Alegações finais defesa

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  • 7/23/2019 Alegaes finais defesa

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    EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO 1 TRIBUNAL DO JRI DA CAPITAL.

    Proc. N. 20019970744!"2

    A#$o% P&'()

    Ac*+(,(% M(r-( ,(+ Dor&+ S-$o ,( S-)/( /*)o M(r3.

    MARIA DAS DORES SIM5O DA SIL6A Previamente qualificada nos autos

    do processo, havendo sido denunciada pelo respeitvel representante do

    Ministrio publico, por enquadramento legal nas cominaes do art. 121 2! "" e

    "# c$c o %rt.2&, todos do 'P, tendo como vitima (os )aroldo de *rana *ilho. #emapresentar, em sede de alegaes finais, atravs de seu advogado 'amilo

    Marcedo, pretendendo provar sua inoc+ncia perante a imputao que lhe feita.

    Preliminarmente, dese-amos requerer a anulao dos atos instrutrios, em

    virtude da ane/ao de copias de alguns depoimentos testemunhais aos autos do

    processo, mesmo tendo sido colhidos quando a r encontrava0se foragida e o feito

    suspenso em relao mesma.

    uanto ao mais, o ilustre promotor de -ustia afirmou na denuncia

    apresentada que estava convencido do envolvimento dos tr+s causados,

    baseando suas convices puramente na prova testemunhal, entranhada nos

    autos do inqurito policial.

    3e certo que irrefutavelmente houve uma conduta criminosa. 'ontudo

    baseando0se apenas nos depoimentos testemunhais, tornar0se0 imposs4vel

    determinar a e/ata tipificao da conduta delituosa cometida, em face das

    discrep5ncias e contradies apresentadas pelas testemunhas, bem como por

    desenvolvimentos lgicos, que em seguida e/plicitaremos.

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    6esta mais absurda ainda a imputao da denunciada na conduta descrita

    no tipo penal supra mencionado, fundando0se basicamente em prova testemunhal,

    que se mostrou contraditria. 3emonstraremos que a prova testemunhal no

    oferece, neste caso, ind4cios suficientes para a pronuncia da denunciada.

    3ata v+nia, transcreveremos e confrontaremos os depoimentos que

    levaram o respeitvel membro do MP sua 7certe8a9 a cerca da materialidade e

    autoria dos fatos.

    :m seu depoimento afirmou;

    r('c-+c( P-'8&-ro ,& C(r/()8o< fls. 2=$2>, que; ... sabe a

    depoente que a vitima Jos Haroldo esteve em seu bar, por volta de 01:00 hora da

    manh em companhia de Mary, aulo !laudiano e "era #ucia, lembrando$se que

    tambem estava nesse %rupo um moreninho& que a depoente no conhece e no

    se recorda o nome' (ue o %rupo saiu dali em dire)o * ra)a edro +mrico,

    recordando$se a depoente que aulo permaneceu em p em rente ao bar,

    durante al%uns instantes di-endo que ia para casa ...' (ue, posteriormente, soube

    que o assassinato oi praticado com punhal e pedradas .. (ue, a depoente icou

    sabendo por terceiras pessoas que o rapa-& teria sido vtima de latrocinio .&

    !om base no e/posto neste depoimento, podemos depreender que

    o crime oi praticado nas redonde-as da pra)a edro +mrico, que e/istiam cinco

    pessoas no %rupo que oi em dire)o a pra)a, e que um dos denunciados, aulo

    !laudiano, airmou que iria para sua residencia. !ontudo rumou em dire)o

    similar * do %rupo.

    irmo da vitima airmou:

    Jo+ ,( S-)/( r('c(< fls. ?1$?2, declarou; ... (ue, icou sabendo

    que a pessoa mais envolvida oi a Mary&, que urou o seu irmo e depois mesmo

    cado no cho, icaram arrastando o seu corpo, coisa que no se a- nem com um

    cachorro' (ue tanto "era #ucia, como aulo !laudiano, tambm concorreram

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    para o crime, inclusive levaram alm do dinheiro, a roupa e o cal)ado do seu

    irmo que icou somente traando cueca... .

    odemos inerir que e/istiram rumores que Mary2 teria sido a mais

    envolvida, que o corpo da vitima oi arrastado e que depois de ser morto, os

    a%ressores roubaram tudo que estava unto ao corpo.

    3m seu depoimento:

    Ro+-)&'& C(:o+ ,o+ S(';o+ < fls. ?=$?>, disse; ... que a

    depoente estava com uma ami%a que estava a-endo pro%rama com a vtima' que

    a depoente estava no bar bebendo na companhia da vtima' que quem chamou a

    mesma oi sua ami%a !leide' que quando saiu a acusada Mary avuou em cima da

    vtima para roubar a carteira da mesma' que no sabe porque a acusada queria

    roubar o dinheiro da vtima'... que quem urou a vtima oi Mary' que no tomou

    nenhuma atitude em benecio da vtima porque as acusadas Mary e "era

    estavam armadas... que no prestou socorro a vtima porque elas estavam

    armadas' que quem deu os %olpes atais na vitima oi Mary' (ue "era audou

    Mary' (ue aulo !laudiano estava na companhia da vtima bebendo no bar ...&

    +o analisarmos esse depoimento, temos a nitida sensa)o de que a

    conduta criminosa ocorreu dentro do reerido 4ar, e que a testemunha presenciou

    todo o ocorrido com seus proprios olhos.

    s depoimentos mostran$se contraditorios *s provas e/traidas dos

    autos. 5e o local do crime oi a pra)a edro +merico, como poderia a terceira

    testemunha supra$citada ter presenciado um crime que, se%undo inerencia de

    seu depoimento, supostamente teria ocorrido no bar. +inda mais que a rimeira

    testemunha supra$citada redu-iu o numero de inte%rantes do %rupo a cinco

    pessoas, duas mulheres e tres homens, nao sendo possivel que a terceira

    testemunha estivesse nesse %rupo, no local do crime .

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    6estou provado nos autos do processo que a v4tima, na companhia

    dos amigos Paulo e @eraldo, passou por diversos bares, at o momento em que

    se encontraram com tr+s prostitutas de nomes 7#:6%9, 7M%6A9 e 76%"MBC3%9.

    'omo MarD e #era poderiam vencer tr+s homens em confronto f4sicoE 'aso fosse

    a algo8 da vitima, por que os 7amigos9 no interferiramE :ssas so questes que

    no calam.

    Fegundo relato de testemunhas o senhor Paulo 'laudiano atacou a

    vitima, travando forte confronto f4sico com ela. @eraldo Filva Foares teria

    procurado acalmar os 5nimos, quando do in4cio da discusso, mas acabou por

    sofrer agresses f4sicas, comprovadas atravs do Gaudo de :/ame de 'orpo de

    3elito de fls. 1=H

    'omo podemos crer que uma mulher magra e bai/inha poderia

    vencer tr+s homens fisicamente e a que titulo, sob qual motivao Mataria a

    vitima, se acabara de conhec+0laE

    Parece0nos muito mais plaus4vel que a autoria do crime recaia sob a

    pessoa do senhor Paulo 'laudiano, que afirmou ir para casa e no foi, que Irigou

    com a vitima e o agrediu, que parece ter premeditado o crime, levando a vitima

    para se embriagar e em seguida ceifando sua vida.

    %inda que houvesse participao da referida denunciada, esta no

    poderia ser imputada por )omic4dio e sim por 6oubo seguido de morte, pelo que

    podemos depreender da prova testemunhal.

    %ssim sendo pairam duvidas e contradies quanto a materialidade

    da conduta que foi praticada e tambm quanto a autoria. Co se mostrando

    ind4cios suficientes de que o crime foi praticado pela denunciada MARIA DAS

    DORES SIM5O DA SIL6A /*)o MAR

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    J advogado de defesa da acusada M(r-( D(+ Dor&+ S-$o, pelo

    e/posto em relao s provas apresentadas na instruo da presente ao penal,

    N&( ( (*;or-( ,o =(;o ,&)-;*o+o >*& -:*;(,o ? r&:r&+&';(,( & r&>*&r 'o+

    ;&ro+ ,o (r;. 409 ,o CPP ( IMPRONUNCIA ,( (c*+(,(.

    (JKJ P:FFJ% < PI

    LLLLLLLLLLLLLLLLLLL '%M"GJ M%':3J

    %dvogado J%I /////