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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE RIO DE MOURO
Guião de procedimentos para a seleção do diretor do AERM, março de 2013 página 1 de 14
GUIÃO DE PROCEDIMENTOS PARA A SELEÇÃO DO DIRETOR DO AERM (Anexo ao RI)
Introdução:
O propósito deste guião é orientar não só a comissão especializada do conselho geral, do
Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro, na seleção do diretor para o agrupamento, mas
também os possíveis candidatos ao referido cargo.
Além de uma bibliografia mínima de suporte, o guião foi elaborado com base na seguinte
legislação: Lei nº 43/89, de 3 de fevereiro (que estabelece a autonomia das escolas); Lei de
Bases do Sistema Educativo, nº 46/86, de 14 de Outubro; Lei nº 64/2011 de 22 de dezembro;
Lei nº 66-B/2007, de 28 de dezembro (Avaliação do desempenho dos quadros dirigentes
superiores da administração pública); Decreto-Lei n.º 6/96 de 31 de janeiro (Código do
Procedimento Administrativo); Decreto-Lei n.º 41 /2012, de 21 de fevereiro (Estatuto da
carreira docente); Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril; Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de
julho; Portaria n.º 266/2012 de 30 de agosto; Projeto Educativo do Agrupamento de escolas
PAN; Projeto Educativo da ESLC e Regulamento Interno do AERM. (1)
Os seres humanos vivem em sociedade pois essa é a melhor forma de desenvolverem as
suas potencialidades e procurarem sentidos para as suas existências. As sociedades humanas
alicerçam-se em diferentes tipos de instituições, das quais se destaca a escola. A instituição
escola é um dos motores do desenvolvimento pessoal, social, cultural e profissional dos
indivíduos. Esta tarefa não é simples nem isenta de fracassos - uma das causas da infelicidade
dos seres humanos reside, justamente, nas deficientes instituições sociais. A vitalidade de uma
instituição, o seu funcionamento adequado e socialmente proveitoso, depende da participação
ativa de todos os elementos que a integram. No caso da escola são alunos, funcionários
técnicos e operacionais, professores e representantes da comunidade envolvente. Sem
menorizar a importância da participação de todos estes elementos na construção de um
projeto comum, é ao líder que cabe o papel de maestro: é ele quem conduz a orquestra, quem
dá consistência ao todo.
(1) Este documento não dispensa a consulta da legislação que enquadra a selecção do director de agrupamento de escolas.
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A liderança, nos dias de hoje, não pode reduzir-se ao seu aspeto gestacional e
administrativo. O diretor de uma instituição como a escola deve, acima de tudo, ser um líder,
inspirar os seus colaboradores a participarem num projeto comum, numa visão. E porque a
escola deve ser o berço de uma nação livre, justa e desenvolvida, liderá-la exige nada menos
do que a excelência; uma atitude, um conjunto de valores, conhecimentos e competências de
alto nível. É a estas exigências que o diretor de uma escola deve dar resposta.
Caracterização em números do Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro
O referido Agrupamento situa-se na freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra e distrito
de Lisboa. É constituído por seis escolas, a saber: secundária de Leal da Câmara (escola sede);
Básica 2,3 Padre Alberto Neto; EB1/JI Rio de Mouro nº 1; EB1/JI Rio de Mouro nº 2; EB1
Rinchoa nº 2 e EB1/JI Serra das Minas nº 2, num total de, aproximadamente, 320 docentes,
115 assistentes técnicos e operacionais e 3600 alunos (para uma caracterização mais profunda
consulte-se os projetos educativos do agrupamento).
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1. Recrutamento, procedimento concursal e eleição
Artigo 1.º
Recrutamento
1. O diretor é eleito pelo conselho geral.
2. Para recrutamento do diretor, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição,
nos termos do artigo seguinte.
3. Podem ser opositores ao procedimento concursal referido no número anterior docentes de
carreira do ensino público ou professores profissionalizados com contrato por tempo
indeterminado do ensino particular e cooperativo, em ambos os casos com, pelo menos, cinco
anos de serviço e qualificação para o exercício de funções de administração e gestão escolar,
nos termos do número seguinte.
4. Consideram-se qualificados para o exercício de funções de administração e gestão escolar os
docentes que preencham uma das seguintes condições:
a) Sejam detentores de habilitação específica para o efeito, nos termos das alíneas b) e c) do
n.º 1 do artigo 56.º do Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infância e dos
Professores dos Ensinos Básico e Secundário;
b) Possuam experiência correspondente a, pelo menos, um mandato completo no exercício
dos cargos de diretor, subdiretor ou adjunto do diretor, presidente ou vice-presidente do
conselho executivo, diretor executivo ou adjunto do diretor executivo ou membro do
conselho diretivo e ou executivo, nos termos dos regimes aprovados respetivamente pelo
“Regime de Autonomia”, pelo Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de maio, alterado pelo Decreto-
Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº137/2012, de 2 de
julho, pela Lei n.º 24/99, de 22 de abril, pelo Decreto -Lei n.º 172/91, de 10 de maio, e pelo
Decreto-Lei n.º 769 -A/76, de 23 de outubro;
c) Possuam experiência de, pelo menos, três anos como diretor ou diretor pedagógico de
estabelecimento do ensino particular e cooperativo;
d) Possuam currículo relevante na área da gestão e administração escolar, como tal
considerado, em votação secreta, pela maioria dos membros da comissão prevista no n.º 5
do artigo 22.º do “Regime de Autonomia”.
5. As candidaturas apresentadas por docentes com o perfil a que se referem as alíneas b), c) e
d) do número anterior só são consideradas na inexistência ou na insuficiência, por não
preenchimento de requisitos legais de admissão ao concurso, das candidaturas que reúnam os
requisitos previstos na alínea a) do número anterior.
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6. O subdiretor e os adjuntos são nomeados pelo diretor de entre os docentes de carreira que
contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em exercício de funções no
agrupamento de escolas ou escola não agrupada.
Artigo 2.º
Abertura do procedimento concursal
1. Não sendo aprovada a recondução do diretor cessante, o CG delibera a abertura do
procedimento concursal até 60 dias antes do termo do mandato daquele.
2. O procedimento concursal para preenchimento do cargo de diretor é obrigatório, urgente e
de interesse público.
3. O aviso de abertura do procedimento contém, obrigatoriamente, os seguintes elementos:
a) O agrupamento de escolas para que é aberto o procedimento concursal;
b) Os requisitos de admissão ao procedimento concursal fixados no “Regime de Autonomia”;
c) A entidade a quem deve ser apresentado o pedido de admissão ao procedimento, com
indicação do respetivo prazo de entrega, forma de apresentação, documentos a juntar e
demais elementos necessários à formalização da candidatura;
d) Os métodos utilizados para a avaliação da candidatura.
4. O procedimento concursal é aberto por aviso publicitado do seguinte modo:
a) Em local apropriado das instalações do Agrupamento;
b) Na página eletrónica do Agrupamento e na do serviço competente do Ministério da
Educação e Ciência;
c) Por aviso publicado no Diário da República, 2.ª série, e divulgado em órgão de imprensa de
expansão nacional através de anúncio que contenha referência ao Diário da República em
que o referido aviso se encontra publicado.
5. Com o objetivo de proceder à apreciação das candidaturas, o CG incumbe a sua comissão
permanente ou uma comissão especialmente designada para o efeito de elaborar um relatório
de avaliação.
6. Para efeitos da avaliação das candidaturas, a comissão referida no número anterior
considera obrigatoriamente:
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a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de
apreciação da sua relevância para o exercício das funções de diretor e do seu mérito;
b) A análise do projeto de intervenção no agrupamento de escolas;
c) O resultado de entrevista individual realizada com o candidato.
Artigo 3.º
Candidatura
1. A admissão ao procedimento concursal é efetuada por requerimento acompanhado, para
além de outros documentos exigidos no aviso de abertura, pelo curriculum vitae e por um
projeto de intervenção no Agrupamento de escolas.
2. É obrigatória a prova documental dos elementos constantes do currículo, com exceção
daquela que já se encontre arquivada no respetivo processo individual existente neste
agrupamento.
3. No projeto de intervenção, o candidato identifica os problemas, define a missão, as metas e
as grandes linhas de orientação da ação, bem como a explicitação do plano estratégico a
realizar no mandato.
Artigo 4.º
Avaliação das candidaturas
1. As candidaturas são apreciadas pela comissão permanente do CG ou por uma comissão
especialmente designada para o efeito por aquele órgão.
2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 18.º, os métodos utilizados para a avaliação das
candidaturas são aprovados pelo CG, sob proposta da sua comissão permanente ou da
comissão especialmente designada para a apreciação das candidaturas.
3. Previamente à apreciação das candidaturas, a comissão referida no número anterior
procede ao exame dos requisitos de admissão ao concurso, excluindo os candidatos que os
não preencham, sem prejuízo da aplicação do artigo 76.º do Código do Procedimento
Administrativo.
4. Das decisões de exclusão da comissão de apreciação das candidaturas cabe recurso, com
efeito suspensivo, a interpor para o CG, no prazo de dois dias úteis e a decidir, por maioria
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qualificada de dois terços dos seus membros em efetividade de funções, no prazo de cinco dias
úteis.
5. A comissão que procede à apreciação das candidaturas, além de outros elementos fixados
no aviso de abertura, considera obrigatoriamente:
a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de
apreciação da sua relevância para o exercício das funções de diretor e o seu mérito;
b) A análise do projeto de intervenção no agrupamento;
c) O resultado da entrevista individual realizada com o candidato.
6. Após a apreciação dos elementos referidos no número anterior, a comissão elabora um
relatório de avaliação dos candidatos, que é presente ao conselho geral, fundamentando,
relativamente a cada um, as razões que aconselham ou não a sua eleição.
7. Sem prejuízo da expressão de um juízo avaliativo sobre as candidaturas em apreciação, a
comissão não pode, no relatório previsto no número anterior, proceder à seriação dos
candidatos.
8. A comissão pode considerar no relatório de avaliação que nenhum dos candidatos reúne
condições para ser eleito.
9. Após a entrega do relatório de avaliação ao CG, este realiza a sua discussão e apreciação,
podendo para o efeito, antes de proceder à eleição, por deliberação tomada por maioria dos
presentes ou a requerimento de pelo menos um terço dos seus membros em efetividade de
funções, decidir efetuar a audição oral dos candidatos, podendo nesta sede serem apreciadas
todas as questões relevantes para a eleição.
10. A notificação da realização da audição oral dos candidatos e as respetivas convocatórias
são efetuadas com a antecedência de, pelo menos, oito dias úteis.
11. A falta de comparência do interessado à audição não constitui motivo do seu adiamento,
podendo o conselho geral, se não for apresentada justificação da falta, apreciar essa conduta
para o efeito do interesse do candidato na eleição.
12. Da audição é lavrada ata contendo a súmula do ato.
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Artigo 5.º
Eleição
1. Após a discussão e apreciação do relatório e a eventual audição dos candidatos, o conselho
geral procede à eleição do diretor, considerando-se eleito o candidato que obtenha maioria
absoluta dos votos dos membros do CG em efetividade de funções.
2. No caso de o candidato ou de nenhum dos candidatos sair vencedor, nos termos do número
anterior, o CG reúne novamente, no prazo máximo de cinco dias úteis, para proceder a novo
escrutínio, ao qual são admitidos consoante o caso, o candidato único ou os dois candidatos
mais votados na primeira eleição, sendo considerado eleito aquele que obtiver maior número
de votos favoráveis, desde que em número não inferior a um terço dos membros do conselho
geral em efetividade de funções.
3. Sempre que o candidato, no caso de ser único, ou o candidato mais votado, nos restantes
casos, não obtenha, na votação a que se refere o número anterior, o número mínimo de votos
nele estabelecido, é o facto comunicado ao serviço competente do Ministério da Educação e
Ciência, para os efeitos previstos no artigo 66.º do “Regime de Autonomia”.
4. O resultado da eleição do diretor é homologado pelo diretor-geral da Administração Escolar
nos 10 dias úteis posteriores à sua comunicação pelo presidente do CG, considerando-se após
esse prazo tacitamente homologado.
5. A recusa de homologação apenas pode fundamentar-se na violação da lei ou dos
regulamentos, designadamente do procedimento eleitoral.
Artigo 6º
Disposição final e transitória O disposto no n.º 5 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, na redação dada
pelo Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho, não é aplicável aos procedimentos concursais
abertos até final do ano escolar de 2014-2015, aos quais podem ser opositores, em igualdade
de circunstâncias, os candidatos que preencham os requisitos previstos nas alíneas a), b), c) e
d) do n.º 4 do mesmo artigo.
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2. Perfil do Diretor do AERM
A liderança de um agrupamento de escolas, sobretudo com a complexidade e a dimensão
do presente agrupamento (em número poderia ser considerado uma média empresa)
pressupõe um perfil exigente; um conjunto de características capazes de garantir uma boa
liderança, gestão e administração em todos os domínios exigidos.
2.1. Competências/ atitudes e valores (o diretor deve):
a) Promover valores éticos e democráticos. O diretor deve liderar o agrupamento de acordo
com princípios éticos e democráticos universalmente reconhecidos (justiça, solidariedade,
tolerância, harmonia, liberdade, honestidade, etc.), de forma a promover esses valores entre
os elementos da comunidade escolar.
b) Reger-se por padrões de excelência. O diretor deve promover a excelência em todos os
domínios da sua atividade profissional.
c) Transmitir credibilidade à comunidade. O diretor deve ser uma pessoa capaz de transmitir
confiança a toda a comunidade educativa e manifestar um comportamento irrepreensível na
sua conduta profissional e pessoal.
d) Exercer uma liderança democrática e inspiradora. O diretor deve ser um líder assertivo,
motivador, influente, comunicador, bom ouvinte, capaz de coordenar e dirigir as diferentes
estruturas escolares sob a sua alçada de uma forma democrática e para o bem comum. Deve,
ainda, inspirar os outros a segui-lo, despertando nos seus colaboradores um sentido de
responsabilidade e de pertença a uma causa comum. As suas decisões devem revelar
transparência, segurança, coerência e propósito.
e) Ter capacidade de diálogo. O diretor deve saber escutar os seus colaboradores, respeitar as
suas opiniões, ainda que sejam contraditórias, e partilhar a sua visão dos diferentes assuntos.
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f) Revelar apetência para exercer uma gestão em equipa. Se os Projetos Educativos do AERM,
e a legislação sobre a matéria, pressupõem uma escola de gestão democrática e participada, o
diretor deve saber trabalhar em equipa, descentralizar o poder delegando competências e
promovendo a participação ativa dos restantes colaboradores.
g) Articulação e mediação. Estando a escola inserida numa comunidade a quem é pedida a
participação na sua gestão, o diretor deve ser uma pessoa de reconhecida idoneidade, capaz
de dialogar com os diferentes parceiros comunitários, articular e mediar as relações entre os
mesmos.
h) Ser o rosto credível do agrupamento. Sendo a escola repetidamente solicitada para
participar em atividades exteriores - particulares e institucionais -, deve o diretor ser capaz de
representá-la de forma digna e inteligente.
i) Ser capaz de se autoavaliar e promover a avaliação da equipa/agrupamento. A avaliação
deve fazer parte de qualquer processo, nomeadamente de gestão e administração. Dado que
nenhum sistema está isento de falhas, a avaliação é uma forma de corrigir problemas e
melhorar desempenhos. O diretor deve ser o principal agente dinamizador de uma cultura de
autoavaliação e heteroavaliação transparente e credível.
j) Ser capaz de solucionar problemas: Qualquer organização complexa tem problemas. O
diretor deve procurar resolvê-los de forma definitiva, sem adiar ou tomar medidas paliativas
que encubram momentaneamente o problema.
k) Adequada condição emocional. A gestão de um agrupamento desta dimensão exige
estabilidade psicológica e emocional.
l) Ter disponibilidade temporal. O trabalho desenvolvido pela gestão de um agrupamento
desta natureza pressupõe um horário flexível, não se adequando a um horário regular com
hora de entrada e saída rigorosamente determinada. De acordo com a legislação própria, o
diretor de um agrupamento de escolas tem isenção de horário.
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2.2. Conhecimentos (o diretor deve):
a) Ter uma visão de futuro. O diretor não pode limitar-se a gerir e a administrar o
Agrupamento, deve ter um projeto, uma visão estratégica que lance o Agrupamento no futuro.
b) Conhecer e identificar-se com os projetos educativos do AERM. O projeto que o candidato
a diretor apresentar para o Agrupamento deve respeitar, nas suas linhas gerais, o Projeto
Educativo do Agrupamento, promovendo a sua consecução.
c) Conhecer a realidade do Agrupamento que vai liderar: o diretor precisa de conhecer o
Agrupamento globalmente e cada uma das escolas associadas, os seus Projetos Educativos e
outros, as suas potencialidades, problemas e desafios.
d) Conhecer a comunidade educativa envolvente: o diretor deve ter um conhecimento efetivo
do contexto socioeconómico e cultural da comunidade que acolhe o Agrupamento. Deve
conhecer o meio onde os alunos vivem e entender as suas famílias.
e) Conhecer os assuntos pedagógicos, técnicos, administrativos, financeiros e legislativos
relativos ao agrupamento: o diretor deve estar atualizado em relação a todos estes domínios
e como afetam a gestão da escola.
f) Experiência em gestão escolar (preferencialmente).
g)Formação complementar: preferencialmente, o diretor deve possuir formação
complementar relevante para o desempenho da sua função.
h) Entender os desafios da educação: o diretor deve ter um conhecimento efetivo dos
problemas e desafios que se colocam à educação no contexto de uma sociedade aberta e
multicultural. Deve, ainda, ser um defensor do conhecimento como forma de progresso
pessoal, cultural e social.
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3. Análise do CV do opositor ao concurso de diretor de agrupamento
De acordo com a legislação e os restantes itens deste guião.
3.1. Habilitações literárias e profissionais.
• Habilitação específica para o desempenho das funções de diretor e respetiva
classificação.
• Formação complementar relevante.
3.2. Experiência profissional
• Exercício de cargos de direção educativa: diretor, subdiretor ou adjunto do diretor,
presidente ou vice-presidente do conselho executivo, diretor executivo ou adjunto do
diretor executivo ou membro do conselho diretivo e ou executivo, diretor ou diretor
pedagógico de estabelecimento do ensino particular e cooperativo.
• Exercícios de cargos de direção na área da gestão e administração educativa.
• Exercícios de cargos de relevância social e política, nomeadamente, em Ministérios,
Autarquias, Associações.
• Exercícios de cargos escolares de coordenação, nomeadamente: presidente de
Conselho Geral. Presidente de Assembleia de Escola, assessor de direção, coordenador
de departamento, delegado/representante de grupo disciplinar, coordenadores de
diretores de turma, coordenadores de cursos profissionais, coordenador de
biblioteca/CRE, coordenador de secretariado de exames, etc.
• Intervenção pública e publicação de artigos e (ou) obras na área da educação.
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4. Análise do Projeto de Escola apresentado pelo opositor ao referido concurso.
Critérios de análise de acordo com o estipulado no art.º 22.º-A do Decreto-Lei n.º 137/2012,
de 2 de julho:
a) Descrição do Agrupamento: enquadra o Agrupamento de forma adequada. Explicita as
linhas gerais dos Projetos Educativos do Agrupamento.
b) Diagnóstico do Agrupamento com identificação dos seus problemas e potencialidades:
apresenta um diagnóstico correto. Conhece os resultados da última avaliação interna
(Observatórios da Qualidade) e externa (IGE) do Agrupamento. Refere e toma posição
fundamentada sobre as áreas de intervenção prioritária identificadas no Plano de Melhoria do
Agrupamento.
c) Definição de objetivos pedagógicos, de gestão e administração, de caráter geral tendo em
conta os PEs do AERM. Define a missão, identifica as metas e as grandes linhas gerais de
orientação da sua ação.
d) Explicitação do plano estratégico: evidencia uma visão de futuro. Apresenta estratégias,
atividades, recursos humanos e materiais para a consecução dos objetivos. O projeto de
intervenção respeita, nas suas linhas gerais, os Projetos Educativos do Agrupamento.
Pronuncia-se sobre os projetos extracurriculares existentes no Agrupamento no sentido de
lhes dar continuidade, reformular ou eliminar.
Área educativa geral: promoção de uma cidadania democrática e responsável, de uma
cultura de excelência, e do sucesso educativo; melhoria da relação pedagógica; prevenção
de problemas disciplinares e reforço da prevenção do abandono escolar.
Área de professores: valorização e proteção do trabalho docente; promoção da
autonomia e responsabilização dos docentes; promoção do trabalho em equipa;
explicitação dos critérios de nomeação da coordenação das estruturas intermédias e
promoção do bom funcionamento destas estruturas; promoção da formação contínua.
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Área de Assistentes Operacionais e Técnicos: valorização e proteção do trabalho dos
assistentes; promoção da autonomia e responsabilização dos assistentes; critérios de
recrutamento e seleção, promoção da formação contínua e de um espírito de equipa.
Área de gestão de recursos materiais e financeiros: plano para a manutenção e bom
funcionamento do parque escolar e da rede informática. Segurança no Agrupamento.
Planificação do orçamento. Parcerias a estabelecer.
Área comunitária: estratégias de promoção do Agrupamento na comunidade e de
envolvimento da comunidade na vida do Agrupamento.
Constituição da equipa responsável pela gestão: identifica os elementos constituintes da
equipa de gestão.
e) Mecanismos de avaliação: Prevê e explicita os instrumentos de avaliação da consecução
dos objetivos, atividades, recursos e calendarização.
5. Entrevista
Conjunto de perguntas a elaborar de acordo com legislação própria e os critérios delineados
neste guião, com o objetivo de avaliar:
a) O perfil do diretor.
b) O Projeto de intervenção no Agrupamento. Será pedido ao candidato que faça uma
apresentação deste projeto com a duração aproximada de 20 minutos.
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Bibliografia
� Projetos Educativo ESLC
� Projetos Educativo do AEPAN
� Regulamento Interno do AERM
� Regulamento para a eleição do diretor - AEQB
� COSTA, J.A. Gestão Escolar, Lisboa, Texto Editora, 1991
� COLEMAN, Andrew (2012): The significance of trust in school-based collaborative
leadership, International Journal of Leadership in Education: Theory and Practice, 15:1,
79-106.
� ALMEIDA, J.L.F. Concepções de gestão escolar e eleição de diretores da escola pública do
Paraná, dissertação apresentada como requisito parcial para à obtenção do grau de Mestre em Educação, CURITIBA, 2004
� BRAUCKMANN, Stefan, et al, A validation study of the leadership styles of a holistic leadership
theoretical framework International Journal of Educational Management, Emerald Group Publishing Limited, Vol. 25, Nº. 1, 2011, pp. 11-32, www.emeraldinsight.com/0951-354X.htm
� INGVARSON, L., et al, STANDARDS FOR SCHOOL LEADERSHIP A Critical Review of
Literature, Australia, Australian Institute for Teahing and School Leadership, 2006
� LEITHWOOD, K. A., & RIEHL, What We Now About Successeful Schools Leadership,
Philadelphia, PA. Laboratory For Studente Success, Temple University , 2003
� National Standards for Headteachers, Nothingham, Produced by the Department for Education
and Skills, Date of issue: 10/2004 Ref: DfES/0083/2004 in www.teachernet.gov.uk/publications, fev 2013
� SANTOS, Rosângela, http://www.artigonal.com/educacao-artigos/como-deve-ser-um-
diretor-850963.html, fev. 2013
� SERGIOVANNI, T., Novos caminhos para a liderança escolar, Lisboa, Edições Asa, 2004
Conselho Geral Transitório, Março de 2013