1500 à 1930: AGROEXPORTADOR
• 1500 à 1822: terras da Coroa (capitanias hereditárias → sesmarias → plantation).
• 1822 à 1850: posse livre em terras devolutas, mas sem leis para regulamentar.
• 1850: Lei Eusébio de Queiroz, imigrantes livres, leis de Terras (terras do Estado).
• 1888: Lei Áurea (abolição da escravatura).• 1889: Constituição Federal (terras dos governos estaduais).• 1929: crise de 29 e incentivo à policultura.
• 1930: campo passa a ser subordinado à cidade.
• 1940 / 60: choque (proprietários X trabalhadores).
• 1950: liga camponesa.
• 1964: projetos de reforma agrária, regime ditatorial (plantation e concentração de terras), êxodo rural e Estatuto da Terra.
• 1970: novas fronteiras agrícolas.
• 1990: lento processo de reforma agrária.
• 2000...: agroindústria.
1930 à ...: URBANO-INDUSTRIAL
• Brasil vocação agrícola histórica:– abundância de terras;– de água;– condições climáticas favoráveis.
• Recentemente, paralelo ao desenvolvimento industrial a agropecuária mantêm-se:– fornecendo matéria-prima para as indústrias;– gerando empregos;– fornecendo combustíveis;– produzindo alimentos;– gerando divisas cambiais via exportações.
2. CARACTERÍSTICAS2. CARACTERÍSTICAS
• Conjunto de leis (1964) que possibilita um censo agropecuário, ou seja, é a forma como legalmente se encontra disciplinado o uso, a ocupação e as relações fundiárias em cada país.
• Tipos:
* Módulo rural: área suficiente para garantir ao trabalhador o rendimento mínimo para sua sobrevivência, com metragem fixado pela região.
* Módulo fiscal: é o módulo rural mas menos técnico, mais fácil e menos sujeito às variações, com metragem fixado pela região.
3. ESTATUTO DA TERRA3. ESTATUTO DA TERRA
• Minifúndio: imóvel explorado inferior a um módulo rural e abastece o mercado interno.
• Latifúndio:
* por dimensão: imóvel superior as 600 vezes o módulo rural, sendo de enormes propriedades agroindustrias eu abastecem o mercado externo.
* por exploração: imóvel com mais de 1 e menos de 600 vezes o módulo rural, sendo inexplorado, improdutivo e especulativo.
• Empresa rural: imóvel de 1 a 600 vezes o módulo rural, explorando e abastece ao agorindústria.
MÓDULO RURAL
• Minifúndio: até um módulo fiscal.
• Pequenas propriedades: de 1 a 4 módulos fiscais.
• Média: de 4 a 15 módulos fiscais.
• Grande: mais de 15 módulos fiscais.
MÓDULO FISCAL
• Trabalho familiar: pequenas / médias propriedades, subsistência ou jardinagem, subemprego nas cidades, excluídos dos financiamentos.
• Trabalho temporário: nomes (boiá-fria – Centro-Sul, corumbás – NE e Centro-Oeste, peões –N), trabalhadores diaristas, não possuem vínculo empregatício (CTPS registrada) , recebem por dia segundo a produtividade, trabalha no plantio e na colheita.
• Trabalho assalariado: possuem registro em carteira, recebem salário mínimo por mês.
• Parceria, arrendamento e meeiro: aluguel da terra pago com parte da produção, em espécie ou metade da produção, respectivamente.
• Escravidão por dívida: aliciamento da mão de obra através de promessas mentirosas.
4. RELAÇÕES DE TRABALHO4. RELAÇÕES DE TRABALHO
• Posseiros: detém a posse da terra, mas não o título.
• Grileiros: detém a posse da terra com títulos falso.
• “Gatos”: contratam mão de obra na cidade.
• Empresários: grandes fazendeiros.
• Seringueiro: extrai o látex dos seringais.
• Seringalista: empresários donos dos seringais.
• Peão: em certas áreas, a mão de obra especializada.
• Trabalhadores sem terra: trabalhadores que não possuem um pedaço de terra no campo e vendem sua força de trabalho.
5. PERSONANGENS5. PERSONANGENS
POSSEIRO GRILEIROS
EMPRESÁRIO
SERINGUEIRO
“GATOS”
SERINGALISTA PEÃO TRABALHADORES EM TERRA
6. ESTRUTURA FUNDIÁRIA 6. ESTRUTURA FUNDIÁRIA
• A origem da péssima distribuição de terras no País está em seu passado colonial de exploração, articulado inicialmente por Portugal. Os primeiros latifúndios foram as capitanias hereditárias.
• Portanto, desde o início, o País mostrava sua tendência latifundiária, notadamente exemplificada pelo sistema de plantation, com a cana de açúcar no litoral nordestino.
• O grande marco histórico foi a Lei das Terras, de 1850, que praticamente instituiu a propriedade privada da terra no Brasil, determinando que as terras públicas ou devolutas só podiam ser adquiridas por meio de compra favorecendo os abastados proprietários rurais.
CENTRO-OESTENORTE NORDESTE
SUDESTESUL
Extremamente concentrada em poucas mãos.
Resultado de uma herança colonial opressiva.
A maior parcela de terras está nas mãos das tradicionais oligarquias rurais.
As melhores e mais férteis porções de terras está nas mãos dos grandes latifundiários que as ocupa com plantations e pastagens.
Existe uma ampla maioria de imóveis rurais denominados minifúndios, porém a maior parte das terras utilizadas está nas mãos dos poucos porém gigantescos latifúndios.
8. REFORMA AGRÁRIA8. REFORMA AGRÁRIA
• Teoricamente representa o fim da concentração fundiária brasileira, com redistribuição das terras. Alguns intelectuais apontam que a primeira e, ao mesmo tempo, a última reforma foi no século XVI, com as capitanias hereditárias, que introduziu os latifúndios, os quais resistem até os dias atuais.
A REFORMA AGRÁRIA NACONSTITUIÇÃO DE 1988
• Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será prevista em lei.
• Portanto, a reforma é um processo no qual o governo desapropria terras não aproveitadas, cedendo-as para agricultores que desejem trabalhá-la. Mas, para obter sucesso, a reforma deve ser acompanhada por várias medidas como: assistência técnica permanente, educação, financiamento de equipamentos, política de preços mínimos, infraestrutura de transporte, armazenagem, telefonia e eletrificação rural.
Vídeo – Morte e Vida Severina
8. CONFLITOS NO CAMPO8. CONFLITOS NO CAMPO
• A violência rural brasileira evidencia a necessidade de reformas, a ganância dos grileiros, que contratam jagunços para invadir terras devolutas ou terras ocupadas por posseiros, expulsando-os. Até as reservas indígenas não escapam da violência, e também são vítimas do avanço do capital no campo.
• A resistência à concentração de terras aumentou nas décadas de 1970 e 1980, surgindo, em 1984, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), entidade criada para se fazer uma reforma agrária rápida.
• Também conhecido pela sigla MST, é um movimento social brasileiro de inspiração marxista e do cristianismo progressista (teologia da libertação), cujo objetivo é a realização da reforma agrária no Brasil. O MST teve origem na década de 1980. Defendem eles que a expansão da fronteira agrícola, os megaprojetos, dos quais as barragens são o exemplo típico – e a mecanização da agricultura contribuíram para eliminar as pequenas e médias unidades de produção agrícola e concentrar a propriedade da terra.
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TERRA
Vídeo – MST invade terras
Vídeo – Assentados do MST vendem
Vídeo – Assentados aguadam
OUTROS CONFLITOS NO CAMPO
Posse da Terra Conflitos Entre Usuários
Capacidade de SuporteEscravidão no campoTrabalho infantil