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alberto simões de almeida 201 0

alberto simoes de almeida - portfolium

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apresentação de projectos e de algumas esculturas em madeira realizadas desde 2004

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alberto simões de almeida

2010

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alberto simões de almeidaEDEN atelier / galeria

Travessa do Giestal, 49 (armazém nas traseiras)

Ajuda – Lisboahttp://www.artmajeur.com/albertoalmeidahttp://[email protected] 089 928

Minimalista nas cores, utilizando fundamentalmente preto, branco e cinzentos, alberto simões de almeida (em minúsculas por opção do artista) tem vindo a fazer um percurso,

iniciado na pintura e desenho e, a partir de 2004 até à actualidade, dedicado quase exclusivamente à escultura em madeira.

Trabalhando com tintas acrílicas, da tela transitou para a madeira como suporte, libertando a forma geométrica,

extravasando cada vez mais a tridimensionalidade nas suas obras, mantendo ainda nalguns dos seus projectos a utilização de alto relevo.

 Se a matéria já era uma constante nas suas obras pictóricas (pó de mármore, papier-

maché, poliuretano, papel de vários tipos, serradura, areia, pigmentos, vernizes e outros materiais químicos), presentemente é na reutilização de madeira que assume

completamente os seus trabalhos. 

Quase todos os seus materiais são recolhidos na rua, como, por exemplo, móveis que cumpriram a sua função utilitária, e que sujeita a transfigurações,

numa mutação nem sempre detectável. 

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alberto simões de almeida

Pós-graduação em Comunicação Multimédia, na Universidade Aberta, em Lisboa

 Curso de Pintura, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa

 Curso “Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea”,

na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa

Profissionalização como Professor de Matemática do Ensino Secundário, no Colégio S. João de Brito, em Lisboa

Licenciatura em Engenharia, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa

2003 Galeria Municipal de Arruda dos VinhosPintura e Instalação “No Natal, já cá não estamos”

2010 EDEN atelier/galeria – Lisboa “2004 – 2009”

Exposições Individuais

Câmara Municipal de Arruda dos VinhosCasa do Brasil – Câmara Municipal de Santarém

Câmara Municipal de SinesCâmara Municipal de Sintra

Colecções Institucionais

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alberto simões de almeida

2010 Colectiva de Artes Plásticas “Pensar com Tom Zé”, na Casa do Brasil, em Santarém; Colectiva de Artes Plásticas, em Carcavelos; “Jardins sem limites”, na Quinta Nova da Assunção, em Belas – Sintra

2009 “Imagens (em) construção”, na Quinta Nova da Assunção, em Belas – Sintra ; Exposição d´Arte “Liberdade”, em Coruche

2008 “Telas, tintas e às vezes...” , no Museu de Tapeçarias de Portalegre

2007 XIV Encontro Anual de Artistas Plásticos “Cartas cheias de tudo e de coisa nenhuma”, na Galeria Municipal de Fitares – Sintra

2005 “Em favor da Palestina” na Cooperativa Árvore, no Porto; XII Encontro Anual de Artistas Plásticos “Auto-retrato”, na Galeria Municipal de Fitares – Sintra

2004 Décima Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas; Exposição Retrospectiva de 2003, na Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos; XI Colectiva de Artes Plásticas “Diversidades”, na Galeria Municipal de Fitares – Sintra

2003 Nona Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas; Arte Postal “Flores e Frutos”, na Galeria Municipal de Fitares – Sintra; Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos; “Espelhos sem idade”, na Biblioteca Bento de Jesus Caraça, na Moita

2002 Arte Postal “A Alma”, na Galeria Municipal de Fitares – Sintra; Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa

2001 XII Bienal de Artes Plásticas da Festa do Avante; Galeria Municipal de Sines; Biblioteca Municipal de Alenquer; Centro Internacional de Letras i Artes, em Lisboa; Casa da Cultura de Valado dos Frades, na Nazaré; Convento da Madre Deus da Verderena, no Barreiro; Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa; Museu Etnográfico de Arganil; Galeria Tela, na Amadora; Espaço Gan, em Lisboa

2000 Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa

Exposições Colectivas

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alberto simões de almeida trabalha por projectos, retomando, por vezes projectos anteriores, como aconteceu em 2009 e acontece

actualmente em 2010, depois de um interregno de um ano, devido a obras de construção de um novo atelier, recuperando um armazém degradado numa zona histórica da cidade de Lisboa – Ajuda – perto do Palácio da Ajuda, do Palácio de Belém e do Museu dos Coches, e não muito longe do Mosteiro dos Jerónimos e do Centro Cultural de

Belém. 

Projecto “a regra e o jogo” (Alto relevo s/ madeira)

Projectos

Projecto “slowmotion” (Escultura em cartão)

Projecto “desumanização” (Pintura s/ madeira)

Projecto “humanização” (Esculturas de madeira)

Projecto “EGO lugares” (Esculturas de madeira)

Projecto “abyssus abyssum invocat” (Esculturas de madeira)

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A visão de um mundo após a presença de humanos foi o conceito em que se baseou o Projecto “desumanização”.

 Tal como recebemos a imagem do passado através dos despojos

históricos, sejam construções, múmias ou objectos, a nossa imagem no futuro será idêntica – restarão apenas alguns traços da nossa

civilização, traços por vezes inequívocos, outras vezes muito ténues, quase imperceptíveis.

 A utilização de carvão vegetal e de apenas primário branco, devolve-nos

uma crueza desértica, obtendo-se um esbatimento complanar da imagem tridimensional que a mente tem em construção pré-adquirida

e consistentemente pode reelaborar. 

Existem ilhas em mundos, existem mundos em mundos, ruas, rios, praças, pontes e edifícios, mas agora só resta o traço que os delimita.

 Há uma visão contemplativa que assume o ponto de vista baseado no

observador flutuando sobre toda a representação, mantendo um distanciamento centenário ou milenar, um distanciamento indutor de

preservação e de intocabilidade.  

PinturaCarvão vegetal e primário s/ madeira

2004

Projecto “desumanização”

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desumanização #3_61x122 cm_2004

Projecto “desumanização”

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desumanização #13_61x122 cm_2004

Projecto “desumanização”

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desumanização #17_61x122 cm_2004

Projecto “desumanização”

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desumanização #31_61x122 cm_2004

Projecto “desumanização”

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desumanização #3_61x122 cm_2004

Projecto “desumanização”

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Reutilizando sobras e aparas de serrações de madeira, cada escultura é criada, em estudos objectivos com os materiais disponíveis,

procurando a sua conjugação, testando a sua sobrevivência ao contacto mútuo, emulando um puzzle cuja caixa apenas tem peças

autónomas. 

A postura arquitectónica deliberada de algumas peças convive com a abstracção construtiva presente noutras, unidas pelo suporte e pelo

tratamento monocromático. 

Em todos os procedimentos, há um percurso humanizador dos autónomos destroços de madeira iniciais, pela construção de estruturas

reconhecíveis, próximas de construções humanas, com diferentes utilizações comunitárias.

 Raramente pontilhado de cor, a utilização de primário branco permite que

o olhar descubra as sombras e as projecções que planos e arestas desenvolvem sobre as variadas superfícies de cada peça.

 A cor branca revela a pureza das formas, sem desperdícios pictóricos que

poderiam manchar a pretendida simplicidade do olhar.

Esculturas em madeira pintada com primário brancoDiversas dimensões

2005

Projecto “humanização”

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humanização_Opus 11_31x23x14 cm_2005

Projecto “humanização”

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humanização_Opus 13_20x28x16 cm_2005

Projecto “humanização”

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humanização_Opus 19_33x26x12,5 cm_2005

Projecto “humanização”

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humanização_Opus 21_24x30x17 cm_2005

Projecto “humanização”

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humanização_Opus 23_32x15x19 cm_2005

Projecto “humanização”

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As esculturas do Projecto “slowmotion” têm camadas, ora coloridas, ora descoloridas, sobrepostas, ora em crescendo, ora em decrescendo,

vislumbrando a ténue luz que perpassa e mantém a existência. 

A construção destas peças foi efectuada com a sobreposição descentrada dos cartões, folha a folha, de forma a manter a verticalidade do

conjunto. 

A utilização de desperdício gráfico de cartão permitiu um leque cromático alargado quando as peças são vistas de frente, cingindo-se a uma cor

única azul, quando vistas do lado oposto; ou, noutros casos, a uma alternância entre uma e outra.

 Deliberadamente, as peças apresentam uma fractura, quebrando a

progressão crescente por momentos, após o que definitivamente entram numa regressão decrescente, retornando a uma posição paralela à

posição inicial.  

Esculturas em cartão (desperdício gráfico)Diversas dimensões

2004

Projecto “slowmotion”

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slowmotion – 1.º movimento_40x30x20 cm_2004

Projecto “slowmotion”

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slowmotion – 3.º movimento_44x37x7,5 cm_2009

Projecto “slowmotion”

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Este trabalho consiste na desconstrução de todas as peças que compõem um sofá de pessoa só, expondo-as a uma nova orientação,

disseminando as suas peças de forma a interagirem, mas reflectindo a dualidade sempre presente, sempre humana.

 Existem tensões, mas há um equilíbrio, criando uma estabilidade

aparente. 

As peças guardam os restos de uma existência anterior, que as acompanham na nova exploração, persistindo na indelebilidade do seu

carácter. 

Vive-se tragicamente numa dialéctica castradora, que envolve os rectos, que preferem a organização, em oposição, não contra, aos curvos, que possuem o domínio de forma, trabalhando-a em seu deleite, e usando

adornos na exibição do seu ego. 

É pungente a estreita ligação entre dois mundos, cerceados em suas existências, tão próximas e tão longínquas – um toque de criação.

Alto relevo s/ madeiraDiversas dimensões

2006

Projecto “a regra e o jogo”

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a regra e o jogo #1_185x154x25 cm_2006

Projecto “a regra e o jogo”

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a regra e o jogo #3_197x159x17 cm_2009

Projecto “a regra e o jogo”

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a regra e o jogo #5_178x197x15 cm_2010

Projecto “a regra e o jogo”

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EGO lugares – abrigos individuais, próprios, personalizados. 

EGO lugares de infância – a casa da árvore,

a jangada, o pombal,

o sótão, debaixo da cama,

o canto escondido do armazém, o fundo do túnel debaixo da estrada,

o fundo escuro da mina de água, o coro alto da igreja vazia,

o esconderijo debaixo dos salgueiros na margem deserta do rio. 

“Há histórias que, mesmo arrumadas no passado, têm de ser contadas no presente. Isto porque, no momento em que aconteceram, o presente era a única certeza;

o passado era uma indefinição cheia de possibilidades – nenhuma garantia. Há noites em que o improvável é o mais provável.”

Citação de um parágrafo da crónica “Inferninho”, de José Luís Peixoto, na Lx Magazine  

Esculturas em madeira pintada com primário brancoDiversas dimensões

2009

Projecto “EGO lugares”

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EGO lugares_#1_38x62x14 cm_2008

Projecto “EGO lugares”

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EGO lugares_#3_37x77x23 cm_2008

Projecto “EGO lugares”

Page 28: alberto simoes de almeida - portfolium

EGO lugares_#5_38x62x14 cm_2008

Projecto “EGO lugares”

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Projecto ainda em desenvolvimento, começou a desenhar-se com a peça intitulada “veni, vidi, vici”,

baseada nas mandalas ou microcosmos mandálicos, de origem hindu, embora também disseminada um pouco por todo o mundo.

 Uma mandala representa o cosmos, metafísica ou simbolicamente,

um microcosmos do universo, segundo a perspectiva humana. 

Ao longo da História do universo, frequentes têm sido as alterações profundas do cosmos,

por rotura segundo os eixos polares, que geraram novos mundos, sob a batuta do caos. 

Teluricamente, esse cosmos sofreu rotações violentas, podendo por vezes gerar novas formas tridimensionais fora do actual contexto

conhecido, situação idealizada na peça “alfa e omega”.

 A presença de inscrições, num alfabeto criado pelo próprio artista,

acrescenta uma aura de misticismo, misticismo que o alfabeto sempre exerceu, interpretado como uma escrita divina só ao alcance dos eleitos.  

Esculturas em madeira pintada com tinta acrílica Material utilizado – reciclagem de objectos de madeira, madeira,

cola e pequenos apetrechos de origem diferenciadaDimensões diversas

2009

Projecto “abyssus abyssum invocat”

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veni, vidi, vici_103x94x10 cm_2009

Projecto “abyssus abyssum invocat”

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alfa e omega_105x97x73 cm_2010

Projecto “abyssus abyssum invocat”