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www.agua.org.br 2015 2 o trimestre #88 Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT Acesse o Água Viva online! Acesse www.agua.org.br ou posicione o seu leitor no QR-Code na figura ao lado: Bacias PCJ vão de cheias à escassez em apenas um ano e situações extremas são o novo desafio dos gestores PG 05, 06 E 07 ENTREVISTA Tarcísio Chiavegato fala sobre as novas experiências para a gestão das águas PG 10 EXEMPLO Dessalinização faz Israel superar crise hídrica e inspira soluções para as Bacias PCJ PG 11 ATRASO DAEE informa que cronograma de construção das barragens em Amparo e Pedreira vai atrasar PG 03 EXTREMOS

Água Viva (Abril, Maio e Junho) Edição n°88

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Bacias PCJ vão de cheias á escassez em apenas um ano e soluções extremas são o novo desafio dos gestores.

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Informativo Água Viva | Abril, maio e junho de 2015 | #88

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20152o trimestre

#88

Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT

Acesse o Água Viva online!Acesse www.agua.org.br ou posicione

o seu leitor no QR-Code na figura ao lado:

Bacias PCJ vão de cheias à escassez em apenas um ano e situações extremas são o novo desafio dos gestores PG 05, 06 E 07

ENTREVISTATarcísio Chiavegato fala sobre as novas experiências para a

gestão das águas PG 10

EXEMPLODessalinização faz Israel superar crise hídrica e inspira soluções para

as Bacias PCJ PG 11

ATRASODAEE informa que

cronograma de construção das barragens em Amparo e Pedreira vai atrasar PG 03

EXTREMOS

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PALAVRA DOPRESIDENTEQuando o Consórcio PCJ foi fundado em 1989, uma das gran-des inseguranças dos municípios associados era “Onde e co-mo obter água em quantidade e qualidade para o futuro”. Co-mo resposta, em parceria com o DAEE, foi possível a produ-ção de um importante documento, o “Plano Diretor para Cap-tação e produção de Água para Abastecimento dos Municí-pios Componentes das Bacias dos Rios Piracicaba e Capivari ou que delas dependam para seu Abastecimento”.

O estudo foi concluído em 1992 e até hoje é respeitado e utilizado pelas Concessionárias de Saneamento das Bacias PCJ. O documento apresentou pela primeira vez os índices de per-das existentes nos municípios estudados, além de ter a ousadia de propor uma metodologia para o cálculo do índice de perdas de água em sistemas públicos de distribuição.

O bem sucedido Plano Diretor abordou ainda a disponi-bilidade do aquífero subterrâneo nas bacias PCJ, tendo a co-ragem de apresentar um dado desanimador. Os 2.300 poços profundos levantados naquela época e explorados na Bacia do Rio Piracicaba mostraram uma vazão média de 3m³/hora. Ao mesmo tempo, o estudo sinalizava as potencialidades dos aquíferos “Cristalino, Tubarão e Botucatu”, desmistificando a potencialidade do aquífero Guarani, para a região, por exis-tir em área de recarga.

Durante a atual crise hídrica, o Consórcio PCJ, com o auxí-lio de parceiros, como a Câmara Técnica de Águas Subterrâneas dos Comitês PCJ, atualizou os estudos de 1992 “Sobre águas Sub-terrâneas”, e ofereceu subsídios técnicos para a tomada de de-cisão aos associados, principalmente ao para o setor industrial.

Já naquela época, o Plano Diretor propôs a construção de três grandes reservatórios Regionais (Amparo, Pedreira e Sal-to), que atualmente foram incorporados como prioritários pe-lo Plano das Bacias PCJ 2010/2020. O estimulo à construção de reservatórios municipais também havia sido alertado, em 1992.

Esse Plano do Consórcio PCJ sinalizou que em 2005 ocorre-ria o “Caos Qualitativo de Nossas Águas Disponíveis”, principal-mente dos cursos d’ água superficiais. A região levou a sério o recado. Correu atrás do prejuízo e ampliou significativamente o tratamento dos esgotos a fim de evitar tamanha crise.

Os eventos climáticos extremos confirmaram a veracida-de da visão futura que nosso Plano apresentou, em 1992. Pa-ra sairmos da atual crise hídrica teremos que exercitar as reco-mendações previstas dentro das disponibilidades de tecnolo-gias existentes. Diante disso, o Consórcio PCJ ousou, novamen-te, em falar em dessalinização. Agora, estamos juntos organi-zando a Comitiva Técnica para participar em outubro de 2015 da WATEC, em Israel, uma feira sobre novas tecnologias na ges-tão da água. Juntem-se a nós! Vamos ousar, criar, racionalizar e garantir a nossa sobrevivência e das futuras gerações. Obri-gado a todos pela solidariedade e confiança em nossa Entidade.

REINALDO NOGUEIRAPresidente Consório PCJ | Prefeito de Indaiatuba

PREFEITURAS CONSORCIADAS

EMPRESAS CONSORCIADAS

EXPEDIENTECONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍCNPJ nº 56.983.505/0001-78Entidade de Utilidade Pública (Lei Estadual nº 11.943/05 e Municipal nº 4.202/05)

CONSELHO DIRETOR: VICE-PRESIDENTE DE POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS: Pre-feito de Amparo - Luiz Oscar Vitali Jacob; VICE-PRESIDENTE DE PROGRAMAS DE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Prefeito de Pedreira - Carlos Evandro Pollo; VICE-PRE-

SIDENTE PARA ASSUNTOS INSTITUCIONAIS: Prefeito de Jaguariúna - Tarcísio Chia-vegato; VICE-PRESIDENTE DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: Prefeito de Rio Claro - Palmí-nio Altimari Filho; VICE-PRESIDENTE DE PROGRAMAS REGIONAIS: Prefeito de Nova Odessa - Benjamin Bill Viera de Souza; VICE-PRESIDENTE DE PROGRAMAS DE RE-

SÍDUOS SÓLIDOS: Prefeito de Hortolândia - Antonio Meira; VICE-PRESIDENTE DE

AMPLIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS: Prefeito de Atibaia - Saulo Pedroso; VICE-PRESIDENTE TECNOLOGIA E SISTEMAS DE GESTÃO: Odebrecht Ambiental - Ro-gerio Tadeu Sarro; VICE-PRESIDENTE PARA PROTEÇÃO AOS MANANCIAIS: Sabesp - Hélio Rubens Gonçalves Figueiredo; VICE PRESIDENTE DE SISTEMA DE MONITORA-

MENTO DAS ÁGUAS: SANASA Campinas - Arly de Lara Romeu.

CONSELHEIROS DAS PREFEITURAS MUNICIPAIS E EMPRESAS: Piracaia, Holambra, Louveira, Saltinho, Cordeirópolis, Americana, Piracicaba, Li-meira, Campinas, Rhodia, Arcelor Mittal, AmBev, Águas do Mirante e DAE Jundiaí.

AGENTES DE INTERLOCUÇÃO CONSULTIVA: Valinhos e Cosmópolis.

CONSELHO EDITORIAL: Francisco Carlos Castro Lahóz SECRETÁRIO EXE-

CUTIVO DO CONSORCIO PCJ; Jussara Cordeiro Santos SUBSECRETÁRIA EXECUTIVA

DO CONSÓRCIO PCJ; Andréa Borges GERENTE TÉCNICA; Vieira Junior TEXTOS e Murilo Ferreira de Sant’Anna JORNALISTA RESPONSÁVEL (MTB 56896)

Usina Costa Pinto Usina Santa Helena

Crescendo com a Crise Hídrica

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Cronograma inicial prevê conclusão no fim de 2018

Para o professor de sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (IBE-FGV), Luis Fernando Bueno, a demora deve preju-dicar a região. “Não tenha dúvida de que isso impacta de forma negativa na solu-ção dos problemas. Isso compromete to-da a região, que continua vivendo sob o

risco de parada da produção industrial, agrícola e de toda a já fragilizada eco-nomia. Se faltar água, pode ser que to-da essa situação, que já é extremamen-te complicada, fique pior, impactando in-clusive no preço dos produtos e aumen-tando a inflação”, avalia.

ATRASO

Ansiosamente esperadas, Barragens de Amparo e Pedreira vão atrasar

As construções das barragens no Rio Jaguari, em Pedreira (SP), e no Rio Camanducaia, em Am-paro  (SP), não devem come-

çar no período previsto pelo DAEE (De-partamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo). Em comunica-do oficial enviado de forma exclusiva ao Jornal Água Viva, o órgão informou que os projetos executivos para a constru-ção da barragem deverão estar concluí-dos até o final de agosto, o que já com-

promete o cronograma apresentado em março, durante a 73ª Reunião Plenária do Consórcio PCJ. Na ocasião, o Depar-tamento previa que as obras das bar-ragens se iniciariam no mês de agosto.

O DAEE informou, ainda, que no dia 03 de junho o órgão apresentou à CE-TESB o EIA-RIMA (Estudo de Impac-to Ambiental/Relatório de Impacto Am-biental), o que, juntamente com os pro-jetos executivos, tem consumido in-vestimentos na ordem de R$14,8 mi-lhões. Os valores totais para a cons-trução das barragens, antes orçadas em R$1 bilhão, também apresenta-ram mudanças. O órgão não informou um novo prazo para o início das obras.

R$ 1,2 BILHÃOé o novo custo da obra

Durante a apresentação do cronogra-ma inicial, em março, o DAEE informou que até a metade de 2015 teria finaliza-do os processos de licenciamento, lici-tação e desapropriações das áreas ne-cessárias para a construção das barra-gens. Com o início das obras em agos-to, elas seriam concluídas no início de 2018 e, no fim do mesmo ano, tam-bém seriam finalizadas as adutoras para levar a água das represas para os municípios. Durante reunião no dia 27 de agosto, da Câmara Técnica de Pla-no de Bacias, foi confirmado que o EIA/RIMA dos reservatórios foram enca-minhados para avaliação e aprovação dos Comitês PCJ, mas a região ainda vi-ve a incerteza do início da construção dessas importantes barragens.

67 MI DE M³/Sé a quantidade de água a mais que as bacias PCJ terão com as barragens

“Se faltar água, pode ser que toda essa situação, complicada, fique pior,”

Veja como as represas serão importantes para as Bacias PCJPedreiraRio Jaguari

Amparo/Duas PontesRio Camanducaia

1,8 KM2

3,93 KM2

50 METROS É a altura das barragens

40 METROS É a altura das barragens Área inundada

Área inundada 26 MILHÕES metros3 é a capacidade

41 MILHÕES metros3 é a capacidade

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BUSCA POR INVESTIMENTOS

Ministério das Cidades responde sobre projetos e desoneração fiscal nas Bacias PCJ

O Presidente do Consórcio PCJ e prefeito de Indaiatu-ba (SP), Reinaldo Nogueira, recebeu no dia 20 de ju-lho um ofício do Secretário Nacional de Saneamen-to Ambiental, Paulo Ferreira, respondendo à solici-

tação dos recursos para as ações anticrise, apresentadas ao Mi-nistro Gilberto Kassab durante a 75ª Reunião Ordinária da enti-dade. Ferreira informou que as 22 ações necessitam de aprova-ção do Conselho Monetário Nacional (CMN) para operações de crédito, contratos de financiamento e de autorização de projeto seletivo, mas que não há processos em curso. Ele destacou que já estão sendo investidos R$2,64 bi nas bacias PCJ e que “os em-preendimentos contribuirão para a melhoria do saneamento”.

SERVIÇOS DE ÁGUAFerreira descartou a desoneração fiscal “em função da atual con-juntura econômica do país”. Sobre a solicitação conjunta Consór-cio PCJ e ARES-PCJ para a criação de programa de financiamen-to de ações e socorro dos serviços, intitulado PROÁGUA, Ferreira disse que existem linhas de crédito disponíveis no Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que “há a necessidade de autorização de limite de contratação de financia-mentos pelo CMN e da Coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para novos processos seletivos”.

REPRESENTATIVIDADE

Consórcio PCJ é eleito titular do CNRH

SAIBA MAISPresidido pela Ministra do Meio Ambiente, o CNRH é a instância mais alta na hierarquia do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, instituído pela Lei nº 9.433, de 1997. O colegiado desenvolve regras de mediação entre os diversos usuários da água, sendo um dos grandes responsáveis pela implantação da gestão dos recursos hídricos no território nacional.Com 57 conselheiros com mandato de três anos, ele é composto por representantes de Ministérios e Secretarias Especiais da Presidência da República, Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, usuários e representantes de organizações civis de recursos hídricos.

O Consórcio PCJ foi novamente eleito por unanimida-de para ser entidade conselheira titular do CNRH (Con-selho Nacional de Recursos Hídricos). A indicação foi feita no dia 12 de maio, durante a Assembleia do Con-selho, realizada em Brasília (DF), com membros do segmento dos Comitês, Consórcios e Associações In-termunicipais de Bacias Hidrográficas.

A posse dos conselheiros deve acontecer ainda em 2015, em reunião a ser agendada pelo CNRH. Abaixo, confira a distribuição das representatividades:

CONSELHEIROS:CONSÓRCIO E ASSOCIAÇÕES INTERMUNICIPAIS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS:

COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS:

TITULAR: Consórcio PCJ

TITULAR:Comitê de

Gerenciamento da Bacia Hidrográfica

do Rio Gravataí;

1º Suplente: CIBAPAR

1º Suplente: CBH – Pardo

2º Suplente: CILSJ

2º Suplente: Comitês PCJ

10 RESERVATÓRIOSé uma das iniciativas previstas nos projetos para resolver a crise hídrica na região

O Ministro Gilberto Kassab e o Presidente do Consórcio PCJ e prefeito de Indaiatuba (SP), Reinaldo Nogueira

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“Nós temos vivido de enxurrada. Quando chove, faz aquela cena bonita, mas bastam alguns dias de sol para que as pedras voltem a aparecer”, comenta Luiz Fernando Magossi, proprietário de uma em-

presa que realiza passeios de barco na Rua do Porto, às margens do Rio Piracicaba. A cena tem sido comum. Bas-tam alguns dias sem chuva para que o Rio Piracicaba, um dos principais do interior de São Paulo, apresente níveis crí-ticos de disponibilidade hídrica. Ao final do mês de junho de 2015, por exemplo, o rio registrava 22,1 metros cúbicos por segundo, bem abaixo da vazão média para o mês, de 93,3 m3/s, segundo a rede de telemetria dos Comitês PCJ. Nes-

sas condições, o índice estava 75% abaixo do esperado pa-ra o período, sendo menor, inclusive, do que os 22,4 metros cúbicos por segundos registrados no mesmo período do ano passado, marca mais baixa em 30 anos. Na época mais seca do ano, em agosto, o rio costumava a apresentar vazões de, no mínimo, 40 m³/s, mas no mesmo mês de 2014 ele atin-giu a incrível marca de 4 m³/s, a menor vazão já registrada.

Entre garças que passeiam espaçosas pelas pedras e ilhas no meio do manancial, o Rio Piracicaba é apenas uma parte da pior e mais longa estiagem da região. Em geral, as bacias PCJ vi-ram a palavra “Racionamento” substituir a já conhecida expres-são “consumo consciente” diante da urgência das necessidades.

...ou inundados?Com sede...

Como vamos viver:MATÉRIA DE CAPA

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Economia afetadaSentado à frente da direção do barco e à es-pera de clientes, o proprietário da empresa que oferece passeios de barco às margens do Rio Piracicaba, Luiz Fernando Magossi, é um dos milhares de piracicabanos que per-ceberam a mudança que o rio vem sofren-do. Ele, que trabalha e vive das águas há quase três décadas, conta que até mesmo o movimento da Rua do Porto é afetado dian-te de tamanha seca. “Quando o rio está bem, chego a levar 600 pessoas para passear por dia. Do jeito que está não passo de 100. No ano passado, fiquei oito meses sem traba-lhar, pois não havia condições de navega-ção”, conta. “Nessa situação, tenho que ficar inventando trajetos para não raspar o fundo do barco nas pedras”, relata.

Responsável por um dos maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do Brasil, as Ba-cias PCJ podem ver a sua economia en-

trar em colapso caso nada seja feito. “O impacto vai ser e já tem sido diferente pa-ra cada setor. Como pode uma indústria têxtil, por exemplo, produzir sem água? Os custos da água e da energia elétrica, dois recursos básicos para qualquer ativi-dade econômica, tem subido na mesma proporção da sua falta, que é enorme, e isso já representa um impacto conside-rável. A grande chave está em criar me-canismos que deem mais opções para abastecimento e não a dependência de uma fonte única”, avalia o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (IBE-FGV), Paulo Grandi.

O professor ainda alerta: se nada for feito, o impacto sobre a economia da re-gião e do país poderá ser ainda maior.

“Esse temor pela falta de água e de recur-sos básicos pode afastar empresas que pensam em se instalar ou expandir as suas plantas na região”, alerta.

“ESSE TEMOR PELA FALTA DE ÁGUA E DE RECURSOS BÁSICOS PODE AFASTAR EMPRESAS”

Paulo Grandi, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas

Pouca água, muitos problemasEm 2015, o Consórcio PCJ atualizou um es-tudo que constatou que as bacias PCJ mar-cam uma disponibilidade hídrica do mes-mo patamar de países do Oriente Médio. O Rio Atibaia, por exemplo, já marcou, nas captações de Valinhos e Campinas, vazões de 3 m³/s, quando o natural seria 15 m³/s.

A vida também sofreu. Segundo a CE-TESB, em 2014, os rios da região foram responsáveis por 23,5% dos casos de

mortes de peixes no estado. Os ma-nanciais da região de Campinas (SP) e Piracicaba (SP) tiveram 50 registros de mortandade durante o ano passa-do, enquanto o estado teve 213. O nú-mero de casos de morte de peixes na-quele ano foi o maior dos últimos cin-co anos, o que equivale a um cresci-mento de 72%, e a principal razão pa-ra o aumento é baixa vazão da água.

Situações extremas vão aumentarEntre 2009 e 2013, o estado viveu uma situação contrária: chuvas até 30% aci-ma da média e os reservatórios trans-bordando. Contudo, após o verão de 2013, tido o mais quente e seco em 70 anos, o nível do Sistema Cantareira chegou ao seu esgotamento, fazendo com que o Volume Morto fosse aciona-do. O alerta de emergência veio em de-zembro daquele ano, com chuvas 72% abaixo do normal e, em janeiro e feve-reiro de 2014, com a média 66% menor, foi constatada a maior e mais longa es-tiagem já registrada.

No fim de 2014, após muita ten-são, os níveis de chuvas voltaram a subir. “Contudo, o déficit é tão gran-de que será preciso anos para a recu-peração”, explica a diretora associada do Cepagri (Centro de Pesquisas Me-teorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), Ana Maria de Ávila.

“Não é possível afirmar quando esse ciclo vai terminar. Por isso, é importante um planejamento que englobe um forte gerenciamento para enfrentar a abundância e a es-tiagem”, aponta.

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MATÉRIA DE CAPA

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Consórcio PJC prepara municípios para situações extremas

SE A TEORIA ESTIVER CORRETA, PRECIPITAÇÕES PODEM VIR ACIMA DA MÉDIA NO FINAL DO ANO.

PARA TER ACESSO AO DOCUMENTO NA ÍNTEGRA, POSICIONE O LEITOR DE QR-CODE DE SEU CELULAR SOBRE A FIGURA AO LADO:

Comportamento do sol pode explicar secas Os raios solares podem causar mudan-ças climáticas na Terra através do Ciclo de Gleissberg, que prevê um período de atividade solar mais fraca a cada século, chamado de Mínimo de Maunder, oca-sionando, entre outros impactos, a ocor-rência de secas na Terra. Essa teoria está sendo estudado pelo Professor e Doutor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antônio Carlos Zuffo, para ex-plicar porque as bacias PCJ estão vivendo a pior estiagem já registrada.

Zuffo acredita que o sol também po-de intervir nas precipitações. Deste modo, as secas podem variar de oito a 13 anos,

so país. Quando as águas do Pacífico es-tão frias, secas são mais recorrentes em nossa região, já quando estão quentes, chuvas costumam ocorrer em maior in-tensidade”, explica.

Atualmente, as águas do Pacífico es-tão passando pelo “El Niño”e estão se aquecendo. De acordo com Zuffo, as pre-cipitações no final do ano, mesmo sem garantias, podem vir acima da média de-vido a esse fenômeno. Se a teoria estiver certa, será possível ampliar o debate para além da renovação da outorga do Canta-reira, discutindo a aplicação dessas ideias nos Planos de Bacias.

respeitando o ciclo solar. “Se as nuvens de baixa altitude influenciam a tempera-tura no globo, pode-se estabelecer uma conexão com o aquecimento e resfria-mento das águas do Oceano Pacífico, fe-nômenos conhecidos pelo nome “El Niño” e “La Niña”, que alteram o clima em nos-

Modelo francês pode servir de inspiraçãoO Consórcio PCJ recebeu entre os dias 16 e 17 de junho a visita de comitiva da Agência de Água Loi-re Bretagne, do Escritório Interna-cional da Água e de representantes dos Comitês de Bacias Hidrográfi-cas do Rio Grande do Sul, para fa-lar a respeito da crise hídrica nas bacias PCJ. No encontro, o chefe de projetos da Agência francesa, Her-vé Gilliard, apresentou as ações de contingenciamento para enfrenta-mento de crises hídricas no país, o que já inspira iniciativas na região.

O representante no Brasil do Es-critório Internacional da Água, o fran-cês Patrick Laigneau, lembrou que o Consórcio PCJ, em parceria com a Agência Loire-Bretagne, foi um dos pioneiros no sistema de gestão dos recursos hídricos no país. Como pró-ximo passo da parceria Consórcio PCJ/França, está sendo discutida a elaboração de um manual de instru-ções aos comitês de bacias para a ins-talação da agência de água e dos ins-trumentos de gestão previstos na Po-lítica Nacional de Recursos Hídricos.

O Consórcio PCJ, em parceria com a Pe-trobras/REPLAN, promoveu entre 2014 e 2015 quatro encontros para discutir os

“Eventos Hidrológicos Extremos”. O en-cerramento do ciclo de debates aconte-ceu no dia 25 de junho, quando repre-sentantes dos municípios, sociedade civil e entidades ligadas ao setor de recursos hídricos e meio ambiente elaboraram um documento intitulado “Os Caminhos e Soluções para a Questão dos Eventos Hidrológicos Extremos”.

No documento editado, foram esta-belecidas metas prioritárias para ameni-zar a crise, com o tratamento de 100% do esgoto e estudos para ampliação da oferta hídrica.

FOTOS: DEL RODRIGUES

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O Consórcio PCJ participou no dia 25 de junho do “Encontro Internacio-nal de Cooperação para uma Gestão Sustentável dos Recursos Hídri-cos”, em Rosario, na Argentina. Na ocasião, foi assinada a parceria da entidade para tornar-se membro do Observatório Regional da Água, organizado pelo governo da Província de Santa Fé. A iniciativa faz parte de um acordo firmado entre os argentinos e o Consórcio PCJ em 2014.

Pelo Consórcio PCJ, estiveram presentes o secretário executivo, Francisco Lahóz, e o gerente de comunicação e sensibilização, Muri-lo Sant’Anna, que, na ocasião, representaram o Presidente da entida-de, Reinaldo Nogueira. “Viemos compartilhar e aprender, pois vemos o intercâmbio como forma de aprimorar a gestão da água no mun-do”, comentou Lahóz.

NA ARGENTINA

Consórcio PCJ torna-se membro do Observatório Regional da Água da Província de Santa Fé

DESSALINIZAÇÃO

Israel produz 624 mil m³ de água por dia

A maior usina de dessalinização por osmose reversa do mundo, a Soreq, será visitada pela Co-mitiva do Consórcio PCJ duran-

te a participação na WATEC – Israel 2015 (Conferência Internacional sobre Tecno-logias da Água e Controle Ambiental), no dia 15 de outubro.

A ideia de Israel em criar usinas para transformar a água do mar em água do-ce teve início em 2001. A busca por segu-rança hídrica levou o governo do país, em 2011, a investir US$ 500 milhões para er-guer a Soreq e aumentar a quantidade de água doce para abastecimento captando água do Mar Mediterrâneo. “Foi um pe-ríodo muito crítico. Simplesmente não

Comitiva Consórcio PCJ Watec Israel 2015A comitiva do Consórcio PCJ ficará em Israel do dia 10 a 17 de outu-bro. Além de visitar a Feira WATEC e a Usina Soreq, os participantes conhecerão o Reservatório Eshkol, a ETA de Mekorot, a ETE Shafdan, agriculturas irrigadas com água de reuso e por gotejamento, e o Servi-ço de Abastecimento de Jerusalém. Israel ganhou enorme experiência por ter desenvolvido soluções úni-cas em áreas como a Gestão da Água, Águas Residuais, Tratamen-to, Dessalinização, Segurança e Irri-gação por Gotejamento. São essas experiências que o Consórcio PCJ quer buscar com a comitiva.

Os interessados em participar da comitiva devem entrar em con-tato com o Sr. Fernando Mene-zes, através do email [email protected] e telefone (11) 5087-3455 ou com Ana Claudia pe-lo email [email protected] e telefone (11) 3095-3111. Em caso de dúvidas, ligue para (19) 3475 9400 ou envie um e-mail para [email protected].

havia água em Israel”, afirma o cônsul is-raelense, Boaz Albaranes.

Mesmo com 60% de seu território for-mado por desertos, Israel produz, por ano, mais de dois “Cantareiras”, totalizan-do 2,2 trilhões de litros de água frente aos 900 bilhões das barragens brasileiras. Iniciativas como essa fizeram com que o país saísse da crise hídrica em 10 anos.

Localizada a 15 quilômetros ao sul de Tel Aviv, Soreq produz 624.000 m³ por dia de água doce, o que representa 7,23 m³/s, suficientes para abastecer uma cidade com população de mais de 2 milhões de habitantes. Como Israel possui oito mi-lhões de habitantes, Sorek abastece ¼ da população do país.

Pablo Storani, Francisco Lahóz, e o Ministro de Águas, Serviços Públicos e Meio Ambiente, Antonio Ciancio, assinam cooperação entre Consórcio PCJ e Provincia de Santa Fé

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A Goodyear, multinacional do setor de pneus, é a nova empresa asso-ciada ao Consórcio PCJ. A corpora-ção, que possui unidade fabril em Americana desde 1973, chega para ser a 32ª empresa parceira da en-tidade na luta pela preservação do meio ambiente e dos recursos hídri-cos nas Bacias PCJ.

A Goodyear é uma das maiores fa-bricantes de pneus do mundo e está presente no Brasil há 96 anos. A em-presa emprega em torno de 67 mil pessoas em 53 instalações espalha-das por 22 países.

No Brasil, a companhia tem três unidades industriais: a fábrica na ci-dade de Americana (SP), que come-mora 42 anos em 2015, a unidade de materiais de recapagem na cida-de de Santa Bárbara d’Oeste (SP) e de pneus para aviação no bairro do Be-lenzinho - São Paulo (SP). Além disso, a empresa conta uma rede de 150 re-vendedores oficiais e cerca de 1.000 pontos de venda em todo o país.

De acordo com a coordenadora de Relações Institucionais da Good-year, Maria Tereza Meireles, a possi-bilidade da troca de experiências com municípios, organizações e com o próprio Consórcio PCJ é algo que de-ve enriquecer o trabalho da empresa.

“A preocupação com o uso consciente dos recursos hídricos é algo que sem-pre fez parte do nosso modelo de operação. A associação ao Consórcio PCJ está em linha com as nossas prá-ticas e reforça o nosso compromisso com a sustentabilidade.

32ª PARCEIRA

Goodyear é a nova empresa associada ao Consórcio PCJ

Após instalar um sistema de coleta de água de chuva no Prédio Administrati-vo, a empresa consorciada ArcelorMit-tal reduziu seu consumo de água po-tável proveniente da rede pública. Até o momento, foram coletados 81 m³ de água de chuva, o equivalente a 81.000 li-tros. O projeto considerou dados como o consumo médio diário nas bacias sa-nitárias, precipitação média mensal em Piracicaba e área de captação do telha-do, entre outros. A Unidade implantou sistemas de tratamento das águas plu-

viais de acordo com as normas de reu-so, tanque de armazenamento e bom-bas automatizadas.

ENERGIA LIMPA ABASTECE A USINAOutro importante projeto implantado na empresa foi a instalação do sistema de aquecimento solar nos vestiários, com o intuito de reduzir o consumo de gás na-tural para o aquecimento da água. En-tre as principais vantagens da utilização da energia solar, destaca-se o fato de ser uma forma de energia renovável e limpa.

JAGUARIÚNA

Programa da prefeitura faz recuperação em áreas ruraisProteger hoje para garantir o amanhã. É com esse pensamento que o município consorciado de Jaguariúna (SP) lançou neste ano o Programa Bacias Jaguariúna, que possui o objetivo de implantar ações para a conservação e recuperação dos mananciais na cidade.

Em 2014, Jaguariúna foi habilitada em 4º lugar entre os 101 municípios de todo o Brasil que enviaram propostas de proje-tos no âmbito do Programa Produtor de Águas. O resultado foi divulgado pela Su-perintendência de Implementação de Pro-

gramas e Projetos da Agência Nacional de Águas (ANA), que destinou verba de R$ 700 mil para aplicação no Programa.

A adesão é voluntária e os proprietá-rios rurais que fizerem parte do proje-to receberão apoio financeiro do Municí-pio através de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), previstos em Acordo de Cooperação a ser firmado entre as partes.

“Esse trabalho vem ao encontro da neces-sidade de união de forças para enfrentar-mos o problema da crise hídrica”, aponta o prefeito de Jaguariúna, Tarcisio Chiavegato.

Prefeito de Jaguariúna, Tarcísio Chiavegato, discursa durante o lançamento do projeto

ALTERNATIVAS

ArcelorMittal investe em sistemas de água e energia

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Informativo Água Viva | Abril, maio e junho de 2015 | #88

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Tarcisio Cleto Chiavegato é o úni-co prefeito fundador do Consór-cio PCJ cumprindo mandato na atualidade. Ele está pela quar-

ta vez à frente da prefeitura de Jagua-riúna (SP), sendo uma como vice-prefei-to e outras três como chefe do executi-vo. Formado em técnico em contabilida-de e em transações imobiliárias, esteve presente à fundação da entidade em 13 de outubro de 1989, no Teatro Municipal de Americana (SP). Atualmente, o prefei-to ocupa a vice-presidência para Assun-tos Institucionais na entidade e, na entre-vista ao Água Viva, destaca a importân-cia de se buscar novas experiências para melhorar a gestão das águas

ÁGUA VIVA O Consórcio PCJ tem buscado a experiência de países áridos para en-frentar a crise da água. Como o senhor avalia essa empreitada?TARCÍSIO CHIAVEGATO Em outubro deste ano, o Consórcio PCJ estará presente na WATEC (Water Technology and Environ-mental Control Exhibition & Conference), uma das maiores feiras de tecnologia de água do mundo, que será realizada em Israel, que é um país referência quando o assunto é gestão de recursos hídricos. Os israelenses investem em pesquisas científicas e tecnológicas para explora-ção mais eficiente deste recurso. Ao en-

frentar e superar décadas de escassez de água, o país ganhou enorme experiência por ter desenvolvido soluções únicas em áreas como gestão da água, águas resi-duais, tratamento de água, dessaliniza-ção da água, segurança da água e irriga-ção por gotejamento. Para nós, brasilei-ros, que vivemos num período de escas-sez da água, é uma excelente oportuni-dade para encontrarmos alternativas no enfrentamento da crise hídrica.

AV O Consórcio PCJ firmou acordo de Cooperação com o Governo da Província de Santa Fé, na Argentina. Recentemente, tornou-se membro do “Observatorio Re-gional Del Agua” daquele país. O que se pode esperar dessas parcerias?CHIAVEGATO O ingresso da entidade ao Observatorio Regional Del Agua é de muita importância para nossa região, pois é um espaço de debate sobre a gestão de recur-sos hídricos. É importante salientar que o Consórcio PCJ sempre está buscando o in-tercâmbio de informações como forma de aprimorar a gestão. A crise hídrica vivida em nossa região gerou experiências que podemos compartilhar com outros países, a fim de contribuirmos também para o ge-renciamento de gestão de água.

AV Em sua opinião, quais temas devem ser priorizados na busca por parceiros in-

ternacionais para a construção de solu-ções para as Bacias PCJ?CHIAVEGATO O Consórcio PCJ é uma re-ferência quando o assunto é preservação de recursos hídricos não só para a região como para todo o Brasil. Quanto mais co-nhecimento de outras realidades bem su-cedidas, mais são as chances de encon-trarmos alternativas para a preservação da água nas Bacias PCJ. Os temas de ex-trema importância e preocupação, a meu ver, são sistemas de reuso, tratamento da água e combate ao desperdício.

AV De que forma a articulação entre os municípios pode ser melhorada visando à preparação para os eventos extremos?CHIAVEGATO O Consórcio PCJ busca so-luções entre os municípios para preser-vação, tratamento e abastecimento de água à população. É importante incen-tivarmos a difusão e troca de experiên-cias para aprimoramos o nosso sistema de gestão da água, que devem levar em conta de agora em diante ferramentas e mecanismos de prevenção e contingen-ciamento às ocorrências climáticas extre-mas. Meteorologistas e especialistas so-bre o clima atentam que esses fenôme-nos climáticos se intensificarão nos pró-ximos anos, o que nos força a aprender a trabalhar com a instabilidade para pro-ver a sustentabilidade hídrica futura.

TARCISIO CLETO CHIAVEGATO

Em busca de alternativas para enfrentara crise hídrica em terras estrangeiras

O CONSÓRCIO PCJ SEMPRE ESTÁ BUSCANDO O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES COMO FORMA DE APRIMORAR A GESTÃO”

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ACONTECEU PCJCONSÓRCIO PCJ COMEMORA O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTEEm comemoração ao Dia Mun-dial do Meio Ambiente, os profis-sionais do Consórcio PCJ e repre-

sentantes do município de Americana, através do DAE e da Secretaria de Meio Ambiente, fizeram o plantio de um Ipê branco na sede da entidade. O resultado foi mais uma contribuição para um trabalho de reflorestamento realizado pela entidade há 10 anos em sua sede.

DOAÇÃO DE MATERIAIS SANTA BÁRBARA D’OESTEO Consórcio PCJ realizou entre os dias 25/05 e 04/06, uma ação que buscou sensibilizar os alunos da rede pública de Santa Bárbara d’Oeste com relação ao meio ambiente. Di-versas atividades foram trabalhadas com os estudantes, que aprenderam a respeito da importância da preservação. Eles ganharam do Consórcio PCJ as gotas da campanha “E se essa fosse a última gota?”, além de jogos com a temática.

MUDAS PARA A VALEOEntre os dias 8 e 12 de junho, o Consórcio PCJ realizou a distribuição de mudas de diversas espécies nativas para os funcionários da em-presa consorciada Valeo. A ação, que comemorava o Dia do Meio Ambiente, sensibilizou os funcionários sobre a questão ambiental.

CONSÓRCIO PCJ FAZ INAUGURAÇÕES EM SUA SEDENo dia 03 de junho, o Consórcio PCJ inau-gurou seu novo estacionamento, chama-do “Alameda Rio de Pedras”. Com capacida-de para estacionar até 60 automóveis, o lo-cal conta, ainda, com a “Praça dos Ipês Bran-cos”. A inauguração contou com as presen-ças do secretário de meio ambiente do mu-nicípio de Americana, Adriano Alvarenga Ca-margo Neves, que na ocasião representou o prefeito municipal, Omar Najar, do diretor geral do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Leandro Zanini Santos, do secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, e demais funcionários da entidade.

DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS RHODIAEntre os dias 20 e 26 de maio, a empresa consorciada Rhodia fez a sua SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes). No evento, foram montados estandes que abordaram temas como a água. O Consórcio PCJ, em parceria com a Solam – Solu-ções Ambientais, distribuiu redutores de vazão, ímãs e réguas educativas, além de disponibilizar a sua maquete sobre uso e ocupação do solo. A iniciativa atingiu cerca de 3 mil funcionários.

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ASSESSORIA LINGUÍSTICA

Parabéns Consórcio PCJ, sociedade civil sempre atenta à qualidade das águas das Bacias PCJ.RICARDO LEÃO SCHIMIDT

ÁGUAS DO BRASILEm junho, o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Carlos Lahóz, teve sua matéria publicada na revista Águas do Brasil sobre o valor da água.

@VIEIRAJUNIOR2 

@consorcio_pcj Compartilhando com VOCÊS: A DEVASTAÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL migre.me/rfZSq

@MADEINFOREST Notícias Sustentáveis de hoje migre.me/rg0p2 grato ao @consorcio_pcj

@TIAGORDEGASPERI Chuva abençoada em Limeira... :) @consorcio_pcj #chuva #água

@PORTALNAMU 

@consorcio_pcj Um baita calor aqui em Sampa!

JORNAL DA EPTV - 2 EDIÇÃOO estudo do Consórcio PCJ sobre a disponibilidade hídrica de Campinas ser compatível a alguns países do Oriente Médio foi destaque na reportagem feita pela EPTV Campinas. A Gerente Técnica Andréa Borges foi a entrevistada.

ESTADÃO O Consórcio PCJ foi destaque no site do Estadão após a 75° Reunião Ordinária do Conselho de Associados da entidade, em Americana (SP).

FOLHA DE S.PAULOO racionamento de água foi o tema da reportagem feita pela Folha de S.Paulo em que o Consórcio PCJ foi fonte de informação.

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