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BRASIL Elas amam, choram, riem e têm até o momento de ficarem sérias. Biológicas ou de coração, só na AGU são mais de 1,8 mil mães, homenageadas no domingo (10). São mulheres que tra- balham e produzem, ao mesmo tem- po em que vivem a angústia de ficar longe deles durante boa parte do dia para isso. É delas a responsabilidade de apresentar o mundo aos filhos, e, ainda, de protegê-los. Foi assim com a assistente de ga- binete da Procuradoria Federal em Roraima Marinett Oliveira. Hoje com os quatro filhos crescidos, ela conta os desafios que enfrentou quando come- çou a vida profissional. Mãe aos 19 anos, ela teve que deixar o primeiro filho já aos seis meses de idade na cre- che. A situação atual é mais tranquila, com três deles empregados e o quarto fazendo curso universitário. Mas ela não esquece o início complicado. “Até conhecer alguém de confian- ça e que cuidasse deles chorei muito. DIA DAS MÃES / MAIS DE 1,8 MIL SERVIDORAS DIVIDEM A RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL COM A DE CRIAR OS FILHOS As supermães da AGU Informativo semanal da Advocacia-Geral da União 04/05/2015 – Nº 9 Proteja o meio ambiente, acesse a versão digital: issuu.com/agubrasil/stacks Elisângela e os filhos Antônio, Laura e Mariana Foi difícil, mas venci. Entendi que esta é a vida da mãe que precisa tra- balhar fora, ser dona de casa e espo- sa”, diz ela. O drama é vivido também por aquelas que, como a procuradora fe- deral Elisângela Devicchi, da PSF de Ponta Grossa (PR), encontrou esse amor na adoção. A decisão veio depois de algumas tentativas de gerar uma criança. Hoje, mãe de um menino de oito e de duas gêmeas de seis anos de idade, ela lembra como ficava de cora- ção apertado no início. As coisas, no entanto, se acerta- ram. Hoje, a procuradora não escon- de a satisfação de ter em casa essas três crianças para quem ela dedica um amor incondicional. “A cada dia que passa tenho o sentimento de que mais aprendo do que ensino. Não é fácil conciliar a atividade profissional com a maternidade, mas com muita dedicação e renúncia, tudo é possí- vel”, conta. Mães que trabalham O período de licença-maternidade, de até 90 dias, garantido pela lei nº 10.421/00, e ampliado pela Lei nº 11.770/08 por mais 60 dias, para quem adota crianças com menos de um ano, ajudou a criar o vínculo en- tre a procuradora Elisângela e os fi- lhos, segundo ela. As crianças foram adotadas antes do primeiro mês de idade. Esse tempo de convivência, in- felizmente, não foi o mesmo des- frutado pela procuradora federal Cláudia Silveira Desmet, da Procuradoria Federal no estado de Santa Catarina. As mesmas leis que garan- tem a licença, autorizam 90 dias de afastamento para quem adota crianças entre quatro e oito anos. A filha mais velha foi adotada aos sete anos de idade. As duas mais novas, gêmeas, tinham quatro, à época. Os dois casos das duas procurado- ras são parecidos, inclusive. Cláudia optou pela adoção depois de algumas tentativas de gerar uma criança. As três filhas, também irmãs biológicas, foram encontradas depois que ela e o esposo inscreveram-se nas comar- cas do interior mineiro. Até a adoção, elas ficavam em uma instituição de Janaúba (MG). As dificuldades iniciais ocorre- ram, principalmente, porque a mais velha conviveu até os cinco anos de Um tempo para criar laços idade com a mãe biológica. A resis- tência inicial, entretanto, aos poucos foi quebrada. Tanto que, hoje, as três têm uma relação fraternal com a mãe. “As mais novas, lembro bem, chega- ram a querer usar fraldas, aos quatro anos de idade. Elas queriam ser as nossas ‘bebês’”, lembra Cláudia, sau- dosa. As crianças, segundo ela, passa- ram por tratamento psicológico. Para Cláudia, além do amor e ca- rinho, o importante é ter ciência de que, quem cria, o faz para o mundo. “Temos a responsabilidade de ensinar e preparar, sabendo que suas escolhas e, portanto, suas vitórias e derrotas, terão a nossa interferência”, resume a procuradora. Cláudia e as filhas Hanah, Luciana e Adriana 51,3% no Brasil conciliam trabalho e criação dos filhos. 28,1 mi trabalham fora de casa. Fonte: PNAD/2012 IGUALDADE: A Constituição Federal proíbe qualquer distinção ou discriminação entre os filhos adotivos, biológicos ou gerados fora do casamento. LICENÇA-MATERNIDADE: Servidoras públicas têm direito a licença maternidade de 180 dias contados a partir do nascimento do bebê ou do afastamento prévio solicitado. Tá na lei Marinette e os filhos Thyago, André, Davyd Lucas e Eduardo Felipe

AGU Brasil A3 - N09

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O Informativo AGU Brasil é uma publicação semanal voltada para o público interno.

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BRASILElas amam, choram, riem e têm até o momento de fi carem sérias. Biológicas ou de coração, só na AGU são mais de 1,8 mil mães, homenageadas no domingo (10). São mulheres que tra-balham e produzem, ao mesmo tem-po em que vivem a angústia de fi car longe deles durante boa parte do dia para isso. É delas a responsabilidade de apresentar o mundo aos fi lhos, e, ainda, de protegê-los.

Foi assim com a assistente de ga-binete da Procuradoria Federal em Roraima Marinett Oliveira. Hoje com os quatro fi lhos crescidos, ela conta os desafi os que enfrentou quando come-çou a vida profi ssional. Mãe aos 19 anos, ela teve que deixar o primeiro fi lho já aos seis meses de idade na cre-che. A situação atual é mais tranquila, com três deles empregados e o quarto fazendo curso universitário. Mas ela não esquece o início complicado.

“Até conhecer alguém de confi an-ça e que cuidasse deles chorei muito.

DIA DAS MÃES / MAIS DE 1,8 MIL SERVIDORAS DIVIDEM A RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL COM A DE CRIAR OS FILHOS

As supermães da AGUInformativo semanal da Advocacia-Geral da União 04/05/2015 – Nº 9

Proteja o meio ambiente, acesse a versão digital: issuu.com/agubrasil/stacks

Elisângela e os fi lhos Antônio, Laura e Mariana

Foi difícil, mas venci. Entendi que esta é a vida da mãe que precisa tra-balhar fora, ser dona de casa e espo-sa”, diz ela.

O drama é vivido também por aquelas que, como a procuradora fe-deral Elisângela Devicchi, da PSF de Ponta Grossa (PR), encontrou esse amor na adoção. A decisão veio depois de algumas tentativas de gerar uma criança. Hoje, mãe de um menino de oito e de duas gêmeas de seis anos de idade, ela lembra como fi cava de cora-ção apertado no início.

As coisas, no entanto, se acerta-ram. Hoje, a procuradora não escon-de a satisfação de ter em casa essas três crianças para quem ela dedica um amor incondicional. “A cada dia que passa tenho o sentimento de que mais aprendo do que ensino. Não é fácil conciliar a atividade profi ssional com a maternidade, mas com muita dedicação e renúncia, tudo é possí-vel”, conta.

Mães que trabalham

O período de licença-maternidade, de até 90 dias, garantido pela lei nº 10.421/00, e ampliado pela Lei nº 11.770/08 por mais 60 dias, para quem adota crianças com menos de um ano, ajudou a criar o vínculo en-tre a procuradora Elisângela e os fi -lhos, segundo ela. As crianças foram adotadas antes do primeiro mês de idade.

Esse tempo de convivência, in-felizmente, não foi o mesmo des-

frutado pela procuradora federal Cláudia Silveira Desmet, da

Procuradoria Federal no estado de Santa Catarina. As mesmas leis que garan-tem a licença, autorizam 90

dias de afastamento para quem adota crianças entre quatro e oito anos. A fi lha mais velha foi adotada aos sete anos de idade. As duas mais novas, gêmeas, tinham quatro, à época.

Os dois casos das duas procurado-ras são parecidos, inclusive. Cláudia optou pela adoção depois de algumas tentativas de gerar uma criança. As três fi lhas, também irmãs biológicas, foram encontradas depois que ela e o esposo inscreveram-se nas comar-cas do interior mineiro. Até a adoção, elas fi cavam em uma instituição de Janaúba (MG).

As difi culdades iniciais ocorre-ram, principalmente, porque a mais velha conviveu até os cinco anos de

Um tempo para criar laços

idade com a mãe biológica. A resis-tência inicial, entretanto, aos poucos foi quebrada. Tanto que, hoje, as três têm uma relação fraternal com a mãe. “As mais novas, lembro bem, chega-ram a querer usar fraldas, aos quatro anos de idade. Elas queriam ser as nossas ‘bebês’”, lembra Cláudia, sau-dosa. As crianças, segundo ela, passa-ram por tratamento psicológico.

Para Cláudia, além do amor e ca-rinho, o importante é ter ciência de que, quem cria, o faz para o mundo. “Temos a responsabilidade de ensinar e preparar, sabendo que suas escolhas e, portanto, suas vitórias e derrotas, terão a nossa interferência”, resume a procuradora.

Cláudia e as fi lhas Hanah, Luciana e Adriana

51,3% no Brasil conciliam trabalho e criação dos fi lhos.

28,1 mi trabalham fora de casa.Fonte: PNAD/2012

IGUALDADE: A Constituição Federal proíbe qualquer distinção ou discriminação entre os fi lhos adotivos, biológicos ou gerados fora do casamento.

LICENÇA-MATERNIDADE: Servidoras públicas têm direito a licença maternidade de 180 dias contados a partir do nascimento do bebê ou do afastamento prévio solicitado.

Tá na lei

A Constituição Federal proíbe qualquer distinção ou discriminação entre os fi lhos adotivos, biológicos ou gerados

Servidoras públicas têm direito a licença maternidade de 180 dias contados a partir do nascimento do bebê ou do

Marinette e os fi lhos Thyago, André,

Davyd Lucas e Eduardo Felipe

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Informativo AGUBRASIL04/05/2015 – Nº 9

Envie sua sugestão!Sua sugestão de pauta pode ser selecionada para publicação na próxima edição do AGU Brasil! [email protected]

[email protected](61) 2026-8524

Chefe da Ascom: Adão Paulo OliveiraCoordenação: Bárbara Nogueira

Edição: Flávio Gusmão e Uyara Kamayurá

Redação: Gilvanete Vieira e Rebeca Ligabue

Diagramação: Alex de Castro, Renato Menezes e Bruno San

Assessoria de Comunicação

Social

A Diretoria de Gestão de Pessoas divul-gou, no último dia 27, o resultado das eleições para a Comissão GDAA-G-DACE. Os dois últimos representan-tes, titulares, foram escolhidos - ambos são da SAD/DF e foram reeleitos. Para representar os servidores em cargos de nível superior, o escolhido foi o admi-nistrador Danton Azevedo, com 56% dos votos válidos. A mais votada para representante de nível médio foi a agen-te administrativa Brígida Barboza, com 68% dos votos.

Para julgar os recursos administrativos dos servidores que não concordarem com as notas obtidas na avaliação individual de desempenho, a comissão pretende encon-trar uma maneira justa. Vale ressaltar que nenhum dos membros sabe o nome de quem entrou com o recurso. Tudo é ana-lisado pelo número do processo. “Acredito que nesse ano poderemos resolver com mais rapidez”, explica Brígida.

Danton também pretende usar sua

Tropeçar na língua portuguesa não é privi-légio de quem tem pouca intimidade com ela. As armadilhas da gramática atingem pessoas com diversos níveis de conheci-mento.

O idioma tem um dia dedicado espe-cialmente a ele, 5 de maio. A jornalista e autora de livros sobre o tema Dad Squarisi, também editora de opinião do jornal Cor-reio Braziliense e especialista em linguísti-ca, dá a dica: “O segredo é treinar. Quem muito escreve, geralmente, escreve bem”.

A jornalista lista pelo menos quatro níveis de dificuldades mais comuns para quem tem que lidar com a escrita. O pri-meiro deles é a própria grafia, ou seja, a escrita correta. Dad afirma que o proble-ma é, normalmente, resolvido com muita leitura. É que pouca gente conhece a raiz das palavras e as memoriza de forma visu-al. “É comum elas escreverem para lem-brarem como se escreve palavras que não utilizam no dia a dia”, afirma Dad.

Depois disso, uma das maiores dificul-

O ASSUNTO HOJE É

Língua portuguesa

GDAA-GDACE

Servidores elegem titulares da comissão

experiência para contribuir com as ava-liações. “Já possuo um certo domínio do processo. Pretendo usá-lo para dar mais celeridade, analisando cada caso com bom senso e imparcialidade”, conta.

Os outros dois concorrentes ao car-go, Alan dos Santos (nível médio) e Mi-chael Douglas Sanches, serão suplentes

na comissão para substituir os eleitos, quando necessário.

Os servidores da AGU esperam que os escolhidos os representem de forma segura. “Estou satisfeita com o resulta-do. Com a experiência que já possuem, espero que opinem sem medo”, explica a datilógrafa Neuza Velozo, da SAD/PE.

60% aprovam site da AGU Levantamento realizado com usuários do site da AGU aponta que 60% das pessoas que participaram de pesquisa de satisfação realizada em março considera que o portal atende às necessidades dos colaboradores da instituição. Ao todo, 1.446 pessoas par-ticiparam. O objetivo é avaliar a qualidade de serviços oferecidos e analisar a possibili-dade de melhorias e adaptações.

Do total, mais de 800 respostas foram positivas. Dentre os itens que receberam as respostas mais positivas está a área de

pesquisa no site. Cerca de 40% afirmaram que localizaram o que buscavam.

A distribuição e organização das infor-mações também foi bem avaliada: 59% das pessoas indicaram que os dados são pon-derados e bem distribuídos.O site também foi considerado atualizado, organizado e coerente.

Outros itens analisados foram a na-vegabilidade e a aparência. Estes foram qualificados como confortáveis, interes-santes, homogêneos, bem elaborados e balanceados.

A pesquisa sobre o site faz parte do 12º Ciclo de Avaliação Institucional da AGU. Se todas as metas forem cumpridas, 80% do valor correspondente às gratificações de desempenho dos servidores administrativo está garantido.

dades é com a sintaxe, que é a colocação correta das palavras em uma frase. Num terceiro nível, as pessoas normalmente acham difícil ordenar o texto logicamente e com coesão. Inclusive na hora de sair de uma frase para outra com a transição cor-reta de assunto.

Em um último momento, ainda de acordo com a especialista, as pessoas pre-cisam prestar bastante atenção na hora de adequar a linguagem ao seu público-alvo. O uso do “jurisdiquês”, por exemplo, é muito bem-vindo, mas somente quando direcionado aos tribunais, diz a jornalista. “Se o seu público é mais amplo e diverso, no entanto, o melhor é simplificar e usar uma linguagem que alcance a todos, sem, contudo, desleixar com a gramática.”

Se você quer saber mais, confira a in-dicação de livro, o qual a pró-pria Dad Squarisi é uma das autoras. Saiba mais na versão digital.

PneumoultramicroscopicossilicovulcanoconióticoParece trava-línguas, mas é só uma pegadinha do nosso idioma. É a maior palavra da língua portuguesa, com 46 letras. Mais até que a nossa conhecida anticonstitucionalissimamente.

O termo é um sinônimo de silicose, doença pulmonar causada pela inalação de pó de sílica muito fina, que causa inflamação nos pulmões.

PESQUISA

“Tenho algumas dificuldades com pontuação e con-cordância verbal. Talvez seja algo regional mesmo. O negócio é ler, ler muito, que a coisa melhora”.Alice Ferreira – agente administrativa, PU (BA)

“Tenho alguma dificuldade com as novas regras ortográfi-cas. As mudanças foram muitas e os advogados públi-cos têm de aplicar corretamente o idioma perante os juízos e tribunais”.

Ricardo Coutinho – procurador federal, PRF5 (PE)

“Vejo muitas pessoas usando a palavra ‘afim’ quando querem expressar a ideia de vontade de fazer algo, por exemplo. Sendo que no caso, o correto seria a fim”.Carlos Terra – estagiário PSF Duque de Caxias (RJ)

“A arte de escrever bem”, das autoras

Dad Squarisi e Arlete Salvador, editora

Contexto, traz boas dicas para quem

quer aprofundar-se no tema.

E VOCÊ, QUAL É A SUA DIFICULDADE COM A LÍNGUA?

O QUE DISSERAM OUTROS SERVIDORES“Achei a eleição justa. Espero que as normativas a serem criadas sejam adequadas à realidade do serviço público e de nossa insti-tuição”.Silvio Bosco, agente administrativo PRU1

“Gostei do resultado. É importante ter um representante para manter a transparência na avaliação. Espero que eles opinem de forma justa e imparcial”.Gladston Mendes, datilógrafo SGCT/DCD – DF

“Acredito que os representantes sejam capacitados e estejam dispos-tos a representar bem as categorias, levando propostas que possam ajudar a aprimorar o trabalho, dando um retorno favorável à instituição e a todos os servidores”.Carla Marron, administradora PU/PA