4
Contribuir para a compreensão da saúde na fronteira como estratégia para a Nação, no contexto da globalização, é uma das finalidades deste livro cujo conteúdo reflete a arti- culação de várias lideranças do Brasil e de diferentes países e instituições que trabalham na construção de uma cultura de cooperação. O livro, em português e espanhol, foi or- ganizado em cinco partes, abordando temas como Globalização e Política; Globalização e Cidadania; Sociedade Organizada e os Espaços Transfronteiras; Saúde como Bem Coletivo e as Políticas de Governo; e Ideário à Vivência de Práticas no Contexto das Fronteiras. Este último inclui registros sobre o SIS-Fronteira, a caracterização dos municípios e de seus sistemas locais de saúde na região de fronteira do Paraná e o Projeto SIS-Fronteira no Estado de Mato Grosso do Sul. ABRIL/2009 v. 15, n.º 4 ISSN 0104-9755 Boletim destinado à divulgação das aquisições incorporadas ao acervo da Biblioteca do Ministério da Saúde. A Saúde e a Inclusão Social nas Fronteiras Nise da Silveira: Caminhos de uma Psiquiatra Rebelde Esta publicação é o resultado da fantástica obra construída pela psiquiatra Nise da Silvei- ra, uma personalidade brasileira, na ciência e nas artes plásticas, que combateu o uso de choques insulínicos, eletrochoques, lobotomia e revolucionou o tratamento de doentes mentais no Brasil. Seu trabalho e as obras de seus pacientes-artistas, apresentado na exposição Caminhos de uma psiquiatra rebelde, demonstram a importância do contato afetivo que foi o núcleo de todas as atividades da terapêutica ocupacional, não só na pintura, mas também na encadernação, marcenaria, jardinagem, costura, tapeçaria, etc. Inicialmente destinados ao estudo científico, os trabalhos produzidos pelos internos passam a integrar, a partir de 1952, o Museu de Imagem do Inconsciente. Entre os mais importantes do mundo no gênero, seu acervo constitui hoje um verdadeiro mapa antropológico da psique humana. IMPRESSO Demografia e Saúde: Contribuição para Análise de Situação e Tendências A produção de Informes de Situação e Tendências foi prevista na concepção origi- nal pela Rede Interagencial de Informações para Saúde (Ripsa), com o objetivo de subsidiar a formulação, gestão e avaliação de políticas públicas de saúde. Temas relevantes para a saúde da população brasileira abordariam questões que deman- dam ação governamental articulada, com visão de médio prazo e participação de segmentos sociais interessados. O conteúdo deste Informe – Demografia e Saúde – é particularmente relevante para o SUS, por analisar a evolução da estrutura etária da população brasileira até 2050, apontando demandas e problemas gerados pela popu- lação tipicamente envelhecida e sinalizando novos rumos de atuação dos serviços de saúde ajustados a um processo de transição demográfica acelerado. RESUMOS

Alerta v.15, n.° 04 - Abril/2009 - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_alerta_v15_n4.pdf · pintura, mas também na encadernação, marcenaria, jardinagem,

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  • Contribuir para a compreenso da sade na fronteira como estratgia para a Nao, no contexto da globalizao, uma das finalidades deste livro cujo contedo reflete a arti-culao de vrias lideranas do Brasil e de diferentes pases e instituies que trabalham na construo de uma cultura de cooperao. O livro, em portugus e espanhol, foi or-ganizado em cinco partes, abordando temas como Globalizao e Poltica; Globalizao e Cidadania; Sociedade Organizada e os Espaos Transfronteiras; Sade como Bem Coletivo e as Polticas de Governo; e Iderio Vivncia de Prticas no Contexto das Fronteiras. Este ltimo inclui registros sobre o SIS-Fronteira, a caracterizao dos municpios e de seus sistemas locais de sade na regio de fronteira do Paran e o Projeto SIS-Fronteira no Estado de Mato Grosso do Sul.

    abril/2009 v. 15, n. 4 iSSN 0104-9755

    Boletim destinado divulgao das aquisies incorporadas ao acervo da Biblioteca do Ministrio da Sade.

    A Sade e a Incluso Social nas Fronteiras

    Nise da Silveira: Caminhos de uma Psiquiatra Rebelde

    Esta publicao o resultado da fantstica obra construda pela psiquiatra Nise da Silvei-ra, uma personalidade brasileira, na cincia e nas artes plsticas, que combateu o uso de choques insulnicos, eletrochoques, lobotomia e revolucionou o tratamento de doentes mentais no Brasil. Seu trabalho e as obras de seus pacientes-artistas, apresentado na exposio Caminhos de uma psiquiatra rebelde, demonstram a importncia do contato afetivo que foi o ncleo de todas as atividades da teraputica ocupacional, no s na pintura, mas tambm na encadernao, marcenaria, jardinagem, costura, tapearia, etc. Inicialmente destinados ao estudo cientfico, os trabalhos produzidos pelos internos passam a integrar, a partir de 1952, o Museu de Imagem do Inconsciente. Entre os mais importantes do mundo no gnero, seu acervo constitui hoje um verdadeiro mapa antropolgico da psique humana.

    IMPR

    ESSO

    Demografia e Sade: Contribuio para Anlise de Situao e Tendncias

    A produo de Informes de Situao e Tendncias foi prevista na concepo origi-nal pela Rede Interagencial de Informaes para Sade (Ripsa), com o objetivo de subsidiar a formulao, gesto e avaliao de polticas pblicas de sade. Temas relevantes para a sade da populao brasileira abordariam questes que deman-dam ao governamental articulada, com viso de mdio prazo e participao de segmentos sociais interessados. O contedo deste Informe Demografia e Sade particularmente relevante para o SUS, por analisar a evoluo da estrutura etria da populao brasileira at 2050, apontando demandas e problemas gerados pela popu-lao tipicamente envelhecida e sinalizando novos rumos de atuao dos servios de sade ajustados a um processo de transio demogrfica acelerado.

    RESUMOS

  • MONOGRAFIAS

    ALERTA

    Alerta, Braslia, v. 15, n. 4, p. 2-4, abril 2009

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    HISTRIA DA SADE

    PRTO, ngela (Org.). Histria da sade no Rio de Janeiro: instituies e patrim-nio arquitetnico (1808-1958). Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. 172 p., il. ISBN 978-85-7541-167-4.

    INCLUSO SOCIAL

    SOUZA, Maria de Lourdes de (Org.). A sade e a incluso social nas fronteiras. Floria-npolis: Boiteux, 2008. 400 p.

    SOUZA, Maria de Lourdes de (Org.). A sade na fronteira seca Brasil-Argentina. Flo-rianpolis: Boiteux, 2008. 236 p., il.

    INDICADORES DEMOGRFICOS

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE. Rede Interagencial de Informaes para Sa-de. Informe de situao e tendncias: demografia e sade. Braslia, 2009. 36 p.,il. (Srie G. Estatstica e Informao em Sade) (Srie Informe de Situao e Tendncias).

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SA-DE. Rede Interagencial de Informaes para Sade. Demografia e sade: contribuio para anlise de situao e tendncias. Braslia,

    2009. 36 p.,il. (Srie G. Estatstica e Informa-o em Sade) (Srie Informe de Situao e Tendncias).

    PSIQUIATRIA

    MELLO, Luiz Carlos. Nise da Silveira: ca-minhos de uma psiquiatra rebelde. Curitiba: Museu Oscar Niemeyer, 2009. 200 p. il. ISBN 978-85-60638-08-6.

    SADE INDGENA

    FUNDAO NACIONAL DE SADE. Sanea-mento em reas indgenas do Brasil: histrico da atuao da Funasa e perspectivas. Braslia, 2009. 26 p., il.

    SADE MENTAL

    BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria-Executiva. Subsecretaria da Assuntos Admi-nistrativos. Memria da loucura: apostila de monitoria. Braslia, 2009. 84 p., il. (Srie I. Histria da Sade no Brasil). ISBN 978-85-334-1579-9.

    SADE SUPLEMENTAR

    AGNCIA NACIONAL DE SADE SUPLEMENTAR. Rol de procedimentos e eventos em sade: RN 167/08. Rio de Janeiro, 2008. 168 p.

  • PERIDICOS

    REVISTA BRASILEIRA EM PROMOO DA SADE. Fortaleza: Universidade de Fortaleza. v. 21, n.3. 2008. ISSN 1806-1222.

    REVISTA BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. So Paulo: Sociedade Brasileira de Reumato-logia, v. 49, n. 2, mar./ abr. 2009. ISSN 0482-5004.

    REVISTA DE SADE PBLICA. So Paulo: USP, v. 42, n. 3, jun. 2008. ISSN 0034-8910.

    REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ME-DICINA TROPICAL. Uberaba: Sociedade de Medicina Tropical, v. 42, n. 1, jan./fev. 2009. ISSN 0037-8682.

    REVISTA POLI: SADE, EDUCAO, TRABA-LHO. Rio de Janeiro: Fiocruz, ano 1, n.3, jan./fev. 2009. ISSN 1983-909X.

    SALUD PBLICA DE MXICO. Cuernavaca, v. 51, n. 1, enero/ feb. 2009. ISSN 0036-3634.

    SO PAULO EM PERSPECTIVA. So Paulo: SEADE, v. 22, n. 2, jul./dez. 2008. ISSN 0102-8839.

    ALERTA

    Alerta, Braslia, v. 15, n. 4, p. 3-4, abril 2009

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AGNCIA NACIONAL DE SADE SUPLEMEN-TAR. Panorama das aes de promoo da sade e preveno de riscos e doen-as no setor suplementar de sade. Rio de Janeiro, 2008. 88 p.

    BULLETIN OF THE WORLD HEALTH ORGA-NIZATION. Geneva: WHO, v. 87, n. 3, mar. 2009.

    CONSENSUS: Jornal do Conselho de Secre-trios de Sade. Braslia: Conass, n. 38, fev./mar. 2009. ISSN 1413-1579.

    EPIDEMIOLOGIA E SERVIOS DE SADE: re-vista do sistema nico de sade do Brasil. Bra-slia: Ministrio da Sade, v.18, n.2, abril/jun. 2009. ISSN 1679-4974.

    O MUNDO DA SADE. So Paulo: Centro Uni-versitrio So Camilo, ano 33, n. 1, jan./mar. 2009. ISSN 0104-7809.

    REVISTA BAIANA DE SADE PBLICA. Salva-dor: Secretaria de sade do Estado da Bahia, v. 32, n. 2, maio/ago. 2008. ISSN 0100-0233.

  • DIA MUNDIA

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    DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA O CNCER

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    8 de ABRILDia Mundial de Luta Contra o Cncer

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    O Alerta uma publicao mensal da Biblioteca do Ministrio da Sade Ministrio da Sade/Secretaria-Executiva/Subsecretaria de Assuntos Administrativos/Coordenao-Geral de Documentao e Informao/Coordenao de Biblioteca Esplanada dos Ministrios, Bloco G, CEP: 70058-900 Braslia/DF Tels. (61) 3315-2410/2344 e 3315-2280 Fax: (61) 3315-2563 Tiragem: 3.200 exemplares Produzido pela EDITORA MS/Coordenao-Geral de Documentao e Informao/ SAA/SE. OS 0499/2009.

    Jornalista responsvel: Mara Rejane Vieira Soares Pamplona (1044/06/65/DF) As publicaes divulgadas esto disponveis na Biblioteca do MS apenas para consulta. Emprstimos, restritos a Braslia, somente para servidores do rgo ou por intercmbio entre bibliotecas.Endereos eletrnicos: Biblioteca Vir tual do Ministrio da Sa-de: ht tp: //www.saude.gov.br/bvs Fale conosco: e-mail: bi -bl [email protected] Acesse tambm o Por tal da Sade: .

    Cada vez mais, o cncer se torna um pro-blema relevante. Estima-se que a incidncia do cncer aumentar dos 10 milhes de casos em 2000 para 15 milhes em 2020. Aproximadamen-te, 60% desses casos ocorrero em pases menos desenvolvidos no mundo. Mais de 7 milhes de pessoas morrem a cada ano com a doena. Ape-sar disso, pelo menos um tero dos casos que ocorrem por ano poderiam ser evitados se fossem aplicados os conhecimentos existentes.

    O fumo o principal fator determinante e res-ponsvel por 30% de todas as mortes por cncer nos pases desenvolvidos e por um nmero cres-cente mos pases em desenvolvimento. O excesso de peso e a obesidade tambm so graves fatores de risco. O alto consumo de carne vermelha e carne em conserva so hbitos associados ao au-mento do risco de cncer.

    O termo cncer dado a mais de 100 doenas que tm em comum o crescimento desordenado de clulas que invadem os tecidos e rgos, po-dendo se espalhar, produzindo metstases em diversas regies do corpo. Dividindo-se rapida-mente, estas clulas tendem a ser muito agres-sivas e incontrolveis, determinando a formao de tumores malignos. O cncer pode surgir em qualquer parte do corpo, como nas mamas, no

    colo do tero, na prstata, no estmago, no c-lon, nos pulmes ou na boca. Outros exemplos de cncer so a leucemia, os sarcomas, a doena

    de Hodgkin e os linfomas no-Hodgkin. A doen-a surge principalmente como consequncia da exposio individual a agentes cancergenos, por meio do que a pessoa inala, come ou bebe, ou ainda decorrente do ambiente pessoal ou de tra-balho. So os hbitos pessoais como o fumo, os padres alimentares e a pouca atividade fsica que desempenham o papel mais importante no desen-volvimento do cncer e no os fatores genticos. Muitos dos fatores de risco se sobrepem, assim como as doenas crnicas. Quem no inclui frutas e verduras na alimentao e no faz atividade fsi-ca, por exemplo, est acumulando riscos.

    O impacto da doena muito maior que o

    nmero de casos registrados sugere. O diagnsti-co inicial percebido pelos pacientes como uma ameaa vida, e mais de um tero deles sofrem de ansiedade e depresso. O cncer, alm de ser economicamente prejudicial famlia do pacien-te, tambm gera um custo de ateno bastante significativo nos oramentos da sade pblica.

    Os fatores associados dieta so respon-sveis por 30% dos casos de cncer nos pases ocidentais, o que faz da alimentao a segunda

    principal causa prevenvel de cncer, aps o fumo. Acredita-se que essa proporo seja de quase 20% nos pases em desenvolvimento e aumentar no futuro. medida que a populao dos pases em desenvolvimento se desloca para as zonas urbanas, os casos de doena e morte por cncer aumentam de forma semelhante aos dos pases economicamente desenvolvidos. Isso acon-tece sobretudo nos casos associados aos hbitos alimentares e de atividade fsica. por isso que as taxas de cncer tambm mudam medida que as populaes migram para outros pases e adotam hbitos alimentares diferentes.

    A incidncia de cncer de pulmo, clon e

    reto, mama e prstata geralmente cresce parale-lamente ao desenvolvimento econmico, enquan-to a do cncer de estmago diminui. A enfermi-dade tambm est relacionada condio social e econmica do indivduo.

    Nos ltimos anos, constatou-se uma forte relao entre o excesso de peso ou obesidade e os muitos tipos de cncer, como esfago, clon e reto, mama, endomtrio e rins. A composio da dieta alimentar tambm importante devido ao efeito protetor das frutas e verduras, que dimi-nuem o risco de alguns tipos de cncer, como os da boca, esfago, estmago, clon e reto. Uma vez que a nutrio inadequada, pouca atividade fsica, obesidade, fumo e consumo excessivo de lcool so fatores de risco comuns tambm para outras doenas crnicas, como as doenas cardio-vasculares, diabete tipo 2 e doenas respiratrias, a conduo de um programa de preveno de cncer, no contexto de uma preveno integrada de doenas crnicas, seria uma estratgia eficaz.

    Texto adaptado da publicao: Doenas Crnico-Degenerativas e Obesidade: Estratgia Mundial sobre Alimentao Saudvel, Atividade Fsica e Sade (Organizao Pan-Americana da Sade, Braslia, 2003)

    O cncer responsvel por 7,1 milhes de mortes por ano, o que representa 12,6% do total

    de bitos do mundo.

    Os fatores associados dieta alimentar so responsveis por 30% dos casos de cncer nos

    pases ocidentais e por at 20% nos pases em desenvolvimento.

    O regime alimentar perde apenas para o fumo, como

    principal causa de cncer que pode ser evitada.

    O nmero anual de novos casos (incidncia) dever aumentar de 10 para 15 milhes at 2020, de

    acordo com as estimativas.

    Mais da metade de todos os casos de cncer acontece em pases em

    desenvolvimento.