Upload
jessica-linhares
View
397
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
AJUSTAMENTO E PRODUTIVIDADE
Acadêmico (a):
Alessandra Welter
Dalvana Schmidt
Jessica Linhares
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
ULBRA
CURSO DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA
EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
A psicologia é a ciência que estuda o
comportamento humano e os processos mentais
com o objetivo de entender por que as pessoas
pensam, sentem e agem da maneira que o fazem.
A Psicologia concentra-se nos fenômenos
relacionados com o funcionamento de indivíduos
e grupos. Na organização, a ação da Psicologia
estende-se a várias áreas, atuando com
indivíduos e/ou grupos, com vários objetivos.
Emprega extensamente a metodologia científica,
partindo da observação em profundidade dos
fenômenos e valendo-se de uma série de
instrumentos e técnicas.
AJUSTAMENTO
O comportamento de um indivíduo implica um
dispêndio de energia que lhe vem do organismo.
Esta energia é o que impulsiona o indivíduo a
agir de determinada maneira, a exibir
determinado comportamento. Ela pode originar-
se de necessidades sentidas no organismo.
COMPORTAMENTO PESSOAL
O comportamento humano apresenta um
dinamismo muito grande, o que justifica a
quantidade de teorias que o tentam explicar.
O homem vive num continuo infinito de
"desajustamento - ajustamento" desde a hora em
que nasce; e é esse continuo que o impulsiona
para a vida. Alguns teóricos preferem colocar a
necessidade como sendo um motivo que
impulsiona o indivíduo à ação.
PROCESSO DE AJUSTAMENTO E BARREIRAS:
O processo de ajustamento ocorre quando o
indivíduo tenta satisfazer suas necessidades,
restaurando seu equilíbrio interno. Não havendo
dificuldades ou barreiras, o processo de
ajustamento completa-se por sua via normal
ESQUEMA DO PROJETO DE AJUSTAMENTO:
Quando o indivíduo atinge o alvo, satisfazendo suas
necessidades, ocorre imediatamente um alívio de
tensão, com concomitante diminuição ou cessação das
atividades que são dirigidas à realização do objetivo
final.
No entanto, nem sempre o ajustamento ocorre da
forma e/ou no tempo convenientes. Se o indivíduo
consegue contornar a barreira de modo apropriado, ele
esta tendo um bom ajustamento.
A barreira que pode aparecer:
um antagonismo entre os motivos que pressionam o
indivíduo (por ex., a meta é atingir segurança
econômica e manter o prestígio intelectual, objetivo
não realizável por determinado indivíduo em
determinada situação;
deficiências físicas, sociais, intelectuais, econômicas;
competição, obstáculos sociais, etc.
No trabalho, a necessidade de segurança é satisfeita com
empregos estáveis, seguros de vida, aposentadoria, etc;
a necessidade de auto-estima é satisfeita através da
avaliação do trabalho pelos outros. E assim por diante.
O Instituto Lavistock de Relações Humanas, de Londres,
desenvolveu estudos no sentido de levar em conta, no
planejamento do trabalho, as necessidades
psicossociais das pessoas que trabalham. Suas
orientações gerais a respeito do conteúdo de uma
atividade vem de encontro as "necessidades"
apontadas por Maslow.
PRODUTIVIDADE
CONCEITO:
O conceito de produtividade se
relaciona à capacidade da
empresa gerar “produto” no seu
processo produtivo. A eficiência
desse processo não se restringe
apenas ao “mundo”da produção.
Reusch coloca que: "A morte, a incapacidade e a angústia continuam sendo as maiores preocupações do homem. (... ) Mas, até o presente, nenhuma das máquinas construídas, nenhum dos produtos químicos obtidos por síntese e nenhuma das teorias sociais formuladas alteraram fundamentalmente a natureza humana. A reação de alarme que permite ao homem vencer os perigos da vida não pode ser substituída pela razão e nem pela tecnologia. O homem continua sendo um animal carnívoro e, quando se tenta impedir suas tendências agressivas, reage com cólera, temor e ansiedade. Tanto no passado como agora, a agressão e a angústia têm sido o primeiro motor da conduta e talvez da maldição da humanidade."
Essa colocação mostra a veemência do apelo do homem em busca do seu próprio ajustamento e evidencia muito mais ainda; isto é, que, impedido de buscá-lo ou atingi-lo, ele reagirá com violência e seu comportamento poderá mostrar-se desastroso no meio em que está. As preocupações, as ansiedades e as angústias não poderão por muito inquietar aquele que busca o seu ajustamento, ele lutará renhidamente para livrar-se delas.
Ajustamento e Produtividade:
FRUSTRAÇÃO E IMPRODUTIVIDADE
Os vários tipos de exigências oriundas das necessidades individuais constituem poderosas forças ativadoras e diretoras do comportamento. O indivíduo procura sempre, de uma forma ou de outra, fugir às conseqüências maléficas da frustração, para não cair no desajustamento.
O fato de não se poder atingir um objetivo inicialmente pretendido coloca o indivíduo diante da perspectiva de perseguir um outro objetivo diferente do inicial e, então, torna-se necessário optar entre ficar insistindo no objetivo inicialmente fixado ou aceder a um outro mais viável. É nesse 'contexto que se coloca uma situação de conflito.
LAZARUS DESCREVE MUITO BEM O DESCONFORTO
PESSOAL E A IMPRODUTIVIDADE QUE ADVÊM DE
SITUAÇÕES DE CONTÍNUO CONFLITO:
"Uma das principais razões por que as pessoas recorrem a soluções inadequadas de conflitos é que os estados de tensão acompanham, geralmente, os conflitos violentos e a distorção de poderosos motivos. A tensão complica de muitas maneiras a solução de conflitos. Em primeiro lugar, há provas de que os aspectos afetivos da tensão (por exemplo, a angústia e a depressão) interferem no pensamento e na capacidade de resolução de problemas, podendo assim reduzir o grau de eficácia de uma pessoa para dominar a situação. A angústia, por exemplo, está demonstrado que interfere, sob determinadas condições, no âmbito de atenção e na aprendizagem de matérias complexas. Também se sabe que a exposição de pessoas a situações tensas diminui o seu campo perceptual, tornando-a menos cônscia das características do meio ambiente e menos apta a utilizar informações relevantes para a solução de seus problemas."
A BUSCA PELO AJUSTAMENTO: Harry Levinson dá um interessante roteiro de atitudes
que ajudam na busca pelo ajustamento em situação de conflito:
1- Não ignore um conflito por considerá-lo “simples conflito de personalidades”.
2- Não espere que um problema se resolva sozinho.
3- Pergunte a si mesmo quem está sendo ameaçado e por que.
4- Examine uma situação modificada, para ver se ela não priva a pessoa de satisfações que desfrutava na situação anterior.
5- Avalie a tensão do conflito.
6- Se você é uma das partes do conflito, procure uma terceira pessoa.
7- Finalmente, reconheça que nem todos os problemas têm solução. Às vezes, a única solução é aceitar o fato e conviver com ele.
O VERDADEIRO E O FALSO AJUSTAMENTO
Muitos dirigentes, profissionais e outros
empregados possuem personalidades fortes e
podem suportar altos níveis de pressão e tensão.
Todavia, os psiquiatras calculam que mais de um
terço das pessoas que ocupam cargos de gerência
ou direção, e pelo menos um profissional em
quatro, num ou noutro período de suas vidas,
sofrem de tensões que lhes prejudicam a eficiência
a tal ponto que já não conseguem trabalhar direito.
Com base em pesquisas da Fundação
Menninger existe cinco traços que caracterizam
aqueles que são capazes de viver-bem com suas
tensões, são eles:
1. Manter-se flexíveis quando sob pressão.
2. Tratar os outros como seres independentes.
3. Encontrar satisfação numa variedade de fontes,
como pessoas,idéias, tarefas e interesses
externos.
4. Aceitar as próprias capacidades e limitações, e ter
uma imagem realista de si mesmos.
5. Manter-se ativos e produtivos no interesse da
realização própria e a serviço dos outros.
Segundo Hepner as atitudes que caracterizam um verdadeiro ajustamento são:
1- O Ataque Direto: quando surge a frustração, o indivíduo consegue, de forma racional e objetiva, diagnosticar que a deficiência de seu ajustamento reside na sua falta de recursos pessoais. Então ele se reorganiza interiormente, para fazer frente à barreira. Ex.: preparar-se, através de cursos, quando vê ameaçada a possibilidade de mudar de função.
2- Atitudes Substitutivas de Valor Positivo: quando o indivíduo se conscientiza de que a causa de seu fracasso não reside propriamente em suas deficiências pessoais, mas no tipo de objetivo que se colocou, que por si mesmo é muito difícil de atingir. Ex.: procurar outro emprego quando não se está satisfeito com o atual.
E as atitudes que caracterizam o falso ajustamento são:
1- Sensibilidade a críticas: a pessoa que se sente socialmente inferiorizada reage pobremente às críticas ou ao ridículo, sofrendo com ele.
2- Tendência a inferiorizar os outros: ela desdenha as outras pessoas, porque apontando suas falhas minimiza as próprias.
3- Reações pobres às críticas: a pessoa que tem fortes sentimentos de inferioridade não quer que o seu oponente possa ser igual ou mais forte do que ela em habilidades. Não quer competir com ninguém que possa suplantá-Ia.
4- Está sempre preocupada: prende-se a pequenas tarefas, detalhes ou pessoas para quem desvia toda sua atenção; assim, não participa dos problemas das demais áreas.
5- Racionaliza suas deficiências: levada, por pronunciados sentimentos de inferioridade, habitualmente cria um ambiente de aceitação social. encontrando razões para suas deficiências, mesmo que nada tenham que ver com os seus fracassos.
6- Grande sensibilidade a elogios: ela está tão faminta de auto-estima que aceita os elogios como completas gratificações. Não raro elogia demasiadamente os outros, ganhando assim grande popularidade.
7- Solidão: não desenvolve contatos sociais normais porque tem medo da desaprovação. Freqüentemente racionaliza que não há um grupo para ela.
Numa visão empresarial se os empregados estão utilizando suas energias ou drives pessoais em comportamentos inaceitáveis, á empresa deverá rever os pressupostos de sua política de pessoal, e fatalmente chegará à conclusão de que não está favorecendo a expressão adequada dessas energias. A falta de reconhecimento do valor de cada um e a possibilidade de antever uma carreira ascensional podem representar frustrações que desviam a energia dos empregados, trazendo, por conseguinte, conseqüências altamente negativas, uma vez que esses homens não deixarão de utilizar suas forças. Mas, como não lhes foi dada a direção onde utilizá-las, empregam-nas motivados pela agressividade e estados altamente emocionalizados, onde provavelmente venham a exibir um comportamento de ajustamento tipo atitudes substitutivas de valor negativo, prejudiciais aos mesmos e à empresa.
Não há dúvida de que o verdadeiro
ajustamento leva, conseqüentemente,a
pessoa a uma conduta de eficiência em
qualquer que seja a situação que enfrente
e, inversamente, a ausência ou a
dificuldade de produzir podem ser tomadas
como sintomas de dificuldades de
ajustamentos ou ainda ajustamentos
inadequados e precários.
"A cada passagem de um estágio do crescimento
humano para outro, também temos de mudar uma estrutura
de proteção. Ficamos expostos e vulneráveis, mas também
efervescentes e ernbriônicos novamente, capazes de nos
estendermos de modo antes ignorado. Essas mudanças de
pele podem durar vários anos, Entretanto ao sairmos de cada
uma dessas passagens entramos num período mais
prolongado e mais estável, no qual podemos esperar relativa
tranqüilidade e uma sensação de reconquista de equilíbrio.
Tudo quanto nos acontece - formaturas, casamento,
filhos, divórcio, um emprego conseguido ou perdido - nos
afeta. Esses 'acontecimentos balizadores' são os fatos
concretos de nossas vidas. Um estágio de desenvolvimento,
entretanto, não é definido em termos de 'acontecimentos
balizadores', o que define são as mudanças que começam
interiormente. 'Haverá sempre o impulso fundamental para
mudança', não importando que se manifeste ou não num
acontecimento balizador ou seja por ele acentuado." (Shechy)
REFERÊNCIAS:
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia
aplicada à administração de empresas: psicologia
do comportamento organizacional. 3 ed. São
Paulo: Atlas, 1996
http://www.eumed.net/libros/2008a/372/PRODUT
IVIDADE%20DO%20TRABALHO.htm Acesso
em 25 de Outubro de 2011.
http://www.rep.org.br/pdf/61-2.pdf Acesso em 25
de Outubro de 2011.
http://www.reocities.com/Athens/Troy/8084/Psic_
aju.htm Acesso em 25 de Outubro de 2011.