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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÀO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL APROVADA NOTA: 8,5 RAMO IMOBILIÁRIO: UM ESTUDO DE CASO DE INVESTIMENTO CONSIDERADO RENTÁVEL Dorval Alberto Carra [email protected] Professor Ilso Fernandes do Carmo ARIPUANÃ/2015

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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÀO DO VALE

DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL

APROVADA

NOTA: 8,5

RAMO IMOBILIÁRIO: UM ESTUDO DE CASO DE INVESTIMENTO

CONSIDERADO RENTÁVEL

Dorval Alberto Carra

[email protected]

Professor Ilso Fernandes do Carmo

ARIPUANÃ/2015

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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÀO DO VALE

DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL

RAMO IMOBILIÁRIO: UM ESTUDO DE CASO DE INVESTIMENTO

CONSIDERADO RENTÁVEL

Dorval Alberto Carra

[email protected]

Professor Ilso Fernandes do Carmo

“Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Gestão Empresarial com Ênfase em Pequenas e Médias Empresas.”

ARIPUANÃ/2015

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me guiar nesse certame. Sem a presença dele em

minha vida, nada seria possivel alcançar.

À minha esposa e minhas filhas pelo incentivo, compreensão e afeto. Graças

a vocês considero-me vitorioso.

Aos colegas e professores do curso, pelos momentos de aprendizado e

respeito com que conduziram este período de estudo, minha gratidão.

Enfim, a todos aqueles que estimularam quantos partilharam conosco os

momentos de alegria e de angústia nessa jornada.

A todos o nosso muito obrigado.

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RESUMO

Mostrar a importância da escolha do ramo e do ato de planejar a

materialização de uma ideia de um empreendedor bem sucedido com a escolha do

ramo imobiliário. Em relação à metodologia, quanto aos fins da pesquisa, ela é

descritiva. Quanto aos meios, ela é bibliográfica e levantamento de dados com

entrevista, um estudo de caso, baseada no raciocínio indutivo. O estudo em pauta

foi realizado com o proprietário da Central Imobiliária de Aripuanã/MT, um

empreendimento do ramo imobiliário. Para o desenvolvimento do estudo, foi

importante rever as principais Teorias que orientam a Ciência da Administração das

organizações durante o século XX, assim como um breve levantamento bibliográfico

sobre o a administração empresarial na Era da Informação e do conhecimento, com

destaque para a elaboração do planejamento estratégico. Apresenta também, uma

breve abordagem sobre o ramo imobiliário: um setor econômico promissor no Brasil

na atualidade. Finalmente o estudo converge para uma análise dos dados a

apresentados pelo proprietário da Empresa estudada.

Palavras-chaves: Administração. Conhecimento. Empreendedor. Planejamento

estratégico.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................... 05

CAPITULO I - ADMINISTRAÇÃO SEGUNDO AS TEORIAS CIENTIFICAS......... 07

1.1. Teoria Clássica em Administração................................................................... 07

1.2. Teoria das Relações Humanas........................................................................ 08

1.3. Teoria Neoclássica da Administração.............................................................. 10

1.4. Teoria da Burocracia........................................................................................ 11

1.5. Teoria Estruturalista......................................................................................... 12

1.6. Teoria Comportamental ................................................................................... 14

1.7. Teoria dos Sistemas........................................................................................ 15

1.8. Teoria da Contingência.................................................................................... 17

CAPITULO II - A ADMINISTRAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO

E DO CONHECIMENTO....................................................................................... 18

2.1. Planejamento Estratégico............................................................................... 20

CAPITULO III - EMPREENDEDORISMO IMOBILIÁRIO: UM RAMO

CONSIDERADO RENTÁVEL............................................................................... 22

3.1. Palavras e experiências de quem entende do ramo....................................... 22

3.1.1 Análise do Cliente Potencial......................................................................... 28

3.1.2. Como competir no Mercado........................................................................ 28

3.1.3. Como definir os Valores da Locação........................................................... 29

3.1.4. Agregando valores e análise competitiva.................................................... 30

3.1.5. O Marketing do Produto Ofertado................................................................ 30

3.2. Uma Análise Financeira.................................................................................. 32

CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 34

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 36

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INTRODUÇÃO

Com o advento da Globalização, associado à crescente competitividade em

todos os ramos da economia, e à era do conhecimento, as organizações mais

competitivas tem sido aquelas que compreenderam a importância de terem um

diferencial de seus produtos e serviços para manterem-se ativas no mercado. Diante

das incertezas produzidas pela inconstância da economia, é necessário que os

gestores de empresas redobrem seus cuidados na hora de escolherem o ramo

econômico em que pretendem ingressar.

Como o conhecimento empírico não é suficiente para explicar os fenômenos

que acontecem dentro do contexto empresarial, procuramos conhecer as Teorias

Científicas para compreender como vem sendo compreendido esse processo na

atualidade. No século XX, várias foram as Teorias desenvolvidas para explicar a

dinâmica e as transformações do mundo empresarial. As imensas transformações

por que passou essa Ciência a partir da segunda metade do século passado,

principalmente a partir da década e 1970, acompanha a dinâmica de transformações

em todas as esferas: politica, social, econômica, cultural da humanidade.

Na Era da informação, também conhecida como Revolução da Informação, o

capital financeiro cede espaço ao capital intelectual. Nesse novo modelo de

sociedade, a característica marcante dentro das empresas está relacionada ao

conhecimento e à capacidade da administração em conduzir os objetivos e metas da

empresa, uma vez que a nova economia vem se transformando rapidamente,

tornando obsoletos os modelos de gestão praticados até então. De acordo com

CHIAVENATO (2003, p. 492), “Modernamente a ciência está aceitando a

inexorabilidade da incerteza. Hoje, o objetivo final do conhecimento já não reside em

desvendar os segredos do mundo, mas o de propor dialogar-se com esse mundo.”

Para compreender a importância da Ciência da Administração, foram

consultadas as principais Teorias Científicas, desenvolvidas no século passado,

desde a Teoria Clássica da Administração, Teoria das Relações Humanas, Teoria

Neoclássica da Administração, Teoria da Burocracia, Teoria Estruturalista, Teoria

Comportamental, Teoria dos Sistemas e Teoria da Contingência, para conhecer as

principais características de cada uma delas.

Foi dedicado um capítulo à Administração de uma empresa e seu papel para

o bom desenvolvimento das ações e melhor desempeno desta diante das incertezas

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e instabilidades advindas da transitoriedade da sociedade do século XXI. Isso pode

ser visto em BORGES (2011, p. 4), em que o autor aponta que “a Administração é

imprescindível para a existência, sobrevivência e sucesso das organizações.” O

gestor de uma empresa deve ser um líder capaz de conduzir seus comandados sem

perder de vista que há uma interdependência entre estes e a empresa, na medida

em que um não pode existir sem o outro.

Com a economia cada vez mais diversificada, o ramo imobiliário vem

crescendo de maneira significativa em todo o território nacional. Torna-se, portanto

um setor muito importante por gerar empregos e rendas, mobilizando pessoas e

recursos financeiros de grande montante nos mais diversos setores da construção

civil. Um destaque para este ramo da economia é que ele está associado e

integrado ao desenvolvimento do espaço urbano das cidades. Portanto, o

desenvolvimento deste tem relação direta com o desenvolvimento da economia

urbana.

Com base nessas afirmações, o estudo de caso aqui apresentado aponta

para o sucesso de um empreendimento em que o gestor planeja adequadamente a

aplicação dos recursos e atende a todas as normas para bem administrar o seu

empreendimento.

Para melhor compreender a pesquisa aqui delineada, ela foi dividida em três

capítulos. O Primeiro Capítulo destina-se ao estudo das Teorias Científicas da

Ciência da Administração; O Segundo Capítulo traz uma abordagem sobre a

Administração na era da Informação e do Conhecimento; No Terceiro Capítulo

aparece um estudo de caso Empreendedorismo Imobiliário: um Ramo Considerado

Rentável.

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CAPITULO I

ADMINISTRAÇÃO SEGUNDO AS TEORIAS CIENTIFICAS

Neste capítulo será abordado sobre as principais teorias cientificas da

administração como forma de compreender a Administração empresarial e seus

desdobramentos no atual contexto, ante a globalização da economia, compreendida

como a “Era da velocidade e da Informação”.

No século XX trouxe houve uma grande contribuição das Ciências da

Administração com a criação de Teorias Administrativas que em muito contribuíram

para o desempenho e desenvolvimento organizacional entre as quais as mais

importantes de acordo com CHIAVENATO (2003) apud CARVALHO (2008, p. 22),

estão:

1916 – Teoria Clássica da Administração;

1932 – Teoria das Relações Humanas;

1954 – Teoria Neoclássica da Administração;

1909 – Teoria da Burocracia;

1947 – Teoria Estruturalista;

1957 – Teoria Comportamental.

1951 – Teoria dos Sistemas.

1972 – Teoria da Contingência

Ao longo deste capítulo será apresentada uma breve abordagem sobre

essas teorias.

1.1. TEORIA CLÁSSICA EM ADMINISTRAÇÃO

Essa Teoria foi desenvolvida no inicio do século XX ante à desordem no

sistema produtivo, advinda da Revolução Industrial com acelerado e desorganizado

crescimento na produção, o que fez com que as empresas tivessem um

crescimento desorganizado. Nessas condições era preciso “aumentar a produção de

bens, reduzindo a imprevisão, melhorando a eficiência e aumentando a

Competitividade.” CARVALHO (2008, p. 24).

Há pontos divergentes entre Fayol e Taylor em relação à Administração de

uma empresa. Enquanto Fayol enfatiza a análise da estrutura da empresa em ordem

decrescente (de cima para baixo) e tem uma visão volta ao gerenciamento com foco

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nos resultados finais da produção, Taylor enfoca a produção e no operário com a

finalidade de obter resultados quantitativos na produção (VAROLLO (2011).

Para CARVALHO (2008) a teoria Clássica tem como principais

representantes:

- Frederick Winslow Taylor fundador da Teoria Científica;

- Henry Ford Foi um dos responsáveis pelo avanço empresarial das organizações;

- Frank e Lílian Gilbreth autores que desenvolveram o estudo dos movimentos e da

fadiga; uso da psicologia aplicada à administração;

- Henry Grant autor do gráfico Grantt como um método gráfico de acompanhamento

de produção;

- Henri Fayol outro fundador da Teoria Clássica cujas ideias enfatizavam a alta

administração da empresa destacando a necessidade de conhecimentos gerais

dos gestores (administradores);

PILATTI et al, (2005) apud VAROLLO (2011, p. 16), destaca que

Fayol enfatiza o papel do administrador e define o que é administrar: planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar; estabelece ainda a importância da capacidade administrativa na hierarquia de funções, ou seja, à medida que um indivíduo se eleva na escala hierárquica, ocorre um aumento na importância da capacidade administrativa, e diminui a importância da capacidade técnica.

Pode-se compreender assim a importância das orientações de Fayol para

nortear as ações da administração de uma empresa. Para CARVALHO (2008),

Taylor e Fayol tiveram uma contribuição importante na concepção da participação do

trabalhador no contexto da produção sendo que algumas ideias desses autores

continuam sendo aplicadas atualmente.

1.2. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS.

De acordo com BUENO (2002), a Teoria das Relações Humanas no final de

um momento histórico importante em que o mundo vivia o pior dos conflitos: a

Segunda Guerra Mundial. O autor afirma que Abraham H. Maslow começou

desenvolver essa Teoria no final da década de 1930 e início da década de 1940,

como uma crítica ao que pregavam as Teorias de Fayol e Taylor. Na concepção de

MASLOW apud BUENO (2002, p. 1)

Quanto mais saudáveis nós somos emocionalmente, mais importantes se

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tornam nossas necessidades de preenchimento criativo no trabalho. Ao mesmo tempo, menos nós toleramos a violação de nossas necessidades para tal preenchimento.

Observa-se a contribuição dessa Teoria para a atualidade em que há ênfase

na importância dos Recursos Humanos dentro das empresas.

Para CARVALHO (2008), a Administração Científica era acusada de tornar o

trabalho humano massificante e mecânico, dado o estágio de desenvolvimento a

que chegaram todos os países industrializados. Para CHIAVENATO (2003) apud

CARVALHO (2008), naquele contexto, em 1924 a Academia Cientifica dos Estados

Unidos resolveu pesquisar para verificar a relação entre produtividade e iluminação

do local de trabalho, em consonância com a Administração Cientifica. A pesquisa foi

realizada na fábrica Hawthorne, da Western Eletric Company, situada em Chicago –

EUA coordenada por George Elton Mayo (1880-1949), filósofo, médico e cientista

social australiano e radicado nos EUA, professor e diretor do Centro de Pesquisas

Sociais, da Harvard School of Business Administration.

A pesquisa teve seus interesses centrados na fadiga humana,

especialmente no que se refere à questões relacionadas: aos acidentes de trabalho,

na rotatividade do pessoal (trabalhadores) dentro das empresas e no efeito das

condições de trabalho sobre a produtividade.

VAROLLO (2011, p.31), afirma que:

Para Maslow, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la.

Nessa premissa, pode-se afirmar que Maslow deixou um grande legado para

os profissionais que trabalham com Recursos Humanos nas empresas atualmente.

De acordo com BUENO (2002, p. 1),

Foi o psicólogo norte americano Abraham Maslow, o famoso guru gerencial, foi quem liderou conceitos como gerenciamento esclarecido, sinergia, criatividade, hierarquia de necessidades inatas e auto realização.

Como se pode perceber, a ênfase de Maslow está na valorização da

valorização do trabalhador, sem o qual o processo produtivo dentro das

organizações poderia ficar comprometido, uma vez que para que haja produção são

necessários meios de produção e força de trabalho.

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VAROLLO (2011), aponta que de acordo com Maslow as necessidades

humanas podem ser representadas de forma hierarquizada em uma pirâmide, como

segue na Figura 1 abaixo.

Figura 1 - Pirâmide de Maslow:

Figura 1 - Pirâmide das Necessidades de Maslow

Fonte: adaptado de CHIAVENATO (1995), apud VAROLLO (2011)

Como se pode observar na pirâmide, as necessidades humanas são

classificadas por Maslow em ordem crescente, iniciando-se pelas que são inatas,

que se encontram na base (fome, sede, sono, abrigo).

1.3. TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO.

As transformações sociais e econômicas do pós-guerra promoveram

grandes transformações nos campos político, econômico e social em nível mundial.

Para CARVALHO (2008), essa transformação levaram as ciências da

administração percebessem a repercussão que as ciências sociais haviam proposto.

Ao observar que as inovações propostas pelas ciências sociais, haviam promovido

mudanças, e que os modelos clássicos, mesmo servindo de parâmetros, não mais

contemplavam suficientemente o que vigorava em termos de administração

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cientifica. Desta maneira, surgiu a necessidade de rever as teorias administrativas

em vigor e adequá-las à realidade da época.

VAROLLO (2011, p. 18), aponta que as caracteristicas de administração se

caracterizam pela organização burocrática “embasada na essência da gerência

científica de Taylor e da administração científica de Fayol, embora esteja, a cada

dia, mais distante da atual realidade - ainda é praticada em grande número de

empresas”. Observa-se assim que as quatro funções básicas da administração

(planejar, organizar, dirigir e controlar) aparecem aqui de uma nova maneira

atualizada formando ciclos administrativos.

1.4. TEORIA DA BUROCRACIA.

A Teoria da Burocracia tem como principais representantes: Max Weber

(1864-1920), Robert Merton, Philip Selznick, Alvin W. Gouldner, Richard H. Hall e

Nicos Mouzelis. Segundo DUTRA & BARRETO (2004, p. 1), a Teoria foi

desenvolvida na década de 1940, tendo como premissa os seguintes aspectos:

a) A fragilidade e parcialidade da Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas (...) ambas revelam pontos extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo tanto da estrutura como dos participantes da organização; b) Tornou-se necessário um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas (...); c) O crescente tamanho e complexidade das empresas passou a exigir modelos organizacionais mais bem definidos.(...) d) O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, o seu criador. Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir e se comportar de certa maneira preestabelecida, a qual lhe deve ser explicada com exatidão, muito minuciosamente e em hipótese alguma permitindo que suas emoções interfiram no seu desempenho. A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os administradores não tardaram em tentar aplicá-lo na prática em suas empresas. A partir daí, surge a Teoria da Burocracia na Administração.

Pode-se observar então que a Teoria da Burocracia foi uma forma de

compreender a organização tendo como base a racionalidade, isto é, a adequação

dos meios aos objetivos pretendidos da organização, como forma de garantir maior

eficiência a fim de alcançar esses objetivos.

Para VERAS (2009, p. 3)

A burocracia é um conceito administrativo amplamente usado, caracterizado principalmente por um sistema de diversos níveis hierárquicos, com alta divisão de responsabilidade, onde seus membros executam invariavelmente regras e procedimentos padrões, como engrenagens de uma máquina.

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Esse conceito também pode ser observado em DUTRA & BARRETO (2004,

pag. 2) em que os autores apontam que

a burocracia – tal como existe hoje, teve sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento. Nesse sentido, salienta Max Weber que o moderno sistema de produção, eminentemente racional e capitalista, não se originou das mudanças tecnológicas nem das relações de propriedade, como afirmava Karl Marx, mas de um novo conjunto de normas sociais morais, às quais denominou "ética protestante": o trabalho duro e árduo, a poupança e o ascetismo que proporcionaram a reaplicação das rendas excedentes, em vez de seu dispêndio e consumo em símbolos materiais e improdutivos de vaidade e prestígio.

De acordo com CARVALHO (2008), considera que a burocracia tem relação

com organizações pautadas em regulamentos e normas nos quais aparecem

delineados direitos e obrigações.

Nessa Teoria, as organizações são formais ou burocráticas e apresenta um sistema social como conjunto de funções oficializadas. Possuem ainda três características que as distinguem de grupos informais ou primários: formalidade – sistema de normas com autoridade definida pela lei; impessoalidade – nenhuma pessoa é subserviente à outra e a obediência é devida aos cargos; profissionalismo – significa que a burocracia é formada por funcionários com uma carreira profissional e meios de subsistência para os mesmos. (CARVALHO 2008, p. 45)

Nesse sentido, pode-se apresentar de forma sintetizada as características

da Teoria Burocrática em: Administração Impessoal; Promoção por mérito;

Responsabilidades do cargo definidas; Caídas de Comando; Regas fixas;

Separação da gestão da propriedade e Previsibilidade Funcional. Como se pode

observar, essas caracteristicas estão presentes atualmente na Administração tanto

pública, quanto privada.

Para VERAS (2009), na estruturação da Teoria Burocrática foram deixados

de lado os principais atores do processo organizacional, seja o termo que se

pretenda caracterizá-los (funcionários, colaboradores ou servidores), além dos

fornecedores e clientes. Nesta perspectiva, o ser humano é visto como uma

máquina, ou seja, são desconsiderados todos os aspectos relacionados às

necessidades, criatividade e outros aspectos, como os relacionados aos atributos

emocionais. O autor considera há desdobramentos negativos e afirma que ainda

estão presentes atualmente, em que as propostas de eficiência e previsibilidade não

sejam cumpridas.

1.5. TEORIA ESTRUTURALISTA

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De acordo com CIRELLI e LOPES (2010), a Teoria Estruturalista faz parte

de um conjunto de Teorias da Administração criada na década de 1950 cujos

pensadores tentaram abranger um conjunto das teorias clássicas e humanas num só

modelo de administrar.

BORGES (2011, p. 30) descreve a Teoria Estruturalista como “O modelo

burocrático de organização surgiu como uma reação contra a crueldade, o

nepotismo e os julgamentos tendenciosos e parcialistas, típicos das praticas

administrativas desumanas e injustas do inicio da Revolução Industrial”. Pode ter

sido uma forma de buscar soluções para a administração, pelo fato da Teoria da

Burocracia não ter sido suficientemente clara na tentativa de suprir as lacunas

deixadas pela Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas.

De acordo com CARVALHO (2008, p. 49) aponta os fatos que originaram a

Teoria Estruturalista, segundo CHIAVENATO (2003)

- A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas;

- A necessidade que a organização seja vista como uma grande e complexa unidade social, onde os grupos sociais interagem;

��A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações;

��Novos conceitos de estrutura – conjuntos de dois ou mais elementos que permanece inalterado, na mudança ou na diversidade de um dos elementos.

Nessa perspectiva, pode-se compreender o que afirmam DUTRA E

BARRETO (2004), que no caso da administração, a estrutura está relacionada ao

modo como são organizadas e estruturadas as organizações. Como modelo,

apontam algumas das grandes organizações modernas como a General Motors, a

Philips, a Sears Roebuck, a Ford, entre outras.

BORGES (2011, p. 31), aborda as características da Burocracia segundo Weber de maneira sintetizada, como pode se observado no quadro a seguir:

Quadro 1 – Caracteristicas da Burocracia

A burocracia é baseada em: Consequências previstas: Objetivo:

Caráter legal das normas. Caráter formal das comunicações Divisão do trabalho. Impessoalidade no relacionamento

Previsibilidade do comportamento humano;

Padronização do desempenho dos participantes.

Máxima eficiência da organização.

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Hierarquização da autoridade Rotinas e procedimentos Competências técnicas e mérito Especialização da administração Profissionalização Previsibilidade do funcionamento.

Fonte: Elaborado pelo autor 2013, com base em BORGES (2011, p. 31).

O autor op. cit. mostra as disfunções da Burocracia, conforme o quadro a

seguir.

Quadro 2 - Disfunções da Burocracia

Características da Burocracia Disfunções da Burocracia

• Caráter legal das normas. • Caráter formal das comunicações • Divisão do trabalho. • Impessoalidade no

relacionamento • Hierarquização da autoridade • Rotinas e procedimentos • Competências técnicas e mérito • Especialização da administração • Profissionalização • Previsibilidade do funcionamento.

• Internalizarão das normas. • Excesso de formalismo e

papelório. • Resistência a mudanças. • Despersonalização do

relacionamento. • Categorização do relacionamento. • Superconformidade. • Exibição de sinais de autoridade. • Dificuldades com clientes.

Previsibilidade do funcionamento Imprevisibilidade do funcionamento

Fonte: Elaborado pelo autor 2013, com base em BORGES (2011, pag. 31).

1.6. TEORIA COMPORTAMENTAL

A Teoria Comportamental teve início em 1947, com o lançamento do Livro

Comportamento Administrativo de Herbert A. Simon, uma obra crítica à Teoria

Clássica, podendo ser considerada como um desdobramento da Teoria das

Relações Humanas (CARVALHO, 2008, p.54). Para a autora, “Um dos fundamentos

da Teoria Comportamental da Administração é a motivação humana, onde a teoria

administrativa recebeu vultosa contribuição.”

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Entre os principais representantes dessa teoria, além de Simon, considerado

o marco inicial, tem-se Chaster Bernard representante da Teoria da cooperação,

Douglas McGregor cuja contribuição foi a Teoria X e Y, Renis Likert com Sistemas

de Administração, Chris Argyris e Abraham Maslow com a Teoria da Motivação,

Frederick Herzberg com sua Teoria dos dois fatores e David McClelland. (SEABRA,

2008).

De acordo com BITENCOURT (2012, p.1), a contribuição desses autores a

Administração passa a seguir novos rumos, com ênfase dentro da teoria

administrativa como: a grande ênfase nas pessoas, a preocupação com o

comportamento e os processos de trabalho e o estudo do comportamento humano.

Para CARVALHO (2008, p. 56), os autores dessa Teoria mostram que “o

administrador precisa conhecer as necessidades humanas, para conhecer melhor o

seu comportamento e poder usar a motivação como meio para melhorar a qualidade

de vida dentro das organizações.” O conhecimento possibilita ao administrador ter

um panorama do ambiente e desta maneira adotar a motivação que mais se adeque

à manutenção da harmonia entre seus subordinados.

CIRELLI e LOPES (2010, p. 10), afirmam que

A Teoria Comportamental mostra-se apenas como sendo um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, embasando-se apenas nos pontos iniciais, e posteriormente reformulando-os integralmente. Com relação à Teoria da Burocracia, a Comportamental também é totalmente crítica, atacando principalmente o “modelo máquina” de administrar pregado pela primeira.

Percebe-se que essa Teoria deu uma nova interpretação às ciências do

comportamento e descarta as posições normativas e prescritivas das teorias que a

antecederam.

De acordo com BORGES (2011), a Teoria Comportamental enfatiza a

Hierarquia das Necessidades de Maslow, ao dispor as necessidades humanas em

ordem de importância e influência, assim dispostas: Necessidades fisiológicas,

Necessidades de segurança, Necessidades sociais, Necessidade de estima e

Necessidade de auto realização.

1.7. TEORIA DOS SISTEMAS.

A Teoria dos Sistemas aparece nas Ciências da Administração no início da

década de 1960. De acordo com CHIAVENATO (2003) apud CARVALHO (2008, p.

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58), “Surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, após

análise em que fez verificação de que existia uma tendência para a integração das

ciências naturais e sociais.”

Em CHIAVENATO (2003, p.122), a Teoria Geral da Administração passou

por uma “forte e crescente ampliação do seu enfoque desde a abordagem clássica -

passando pela humanística, neoclássica, estruturalista e behaviorista até a

abordagem sistêmica.” Pode-se compreender que a TGS buscou aperfeiçoar as

demais teorias, acrescentando-lhes novos pressupostos e descartando os que já

não atendiam as ideias e valores de sua época.

Para BORGES (2011, p. 36), “Com o advento da TGS, os princípios do

reducionismo, do pensamento analítico, e do mecanicismo passa a ser substituído

pelos princípios opostos do expansionismo, pensamento sintético e da teleologia.”

Observa-se que a TGS influencia a administração, pois a inserção da tecnologia

muda drasticamente o modo de produção, com a automação de processos

produtivos e administrativos que necessitam da intervenção ou da presença

humana. O expansionismo entende que todo fenômeno é parte de outro maior. O

pensamento sintético é visto como um fenômeno mais bem explicado em função do

papel que exerce no sistema maior. A teleologia, por sua vez observa que a causa é

uma condição necessária, porém nem sempre surte o efeito suficiente e esperado.

Para PONTE et al (2011, p.2), os pressupostos básicos da TGS são:

a) Existe uma tendência para a integração das ciências naturais e sociais;

b) Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;

c) A teoria dos sistemas constitui o modo mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento cientifico, como as ciências sociais;

d) A teoria dos sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade da ciência;

e) Isso conduz a uma integração na educação cientifica”.

Observa-se que a TGS não tem por finalidade apresentar soluções práticas

para os problemas, mas busca a produção científica ( formula teorias e conceitos)

para explicar a realidade empírica.

Para BORGES (2011, p. 36), há um desdobramento na Abordagem

Sistêmica da Administração que se insere em três áreas distintas: a Cibernética, a

Teoria Matemática e Teoria de Sistemas. É possível assim ser estudada com base

em cada uma das áreas, dependendo do que se pretenda observar.

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1.8. TEORIA DA CONTINGÊNCIA

CHIAVENATO (2003, p. 500), afirma que a Teoria da Contingência enfatiza

o que ambiente e as dinâmicas ambientais são colocadas acima da dinâmica

organizacional. Para o autor, na abordagem contingencial há um condicionamento

das caracteristicas organizacionais promovido pelas caracteristicas ambientais, uma

vez que é neste que se encontram as explicações para as que caracterizam as

organizações. Em vista dessa premissa, o autor afirma que “A visão contingencial

está dirigida acima de tudo para desenhos organizacionais e sistemas gerenciais

adequados para cada situação específica.”

Para CIRELI E LOPES (2010) a Teoria da Contingência enfatiza a

relatividade nas organizações e na teoria administrativa, já que tudo depende das

condições de ambiente e das técnicas administrativas necessárias adotadas para

atingir objetivos. A organização é vista como um sistema aberto, o qual apresenta

características organizacionais entre si e com o ambiente maior.

Para FERNANDES (2010, p. 74), uma das caracteristicas fundamentais da

teoria da contingencia está na relação funcional (se - então) e não na relação causa

e efeito. Para o autor, a relação se – então, pode levar a organização a alcançar os

objetivos. Para o autor, as varáveis independentes são caracteristicas representadas

pelo ambiente, enquanto as variáveis dependentes são características

organizacionais. Portanto, a Teoria das Contingências aponta que situações

diferentes exigem também práticas diferenciadas. Ou seja, dependendo de cada

caso, é indicado o emprego das teorias tradicionais, comportamentais e de sistemas

que podem ser adotadas separadamente ou no conjunto, a fim de poder encontrar

soluções para os problemas das organizações.

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CAPITULO II

A ADMINISTRAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO

Vivemos num momento de crise econômica em nível mundial em que a

Gestão do Conhecimento pode ser compreendida como uma das maiores

estratégias para o bom desenvolvimento da competitividade. Isso significa que em

todos os ramos da economia apontam para a necessidade de investimento em

pesquisa é um instrumento indispensável à administração moderna.

Para PEREIRA (2006, p. 2), o conhecimento pode ser considerado o maior

componente em qualquer atividade econômica, pois o maior custo das empresas

está relacionado à capacidade mental das pessoas.

Para CHIAVENATO (2003, p. 560), “A TEORIA ADMINISTRATIVA ESTÁ

ATRAVESSANDO um período de intensa e profunda revisão e crítica. Desde os

tempos da teoria estruturalista não se via tamanha onda de revisionismo.” Para o

autor, o desenvolvimento científico acompanha as transformações que ocorrem em

todas as esferas da vida e da sociedade. Por essa razão a teoria administrativa

também não passa ileso às críticas e à renovação, portanto para se ter acesso às

teorias científicas é necessário buscar o conhecimento.

ARAÚJO (2012) declara que atualmente as organizações dos mais diversos

setores da economia mundial encontram-se diante de um cenário deveras

competitivo e exigente e que nesse cenário haja também exigências de mudanças

nas políticas empresariais adotadas pelas organizações, com vistas a reestruturar o

mercado para adaptá-lo às novas tendências e exigências das partes interessadas.

No que se refere ao ramo imobiliário, tem-se que em relação à habitação

pode assumir múltiplas caracteristicas capazes de abrigar e fornecer uma variedade

de serviços e facilidades capazes de solucionar suas necessidades SARTORI

(2008).

MACHADO (2012, pag. 1) alerta para o fato de que para quem pretenda se

aventurar no mercado nesse ramo precisa estar ciente de que o sucesso não

acontece de imediato, pois “Empreender no ramo imobiliário exige outros requisitos

para além do sonho de ser seu próprio patrão”. Obviamente, como em qualquer

outro ramo da economia, o empreendedor precisa saber que espírito inovador e

dedicação são fundamentais para a geração de um produto ou serviço, assim como

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transformar algo já existente no mercado. Mas para isso, há a necessidade de

conhecimento, isto é, pelas informações e qualificações que já tenha adquirido.

De acordo com o SEBRAE as caracteristicas do empreendedor são

definidas como pessoa que possui espirito crítico e pesquisador. Mais uma vez, vê-

se que na atualidade o conhecimento é um instrumento importante e necessário

para se lançar no mundo dos negócios.

O que difere as sociedades passadas (artesanal e industrial) da sociedade

do conhecimento é que nesta a principal característica está voltada à prestação de

serviços e de competências. Por essa razão, cada vez mais nos deparamos com

demandas profissionais qualificadas para lidar com as exigências de mercado

RODRIGUES (2010).

Para CIRELLI e LOPES (2010) ante as mudanças no cotidiano individual e

social e, com isso há exigências de se buscar novos rumos para as teorias

administrativas aplicadas nas organizações. A entrada da tecnologia da

comunicação no mercado observada de 1989 a 1992, com o desenvolvimento da

rede mundial permitindo a transmissão de textos em um computador ligado á rede

mundial, sem os chamados códigos de programação possibilita o trânsito de

informações com velocidade sequer imaginada até então, derrubaram fronteiras que

separavam lugares (no tempo e no espaço) das organizações em nível mundial.

Finalmente, em CHIAVENATO (2003, p. 576), o autor afirma que

O começo da década de 1990 marca o surgimento da Era da Informação, graças ao tremendo impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e pela tecnologia da informação. Na Era da Informação, o capital financeiro cede o trono para o capital intelectual. A nova riqueza passa a ser o conhecimento, o recurso organizacional mais valioso e importante.

O conhecimento é considerado, portanto, a chave do sucesso em todas as

áreas e profissões. A Era da Informação valoriza o ser humano e a capacidade que

este tem de criar e recriar a realidade para produzir bem-estar. Este pode ser o

caminho mais propício para o sucesso individual e do grupo com o qual o homem se

relaciona no cotidiano, tanto na vida social, quanto profissional, na medida em que o

impulsiona a utilizar-se de instrumentos valiosos para relacionar-se com outras

pessoas.

A Era da Informação e do Conhecimento não descarta as Teorias Científicas

da Administração anteriores. De acordo com CHIAVENATO (2003, p. 611), o grande

desafio consiste “na sua evolução ou revolução para novas e diferentes abordagens

mais adequadas ao mundo atual”. A escolha de uma teoria adaptável a cada

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situação dependerá em grande medida da abordagem pela qual a organização,

sobre qual será o foco e estratégias selecionadas para orientar e conduzir a

empresa. Esta revolução no modo de administrar um empreendimento pode estar na

adoção de um planejamento estratégico bem elaborado.

2.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O Planejamento Estratégico é um instrumento indispensável à administração

moderna. Para ARAUJO (2012, p. 1) ele é

um processo gerencial contínuo que visa tomar decisões, formular objetivos, metas e programas de ação para execução. Um plano estratégico oferece uma visão do futuro, porque sua elaboração aumenta a probabilidade de a organização estar bem estruturada em relação ao mercado e suas mudanças. Por isso, embora não garanta o futuro desejado, o planejamento define objetivos, direciona os esforços e recursos e dá um rumo ao empreendimento, o que nada tem a ver com previsão ou com futuro garantido, até pela dinâmica, volatilidade e complexidade do contexto empresarial.

Por inúmeras razões, o Planejamento Estratégico é um instrumento que

norteia não só a administração, mas a organização como um todo, pois reúne as

informações necessárias à condução do processo empresarial oferecendo ampla

visão de todos os ambientes internos e externos da organização.

O Planejamento Estratégico é um instrumento em constante em constante

(re)construção, para atender as necessidades da organização. Como já foi visto

anteriormente, a Era da Informação e do Conhecimento é dinâmica por natureza e,

nesse processo, o Planejamento Estratégico também precisa ser adaptado às

necessidades da organização sem, contudo, perder o foco da empresa.

Esse processo obedece a certa lógica própria do Sistema Capitalista vista

por CHIAVENATO (2003, p. 570), como

As organizações organizam-se em torno da lógica do cliente. Atendem rapidamente às necessidades e desejos dos clientes em novos conceitos de produtos e serviços e transformam o conceito geral do negócio quando as tecnologias e mercados mudam.

Por esta razão o planejamento de uma empresa deve ser elaborado não

apenas pela gestão, mas sim com a participação de todos os colaboradores.

São essas as mudanças enfrentadas pelas organizações em todos os

âmbitos e assim as induz a se preocuparem com o processo de inovação e

atualização. Isso pode ser visto em CAPELLÃO (2008, p. 24), para quem “A

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capacidade de trabalhar com dados, informações e conhecimentos representam,

assim, um diferencial competitivo das organizações.” Esses dados podem e devem

ser compilados e disponibilizados a todos os colaboradores dentro da organização.

Por essa razão, pode-se afirmar que o bom gestor busca sempre instrumentalizar o

grupo de trabalho, a fim de que a organização chegue aos seus objetivos sem

dispêndio de recursos e esforços.

Em um mercado cada vez mais competitivo, o planejamento é uma das

ferramentas indispensáveis para dar à gestão conduza o processo de forma

contínua, promovendo a interação entre a empresa e os ambientes. Isso possibilita e

orienta a empresa a melhorias em todos s aspectos, isto é, em relação aos recursos

para que sejam atingidos os objetivos, dentro das metas estabelecidas (ARAUJO,

2012).

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CAPITULO III

EMPREENDEDORISMO IMOBILIÁRIO: UM RAMO CONSIDERADO RENTÁVEL

3.1. PALAVRAS E EXPERIÊNCIAS DE QUEM ENTENDE DO RAMO

Ao entrevistar o proprietário da Central Imobiliária, houve uma grande

demonstração de disposição e habilidade em tratar sobre o tema. Assim a conversa

foi sendo conduzida por ele, basicamente sem interrupção. O entrevistado iniciou

falando com muita e espontaneidade e a história foi sendo tecida como segue:

O negócio da Central Imobiliária teve inicio em janeiro de 1999, com a aquisição de seis terrenos urbanos, os quais contavam com uma estrutura de duas salas comerciais e um galpão construído em madeira, localizados na Avenida Padre Ezequiel Ramin, Centro desta cidade de Aripuanã. A transação comercial dos imóveis, cujo proprietário na época era Rouxinol1 ocorreu segundo o que determina a legislação do direito à propriedade, ou seja, com a quitação e transferência da escrituração e registro desses imóveis. Não sem antes pesquisar se os mesmos estavam livres de embaraços junto à Fazenda Municipal e Registrados no Cartório de Registro de Imóveis. (Palavras do entrevistado)

Em seguida, segundo ele, foram feitas as devidas reformas nas edificações

e, com esses três imóveis prontos, iniciou-se a vida empresarial da CENTRAL

IMOBILIÁRIA, com sede na Travessa Brasilia, nº 99, Centro de Aripuanã/MT, sob a

administração do entrevistado.

Para manter o empreendimento na ativa e, atualizado, em 2009, o

empreendedor conta que ingressou no curso de corretor de imóveis promovido pelo

Instituto Monitor de São Paulo concluindo-o com êxito em outubro de 2010. Isso

porque, o empreendedor observou que o ramo comercial pelo qual optou investir

era excelente, mas o empresário queria conhecer mais sobre o assunto, manter-se

atualizado, pois como foi visto acima, o conhecimento pode ser considerado um

grande investimento na atualidade.

Agindo assim, pode certificar-se de que para obter sucesso, não basta

apenas planejar aleatoriamente as ações a serem executadas. Agora, com a visão

estratégica, acrescida de conhecimento de causa, o empreendedor estaria

respaldado para agir de forma mais segura. Poderia associar a teoria à prática sem

receios de enfrentar transtornos futuros, pois compreendera que o planejamento é

1 Nome fictício do proprietário dos imóveis, com quem foi realizada a transação comercial. O nome

verdadeiro foi preservado para não expor a pessoa, pois não foi possível localizá-lo para obter autorização.

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composto de três etapas: organização, execução e controle. Era preciso exercitar

esse conhecimento, reordenando o processo e seguir corretamente os passos de

um planejamento bem elaborado, pois este seria o enfoque para melhorar as metas

a serem estipuladas pela empresa.

Sobre planejamento, CARDOSO (2010), afirma que

Planejamento é a tomada de decisões sobre acontecimentos futuros. É a decisão sobre os objetivos e os recursos necessários para realiza-los. Envolvendo a escolha das tarefas que devem ser desempenhadas a fim de atingir os objetivos, bem como estas devem ser executadas, e indicando quando executá-las... (p.77).

Na prática, o empreendedor já seguia todos os passos do planejamento. Era

preciso, contudo, compreender como sistematizar um planejamento para reduzir os

riscos. Estabelecer metas é um procedimento que requer organização e constante

revisão dos procedimentos, para certificar-se de que o empreendimento está

seguindo os trâmites da maneira mais coerente possivel.

As metas do empreendimento, segundo o entrevistado, foram de, a cada

dois anos, adquirir um bem imóvel. Tendo em vista, porém a necessidade,

associada à procura e ao bom investimento com retorno financeiro rentável, o tempo

estipulado para as metas iniciais, foi reduzido para a compra de um imóvel por ano.

Houve a necessidade de rever todo o projeto inicial para atender a demanda.

De acordo com CARDOSO (2010), há níveis de planejamento os quais o

autor classifica como:

planos estratégicos: envolvem toda a organização, definindo a missão, o futuro e as formas de atuar no ambiente (produtos e serviços, clientes e mercado, vantagens competitivas), bem como os objetivos de longo prazo; Planos funcionais (ou administrativos): são ações especializadas, no marketing, por exemplo, para definir objetivos e custos de ações pontuais para realizar os planos estratégicos; Planos operacionais: definem atividades e recursos que possibilitam a realização de objetivos estratégicos e funcionais, como por exemplo, os orçamentos. (p.79).

Observa-se que todos esses procedimentos estavam sendo criteriosamente

realizados pelo empreendedor, mesmo antes de conhecer cientificamente os

critérios a serem observados e a postura a ser adotada ante o mercado no qual

ingressara. Faltava apenas sistematiza-los.

De acordo com o entrevistado, o retorno do primeiro investimento ocorreu

em setembro de 1999 com o primeiro inquilino que denominamos de Beija-Flor2.

2 Nome fictício do primeiro inquilino da Central Imobiliária.

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O setor imobiliário funciona de acordo com a oportunidade de procura. Com

essa oportunidade começamos a ter uma visão mais ampla de como projetar um

futuro cada vez mais promissor, buscando atender as necessidades de cada cliente.

Após alguns meses, observamos que era inevitável a necessidade de

ampliar o empreendimento. Iniciou-se a tarefa de definir o que chamamos de “foco”,

isto é, dos pontos chaves, tais como: localização e tipo de imóvel, se as futuras

aquisições se dariam apenas de terrenos limpos ou de imóveis com edificações, ou

ainda os denominados de sistema pool3.

De acordo com o entrevistado, todo o imóvel bem localizado pode ser

denominado de “cartão postal”. O mercado de procura, nesse caso, é sempre maior

do que o da oferta e, nesse contexto, defina-se um cliente de maior potencialidade e

com um diferencial em pagamento/retorno, sendo este, na maioria dos casos, um

comerciante.

Atualmente, 95% dos imóveis do empreendimento estão localizados no setor

destinado ao comercio da cidade. Destaca-se que as normas de conduta dos

clientes desse setor são totalmente diferentes das demais localizações, como casas

de moradia, por exemplo. Isso ocorre devido a valorização, pois a localização

fantástica visa um retorno para o cliente e, por essa razão, ele almeja tornar-se

nosso cliente-locatário.

Segundo o entrevistado, ao construir, procura aplicar os conhecimentos

adquiridos também de maneira a dispensar maiores cuidados com o meio ambiente.

Por essa razão estabeleceu algumas metas relativas à urbanização, arborização e

higiene ambiental. Para tanto, todos os seus imóveis de propriedade da empresa

aqui em Aripuanã têm um projeto de florestamento na Avenida, assim como

calçamento e coleta de lixo. Pelo que se pode observar o que afirma SANTOS

(2007, p. 73), em que a autora aponta que

Ao relacionar-se com o meio ambiente, a empresa causa impactos de diferentes tipos e intensidades. Uma empresa ambientalmente responsável procura minimizar os impactos negativos e ampliar os positivos. Portanto, deve agir para a manutenção e melhorias das condições ambientais, minimizando o risco em operações potencialmente agressivas ao meio ambiente e disseminando para outras empresas as práticas e conhecimentos adquiridos nesse sentido.

3 Sistema pelo qual um empreendedor adquire um imóvel dentro de um “imóvel-hotel”, cuja

administração fica a cargo do dono do empreendimento maior.

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Essa preocupação se faz cada vez mais necessária atualmente diante do

esgotamento dos recursos naturais. Essa preocupação deve ser levada para dentro

das empresas, pois urge a necessidade racionalização também dos espaços,

principalmente os urbanos.

No que se refere à escrituração fiscal, o entrevistado afirma que todos os

imóveis são devidamente escriturados e, atualmente estão sendo revisados, para

obtenção do habit e em seguida o DISO para serem averbados no Cartório de

Títulos setor de terras. No que se refere aos Impostos, especialmente o IPTU, são

pagos antes do vencimento e transcritos no Imposto de Renda no seu valor venal e

no real.

É possivel afirmar que este empreendimento trata-se de uma empresa com

certeza de retorno financeiro, pois possui três aspectos básicos:

Primeiro – a localização do imóvel a ser alugado com valor superior aos 15%

a 20% no valor de mercado;

Segundo – melhor valor pago de acordo com a permanência do cliente no

imóvel, gerando um menor custo/beneficio para esse cliente, pois terá um menor

custo entre a entrada e a saída do imóvel, eliminando gastos com reformas

relacionadas ao valor do aluguel; e,

Terceiro – está relacionado à capitalização do imóvel, aonde o ponto de

equilíbrio se destaca com retorno superior a outros investimentos, reduzindo o

tempo real no que se refere ao retorno financeiro relativo ao investimento inicial, cuja

média é de 0,5% a 0,9% do valor do aluguel sobre o investimento.

A empresa, com a supervalorização, tem uma média de retorno de 1,2% a

1,5%, portanto bem superior ao da média normal de investimento sobre o imóvel.

O entrevistado afirma que para a realização da primeira transação comercial

foram necessários três meses de negociação. Este período foi projetado para a

tomada de decisões importantes, tais como de que maneira seria realizada a

aquisição dos bens imóveis, documentação necessária, enfim, nada poderia dar

errado, razão pela qual não poderia haver pressa.

A compra foi programada a prazo, em quatro parcelas de igual valor. Uma

vez acertado o valor da entrada, foram sendo tomadas as providências com a

reforma das edificações, tanto nas duas salas comerciais, quanto no galpão que já

faziam parte da área adquirida. Para tanto, foi realizada uma tomada de preços dos

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materiais de construção e da mão de obra praticados na cidade. Quando foi

realizado o pagamento da ultima parcela, a reforma das edificações já havia sido

realizada.

O entrevistado declarou ainda que a procedência do capital do investimento

foi de R$ 33.000,00 e o custo da reforma foi de R$ 6.600,00. Metade desse

montante, ou seja, R$ 19.800,00, teve origem de recurso oriundo de economias

efetuadas com o exercício da profissão que exercia como médico veterinário. De um

sócio, coparticipante do setor de transportes, foram empregados 25% do total da

transação, totalizando o montante de R$ 9.900,00 e, os 25% restantes, um total de

R$ 9.900,00, foram recursos advindos de economias de esposa do empreendedor,

somados aos do entrevistado que juntos também exerceram a profissão de

professores.

A transação se efetivou em agosto de 1999 e, em setembro do mesmo

ano, os imóveis foram alocados. Naquela ocasião, com custos fixos e valores

diferentes dos atuais, foi definido que 80% dos valores capitalizados seriam

revertidos para a aquisição de outros imóveis e o saldo, 20%, seriam destinados a

gastos complementares. A esse processo, que pode ser denominado de golpe de

mestre, o entrevistado denomina de oportunidade única do momento.

De acordo com ele, hoje, para a realização de uma compra de qualquer

imóvel, o primeiro passo a ser realizado é uma triagem para averiguar se este tem

procedência, se há quitação dos encargos em nível municipal, estadual e federal, se

o IPTU está quitado, se não há penhora, se as taxas de energia elétrica, água e

saneamento estão atualizados, enfim, são tomadas todas as precauções, a fim de

evitar qualquer transtorno futuro no que se refere à emissão de certidões, ou que

venha acarretar problemas com a escrituração e registro, habit e averbação.

No que se refere à realização de edificações, em toda obra os funcionários

têm seus direitos e deveres. Na construção civil, por se tratar de um trabalho de

riscos de acidentes, requer também uma atenção redobrada. Por esse motivo,

quando da contratação de serviços, toma o cuidado de realizar o registro funcional,

fornecendo os materiais e equipamentos de segurança definidos no projeto e na

execução da obra. Isso, podemos assegurar, não é despesa, mas investimento, por

assegurar os direitos do trabalhador e garantir o cumprimento das normas

trabalhistas. Todo o trabalhador é um colaborador nato de uma empresa. Assim

sendo, deve-se observar a importância de lealdade mutua entre patrão e

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colaborador. Por essa razão, os salários combinados com os colaboradores são

pagos pontualmente, assegurando-lhes tranquilidade no final do mês. Isso

representa investimento, pois um trabalhador satisfeito é garantia de sucesso para a

empresa, pois o rendimento é muito maior.

Com todas as tramitações dos registros, normas de segurança, projetos,

certidão do INSS, informações sobre a obra, custo e finalização, requer-se o habit e

o DISO para finalizar, pois para cada obra realizada, ocorre a abertura inicial e o

fechamento no final dos trabalhos.

O entrevistado destaca que para toda e qualquer transação comercial

imobiliária, ou seja, para realizar uma nova aquisição, é realizado um estudo muito

bem planejado a respeito do imóvel. Caso haja qualquer transtorno ou impedimento,

descarta-se qualquer possibilidade de aquisição do mesmo. É esse determinismo

que aguça a visão de sucesso do empreendedor. E esses estudos requerem além

de cautela, um bom conhecimento sobre projetos arquitetônicos, energia elétrica,

rede de abastecimento de água, urbanismo, legislação, além de pendências judiciais

e partilhas de bens.

Todo mercado exige uma visão de futuro e, ele só se concretiza com a

valorização do cliente. Vivemos a era da velocidade da informação com o mundo à

nossa volta se transformando de maneira muito rápida e, com isso as oportunidades,

como são raríssimas, tem que ser bem aproveitadas. Assim, para atingirmos o bom

retorno com o cliente, adotamos princípios de escolha rígidos para satisfazer e

manter a boa conduta e, desta forma, zelar pelo bom desempenho empresarial.

Na transferência do imóvel a ser alugado, o fator principal é ter ciência do

tipo de negócio com o qual o inquilino pretende trabalhar, qual o público alvo, se a

empresa é iniciante ou se tem tradição no mercado. Esse procedimento caracteriza

um retorno maior em benefícios tanto para a empresa e seu proprietário, quanto

para o locatário. O passa remoto nos mostra que o comércio atravessa séculos e, ao

que parece, sempre existirá.

Como operamos no ramo de salas comerciais, o investimento é maior,

porém o retorno também é mais rápido.

No setor de turismo do sistema denominado pool, o retorno vem da

frequência de turistas às áreas de lazer, que alugam esses apartamentos para uma

temporada, quais sejam hotéis administrados por uma empresa. Nesse sistema, são

projetados todos os custos e apenas as sobras são repassadas aos proprietários,

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diminuindo o foco de administração pessoal e, por sua vez o retorno também não é

fixo, vaiando bastante em períodos de lazer.

Com o crescimento do setor de turismo, notadamente em regiões de águas

quentes e o turismo ecológico, o investimento no setor torna-se um investimento de

curto e longo prazo, por ser este um mercado em expansão. Mas, ao que parece,

também promete rentabilidade.

3.1.1 ANÁLISE DO CLIENTE POTENCIAL

O perfil dos clientes para a nossa empresa é de inquilinos que tenham uma

boa estrutura comercial e acima de tudo, estejam determinados a alugar o imóvel

para fins comerciais. Para atendê-los, procuramos diversificar nossos investimentos,

aproveitando as oportunidades, a fim de abrangermos uma maior rede de clientes

possível.

Nesse patamar, ampliamos para o sistema pool, órgãos governamentais,

como os correios, e autarquias, tornando-os parceiros e ao mesmo tempo, nossos

inquilinos. Isso nos permite maior tempo de locação e melhores preços com tempo

vago reduzido. No sistema pool, um imóvel fica alugado menos tempo, mas é mais

compensador, devido ao preço das diárias ser mais elevado, por se tratar de clientes

especiais, sendo eles turistas ou diaristas.

Hoje o grande diferencial é abranger outros focos, não ficar restrito a um

município ou setor, mas manter o foco de locação comercial e, detalhes, o imóvel

deve ser muito bem localizado. Isso atrairá um cliente com maior potencial para

investimento.

3.1.2. COMO COMPETIR NO MERCADO

Para o proprietário da Central Imobiliária, como tudo o que é novo, é

desafiador por natureza. No inicio das atividades do seu empreendimento, este

estava centrado em poucos imóveis e a intenção era mantê-los de forma restrita.

Porém, com o retorno inicial, percebeu que algo fantástico estava por acontecer, se

aguçasse o seu olhar para a procura acelerada por locação que vinha ocorrendo. Ao

realizar um estudo de caso, percebeu que, com um retorno da aplicação inicial na

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ordem de 80% sobre o valor do aluguel, esse diferencial, definindo a localização de

fácil acesso e desaine moderno para cada momento, poderia colocar a empresa em

condições de competir no mercado e com ligeira vantagem em relação aos

concorrentes.

Segundo o entrevistado,

Esse diferencial apresentado representa alguns dos nossos pontos de destaque. Os preços de mercado são competitivos, mas a diferença está no cliente que precisa de um espaço maior, exigindo assim, os demais componentes agregados juntos, tais como: acesso rápido a mercados, bancos, assim como transporte de carga e de passageiros, casas lotéricas, entre outros. Baseados nesses pressupostos, temos clientes desde 1999 como nossos parceiros. Vista dessa maneira, a competição fica muito restrita e com os diferenciais apresentados acima, praticamente anula a concorrência.

Como se pode observar o fato de agir com cautela, estabelecendo objetivos

e metas possíveis de alcance, são passos importantes para garantir o êxito

esperado para o empreendimento.

3.1.3. COMO DEFINIR OS VALORES DA LOCAÇÃO

O mercado de imóveis traz consigo sempre uma primeira pergunta: Qual o

valor do aluguel? A resposta dada por nossa empresa nunca é determinada antes

que o cliente conheça as vantagens oferecidas com o fácil acesso à localização do

imóvel e a constante vistoria.

Todos os imóveis são vistoriados periodicamente, o que assegura ao cliente

a tranquilidade de ver-se respaldado. Essa vistoria garante a manutenção das

instalações elétricas e hidráulicas, limpeza do local e imediações. Agindo assim com

o cliente, este faz questão de manter o aluguel atualizado, pois sabe que ali há

garantia de segurança.

A concepção de aluguel tem que ser vista como um bem do qual ocorrem

benefícios à vida e à saúde cotidiana, para todos os que frequentam aquele espaço,

estendendo-se à família tanto a locador, quanto do locatário, além do prazer de

poder recepcionar os parceiros, sejam fornecedores, colaboradores (funcionários da

empresa) ou clientes, num local agradável. Estas são as pequenas características

que fazem o diferencial humano.

Outro fator preponderante, neste contexto e que não podemos deixar de

mencionar é a comunicação, tão necessário às relações humanas. Sobre o tema,

MATTOS (2010) afirma que

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A comunicação é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos que estabelecem a interação entre seres e objetos. (...) é o intercambio de pensamento e de informação para a compreensão mútua e confiança nas relações humanas. Envolve troca de fatos, ideias, opiniões e emoções entre duas ou mais pessoas, por meio de palavras, letras símbolos ou mensagens. (p. 55).

Essa troca de informações advinda da expectativa e da troca de

experiências vivenciadas representa, muitas vezes, a solução de problemas, sem ter

que buscar assessoramento com consultorias, pois com uma comunicação

adequada apresentam-se soluções para problemas que aparentemente parecem

impossíveis de solução, além de elevar a autoestima do cliente, resultando assim

uma grande motivação para o sucesso.

3.1.4. AGREGANDO VALORES E ANÁLISE COMPETITIVA

O setor imobiliário é um empreendimento ao qual deve ser agregado um

valor assegurando-se de que o ramo mais rentável advém da locação para fins

comerciais, observando-se sempre a localização e possibilidade de ocupação num

menor tempo. As manutenções da fachada e do visual no seu interior funcionam

como um chamamento e influenciam de maneira positiva ou negativa para o

sucesso, dependo da sua manutenção.

3.1.5. O Marketing do Produto Ofertado

O preço praticado sobre qualquer produto sempre está relacionada à

propaganda, ou à forma como esse produto chega ao mercado. No caso do

mercado imobiliário, o que deve ser observado é a localização do imóvel ofertado,

facilidade de acesso, espaço amplo, estacionamento, desaine moderno e arrojado,

são os elementos que compõem o marketing mais seguro do setor imobiliário. Por

estes e outros tantos pontos positivos, nossa empresa nunca teve um imóvel no

chamado “ponto vazio”.

O produto oferecido por nosso empreendimento está relacionado à venda ou

alocação de um espaço seguro, com um aspecto visual atraente, localizado em vias

que tenham a infraestrutura necessária, como energia elétrica, água e saneamento

básico e instalações individuais. Este é o diferencial de vanguarda na venda do

aluguel.

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As tabelas a seguir mostram todos os custos com manutenção de uma obra

imobiliária realizada pela Central Imobiliária com dados reais.

TABELA I - Despesas Fixas Mensais

ELEMENTO DE DESPESA Valor em R$ 1,00

Pagamento de taxa de água 140,00

IPTU – 300,00 ÷ 12 parcelas 25,00

Despesas com Conta telefônica 184,00

Internet 70,00

Serviços contábeis 150,00

Pró-labore 1.000,00

Material de Escritório 50,00

Combustível 50,00

Depreciação de veiculo automotor 300,00

Depreciação de aparelho (Computador 40,00

Depreciação de imóveis 1.000,00

Despesas com INSS 120,00

Despesas com Imposto de Renda IRRF 1.190,00

Valor Total 3.960,00

Fonte: Elaborada pelo autor, com base nos dados fornecidos pelo entrevistado.

TABELA II - Custos variáveis mensais do Empreendimento.

CUSTOS VARIAVEIS Valor em R$ 1,00

Limpeza de foças 50,00

Limpeza de terreno e podas de plantas 200,00

Pintura 250,00

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Inadimplência de luz e água 80,00

Serralheria - portões 80,00

Mão de obra com reformas 385,00

Materiais de construção 1.250,00

Materiais elétricos 100,00

Materiais hidráulicos 80,00

Valor Total 2.475,00

Fonte: Elaborada pelo autor, com base nos dados fornecidos pelo entrevistado.

TABELA III - Arrecadação mensal (percentuais fixos e variáveis) da empresa

Valor mensal 16.500,00

Custo F 24% fixo 3.960,00

Custo Variável 15% 2.475,00

Fonte: Elaborada pelo autor, com base nos dados fornecidos pelo entrevistado.

O índice margem de contribuição pode ser representado pela equação:

16.500,00 – 2.475,00 (custo variável) = 0,85%

16.500,0

O ponto de equilíbrio, de 4.658,82, pode ser representado da seguinte maneira:

3.960,00(custo fixo) ÷ 0,85 = 4.658,82

Temos como resultado um investimento mensal na ordem de R$ 16.500,00,

menos as despesas, mensais representadas pelo ponto de equilíbrio, no valor de

R$ 4.658,82. A empresa obtém, dessa forma, um saldo positivo no valor real de R$

11.841,18.

3.2. UMA ANÁLISE FINANCEIRA

Com base nas informações obtidas, o potencial de crescimento do setor

imobiliário, associado à sua diversificação e localização em pontos estratégicos, as

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metas de investimento anual do empreendimento Central Imobiliária estão sendo

concretizadas, ou seja, a colocação no mercado de uma unidade/ano. Se persistirem

os resultados alcançados até o presente, esse tempo poderá ser até reduzido para

nove meses por unidade, dependendo do valor aplicado no investimento realizado

com a compra do terreno e o tamanho das edificações a serem construídas.

Com essa expectativa, o ponto de equilíbrio no que se refere à garantia de

retorno está dando certo. De acordo com o proprietário do empreendimento,

“Podemos afirmar com toda certeza que o empreendimento está alicerçado em

bases sólidas e, com retorno seguro, pois a economia brasileira, no momento,

propicia essa expansão do mercado de locação imobiliária”.

O ultimo investimento realizado pela empresa ocorreu em 01/07/2010 e a

obra foi entregue em 01/09/2011. Essa é uma demonstração de que o mercado está

superaquecido. Essa obra tem um espaço construído de 377,92 m² a o custo de R$

1.200,00 o m² e, 70% dela foi paga com os alugueis recebidos dos demais imóveis

alugados. Do saldo, 15% do valor foi quitado com economias e os 15% restantes

foram financiados, obtendo-se um empréstimo da empresa Livraria e Papelaria

Central, de propriedade da esposa do empreendedor, cujo pagamento dar-se em

dez parcelas fixas. “Este investimento veio concretizar mais uma meta bastante

sólida, respaldando os demais passos a serem dados nas conquistas futuras do

nosso empreendimento” afirma finalmente o entrevistado.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir esta monografia, destaca-se alguns pontos são necessários,

sem os quais haveria maior dificuldade de compreender o processo administrativo

dentro das organizações. Para tanto, foram retomadas as Teorias que orientaram a

Ciência da Administração durante o século XX, quando da expansão da economia,

em que ocorreram grandes transformações em todas as Ciências.

Como o desenvolvimento ocorreu em nível: social, político, econômico e

cultural, a Ciência da Administração também acompanhou essa dinâmica, a qual,

por volta da década de 1970, ingressa num processo denominado de Terceira

Revolução Industrial ou Era do Conhecimento. Nesta, o capital financeiro cede lugar

ao capital intelectual e, com isso, as empresas passaram a investir na capacitação

dos seus gestores e funcionários.

Com o advento da Globalização, e das redes mundiais de informações

(internet), a competitividade basicamente impôs que para se manter atuante no

mercado, as empresas precisariam adotar diferenciais, a fim de atrair e manter

clientes. O planejamento estratégico torna-se um instrumento valioso para a

condução dos negócios. Destaca-se o gestor como um líder na elaboração desse

planejamento, mas por ser um instrumento dinâmico, é importante que sua

elaboração tenha a participação dos demais funcionários, para que os objetivos e

metas estabelecidos se tornem conhecidos do grupo.

Em relação à Empresa Central Imobiliária, foi observado durante a entrevista

que realmente se trata de um empreendedor que obteve sucesso, graças à

sagacidade e prudência com que vem conduzindo o empreendimento imobiliário

desde os primeiros imóveis adquiridos. Nos depoimentos, o empreendedor deixou

muito claro que não age impulsivamente, mas adota critérios que o levam a análises

criteriosas de todas as possibilidades antes de fechar um negócio.

Uma das estratégias adotadas pelo empresário, adquirir imóveis em pontos

estratégicos para construir e alocar pontos comerciais pode viabilizar o

estabelecimento de metas de crescimento para a empresa, uma vez que empresas

e órgãos públicos procuram esses espaços, pela facilidade de acesso, o que se

torna uma garantia de retorno do capital investido com a entrada dos aluguéis.

Na análise das tabelas financeiras apresentadas observa-se que o

empresário anota todas as despesas, e calcula as possibilidades de novos

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investimentos. Isso permite que tenha sempre atualizados os dados necessários

para avaliar se o investimento está sendo lucrativo. Observa-se que ao anotar esses

dados, o empresário o faz para ter sempre disponíveis quaisquer dados que lhe

permitam visualizar o empreendimento desde sua gênese.

Finalmente, o estudo permitiu observar à luz, do referencial teórico, como se

dá na prática o sucesso de um empreendedor que vê nos momentos de crise

econômica como a que o País atravessa atualmente, um bom momento de refletir e

de investir, pois, segundo ele, “os momentos de crise são valiosos para ganhar

dinheiro”. Pode-se assegurar que o gestor da Central Imobiliária é um exemplo a ser

seguido por investidores desde microempreendedores a organizações de médio e

grande porte.

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