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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRAÚLICA E RECURSOS HÍDRICOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, ECOTOXICOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL DE EFLUENTES LÍQUIDOS PROVENIENTES DE INDÚSTRIA TÊXTIL/MALHAS Alexandra Fátima Saraiva Soares Belo Horizonte 2003

Alexandra Fátima Saraiva Soares

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRAÚLICA E RECURSOS HÍDRICOS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, ECOTOXICOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE

IMPACTO AMBIENTAL DE EFLUENTES LÍQUIDOS PROVENIENTES DE INDÚSTRIA TÊXTIL/MALHAS

Alexandra Fátima Saraiva Soares

Belo Horizonte

2003

Alexandra Fátima Saraiva Soares

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, ECOTOXICOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE

IMPACTO AMBIENTAL DE EFLUENTES LÍQUIDOS PROVENIENTES DE INDÚSTRIA TÊXTIL/MALHAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos dos Departamentos de Engenharia Sanitária e Ambiental e Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Área de concentração: Meio Ambiente Orientadora: Profª. Dra. Mônica Maria Diniz Leão

Universidade Federal de Minas Gerais Co-orientador: Prof. Dr. Rochel Montero Lago

Universidade Federal de Minas Gerais

Belo Horizonte

Escola de Engenharia da UFMG

2003

Soares, Alexandra Fátima Saraiva Caracterização físico-química, ecotoxicológica e avaliação deimpacto ambiental de efluentes líquidos provenientes de indústriatêxtil/malhas / Alexandra Fátima Saraiva Soares. – 2003. 181 f. : il. grafs. tabs.

Orientadora: Mônica Maria Diniz Leão Co-orientador: Rochel Montero Lago Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais,Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Departamento deEngenharia Hidráulica e Recursos Hídricos.

1. Águas residuárias – Teses. 2. Controle da poluição ambiental –Teses. 3. Impacto ambiental – Teses. 4. Ecotoxicologia – Teses. 5.Indústria têxtil – Aspectos ambientais – Teses. I. Leão, Mônica MariaDiniz. II. Lago, Rochel Montero. III. Universidade Federal de MinasGerais, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental. IV.Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de EngenhariaHidráulica e Recursos Hídricos. V. Título.

CDU: 628.3

S676c 2003

A minha mãe, Marta

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS A Deus. À minha família, pelo estímulo, carinho e compreensão; em especial a minha mãe pelo incentivo. Ao Renato pelo companheirismo e carinho. À Professora Mônica pelas oportunidades, apoio e dedicação ao longo deste e de outros trabalhos. Aos professores Eduardo Carneiro, Rochel, Keller e Willer pela constante dedicação. À FEAM, em especial à Márcia Romanelli pela sugestão do assunto da pesquisa, pelo fornecimento das informações e pelo carinho e atenção despendidos. Aos amigos da DIQAS – Rosângela, Fabiana, Lílian, Vânia, Zé Edu, Toninho, Michelle e Sandro pela ajuda e compreensão. Ao Mauro pelas sugestões e contribuição, especialmente na análise estatística dos dados. À Lourdinha que muito contribuiu para o levantamento das informações. Aos biólogos Alexandre Arezon (UFRGS) e Eduardo Bertoletti (CETESB) por estarem sempre dispostos a ajudar. À Cristina da Biológica pela atenção. Às amigas do Congresso de Ecotoxicologia, em especial à Katiane. Aos amigos do DESA. Aos professores do DESA que contribuíram para a minha formação. À Iara pelo seu trabalho e dedicação. A todos os amigos que contribuíram para a realização deste trabalho.

“E pessoa alguma não lance nos rios e lagos, em qualquer tempo do ano (posto que seja fora dos ditos três meses

de criação), trovisco, coca, cal nem outro material, com que se o peixe mate.”

Ordenações Filipinas

RESUMO

A Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM realizou em janeiro de 1993 o primeiro

levantamento oficial do setor têxtil no Estado de Minas Gerais, para fins de gestão

ambiental. Como resultado desse levantamento, constatou-se que essas indústrias eram

responsáveis por cerca de 9% da carga orgânica total gerada pelo setor industrial no

Estado, ocupando o 5º lugar como atividade poluidora entre as indústrias mineiras (FEAM,

1994).

Os efluentes líquidos, que constituem o problema principal, apresentam composição

variada. Esses efluentes são provenientes basicamente das etapas de limpeza, tingimento

e acabamento, e contêm corantes, soda cáustica, amido, detergentes e sabões,

caracterizando-se por elevada DBO5. Além disso, por apresentarem um número

significativo de constituintes orgânicos de difícil biodegradação, os efluentes têxteis

possuem valores elevados de DQO, caracterizando-se, ainda, por alta toxicidade.

A toxicidade aquática desses efluentes varia, consideravelmente, em função das

instalações, insumos etc, podendo apresentar-se alta ou até mesmo nula (USEPA, 1996).

Através de testes com Daphnia similis foi avaliada a toxicidade aguda de efluentes líquidos

de seis indústrias têxteis, sendo cinco malharias de portes diferenciados e uma indústria de

tecidos planos de grande porte, localizadas em diferentes regiões do Estado de Minas

Gerais.

A presente pesquisa analisou a variabilidade dos parâmetros físico-químicos, bem como da

toxicidade. Além disso, foi realizado um estudo do impacto desses efluentes nos corpos

d’água receptores.

Foram estabelecidas correlações entre os resultados dos testes de toxicidade com Daphnia

similis e os resultados de análises físico-químicas, normalmente utilizados na

caracterização dos efluentes líquidos provenientes de indústrias têxteis/malhas, em

especial com os resultados de DQO. Entretanto, este estudo não evidenciou a existência

de correlações significativas entre esses parâmetros.

A utilização dos parâmetros físico-químicos, como critério para definir o grau de toxicidade,

não se mostrou possível, tornando-se necessário, para fins de caracterização desses

efluentes e avaliação de impacto ambiental nos cursos de água receptores de efluentes, a

realização de testes de toxicidade.

ABSTRACT

The “Fundação Estadual do Meio Ambiente” – FEAM carried out in January 1993 the first

official survey on textile sector in Minas Gerais State, aiming environmental management.

As result of this survey, one concluded that these industries were responsible for about 9%

of total organic load produced by the industrial sector in the State, coming in the fifth place

as polluting activity among the industries of Minas Gerais (FEAM, 1994).

The wastewaters, that are the main problem, present varying composition. These effluents

derive basically from the cleaning stages, dyeing and finishing, and contain dyes, caustic,

starch, detergents and soaps, characterized by a high BOD. Besides, for presenting a

significant amount of non-biodegradable products, these effluents have high levels of COD,

characterizing still for high toxicity.

The aquatic toxicity of textile industry wastewater varies considerably among production

facilities. Data are available and show that some facilities have fairly high aquatic toxicity,

while others show little or no toxicity (USEPA, 1996).

Through the tests with Daphnia similis the acute toxicity of wastewater was assessed in six

textile industries, being five knit industries of different sizes and one textile industry of “flat”

material of big size, situated in different regions of Minas Gerais.

In the present research it was analysed the variability of physic-chemical parameters

studied, as well as the toxicity and performed a study about the impact of these effluents on

receiving waters.

It was set up the correlations between the results of toxicity tests with Daphnia similis and

the results of physic-chemical analyses of wastewaters deriving from textile/knit industries,

especially with COD results. Nevertheless, the present study did not show any significant

correlations between these parameters.

The use the physic-chemical parameters as criterion to define the toxicity level was not

possible, becoming necessary to realize toxicity tests to characterize these effluents and to

assess the environmental impact on receiving waters.

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ I LISTA DE QUADROS ............................................................................................................. II LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. III LISTA DE EQUAÇÕES ........................................................................................................ IV LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................. V LISTA DE ANEXOS .............................................................................................................VI

1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 1

2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 2

3 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 5

4 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 6

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................................... 8

5.1 PROCESSO PRODUTIVO .......................................................................................................... 8

5.1.1 Beneficiamento Primário .................................................................................................... 10

5.1.2 Beneficiamento Secundário ................................................................................................ 13

5.1.3 Beneficiamento Terciário ................................................................................................... 28

5.2 EFLUENTES DE INDÚSTRIA TÊXTIL/MALHAS ................................................................ 29

5.2.1 Mercerização ...................................................................................................................... 32

5.2.2 Purga .................................................................................................................................. 32

5.2.3 Alvejamento ........................................................................................................................ 33

5.2.4 Tingimento .......................................................................................................................... 33

5.2.5 Acabamento Terciário ........................................................................................................ 35

5.3 TOXICIDADE DOS EFLUENTES DE INDÚSTRIA TÊXTIL/MALHAS .............................. 36

5.4 TESTES DE TOXICIDADE ...................................................................................................... 46

5.5 MONITORAMENTO REALIZADO PELA FEAM, IGAM E CETEC NOS CURSOS

D’ÁGUA ESTUDADOS ................................................................................................................. 47

6 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................... 53

6.1 SELEÇÃO DAS INDÚSTRIAS ................................................................................................ 53

6.2 PARÂMETROS E AMOSTRAGEM ........................................................................................ 55

6.2.1 Caracterização dos efluentes e corpos d’água receptores através de análises físicas e

químicas ....................................................................................................................................... 55

6.2.2 Caracterização ecotoxicológica dos efluentes e corpos d’água receptores ...................... 57

6.3 TRATAMENTO DOS DADOS ................................................................................................. 60

6.3.1 Análise estatística dos resultados de testes de toxicidade .................................................. 61

6.3.2 Regressão Linear ................................................................................................................ 63

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 65

7.1 ESTUDO DA VARIABILIDADE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS .......................................... 65

7.1.1 Gráficos de Linha ............................................................................................................... 65

7.2 ANÁLISE DA REGRESSÃO .................................................................................................... 75

7.2.1 Correlações ........................................................................................................................ 75

7.2.2 Curvas de nível ................................................................................................................... 77

7.4 ESTIMATIVA DE IMPACTO AMBIENTAL .......................................................................... 80

7.4.1 Resultados de toxicidade crônica obtidos nos diferentes corpos d’água estudados .......... 83

8 CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 86

9 RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................................... 89

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 90

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma das formas de beneficiamento de malhas ......................................... 9

Figura 2 - Cinética de exaustão para três casos diferentes ................................................. 16

Figura 3 - Testes de Toxicidade ........................................................................................... 46

Figura 4 - Mapa de localização das áreas de estudo no Estado de Minas Gerais. ............. 54

Figura 5 -Valores de DBO5 e DQO médios nos efluentes ................................................... 67

Figura 6 - Valores médios da relação DQO:DBO5 dos efluentes por estação de

amostragem ................................................................................................................. 69

Figura 7 - Variação da carga orgânica ao longo de cinco meses para os efluentes ........... 69

Figura 8 - Variação da toxicidade aguda (média aparada) para Daphnia similis nos

efluentes ....................................................................................................................... 70

Figura 9 - Variação da condutividade elétrica nos efluentes ............................................... 71

Figura 10 - Variação da série sólidos, turbidez e cor nos efluentes .................................... 71

Figura 11 - Variação do pH nos efluentes ............................................................................ 72

Figura 12 - Variação do parâmetro índice de fenóis nos efluentes ..................................... 73

Figura 13 - Variação do parâmetro zinco nos efluentes ...................................................... 74

Figura 14 - Variação do nitrogênio total Kjeldahl nos efluentes ........................................... 75

Figura 15 - Curva de nível para o estudo da influência da concentração de zinco e DQO na

toxicidade aguda .......................................................................................................... 79

Figura 16 - Curva de nível para o estudo da influência da concentração de fenol e zinco na

toxicidade aguda .......................................................................................................... 79

Figura 17 - Variação mensal da toxicidade crônica no ribeirão dos Macacos ..................... 84

Figura 18- Variação mensal da toxicidade crônica no córrego do Fundo ............................ 84

Figura 19 - Variação mensal da toxicidade crônica no córrego Milho Branco ..................... 85

Na Figura 20, estão apresentados resultados de análise em amostras de água em região

de nascente (TC10) no município de Cataguases. ...................................................... 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Diagrama da correlação de Pearson para as variáveis envolvidas .................. 76

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição percentual da massa de água no planeta ......................................... 3

Tabela 2 - Padrões de lançamento de DQO em corpos d’água para diferentes países ........ 6

Tabela 3: Comparação dos equipamentos de tingimento para malharias ............................. 9

Tabela 4 - Fases do tingimento por exaustão ...................................................................... 14

Tabela 5 - Parâmetros gerais do tingimento contínuo e por batelada ................................. 15

Tabela 6 - Fatores intervenientes no aumento da taxa de tingimento ................................. 16

Tabela 7 - Características gerais para várias classes de corantes ...................................... 19

Tabela 8 - Produtos químicos auxiliares do tingimento de tecidos ...................................... 27

Tabela 9 - Consumo de água segundo as etapas do processo ........................................... 30

Tabela 10 - Consumo de água segundo o método de lavagem do tecido ........................... 30

Tabela 11 - Composição média dos efluentes líquidos das indústrias têxteis/malhas ........ 31

Tabela 12 - Fontes típicas de toxicidade aquática ............................................................... 36

Tabela 13 - Fontes típicas de metais na indústria têxtil ....................................................... 38

Tabela 14 - Concentrações tóxicas de cobre para diferentes espécies de água doce ........ 39

Tabela 15 - Metais tóxicos presentes em corantes típicos da industrial têxtil ..................... 40

Tabela 16 - Toxicidade de corantes ..................................................................................... 42

Tabela 17 - Compostos orgânicos tóxicos detectados em cinco fábricas de tecidos .......... 42

Tabela 18 - Valores de CE50 de algumas substâncias para espécies aquáticas ............... 44

Tabela 19 - Convenções adotadas para o IQA .................................................................... 48

Tabela 20 - Convenções adotadas para o IT ...................................................................... 49

Tabela 21 - Descrição das estações de amostragem acompanhadas pelos órgãos

ambientais de MG ........................................................................................................ 49

Tabela 22 - Relação dos pontos monitorados nesta pesquisa e no Águas de Minas ......... 50

Tabela 23 – Principais características das empresas estudadas ........................................ 53

Tabela 24 - Descrição dos pontos de amostragem dos efluentes industriais ...................... 55

Tabela 25 - Descrição dos pontos de amostragem nos corpos d’água ............................... 56

Tabela 26 - Relação dos métodos de análise dos parâmetros físico-químicos ................... 56

Tabela 27 - Escala de Toxicidade Aguda ............................................................................ 62

Tabela 28 - Médias mensais e desvios padrões (S) das variáveis físico-químicas e

biológicas mensuradas nos efluentes .......................................................................... 66

Tabela 29 - Concentrações dos efluentes nos corpos d’água em função da vazão dos

efluentes e de Q7,10 ...................................................................................................... 81

LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1 ............................................................................................................................ 17

Equação 2 ............................................................................................................................ 18

Equação 3 ............................................................................................................................ 80

Equação 4 ............................................................................................................................ 80

Equação 5 ............................................................................................................................ 80

Equação 6 ............................................................................................................................ 82

Equação 7 ............................................................................................................................ 82

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

APEO Etoxilatos de Alquilfenol CE50 Concentração Efetiva Média que causa efeito agudo a 50% dos organismos,

durante um período pré-estabelecido nas condições de teste

CENO Concentração de Efeito não Observado

CER Concentração do Efluente no Corpo Receptor após a Mistura

CL50 Concentração Letal a 50% dos organismos

CETEC Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

COPAM Conselho Estadual de Política Ambiental

DBO5 Demanda Bioquímica de Oxigênio. Medida a 5 dias, 20 ºC

DESA Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal

de Minas Gerais DQO Demanda Química de Oxigênio

DVGW Deutscher Verein des Gas-und Wasserfaches

EEUFMG Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais

EDTA Etilenodiaminotetracético

EIFAC European Inland Fisheries Advisory Commision

FEAM Fundação Estadual do Meio Ambiente

FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

GTZ Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit

IGAM Instituto Mineiro de Gestão das Águas

IQA Índice de Qualidade da Água

IT Índice de Toxicidade (contaminação por tóxicos)

NTK Nitrogênio Total Kjeldahl

OD Oxigênio Dissolvido

UT Unidade de Toxicidade

USEPA United States Environmental Protection Agency Q7,10 Vazão mínima anual do rio, média de sete dias consecutivos, com

probabilidade de dez anos de retorno.

LISTA DE ANEXOS

A Características físico-químicas dos efluentes por fibra processada

B Resultados do estudo de impacto ambiental a partir dos valores de CER

(concentração de efluente no corpo receptor)

C Valores de toxicidade crônica nos diferentes corpos d’água estudados

D Resultados gerados pelo “software” MINITAB na análise de regressão para

descrição da variável UTa

E Deliberações Normativas COPAM

F Dados de Monitoramento da Qualidade de Água Superficial – Projeto Águas de

Minas e Evolução de Alguns Parâmetros Físico-Químicos, Característicos de

Indústria Têxtil nos Corpos de Águas Estudados

G Características Gerais para Várias Classes de Corantes

H Registro de dados de testes de toxicidade aguda com Daphnia similis

1

1 APRESENTAÇÃO

A produção têxtil se divide em tecidos “planos” e “malhas”. A diferença entre esses

produtos está na forma de entrelaçamento dos fios que os compõem. No tecido plano os

fios formam ângulos ortogonais entre si, enquanto nas malhas podem assumir qualquer

outra configuração, com exceção da primeira (RIBEIRO, 1984). Sendo assim, o processo

industrial desses produtos é diferente, requerendo insumos e equipamentos – fatores que

influenciam nas características dos efluentes – também diversificados.

O presente estudo tem por objetivo principal a caracterização dos efluentes têxteis

provenientes de malharias, embora faça referência aos efluentes de indústria de tecidos

planos, para fins de comparação. Além disso, estudou-se a possibilidade de correlação

entre os parâmetros físico-químicos, utilizados na caracterização desses efluentes, e a

toxicidade aguda para Daphnia similis, na tentativa de se estabelecer um modelo

matemático. Avaliou-se também o impacto ambiental desses efluentes nos cursos d’água

receptores.

Para caracterização dos efluentes, estudou-se o processo produtivo e os efluentes líquidos

gerados nas diferentes etapas de produção.

Foram definidas, pela equipe técnica do Órgão Ambiental (FEAM) – coordenada pela Engª

Márcia Cristina M. Romanelli, as empresas e os parâmetros monitorados.

Os resultados de análises laboratoriais desta pesquisa constituem parte dos resultados do

projeto “Minas Ambiente”, criado para contribuir com as micros, pequenas e médias

indústrias do Estado de Minas Gerais na busca de alternativas tecnológicas, podendo

auxiliar, de forma mais expressiva, na manutenção da qualidade do meio ambiente. O

projeto “Minas Ambiente” é uma ação interinstitucional da qual participam instituições do

Estado, atuantes nas áreas de ensino, pesquisa e controle ambiental, com a colaboração

da Sociedade Alemã de Cooperação Técnica – Deutsche Gesellschaft für Technische

Zusammenarbeit (GTZ), dentro do Acordo de Cooperação Bilateral Brasil – Alemanha.

2

2 INTRODUÇÃO

Constitui fator de grande preocupação atualmente, o crescente aumento da poluição

ambiental. A cada dia nossos recursos hídricos tornam-se menos disponíveis. A

consciência da preservação do meio ambiente saudável constitui-se numa das premissas

básicas para a qualidade de vida. A preservação dos recursos naturais é imprescindível

para a vida das gerações futuras.

A água deve ser avaliada como elemento vital da sociedade, da biodiversidade e recurso

de valor econômico para o desenvolvimento. Uma matéria-prima que tende a escassear

tanto em quantidade quanto em qualidade, tornando-se, portanto, cada vez mais onerosa.

A água, que cobre cerca de setenta por cento da superfície do planeta, constitui um

recurso natural renovável por meio do ciclo hidrológico, sendo encontrada principalmente

no estado líquido. Trata-se de substância essencial a todas as formas de vida, sendo a sua

disponibilidade um dos fatores mais importantes para definição dos ecossistemas. É

fundamental que os recursos hídricos apresentem condições físicas e químicas adequadas

para sua utilização pelos organismos. Eles devem conter substâncias essenciais à vida e

estar isentos de outras que possam produzir efeitos deletérios aos organismos que

compõem as cadeias alimentares. Nesse contexto, a disponibilidade de água significa sua

presença não somente em quantidade adequada, mas também que sua qualidade seja

satisfatória para suprir as necessidades de uma determinada biota (BRAGA et al, 2002).

A caracterização dos recursos hídricos se dá de duas formas: com relação a sua

quantidade e qualidade, estando essas características intimamente relacionadas. A

qualidade da água depende diretamente da quantidade de água existente para dissolver,

diluir ou transportar as substâncias benéficas e maléficas para os seres que compõem a

cadeia alimentar.

Estima-se que a massa de água total existente no planeta seja da ordem de 265.400

trilhões de toneladas (BRAGA et al., 2002). A Tabela 1 apresenta a distribuição percentual

da massa de água no planeta.

3

Tabela 1 - Distribuição percentual da massa de água no planeta

Localização Área

(106 km2) Volume

(106 km3) Porcentagem da

água total (%)

Oceanos 361,3 1.338 96,5

Água subterrânea 134,8 23,4 1,7

Umidade do solo 0,016 0,0012 0,05

Calotas polares 16,2 24,1 1,74

Geleiras 0,22 0,041 0,003

Lagos 2,06 0,176 0,013

Pântanos 2,7 0,011 0,0008

Rios 14,88 0,002 0,0002

Biomassa 0,001 0,0001 0,003

Vapor na atmosfera 0,013 0,001 0,04

Total 532 1.386 100

Fonte: BRAGA et al, 2002. Adaptado.

Segundo BRAGA et al. (2002), apesar da abundância do volume total de água existente no

planeta, somente 0,5% representa água doce explorável sob o ponto de vista tecnológico e

econômico, que pode ser extraída dos lagos, rios e aqüíferos. O autor ressalta, ainda, que

desse percentual se deve subtrair a parcela de água doce que se encontra em locais de

difícil acesso ou aquela que se encontra bastante poluída, restando apenas 0,003% do

volume total. Outro fator a ser considerado é a distribuição da água disponível que ocorre

de maneira bastante heterogênea no espaço e no tempo, constatado pelo fenômeno de

desertificação, em função da variabilidade temporal da precipitação, que por sua vez ocorre

em função das condições climáticas, que variam em função do movimento de translação da

Terra.

Além dessas causas naturais, importantes alterações têm ocorrido nas fases do ciclo

hidrológico, devido a intervenções humanas. Dentre essas, destacam-se o desmatamento

e manejo inadequado do solo, as emissões descontroladas de poluentes gasosos e

particulados no ar e o lançamento indiscriminado de efluentes e resíduos sólidos no solo e

nas coleções hídricas.

Os sistemas de monitoramento vêm sendo utilizados pelos órgãos ambientais para o

acompanhamento e avaliação do impacto ambiental causado pelas atividades humanas.

4

Para efeito de orientação e referência, torna-se necessário a implementação de alguns

instrumentos legais, dentre esses, o enquadramento dos cursos d’água.

O enquadramento dos cursos d’água em classes é realizado em função dos usos

preponderantes. Trata-se de um instrumento de planejamento de suma importância para o

controle ambiental e a gestão dos recursos hídricos.

A definição das nove classes para águas doces, salobras e salinas de todo território

nacional, consta na Resolução CONAMA 20/86. Para cada classe foram estabelecidos, por

meio de parâmetros físicos, químicos e biológicos, padrões e condições de qualidade a

serem respeitadas de modo a assegurar os usos preponderantes. Além disso, o Estado de

Minas Gerais, em caráter complementar, também estabelece limites, às vezes mais

restritivos, e mais adequados à realidade mineira – condições naturais do Estado. A

Deliberação Normativa COPAM 10/86 estabelece cinco classes para águas doces.

Entretanto, o estabelecimento legal de padrões para algumas substâncias químicas não,

necessariamente, garante a ausência de toxicidade no efluente. A toxicidade se deve à

presença de agentes químicos que podem interagir entre si e ter seu efeito tóxico

potencializado como resultado dessa ação global.

A Resolução CONAMA 20/86, em seu Artigo 12, cita: “os padrões de qualidade das águas,

estabelecidos nesta Resolução, constituem-se em limites individuais para cada substância.

Considerando eventuais ações sinergéticas entre as mesmas, estas ou outras não

especificadas, não poderão conferir às águas características capazes de causarem efeitos

letais ou alterações de comportamento, reprodução ou fisiologia da vida”. Além desse

artigo, com referência aos padrões de emissão propriamente ditos, pode-se dizer que a

toxicidade de um efluente está contemplada no Artigo 23, que estabelece: “os efluentes

não poderão conferir ao corpo receptor características em desacordo com o seu

enquadramento”.

Sendo assim, apesar da legislação vigente não aliar diretamente os atuais padrões

numéricos à toxicidade, ela menciona a necessidade dos efluentes não conferirem efeitos

tóxicos ao ambiente.

5

3 OBJETIVOS Esta pesquisa tem por objetivo principal efetuar uma caracterização física, química e

ecotoxicológica dos efluentes líquidos provenientes das indústrias têxteis, em especial de

malharias, e relacionar os parâmetros físicos e químicos ao grau de toxicidade levantado.

Além disso, visa avaliar o impacto ambiental desses efluentes nos corpos d’água

receptores e analisar a possibilidade de correlação entre a toxicidade e o parâmetro DQO,

para auxiliar a revisão do atual padrão de lançamento de DQO – efluentes do setor têxtil –

em Minas Gerais.

Objetivos específicos:

I. avaliar a remoção da toxicidade obtida em estações de tratamento biológico de

efluentes – lodos ativados em regime contínuo;

II. comparar o impacto ecotoxicológico dos efluentes das malharias com os efluentes

gerados no processo industrial de tecido plano.

6

4 JUSTIFICATIVA O limite máximo de DQO, permitido para lançamento de efluentes nos corpos d’água,

preconizado pela DN COPAM 10/86, é de 90 mg/L. Esse valor foi, até meados do ano de

2001, utilizado para controle de lançamento de efluentes têxteis em Minas Gerais.

Entretanto, esse limite, considerado bastante restritivo, não era alcançado por tratamento

biológico – lodos ativados, o mais utilizado pelo setor têxtil – só sendo atingido por métodos

avançados de tratamento de efluentes, tais como os “processos avançados de oxidação

química” – PAO, considerados onerosos. Portanto, o valor limite, proposto pelo órgão

ambiental, era, até então, incompatível com a realidade econômica das empresas têxteis

mineiras. Sendo assim, surgiu a necessidade de se estabelecer um novo padrão para a

DQO, tendo sido proposto em 2001 pela DN COPAM 47/01, apresentada no Anexo E.

O novo padrão de DQO igual a 250 mg/L fixado para o setor têxtil, independentemente do

segmento, foi estabelecido a partir da avaliação dos dados levantados – resultados de

efluentes brutos e tratados, de concepções de sistemas de tratamento de efluentes líquidos

empregados pelo setor têxtil em Minas Gerais e em outros Estados, bem como

informações bibliográficas. Sugeriu-se, ainda, que fosse fixado um prazo de 5 anos para

que se procedesse a uma nova avaliação do padrão de 250 mg/L, frente aos resultados de

desempenho dos sistemas de tratamento de efluentes do setor têxtil, considerando o

pequeno número de sistemas de tratamento de efluentes implantados na ocasião da

sugestão do novo valor.

Na Tabela 2 estão apresentados valores de DQO de algumas regiões, os quais

subsidiaram o valor do padrão atualmente vigente.

Tabela 2 - Padrões de lançamento de DQO em corpos d’água para diferentes países

Região1 Padrão médio de DQO (mg/L)

Europa Ocidental 210

América Latina 363

Ásia 221

Leste Europeu 225

NAFTA 250 1Levantamento realizado pela FIEMG.

Fonte: FEAM, 2001a.

7

Tendo em vista o prazo para análise do novo padrão de lançamento de DQO, para esse

setor industrial, o presente estudo visa conhecer a toxicidade dos efluentes têxteis e avaliar

sua correlação com a DQO e os demais parâmetros físico-químicos analisados, para

auxiliar a revisão dos atuais padrões de DQO para o lançamento de efluentes da indústria

têxtil em Minas Gerais.

Ressalta-se que um efluente pode apresentar elevada concentração de matéria orgânica

(DQO) e baixa toxicidade, por exemplo, indústrias alimentícias, e que outros processos

industriais podem gerar efluentes extremamente tóxicos com valores de DQO muito baixos

como as indústrias de galvanoplastia. Portanto, nesses casos, não existe uma correlação

direta entre os parâmetros DQO e toxicidade (FEAM, 2001c). Entretanto, esta pesquisa

analisará possíveis correlações entre esses parâmetros para o setor têxtil,

especificamente.

Além disso, o conhecimento da toxicidade desses efluentes se justifica pelo fato da

Resolução CONAMA 20/86, em seu Artigo 12, e da DN COPAM 10/86, em seu Artigo 8º,

não admitirem presença de toxicidade nos efluentes que cause efeitos letais ou alteração

de comportamento, reprodução ou fisiologia da vida no corpo de água receptor.

8

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 PROCESSO PRODUTIVO O estudo do processo produtivo e das operações industriais constitui um fator essencial

para se prever a origem, quantidade e características dos poluentes gerados na indústria.

Na Figura 1 está apresentado um fluxograma simplificado das etapas de acabamento de

malhas. Essas etapas, especialmente as que compõem o beneficiamento primário e

secundário, são consideradas as mais preocupantes, em termos ambientais, por gerarem

efluentes líquidos com elevada carga poluidora.

As malhas de algodão podem ser ou não mercerizadas ou alcalinizadas, seguindo-se a

purga com hidróxido de sódio. O alvejamento pode ser realizado simultaneamente com a

purga, sendo neste caso o tecido destinado ao tingimento em cores médias e escuras, ou

pode ser conduzido em separado, seguindo-se o alvejamento e o tingimento em cores

claras. Tecidos de fibras sintéticas não são mercerizados, iniciando-se o beneficiamento

com uma purga leve, geralmente, com bicarbonato de sódio.

9

Figura 1 - Fluxograma das formas de beneficiamento de malhas

Fonte: LEÃO, 1999.

Os principais tipos de equipamentos usados em processos descontínuos (batelada) no

beneficiamento primário e secundário de malhas, mercerizadas ou não, estão descritos na

Tabela 3. Pela tabela nota-se a variabilidade do consumo de água (relação de banho)

requerido para cada equipamento.

Tabela 3 - Comparação dos equipamentos de tingimento para malharias

Equipamento Capacidade típica Relação de banho média

Barca 900 kg 10:1 a 50:1

Jet Flow 800 kg 5:1 a 8:1

Over flow 800 kg 5:1 a 8:1

Pandora ou Jigger Flow 500 kg 5:1 a 8:1

Fonte: LEÃO et al, 1999.

Observa-se, ainda, que a evolução do maquinário tem permitido uma melhoria significativa

da relação de banho, que pode ser reduzida, consideravelmente, de 20:1 – 30:1 nas barcas

10

convencionais, para 8:1 – 6:1 nos Over Flow e Pandoras (AMERICAN DYE

MANUFACTURES INSTITUTE, 1972).

5.1.1 Beneficiamento Primário

No beneficiamento primário os tecidos passam por tratamentos para eliminar óleos, ceras,

pigmentos, óleo de encimagem, marcações e sujeiras adquiridas durante os processos de

fiação e tecelagem. Após essa etapa, o produto têxtil estará limpo, brilhante, alvo e

hidrofílico.

5.1.1.1 Mercerização

A mercerização é o tratamento com solução de hidróxido de sódio (soda cáustica)

concentrada, 28 a 32o Bé, a frio, máximo 18oC, que é aplicado – sob tensão – aos fios ou

tecidos de algodão. A solução de soda é removida por lavagens, ainda sob tensão, após o

tratamento. A soda que permanece no tecido é neutralizada com ácido acético ou

clorídrico, a frio, seguido de enxágües para remoção do ácido.

Esse tratamento proporciona ao material celulósico brilho acentuado, maior afinidade aos

corantes, toque mais macio, maior resistência mecânica e à rotura, maior absorção e

encolhimento. A solução de soda cáustica promove a expansão da fibra, que se rompe

após a retirada desse álcali, assumindo uma seção circular. Esse rearranjo interno da

estrutura cristalina das fibras da celulose é que confere as características do tecido

mercerizado.

A alcalinização, também chamada de caustificação ou de lixiviação proporciona ao material

têxtil encolhimento, espessamento, aumento da resistência e do poder de absorção dos

corantes, assim como a mercerização. Neste processo, a fibra recebe um tratamento com

hidróxido de sódio a temperatura ambiente, sem tensão. A alcalinização pode ser

conduzida em tanques ou em foulard de impregnação e as águas de lavagem podem ser

recuperadas para a recomposição de um novo banho.

11

Para mercerização efetiva, deve ocorrer a penetração completa do licor cáustico na fibra,

requerendo-se a utilização de um agente umectante. Os primeiros agentes utilizados na

mercerização de algodão eram produtos à base de cresol e fenol, que eram misturados

com aminas, ácidos naftênicos e alquil-naftil sulfonatos. Atualmente, os agentes

umectantes usados para mercerização são isentos de fenol ou cresol.

5.1.1.2 Purga

A purga objetiva retirar impurezas naturais do tecido ou fio, como óleos, gorduras e

lubrificantes adicionados à fibra na tecelagem. Os tecidos sintéticos são submetidos

apenas a uma purga leve para eliminação de gomas.

A remoção das impurezas se processa a fervura, por esgotamento do banho, podendo

ocorrer perda de peso do tecido de 3 a 7%, dependendo da quantidade de impurezas e das

condições de extração e lavagem.

Os produtos químicos utilizados neste processo incluem álcalis, para saponificar óleos

naturais e surfactantes para emulsionar e suspender impurezas não saponificáveis. Além

desses, agentes auxiliares são requeridos para umectar o tecido cru, emulsionar impurezas

lipofílicas, dispersar produtos insolúveis da degradação e sabões de cálcio, complexar

agentes de dureza e íons de metais pesados e prevenir danos às fibras que podem ser

causados pelo oxigênio atmosférico.

As funções dos agentes auxiliares são desempenhadas por:

detergentes/umectantes estáveis em condições alcalinas, por exemplo, alquil

sulfonatos;

agentes complexantes tais como sais de sódio de ácido nitrilotriacético (NTA), ácido

etilenodiaminotetracético (EDTA), ácido dietilenotriaminopentacético (DTPA), ácido

glucônico, ácidos fosfônicos;

agentes dispersantes isentos de detergentes tais como acrilatos e fosfonatos;

agentes redutores como sulfito e ditionito.

12

A purga torna a fibra mais absorvente, o que melhora a eficácia dos tratamentos

subseqüentes, como alvejamento e tingimento. Após o banho de purga, o tecido é

submetido a lavagens a quente e a frio, a fim de que o álcali residual seja removido

(USEPA, 1974b).

5.1.1.3 Alvejamento

O alvejamento é um processo químico que elimina cor indesejável de fibras, fios ou

tecidos. Vários tipos de produtos químicos são utilizados como alvejantes e a seleção

depende do tipo de fibra e do tratamento subseqüente.

O processo de alvejamento envolve as seguintes atividades:

o tecido é saturado com alvejante, ativador, estabilizador e outros produtos necessários;

a temperatura é elevada ao valor recomendado para a fibra específica e mantida

durante o tempo requerido para o processo;

o tecido é lavado.

Atualmente, o agente alvejante mais utilizado é o peróxido de hidrogênio (H2O2), sendo

ainda importante o uso de hipoclorito de sódio (NaClO), clorito de sódio (NaClO2) e dióxido

de enxofre gasoso (SO2).

O agente redutor de alvejamento mais comum é o ditionito de sódio (Na2S2O4). O dióxido

de tio-uréia é também usado, porém, em pequena escala. Auxiliares, incluindo ativadores,

estabilizadores, tamponantes e surfactantes são usados no controle do processo de

alvejamento para evitar danos aos tecidos e desenvolver boa capacidade de absorção.

13

5.1.2 Beneficiamento Secundário

Após a fase de preparação dos tecidos, através dos processos de beneficiamento primário,

segue-se o tingimento. Os produtos têxteis podem ser tingidos de acordo com a maneira

de introdução do corante na fibra:

tingimento por exaustão: difusão do corante dissolvido para o interior das fibras

(contínuo ou em batelada);

tingimento com pigmentos: deposição do corante insolúvel sobre a fibra e fixação com

um ligante;

tingimento com géis: incorporação do corante durante a produção de fibras sintéticas.

Como o processo de tingimento por exaustão é o mais utilizado no acabamento de malhas,

a discussão sobre os princípios fundamentais será restrita a esse processo.

5.1.2.1 Tingimento por exaustão

Nesta etapa, o corante, que deve estar pelo menos parcialmente dissolvido, migra por

difusão da superfície da fibra para o seu interior. Geralmente, corante e material têxtil

encontram-se juntos em meio líquido – banho de tingimento.

A qualidade da água é de fundamental importância para o sucesso do processo de

tingimento. Problemas podem ser causados pela presença de impurezas em suspensão,

dureza, ferro, cobre, alumínio, cloro e ácido tânico. A concentração desses contaminantes

na água de processo varia sazonal e regionalmente e para diferentes indústrias. Essas

variações são compensadas pelo uso de diferentes corantes e metodologias de tingimento.

A presença de sais de metais alcalinos e alcalino-terrosos pode levar à formação de

compostos salinos pouco solúveis com corantes aniônicos, afetando a uniformidade do

tingimento e alterando a resistência à lavagem. Além disso, a formação de complexos

estáveis com as moléculas do corante pode causar alterações no tom pretendido,

freqüentemente, acompanhadas pela perda de brilho.

14

O tingimento por exaustão pode ser dividido em três fases, descritas na Tabela 4.

Tabela 4 - Fases do tingimento por exaustão

Fase Descrição

Fase de tingimento

(exaustão e absorção)

Difusão do corante para o interior da fibra. A taxa de difusão é

governada pela cinética de tingimento.

Fase de equilíbrio

A concentração final do corante dentro da fibra (rendimento do

corante) é quase alcançada. A penetração do corante e a

uniformização do tingimento ocorrem nesta fase

Fase de fixação do corante

Processos químicos: difusão ou retirada do corante, melhoria das

propriedades de resistência e solidez do tingimento.

Fonte: LEÃO, 1999.

Na fase de tingimento, o corante passa, por difusão, do banho para a fibra têxtil. Dois

processos são utilizados:

Tingimento por batelada: a água e o tecido são colocados juntos em um recipiente,

sendo o corante e produtos auxiliares adicionados de acordo com a receita. Há uma

intensa interação entre o tecido e o banho. Os processos de tingimento em

batelada são largamente utilizados apresentando, hoje, equipamentos modernos e

altamente automatizados.

Tingimento contínuo: o corante é dissolvido ou disperso no banho. Uma quantidade

definida do banho é aplicada ao tecido.

A taxa e uniformidade da difusão são controladas em ambos os processos. A taxa de

difusão de um corante é, geralmente, proporcional à diferença das concentrações do

corante no banho e na fibra. A transferência de massa se processa devido a essa diferença

de potencial químico entre os meios. Durante o processo de exaustão, a concentração de

corante no banho decresce continuamente, sendo a diferença das concentrações também

reduzida. Dessa forma, a taxa de tingimento irá decrescer até que o valor de equilíbrio seja

atingido.

15

No tingimento contínuo, o termo fixação do corante ou grau de fixação é, freqüentemente

empregado, referindo-se à relação entre o corante depositado no substrato têxtil e a

quantidade total de corante aplicada.

O parâmetro característico que descreve as propriedades de tingimento de um corante é a

quantidade desse produto absorvida pelo substrato têxtil por unidade de tempo – taxa de

tingimento.

A taxa de tingimento instantânea pode ser lida a partir de uma curva de exaustão. A

inclinação dessa curva corresponde à taxa de tingimento instantânea, sendo que curvas

mais inclinadas indicam taxas mais elevadas. Essa taxa pode ser expressa em termos da

quantidade de corante em g/kg ou % peso baseada na quantidade de substrato têxtil.

Dados técnicos gerais para tingimento contínuo e em batelada são apresentados na Tabela

5.

Tabela 5 - Parâmetros gerais do tingimento contínuo e por batelada

Parâmetro Ting. Contínuo Ting. Batelada

Taxa média de tingimento 50 a 100% / min 0,5 a 5% / min

Relação de banho (L banho/kg têxtil) - 4:1 a 25:1

Concentração do corante (2%, 20g corante/kg têxtil) - 0,8 a 5 g/L

Tempo de tingimento (exaustão) 0,7 a 2 min 20 a 200 min

Fonte: LEÃO, 1999 e LEUBE, 1995.

A taxa e, conseqüentemente, o tempo de tingimento podem ser controlados dentro dos

limites apresentados na Tabela 5.

A Tabela 6 mostra os fatores segundo os quais se processa o aumento da taxa de

tingimento.

16

Tabela 6 - Fatores intervenientes no aumento da taxa de tingimento

Elevação

da temperatura de tingimento;

do inchamento da fibra;

da concentração do acelerador.

Redução

da concentração residual do corante;

do tamanho da molécula do corante (maior

coeficiente de difusão para moléculas menores);

da concentração do agente retardante;

da relação de banho.

Fonte: LEÃO, 1999.

A Figura 2 ilustra curvas típicas de exaustão ou absorção para tingimento.

Obs.: O tempo de tingimento é dado em minutos para processos em batelada e em segundos, para tingimento contínuo. Figura 2 - Cinética de exaustão para três casos diferentes

Fonte: LEUBE, 1995.

Geralmente, uma curva de absorção linear proporciona um tingimento mais uniforme. O

tingimento obtido por processos em batelada, normalmente, resulta em um tingimento não

uniforme.

Cinética de Exaustão

0102030405060708090

100

0 10 20 30 40 50tempo

cora

nte

exau

rido

(%)

exponencial linear forma S

17

A correção da cor pode ser efetuada com a obtenção de resultados melhores. Taxas

elevadas de tingimento são, normalmente, associadas com baixa uniformidade, como por

exemplo, no tingimento de celulose com corantes a cuba.

A fase de equilíbrio se processa após a fase de exaustão, não havendo um indício claro de

mudança de fases. O equilíbrio é alcançado na prática quando a concentração do corante

no banho permanece aproximadamente constante. A Tabela 7 apresenta os fatores que

influem no aumento do rendimento do corante.

Tabela 7 - Fatores que interferem no aumento da taxa relativa do corante

Elevação

da concentração de sal

da substantividade do corante

da afinidade do corante pelo substrato têxtil

das propriedades de montagem do corante

Redução

da temperatura do banho

da relação de banho

do efeito de retenção dos auxiliares

da concentração residual do corante

Fonte: LEÃO, 1999.

As afinidades das várias classes de corantes são bem conhecidas, sendo designadas pelo

coeficiente de distribuição K, que é muito útil para caracterizar a situação de equilíbrio.

Se cf representa a concentração do corante na fibra – fase sólida – em g/kg e cl representa

a concentração do corante dissolvido no banho – fase líquida – em g/L, o coeficiente de

distribuição, em L/kg, é dado pela Equação 1.

K=c f /cl Equação 1

O coeficiente de distribuição é independente da relação de banho para um processo

específico de tingimento, sendo, portanto, um número adequado para caracterizar um

corante.

18

O coeficiente de distribuição depende de vários parâmetros, tais como:

propriedades de montagem do corante, isto é, passagem do corante para a fibra, que é

função da concentração desse produto;

temperatura;

pH;

adição de sal.

Cada classe de corante tem afinidade com fibras específicas. Corantes da mesma classe

podem, no entanto, apresentar grandes variações em afinidade química. Logo, a

generalização da exaustão relacionada a classes específicas de corantes deve ser utilizada

com cuidado. A exaustão máxima possível está relacionada à afinidade do corante pela

fibra e à relação de banho, expressa pela Equação 2.

E = K/(K+L) Equação 2

Onde:

E = Exaustão, que varia de 50 a 100%, em operações comerciais;

K = Coeficiente de distribuição, que pode variar de 10 a valores maiores que 1000, para as

várias combinações fibra/corante;

L = Relação de banho, que varia de 5 a 50 para os vários equipamentos.

As diversas características dos corantes, poderão ser visualizadas no Anexo G.

Alguns valores típicos de exaustão/fixação, bem como outras características para várias

classes de corantes, são apresentados na Tabela 7.

19

Tabela 7 - Características gerais para várias classes de corantes

Classe Fibras K típico Fixação típica

(%) Ligação corante - fibra Solidez

Ácido

Poliamida

130 80 a 93 ligações iônicas Boa

Azóico

(Naftol) Celulose 200 90 a 95

Deposição de

pigmentos insolúveis

dentro da fibra

Boa

Básico Acrílico 700 97 a 98 ligações iônicas Ótima

Direto Celulose 100 70 a 95 Forças de Van der Walls

e pontes de hidrogênio Variável

Disperso Sintéticos 120 80 a 92 Solubilização do corante

no interior das fibras Boa

Reativo Celulose 50 50 a 80 Ligações covalentes Excelente

Enxofre Celulose 50 60 a 70

Deposição de

pigmentos insolúveis

dentro da fibra

Ótima

Cuba Celulose 130 80 a 95

Deposição de

pigmentos insolúveis

dentro da fibra

Excelente

Fonte: USEPA, 1996. Adaptado.

Como pode ser verificado na Tabela 7, os corantes utilizados para celulose apresentam

níveis de exaustão e fixação baixos, sendo os corantes reativos os que apresentam valores

mais baixos. De acordo com a Equação 2, a exaustão decresce com o aumento da relação

de banho, sendo liberada para o efluente, uma maior quantidade de corante. Esse efeito é

mais pronunciado com corantes de baixa afinidade. Quando K diminui, mais corante

permanece no banho e a cor no efluente aumenta, especialmente se L é elevada. Para

reduzir a cor no efluente, deve-se selecionar corantes de alta afinidade – K elevado.

Quando corantes de baixa afinidade são utilizados, relações de banho baixas são

essenciais.

Em geral, quando o processo de tingimento alcança o equilíbrio, o corante ainda está nas

áreas externas da fibra têxtil. Devido à sua mobilidade, pode ainda migrar da fibra para o

banho a qualquer instante, o que ocorre na “igualização”. Essa igualização ou nivelamento,

20

normalmente, é mais rápida quando é conduzida a altas temperaturas e a concentração

residual de corante no banho é elevada.

O corante deve ser fixado, sendo o tratamento requerido na fase de fixação dependente da

química do corante. Existem os seguintes métodos de fixação:

fixação do corante por reação química - oxidação dos corantes solúveis para formar

pigmentos insolúveis – corantes a cuba – ou ligação aos grupos hidroxila da celulose –

reativos;

fixação por deposição dentro da fibra – dispersos, elevação do grau de agregação por

ensaboamento – corantes a cuba – ou precipitação dos corantes aniônicos por

auxiliares catiônicos.

Após a fixação, é necessário remover a parcela de corante que não foi fixada e residuais

de produtos auxiliares, o que pode ser obtido através da seqüência de procedimentos:

lavagem: um simples banho corrente arrasta o excesso de corante não fixado;

ensaboamento: um banho a quente com detergente elimina todo o corante não fixado;

enxágüe: banhos correntes eliminam o corante não fixado e o detergente utilizado no

ensaboamento.

Produtos Auxiliares

Os produtos auxiliares utilizados no tingimento podem constituir parte integrante do

processo, como os agentes redutores para tingimento com corantes a cuba, ou podem

levar a melhorias do produto, tais como uniformidade do tingimento, propriedades de

solidez, etc.

21

Uma das classificações utilizadas para os produtos auxiliares está relacionada ao seu uso,

sendo distinguidos agentes de solubilização, agentes umectantes, agentes de pós-

tratamento e agentes redutores, além de igualizantes, aceleradores e antiquebraduras.

Os agentes redutores são usados na redução dos corantes a cuba e ao enxofre para

formar os compostos leucos, podendo ser divididos em três grupos:

compostos contendo enxofre, tais como ditionito de sódio, dióxido de tio-uréia, sulfito de

sódio, sulfonatos de hidroxialquilas, sulfeto de sódio, bisulfito de sódio;

compostos orgânicos, como glicose ou hidroxiacetona;

híbridos complexos, como borohidreto de sódio.

Outros usos de redutores incluem o pós-tratamento pela decomposição redutora de

corantes aderidos à superfície das fibras – “stripping” de tecidos com tingimento defeituoso

e proteção dos corantes.

Os agentes oxidantes são necessários no tingimento de celulose com corantes a cuba,

ésteres leuco de corantes a cuba e corantes ao enxofre. Estes agentes são os mesmos

empregados no alvejamento:

peróxido de hidrogênio;

peroxosulfato de sódio;

peroxoborato de sódio;

hipoclorito de sódio;

clorito de sódio.

Para usos especiais, clorato de sódio, nitrito de sódio, dicromato de sódio e 3-

nitrobenzenosulfonato são também utilizados.

Os agentes solubilizantes são usados no tingimento para elevar a solubilidade dos

corantes em água. Os produtos comerciais contêm, freqüentemente, uma mistura de

solventes, dispersantes e surfactantes. Seu uso é necessário, nos processos por

22

esgotamento, para dissolução dos corantes azóicos. Neste caso, são usados etanol ou

bases heterocíclicas – derivados de piridina, N-metilpirolidina.

Sob condições desfavoráveis, alguns corantes podem ser destruídos ou alterados durante

a aplicação. Corantes azo podem ser reduzidos quando celulose é tingida com corantes

diretos a temperaturas elevadas. Pode-se prevenir essa redução pelo controle rigoroso do

pH, adicionando-se substâncias tamponantes e agentes de oxidação. Problemas similares

podem ocorrer no tingimento com corantes reativos, que podem ser modificados pela

degradação da celulose em presença de álcalis a temperaturas elevadas. O corante é

protegido por um agente oxidante (3-nitrobenzenosulfonato de sódio). No tingimento de

algodão com corantes reativos, que são muito sensíveis a oxidantes e redutores, mesmo

pequenas quantidades de peróxido de hidrogênio devem ser destruídas com agentes

redutores. Corantes a cuba do tipo Idrantene podem produzir tons esverdeados e opacos

quando aplicados a temperaturas superiores a 60 ºC, devido à sua redução, sendo que

este efeito pode ser controlado pela adição de nitrito de sódio ou glicose.

Para a obtenção de um bom tingimento, é essencial que o substrato têxtil seja uniforme e

completamente molhado. Têxteis manufaturados a partir de fibras naturais tais como

algodão e lã, geralmente, apresentam boas propriedades de molhabilidade após o pré-

tratamento. Entretanto, pode ser economicamente vantajoso conduzir o pré-tratamento e o

tingimento em um único estágio, o que torna necessária a utilização de um umectante.

Para o caso específico do tingimento por esgotamento de fibras sintéticas, o uso desses

agentes é desnecessário.

Os agentes umectantes são substâncias surfactantes, que reduzem a tensão superficial do

líquido e causam seu espalhamento sobre a superfície das fibras, deslocando o ar. Como a

formação de espumas é indesejável, o surfactante pode ser aplicado em combinação com

antiespumantes, ou a tensão superficial das fibras pode ser aumentada pela adsorção de

compostos polares hidrofóbicos. Os umectantes usados no tingimento são diferentes

daqueles aplicados no preparo, pois devem apresentar baixa formação de espuma e

retenção do corante.

23

Os agentes dispersantes, também à base de surfactantes, possuem uso indispensável nos

seguintes casos:

tingimento por esgotamento com corantes dispersos. Embora todos os corantes

dispersos contenham em sua formulação um alto teor de dispersantes, adiciona-se

usualmente de 0,5 a 2,0 g/L de dispersante ao banho, para garantir a estabilidade da

suspensão de corante. No pós-tratamento das fibras tingidas de poliéster, o dispersante

ajuda na remoção do corante aderido à superfície, melhorando as propriedades de

solidez do tingimento.

tingimento com corantes ao enxofre e a cuba. Os dispersantes são utilizados nas

etapas onde o pigmento ainda não foi oxidado ou foi formado novamente por oxidação,

tais como pré-impregnação, tingimento em equipamento aberto, oxidação.

tingimento com corantes azóicos. Dissolução dos naftóis e preparo dos banhos

primários e de desenvolvimento.

Os agentes complexantes são adicionados ao banho para combinar com cátions

multivalentes, especialmente cálcio, manganês e ferro, que podem ser introduzidos no

banho pelo material têxtil. O uso desses produtos é extremamente importante na remoção

do corante não fixado após o término do estágio de tingimento. Geralmente, os produtos

usados são os mesmos empregados na lavagem e processos de preparo para tingimento.

Os agentes igualizantes promovem a distribuição homogênea do corante no têxtil durante o

processo de exaustão, produzindo um tingimento uniforme quanto à tonalidade e a

intensidade da cor. Desigualdades são causadas ou intensificadas por:

afinidade corante/fibra alta e variável;

distribuição do banho no têxtil não uniforme;

diferenças de temperatura no têxtil.

24

A desigualdade no tingimento pode ser controlada por técnicas adequadas, como a

melhoria da difusão do banho no material têxtil, o controle do pH e o uso de agentes

igualizantes. Esses produtos agem, principalmente:

reduzindo a taxa de tingimento;

aumentando a taxa de migração do corante para a fibra têxtil;

melhorando a compatibilidade dos corantes.

Os agentes igualizantes produzem também outros resultados que não influenciam

diretamente na interação fibra-corante, mas têm um efeito favorável sobre a uniformização

do tingimento. Esses efeitos incluem a melhoria da solubilidade ou da estabilidade da

dispersão do corante, além da prevenção da deposição de impurezas.

Os igualizantes, normalmente, apresentam vários efeitos simultâneos, tanto em função das

propriedades dos componentes individuais, quanto pela mistura de vários compostos na

sua formulação.

Alguns igualizantes apresentam afinidade pelos corantes, formando compostos fracamente

ligados a eles, cuja estabilidade depende da concentração e, normalmente, decresce com

elevação da temperatura. Assim, a distribuição do corante no equilíbrio entre o banho e a

fibra é forçada para o banho. Esse aumento da concentração do corante permite que áreas

do tecido que estão tingidas com diferentes intensidades sejam uniformizadas pela

migração do corante. Agentes igualizantes eficientes apresentam afinidade pelo corante

suficiente para reduzir sua taxa de absorção e/ou promover sua migração. Diferenças de

absorção entre diferentes corantes podem também ser uniformizadas, de modo que os

corantes migrem da mistura líquida a taxas iguais.

Agentes igualizantes que apresentam afinidade pelas fibras são absorvidos em competição

com o corante. Essa reação competitiva reduz a taxa de absorção do corante e promove a

migração.

25

O pH influencia a absorção de corantes não iônicos em lã e/ou poliamida e a fixação de

corantes reativos em celulose. Com o controle do pH, é possível melhorar a igualização na

fase de absorção ou controlar a fixação do corante, como no tingimento de fibras mistas

algodão-poliéster com corantes dispersos ou reativos. A redução do pH obtida com a

adição de produtos que liberam prótons, como ésteres de ácidos orgânicos, possibilita o

decréscimo do pH em taxas baixas e constantes, em todas as regiões do banho, podendo

o corante aniônico ser absorvido de maneira controlada e uniforme.

Os aceleradores são usados no tingimento por exaustão de fibras sintéticas para aumentar

a taxa de absorção do corante disperso e a taxa de difusão dentro da fibra, possibilitando

melhor rendimento do corante. Cerca de 70 a 90% do produto é absorvido pelas fibras

durante o tingimento (SENAI/CETIQT, 1991). Os produtos comerciais são, geralmente,

líquidos e apresentam em sua formulação 60 a 80% de substância ativa, 10 a 30% de

emulsionantes e até 10% de solventes.

O tingimento com o uso de aceleradores pode causar o inchamento da fibra em um nível

tal que altere as propriedades tecnológicas da mesma, sendo que residuais que

permaneçam sobre a fibra após o tingimento podem alterar a solidez da cor à luz e ao

calor. Além de evitar ou minimizar esse problema, um acelerador eficiente deve preencher

os seguintes requisitos:

possuir máxima eficiência com uso de pequenas quantidades do produto;

possuir efeito independente da constituição química do corante;

formar rapidamente uma emulsão estável nas condições de tingimento;

possuir baixa volatilidade;

ser de fácil remoção na fibra;

contribuir com pouca ou nenhuma contaminação do ambiente por odores;

não manchar outras fibras presentes em fibras mistas, quando utilizado com corantes

dispersos.

A formação de quebraduras é um dos defeitos de tingimento mais graves que pode ocorrer,

sendo a sua remoção extremamente difícil. Quebraduras longitudinais são formadas

26

quando o tecido é tingido em corda e submetido a tensões elevadas. Esses defeitos podem

ser evitados por meio de medidas tomadas durante o tingimento, tais como: baixas

temperaturas, resfriamento lento após processos a quente ou acabamento em máquinas

especiais com baixa tensão longitudinal. Além disso, a formação de quebraduras

permanentes pode ser minimizada pela adição de produtos especiais, agentes

antiquebraduras, ao banho.

A ação dos agentes antiquebraduras não é completamente compreendida, sendo,

provavelmente, devida a uma lubrificação que melhora o deslizamento de uma parte do

têxtil sobre a outra. Assim, as quebraduras formadas durante o movimento do tecido são

abertas e desaparecem mais facilmente. Geralmente, os produtos são mistos, contendo

também agentes dispersantes e igualizantes, e não devem formar espuma.

O material tingido muitas vezes não apresenta propriedades adequadas de solidez,

resistência à água, lavagem, transpiração, calor, fricção e luz. Dois métodos principais são

utilizados para melhorar as propriedades de solidez:

remoção por lavagem dos produtos de degradação dos corantes, agregados de

corantes ou corantes não fixados através do uso de agentes complexantes ou de vários

tipos de surfactantes com ação dispersiva, da decomposição redutora ou da utilização

de solventes orgânicos. Esses auxiliares não são classificados como agentes de pós-

tratamento;

condução de um processo de pós-tratamento que promova a ligação do corante

fracamente fixado à fibra.

A Tabela 8 lista algumas classes de produtos químicos auxiliares explicitando sua função

no tingimento dos tecidos e exemplifica bases químicas mais utilizadas para esses

compostos.

27

Tabela 8 - Produtos químicos auxiliares do tingimento de tecidos

Tipo de produto Uso Composição (exemplos)

Agentes Redutores Redução dos corantes a cuba e ao enxofre; pós-tratamento pela decomposição redutora de corantes aderidos à superfície das fibras.

Sulfito de sódio Glicose Híbridos complexos

Agentes Oxidantes Aplicado no tingimento de fibras celulósicas com corantes a cuba.

Peróxido de hidrogênio Hipoclorito de sódio Clorito de sódio

Agentes Solubilizantes

Aumentar a solubilidade dos corantes em água.

Misturas de solventes, dispersantes e surfactantes

Agentes Umectantes

Aumentar a hidrofibilidade do tecido, por meio da redução da tensão superficial do líquido, causando seu espalhamento sobre as superfícies das fibras.

Ésteres Polietilenoglicol Sulfato de éter de ácido graxo

Antiespumantes Aplicado em combinação com agentes umectantes para evitar a formação de espuma e transbordos dos equipamentos

Emulsões de ácido graxo Ésteres de ácido carboxílico

Agentes Dispersantes Usados para dispersar corantes não solúveis em água para obtenção de tingimento uniforme.

Polieletrólitos solúveis em água (polisulfonatos, poliacrilátos, etc). Surfactantes, tensoativos em geral

Agentes Complexantes

Complexar íons de cálcio, magnésio e sais de ferro presentes no banho.

EDTA (ácido etileno-diamino-tetracetato) Derivados de ácido fosfórico

Agentes Igualizantes Promover a distribuição uniforme dos corantes no tecido durante a exaustão.

EDTA Polifosfatos Policarboxilatos

Reguladores de pH Promover o acerto de pH do banho em faixas adequadas ao tipo de corante utilizado.

Ésteres orgânicos Sais de ácidos carboxílicos Fosfatos Carbonatos Dióxiodo de carbono

Aceleradores

Usados no tingimento de fibras sintéticas, na fase de exaustão, para aumentar a taxa de absorção de corantes dispersos, dando um maior rendimento.

Hidrocarbonetos aromáticos Éteres aromáticos

Agentes antiquebradura

Lubrificação para melhoria do deslizamento de uma parte do tecido sobre a outra, visando evitar formação de quebraduras

Éster fosfórico modificado Derivados de poliamida Sulfonatados graxos

Agentes pós-tratamento

Melhorar a solidez do tingimento (resistência à água, lavagens, transpiração, calor, fricção e luz)

produtos que se ligam ao corante que está fracamente ligado à fibra; composição depende do tipo da fibra e do corante utilizado.

Fixadores Fixar corantes solúveis no tecido

Poliamida alifática modificada Formaldeído Melamina

Fonte: ANDRADE, 1999 e TORQUETTI, 1998. Adaptado.

28

5.1.2.2 Estampagem

Após a etapa de tingimento, o tecido segue para o acabamento final, ou passa ainda por

outro processo denominado estampagem, que objetiva conferir cor em locais específicos

do tecido. Nessa etapa também podem ser utilizados diversos tipos de corantes, sendo os

mais comuns os pigmentos inorgânicos e os corantes reativos.

A pasta de estampar constitui o meio condutor e dissolvedor dos pigmentos utilizados para

a estampagem. Essa pasta consiste em uma emulsão de óleo em água, querosene, além

de alguns auxiliares como os ligantes – resinas acrílicas fixadoras de pigmentos –

emulsificantes diversos e, às vezes, estabilizadores como a uréia. As pastas são

depositadas no tecido por meio de quadros ou rolos gravados. Em seguida, os tecidos são

submetidos aos processos de secagem, vaporização e lavagem. Outra alternativa consiste

na utilização de pigmentos que são aplicados no têxtil com o auxílio de um ligante que cola

o pigmento ao tecido após tratamento de polimerização.

5.1.3 Beneficiamento Terciário

Na etapa de acabamento/beneficiamento terciário, os tecidos são submetidos a uma série

de processos com o objetivo de conferir aspecto que atenda aos desejos do consumidor,

além de garantir diversos tipos de resistência ao uso. O tecido deve apresentar largura

regular e na medida requerida pelo comprador, toque exigido e estabilidade dimensional.

Quanto ao aspecto visual, pode-se atribuir como acabamento final, brilho, relevo,

matificação e transparência.

O acabamento pode ser de dois tipos:

acabamento mecânico: envolve processos como chamuscagem, ciré, lixagem,

felpagem, decatissagem, foulonagem, sanforizagem, dentre outros;

acabamento químico: compreende processos como amaciamento, adição de produtos

que conferem ao tecido repelência à água e outros capazes de evitar rugas.

29

Muitas vezes, o material têxtil é submetido a um acabamento combinado entre os dois tipos

citados (RHODIA, 1984).

Dentre os produtos utilizados no acabamento químico, podem ser citados: resinas

polivinílicas, acrílicas, polietileno e silicone. Além desses, os amaciantes também podem

ser usados (GOMES, 1984).

Os produtos químicos utilizados durante os processos de beneficiamento do têxtil são,

comumente, comercializados em tambores, sacos, cones e tubos de papel, madeira e

metal.

5.2 EFLUENTES DE INDÚSTRIA TÊXTIL/MALHAS

A indústria têxtil é uma das maiores produtoras de efluentes líquidos. Em média são

requeridos aproximadamente 80 litros de água para produzir 1 kg de tecido. Contudo,

bibliografias fazem referência a valores da ordem de 150 L/kg, estimando-se que 88%

desse volume seja descartado como efluente e os 12% restantes compõem as perdas por

evaporação (TORQUETTI, 1998). A natureza desses efluentes depende da tecnologia e

processos industriais empregados e também dos tipos de fibras e produtos químicos

utilizados. O alto consumo de água demandado por essa tipologia industrial advém das

operações de lavagens, tingimento e acabamento dos tecidos, bem como de lavagem de

pisos e equipamentos.

As Tabelas 10 e 11 apresentam valores para o consumo de água, em função da etapa do

processo e da metodologia utilizada para lavagem do tecido, respectivamente.

30

Tabela 9 - Consumo de água segundo as etapas do processo

Etapa Consumo de água (L/kg)

Purga 19 – 43

Alvejamento 2,5 – 125

Mercerização 233 – 309

Tingimento:

básico

direto

naftol

enxofre

a cuba

150 – 300

14 – 53,5

19 – 140

24 – 214

8,5 – 167

Fonte: USEPA, 1998.

Tabela 10 - Consumo de água segundo o método de lavagem do tecido

Método Consumo médio de água (L/kg)

Corda 29

Aberto 11

Molinete 69

Rolo 38

Fonte: USEPA, 1978a.

Os efluentes industriais contêm inúmeras substâncias contaminantes – por utilizar

intensivamente produtos químicos – que podem causar danos ao meio ambiente, se não

forem adequadamente removidas ou tratadas. Muitas dessas substâncias não ficam retidas

no tecido e são descartadas com os efluentes. Na Tabela 11 estão indicados alguns

parâmetros típicos desses efluentes e suas respectivas concentrações.

31

Tabela 11 - Composição média dos efluentes líquidos das indústrias têxteis/malhas

Parâmetros Valor médio

(LEÃO, 1999) Valor médio

(USEPA, 1978a)

DBO5 (mg/L) 196 350

Sólidos totais (mg/L) 3.400 -

Sólidos em suspensão (mg/L) 77 300

DQO (mg/L) 942 1.000

Óleos e Graxas (mg/L) 65 53

Fenóis (mg/L) 0,053 0,24

Sulfetos (mg/L) 0,005 0,20

pH 10,2 8

Temperatura (ºC) 44,7 -

Nitrogênio amoniacal (mg/L) 15 -

Fósforo solúvel (mg/L) 1,8 -

Detergentes (mg/L) 12,7 -

Cloretos (mg/L) 1.106 -

Cromo total (mg/L) 0,07 0,05

Cobre (mg/L) 0,16 -

Zinco (mg/L) 0,33 -

Vazão (m3/h) 1 a 71 -

Relação DQO:DBO5 4,8(1) - (1)Em algumas empresas avaliadas pelo Projeto ECOTEX, as razões entre as parcelas não biodegradável e biodegradável (DQO:DBO5) atingiram valores bastante elevados, alcançando 16.

A razão DQO:DBO5 pode ser reduzida por meio da elevação da carga orgânica

biodegradável (DBO5), obtida com a aclimatação da cultura. De qualquer forma, essa razão

indicará a presença de uma parcela não biodegradável (ou de difícil degradação)

significativa, provavelmente devida à contribuição dos produtos químicos utilizados.

Os poluentes dessa tipologia industrial apresentam-se em elevadas concentrações, que

associados a grandes vazões, proporcionam ao efluente uma carga considerável.

Geralmente, os poluentes resultantes dos processos têxteis são orgânicos e solúveis.

As Tabelas A1 a A7 (Anexo A) apresentam valores típicos para alguns parâmetros,

segundo as etapas do processo e o tipo de fibra.

32

5.2.1 Mercerização

O efluente líquido do processo de mercerização é alcalino e apresenta elevada

concentração de sólidos dissolvidos, entretanto, apresenta valores pequenos para a

concentração de DBO5 (SENAI/CETIQT, 1991; SMITH, 1989). Durante a mercerização,

impurezas como óleos, graxas e fibras/fibrilas removidas do tecido constituirão parte dos

sólidos suspensos. Essas impurezas contribuirão, com uma pequena parcela de DBO5, no

efluente desta etapa (USEPA, 1974b).

As fibrilas, provenientes deste processo, constituem um problema para o tratamento

desses efluentes já que são basicamente celulose, cuja degradação não é obtida nos

métodos biológicos, normalmente, empregados no tratamento de efluentes têxteis.

5.2.2 Purga

O processo de purga produz um efluente líquido cáustico, com pH entre 10 e 13 e

temperaturas acima de 85 ºC. Embora a concentração de álcali, no início da operação,

esteja entre 1 e 5%; no efluente líquido, esse percentual é de 0,3% de hidróxido de sódio,

considerando-se que a diferença tenha sido absorvida pelas fibras do algodão

(SENAI/CETIQT, 1991; USEPA, 1974b).

O efluente contém ainda níveis significantes de sais dissolvidos, sólidos em suspensão e

óleos e graxas. Os dois últimos poluentes podem causar uma demanda de oxigênio,

podendo acarretar a depleção desse gás nos corpos receptores (CPRH/GTZ, 1997). Uma

pequena parcela dos sólidos suspensos é devida às impurezas presentes no algodão, que

são removidas nesta etapa. Os efluentes da purga, geralmente, ainda apresentam

umectante e peróxido de hidrogênio (LEÃO, 1999). Para os tecidos sintéticos, por se tratar

de uma purga mais leve, os sólidos dissolvidos no efluente não apresentam concentrações

nem volumes elevados, sendo devidos a surfactantes ou fosfato de sódio (USEPA, 1974b).

Essas águas podem conter também agentes antiestáticos e lubrificantes.

33

A etapa de purga pode contribuir com até 30% da DBO5 total dos efluentes têxteis

(SENAI/CETIQT, 1991; USEPA, 1978a). Embora as impurezas naturais removidas do

algodão, durante este processo, contribuam com considerável valor de DBO5, geralmente,

essa concentração é de fácil degradação por se constituírem de substâncias

biodegradáveis (USEPA, 1978a).

5.2.3 Alvejamento

Os efluentes das operações de alvejamento caracterizam-se pela presença de cloro na

forma de hipocloritos e cloritos e são fortemente alcalinos. Apesar da possibilidade de

serem ácidos (alvejamento de fibras sintéticas e lã) e tóxicos, esses efluentes não

possuem concentrações elevadas de DBO5, sendo que a maior parte é devida à matéria

orgânica removida do algodão. Os efluentes possuem também concentrações elevadas de

sólidos totais.

O efluente da etapa de alvejamento com peróxido de hidrogênio contribui com uma

pequena parcela de carga no efluente final da indústria. A maior parte da poluição gerada

nesse processo é devida aos sólidos dissolvidos, que podem ser tanto inorgânicos –

silicato de sódio, hidróxido de sódio e fosfato de sódio – quanto orgânicos – agentes

surfactantes (USEPA, 1974b).

Os estabilizadores de peróxido de hidrogênio possuem a propriedade de manter as

características oxidantes do peróxido ativas por tempo elevado, o que é vantajoso sob o

ponto de vista industrial. Entretanto, uma vez no corpo receptor, o peróxido ativado traz

riscos à flora e fauna aquáticas (CPRH/GTZ, 1997).

5.2.4 Tingimento

As características dos efluentes líquidos provenientes das operações de tingimento são

variáveis, devido à presença de diversos tipos de corantes, da maneira pela qual os

mesmos são aplicados e também do tipo de fibra. Esses efluentes caracterizam-se por

forte coloração, sendo essa a responsável pelo grande impacto visual que causam ao meio

ambiente, no que diz respeito à cor que transferem aos corpos d'água.

34

Geralmente esses efluentes apresentam baixa DBO5, sendo que o grau de

biodegradabilidade (DQO:DBO5) é variável. Possuem corantes/pigmentos dispersos de

difícil remoção, além de sais e umectantes. O teor de sólidos desta etapa é elevado e o pH

variável em função do tingimento.

Nos processos típicos de tingimento e estampagem, a quantidade de corante consumida

no processo é relativamente pequena, se comparada ao peso do substrato. De acordo com

WAGNER, (1993), o percentual de corante fixado na fibra varia de 50 a 100% e o restante

é descartado com os banhos.

Além do inconveniente de grande quantidade de corante não ser absorvida pelas fibras

têxteis, vários desses produtos são tóxicos, como aqueles à base de enxofre, ou contêm

em sua composição componentes tóxicos, como é o caso dos corantes para tingimento das

fibras de poliéster.

Operações típicas de tingimento de algodão utilizam quantidades de sais, tais como

cloretos e sulfatos de sódio que variam de 20 a 80% do peso do tecido a ser tingido, sendo

que as concentrações desses sais nos efluentes variam entre 2000 a 3000 mg/L (SMITH,

1986).

Neste processo, diversos tipos de produtos químicos auxiliares são utilizados, sendo a

grande maioria de natureza orgânica. Esses produtos podem ser classificados em

categorias de acordo com sua biodegradabilidade. Entretanto, nem todos os produtos

disponíveis atualmente no mercado têm indicada nas Fichas de Segurança dos Produtos

Químicos – FSPQ os valores de DQO e DBO5, o que dificulta a seleção de insumos que

sejam mais degradáveis biologicamente.

O uso de aceleradores no tingimento pode causar alguns inconvenientes, pois muitos

desses agentes também são tóxicos e sua presença nos efluentes líquidos exerce

elevados valores de DQO.

35

Quando os tecidos são submetidos à etapa adicional de estampagem, os efluentes líquidos

gerados podem conter altas concentrações de DBO5 e sólidos, sendo que uma importante

fonte desses sólidos é devida aos pigmentos utilizados. Os efluentes da estampagem

provêm, geralmente, da sala de preparação de pastas e das lavagens das máquinas e

seus cilindros rotativos e são constituídos, basicamente, de resíduos de pigmentos,

querosene, ligantes, uréia e outros (GOMES, 1994).

5.2.5 Acabamento Terciário

Os efluentes líquidos das operações de acabamento apresentam, como características

principais, baixas concentrações de DBO5 e volumes pouco significativos, se comparados

com os efluentes dos demais processos. Especificamente para fibras de rayon as

operações de acabamento resultam em DBO5 equivalente a 20-30% da carga total e

sólidos suspensos da ordem de 60-85% da carga total (USEPA, 1978a).

Na etapa de acabamento, a absorção dos produtos pelas fibras é bastante elevada, o que

faz com que eles sejam consumidos em sua quase totalidade. Assim, os efluentes são

constituídos, principalmente, de resíduos dos produtos não incorporados às fibras

(RONDINEL PINEDA, 1990). Dependendo do acabamento requerido, pode-se encontrar

nesses efluentes outras substâncias como uréia, formol, trifosfato de sódio, estearatos,

óleos, emulsões de resinas polivinílicas, acrílicas, melamínicas e, às vezes, amido.

Dentre os produtos utilizados na etapa de acabamento, alguns são pouco biodegradáveis,

podendo também apresentar a baixas concentrações, toxicidade para alguns organismos

aquáticos como bactérias e fungos.

As águas de enxágüe do processo e de lavagem dos equipamentos utilizados também

constituem fonte de geração de efluentes líquidos nesta etapa.

36

5.3 TOXICIDADE DOS EFLUENTES DE INDÚSTRIA TÊXTIL/MALHAS

Estudos mostram que a toxicidade aquática dos efluentes têxteis varia, consideravelmente,

em função dos processos industriais (instalações, insumos, dentre outros), podendo

apresentar-se alta ou até mesmo nula (USEPA, 1996).

Apesar da falta de conhecimento quanto à exata composição ou toxicidade de muitos

corantes e auxiliares químicos utilizados na indústria têxtil, grupos genéricos de agentes

químicos contribuem para o problema. Dentre esses agentes destacam-se: corantes, sais,

agentes tensoativos, metais, orgânicos tóxicos, biocidas e ânions tóxicos (USEPA, 1996). A

Tabela 12 exemplifica alguns produtos químicos presentes na composição desses agentes

e que podem causar toxicidade aquática.

Tabela 12 - Fontes típicas de toxicidade aquática

Agente Produto químico

(exemplos) Fonte típica

Sais NaCl, Na2SO4 tingimento

Surfactantes etoxilato de fenol diversas

Metais cobre, zinco, etc corantes

Orgânicos solventes clorados purga, equipamentos de limpeza

Biocidas pentaclorofenol contaminantes aplicados em fibras de lã e

algodão(1)

Ânions tóxicos sulfeto tingimento sulfuroso

Fonte: USEPA, 1996; (1) RIBEIRO, 1984.

Além dos sais utilizados diretamente como matéria-prima, durante o processo industrial,

alguns sais são produzidos como subprodutos de neutralização ou outras reações. EIFAC

(1973) apud TRAIN (1979) ressalta que o aumento da salinidade do meio, dentre outros

fatores, pode aumentar a toxicidade do fenol. A alta salinidade dos efluentes tem sido

considerada um problema futuro significativo (WAGNER, 1993). Os sólidos totais desses

efluentes apresentam uma concentração média de 3.400 mg/L, o que normalmente,

corresponde a 50-70% da condutividade medida, sendo que seu fracionamento entre as

parcelas fixa e volátil mostra que 78% é de natureza inorgânica e apenas 22% refere-se

37

aos sólidos orgânicos. A parcela dos sólidos em suspensão em relação aos sólidos totais é

pequena, cerca de 2%. A grande maioria dos sólidos encontra-se na forma dissolvida

(LEÃO et al, 1999).

Outras fontes de toxicidade dos efluentes têxteis são os agentes sequestrantes, como o

EDTA, que formam complexos estáveis com os metais pesados. Esses complexos podem

passar incólumes pelas unidades de tratamento e uma vez nos corpos receptores, serem

decompostos, liberando os metais no meio ambiente (NORMAN, 1991a,b). Segundo

BAIRD, (2002) o sal de cálcio do ácido ETDA é um composto que extrai e solubiliza a

maioria dos íons metálicos.

Os agentes tensoativos e compostos relacionados como detergentes, emulsificantes e

dispersantes são utilizados em quase todos os processos têxteis e podem constituir

importantes contribuidores da toxicidade dos efluentes. Normalmente esses compostos

ocorrem em concentrações que variam de 50 a 200 mg/L nos efluentes têxteis (KRAVETZ

et al, 1986). A maioria dos agentes tensoativos utilizados na indústria têxtil é de natureza

não iônica.

Os surfactantes, devido a sua natureza e extensa utilização, são os principais contribuintes

para a toxicidade dos efluentes têxteis (USEPA, 1996). Entre os surfactantes não iônicos

mais comuns, usados nos processos de purga/lavagem, podem ser citados os etoxilatos de

alquilfenol (APEO). Esses produtos são persistentes, tóxicos e potencialmente bio-

cumulativos. Os subprodutos de degradação dos APEOs são significativamente mais

tóxicos e persistentes que os próprios APEOs. Um dos mais utilizados é o etoxilato de

nonifenol, que é tóxico a peixes em concentrações em torno de 5 mg/L. A concentração

normalmente encontrada nos efluentes é muitas vezes superior a esse valor (HORNING,

1981). Portanto, uma alternativa de redução dessa concentração tóxica é a substituição

dos APEOs pelos etoxilatos de álcoois graxos.

Outra fonte de toxicidade dos efluentes têxteis são os metais presentes. A Tabela 13

relaciona alguns metais e as possíveis fontes de geração na indústria têxtil.

38

Tabela 13 - Fontes típicas de metais na indústria têxtil

Metais Fontes típicas

Arsênio Fibras, águas de processo

Cádmio Impureza em sais

Chumbo Corantes, tubulação

Cobalto Corantes

Cobre Corantes, fibras, águas de processo

Cromo Corantes, laboratório

Estanho Produtos químicos, tubulação

Manganês Sais

Mercúrio Corantes, sais

Níquel Corantes

Titânio Fibras

Zinco Corantes, produtos químicos, águas de processo

Fonte: USEPA, 1996.

Nos corantes, duas razões justificam a existência dos metais pesados: atuam como

catalisadores durante a sua manufatura ou constituem parte integrante da molécula

(AMERICAN DYE MANUFACTURES INSTITUTE, 1972). Alguns corantes como disperso e

a cuba não contêm metal pesado. Outros, entretanto, possuem em sua composição metais

pesados tóxicos, como o cobre (COOK, 1991). A presença desses metais nos efluentes

têxteis é de extrema importância sob o ponto de vista ambiental, devido à sua toxicidade à

flora e fauna aquáticas.

Segundo BAIRD (2002), os metais, chumbo, cádmio e arsênio são particularmente tóxicos

nas suas formas catiônicas e quando ligados a cadeias curtas de átomos de carbono. O

mecanismo de sua ação tóxica, do ponto de vista bioquímico, deriva da forte afinidade dos

cátions pelo enxofre.

A toxicidade do cobre, segundo PEDROZO & LIMA (2001) geralmente diminui com o

aumento da dureza da água. Isso, provavelmente, pode ocorrer devido à competição entre

cálcio e cobre pelos sítios de adsorção em superfícies biológicas. Sendo assim, quanto

maior a concentração de cálcio menor a adsorção de cobre. Além disso, a concentração de

cobre dissolvido é função do pH da água, da presença de cátions competidores (Ca2+, Fe2+,

39

Mg2+, por exemplo); ânions de sais cúpricos insolúveis (OH-, S2-, PO43-, CO3

2-) e agentes

complexantes orgânicos e inorgânicos. WHO (1998) cita estudos que correlacionam a

toxicidade do cobre à atividade do íon cúprico livre, influenciada pela dureza da água. A

maior concentração de cobre detectada no monitoramento das águas superficiais em

Minas Gerais no ano 2000 foi 0,112 mg/L na sub-bacia do rio das Velhas (FEAM, 2001b). A

Tabela 14 apresenta concentrações letais de cobre para algumas espécies de águas

doces.

Tabela 14 - Concentrações tóxicas de cobre para diferentes espécies de água doce

Concentração (ppm)

Tempo de exposição (h)

Espécie Efeito

2,5 24 Orconectes rusticus (adulto) Morte em 15 dias

0,81 120 Nitzchmia linearis CL50

0,02 96 Gammarus pseudolimnaeus CL50

0,1 24 Larva de pesca listrada CL50

Obs.: CL50: concentração letal a 50% dos organismos testados.

Fonte: PEDROZO & LIMA, 2001.

A toxicidade do cobre aumenta na presença de cádmio e zinco que também são

característicos de efluentes têxteis. Exposição durante uma hora (5 mg/L – nitrato de

cobre) causa efeito letal sobre trutas arco-íris. Valores da ordem de 0,01 mg/L causa efeito

tóxico agudo a Daphnia similis (CETESB, 1986b).

A disponibilidade do cromo também é afetada pelo pH. Esse metal na forma Cr(VI) é

acumulado pelas espécies aquáticas por difusão passiva. Os peixes podem ser afetados

por altas concentrações de cromo, tendo como exemplo a espécie Salmo salar “salmão do

Atlântico” com uma mortalidade de cerca de 10% quando submetida, por 68 dias de

exposição, às concentrações de 10g/L de Cr (VI), e de 70% quando a concentração do

mesmo composto sofreu um aumento de 10 vezes (CANADIAN ENVIRONMENTAL

PROTECTION ACT, 1994) apud (SILVA &. PEDROZO, 2001). Ainda segundo os mesmos

autores, exposição à Daphnia magna a 2,5g/L de Cr(VI), por sete dias, causou uma

redução de 22% no número de jovens produzidos. A menor concentração letal média

(CL50) de Cr (III) para aquela espécie foi de 6g/L.

40

Ressalta-se que o Cr (III) é menos tóxico que o Cr (VI), sendo que a segunda espécie

predomina em meio oxidante. Essas condições são encontradas mais em águas

superficiais, enquanto condições redutoras são mais observadas em águas profundas.

PAOLIELLO & CHASIN (2001) ressaltam que após a deposição do chumbo na água, o

metal se divide rapidamente entre o sedimento e a fase aquosa, em proporções que

dependem do pH e dos sais dissolvidos no meio, além da presença de agentes

complexantes orgânicos. Os autores observaram que em pH maior que 5,4 a solubilidade

total de chumbo é de aproximadamente 30g/L para águas duras (alto teor de cálcio

dissolvido) e de cerca de 500g/L em águas moles, sendo que nessas águas, a presença

de íons de sulfato limitam a concentração do chumbo na solução pela formação de sulfato

de chumbo.

BERTOLETTI (1990b) enfatiza que alguns padrões fixados pelo CONAMA 20/86 para

substâncias químicas tais como cromo (VI) e cobre são bem superiores aos teores

suficientes para causar efeito tóxico agudo nos organismos aquáticos.

Na Tabela 15 estão indicados alguns metais presentes em corantes típicos da indústria

têxtil.

Tabela 15 - Metais tóxicos presentes em corantes típicos da industrial têxtil

Metal presente na molécula do corante

Classes de corantes

Cobre Azóico, Direto, Reativo e Ácido

Níquel Reativo

Cromo Ácido e Mordente

Cobalto Azóico, Ácido e Cuba

Fonte: LEÃO, 1999 e SMITH, 1992. Adaptados.

Alguns corantes do grupo químico azo foram proibidos na Alemanha em 1994, sendo

esperada sua proibição também na Holanda e na Suécia. Existem mais de 10.000

diferentes corantes disponíveis para o tingimento e estamparia de artigos têxteis.

41

A ETAD (Ecological and Toxicological Association of the Dyestuff Manufacturing Industry)

testou mais de 4.000 corantes quanto à toxicidade aguda e concluiu que aproximadamente

90% não são tóxicos. Em torno de 1% dos corantes testados foram classificados como

tóxicos, enquanto os 9% restantes se situam entre as duas categorias. No entanto, esses

testes de toxicidade aguda não indicam efeitos à saúde ou ao meio ambiente a longo

prazo. Os corantes do grupo químico azo estão entre os mais utilizados na indústria têxtil,

aproximadamente 70%, especialmente nos países em desenvolvimento.

A maioria dos corantes diretos e azóicos pertence ao grupo “azo”, sendo possível também

encontrar esse grupo nas classes dispersos, ácidos e básicos. Benzidina e outras aminas

aromáticas são o maior motivo de preocupação em relação aos corantes azo, pois são

carcinogênicos. Além disso, aminas aromáticas são, algumas vezes, encontradas nos

corantes como impurezas ou produtos de degradação devido à ação da luz ou altas

temperaturas sobre esses corantes durante a estocagem.

Alguns corantes “azo” podem também ser lentamente degradados quando em contato com

a pele ou quando ingeridos oralmente. A proibição é aplicável a todos os produtos que

possam estar em contato com a pele por períodos prolongados, tais como vestimentas,

incluindo agasalhos e casacos (LEÃO, 1999). Ressalta-se que dentro de uma mesma

classe de corantes, alguns tipos exibem maior toxicidade que outros, conforme indica a

Tabela 16.

42

Tabela 16 - Toxicidade de corantes

Classe de corantes Número testado

Número de tóxicos

% de tóxicos

Disperso (aniônico) 6 2 33,3

Ácido (aniônico) 12 8 66,7

Mordante 1 1 100

Direto (aniônico) 14 1 7,1

Básico (catiônico) 5 5 100

Enxofre 1 0 0

Cuba 7 0 0

Reativo (aniônico) 0 0 -

Fonte: LITTLE, 1972.

Em geral os corantes catiônicos são muito tóxicos. Felizmente sua exaustão nos banhos de

tingimento é quase completa.

Além dos corantes e detergentes, outros compostos orgânicos conferem toxicidade aos

efluentes. A maioria deles é constituída de hidrocarbonetos. Como exemplos tem-se:

acetona, clorofórmio, ciclohexano, cicloheptano, etil-benzeno, cloreto de metileno,

percloroetileno, triclorobenzeno, xileno, etc.

Em 1980, o Estado da Carolina do Norte – EUA, estudou a presença desses componentes,

à exceção dos detergentes, nos efluentes de cinco fábricas de tecidos. Os resultados da

pesquisa estão indicados na Tabela 17.

Tabela 17 - Compostos orgânicos tóxicos detectados em cinco fábricas de tecidos

Fábricas Voláteis Não voláteis Total

1 34 8 42

2 12 2 14

3 0 11 11

4 4 4 8

5 4 5 9

Fonte: LITTLE, 1972.

43

Além de vários solventes organoclorados, foram também detectados muitos ésteres como

etalatos, benzoatos e ésteres do ácido hexanodióico. Identificou-se ainda compostos que

incluem acetona, ciclohexanona, ciclohexanol e outros álcoois, como 2-etil-hexanol, e

ácidos como o hexadecanóico.

Dentre os ânions tóxicos destacam-se os sulfetos e cianetos. Os primeiros são

provenientes dos corantes à base de enxofre. Além da toxicidade, os sulfetos causam

maus odores e dificultam o tratamento biológico dos efluentes (CONCHON, 1997; MODAK,

1991). Os cianetos alcalinos simples, quando dissolvidos na água, formam íons (cianeto –

CN-) que são muito tóxicos. Ressalta-se, entretanto, que existem cianetos complexos que

são muito estáveis em solução aquosa, sendo, normalmente, pouco tóxicos. Isso se deve

ao fato dos grupos cianetos presentes não estarem livres, mas ligados, de maneira estável,

ao metal complexado. Porém, sob certas condições, esses complexos decompõem-se,

resultando, dependendo do metal presente e da proporção dos grupos CN- convertidos em

cianetos simples, em níveis variados de toxicidade (BRAILE & CAVALCANTI, 1983).

Para os peixes, a toxicidade de cianetos é afetada por vários parâmetros, tais como: pH,

temperatura, oxigênio dissolvido e concentração de minerais. Em condições de pH menor

ou igual a 8, o ácido cianídrico (HCN) dissocia-se muito pouco. Já no que diz respeito à

temperatura: quanto maior esse parâmetro, maior a toxicidade devida aos cianetos. Um

aumento de 10 ºC duplica ou triplica a ação letal. A toxicidade para peixes tem sido tomada

como 0,025 mg/L CN-, sendo que os microrganismos são geralmente mais tolerantes

(BRAILE & CAVALCANTI, 1983).

A Tabela 18 apresenta a toxicidade aguda de diversas substâncias para organismos

aquáticos, expressa em CE50 (Concentração Efetiva Média que causa efeito agudo a 50%

dos organismos) e correlaciona com os limites estabelecidos para as Classes 1 e 2.

44

Tabela 18 - Valores de CE50 de algumas substâncias para espécies aquáticas

Substância

Limite (mg/L) Classe 1 e 2 (DN COPAM

10/86)

CE50 (mg/L)

Tempo de exposição

(horas)

Dureza da água

(mg /L CaCO3)

Espécie utilizada

Fonte

Alumínio 0,1 3,9 48 45 Daphnia

magna

Biesinger &

Christensen,

1972

Bário 1 410 48 72 Daphnia

magna

Le Blanc,

1980

Boro 0,75 133 48 148 Daphnia

magna

Gersich,

1984

Cádmio 0,001 0,065 48 45 Daphnia

magna

Biesinger &

Christensen,

1972

Chumbo 0,03 0,45 48 45 Daphnia

magna

Biesinger &

Christensen,

1972

Cianeto 0,01 0,98 24 40-48 Daphnia

similis

DERÍSIO,

1983

Cloreto 250 1.470 48 100 Daphnia

pulex

Birge et al,

1985

Cobalto 0,2 1,11 48 45 Daphnia

magna

Biesinger &

Christensen,

1972

Cobre 0,01 0,009 24 40-48 Daphnia

similis

DERÍSIO,

1983

Cromo (VI) 0,05 0,037 24 40-48 Daphnia

similis

CETESB,

1981

Estanho 2 55 48 45 Daphnia

magna

Biesinger &

Christensen,

1972

Fenol 0,001 62 24 40-48 Daphnia

similis

CETESB,

1980

Ferro 0,3(1) 9,6 48 45 Daphnia

magna

Biesinger &

Christensen,

1972

45

Substância

Limite (mg/L) Classe 1 e 2 (DN COPAM

10/86)

CE50 (mg/L)

Tempo de exposição

(horas)

Dureza da água

(mg /L CaCO3)

Espécie utilizada

Fonte

Fluoreto 1,4 128 a 96 49 Salmo

gairdneri

Pimentel &

Bulkley,

1983

Manganês 0,1 9,8 48 45 Daphnia

magna

Biesinger &

Christensen,

1972

Mercúrio 0,0002 0,01 24 40-48 Daphnia

similis

CETESB,

1980

Níquel 0,025 2,6 24 40-48 Daphnia

similis

DERÍSIO,

1983

N.

amoniacal (2) 85,1 24 40-48

Daphnia

similis

CETESB,

1980

Prata 0,01 0,0009 48 38-40 Daphnia

magna

Nebeker et

al, 1983

Selênio 0,01 0,43 48 72 Daphnia

magna

Le Blanc,

1980

Sulfeto 0,002(3) 0,02 a 96 220 Pimephales

promelas

USEPA,

1976

Surfactante - 3 b 48 20-268 Várias Reiff et al,

1979

Zinco 0,18 0,5 24 40-48 Daphnia

similis

DERÍSIO,

1983

(1) DN COPAM 10/86 estabelece limite para ferro solúvel. (2) Para a Classe 3 a DN COPAM 10/86 estabelece limite de 1,0 mg/L N. (3) DN COPAM 10/86 estabelece limite para ácido sulfídrico não dissociado.

a CL50.

b CL50 média para vários surfactantes.

Fonte: BERTOLETTI, 1990b.

Pela Tabela 18 nota-se que os parâmetros estabelecidos pela DN COPAM 10/86 para os

metais: cobre, cromo (VI) e prata – Classe 1 e 2, são superiores aos respectivos valores de

CE50, suficientes para causarem efeitos tóxicos agudos para daphnias.

46

Entretanto, apesar das águas Classe 1 e 2 destinarem-se, dentre outros usos, à proteção

das comunidades aquáticas, os valores estabelecidos pela legislação para esses

parâmetros, não garantem a sobrevivência de algumas espécies.

5.4 TESTES DE TOXICIDADE Estes testes consistem em expor organismos aquáticos, representativos do meio ambiente,

a várias concentrações de uma ou mais substâncias, ou a fatores ambientais, por um

determinado período de tempo. Os efeitos sobre as funções biológicas fundamentais como

reprodução, crescimento e morte (ou imobilidade) são observados (GHERARDI-

GOLDSTEIN, 1990). A Figura 3 apresenta os testes de toxicidade aguda e crônica de

forma esquemática.

Figura 3 - Testes de Toxicidade

Os resultados dos testes de toxicidade aguda são expressos em CE50 – concentração

efetiva média. O “CE50” corresponde a concentração do efluente que causa efeito agudo

(imobilidade) a 50% dos organismos, em período de tempo determinado e expresso em

horas de exposição, nas condições-teste. Esses testes, que utilizam o organismo Daphnia

similis, estão estabelecidos pela norma 12.713/1993 da ABNT.

O teste de toxicidade crônica padronizado pela ABNT (norma 13.373/1995) consiste na

exposição de indivíduos jovens do gênero Ceriodaphnia dubia, a várias concentrações da

substância-ensaio, por um período de aproximadamente sete dias, nas condições

47

prescritas pela norma. No final do período de exposição, determina-se o número médio de

jovens produzidos por fêmeas e o número de fêmeas adultas sobreviventes. Com esses

dados calcula-se os valores de CENO – concentração de efeito não observado – das

amostras.

5.5 MONITORAMENTO REALIZADO PELA FEAM, IGAM E CETEC NOS CURSOS D’ÁGUA ESTUDADOS

A FEAM, juntamente com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM e Fundação

Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC, realiza, desde o segundo semestre de

1997, monitoramento hídrico em quatro corpos d’água estudados nesta pesquisa. O projeto

denominado “Águas de Minas” consta de quatro campanhas trimestrais de amostragem

onde são monitorados parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos. Atualmente esse

projeto está sob a coordenação do IGAM.

As campanhas de amostragem se subdividem em completas e intermediárias. As

completas, que englobam 50 parâmetros, são realizadas no período de janeiro a março e

julho a setembro, caracterizando épocas de chuva e seca, respectivamente. As campanhas

intermediárias realizam-se de março a maio e de outubro a dezembro e caracterizam as

demais épocas climáticas do ano. Nas intermediárias são analisados 14 parâmetros

genéricos, além daqueles que são característicos da região ou de atividades de pressão

locais (FEAM, 2001b).

Os resultados do processo de monitoramento da qualidade das águas permitem ao

Sistema de Meio Ambiente do Estado, identificar e implementar estratégias de

aperfeiçoamento de seus instrumentos gerenciais, especialmente aqueles voltados para o

controle das fontes de poluição e degradação ambiental, bem como possibilitar o

conhecimento da qualidade das águas por seus usuários.

Nessas campanhas são efetuadas uma série de análises, englobando, nas campanhas

completas, cinqüenta parâmetros diferentes. Sendo que nas regiões onde a pressão de

atividades industriais e minerárias são mais expressivas também são incluídos parâmetros

48

característicos das fontes poluidoras que contribuem para a área de drenagem da estação

de coleta (FEAM, 2001b).

Para reunir as informações provenientes dos resultados das análises em um único

indicador, que seja de fácil entendimento para revelar a condição da água em avaliação, a

FEAM dispõe de uma ferramenta denominada IQA – Índice de Qualidade das Águas. Esse

índice, desenvolvido pela National Sanitation Foundation – EUA, envolve um conjunto de

nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade

das águas – oxigênio dissolvido, coliformes fecais, pH, demanda bioquímica de oxigênio,

nitrato, fosfato total, temperatura da água, turbidez e sólidos totais. O IQA é definido como

o produto ponderado da qualidade de cada parâmetro, seus valores situam-se entre 0 e

100, sendo que a água é classificada em níveis de qualidade de acordo com as faixas de

variação.

Para que as informações no que diz respeito ao resultado final do IQA, sejam apresentadas

de maneira didática, os cursos d’água são coloridos de acordo com as convenções

adotadas para cada faixa de valores, conforme está apresentado na Tabela 19.

Tabela 19 - Convenções adotadas para o IQA

Nível de Qualidade Faixa Convenção de cor

Excelente 90 < IQA < 100 azul

Bom 70 < IQA < 90 verde

Médio 50 < IQA < 70 amarela

Ruim 25 < IQA < 50 laranja

Muito Ruim 0 < IQA < 25 vermelha

Fonte: FEAM, 2001b.

Além desse índice, tem-se ainda a contaminação por tóxicos que é avaliada através de

outros indicadores. A contaminação por tóxicos – IT considera um conjunto de parâmetros

tóxicos e quando um ou mais componentes são detectados em teores acima dos limites

fixados pela legislação (DN COPAM 10/86), a contaminação é considerada alta. Considera-

se como tóxicos, na avaliação da qualidade da água, os seguintes componentes: amônia,

arsênio, bário, cádmio, chumbo, cianetos, cobre, cromo, índice de fenóis, mercúrio, níquel

e zinco.

49

Além disso, a contaminação é caracterizada como baixa, média ou alta e essas

denominações dependem da concentração do poluente tóxico encontrada na amostra de

água. A Tabela 20 apresenta as convenções adotadas para a contaminação por tóxicos

nas águas superficiais.

Tabela 20 - Convenções adotadas para o IT

Contaminação(1) Concentração do poluente

tóxico Convenção de cor

Baixa < 20 % verde

Média 20 % < IT < 100 % amarelo

Alta IT > 100 % vermelho

(1) Ressalta-se que é considerada a concentração mais crítica.

Fonte: FEAM, 2001b.

Dois cursos de água estudados nesta pesquisa já vêm sendo monitorados pelos órgãos

ambientais estaduais. Os demais corpos d´água, não são monitorados diretamente, mas

dispõem de estações de amostragem localizadas em pontos a jusante dos locais avaliados

nesta pesquisa. Esse fato permite obter informações a respeito da qualidade da água na

região de influência dos empreendimentos estudados. A Tabela 21 relaciona a descrição

das estações de amostragem.

Tabela 21 - Descrição das estações de amostragem acompanhadas pelos órgãos

ambientais de MG

Estação Bacia Descrição

BS049 Paraíba do Sul Ribeirão Meia Pataca a montante do Rio Pomba

BS083 Paraíba do Sul Rio Paraibuna na ponte de acesso à represa João Penido

BP076 Paraopeba(1) Ribeirão dos Macacos próximo de sua foz no Rio Paraopeba

BP078 Paraopeba Rio Paraopeba a jusante da Foz do Rio Pardo

(1) Sub-bacia do rio São Francisco

Fonte: FEAM, 2001b.

50

As estações de amostragem (BS049 e BS083) começaram a ser monitoradas no ano 2000.

As demais são monitoradas desde o segundo semestre de 1997.

As figuras do Anexo F mostram a evolução de alguns parâmetros, característicos de

efluentes têxteis e monitorados pelos órgãos ambientais, ao longo dos anos, nos cursos de

água.

A Tabela 22 apresenta a relação dos pontos monitorados nesta pesquisa, juntamente com

os códigos das estações e os respectivos pontos monitorados pelos órgãos ambientais

estaduais e suas classificações.

Destaca-se que a vazão mínima anual do rio, média de sete dias consecutivos, com

probabilidade de dez anos de retorno é expressa como Q7,10.

Tabela 22 - Relação dos pontos monitorados nesta pesquisa e no Águas de Minas

Pesquisa atual Projeto Águas de Minas(2)

Corpo d’água

Q7,10(1)

(m3/h) Estação

amostrag. Empresa Efluente

Corpo d’água

Estação amostrag.

Classe DN

COPAM 10/86

Ribeirão

dos

Macacos

6.013,80

TC001,

TC002,

TC003

A TX001

Ribeirão

dos

Macacos

BP076 1

Córrego

Fundo do

Saco

80,28 TC004,

TC005 B

TX002 e

TX003

Rio

Paraopeba BP078 2

Córrego

Milho

Branco

792,72

TC006,

TC007,

TC008,

TC009

C, D, E

TX004,

TX005,

TX006

Rio

Paraibuna BS083 3

Ribeirão

Meia

Pataca

2.663,28

TC010,

TC011,

TC012

F TX007 e

TX008

Ribeirão

Meia

Pataca

BS049 2

Fonte: (1) Cálculo realizado pela equipe técnica da FEAM, 2002; (2) FEAM, 2001b.

51

O Ribeirão dos Macacos (BP076), desde o ano de 1998, tem sido cenário de repetidos

casos de mortandade de peixes, sendo que os Pareceres Técnicos emitidos pela FEAM,

apontam os lançamentos de efluentes líquidos in natura de indústria têxtil/malhas como

principal responsável pela morte dos animais.

O córrego Milho Branco recebe lançamento de efluentes industriais, dentre esses têxteis,

desde a sua nascente, depois atravessa um “distrito industrial” onde recebe contribuição de

“diferentes naturezas de efluentes líquidos”, inclusive têxteis/malharias. Infelizmente não

existe, até o momento, estação de amostragem do órgão ambiental, localizada no referido

córrego, entretanto, conforme já mencionado, existe uma estação situada a jusante desse

parque industrial a qual foi utilizada como referência neste estudo.

Existe uma proposta de ZAGATTO et al. (1997) sugerindo novos índices para avaliação da

qualidade das águas. O primeiro denomina-se Índice de Parâmetros Mínimos para a

Proteção de Comunidades Aquáticas (IPMCA). Esse índice incorpora ponderações entre o

grupo de parâmetros essenciais (OD, pH e teste de toxicidade) e o grupo de substâncias

tóxicas (Cd, Cr, Cu, Pb, Hg, Ni, Zn, fenóis e surfactantes). Entretanto, apesar de ter sido

desenvolvido para uma avaliação da qualidade ambiental – proteção da vida aquática, este

novo índice não incorpora informações do processo de eutrofização dos corpos d’água.

Dessa forma, foi desenvolvido um outro índice, denominado “Índice de Qualidade da Água

para a Proteção da Vida Aquática” (IVA), que engloba o IPMCA e o Índice do Estado

Trófico do Ambiente (IET). Por meio dos resultados do IVA, a qualidade das águas pode

ser classificada como ótima, boa, regular, ruim e péssima. Esse último índice tem se

mostrado um instrumento bastante útil para definição dos pontos críticos referente à

qualidade das águas para proteção da comunidade aquática.

ZAGATTO et al. (1997) enfatiza que o aprimoramento contínuo de um índice de qualidade

é tarefa de grande importância para aqueles que lidam com qualidade das águas, ressalva,

entretanto, que a integridade de um ambiente aquático deve ser avaliada por meio da

densidade e diversidade das respectivas comunidades aquáticas.

52

O autor sugere aliar às análises físicas, químicas e ecotoxicológicas, um levantamento das

comunidades aquáticas de um determinado ecossistema, para fins de complementar as

informações.

53

6 MATERIAIS E MÉTODOS 6.1 SELEÇÃO DAS INDÚSTRIAS

Foram estudadas seis indústrias têxteis de acabamento – cinco malharias e uma indústria

de tecido plano, bem como quatro cursos de água receptores. A Tabela 23 apresenta as

principais características das indústrias estudadas e a Figura 4 indica a localização das

áreas de estudo no Estado.

Tabela 23 – Principais características das empresas estudadas

Empresa

Classificação: Porte/Classe(1)

Município

Vazão de efluente (m3/h)(2)

Produção tingimento(2)

(t/mês)

Sistema de tratamento

de efluentes

A G/III Cachoeira da Prata 55 250 NÃO

B G/III Paraopeba 56 400 SIM(3)

C P/I Juiz de Fora 10 60 NÃO

D P/I Juiz de Fora 20 80 NÃO

E P/I Juiz de Fora 10 66 NÃO

F G/III Cataguases 42,5 N.I. SIM(3) (1) Classificação do empreendimento segundo (COPAM, 1990), o porte é função da área útil (AU) e do número de empregados (NE) do empreendimento. A determinação da classe ocorre a partir do potencial poluidor da atividade e do porte do empreendimento. (2) Valor fornecido pela empresa em 24-08-2001 (3) O sistema de tratamento de efluentes existente nessas empresas é biológico com lodos ativados em regime contínuo. N.I.: não informado. Fonte: LEÃO, 1999. Adaptado.

As empresas listadas na Tabela 23, foram escolhidas pelo corpo técnico da FEAM por

estarem inseridas em regiões cujo impacto ambiental mais significativo é causado pela

indústria têxtil. Ressalta-se que a empresa “D” encontra-se na região das nascentes do

Córrego Milho Branco, onde só foi constatado lançamento de efluentes têxteis (FEAM,

2001c). A empresa “A” situa-se na região de recorrentes mortandades de peixes, cujos

Pareceres Técnicos da FEAM apontam os efluentes, provenientes de indústria têxtil, como

principais suspeitos pela causa mortis dos animais (FEAM, 2001d).

54

Os corpos d’água receptores dos efluentes dessas empresas vêm sendo monitorados

pelos órgãos ambientais desde 1997. A caracterização físico-química dessas águas

encontra-se no Anexo F.

Fonte: GEOMINAS, (1996)

Figura 4 - Mapa de localização das áreas de estudo no Estado de Minas Gerais.

Cachoeira da Prata

Juiz de Fora

Paraopeba

Cataguases

55

6.2 PARÂMETROS E AMOSTRAGEM

Os serviços de coleta de amostras e análises laboratoriais foram contratados à Fundação

Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC (análises físico-químicas) e à empresa de

Biotecnologia Ambiental Industrial e Ecotoxicológica – “Biológica” (análises

ecotoxicológicas).

6.2.1 Caracterização dos efluentes e corpos d’água receptores através de análises físicas e químicas

Foram conduzidas análises físicas e químicas nos efluentes e águas superficiais e

definidas oito estações de amostragem, para efluentes, e doze, para corpos d’água

(montante e jusante de cada empreendimento). As coletas foram realizadas no período de

agosto a dezembro de 2001, sendo divididas em cinco campanhas mensais, abrangendo o

período de seca e chuvas.

Devido à grande variabilidade das características dos efluentes das indústrias têxteis e a

homogeneidade dos efluentes tratados, as amostragens foram compostas para os

efluentes brutos e simples para os efluentes tratados.

As Tabelas 24 e 25 apresentam as descrições das estações de amostragem dos efluentes

líquidos e cursos de água receptores, respectivamente.

Tabela 24 - Descrição dos pontos de amostragem dos efluentes industriais

Estação Descrição

TX001 Efluente líquido bruto da empresa A

TX002 Efluente líquido bruto da empresa B

TX003 Efluente líquido tratado da empresa B

TX004 Efluente líquido bruto da empresa C

TX005 Efluente líquido bruto da empresa D

TX006 Efluente líquido bruto da empresa E

TX007 Efluente líquido bruto da empresa F

TX008 Efluente líquido tratado da empresa F

56

Tabela 25 - Descrição dos pontos de amostragem nos corpos d’água Estação Descrição

TC001 Ribeirão dos Macacos a montante da cidade de Cachoeira da Prata

TC002 Ribeirão dos Macacos na cidade de Cachoeira da Prata

TC003 Ribeirão dos Macacos a jusante do ponto de lançamento do efluente líquido da empresa A

TC004 Córrego do Fundo a montante do ponto de lançamento do efluente líquido da empresa B

TC005 Córrego do Fundo a jusante do ponto de lançamento do efluente líquido da empresa B

TC006 Córrego Milho Branco na região das nascentes

TC007 Córrego Milho Branco a montante dos lançamentos de efluentes líquidos das empresas

têxteis do bairro Milho

TC008 Córrego Milho Branco a jusante do ponto de lançamento do efluente líquido da empresa D

TC009 Córrego Milho Branco próximo a confluência com o Córrego Humaitá

TC010 Ribeirão Meia Pataca na região das nascentes, em Cataguases

TC011 Ribeirão Meia Pataca a montante do ponto de lançamento do efluente líquido da empresa F

TC012 Ribeirão Meia Pataca a jusante do ponto de lançamento do efluente líquido das empresas F

e Indústria de Papel X

A freqüência de coleta das amostras foi mensal, totalizando cinco campanhas de

amostragem. Foram realizadas campanhas em semanas consecutivas; na primeira

semana foram realizadas coletas em Cachoeira da Prata e Paraopeba e na segunda

semana em Juiz de Fora e Cataguases.

A metodologia de coleta, preservação e análise das amostras foram realizadas conforme a

estabelecido no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater APHA-

AWWA-WPCF, 19 ed. Washington: APHA, 1995. 1v. e pelas normas da ABNT, como

apresentado na Tabela 26.

Tabela 26 - Relação dos métodos de análise dos parâmetros físico-químicos

Parâmetro Método de ensaio

Condutividade elétrica APHA 2510 B

pH ABNT NBR 9251/1986

Temperatura do efluente APHA 2550 B

Temperatura do ar APHA 2550 B

Chumbo total APHA 3113 B

Cor real APHA 2120 B

Cromo hexavalente APHA 3500-Cr D

57

Parâmetro Método de ensaio

Cromo trivalente APHA 3120 B

Demanda bioquímica de oxigênio, DBO5 ABNT NBR 12614/1992

Demanda Química de oxigênio, DQO ABNT NBR 10357/1988

Índice de fenóis ABNT NBR 10740/1989

Nitrogênio total Kjeldahl APHA 4500-Norg B

Sólidos suspensos ABNT NBR 10664/1989

Sólidos sedimentáveis ABNT NBR 10561/1988

Sólidos totais ABNT NBR 10664/1989

Sulfetos APHA 4500-S2- E

Turbidez APHA 2130 B

Zinco APHA 3120 B

Os parâmetros físico-químicos analisados nos efluentes líquidos e nos cursos de água

receptores para a caracterização físico-química foram: DBO5, DQO, cor, turbidez,

condutividade elétrica, sólidos totais, sólidos em suspensão, sólidos sedimentáveis, índice

de fenóis, nitrogênio total Kjeldahl (NTK), sulfetos, pH, Pb, Zn, Cr(III) e Cr(VI); no curso de

água, foram analisados também oxigênio dissolvido (OD) e coliformes fecais.

Totalizando 20 amostras por mês (8 de efluentes e 12 de cursos d’águas) e 100 amostras

no final da amostragem semestral.

6.2.2 Caracterização ecotoxicológica dos efluentes e corpos d’água receptores

Os testes de toxicidade aguda foram realizados com microcrustáceos – Daphnia similis –

em efluente líquido e os testes de toxicidade crônica com microcrustáceos – Ceriodaphnia

dubia – em água de cursos d’água receptores de efluentes.

Cada efluente foi submetido a teste de toxicidade aguda, que consistiu na exposição dos

organismos-teste, jovens de 0 a 24 horas de vida, a diferentes concentrações do efluente

estudado por 48 horas. As amostras dos corpos d’água foram submetidas a testes de

toxicidade crônica que também consistiu na exposição de organismo-teste a diferentes

58

diluições. Entretanto, para determinação da toxicidade crônica, o período de exposição dos

organismos às condições de testes foi de sete dias, onde se observou a sobrevivência e

reprodução dos animais.

Os métodos indicados para avaliar a toxicidade de efluentes líquidos, visando a ações de

controle, estão padronizados e bem estabelecidos, tornando possível exercer o mesmo

nível de controle em diferentes efluentes e corpos d’água.

Os métodos adotados nesta pesquisa são normatizados pela ABNT e constituem

adaptações dos métodos utilizados por instituições estrangeiras, responsáveis pela

proteção ambiental e controle da poluição, bem como por instituições nacionais e

internacionais de desenvolvimento e padronização de métodos.

Esses métodos são descritos pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas:

Água – ensaio de toxicidade aguda com Daphnia similis claus, 1876 (Cladocera,

Crustacea) – NBR 12.713/1993.

Água – avaliação de toxicidade crônica, utilizando Ceriodaphnia dubia Richard, 1894

(Cladocera, Crustacea) – NBR 13.373/1995.

As daphnias – pulgas d’água – possuem cerca de 2 a 3 mm. A utilização desses

microrganismos nos testes é vantajosa pelo fato de serem facilmente cultivados em

laboratórios (FATMA, 1999) e pela padronização dos testes envolvendo as Daphnias

similis.

O total de amostras – efluente e curso d’água – para caracterização toxicológica foram:

20 amostras por campanha de amostragem: na primeira semana, foram feitos três testes

de toxicidade aguda e cinco testes de toxicidade crônica e, na segunda semana, cinco de

toxicidade aguda e sete testes de toxicidade crônica. Totalizando 100 amostras no período

de agosto a dezembro de 2001 – 40 testes de toxicidade aguda e 60 testes de toxicidade

crônica.

59

6.2.2.1 Testes de toxicidade aguda

Os testes para determinação da toxicidade aguda foram executados em duas etapas,

conforme determinação da NBR 12.713/93. A primeira, consistiu em um ensaio preliminar

onde foram estabelecidos os intervalos de concentrações a serem utilizados em cada

ensaio definitivo. E a segunda etapa, o ensaio definitivo para determinar a CE50. No ensaio

definitivo utilizando-se o intervalo de concentração estabelecido no ensaio preliminar,

preparou-se uma série de concentrações intermediárias em progressão geométrica.

Para a realização dos testes, o parâmetro pH das amostras foi ajustado, compreendendo

na faixa de 6,0 a 9,0. De acordo com CETESB (1986) o organismo-teste Daphnia similis

apresenta imobilidade quando o pH é inferior a 4,5 e superior a 9,5. Sendo assim, segundo

norma da USEPA (1991), quando o pH de uma amostra está fora da faixa – compreendida

entre 6,0 e 9,0 – a toxicidade, devida a outros fatores, pode ser disfarçada (“mascarada”)

pelo efeito tóxico da acidez ou alcalinidade do meio.

Os testes foram realizados em tubos de ensaio aferidos para 10 mL, utilizando quatro

réplicas para cada amostra. Às concentrações definitivas, determinadas segundo a norma

da ABNT nos testes preliminares, foram adicionados cinco neonatas, que ficaram expostas

durante 48 horas. Durante o período de teste foram mantidas as seguintes condições:

temperatura de 20 (± 2)ºC, ambiente escuro e os organismos não foram alimentados.

Terminado o período de exposição, os organismos foram examinados quanto a sua

mobilidade. As daphnias que não apresentaram movimento, durante 15 segundos de

observação, foram consideradas imóveis. Os testes foram considerados válidos quando a

taxa de imobilidade dos organismos no controle foi inferior a 10% (ABNT, 1993).

Os resultados dos ensaios de toxicidade aguda encontram-se no Anexo H. Observar que a

empresa responsável pelos ensaios expressou os resultados como número de organismos

imóveis e não móveis, conforme sugerido na NBR 12.716/93. Entretanto, tal diferença não

altera o cálculo da CE50.

60

6.2.2.2 Toxicidade crônica

Inicialmente foram realizados os testes preliminares, conforme determinação da norma

técnica pertinente. A partir das concentrações determinadas no teste preliminar, foram

preparadas 10 réplicas para cada amostra. Os testes foram conduzidos em béqueres de 30

mL, com 10 mL de amostra, onde foi adicionado um indivíduo jovem, com menos de 24

horas de vida.

Os recipientes de ensaio foram mantidos em ambiente com a temperatura de 25 (±2)ºC,

fotoperíodo de 16 horas de luz e 8 horas de escuro, com intensidade luminosa de 500 lux a

1000 lux. Os organismos, durante o período de teste, foram alimentados diariamente com o

mesmo tipo de alimento (alimento composto: ração para truta fermentada, levedura –

fermento fleishmann e cultura de alga Selenastrum a 3 - 3,5 x 107 células/mL) e com a

mesma quantidade que é utilizada na manutenção da cultura. A manutenção do teste foi

realizada em dias alternados, com renovação total da amostra. Esses testes foram

considerados concluídos quando as fêmeas adultas, sobreviventes no controle, produziram

a terceira cria (aproximadamente no sétimo dia do teste).

Os testes foram considerados válidos quando a taxa de mortalidade dos organismos, no

controle, não excedeu a 20% e a reprodução média total foi maior que 15 neonatas por

fêmeas (ABNT, 1995).

6.3 TRATAMENTO DOS DADOS

Os recursos computacionais, utilizados para plotagem dos gráficos e tratamento estatístico

dos dados, incluem os programas MINITAB 11.0, TOXSTAT 3.0, Trimmed Spearman

Karber (TSK) Program version 1.5, além do EXCEL 97 e MATCAD.

Para análise da variabilidade dos diferentes parâmetros físicos e químicos, bem como a

toxicidade de cada efluente líquido, foram realizados gráficos de linha e calculados os

valores das médias e desvios padrões dos resultados.

61

Não foram incluídos nos estudos de variabilidade e correlação os valores dos testes de

toxicidade aguda considerados inválidos – taxa de imobilidade dos organismos no controle

inferior a 10%. Os pontos excluídos foram TX6 e TX8 (setembro), TX8 (outubro) e TX4

(novembro).

6.3.1 Análise estatística dos resultados de testes de toxicidade

6.3.1.1 Avaliação da toxicidade aguda para efluentes

O número médio de organismos imóveis, por replicata, foi inicialmente testado quanto à

normalidade e à homocedasticidade, através dos testes de 2 e Hartley, respectivamente.

Isso se faz necessário porque os métodos estatísticos de análise podem ser subdivididos

em BERTOLETTI (2002):

Paramétricos: os dados seguem uma relação dose-resposta que pode ser descrita por

alguma função ou modelo matemático;

Não paramétricos: para a relação dose-efeito não se adota modelos matemáticos e os

dados assumem a distribuição monotônica das percentagens de efeito observado.

Para dados paramétricos, pode-se utilizar ANOVA. Esse modelo testa a hipótese nula de

que as médias de todos os grupos são iguais. Para sua utilização os dados devem ter

distribuição normal e variâncias homogêneas.

Os testes de normalidade (2) verificam se os valores oscilam de modo simétrico em

relação à média, descrevendo uma curva em forma de sino (assintótica ao eixo horizontal

em ambas as direções).

Os testes de homocedasticidade ou homogeneidade objetivam verificar se as variâncias

são homogêneas (mesmo grau de dispersão em torno do valor central) ou heterogêneas.

Os testes utilizados para esse fim são: Barttlett (número de replicatas diferentes) e Hartley

(número de replicatas iguais). Nesta pesquisa o número de replicatas foi sempre o mesmo.

62

O método escolhido para a determinação de todos os CE50 foi Trimmed Spearman Karber

(TSK) que se trata de um método não-paramétrico e, portanto, aplicável a todos os

conjuntos de dados deste trabalho.

Como os valores de CE50, exprimem uma relação inversa – quanto menor esse valor

maior é a toxicidade – esse resultado foi transformado em Unidade Tóxica aguda – UTa,

pela seguinte fórmula: UTa = 100/CE50 (GHERARDI-GOLDSTEIN, 1990). Essa conversão

também é usual para valores de CENO (toxicidade crônica).

A Tabela 27 apresenta a escala de toxicidade utilizada para interpretação dos resultados.

Tabela 27 - Escala de Toxicidade Aguda

Valores de CE50(1) Valores de UTa Classe das amostras

<25% >4 Muito tóxica

25-50% 2-4 Tóxica

51-75% 1,33-2 Moderadamente tóxica

>75% <1,33 Levemente tóxica

(1)CE50 – concentração efetiva média

Fonte: COLEMAN and QURESHI, 1985 apud INCE, 1998. Adaptado.

6.3.1.2 Avaliação da toxicidade crônica para corpos d’água

Dentre as opções que o “software” TOXSTAT 3.0 oferece, para que os dados paramétricos

tenham cada grupo comparado com o controle, estão: Dunnett (número de replicatas

iguais) ou Bonferroni (número de replicatas diferente). O método de Willians é similar ao

Dunnett, porém mais sensível. E para comparação de cada grupo com os demais – teste

de comparações múltiplas – o método de Tukey.

Além desses testes é conveniente avaliar os efeitos relativos à sobrevivência, sendo que

as concentrações que apresentam efeito, devem ser excluídas dos cálculos relativos à

reprodução. Os testes que objetivam avaliar esses efeitos são denominados testes de

Fisher.

63

Para dados não paramétricos (não apresentam normalidade ou homocedasticidade) os

testes compreendem: Steel Many One: número de replicatas iguais ou Wilcoxon’s Rank

Sum: número de replicatas diferentes para comparação de cada grupo com o controle e

Kruskal-Waliis para comparação de cada grupo com todos os outros (BERTOLETTI, 2002).

6.3.2 Regressão Linear

Em uma tentativa de estabelecer uma relação entre as variáveis físico-químicas, presentes

nestes efluentes industriais, que apresentam potencial tóxico para a vida aquática, foi

utilizada a técnica de regressão linear múltipla. O modelo adotado envolveu doze variáveis

(condutividade elétrica, pH, cor real, DBO5, DQO, índice de fenóis, sólidos suspensos e

totais, nitrogênio Kjeldahl, turbidez, zinco e a relação DQO:DBO5), para descrever o

comportamento da variável unidade de toxicidade aguda (UTa). Apesar de outras variáveis

físico-químicas terem sido avaliadas nas amostras dos efluentes, decidiu-se não utilizá-las

durante a análise de regressão. Essas variáveis não foram incluídas porque as respectivas

variabilidades foram reduzidas, sendo que muitos dos valores medidos estiveram abaixo do

limite de detecção dos métodos de análise utilizados. Entre os parâmetros analisados nas

amostras dos efluentes e não utilizados na análise de regressão estão: chumbo, cromo

trivalente, cromo hexavalente, sulfetos e sólidos sedimentáveis. Ressalta-se que a análise

de regressão incluiu os dados dos oito efluentes industriais.

Os modelos de regressão linear múltipla são geralmente utilizados como aproximações

para verdadeira relação matemática entre as variáveis explicativas (parâmetros físico-

químicos) e a variável resposta (UTa). Assim, considera-se que para determinadas faixas

de valores, em que o fenômeno está sendo analisado, a relação linear entre as variáveis

explicativas e a resposta pode ser aproximada pelo modelo de regressão linear

(WERKEMA & AGUIAR, 1996).

Como um primeiro passo para estabelecer o modelo de regressão, foi calculado o

coeficiente de correlação linear simples de Pearson (r) entre as variáveis explicativas e

resposta. Esse coeficiente pode fornecer informação de quais variáveis são capazes de

responder por uma parcela significativa da variável resposta (UTa) e quais variáveis

explicativas estão correlacionadas entre si. O fato de uma variável possuir elevado valor de

64

coeficiente de correlação, com a variável resposta, significa que ela é capaz de,

isoladamente, responder pela toxicidade presente no meio. Por sua vez, o fato de duas

variáveis explicativas estarem correlacionadas, ou seja, possuir elevado valor de r significa

que as informações geradas por uma das variáveis pode ser gerada pela outra, sendo que

as informações de toxicidade podem ser dadas por apenas uma das duas variáveis.

Utilizou-se ainda, para redução do número de variáveis explicativas, o método denominado

“todas as regressões possíveis”, onde os melhores modelos são escolhidos a partir do

coeficiente de predição ajustado (R2ajustado). Esse coeficiente é uma relação entre a

variabilidade dos resíduos da regressão (diferença entre os valor estimado e observado) e

a variabilidade total da variável resposta. O coeficiente de predição ajustado leva em

consideração também o número de dados utilizados na construção do modelo e o número

de variáveis explicativas adicionadas. Os melhores modelos serão aqueles que

apresentarem os maiores valores de R2ajustado. Os valores de R2

ajustado variam de 0 a 100%,

sendo obtidos valores de 100% quando o modelo adotado consegue responder

integralmente a variabilidade da variável resposta (WERKEMA & AGUIAR, 1996).

O outro método utilizado para a redução do número de variáveis explicativas e definição do

modelo de regressão foi o “Stepwise”. Esse é um método automático para determinação de

quais variáveis explicativas devem ser incluídas no modelo de regressão, cuja resposta

apresenta apenas um modelo de regressão, diferentemente do método anterior que

apresenta um conjunto dos melhores modelos. O “Stepwise” constrói de maneira iterativa

uma seqüência de modelos de regressão, pela adição e remoção de uma variável, até a

obtenção do melhor modelo segundo o critério do teste F-parcial (distribuição de Fisher).

Por esse teste é possível medir a contribuição de uma variável explicativa em um modelo

possuindo um conjunto de variáveis explicativas.

65

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.1 ESTUDO DA VARIABILIDADE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS

7.1.1 Gráficos de Linha

7.1.1.1 Análise dos resultados da variabilidade dos efluentes

Na Tabela 28 são apresentadas as médias aritméticas e os desvios padrões das variáveis

físico-químicas e ecotoxicológicas mensuradas nos efluentes. Esta tabela também

apresenta os valores das medianas e das médias aparadas dos resultados dos testes de

toxicidade (UTa).

A média aparada foi utilizada para expressar os resultados dos testes de toxicidade aguda

por minimizar os eventuais erros obtidos durante a execução desses ensaios, tendo em

vista que alguns valores obtiveram resultados muito diferentes dos demais.

A média aparada é a média aritmética após a exclusão de um percentual de pontos

extremos. Neste caso utilizou-se um percentual de 40%, portanto, a média aparada foi

calculada retirando-se 20% dos maiores valores e 20% dos menores.

Os dados apresentados na Tabela 28 referem-se às médias mensais das amostras que

foram analisadas para este trabalho. O desvio padrão é útil para se avaliar a variabilidade

das variáveis consideradas.

66

Tabela 28 - Médias mensais e desvios padrões (S) das variáveis físico-químicas e

biológicas mensuradas nos efluentes

Variáveis Estações/Efluentes

TX001 TX002 TX003* TX004 TX005 TX006 TX007 TX008*

Condutivid.

(S/cm)

Média 9586 6946 5867 10625 5171 6368 4635 4711

S 1914 2126 447 3435 1400 2739 1622 810

pH Média 11,5 11,2 8,1 11,4 10,7 10,7 6,7 7,5

S 0,1 0,3 0,6 0,6 0,3 0,8 0,5 0,1

Cor real

(UH)

Média 410 410 370 412 266 790 280 185

S 125 125 97 178 203 961 135 49

DBO5 (mg/L) Média 213 195 10 333 249 241 806 31

S 92 73 4 142 44 147 537 29

DQO (mg/L) Média 805 746 162 945 698 676 1752 284

S 77 162 40 220 133 124 189 122

DQO: DBO5 Média 3,55 3,77 18,50 3,36 2,77 3,17 2,01 9,16

S 1,19 0,69 11,16 0,95 0,75 1,18 0,79 5,15

Fenóis

(mg/L)

Média 0,02 0,06 0,01 0,01 0,00 0,01 0,12 0,02

S 0,01 0,07 0,00 0,00 0,00 0,01 0,20 0,02

NTK (mg/L) Média 19,2 28,8 5,5 35,1 21,9 19,5 50,7 18,1

S 5,4 10,2 4,1 7,3 16,9 14,7 15,6 20,6

Sólidos

susp. (mg/L)

Média 49 73 22 52 74 106 60 72

S 12 35 18 33 37 92 22 42

Sólidos tot.

(mg/L)

Média 5000 4288 4216 7893 4206 4114 4660 3666

S 28 18 5 29 14 30 17 16

Turbidez

(UNT)

Média 65 40 8 73 46 69 66 27

S 28 18 5 29 14 30 17 16

Zinco (mg/L) Média 0,2 0,4 0,2 0,1 0,1 0,1 0,4 0,1

S 0,1 0,3 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0

UTa(1)

Média 39,18 202,56 1,77 33,02 36,10 54,75 99,95 3,99

S 21,94 395,09 0,47 16,83 17,92 91,95 103,91 3,87

Média A(2) 33,31 28,80 1,72 37,39 31,12 11,84 84,62 1,92

S Aparado 11,12 12,34 0,26 6,05 18,26 9,06 93,26 -

Mediana 31,95 25,77 1,82 37,39 41,46 11,84 30,77 1,92

Nota: Os ensaios foram conduzidos conforme apresentado no item 6.2. *Os efluentes TX003 e TX008 são tratados. (1) Foram utilizados nos cálculos somente os resultados dos testes de toxicidade considerados válidos, segundo a NBR 12.713/93. (2) Média aparada (Média A).

67

Os resultados das análises laboratoriais para os parâmetros chumbo, cromo III, cromo VI,

sulfetos e sólidos sedimentáveis, não apresentaram uma variação significativa, sendo que

50 a 95% dos resultados foram inferiores aos respectivos limites de detecção dos métodos

de análise. Portanto, não dispuseram de número suficiente para a plotagem dos pontos e

nem para o estabelecimento das correlações. Sendo assim, os resultados desses

parâmetros não foram utilizados neste estudo.

A Figura 5 apresenta as concentrações médias de DBO5 e DQO das cinco campanhas,

para cada efluente estudado.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

Dem

anda

de

Oxi

gêni

o (m

g/L) DQO

DBO

Figura 5 - Valores de DBO5 e DQO médios nos efluentes

Observa-se que a maior concentração média de matéria carbonácea ocorre no efluente

TX7, que corresponde à indústria de tecido plano. Os efluentes correspondentes a TX3 e

TX8 são tratados, por isso, apresentam valores menores de DBO e DQO. O efluente TX3

corresponde ao efluente TX2 tratado (Empresa B). Já o efluente TX8 refere-se ao efluente

TX7 tratado (Empresa F – tecidos planos), conforme apresenta a Tabela 24.

Comparando as demais concentrações médias de matéria orgânica entre as malharias,

nota-se que os efluentes brutos: TX1, TX2, TX5 e TX6 apresentam concentrações bastante

similares. Esse comportamento é válido para a DBO5 e DQO, sendo que os valores

situaram num intervalo compreendido entre 207 e 260 mg/L para DBO5 e 676 e 805 para

DQO.

68

A relação DQO:DBO5, para esses efluentes foi maior para o efluente TX2 (3,61), seguidos

dos TX1 (3,22), TX5 (2,69) e TX6 (2,66), respectivamente. Isso indica que o efluente TX2 é

o menos biodegradável. Entre os efluentes das malharias, o TX4 foi o que apresentou

maior concentração média de matéria orgânica, sendo a DBO5 igual a 305 mg/L e a DQO a

945 mg/L, entretanto, esse efluente apresenta maior potencial de biodegradação que os

efluentes TX2 e TX1, sua relação DQO: DBO5 é igual a 3,10.

Ainda na Figura 5 nota-se a remoção da carga orgânica por meio do tratamento dos

efluentes líquidos. O efluente TX2 após tratamento biológico – sistema contínuo de lodos

ativados – remove em média, 95% da carga orgânica biodegradável e 78% da DQO.

Essa remoção de matéria orgânica também ocorre e de maneira mais eficiente, após o

tratamento do efluente TX7 (valores de TX8) – proveniente do processo de tecidos planos.

No processo de tecidos planos, a utilização de insumos biodegradáveis acontece em maior

escala, dentre esses se destaca o amido utilizado para engomagem (LEÃO, 1999). Para o

efluente TX7 o percentual de remoção de matéria orgânica foi cerca de 96% para DBO5 e

84% para DQO.

Comparando a relação DQO:DBO5 para os efluentes brutos TX2 (3,61) e TX7 (1,71), nota-

se que, realmente, o efluente proveniente do processo de tecidos planos apresenta maior

potencial para biodegradação, conforme demonstrado pelos percentuais de remoção

atingidos após tratamento biológico.

A Figura 6 ilustra para cada efluente, a média das cinco campanhas da relação

DQO:DBO5. Essa figura indica que após o tratamento biológico dos efluentes TX2 e TX7, a

fração biodegradável da matéria orgânica (DBO5) torna-se bem menor. Esse fato pode ser

visualizado pelo maior valor da relação DQO:DBO5 para os efluentes tratados (TX3 e TX8).

Isso indica que para remover o residual de matéria orgânica, em curto prazo, somente é

possível por meio de métodos físico-químicos.

69

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

Rel

ação

DQ

O:D

BO

Figura 6 - Valores médios da relação DQO:DBO5 dos efluentes por estação de

amostragem

A Figura 7 apresenta as relações “DQO:DBO5” dos efluentes, por campanha de

amostragem. A variação observada ao longo dos meses se deve, provavelmente, à

natureza do processo produtivo, relacionada com a quantidade e qualidade dos insumos

utilizados, que são variáveis em função da demanda do mercado consumidor.

Figura 7 - Variação da carga orgânica ao longo de cinco meses para os efluentes

INCE & ERDOGDU (1998) concluíram que a toxicidade de vários efluentes industriais,

inclusive têxteis, é removida quase que totalmente após tratamento biológico pelo processo

de lodos ativados.

A Figura 8 apresenta a variação média da toxicidade aguda (média aparada) para os

diferentes efluentes estudados. Pela figura nota-se que, após tratamento em sistemas

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Estação de Amostragem

Rel

ação

DQ

O:D

BO

70

biológicos com lodos ativados, os efluentes TX2 e TX7 têm as toxicidades médias bastante

reduzidas, 94% (malha) e 98% (plano), conforme atestam os valores de TX3 e TX8.

Esses efluentes possuem grande variabilidade de toxicidade e todas as amostras de

efluentes apresentaram toxicidade aguda para Daphnia similis em 48 horas de exposição.

Nota-se que o efluente mais tóxico é o TX7 (plano), seguido do TX4, sendo o TX6 o menos

tóxico.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

UTa

Figura 8 - Variação da toxicidade aguda (média aparada) para Daphnia similis nos

efluentes

O parâmetro condutividade elétrica, embora a legislação não preconize limite para

lançamento, FATMA (1999) sugere que para águas correntes, um teor aceitável de sal

apresenta uma condutividade inferior a 1.000 S/cm, sendo que valores de condutividade

superiores a 700 S/cm são considerados elevados. Para fins de comparação, a

condutividade de água do mar é cerca de 50.000 S/cm. Sendo assim, nota-se pela Figura

9 que os resultados desse parâmetro para os efluentes têxteis, mesmo para os efluentes

submetidos a tratamento, são considerados bastante elevados. Observando-se, ainda, que

o efluente TX7 após tratamento biológico (TX8) tem sua condutividade aumentada em

cerca de 2%. Ainda segundo FATMA (1999), do ponto de vista ecológico, o teor de sais no

ambiente possui importâncias diferentes. As plantas reagem de maneira mais sensível aos

sais do que os animais. As biocenoses aquáticas alteram-se em função da salinidade.

Dependendo do teor de sal na água esse pode ser benéfico ou até mesmo tóxico. Segundo

71

USEPA (1996) o cloreto de sódio e sulfato de sódio constituem fontes típicas de toxicidade

aquática em efluentes têxteis durante o tingimento.

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

Con

dutiv

idad

e Elé

trica

(µm

ho.c

m-1

)

Figura 9 - Variação da condutividade elétrica nos efluentes

A Figura 10 apresenta o teor de sólidos (suspensos e totais) das empresas estudadas.

Nota-se que a contribuição das malharias é variável e que, após o tratamento biológico

com lodo ativado, o teor desses poluentes reduziu, em média, no efluente bruto TX2

(malharia) de 70% de sólidos suspensos e de 2% de sólidos totais. Entretanto, para o

efluente bruto TX7 (tecido plano) houve uma elevação (20%) no teor de sólidos suspensos,

após o tratamento convencional, e uma redução (21%) na concentração de sólidos totais.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

Con

cent

raçã

o

Sólidos Totais/10 (mg/L)Sólidos suspensos (mg/L)Turbidez (NTU)Cor real (UPt)

Figura 10 - Variação da série sólidos, turbidez e cor nos efluentes

Essa figura sugere uma correlação entre os parâmetros turbidez e sólidos suspensos. O

limite para lançamento de sólidos suspensos DN COPAM 10/86 é de 100 mg/L e todos os

72

efluentes (tratados ou não), à exceção do TX6 que extrapolou o limite cerca de 5%,

atenderam ao limite estabelecido.

Embora a legislação ambiental não estabeleça padrão de emissão para a cor, isso constitui

um inconveniente porque cor elevada pode dificultar a atividade fotossintética. Esses

efluentes apresentam coloração devido ao descarte com os banhos dos pigmentos que não

foram fixados na fibra. Segundo LEÃO (1999) nos processos típicos de tingimento e

estampagem, 50-100% da cor é fixada na fibra, sendo o restante descartado com os

banhos. O efluente TX6 é o que apresentou maior valor médio de cor. Nota-se a redução

da cor após o tratamento biológico. O efluente bruto TX2 apresentou, após o tratamento,

uma redução média de 9,8% e o efluente TX7 de 33,9%.

Segundo BAHORSKY (1998) estudos recentes têm revelado a existência de uma

variedade de espécies de organismos capazes de degradar corantes e assim remover a

cor. BAHORSKY (1998) descreveu resultados de pesquisa de descoloração de corantes

usando bactérias para corantes específicos. Corantes “vinyl sulfone” foram usados em um

dos estudos. Em outros, trinta espécies de fungos foram utilizadas para testar a

capacidade de remoção dos corantes.

Conforme pode ser visto na Figura 11, os valores médios de pH, para os efluentes brutos

de malharias ao longo das cinco campanhas de amostragem, oscilaram em torno de 10,

sendo que o efluente tratado obteve valor igual a 8,1. Para o efluente bruto da indústria de

tecido plano TX7 o pH foi de 6,7 e, após o tratamento (TX8), igual a 7,5.

1

3

5

7

9

11

13

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

pH

pHLimite Legal M áximoLimite Legal M ínimo

Figura 11 - Variação do pH nos efluentes

73

O elevado teor do pH nas malharias se deve à utilização de hidróxido de sódio na etapa de

mercerização dos tecidos. Em águas naturais, os valores de pH oscilam, geralmente, entre

6,5 a 8,5 (±0,5). Efeitos nocivos são observados quando o meio aquático apresenta valores

de pH inferiores a 5,5, podendo ser letais, para a maioria dos pequenos organismos.

Portanto, são considerados limites, letais para todas as espécies nativas de peixes,

valores de pH inferiores a 4 e superiores a 10,8 (FATMA, 1993).

A solubilidade de algumas substâncias e sua disponibilização no ambiente aquático na

forma de íons é influenciada pelo pH do meio. Exemplo disso é a solubilização do alumínio

em águas ligeiramente ácidas. Segundo BAIRD (2002) o Al3+ é usualmente o cátion

principal em águas cujo pH é inferior a 4,5, excedendo até mesmo as concentrações de

Ca2+ e Mg2+ – que são os cátions dominantes quando os valores de pH são superiores a

4,5. Além disso, a proporção da amônia livre em relação ao teor de amônio e a solubilidade

de sais metálicos também varia em função do pH. Portanto, a disponibilidade biológica,

bem como o efeito nocivo de muitas substâncias depende da concentração de íons de

hidrogênio do meio – pH.

Os valores de concentrações de fenóis – Figura 12, apresentaram-se inferiores ao limite de

lançamento estabelecido pelo COPAM, que também está seguramente inferior ao valor que

causa efeito agudo a espécie considerada sensível (Daphnia similis). Para imobilização

desse organismo, durante 24 horas de exposição a fenóis, BERTOLETTI (1990b) obteve

um CE50 de 62 mg/L. Nos efluentes têxteis esses compostos podem estar presentes nos

surfactantes.

0,00

0,03

0,06

0,09

0,12

0,15

0,18

0,21

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

Con

cent

raçã

o (m

g/L)

Índice de fenóisLimite para Lançamento

Figura 12 - Variação do parâmetro índice de fenóis nos efluentes

74

As concentrações médias de zinco nesses efluentes – Figura 13 – foram inferiores a

concentração efetiva (CE50) que pode causar efeito agudo – imobilização – à Daphnia

similis, durante 24 horas de exposição, que segundo BERTOLETTI (1990b) é igual a 0,5

mg/L, sendo também inferiores ao valor estabelecido pelo COPAM para limite de

lançamento. Após o tratamento, o efluente TX2 tem a concentração de zinco reduzida em

45% e o efluente TX7 em 65%, valores considerados representativos.

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

Zinc

o (m

g/L)

Figura 13 - Variação do parâmetro zinco nos efluentes

Segundo FATMA (1999), o zinco acumula-se no sedimento, sendo que 45-60% do metal

encontra-se no sedimento de forma residual e, portanto, não acessível para organismos

aquáticos. Porém, o zinco pode ser remobilizado do sedimento através de formadores de

complexos (RÖMPP’s, 1979).

Plantas aquáticas e musgos acumulam o zinco. Concentração da ordem de 0,1 mg/L tem

efeito tóxico para algas DVGW (1975), sendo que efeitos tóxicos já foram observados na

faixa de 1-4 mg/L Zn (WACHS, 1988).

A concentração de nitrogênio total variou de 19,20 a 35,12 mg/L nos efluentes brutos das

malharias, sendo que na indústria de tecidos planos esse valor foi de 50,74 mg/L. A

redução nos reatores biológicos foi de 80,89% e 64,41% para TX2 e TX7, respectivamente.

A presença de compostos de nitrogênio e de fósforo (especialmente fosfatos e nitratos)

favorece o fenômeno de fertilização das águas naturais – eutrofização.

75

De acordo com SAWYER (1971), cada miligrama de nitrogênio por litro de água, poderá

dar origem a 12 mg/L de organismos planctônicos. Essa constitui, também, uma

possibilidade de se avaliar a eutrofização; porém só terá significado em lagos de climas

temperados, logo após o período de produtividade mínima (início da primavera), antes que

uma porção significativa do nitrogênio inorgânico tenha sido transformada em orgânico.

Pode-se, ainda, ter uma idéia do grau de eutrofização de uma água através das próprias

medidas de produtividade, seja por intermédio das determinações de oxigênio dissolvido

em frascos opacos e transparentes, seja através das determinações de concentração de

clorofila ou do fósforo e nitrogênio em suas várias formas. Deve-se, entretanto, considerar

também, a existência de algas capazes de fixar nitrogênio do ar (BRANCO, 1971).

A Figura 14 apresenta a variabilidade da concentração média de nitrogênio total Kjeldahl

nos efluentes estudados. Após tratamento (sistema biológico com lodos ativados em

regime contínuo) os efluentes TX2 e TX7 têm o teor de nitrogênio total reduzido em 80,89%

e 64,41% respectivamente.

5

15

25

35

45

55

TX 001 TX 002 TX 003 TX 004 TX 005 TX 006 TX 007 TX 008

Estação de Amostragem

Nitr

ogên

io to

tal K

jeld

ahl

(mg/

L)

Figura 14 - Variação do nitrogênio total Kjeldahl nos efluentes

7.2 ANÁLISE DA REGRESSÃO

7.2.1 Correlações

Após a construção da tabela de correlação de Pearson (r) entre todas as variáveis

analisadas, é possível observar que existe uma elevada correlação entre condutividade

elétrica e sólidos totais (r = 0,844) e conforme esperado, entre DQO e DBO5 (0,834).

76

Outros pares de parâmetros que apresentaram correlações, embora menos expressivas do

que as anteriores, foram: DQO e NTK (0,746), DQO e Turbidez (r=0,655), cor real e sólidos

suspensos (0,579), condutividade elétrica e pH (0,570). Os demais pares de parâmetros

não indicaram correlações significativas.

A maior correlação constatada envolvendo toxicidade aguda (UTa) foi com a DQO (0,202),

entretanto, esse valor de r é considerado muito baixo. Esse fato leva a crer que os

parâmetros analisados não podem responder de forma significativa pela toxicidade aguda

dos efluentes.

Nota-se que não foram considerados válidos e, portanto, não foram incluídos nos cálculos

de correlação, os resultados de toxicidade quando a taxa de imobilidade dos organismos

no controle foi inferior a 10%.

Os valores encontrados para a correlação de Pearson encontram-se no Quadro 1.

Quadro 1 - Diagrama da correlação de Pearson para as variáveis envolvidas

Cond. pH Cor DBO DQO Fenóis NTK SSusp ST Turbid Zn DQO:DBO

pH 0.570

Cor 0.444 0.192

DBO -0.120 -0.307 -0.069

DQO -0.006 -0.091 -0.071 0.834

Fenóis -0.241 -0.222 -0.085 0.238 0.451

NTK -0.146 -0.117 -0.199 0.509 0.746 0.369

SSusp 0.044 0.157 0.579 0.058 0.112 0.048 0.024

ST 0.844 0.283 0.440 0.017 0.168 -0.096 0.002 0.092

Turbid 0.152 0.357 0.098 0.472 0.655 0.188 0.464 0.343 0.146

Zn -0.008 -0.133 -0.048 0.197 0.245 0.261 0.198 -0.278 -0.068 -0.179

DQO:DBO -0.154 -0.328 -0.094 -0.414 -0.532 -0.122 -0.432 -0.256 -0.123 -0.532 -0.113 UTa -0.147 0.071 -0.013 0.152 0.202 0.178 0.183 0.018 -0.127 0.168 0.117 -0.123

Nota: Valores de pH ajustados, conforme apresentado no Anexo H.

77

Durante a execução do primeiro método para redução do número de variáveis explicativas,

método “todas as regressões possíveis”, o “software” MINITAB 11 não indicou um modelo

que conseguisse responder pela toxicidade, todos os R2ajustado foram inferiores a 3,0.

O “Stepwise” também não apresentou um modelo de regressão para predizer a toxicidade

envolvendo as variáveis analisadas.

Tanto pelo método de “todas regressões possíveis”, como pelo “Stepwise” não foi possível

encontrar um modelo de regressão satisfatório para o conjunto de dados. As respostas

obtidas pelo “software” MINITAB 11 estão apresentadas no Anexo D.

Portanto, os parâmetros estudados não são capazes de descrever a variação da unidade

de toxicidade aguda (UTa) ou o modelo linear não é apropriado para correlacionar esses

parâmetros com a UTa.

7.2.2 Curvas de nível

Para avaliação do comportamento da influência simultânea de variáveis consideradas

tóxicas, quando analisada isoladamente, sobre a toxicidade aguda dos efluentes, foram

realizados gráficos contendo curvas de níveis com os resultados dos oito efluentes

estudados, utilizando duas variáveis físico-química por vez.

Pelas curvas é possível avaliar os efeitos da interação entre duas variáveis sobre a

toxicidade.

Através das Figuras 15 e 16 é possível constatar a dificuldade em se prever a toxicidade

nos efluentes a partir da concentração de variáveis físico-químicas.

Mesmo sendo conhecido o potencial tóxico dos parâmetros zinco e fenol quando

analisados isoladamente, nota-se pelas Figuras 15 e 16 que a previsão dos efeitos tóxicos

presentes no efluente, ou seja, na mistura que é resultado da interação de diversas

substâncias, é bastante difícil de ser determinada.

78

A Figura 15, de modo geral, mostra que para as maiores concentrações de zinco e DQO a

toxicidade aguda também atinge seu máximo. Entretanto, por esta mesma figura, nota-se

que a toxicidade também atinge valores significativos na região de concentrações de zinco

próximas de 0,4 mg/L e na região de baixas concentrações de zinco e elevada DQO. Além

disso, para determinadas concentrações de DQO (região de concentração compreendida

na faixa de 0 a 700 mg/L e de 800 a 1.300 mg/L) a toxicidade é relativamente baixa para

todas as concentrações de zinco analisadas.

Os resultados apresentados na Figura 16 também obtiveram um comportamento difícil de

ser interpretado. Por essa figura nota-se que para valores elevados de fenol e zinco a

toxicidade também foi significativa, entretanto, em uma região de baixas concentrações de

fenol (inferiores a 0,1 mg/L) e zinco (em torno de 0,3 mg/L) a toxicidade também foi

elevada.

Esses comportamentos devem estar associados a interação das diferentes substâncias

presentes nestes efluentes, que podem produzir efeitos tóxicos aditivos, antagônicos e

mesmo sinérgicos nos organismos.

79

Zn DQO UTa( )

Figura 15 - Curva de nível para o estudo da influência da concentração de zinco e DQO na

toxicidade aguda

fenol Zn UTa( )

Figura 16 - Curva de nível para o estudo da influência da concentração de fenol e zinco na

toxicidade aguda

Zinco (mg/L)

Fenol (mg/L)

DQO

(mg/

L)

Zinc

o (m

g/L)

80

7.4 ESTIMATIVA DE IMPACTO AMBIENTAL

A estimativa do potencial de impacto ambiental constitui uma medida relevante para fins de

proteção do ambiente aquático e, conseqüentemente, para definição das ações de

controle. Segundo GHERARDI-GOLDSTEIN (1990), trata-se da informação mais

importante de todo o processo de controle de agentes tóxicos em efluentes líquidos, uma

vez que a partir das conclusões pode-se estimar o nível de impacto do efluente no corpo

receptor.

O impacto causado no corpo d’água é estimado levando em consideração a capacidade de

assimilação do corpo receptor. Para isso, são comparados os dados de concentração do

efluente no corpo receptor e a concentração desse efluente que causa efeito tóxico aos

organismos aquáticos. Assim, baseado nessa comparação, são estabelecidas

concentrações do efluente no corpo d’água, que asseguram a integridade ecológica do

ecossistema aquático.

Para que o efluente tratado não cause efeitos agudos e crônicos à biota aquática, é

necessário que as Equações 3 e 4 sejam satisfeitas (USEPA, 1985):

CER CE50/3 (prevenir efeito agudo) Equação 3

CER CE50/10 (prevenir efeito crônico) Equação 4

Sendo que o cálculo de CER é dado pela Equação 5.

CER = (QE/(QE+Q7,10))x100 Equação 5

Onde:

QE=vazão do efluente,

Q7,10=vazão mínima anual do rio, média de sete dias consecutivos, com probabilidade de

dez anos de retorno.

81

A Tabela 29 apresenta os valores de CER devido a cada efluente.

Tabela 29 - Concentrações dos efluentes nos corpos d’água em função da vazão dos

efluentes e de Q7,10

Efluente QE (m3/h) Q7,10(1) (m3/h) CER

TX1 55,00 6.013,80 0,91

TX2 56,00 80,28 41,09

TX3 56,00 80,28(2) 41,09

TX4 10,00 792,72 1,25

TX5 20,00 792,28 2,46

TX6 10,00 792,28 1,25

TX7 42,50 2.663,28 1,57

TX8 42,50 2.663,28(2) 1,57 (1)Os valores de Q7,10 foram calculados pela equipe técnica da FEAM (2) Considerou-se que as empresas B (TX2) e F (TX7) tratam 100% de seus efluentes.

Os valores de CENO foram estimados a partir dos valores de CE50 – Tabela B1 (Anexo B).

Aplicando as Equações 4 e 5 nos efluentes estudados, verificou-se que a maioria os

efluentes líquidos das empresas é passível de causar impacto nos corpos d’água

receptores. Excluindo apenas o efluente TX6 dos meses de agosto e dezembro e o

efluente TX8 dos meses de agosto e novembro, sendo que esse último já recebeu

tratamento. Isso indica que esses efluentes não apresentam potencial para causar impacto

ambiental no ribeirão Meia Pataca e no córrego Milho Branco, respectivamente.

Os resultados estão apresentados na Tabela B1 (Anexo B).

Entretanto, essa estimativa aplica-se a situações de mistura completa do efluente no corpo

receptor e quando os resultados de CE50 são obtidos a partir da avaliação de, no mínimo,

três espécies distintas de organismos aquáticos, bem como da suposição de que não

exista variabilidade na toxicidade do efluente ao longo do tempo.

Neste estudo para determinação da toxicidade aguda, utilizou-se apenas uma espécie

aquática, microcrustáceo Daphnia similis, sendo assim, e para fins de minimizar a incerteza

na estimativa do impacto, pois alguns estudos GHERARDI-GOLDSTEIN (1990) têm

82

demonstrado que a sensibilidade entre as diversas espécies de organismos pode variar em

torno de dez vezes, as Equações 4 e 5 foram ajustadas com seus denominadores

multiplicados por 10.

Além disso, no que se refere à variabilidade na toxicidade de efluentes, esses também

podem apresentar variações ao redor de dez vezes (GHERARDI-GOLDSTEIN, 1990).

Também nesse caso, os denominadores das Equações 4 e 5 foram multiplicados por 10.

Logo, no caso em análise, as duas fontes de incertezas foram consideradas e, portanto, a

estimativa do impacto foi efetuada utilizando-se a Equação 6:

CER CE50/300 (para evitar efeitos tóxicos agudos) Equação 6

E a Equação 7:

CER CE50/1000 ou CER CENO/100 (para evitar efeitos tóxicos crônicos) Equação 7

Os resultados desse novo cálculo encontram-se nas Tabelas B2 e B3, apresentadas no

Anexo B.

GHERARDI-GOLDSTEIN (1990) menciona que esses níveis de incerteza podem ser

reduzidos, desde que seja realizada uma avaliação da toxicidade do efluente com mais de

três espécies e que a variabilidade nos níveis de toxicidade seja determinada, juntamente

com um estudo quantitativo da dispersão do efluente no rio.

Os critérios a serem atendidos para emissão de efluentes tóxicos levam em consideração a

condição de mistura do efluente no corpo d’água, que pode ser:

mistura imediata (completa) – o efluente se dispersa totalmente nas águas do corpo

receptor, atingindo as duas margens;

mistura incompleta: o efluente, após a diluição inicial, apresenta uma mistura baixa ao

longo de determinada extensão do rio, concentrando-se em determinadas regiões do

corpo receptor como, por exemplo, áreas de remanso ou margens. Nesses casos,

83

devido à dispersão lenta dos efluentes, torna-se necessário considerar possíveis

violações dos padrões de qualidade da água ao longo da pluma, prejudicando ou até

mesmo impedindo a recuperação dos cursos d’água.

Nos casos de mistura imediata e Classes 2 e 3 dos cursos d’água, a concentração do

efluente – CER, deverá ser menor ou igual a 1/10 da concentração de efeito agudo –

CE50, equivalente à concentração que não deve causar efeitos crônicos – CENO, desde

que os níveis de incertezas sejam eliminados.

Para efluentes que apresentam característica de mistura incompleta, torna-se necessário

adotar critérios um pouco mais restritivos para a emissão. Determinam-se assim, as

denominadas “zonas de mistura”, extensão nas quais se permite que os padrões de

qualidade de água sejam excedidos.

7.4.1 Resultados de toxicidade crônica obtidos nos diferentes corpos d’água estudados

A Tabela C1 (Anexo C) apresenta os resultados de toxicidade crônica (UTc) obtidos nos

diferentes corpos d’água estudados durante monitoramento efetuado ao longo do segundo

semestre de 2001. Esses resultados estão apresentados nas Figuras 17 a 20 e ilustram o

impacto desses efluentes nas coleções hídricas.

A Figura 17 apresenta a variação mensal da toxicidade crônica no ribeirão dos Macacos.

Os pontos TC1 e TC2 localizam-se a montante do lançamento da indústria A, sendo que o

TC2 encontra-se na cidade de Cachoeira da Prata que possui, segundo dados do ano 2002

da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 3.806 habitantes, equivalente a uma

carga orgânica de cerca de 205 kg DBO5/d, considerando uma contribuição de 54 g

DBO5/hab.d. Percebe-se, então a contribuição dessa empresa (ponto TC3) no aumento da

toxicidade das águas desse corpo d’água. Ressalta-se que nesse trecho tem ocorrido

freqüentes mortandades de peixes, conforme atestam os Pareceres Técnicos da FEAM.

84

0

10

20

30

40

50

TC1 TC2 TC3

Estação de Amostragem

UTc

agostosetembrooutubronovembrodezembro

Figura 17 - Variação mensal da toxicidade crônica no ribeirão dos Macacos

A Figura 18 ilustra a variação mensal da toxicidade crônica em outro ambiente (córrego do

Fundo). Nesse caso, o lançamento dos efluentes da empresa B no curso de água (TC5) já

não é significativo para a elevação da toxicidade, sendo que em dezembro ocorreu,

inclusive, uma redução de 82%.

0

10

20

30

40

50

TC4 TC5

Estação de Amostragem

UTc

agostosetembrooutubronovembrodezembro

Figura 18- Variação mensal da toxicidade crônica no córrego do Fundo

Na Figura 19 encontra-se os valores de UTc para as estações de amostragem situadas ao

longo do córrego Milho Branco, na cidade de Juiz de Fora. O ponto TC6, apesar de se

localizar na região das nascentes, já se encontra com níveis expressivos de toxicidade,

considerando a escala apresentada por COLEMAN and QURESHI, 1985 apud INCE, 1998.

O ponto TC7 encontra-se a montante dos lançamentos das empresas têxteis e TC8 a

jusante da empresa D, observa-se, portanto, uma elevação do grau de toxicidade nesse

ponto. Já na estação TC9 o corpo d’água receptor recebeu a contribuição das empresas C,

D e E, apresentando consideráveis valores de UTc.

85

05

101520253035

TC6 TC7 TC8 TC9

Estação de Amostragem

UTc

agostosetembrooutubronovembrodezembro

Figura 19 - Variação mensal da toxicidade crônica no córrego Milho Branco

Na Figura 20, estão apresentados resultados de análise em amostras de água em região

de nascente (TC10) no município de Cataguases.

O ponto TC12, localizado a jusante do lançamento de efluente líquido da empresa têxtil F

(tecidos planos) e indústria de papel X, obteve no mês de agosto um expressivo aumento

de toxicidade, sendo que nos demais meses de monitoramento, esse fato não foi

observado.

0

20

40

60

80

100

TC10 TC11 TC12

Estação de Amostragem

UTc

agostosetembrooutubronovembrodezembro

Figura 20 - Variação mensal da toxicidade crônica no ribeirão Meia Pataca

86

8 CONCLUSÕES

Caracterização física, química e ecotoxicológica dos efluentes líquidos

Os efluentes líquidos brutos das malharias caracterizam-se por apresentarem elevados

valores de pH, variando em torno de 11, devido a etapa de mercerização/alcalinização do

processo industrial, que utiliza hidróxido de sódio. Essa característica de alcalinidade não

foi observada para o efluente da indústria que processa tecidos planos.

A concentração de matéria orgânica nos efluentes brutos das malharias também é elevada,

sendo a fração não biodegradável (DQO) a mais significativa. Os valores médios da

relação DQO:DBO5 variaram na faixa de 2,80 a 3,83.

Pelo uso intensivo de sais no processo produtivo, a condutividade elétrica nesses efluentes

também se apresentou expressiva, com valores médios variando de 5.171 a 10.625 S/cm.

A cor real dos efluentes brutos das malharias variou de 266 a 790 uH, sendo esses valores

considerados altos, quando comparados àqueles normalmente presentes nos corpos de

água monitorados pelo Projeto Águas de Minas, cuja média calculada nos últimos três anos

oscilou em torno de 22 uH em todo o Estado de Minas Gerais.

Os valores de fenóis detectados nos efluentes, tanto das malharias quanto da indústria de

tecido plano, não foram considerados significativos, quando comparados ao padrão

estabelecido na DN COPAM 10/86 que é de 0,2 mg/L.

As concentrações médias de nitrogênio total Kjeldahl variaram de 19,2 a 35,1mg/L nos

efluentes brutos das malharias, sendo ainda mais expressiva para os efluentes brutos da

indústria de tecido plano, que apresentou um valor médio de 50,7 mg/L.

Os teores de sólidos suspensos e de turbidez, em geral, não foram considerados elevados

quando comparados com os valores apresentados na DN COPAM 10/86. Entretanto, a

concentração de sólidos totais, que variou de 4.114 a 7.893 mg/L, é considerada alta.

87

A concentração de zinco, nesses efluentes, foi doze vezes menor que o limite estabelecido

pela DN COPAM 10/86 para lançamento de efluentes.

Considerando a média aparada dos resultados de toxicidade dos efluentes brutos das

malharias, nota-se que os valores de UTa variaram de 11,84 a 37,39, sendo classificados

como muito tóxicos, segundo a escala apresentada em COLEMAN and QURESHI (1985)

apud INCE (1998). A toxicidade aguda para os efluentes brutos da indústria de tecidos

planos foi superior às médias de toxicidade detectadas para os efluentes das malharias.

Avaliação do impacto ambiental dos efluentes líquidos nos corpos receptores

Observou-se pelas tabelas do Anexo B, que todos os efluentes líquidos, mesmo os que

passaram por processo de tratamento onde houve uma redução da toxicidade superior a

90%, são passíveis de causar impacto – de efeito agudo ou crônico – nos respectivos

corpos d’água receptores.

Análise de correlação entre a toxicidade e os parâmetros físico-químicos

A presente pesquisa evidenciou correlações significativas entre alguns parâmetros físico-

químicos, normalmente, utilizados para caracterização de efluentes têxteis, tais como

DBO5 e DQO (0,834), condutividade elétrica e sólidos totais (0,844) e DQO e NTK (0,746).

Entretanto, não foram constatadas correlações significativas entre a toxicidade aguda dos

efluentes com Daphnia similis e essas variáveis físico-químicas, sendo que os coeficientes

de correlação situaram-se na faixa de 0,013 a 0,202.

Foram utilizadas variáveis físico-químicas para predizer o comportamento da UTa, através

da análise de regressão linear simples. Entretanto, as variáveis utilizadas não foram

capazes de responder a variabilidade da UTa, não sendo encontradas probabilidades de

significância (p-valor) maiores que 0,05. Dessa forma, não foi possível atribuir a toxicidade

aos parâmetros físico-químicos individualmente, devido ao efeito de interação das várias

substâncias presentes nos efluentes, que podem produzir efeitos tóxicos aditivos,

antagônicos e mesmo sinérgicos nos organismos aquáticos. Sendo assim, não há

88

evidências científicas para se estabelecer o limite de lançamento de DQO baseado na

toxicidade; já que pelo presente instrumento de pesquisa, nas condições em que foi

desenvolvida, não foi constatada nenhuma correlação significativa entre essas variáveis.

A conclusão anterior conduz à necessidade dos órgãos ambientais complementarem a

caracterização físico-química dos efluentes e corpos de água com testes de ecotoxicidade,

uma vez que, até o momento, não existe um modelo para simular o grau de toxicidade dos

efluentes líquidos das malharias, por meio dos parâmetros físico-químicos.

Os resultados desta pesquisa estão de acordo com Schoenberger (SCHOENBERGER,

2002), bem como as conclusões obtidas no trabalho desenvolvido por BERTOLETTI

(1990a), que analisou 68 efluentes líquidos gerados por diferentes indústrias, inclusive

têxtil, utilizando Daphnia similis.

BERTOLETTI (1990a) também constatou a dificuldade de prever a ecotoxicidade dos

efluentes por meio de análises físico-químicas, enfatizando a necessidade de reavaliação

das técnicas utilizadas para o controle da poluição hídrica.

Avaliação da remoção da toxicidade obtida nas estações de tratamento de efluentes

Após tratamento biológico com lodo ativado em regime contínuo, a toxicidade dos efluentes

foi bastante reduzida – 94% (malha) e 98% (plano). Entretanto, o estudo de impacto

ambiental indicou que todos os efluentes estudados, inclusive os tratados, ainda

continuavam passíveis de causar efeito tóxico agudo e crônico nos respectivos corpos

d’água receptores.

89

9 RECOMENDAÇÕES

Como no ajuste do modelo de regressão foi utilizado um número restrito de variáveis

explicativas (parâmetros analisados), recomenda-se a inserção de novas variáveis na

tentativa de se estabelecer um modelo que permita a predição da toxicidade. Isso se

justifica, porque as substâncias que causaram efeito tóxico sobre os organismos podem

estar associadas a outras espécies presentes no efluente e que não foram

determinadas analiticamente, como por exemplo, cobre, surfactantes, subprodutos

gerados durante o processo, ou mesmo a não disponibilidade de métodos analíticos

capazes de detectá-las, devido à restrição do limite de detecção dos métodos

utilizados/disponíveis.

Recomenda-se a introdução de testes de ecotoxicidade para determinação do índice de

Qualidade das Águas (IQA), ferramenta utilizada pelos órgãos de controle ambiental

para monitoramento da qualidade das águas superficiais do Estado de Minas Gerais,

que atualmente não considera a toxicidade. ZAGATTO et al (1997) sugeriram uma

nova proposta de IQA, conforme discutido neste trabalho (item 5.5).

Além disso, recomenda o uso dos testes de ecotoxicidade para a efetiva previsão do

impacto que os efluentes industriais podem causar à biota de corpos receptores.

90

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101

ANEXO A – CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DOS EFLUENTES POR FIBRA PROCESSADA

102

Fibras Naturais

Tabela A1 - Valores típicos para o processamento do algodão

Operação

DQO (g/kg)

DBO5

SÓLIDOS TOTAIS (mg/L)

pH CONSUMO DE ÁGUA

(L/kg de tecido)

(ANDRADE,1999)

(ANDRADE, 1999)

(g/kg)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(mg/L)

(EPA, 1978 b)

(mg/L)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(EPA, 1978 b)

(RONDINEL

PINEDA, 1990)

(EPA, 1978 b)4

(ANDRADE,1999) (RONDINEL

PINEDA, 1990)

(U.S. DEPARTAMENT OF IINTERIOR,

FEDERAL WATER POLLUTION CONTROL

ADMINISTRATION, 1967)

(EPA, 1978 b)

(US. PUBLIC HEALTH

SERVICE, 1959)

Purga(1) 15-34 3-11 100-2900 660-860

(4)

2200-

17400 - 10-12 12,5 14-36 2,5-43 37,6 25(4) 2,6-42,6

Mercerização - - 50-800 770(4) 300-

18000 - 5-14 12 10 17-32 33,4 16,7(4)

232,8-

308,4

Neutralização 21 4 - - - - - - - - - - -

Alvejamento - - 100-1700 282 800-

15000 - 8-12 9-12 20 2,5-12,5 37,6 83,4

2,5-

124,3

Tingimento(2) 7-55 1-27 60-10000(5) 84-169 10-800 (5) 580-5400 1-12(5) 6-12 21-85 8,5-300(5)

12,5-166,9

250 8,3-

300,4 Estampagem - - - 100-645 - 210-1790 - 6-11 12,5-33 - 12,5-

33,4(4)

Acabamento(3) 14 3 - 20-500 - 40-2720 - 6-8 1-8 - - 12,5(4) -

103

Notas:

(1) Variações observadas para a purga de branco (tecidos que receberão tingimento branco) e purga de cor (tecidos que receberão tingimento colorido), considerando-se

também como efluente as lavagens que se seguiram ao banho de purga.

(2) Variações observadas segundo a utilização de diversos tipos de corantes, considerando-se também como efluente as lavagens e o banho de fixação, que se seguiram

ao banho de aplicação dos corantes.

(3) Dados correspondentes ao amaciamento (variação entre medições no Foulard e no equipamento de tingimento)

(4) A fonte não especifica se os valores são para malhas.

(5) EPA, 1982 apud RONDINEL PINEDA, 1990.

104

Tabela A2 - Valores típicos para o processamento da lã

Operação

DBO5 (mg/L) SÓLIDOS TOTAIS (mg/L) pH CONSUMO DE ÁGUA

(L/kg de tecido) (U.S.

DEPARTAMENT OF INTERIOR,

FEDERAL WATER POLLUTION CONTROL

ADMINISTRATION, 1967)

(MASSELI & BURFORD,

1959)

(EPA, 1974)

(MASSELI & BURFORD, 1959)

(EPA, 1974)

(MASSELI & BURFORD,

1959)

(EPA, 1974)

(U.S. DEPARTAMENT OF

INTERIOR, FEDERAL WATER

POLLUTION CONTROL

ADMINISTRATION, 1967)

(MASSELI & BURFORD,

1959 (EPA, 1978 b)

(EPA, 1974)

Purga 13170 - 15000 - 36.000 9-10,5 10-12 17,2 45,9-

100,1 83,5 16,7

Lavagem após

pisoamento 185 - 9000 - 18.000 9-10,7 10-12 361,6 333,8-835 - 16,7

Neutralização 15 - 100 4.000 1,9-9 4 137,9 104,3-131 - 16,7

Alvejamento - 390 - 910 6 - - 2,5-22,4 -

Tingimento 400 - 3000 2500-9200 7.000 4,8-8 7 25,9 15,9-22,4 - 16,7

105

Fibras Manufaturadas

Tabela A3 - Valores típicos para o processamento do rayon

Operação

DBO5 (mg/L) SÓLIDOS TOTAIS (mg/L) pH CONSUMO DE ÁGUA

(L/kg de tecido)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959 e

1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959 e

1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959 e

1956)

Purga 2800 - 3300 - 8-9 - 17-33,5 -

Tingimento 28000(1) - 3500(1) - 8-9(1) - 16,7-33,5(1) -

Acabamento - 1600 - - - - - 4,2-12,5

Purga + Tingimento - 2830 - 3300 - 8,5 - 16,7-33,4

Águas de Lavagem - 58 - 4900 - 6,8 - 4,2-12,5

(1) EPA, 1982 apud RONDINEL PINEDA, 1990.

106

Tabela A4 - Valores típicos para o processamento do acetato

Operação

DBO5 (mg/L) SÓLIDOS TOTAIS (mg/L) pH CONSUMO DE ÁGUA

(L/kg de tecido)

(EPA, 1978 b)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956) (EPA, 1978 b)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956)

Purga - 2000 - - 2000 - 9-10 - 25-83,5 -

Alvejamento - 700 - - 800-1000 - 7-9 - 33,5-50 -

Tingimento - 2000(1) - - 2000(1) - 9-10(1) - 33,5-50(1) -

Acabamento - - 1000-1600 - - 120-2400 - - - 25-41,2

Purga + Tingimento - - 2000 1780 - - - 9,3 - 33,4-50

Purga + Alvejamento 750 - - 800-950 - - - - - 33,4-50

(1) EPA, 1982 apud RONDINEL PINEDA, 1990.

107

Tabela A5 - Valores típicos para o processamento do nylon

Operação

DBO5 (mg/L) SÓLIDOS TOTAIS (mg/L) pH CONSUMO DE ÁGUA

(L/kg de tecido)

(EPA, 1978 b)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956) (EPA, 1978 b)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956)

(RONDINEL PINEDA,

1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD,

1959 e 1956) (EPA, 1978 b)

Purga - 1300 1360 - 1800 1880 10-11 10,4 50-66,8 50-66,8 -

Tingimento - 400(1) 370 - 600(1) 640 8-9(1) 8,4 16,7-33,5(1) 16,7-33,4 -

Acabamento - - - - - - - - - 33,4-50 -

Purga + Tingimento 42-220 - - 507-1250 - - - - - - 83,5-133,5

(1) EPA, 1982 apud RONDINEL PINEDA, 1990.

Tabela A6 - Valores típicos para o processamento do acrílico

Operação

DBO5 (mg/L) SÓLIDOS TOTAIS (mg/L) pH CONSUMO DE ÁGUA

(L/kg de tecido)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959 e

1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959

e 1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959 e

1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959 e

1956)

Purga 2100 2190 1800 1875 9-10 9,7 50-66,8 50-66,8

Tingimento 200-2000(1) 175-2000 800-2000(1) 835-1970 1-4(1) 1,5-3,7 16,7-33,5(1) 16,7-33,4

Acabamento - - - - - - - 41,7-58,4

(1) EPA, 1982 apud RONDINEL PINEDA, 1990.

108

Tabela A7 - Valores típicos para o processamento do poliéster

Operação

DBO5 (mg/L) SÓLIDOS TOTAIS (mg/L) pH CONSUMO DE ÁGUA

(L/kg de tecido)

(RONDINEL PINEDA, 1990) (MASSELI &

BURFORD, 1959 e 1956)

(RONDINEL PINEDA, 1990) (RONDINEL

PINEDA, 1990)

(RONDINEL PINEDA, 1990)

(MASSELI & BURFORD, 1959 e 1956)

Purga 500-800 500-800 600-1400 8-10 25-42 25-41,7

Tingimento 500-2700(1) 480-27000 300-3000(1) 6-9(1) 16,7-33,5(1) 17,7-33,4

Acabamento - - - - - 8,3-25

(1) EPA, 1982 apud RONDINEL PINEDA, 1990.

109

ANEXO B – RESULTADOS DO ESTUDO DE IMPCATO AMBIENTAL A PARTIR DOS VALORES DE CER (CONCENTRAÇÃO DE EFLUENTE NO CORPO RECEPTOR)

110

Tabela B1 - Valores de CENO estimado

Efluente Corpo d'água CENO est. CER<=CENO CENO est. CER<=CENO CENO est. CER<=CENO CENO est. CER<=CENO CENO est. CER<=CENO

TX1 Ribeirão dos Macacos 0,313 NÃO 0,469 NÃO 0,134 NÃO 0,436 NÃO 0,222 NÃO

TX2 Córrego Fundo do Saco 0,577 NÃO 0,011 NÃO 0,236 NÃO 0,548 NÃO 0,388 NÃO

TX3 Córrego Fundo do Saco 7,008 NÃO 4,103 NÃO 8,156 NÃO 5,560 NÃO 5,204 NÃO

TX4 Córrego Milho Branco 0,302 NÃO 0,209 NÃO 0,240 NÃO 0,305 NÃO 1,058 NÃO

TX5 Córrego Milho Branco 0,000 NÃO 0,264 NÃO 0,222 NÃO 0,196 NÃO 0,957 NÃO

TX6 Córrego Milho Branco 1,840 SIM 0,252 NÃO 0,052 NÃO 0,548 NÃO 3,331 SIM

TX7 Ribeirão Meia Pataca 0,052 NÃO 0,325 NÃO 0,749 NÃO 0,325 NÃO 0,043 NÃO

TX8 Ribeirão Meia Pataca 5,206 SIM 8,036 SIM 7,023 SIM 6,303 SIM 1,183 NÃO

Tabela B2 - Condições para evitar efeitos tóxicos agudos no corpo d’água

Efluente Estação CE/300 CER<=CE/300 CE/300 CER<=CE/300 CE/300 CER<=CE/300 CE/300 CER<=CE/300 CE/300 CER<=CE/300

TX1 Ribeirão dos Macacos 0,010 NÃO 0,016 NÃO 0,004 NÃO 0,015 NÃO 0,007 NÃO

TX2 Córrego Fundo do Saco 0,019 NÃO 0,000 NÃO 0,008 NÃO 0,018 NÃO 0,013 NÃO

TX3 Córrego Fundo do Saco 0,234 NÃO 0,137 NÃO 0,272 NÃO 0,185 NÃO 0,173 NÃO

TX4 Córrego Milho Branco 0,010 NÃO 0,007 NÃO 0,008 NÃO 0,010 NÃO 0,035 NÃO

TX5 Córrego Milho Branco 0,000 NÃO 0,009 NÃO 0,007 NÃO 0,007 NÃO 0,032 NÃO

TX6 Córrego Milho Branco 0,061 NÃO 0,008 NÃO 0,002 NÃO 0,018 NÃO 0,111 NÃO

TX7 Ribeirão Meia Pataca 0,002 NÃO 0,011 NÃO 0,025 NÃO 0,011 NÃO 0,001 NÃO

TX8 Ribeirão Meia Pataca 0,174 NÃO 0,268 NÃO 0,234 NÃO 0,210 NÃO 0,039 NÃO

111

Tabela B3 - Condições para evitar efeitos tóxicos crônicos no corpo d’água

Efluente Estação CE/1000 CER<=CE/1000 CE/1000 CER<=CE/1000 CE/1000 CER<=CE/1000 CE/1000 CER<=CE/1000 CE/1000 CER<=CE/1000

TX1 Ribeirão dos Macacos 0,003 NÃO 0,005 NÃO 0,001 NÃO 0,004 NÃO 0,002 NÃO

TX2 Córrego Fundo do Saco 0,006 NÃO 0,000 NÃO 0,002 NÃO 0,005 NÃO 0,004 NÃO

TX3 Córrego Fundo do Saco 0,070 NÃO 0,041 NÃO 0,082 NÃO 0,056 NÃO 0,052 NÃO

TX4 Córrego Milho Branco 0,003 NÃO 0,002 NÃO 0,002 NÃO 0,003 NÃO 0,011 NÃO

TX5 Córrego Milho Branco 0,000 NÃO 0,003 NÃO 0,002 NÃO 0,002 NÃO 0,010 NÃO

TX6 Córrego Milho Branco 0,018 NÃO 0,003 NÃO 0,001 NÃO 0,005 NÃO 0,033 NÃO

TX7 Ribeirão Meia Pataca 0,001 NÃO 0,003 NÃO 0,007 NÃO 0,003 NÃO 0,000 NÃO

TX8 Ribeirão Meia Pataca 0,052 NÃO 0,080 NÃO 0,070 NÃO 0,063 NÃO 0,012 NÃO

NOTA: Nos casos em que a condição estabelecida não é atendida (representado na tabela com a expressão “NÂO”) o efluente possui potencial para causar impacto

ambiental negativo no corpo d’água receptor.

112

ANEXO C – VALORES DE TOXICIDADE CRÔNICA MEDIDOS NOS DIFERENTES CORPOS D’ÁGUA ESTUDADOS

113

Tabela C1 - Valores de CENO medidos

ESTAÇÃO

MESES

agosto setembro outubro novembro dezembro

CENO CEO VC CENO CEO VC CENO CEO VC CENO CEO VC CENO CEO VC

TC1 Atóxico Atóxico Atóxico Atóxico 50 100 70,7

TC2 Atóxico Atóxico Atóxico Atóxico 12,5 25 17,67

TC3 Atóxico 25 50 35,35 2,2 4,4 3,11 50 100 70,7 6,3 12,5 8,87

TC4 25 50 35,35 8,8 17,5 12,4 8,8 17,5 12,4 17,5 35 25 2,2 4,4 3,11

TC5 25 50 35,35 8,8 17,5 12,4 25 50 35,35 25 50 35,3 12,5 25 17,67

TC6 25 50 35,35 6,3 12,5 8,9 6,3 12,5 8,9 Atóxico 25 50 35,35

TC7 Atóxico 50 100 70,7 25 50 35,35 6,3 12,5 8,87 25 50 35,35

TC8 5 10 7 25 50 35,35 6,3 12,5 8,9 25 50 35,3 12,5 25 17,67

TC9 5 10 7 6,3 12,5 8,9 12,5 25 17,7 50 100 70,7 3,1 6,3 4,41

TC10 Atóxico 6,3 12,5 8,9 25 50 35,35 6,3 12,5 8,8 6,3 12,5 8,87

TC11 Atóxico 6,3 12,5 8,9 12,5 25 17,7 3,1 6,3 4,4 6,3 12,5 8,87

TC12 1,25 2,5 1,77 6,3 12,5 8,9 12,5 25 17,7 25 50 35,3 6,3 12,5 8,87

Observações: As análises e cálculos de toxicidade foram executados pela Empresa Biológica.

Os dados foram cedidos pelo projeto Minas Ambiente – Têxteis para a este estudo.

CENO: concentração de efeito não observado – maior concentração nominal da substância-ensaio, que não causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e

reprodução dos organismos nas condições de ensaio. (ABNT, 1995)

CEO: concentração de efeito observado – menor concentração nominal da substância-ensaio, que causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e

reprodução dos organismos nas condições de ensaio. (ABNT, 1995)

VC: valor crônico – média geométrica dos valores de CENO e CEO. (ABNT, 1995)

114

ANEXO D – RESULTADOS GERADOS PELO “SOFTWARE” MINITAB NA ANÁLISE

DE REGRESSÃO PARA DESCRIÇÃO DA VARIÁVEL UTa

115

Método “todas as regressões possíveis” para redução do número de variáveis

Best Subsets Regression Response is UTa 35 cases used 5 cases contain missing values. D C F T Q o e S u O n n S r : d C D D o N u b D R-Sq u p o B Q i T s S i Z B Vars R-Sq (adj) C-p S t H r O O s K p T d n O 1 4.1 1.2 -5.8 156.21 X 1 3.3 0.4 -5.6 156.82 X 2 6.6 0.8 -4.4 156.54 X X 2 6.0 0.1 -4.3 157.09 X X 3 11.4 2.8 -3.7 154.95 X X X 3 10.4 1.7 -3.4 155.82 X X X 4 12.2 0.5 -1.9 156.77 X X X X 4 12.1 0.4 -1.9 156.86 X X X X 5 14.5 0.0 -0.5 157.35 X X X X X 5 13.1 0.0 -0.1 158.66 X X X X X 6 14.9 0.0 1.4 159.77 X X X X X X 6 14.8 0.0 1.4 159.87 X X X X X X 7 15.4 0.0 3.2 162.16 X X X X X X X 7 15.2 0.0 3.3 162.38 X X X X X X X 8 15.8 0.0 5.1 164.89 X X X X X X X X 8 15.6 0.0 5.2 165.08 X X X X X X X X 9 16.0 0.0 7.1 167.92 X X X X X X X X X 9 16.0 0.0 7.1 168.00 X X X X X X X X X 10 16.3 0.0 9.0 171.08 X X X X X X X X X X 10 16.1 0.0 9.1 171.31 X X X X X X X X X X 11 16.4 0.0 11.0 174.73 X X X X X X X X X X X 11 16.4 0.0 11.0 174.75 X X X X X X X X X X X 12 16.4 0.0 13.0 178.65 X X X X X X X X X X X X Observações: Vars: número de variáveis (parâmetros) R-Sq: coeficiente de predição R-Sq(adj): coeficiente de predição ajustado

CpSQEp

EQM tn 2 p( )

SQEp = soma dos quadrados dos erros para o melhor modelo com p parâmetros EQM: erro quadrado médio para o modelo com todos os parâmetros n: número de dados p: número de parâmetros utilizados S: desvio padrão dos erros do modelo de regressão X: indica qual parâmetro foi utilizado para construção do modelo

116

Método “Stepwise” para redução do número de variáveis Stepwise Regression F-to-Enter: 4.00 F-to-Remove: 4.00 Response is UTa on 12 predictors, with N = 35 N(cases with missing observations) = 5 N(all cases) = 40 No variables entered or removed

Observações: F-to-Enter: Valor crítico da estatística F para uma variável ser adicionada ao modelo de regressão. Corresponde a um nível de significância (alfa) igual a 0,05. F-to-Remove: Valor crítico da estatística F para uma variável ser excluída do modelo de regressão. Corresponde a um nível de significância (alfa) igual a 0,05. Predictors: variáveis explicativas N = número de observações ou amostras

117

ANEXO E: DELIBERAÇÕES NORMATIVAS COPAM

Deliberação Normativa COPAM nº 47, de 09 de agosto de 2001.

(DN COPAM 47/01)

Deliberação Normativa COPAM nº 10, de 16 de dezembro de 1986.

(DN COPAM 10/86)

118

Deliberação Normativa COPAM nº 47, de 09 de agosto de 2001.

Estabelece novo limite de concentração de

DQO para lançamentos de efluentes líquidos,

gerados pelas indústrias têxteis, direta ou

indiretamente nos corpos de água e dá outras

providências.

(Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 10/09/2001)

O Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, no uso das atribuições

que lhe conferem o art. 5º, inciso I e o art. 7º da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980,

o art. 3º da Lei nº 15.585, de 17 de julho de 1997 e o art. 40 do Decreto nº 39.424, de 5

de fevereiro de 1998, RESOLVE:

Art. 1º - Fica acrescido o seguinte artigo à Deliberação Normativa nº 10, de 16 de

dezembro de 1986:

"Art. 15 b - Quanto aos lançamentos de efluentes líquidos gerados por indústrias

têxteis realizados, direta ou indiretamente, nos corpos de água, o parâmetro DQO será

de no máximo 250mg/l.

Parágrafo único - Aplicam-se aos lançamentos dos efluentes a que se refere o

caput desse artigo, as demais condições previstas pelos artigos 15 a 19 desta

Deliberação Normativa, especialmente no que se refere à garantia de que os efluentes

lançados não poderão conferir ao corpo receptor características em desacordo com o

seu enquadramento. "

Art. 2º - É fixado um prazo máximo de até 5 anos, a contar da publicação desta

Deliberação Normativa, para que se proceda a uma nova avaliação do padrão

estabelecido pelo artigo 1º desta Deliberação Normativa.

119

Parágrafo único - Se no prazo fixado pelo caput deste artigo não for procedida

nova avaliação do padrão, este passará a ser de 90 mg/L.

Art. 3º - Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.

Paulino Cícero de Vasconcellos Secretário de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável e Presidente do COPAM

120

Deliberação Normativa COPAM nº 10, de 16 de dezembro de 1986.

Estabelece normas e padrões para

qualidade das águas, lançamento de efluentes

nas coleções de águas, e dá outras

providências.

(Publicação - Diário do Executivo - “Minas Gerais” - 10/01/1987) O Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, no uso das atribuições

que lhe confere o Art. 5º, item I, da Lei nº 7.772, de 08 de setembro de 1980: 1

Considerando a necessidade de reformular e consolidar as normas e padrões

para qualidade das águas estaduais e para o lançamento de efluentes nas coleções de

águas;

E, tendo em vista as inovações introduzidas na matéria pela Resolução nº 20, de

18 de junho de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente,

R E S O L V E:

Classificação das Coleções de Águas Art. 1º - Para efeito desta Deliberação Normativa, são adotadas as seguintes

definições:

a. Classificação: qualificação das águas com base nos usos preponderantes

(sistema de classes de qualidade);

1 A Lei Estadual nº 9.514, de 29 de dezembro de 1987 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" -

30/12/1987) transformou a Comissão de Política Ambiental em Conselho Estadual de Política Ambiental.

121

b. Enquadramento: estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser

alcançado e /ou mantido em um segmento de corpo d’água ao longo do tempo;

c. Condição: qualificação do nível de qualidade apresentado por um segmento

de corpo d’água, num determinado momento, em termos dos usos possíveis com

segurança determinada;

d. Efetivação do Enquadramento: conjunto de medidas necessárias para colocar

e/ou manter a condição de um segmento de corpo d’água em correspondência com a

sua classe.

Art. 2º - As coleções de águas estaduais são classificadas, segundo seus usos

preponderantes, em cinco classes: 2

I. Classe Especial - águas destinadas:

a. ao abastecimento doméstico, sem prévia ou com simples desinfecção;

b. à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. 3

2 A Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 (Publicação - Diário Oficial da União - 09/01/1997), que

institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, em sua Seção II, trata do enquadramento dos corpos

d'água em classes, segundo os usos preponderantes da água. A Subseção IV da Lei Estadual nº 13.199,

de 29 de janeiro de 1999 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 30/01/1999), que dispõe

sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, trata do enquadramento dos corpos d'água em classes. A

Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/7/86), que

dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o Território Nacional, organiza

as águas doces em classes, segundo os usos preponderantes. A Lei Estadual nº 10.629, de 16 de janeiro

de 1992 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 17/01/1992) estabelece o conceito de rio de

preservação permanente de que trata o artigo 250 da Constituição do Estado e declara rios como de

preservação permanente. 3 A Lei Estadual nº 12.265, de 24 de julho de 1996 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" -

25/07/1996) dispõe sobre a Política de Proteção à Fauna Aquática e de Desenvolvimento da Pesca e da

Aqüicultura no Estado.

122

II. Classe 1 - águas destinadas:

a. ao abastecimento doméstico, após tratamento simplificado;

b. à proteção das comunidades aquáticas; 4

c. à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho);

d. à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se

desenvolvem rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película;

e. à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à

alimentação humana.

III. Classe 2 - águas destinadas:

a. ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;

b. à proteção das comunidades aquáticas; 5

c. à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho);

d. à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas;

e. à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas a

alimentação humana.

4 A Lei Estadual nº 12.265, de 24 de julho de 1996 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" -

25/07/1996) dispõe sobre a Política de Proteção à Fauna Aquática e de Desenvolvimento da Pesca e da

Aqüicultura no Estado. 5 A Lei Estadual nº 12.265, de 24 de julho de 1996 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" -

25/07/1996) dispõe sobre a Política de Proteção à Fauna Aquática e de Desenvolvimento da Pesca e da

Aqüicultura no Estado.

123

IV - Classe 3 - águas destinadas:

a. ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;

b. à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;

c. à dessedentação de animais.

V - Classe 4 - águas destinadas:

a. à navegação;

b. à harmonia paisagística;

c. aos usos menos exigentes.

Parágrafo Único - Não há impedimento no aproveitamento de águas de melhor

qualidade em usos menos exigentes, desde que tais usos não prejudiquem a qualidade

estabelecida para essas águas.

Art. 3º - Para as águas de Classe Especial serão observadas suas condições

naturais, ficando estabelecido, no caso de seu uso para abastecimento doméstico, sem

prévia desinfecção, além dos padrões de potabilidade, o limite ou condição seguinte: 6

COLIFORMES: os coliformes totais deverão estar ausentes em qualquer

amostra.

Art. 4º - Para as águas de Classe 1, são estabelecidos os limites e/ou condições

seguintes: 7

6 A Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/7/86),

que dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o Território Nacional,

determina, em seu artigo 3º, limites e condições para as águas de classe especial.

124

a. materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

b. óleos e graxas: virtualmente ausentes;

c. substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;

d. corantes artificiais: virtualmente ausentes;

e. substâncias que formem depósitos objetáveis: virtualmente ausentes;

f. coliformes: para o uso de recreação de contato primário deverá ser obedecido

o Art. 20 desta Deliberação Normativa. As águas utilizadas para a irrigação de hortaliças

ou plantas frutíferas que desenvolvam rente ao solo e que são consumidas cruas, sem

remoção de casca ou película, não devem ser poluídas por excrementos humanos,

ressaltando-se a necessidade de inspeções sanitárias periódicas. Para os demais usos,

não deverá ser excedido um limite de 200 coliformes fecais por 100 mililitros, em 80%

ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês, no caso de não

haver na região meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice limite

será de 1000 coliformes totais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos cinco

amostras mensais colhidas em qualquer mês;

g. DBO5 dias a 20ºC até 3 mg/l O2;

h. OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/l O2;

i. turbidez: até 40 unidades nefelométricas de turbidez (UNT);

j. cor: nível de cor natural do corpo de água em até 30 mg/Pt/l;

7 A Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/7/86),

que dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o Território Nacional,

determina, em seu artigo 4º, limites e condições para as águas de classe 1.

125

l. pH: 6,0 a 9,0;

m. substâncias potencialmente prejudiciais (teores máximos):

Alumínio: .......................................................................................................... 0,1 mg/l Al

Amônia não ionizável: ................................................................................. 0,02 mg/l NH3

Arsênio: ......................................................................................................... 0,05 mg/l As

Bário: ............................................................................................................... 1,0 mg/l Ba

Berílio: ............................................................................................................. 0,1 mg/l Be

Boro: ................................................................................................................ 0,75 mg/l B

Benzeno: ............................................................................................................. 0,01 mg/l

Benzo-a-pireno: ............................................................................................. 0,00001 mg/l

Cádmio: ....................................................................................................... 0,001 mg/l Cd

Cianetos: ...................................................................................................... 0,01 mg/l CN

Chumbo: ........................................................................................................ 0,03 mg/l Pb

Cloretos: .......................................................................................................... 250 mg/l Cl

Cloro Residual: ............................................................................................... 0,01 mg/l Cl

Cobalto: ........................................................................................................... 0,2 mg/l Co

126

Cobre: ............................................................................................................ 0,02 mg/l Cu

Cromo Trivalente: ............................................................................................. 0,5 mg/l Cr

Cromo Hexavalente: ....................................................................................... 0,05 mg/l Cr

1,1 dicloroeteno: .............................................................................................. 0,0003 mg/l

1,2 dicloroetano: .................................................................................................. 0,01 mg/l

Estanho: .......................................................................................................... 2,0 mg/l Sn

Índice de Fenóis: ................................................................................ 0,001 mg/l C6H5OH

Ferro Solúvel: .................................................................................................. 0,3 mg/l Fe

Fluoretos: ........................................................................................................... 1,4 mg/ F

Fosfato total: .................................................................................................. 0,025 mg/l P

Lítio: ................................................................................................................... 2,5 mg/l Li

Manganês: ....................................................................................................... 0,1 mg/l Mn

Mercúrio: ................................................................................................... 0,0002 mg/l Hg

Níquel: ........................................................................................................... 0,025 mg/ Ni

Nitrato: ................................................................................................................. 10 mg/ N

Nitrito: ................................................................................................................. 1,0 mg/ N

127

Prata: ............................................................................................................. 0,01 mg/l Ag

Pentaclorofenol: .................................................................................................. 0,01 mg/l

Selênio: ......................................................................................................... 0,01 mg/l Se

Sólidos dissolvidos totais: .................................................................................... 500 mg/l

Substâncias tensoativas que reagem com o azul de metileno: .................... 0,5 mg/l LAS

Sulfatos: ....................................................................................................... 250 mg/l SO4

Sulfetos (como H2S não dissociado): ............................................................ 0,002 mg/l S

Tetracloroeteno: .................................................................................................. 0,01 mg/l

Tricloroeteno: ...................................................................................................... 0,03 mg/l

Tetracloreto de carbono: ................................................................................... 0,003 mg/l

2,4,6 triclorofenol: ................................................................................................ 0,01 mg/l

Urânio total: ..................................................................................................... 0,02 mg/l U

Vanádio: ............................................................................................................ 0,1 mg/l V

Zinco: ............................................................................................................. 0,18 mg/l Zn

Aldrin: .................................................................................................................. 0,01 g/l

Clordano: ............................................................................................................. 0,04 g/l

128

DDT: .................................................................................................................. 0,002 g/l

Dieldrin: ............................................................................................................. 0,005 g/l

Endrin: ............................................................................................................... 0,004 g/l

Endossulfan: ...................................................................................................... 0,056 g/l

Epóxido de heptacloro: ........................................................................................ 0,01 g/l

Heptacloro: .......................................................................................................... 0,01 g/l

Lindano (gama-BHC): ......................................................................................... 0,02 g/l

Metoxicloro: ......................................................................................................... 0,03 g/l

Dodecacloro + Nonacloro: ................................................................................. 0,001 g/l

Bifenilas Policloradas (PCB’s): .......................................................................... 0,001 g/l

Toxafeno: ............................................................................................................ 0,01 g/l

Demeton: ............................................................................................................... 0,1 g/l

Gution: ............................................................................................................... 0,005 g/l

Malation: ................................................................................................................ 0,1 g/l

Paration: .............................................................................................................. 0,04 g/l

129

Carbaril: ............................................................................................................... 0,02 g/l

Composto: organofosforados e carbamatos totais: ......................... 10,0 g/l em Paration

2,4 - D: ................................................................................................................... 4,0 g/l

2,4,5 - TP: ............................................................................................................ 10,0 g/l

2,4,5 - T: ................................................................................................................ 2,0 g/l

Art. 5º - Para as águas de Classe 2, são estabelecidos os mesmos limites ou

condições da Classe 1, a exceção dos seguintes: 8

a. não será permitida a presença de corantes artificiais que não sejam

removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;

b. coliformes: para uso de recreação de contato primário deverá ser obedecido o

Art. 20 desta Deliberação Normativa. Para os demais usos, não deverá ser excedido o

limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5

amostras mensais colhidas em qualquer mês; no caso de não haver, na região, meios

disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice limite será de até 5000

coliformes totais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 amostras mensais

colhidas em qualquer mês;

c. cor: até 75 mg Pt/l;

d. turbidez: até 100 UNT;

e. DBO5 dias a 20ºC até 5 mg/l O2;

8 A Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/7/86),

que dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o Território Nacional,

determina, em seu artigo 5º, limites e condições para as águas de classe 2.

130

f. OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/l.

Art. 6º - Para as águas de Classe 3 são estabelecidos limites ou condições

seguintes: 9

a. materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

b. óleos e graxas: virtualmente ausentes;

c. substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;

d. não será permitida a presença de corantes artificiais, que não sejam

removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;

e. substâncias que formem depósitos objetáveis: virtualmente ausentes;

f. número de coliformes fecais até 4000 por 100 mililitros em 80% ou mais de

pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês; no caso de não haver, na

região, meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice limite será de até

20.000 coliformes totais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 amostras

mensais colhidas em qualquer mês;

g. DBO5 dias a 20ºC até 10 mg/l O2;

h. OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/l O2;

i. turbidez: até 100 UNT;

9 A Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/7/86),

que dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o Território Nacional,

determina, em seu artigo 6º, limites e condições para as águas de classe 3.

131

j. cor: até 75 mg Pt/l;

l. pH: 6,0 a 9,0;

m. substâncias potencialmente prejudiciais (teores máximos):

Alumínio: .......................................................................................................... 0,1 mg/l Al

Arsênio: ......................................................................................................... 0,05 mg/l As

Bário: ............................................................................................................... 1,0 mg/l Ba

Berílio: ............................................................................................................. 0,1 mg/l Be

Boro: ................................................................................................................ 0,75 mg/l B

Benzeno: ............................................................................................................. 0,01 mg/l

Benzo-a-pireno: ............................................................................................. 0,00001 mg/l

Cádmio: ......................................................................................................... 0,01 mg/l Cd

Cianetos: ........................................................................................................ 0,2 mg/l CN

Chumbo: ........................................................................................................ 0,05 mg/l Pb

Cloretos: .......................................................................................................... 250 mg/l Cl

Cobalto: ........................................................................................................... 0,2 mg/l Co

Cobre: .............................................................................................................. 0,5 mg/l Cu

132

Cromo Trivalente: ............................................................................................. 0,5 mg/l Cr

Cromo Hexavalente: ....................................................................................... 0,05 mg/l Cr

1,1 dicloroeteno: .............................................................................................. 0,0003 mg/l

1,2 dicloroeteno: .................................................................................................. 0,01 mg/l

Estanho: .......................................................................................................... 2,0 mg/l Sn

Índice de fenóis: ..................................................................................... 0,3 mg/l C6H5OH

Ferro solúvel: ................................................................................................... 5,0 mg/l Fe

Fluoretos: .......................................................................................................... 1,4 mg/l F

Fosfato total: .................................................................................................. 0,025 mg/l P

Lítio: ................................................................................................................... 2,5 mg/l Li

Manganês: ....................................................................................................... 0,5 mg/l Mn

Mercúrio: ..................................................................................................... 0,002 mg/l Hg

Níquel: .......................................................................................................... 0,025 mg/l Ni

Nitrato: ................................................................................................................ 10 mg/l N

Nitrito: ................................................................................................................ 1,0 mg/l N

Nitrogênio amoniacal: ........................................................................................ 1,0 mg/l N

133

Prata: ............................................................................................................. 0,05 mg/l Ag

Pentaclorofenol: .................................................................................................. 0,01 mg/l

Selênio: ......................................................................................................... 0,01 mg/l Se

Sólidos dissolvidos totais: .................................................................................... 500 mg/l

Substâncias tensoativas que reagem com o azul de metileno: .................... 0,5 mg/l LAS

Sulfatos: ....................................................................................................... 250 mg/l SO4

Sulfetos (como H2S não dissociado): ................................................................ 0,3 mg/l S

Tetracloroeteno: .................................................................................................. 0,01 mg/l

Tricloroeteno: ...................................................................................................... 0,03 mg/l

Tetracloreto de Carbono: .................................................................................. 0,003 mg/l

2,4,6 Triclorofenol: ............................................................................................... 0,01 mg/l

Urânio total: ..................................................................................................... 0,02 mg/l U

Vanádio: ............................................................................................................ 0,1 mg/l V

Zinco: ............................................................................................................... 5,0 mg/l Zn

Aldrin: .................................................................................................................. 0,03 g/l

Clordano: ............................................................................................................... 0,3 g/l

134

DDT: ...................................................................................................................... 1,0 g/l

Dieldrin: ............................................................................................................... 0,03 g/l

Endrin: ................................................................................................................... 0,2 g/l

Endossulfan: ......................................................................................................... 150 g/l

Epóxido de heptacloro: .......................................................................................... 0,1 g/l

Heptacloro: ............................................................................................................ 0,1 g/l

Lindano (gama-BHC): ........................................................................................... 3,0 g/l

Metoxicloro: ......................................................................................................... 30,0 g/l

Dodecacloro + Nonacloro: ................................................................................. 0,001 g/l

Bifenilas Policloradas (PCB’s): .......................................................................... 0,001 g/l

Toxafeno: .............................................................................................................. 5,0 g/l

Demeton: ............................................................................................................. 14,0 g/l

Gution: ............................................................................................................... 0,005 g/l

Malation: ............................................................................................................ 100,0 g/l

Paration: .............................................................................................................. 35,0 g/l

Carbaril: ............................................................................................................... 70,0 g/l

135

Compostos organofosforados e carbamatos totais em Paration: ..................... 100,0 g/l

2,4 - D: ................................................................................................................. 20,0 g/l

2,4,5 - TP: ............................................................................................................ 10,0 g/l

2,4,5 - T: ............................................................................................................... 2,0 g/l.

Art. 7º - Para as águas de Classe 4, são estabelecidos os limites ou condições

seguintes: 10

a. materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

b. odor e aspecto: não objetáveis;

c. óleos e graxas: toleram-se efeitos iridescentes;

d. substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento

de canais de navegação: virtualmente ausentes;

e. índice de fenóis até 1,0 mg/l C6H5OH;

f. OD superior a 2,0 mg/l O2, em qualquer amostra;

g. pH: 6,0 a 9,0.

Art. 8º - Os padrões de qualidade das águas estabelecidas nesta Deliberação

Normativa constituem-se em limites individuais para cada substância. Considerando

10 A Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/7/86),

que dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o Território Nacional,

determina, em seu artigo 7º, limites e condições para as águas de classe 4.

136

eventuais ações sinérgicas entre as mesmas, estas, ou outras não especificadas, não

poderão conferir às águas características capazes de causar efeitos letais ou alteração

de comportamento, reprodução ou fisiologia da vida.

§ 1º - As substâncias potencialmente prejudiciais a que se refere esta

Deliberação Normativa, deverão ser investigadas sempre que houver suspeita de sua

presença.

§ 2º - Nos casos onde a metodologia analítica disponível for insuficiente para

quantificar concentrações dessas substâncias nas águas, os sedimentos e/ou biota

aquática deverão ser investigados quanto à sua presença eventual.

Art. 9º - Os limites de DBO5, estabelecidos para as Classes 2 e 3, poderão ser

elevados, caso o estudo da capacidade de autodepuração do corpo receptor demonstre

que os teores mínimos de OD, previstos, não serão desobedecidos em nenhum ponto

do mesmo, nas condições críticas de vazão (Qcrit=Q7,10, onde Q7, é média das mínimas

de 7 dias consecutivos em 10 anos de recorrência de cada seção do corpo receptor).

Art. 10 - Para os efeitos desta Deliberação Normativa consideram-se

“virtualmente ausentes” e “não objetáveis”, teores desprezíveis de poluentes, cabendo

ao COPAM, quando necessário, quantificá-los para cada caso.

Art. 11 - Tendo em vista os usos fixados para as Classes, o COPAM enquadrará

as coleções de água e estabelecerá programas permanentes de acompanhamento de

sua condição, bem como de controle de poluição, para a efetivação dos respectivos

enquadramentos, observado o seguinte:

a. o corpo de água que, na data de enquadramento, apresentar condição em

desacordo com sua Classe (qualidade inferior à estabelecida), será objeto de

providências, com prazo determinado, visando a sua recuperação, excetuados os

parâmetros que excedam os limites devido a condições naturais;

137

b. os corpos de água já enquadrados na legislação anterior à data de publicação

desta Deliberação, serão objeto de reestudo, a fim de a ela se adaptarem;

c. enquanto não forem feitos os enquadramentos, as águas serão consideradas

Classe 2 e aquelas já enquadradas na legislação anterior permanecerão na mesma

Classe, até o reenquadramento;

d. os corpos de água intermitentes terão suas condições específicas de

qualidade definidas pelo COPAM.

Lançamento de Efluentes nas Coleções de Águas Art. 12 - Nas águas de Classe Especial não serão tolerados lançamentos de

águas residuárias, domésticas e industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias

potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros poluentes,

mesmo tratados.

Parágrafo Único - A utilização de águas de Classe Especial para o

abastecimento doméstico, deverá ser submetida a uma inspeção sanitária preliminar.

Art. 13 - Nas águas das Classes 1 a 4 serão tolerados lançamentos de despejos,

desde que, além de atenderem ao disposto no Art. 15 desta Deliberação Normativa, não

venham a fazer com que os limites estabelecidos para as respectivas classes sejam

ultrapassados;

Art. 14 - Não será permitido o lançamento de poluentes nos mananciais sub-

superficiais. 11

11 A Lei Estadual nº 10.793, de 02 de julho de 1992 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" -

03/07/1992), que dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao abastecimento público no Estado,

em seu artigo 1º, considera mananciais aqueles situados a montante do ponto de captação previsto ou

existente, cujas águas estejam ou venham a estar classificadas na Classe Especial e na Classe I da

Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/07/1986),

bem como desta Deliberação Normativa.

138

Art. 15 - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser

lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água, desde que obedeçam às

seguintes condições: 12

a. pH entre 6,5 e 8,5 (±0,5);

b. temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a elevação de temperatura do corpo

receptor não deverá exceder a 3ºC;

c. materiais sedimentáveis: até 1 ml/litro em teste de 1 hora em cone Imhoff.

Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente

nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes;

d. regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão média do

período de atividade diária do agente poluidor;

e. óleos e graxas:

. óleos minerais até 20 mg/l

. óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/l;

f. ausência de materiais flutuantes;

g. DBO5 dias a 20ºC: no máximo de 60 mg/l (este limite só poderá ser

ultrapassado no caso do sistema de tratamento de águas residuárias reduzir a carga

poluidora de efluente, em termos de DBO5 dias a 20ºC do despejo, em, no mínimo de

85%);

12 A Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 30/7/86),

que dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o Território Nacional,

determina, em seu artigo 21, as condições de lançamentos de efluentes em cursos de água.

139

h. DQO - no máximo de 90 mg/l (este limite só poderá ser ultrapassado

no caso do sistema de tratamento de águas residuárias reduzir a carga

poluidora de efluente, em termos de DQO do despejo, em, no mínimo, 90%); 13

i. sólidos em suspensão:

. uma concentração máxima diária de 100 mg/l

. uma concentração média aritmética mensal de 60 mg/l;

j. valores máximos admissíveis das seguintes substâncias:

Amônia: ............................................................................................................. 5,0 mg/l N

Arsênio total: ................................................................................................... 0,2 mg/l As

Bário: ............................................................................................................... 5,0 mg/l Ba

Boro: .................................................................................................................. 5,0 mg/l B

Cádmio: ........................................................................................................... 0,1 mg/l Cd

Cianetos: ........................................................................................................ 0,2 mg/l CN

Chumbo: .......................................................................................................... 0,1 mg/l Pb

Cobre: .............................................................................................................. 0,5 mg/l Cu

13 A Deliberação Normativa COPAM nº 32, de 18 de dezembro de 1998 (Publicação - Diário do Executivo

- "Minas Gerais" - 24/12/1998) deu nova redação à alínea "h" do artigo 15 desta Deliberação Normativa,

que tinha a seguinte redação original: "h. DQO - no máximo de 90 mg/l;"

140

Cromo Hexavalente: ......................................................................................... 0,5 mg/l Cr

Cromo Trivalente: ............................................................................................. 1,0 mg/l Cr

Estanho: .......................................................................................................... 4,0 mg/l Sn

Índice de fenóis: ..................................................................................... 0,2 mg/l C6H5OH

Ferro solúvel: ................................................................................................. 10,0 mg/l Fe

Fluoretos: ........................................................................................................ 10,0 mg/l F

Manganês solúvel: .......................................................................................... 1,0 mg/l Mn

Mercúrio: ....................................................................................................... 0,01 mg/l Hg

Metais tóxicos totais: ............................................................................................. 3,0 mg/l

Níquel: .............................................................................................................. 1,0 mg/l Ni

Prata: ............................................................................................................... 0,1 mg/l Ag

Selênio: ......................................................................................................... 0,02 mg/l Se

Sulfetos: ............................................................................................................ 0,5 mg/l S

Sulfitos: .......................................................................................................... 1,0 mg/l SO3

Zinco: ............................................................................................................... 5,0 mg/l Zn

Compostos organofosforados e carbamatos totais: ......................... 0,1 mg/l em Paration

141

Sulfeto de carbono: ............................................................................................... 1,0 mg/l

Tricloroeteno: ........................................................................................................ 1,0 mg/l

Clorofórmio: ........................................................................................................... 1,0 mg/l

Tetracloreto de carbono: ....................................................................................... 1,0 mg/l

Dicloroeteno: ......................................................................................................... 1,0 mg/l

Aldrin, dieldrin, DDT e heptacloro: ................................................. virtualmente ausentes

Compostos organoclorados não listados acima (pesticidas, solventes, etc.): ...................

............................................................................................................................. 0,05 mg/l

Detergentes: .......................................................................................................... 2,0 mg/l

Outras substâncias, em concentrações que poderiam ser prejudiciais: de acordo com

limites a serem fixados pelo COPAM;

l. tratamento especial, se provierem de hospitais e outros estabelecimentos nos

quais haja despejos infectados com microorganismos patogênicos.

Art. 15 a - Quanto aos lançamentos realizados, direta ou indiretamente, nos

corpos de água pelos sistemas de tratamento de esgotos domésticos e de percolado de

aterros sanitários municipais, os parâmetros DBO5 dias a 20ºC e DQO terão como

limites máximos os valores de 60 mg/l e 90mg/l, respectivamente. 14

§1º - Os limites a que se referem o caput deste artigo só poderão ser

ultrapassado quando o estudo de autodepuração comprovar o disposto no art. 17 desta

14 A Deliberação Normativa COPAM nº 46, de 09 de agosto de 2001 (Publicação - Diário Oficial da União -

10/08/2001) incluiu o artigo 15 a nesta Deliberação Normativa.

142

Deliberação Normativa e o sistema de tratamento reduzir a carga poluidora dos

efluentes, em termos de DBO5 dias a 20ºC e de DQO em, no mínimo, 60% (sessenta

por cento).

§ 2º - Aplicam-se aos lançamentos dos efluentes a que se refere o caput desse

artigo, as demais condições previstas pelos artigos 15 a 19 desta Deliberação

Normativa.

Art. 15 b - Quanto aos lançamentos de efluentes líquidos gerados por indústrias

têxteis realizados, direta ou indiretamente, nos corpos de água, o parâmetro DQO será

de no máximo 250 mg/l. 15

Parágrafo único - Aplicam-se aos lançamentos dos efluentes a que se refere o

caput desse artigo, as demais condições previstas pelos artigos 15 a 19 desta

Deliberação Normativa, especialmente no que se refere à garantia de que os efluentes

lançados não poderão conferir ao corpo receptor características em desacordo com o

seu enquadramento.

Art. 16 - Para o lançamento, não será permitida a diluição de efluentes industrias

com águas não poluídas, tais como água de abastecimento e água de refrigeração.

Parágrafo Único - Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes

despejos ou emissões individualizadas, os limites constantes desta Norma, aplicar-se-

ão a cada um deles ou ao conjunto após a mistura, a critério do COPAM.

Art. 17 - Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características em

desacordo com o seu enquadramento nos termos desta Deliberação Normativa.

Parágrafo Único - Resguardados os padrões de qualidade do corpo receptor,

demonstrado por estudo de impacto ambiental realizado pela entidade responsável pela

15 A Deliberação Normativa COPAM nº 47, de 09 de agosto de 2001 (Publicação - Diário do Executivo -

"Minas Gerais" - 10/09/2001) incluiu o artigo 15 b nesta Deliberação Normativa.

143

emissão, o COPAM poderá autorizar lançamentos acima dos limites estabelecidos no

Art. 15, fixando o tipo de tratamento e as condições para esse lançamento.

Art. 18 - Os métodos de coleta e análise das águas devem ser os especificados

nas normas aprovadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial - INMETRO ou, na ausência, delas, no Standard Methods for the Examination

of Water and Wastewater APHA-AWWA-WPCF, última edição, ressalvado o disposto no

Art. 8º. O índice de fenóis deverá ser determinado conforme o método 51OB do

Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 16ª edição de 1985.

Art. 19 - As fontes de poluição que, na data da publicação desta Deliberação

Normativa, possuírem instalações ou projetos de tratamento de seus despejos,

aprovados pelo COPAM, que atendam à legislação anteriormente em vigor, terão prazo

de 3 (três) anos, prorrogáveis até 5 (cinco) anos, a critério do COPAM, para se

enquadrarem nas exigências desta Deliberação Normativa.

Parágrafo Único - As instalações de tratamento das fontes de que trata o Artigo,

deverão prosseguir em operação, com capacidade, condições de funcionamento e

demais características para as quais foram aprovadas, até que se cumpram as

disposições desta Deliberação Normativa.

Balneabilidade

Art. 20 - As águas destinadas à balneabilidade (recreação de contato primário),

serão enquadradas e terão sua condição avaliada nas categorias EXCELENTE, MUITO

BOA, SATISFATÓRIA e IMPRÓPRIA, da seguinte forma:

a. EXCELENTE (3 estrelas): quando em 80% ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores, colhidas no mesmo local,

144

houver, no máximo 250 coliformes fecais por 100 mililitros ou 1.250 coliformes totais por

100 mililitros;

b. MUITO BOA (2 estrelas): quando em 80% ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores, colhidas no mesmo local,

houver no máximo, 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2.500 coliformes totais por

100 mililitros;

c. SATISFATÓRIA ( 1 estrela): quando em 80% ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores, colhidas no mesmo local,

houver no máximo 1.000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5.000 coliformes totais

por 100 mililitros;

d. IMPRÓPRIA: quando ocorrer, no trecho considerado, qualquer uma das

seguintes circunstâncias:

1. não enquadramento em nenhuma das categorias anteriores, por terem

ultrapassado os índices bacteriológicos nelas admitidos;

2. ocorrência, na região, de incidência relativamente elevada ou anormal de

enfermidades transmissíveis por via hídrica, a critério das autoridades sanitárias;

3. sinais de poluição por esgotos, perceptíveis pelo olfato ou visão;

4. recebimento regular, intermitente ou esporádico, de esgotos por intermédio de

valas, corpos d’água ou canalizações, inclusive galerias de águas pluviais, mesmo que

seja de forma diluída;

5. presença de resíduos ou despejos sólidos ou líquidos, inclusive óleos, graxas

e outras substâncias, capazes de oferecer riscos à saúde ou tornar desagradável a

recreação;

145

6. pH menor que 5 ou maior que 8,5;

7. presença, na água, de parasitas que afetam o homem ou a constatação da

existência de seus hospedeiros intermediários infectados;

8. presença, nas águas de moluscos transmissores potenciais de

esquistossomose, caso em que os avisos de interdição ou alerta deverão mencionar

especificamente esse risco sanitário;

9. outros fatores que contra-indiquem, temporariamente ou permanentemente, o

exercício da recreação de contato primário.

Art. 21 - No acompanhamento da condição dos balneários as categorias

EXCELENTE, MUITA BOA e SATISFATÓRIA, poderão ser reunidas numa única

categoria denominada PRÓPRIA.

Art. 22 - Se a deterioração da qualidade dos balneários ficar caracterizada como

decorrência da lavagem de vias públicas pelas águas da chuva, ou como conseqüência

de outra causa qualquer, essa circunstância deverá ser mencionada no Boletim de

condição dos balneários.

Art. 23 - A coleta de amostras será feita, preferencialmente, nos dias de maior

afluência do público aos balneários.

Art. 24 - Os resultados dos exames poderão, também, se referir a períodos

menores que 5 semanas, desde que cada um desses períodos seja especificado e,

tenham sido colhidas e examinadas, pelo menos 5 (cinco) amostras durante o tempo

mencionado.

Art. 25 - Os exames de colimetria, previstos nesta Deliberação Normativa,

sempre que possível, serão feitos para a identificação e contagem de coliformes fecais,

146

sendo permitida a utilização de índices expressos em coliformes totais, se a

identificação e contagem forem difíceis ou impossíveis.

Art. 26 - Os balneários deverão ser interditados se os órgãos de controle

ambiental ou sanitário estaduais ou municipais constatarem que a má qualidade das

águas de recreação primária justifica a medida.

Art. 27 - Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, sempre que houver

afluência ou extravasamento de esgotos capaz de oferecer sério perigo em balneários,

o trecho afetado deverá ser sinalizado, pelos órgãos competentes, com bandeiras

vermelhas contendo a palavra POLUÍDA em cor negra.

Disposições Gerais Art. 28 - As fontes, efetiva ou potencialmente, poluidoras das águas devem

informar, ao órgão de controle ambiental, o volume e o tipo de seus efluentes, os

equipamentos e dispositivos antipoluidores existentes, bem como seus planos de

emergência sob pena das sanções cabíveis.

Art. 29 - Os casos omissos serão decididos com base em padrões

recomendados ou aceitos internacionalmente, ou do país de origem da tecnologia a que

se refere.

Art. 30 - Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 31 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Deliberação

Normativa nº 03 e a Deliberação Normativa nº 04, de 26 de maio de 1981.

Belo Horizonte, 16 de dezembro de 1986.

Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto

147

Presidente do COPAM

148

ANEXO F – DADOS DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE ÁGUA SUPERFICIAL – PROJETO ÁGUAS DE MINAS (1998 A 2001) E EVOLUÇÃO DE

ALGUNS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS, CARACTERÍSTICOS DE INDÚSTRIA TÊXTIL, NOS CORPOS D’ÁGUA ESTUDADOS

149

P arâm etro U n idade B P 076 B P 078 B P 076 B P 078 B P 076 B P 078 B P 076 B P 078D a ta de am ostragem 12/02 /98 12 /02 /98 16 /04 /98 16 /04 /98 21 /08 /98 21 /08 /98 29 /10 /98 29 /10 /98H ora de am ostragem 09 :50 11 :45 11 :05 13 :15 11 :05 13 :30 11 :25 12 :15C ond ições do tem po B om B om B om B om B om B om N ub lado N ub ladoA lca lin idade de b ica rbona to m g/L C aC O 3 33 ,6 25 ,7 --- --- 57 ,9 26 ,2 --- ---A lca lin idade to ta l m g/L C aC O 3 33 ,6 25 ,7 --- --- 57 ,9 26 ,2 --- ---A rsên io to ta l m g/L < 0 ,05 < 0 ,05 --- --- 0 ,0006 0 ,0005 --- ---B ário to ta l m g/L 0 ,065 0 ,019 --- --- < 0 ,2 < 0 ,2 --- ---B oro so lúve l m g/L < 0 ,02 < 0 ,02 --- --- < 0 ,02 < 0 ,02 --- ---C ádm io to ta l m g/L 0 ,004 0 ,007 --- --- 0 ,0007 0 ,0006 --- ---C á lc io to ta l m g /L 5 ,16 3 ,96 --- --- 13 ,8 6 ,8 --- ---C hum bo to ta l m g/L 0 ,04 0 ,08 < 0 ,005 --- < 0 ,005 0 ,005 0 ,015 ---C iane to to ta l m g/L < 0 ,01 < 0 ,01 < 0 ,01 --- < 0 ,01 < 0 ,01 < 0 ,01 ---C lo re tos m g/L 1 ,7 2 ,9 1 ,84 2 ,8 3 ,17 3 ,68 4 ,97 6 ,01C obre to ta l m g/L < 0 ,02 0 ,03 --- --- < 0 ,007 < 0 ,007 --- ---C o lifo rm es feca is N M P /100m L 900 30000 2800 300 110 240 500 130C o lifo rm es to ta is N M P /100m L --- --- 90000 1100 28000 240 1300 240C ondu tiv idade E lé trica m ho/cm 90,1 68 ,4 117 ,8 68 ,7 130 85 144 ,8 87 ,1C or R ea l U P t 7 ,5 2 ,5 --- --- 80 5 --- ---C rom o H exava len te m g/L < 0 ,05 < 0 ,05 --- --- 0 ,02 0 ,01 --- ---C rom o T o ta l m g/L --- --- --- --- --- --- --- ---C rom o T riva len te m g/L < 0 ,05 < 0 ,05 --- --- < 0 ,05 < 0 ,05 --- ---D B O m g/L 5 ,7 0 ,2 6 3 < 2 2 2 2D Q O m g/L 34 ,3 16 ,2 --- --- < 5 < 5 --- ---D u reza de C á lc io m g/L C aC O 3 18 ,2 14 ,1 --- --- 34 ,4 17 --- ---D u reza de M agnés io m g/L C aC O 3 6 6 ,1 --- --- 10 4 ,4 --- ---D u reza to ta l m g/L C aC O 3 --- --- --- --- 44 ,4 21 ,4 --- ---E s trep tococos feca is N M P /100m L 1300 1700 --- --- 2400 80 --- ---Ferro so lúve l m g/L < 0 ,05 < 0 ,05 0 ,34 0 ,27 0 ,52 0 ,19 2 ,45 0 ,49Fos fa to to ta l m g/L P < 0 ,01 < 0 ,01 0 ,12 0 ,07 0 ,1 0 ,08 0 ,02 0 ,07Ind ice de fenó is m g/L 0 ,002 0 ,003 < 0 ,001 --- 0 ,008 0 ,001 0 ,002 ---M agnés io to ta l m g/L 1 ,03 1 ,12 --- --- 2 ,4 1 ,1 --- ---M anganês to ta l m g/L 0 ,13 0 ,24 0 ,02 0 ,09 0 ,11 0 ,11 0 ,08 0 ,05M ercúrio to ta l g /L < 0 ,2 < 0 ,2 --- --- < 0 ,2 < 0 ,2 --- ---N íque l to ta l m g/L < 0 ,02 < 0 ,02 --- --- < 0 ,004 < 0 ,004 --- ---N itrogên io A m on iaca l m g/L < 0 ,05 0 ,08 0 ,2 0 ,1 0 ,1 < 0 ,1 0 ,1 < 0 ,1N itra to m g /L N 0 ,76 0 ,66 0 ,28 0 ,45 0 ,4 0 ,3 0 ,14 0 ,26N itrito m g /L N < 0 ,01 0 ,01 --- --- 0 ,014 0 ,005 --- ---N itrogên io O rgân ico m g/L N < 0 ,5 < 0 ,5 --- --- 0 ,5 0 ,5 --- ---Ó leos e G raxas m g/L < 0 ,5 < 0 ,5 --- --- < 1 < 1 --- ---O xigên io D isso lv ido m g/L 6 ,9 6 ,4 5 ,6 7 ,1 7 ,2 9 ,1 6 ,8 6 ,7pH " in loco" 7 ,5 7 ,5 7 ,5 7 ,5 7 ,7 8 ,8 6 ,7 7pH labo ra tó rio --- --- --- --- --- --- --- ---P o táss io so lúve l m g/L 2 ,6 2 ,47 --- --- 2 ,7 2 ,28 --- ---S e lên io to ta l m g/L < 0 ,01 < 0 ,01 --- --- < 0 ,0005 < 0 ,0005 --- ---S ód io so lúve l m g/L 3 ,77 3 ,98 --- --- 10 6 ,5 --- ---S ó lidos d isso lv idos to ta is m g/L 49 60 --- --- 113 56 --- ---S ó lidos em suspensão m g/L 296 165 201 90 246 46 278 42

A n e xo F - D a d o s d e M o n ito ram en to d o P ro je to Á g u a s d e M in a s (F E A M /IG A M )A n o 19 98

150

Parâmetro Unidade BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078Sólidos totais mg/L 345 225 290 134 359 102 481 110Sulfatos mg/L 0,98 3,3 --- --- <1 4,6 --- ---Sulfetos mg/L <0,002 <0,002 --- --- <0,5 <0,5 --- ---Surfactantes aniônicos mg/L 0,1 0,1 --- --- <0,05 <0,05 --- ---Temperatura da Água ºC 22 22 26 29 23 25 23 25Temperatura do Ar ºC 32 32 32 31 32 30 25 27Turbidez UNT 200 100 323 108 299 46 477 45,8Zinco total mg/L 0,05 <0,05 0,03 --- 0,05 <0,01 <0,01 ---

Anexo F - Dados de Monitoramento do Projeto Águas de Minas (FEAM/IGAM)Ano 1998

151

P arâm etro U nidade B P 076 B P 078 B P 076 B P 078 B P 076 B P 078 B P 076 B P 078D ata de am ostragem 11/02/99 11/02/99 23/04/99 23/04/99 20/08/99 20/08/99 22/10/99 22/10/99H ora de am ostragem 09:20 12:20 10:40 13:10 10:30 13:40 10:50 13:15C ondições do tem po B om B om B om B om B om B om N ublado B omA lca lin idade de b icarbonato m g/L C aC O 3 65,3 26,9 --- --- 34 ,3 72,3 --- ---A lca lin idade to ta l m g/L C aC O 3 65,3 26,9 --- --- 34 ,3 72,3 --- ---A rsênio to ta l m g/L 0,0004 0,0027 --- --- <0,0003 <0,0003 --- ---B ário to ta l m g/L <0,2 <0,2 --- --- <0,2 <0,2 --- ---B oro so lúve l m g/L <0,02 <0,02 --- --- <0,02 <0,02 --- ---C ádm io to ta l m g/L <0,0005 <0,0005 --- --- <0,0005 <0,0005 --- ---C á lc io to ta l m g/L 16,4 9 --- --- 11 ,2 7,7 --- ---C hum bo to ta l m g/L 0,012 <0,005 0,035 --- <0,005 <0,005 <0,005 ---C ianeto to ta l m g/L <0,01 <0,01 <0,01 --- <0,01 <0,01 <0,01 ---C lore tos m g/L 2,06 2,77 2,53 2,77 4,95 5,95 8,41 6,11C obre to ta l m g/L <0,007 0,008 --- --- <0,007 <0,007 --- ---C o lifo rm es feca is N M P /100m L 1100 1700 240 170 110 50 70 220C olifo rm es to ta is N M P /100m L 2800 5000 300 350 300 70 800 350C ondutiv idade E lé trica m ho/cm 116 76,7 117 77 169 103 222 112,5C or R ea l U P t 60 25 --- --- 80 20 --- ---C rom o H exavalente m g/L <0,01 <0,01 --- --- 0 ,03 0,01 --- ---C rom o T ota l m g/L --- --- --- --- --- --- --- ---C rom o T riva lente m g/L <0,05 <0,05 --- --- <0,05 <0,05 --- ---D B O m g/L <2 <2 <2 <2 <2 <2 2 2D Q O m g/L 15 12 --- --- 17 <5 --- ---D ureza de C á lc io m g/L C aC O 3 40,8 22,4 --- --- 28 19,1 --- ---D ureza de M agnésio m g/L C aC O 3 2,7 3,2 --- --- 14 ,2 8,8 --- ---D ureza to ta l m g/L C aC O 3 43,5 25,6 --- --- --- --- --- ---E streptococos feca is N M P /100m L 3300 140 --- --- 240 50 --- ---Ferro so lúve l m g/L 0,24 0,32 0,25 0,07 0,51 0,1 0,79 0,05Fosfato to ta l m g/L P 0,11 0,08 <0,01 0,12 0,1 0,04 0,19 0,06Ind ice de fenó is m g/L <0,001 <0,001 0,001 --- 0 ,002 0,002 0,003 ---M agnésio to ta l m g/L 0,7 0,8 --- --- 3 ,5 2,1 --- ---M anganês to ta l m g/L 0,1 0,24 0,07 0,22 0,07 <0,05 0,05 <0,05M ercúrio to ta l g/L <0,2 <0,2 --- --- <0,2 <0,2 --- ---N íquel to ta l m g/L <0,004 0,007 --- --- <0,004 <0,004 --- ---N itrogênio A m oniaca l m g/L 0,1 <0,1 0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,3N itra to m g/L N 0,15 0,004 0,1 0,23 0,16 0,52 0,18 0,89N itrito m g/L N 0,015 0,004 --- --- 0 ,008 0,005 --- ---N itrogênio O rgân ico m g/L N 0,4 0,4 --- --- 0 ,4 0,3 --- ---Ó leos e G raxas m g/L 1 2 --- --- 3 1 --- ---O xigênio D isso lv ido m g/L 6,4 6,1 6,3 6,6 7,3 7,5 6,7 7,1pH "in loco" 7,2 7,5 7,3 7,4 6,9 7,2 6,9 7,1pH labora tório --- --- --- --- --- --- --- ---P otáss io so lúve l m g/L 2,18 1,83 --- --- 2 ,22 2,34 --- ---S e lên io to ta l m g/L <0,0005 <0,0005 --- --- <0,0005 <0,0005 --- ---S ód io so lúve l m g/L 7,13 5,24 --- --- 19 ,54 8,7 --- ---S ó lidos d isso lv idos to ta is m g/L 108 64 --- --- 176 71 --- ---S ó lidos em suspensão m g/L 172 94 60 57 119 6 65 4

Anexo F - D ados de M on ito ram ento do P ro je to Águas de M inas (FE AM /IG AM )Ano 1999

152

Parâmetro Unidade BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078Sólidos totais mg/L 280 158 156 107 295 77 246 85Sulfatos mg/L <1 <1 --- --- 1,1 3,4 --- ---Sulfetos mg/L <0,5 <0,5 --- --- <0,5 <0,5 --- ---Surfactantes aniônicos mg/L <0,05 <0,05 --- --- <0,05 <0,05 --- ---Temperatura da Água ºC 27 30 24 25 21 23 23 24Temperatura do Ar ºC 29 32 27 27 27 28 25 28Turbidez UNT 228 89 66,8 40,8 197 9,03 131 15,8Zinco total mg/L 0,07 0,02 <0,01 --- 0,02 0,01 0,02 ---

Anexo F - Dados de Monitoramento do Projeto Águas de Minas (FEAM/IGAM)Ano 1999

153

Parâmetro Unidade BS049 BS049 BS049 BS049 BS083 BS083 BS083 BS083 BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078

Data de amostragem 27/02/00 23/05/00 22/08/00 08/11/00 02/03/00 26/05/00 28/08/00 14/11/00 11/02/00 11/02/00 14/04/00 14/04/00 18/08/00 18/08/00 13/10/00 13/10/00

Hora de amostragem 09:40 10:20 10:55 11:50 13:20 12:25 12:10 12:00 10:40 13:30 11:00 13:45 10:20 13:10 11:10 14:15

Condições do tempo Bom Bom Bom Nublado Bom Bom Nublado Nublado Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom

Alcalinidade de bicarb. mg/L CaCO3 24,8 --- 45,6 --- 15,5 --- 13,9 --- 23,8 17 --- --- 79,3 33,2 --- ---

Alcalinidade total mg/L CaCO3 24,8 --- 45,6 --- 15,5 --- 13,9 --- 23,8 17 --- --- 79,3 33,2 --- ---

Alumínio Total mg/L 3,12 0,85 1,06 3,3 2,8 1,07 1,62 4,2

Arsênio total mg/L <0,0003 --- <0,0003 --- <0,0003 --- <0,0003 --- <0,0003 <0,0003 --- --- <0,0003 <0,0003 --- ---

Bário total mg/L <0,2 --- <0,2 --- <0,2 --- <0,2 --- <0,2 <0,2 --- --- <0,2 <0,2 --- ---

Boro solúvel mg/L <0,02 --- <0,02 --- <0,02 --- <0,02 --- <0,02 <0,02 --- --- <0,02 <0,02 --- ---

Cádmio total mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 0,0009 <0,0005 0,0057 0,0075 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005

Cálcio total mg/L 6,5 --- 6,3 --- 8,3 --- 12,2 --- 5,8 4,6 --- --- 14 8,1 --- ---

Chumbo total mg/L 0,008 <0,005 <0,005 0,007 0,012 <0,005 <0,005 0,016 0,016 0,027 0,007 0,009 0,021 <0,005 0,011 <0,005

Cianeto total mg/L <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 0,01 --- <0,01 <0,01 <0,01 ---

Cloretos mg/L 3,29 5,59 7,74 7,89 1,92 2,25 2,58 2,46 1,5 2 2,6 2,38 5,88 3,96 5,59 3,51

Cobre total mg/L 0,007 0,008 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,018 0,007 0,008 0,021 --- <0,007 <0,007 <0,007 --- <0,007

Coliformes fecais NMP/100mL >160000 >160000 >160000 >160000 160000 17000 30000 220 1100 17000 500 3000 30 140 170 23

Coliformes totais NMP/100mL >160000 >160000 >160000 >160000 >160000 90000 >160000 220 1700 50000 2300 3000 110 220 900 300

Condutividade Elétrica mho/cm 81,3 201,5 173,3 51,7 81,6 100,6 102,9 100,2 60 49,1 130 49 160,3 82,1 147,2 77,9

Cor Real UPt 5 --- 10 --- 5 --- 5 --- 200 100 --- --- 50 <5 --- ---

Cromo Hexavalente mg/L <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 0,01 --- --- <0,01 <0,01 --- ---

Cromo Total mg/L --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

Cromo Trivalente mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 --- --- <0,05 <0,05 --- ---

DBO mg/L 34 40 31 30 9 11 9 16 <2 2 <2 <2 3 3 <2 3

DQO mg/L 58 75 62 90 36 29 36 29 24 23 7 8 13 8 15 9

Dureza de Cálcio mg/L CaCO3 16,3 --- 15,8 --- 20,6 --- 30,4 --- 14,4 11,5 --- --- 34,8 20,2 --- ---

Dureza de Magnésio mg/L CaCO3 9,6 --- 11,4 --- 5,3 --- 11,1 --- 10,2 12,5 --- --- 12,2 16,2 --- ---

Dureza total mg/L CaCO3 --- --- 27,2 --- --- --- 41,5 --- --- --- --- --- 47 36,4 --- ---

Estreptococos fecais NMP/100mL >160000 --- 160000 --- 30000 --- 50000 --- 1300 8000 --- --- 50 80 --- ---

Ferro solúvel mg/L 0,68 0,39 0,59 0,15 0,44 0,17 0,11 0,19 0,31 0,19 0,33 0,2 0,52 0,09 0,2 0,06

Fosfato total mg/L P 0,18 0,32 0,56 0,2 0,1 0,08 0,1 0,23 0,18 0,32 0,05 0,05 0,06 0,04 0,07 0,06

Anexo F - Dados de Monitoramento do Projeto Águas de Minas (FEAM/IGAM)Ano 2000

154

Parâmetro Unidade BS049 BS049 BS049 BS049 BS083 BS083 BS083 BS083 BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078 BP076 BP078

Indice de fenóis mg/L 0,003 0,011 0,014 0,003 0,003 0,004 0,002 0,002 <0,001 <0,001 0,001 <0,001 0,001 0,001 0,002 0,003

Magnésio total mg/L 2,3 --- 2,8 --- 1,3 --- 2,7 --- 2,5 3 --- --- 3 3,9 --- ---

Manganês total mg/L 0,14 0,12 0,11 0,13 0,17 0,2 0,59 0,3 0,06 0,58 0,1 0,2 0,08 <0,05 0,1 0,08

Mercúrio total g/L <0,2 --- 0,25 --- <0,2 --- <0,2 --- <0,2 <0,2 --- --- <0,2 <0,2 --- ---

Níquel total mg/L 0,007 --- 0,013 --- 0,02 --- 0,02 --- 0,015 0,014 --- --- 0,009 <0,004 --- ---

Nitrogênio Amoniacal mg/L 0,8 11,3 2,9 0,4 0,6 0,4 0,5 0,7 0,1 0,2 <0,1 0,2 <0,1 0,1 0,1155 <0,1

Nitrato mg/L N 0,09 0,03 0,01 0,08 0,06 0,16 0,26 0,24 0,01 0,1 0,09 0,24 0,16 0,63 0,1 0,22

Nitrito mg/L N 0,011 0,022 0,01 0,015 0,009 0,005 0,021 0,015 0,003 0,006 0,008 0,01 0,009 0,003 0,031 0,006

Nitrogênio Orgânico mg/L N 1,2 2,02 2 0,9 0,5 0,49 0,5 0,4 1,1 1,1 0,3 0,42 0,2 0,5 0,3 0,4

Óleos e Graxas mg/L 1 --- 5 --- 2 --- <1 --- 3 <1 --- --- 1 <1 --- ---

Oxigênio Dissolvido mg/L 3,1 2 1,9 6,8 5,4 6,9 6,3 5 5,8 5,6 6,4 6,8 6,8 8,1 6,5 9,4

pH "in loco" 6,4 6,9 6,6 6,6 6,6 6,7 6,63 6,4 6,4 6,7 6,7 6,9 7,6 7,6 7,2 8,3

pH laboratório --- 6,8 6,61 --- --- 6,45 7 --- --- --- --- --- 7,64 7,84 --- ---

Potássio solúvel mg/L 1,69 --- 3,47 --- 1,28 --- 2,31 --- 2,42 2,08 --- --- 2,42 2,02 --- ---

Selênio total mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 --- --- <0,0005 <0,0005 --- ---

Sódio solúvel mg/L 5 --- 20,37 --- 4 --- 3,39 --- 3 3 --- --- 21,55 7,34 --- ---

Sólidos dissolvidos totais mg/L 53 90 118 97 54 68 74 44 129 122 95 60 135 76 153 64

Sólidos em suspensão mg/L 79 14 55 164 53 22 58 90 238 481 59 73 43 <1 100 37

Sólidos totais mg/L 132 104 173 261 107 90 132 134 367 603 154 133 178 76 253 101

Sulfatos mg/L 6,1 --- 24,9 --- 11,5 --- 1 --- <1 <1 --- --- 2,5 2,6 --- ---

Sulfetos mg/L <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 --- --- <0,5 <0,5 --- ---

Surfactantes aniônicos mg/L <0,05 0,67 0,07 0,23 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 --- --- <0,05 <0,05 --- ---

Temperatura da Água ºC 28 22 24 25 24 20 21 23 25 26 25 25 20 23 26 30

Temperatura do Ar ºC 29 23 27 28 29 26 26 29 27 29 28 29 23 27 33 37

Turbidez UNT 72,8 25,7 47,1 143 46,6 33 24,9 49,2 405 766 93,3 106 65,3 16,5 123 23,6

Zinco total mg/L 0,12 0,05 0,06 0,07 0,13 0,11 0,61 0,37 0,05 0,05 0,04 --- 0,03 0,03 0,05 ---

Anexo F - Dados de Monitoramento do Projeto Águas de Minas (FEAM/IGAM)Ano 2000

155

Parâmetro Unidade BS049 BS049 BS049 BS049 BS083 BS083 BS083 BS083 BP076 BP076 BP076 BP076 BP078 BP078 BP078 BP078Data de amostragem 13/02/01 03/05/01 15/08/01 20/11/01 19/02/01 09/05/01 21/08/01 26/11/01 09/02/01 06/04/01 10/08/01 12/11/01 09/02/01 06/04/01 10/08/01 12/11/01Hora de amostragem 10:40 10:15 11:10 11:30 08:35 09:10 09:10 13:00 10:30 11:00 09:45 08:45 13:50 13:00 12:10 10:45Condições do tempo Bom Bom Bom Nublado Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom BomAlcalinidade de bicarb. mg/L CaCO3Alcalinidade total mg/L CaCO3 37,20 54,90 17,60 14,40 60,50 89,30 31,80 31,80Alumínio Total mg/L 0,86 1,16 2,71 13,01 1,17 0,57 0,56 1,30Amônia não Ionizável mg / L NH3 3,23E-04 4,58E-03 5,31E-03 7,43E-04 3,76E-04 7,05E-04 4,66E-04 3,73E-04 1,86E-03 3,26E-03 5,00E-03 9,09E-04 1,44E-03 1,97E-03 8,90E-04 7,11E-04Arsênio total mg/L < 0,0003 < 0,0003 < 0,0003 < 0,0003 < 0,0003 0,0004 0,0008 0,0014Bário total mg/L 0,041 0,083 0,034 0,022 0,080 0,051 0,052 0,029Boro solúvel mg/L < 0,07 < 0,07 < 0,07 < 0,07 < 0,07 < 0,07 < 0,07 < 0,07Cádmio total mg/L < 0,0005 < 0,0005 0,0044 0,0014 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005Cálcio total mg/LChumbo total mg/L 0,006 < 0,005 0,024 0,010 0,011 < 0,005 0,010 0,010 0,010 < 0,005 < 0,005 < 0,005 0,006 < 0,005 < 0,005 < 0,005Cianeto total mg/L < 0,01 < 0,01 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,01 < 0,01Cloretos mg/L 1,79 9,79 18,50 5,00 2,54 1,78 2,08 0,86 5,09 2,75 14,04 9,29 2,84 4,41 5,29 5,28Cobre total mg/L < 0,004 0,005 0,030 0,050 < 0,004 < 0,004 0,005 0,062 < 0,004 0,004 0,005 < 0,004 < 0,004 0,005Coliformes fecais NMP/100mL 23 > 160000 170 > 160000 170 > 160000 30.000 1.100 220 220 300 220 170 500 80 220Coliformes totais NMP/100mL 130 > 160000 14.000 > 60000 2.800 > 160000 160.000 2.200 1.300 1.100 500 1.300 3.000 3.000 130 1.100Condutividade Elétrica mho/cm 106,80 300,30 322,00 78,60 140,00 87,20 64,10 27,20 127,80 134,00 222,00 152,90 78,10 83,50 102,90 55,10Cor Real UPt 25,00 60,00 30,00 40,00 75,00 50,00 15,00 20,00Cromo Hexavalente mg/L < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01Cromo Total mg/LCromo Trivalente mg/L < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04 < 0,04DBO mg/L 21 88 122 15 4 2 4 3 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2DQO mg/L 61 307 19 32 26 8 23 16Dureza de Cálcio mg/L CaCO3 33,10 41,40 45,70 16,70 28,70 29,30 18,30 23,60Dureza de Magnésio mg/L CaCO3 13,60 12,50 9,60 3,50 14,40 8,70 8,60 8,60Dureza total mg/L CaCO3 46,70 53,90 55,30 20,20 43,10 38,00 26,90 32,20Estreptococos fecais NMP/100mL > 160000 160.000 5.000 30.000 800 50 700 23Ferro solúvel mg/L 0,33 0,23 0,61 0,79 0,12 0,48 0,19 0,27 0,16 0,10 0,72 0,93 0,16 0,21 0,08 0,30Fosfato total mg/L P < 0,28 0,53 0,56 0,25 0,05 0,06 0,10 0,04 0,03 0,02 0,04 0,02 0,02 0,02 0,04 0,08Indice de fenóis mg/L 0,004 0,018 0,001 0,002 0,001 0,003 0,002 < 0,001 0,002 0,002 0,003 < 0,001 0,001 0,002Magnésio total mg/LManganês total mg/L 0,139 0,177 0,472 0,190 0,132 0,073 0,146 0,036 0,078 0,381 0,047 0,139Mercúrio total g/L < 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2Níquel total mg/L < 0,004 < 0,004 0,009 0,005 < 0,004 0,009 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,004Nitrogênio Amoniacal mg/L 1,30 1,80 2,90 0,40 0,20 0,90 0,50 0,20 < 0,1 0,20 0,40 < 0,1 < 0,1 < 0,1 0,10 0,10Nitrato mg/L N 0,17 0,05 0,12 0,08 0,25 0,21 0,12 0,17 0,30 0,18 0,18 0,09 0,96 0,65 1,32 0,08Nitrito mg/L N 0,017 0,024 0,012 0,023 0,014 0,013 0,009 0,010 0,005 0,002 0,002 0,004 0,002 0,002 0,004 0,007Nitrogênio Orgânico mg/L N 1,60 1,70 0,10 0,40 0,20 0,30 < 0,1 0,40Óleos e Graxas mg/L < 1 9 1 3 1 1 2 1Oxigênio Dissolvido mg/L 1,6 0,0 0,8 4,2 3,4 7,1 4,4 7,4 6,1 6,8 7,6 6,4 6,8 6,8 7,7 7,9pH "in loco" 5,45 6,53 6,50 6,42 6,45 6,24 6,30 6,38 7,30 7,38 7,40 7,22 7,16 7,41 7,22 7,06pH laboratório 7,01 6,72 6,66 7,14 6,08 7,19 6,58 7,82 7,62 7,87 7,69 7,47 7,47 7,91 7,78 7,29Potássio solúvel mg/L 3,06 4,77 1,91 1,10 2,12 3,20 1,87 2,32Selênio total mg/L < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005

Anexo F - Dados de Monitoramento do Projeto Águas de Minas (FEAM/IGAM)Ano 2001

156

Anexo F - Dados de Monitoramento do Projeto Águas de Minas (FEAM/IGAM)

Ano 2001

Parâmetro Unidade BS049 BS049 BS049 BS049 BS083 BS083 BS083 BS083 BP076 BP076 BP076 BP076 BP078 BP078 BP078 BP078

Sódio solúvel mg/L 1,51 42,80 6,63 3,88 11,93 39,30 5,93 9,48

Sólidos dissolvidos totais mg/L 68,00 211,00 261,00 102,00 76,00 66,00 52,00 51,00 88,00 123,00 163,00 143,00 63,00 82,00 77,00 74,00

Sólidos em suspensão mg/L 75,00 150,00 178,00 28,00 42,00 15,00 30,00 13,00 111,00 32,00 6,00 26,00 88,00 86,00 7,00 43,00

Sólidos totais mg/L 143,00 361,00 439,00 130,00 118,00 81,00 82,00 64,00 199,00 155,00 169,00 169,00 151,00 168,00 84,00 117,00

Sulfatos mg/L 16,20 57,60 28,10 7,00 2,10 3,20 2,10 3,40

Sulfetos mg/L < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5

Surfactantes aniônicos mg/L < 0,05 0,63 0,94 0,19 < 0,05 0,07 0,10 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05

Temperatura da Água ºC 29,0 26,7 23,0 25,8 25,0 19,5 20,0 27,2 30,0 25,4 21,0 22,3 31,0 27,2 22,0 24,0

Temperatura do Ar ºC 30,0 29,0 24,0 26,0 28,0 17,0 23,0 30,0 28,0 29,0 23,0 23,0 33,0 30,0 26,0 28,0

Turbidez UNT 33,00 147,00 191,00 67,00 13,50 16,60 18,90 26,30 73,10 60,20 19,20 52,30 15,80 135,00 13,80 49,40

Zinco total mg/L 0,05 0,13 0,29 0,06 0,09 0,04 0,06 0,02 0,11 0,30 0,04 0,06

157

ANEXO F – EVOLUÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS, CARACTERÍSTICOS DE INDÚSTRIA TÊXTIL, MONITORADOS PELA FEAM/IGAM

BP076

0,000,050,100,150,200,250,300,35

fev abr ago outmês

Zinc

o (m

g/L)

1998 19992000 2001Padrão DN COPAN 10/86

BS049

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

fev abr ago outmês

Zinc

o (m

g/L)

2000 2001 Padrão DN COPAN 10/86

BS083

0,000,501,001,50

2,002,503,003,504,004,505,00

fev abr ago outmês

Zinc

o (m

g/L)

2000 2001 Padrão DN COPAN 10/86

BP078

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

fev abr ago outmês

Zinc

o (m

g/L)

1998 19992000 2001Padrão DN COPAN 10/86

158

BP076

0,000

0,010

0,020

0,030

0,040

0,050

fev abr ago outmês

Chu

mbo

(mg/

L)

1998 19992000 2001Padrão DN COPAN 10/86

BP078

0,000

0,020

0,040

0,060

0,080

fev abr ago outmês

Chu

mbo

(mg/

L)

1998 19992000 2001Padrão DN COPAN 10/86

BS049

0,000

0,010

0,020

0,030

0,040

0,050

fev abr ago outmês

Chu

mbo

(mg/

L)

2000 2001 Padrão DN COPAN 10/86

BS083

0,000

0,020

0,040

0,060

fev abr ago outmês

Chu

mbo

(mg/

L)

2000 2001 Padrão DN COPAN 10/86

159

BP076

0,005,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,00

fev abr ago outmês

DQ

O (m

g/L)

1998 1999 2000 2001

BP078

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

fev abr ago outmês

DQ

O (m

g/L)

1998 1999 2000 2001

BS049

0,0050,00

100,00150,00200,00250,00300,00350,00400,00

fev mai ago novmês

DQ

O (m

g/L)

2000 2001

BS083

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

fev mai ago novmês

DQ

O (m

g/L)

2000 2001

160

BP076

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

fev abr ago outmês

pH

1998 1999 20002001 Limite Inferior Limite Superior

BP078

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

fev abr ago outmês

pH

1998 1999 20002001 Limite Inferior Limite Superior

BS049

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

fev abr ago outmês

pH

2000 2001 Limite Inferior Limite Superior

BS083

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

fev abr ago outmês

pH

2000 2001 Limite Inferior Limite Superior

161

ANAXO G – CARACTERÍSTICAS DOS CORANTES

162

Classe de Corante

Características e Integração com Fibra

Técnicas de Tingimento

Ácidos Compostos aniônicos; um ou mais grupos

sulfônico ou carboxílico na estrutura

molecular; solúveis em água. A afinidade fibra

– corante é resultante das ligações iônicas

entre a parte sulfônica ácida do corante e os

grupos amino básicos presentes nas fibras,

que são convertidos em grupos catiônicos

pela adição de ácido no processo de

tingimento. As cores são, geralmente,

brilhantes e o material tingido apresenta

resistência de boa a excelente. Corantes

ácidos simples apresentam baixas

propriedades de solidez; corantes ácidos

metalizados apresentam boas propriedades

de solidez. Esta classe de corantes inclui os

metais: cromo, cobre, estanho e alumínio, e,

em função de problemas ambientais, seu uso

vem decrescendo continuamente, não sendo

praticamente usados nos EUA.

A aplicação é feita por imersão da fibra em

solução aquosa do corante, geralmente, a

temperaturas elevadas (fervura). Adição de

ácidos e sais ao banho de tingimento facilitam a

montagem do corante e a igualização. Interação

iônica corante-fibra deve ser controlada para

obtenção de absorção uniforme; o banho deve

estar neutro no início do processo. A acidificação

pode ser feita pela adição de ácido no início do

tingimento ou pela adição de substâncias

doadoras de prótons, que liberam ácido durante o

tingimento (sulfato de amônio, pirofosfato de

sódio, ésteres de ácidos orgânicos e compostos

heterocíclicos). O controle por temperatura ou por

pH é utilizado para regular o processo de

tingimento. O nivelamento é melhorado por

agentes auxiliares. O tratamento com sintanos

(Cibatex PA, Mesitol NBS, Matexil FA-SN,

Nylofixan P) aumenta a solidez da cor.

Azóicos

(naftóis)

Constituídos de dois compostos quimicamente

reativos, que são aplicados à fibra em dois

estágios, produzindo pigmento insolúvel

dentro da fibra. Produzem tonalidades

brilhantes e escuras de amarelo, laranja,

vermelho, marrom, preto e azul. O corante

apresenta boa solidez à luz e resistência ao

peróxido e outros alvejantes. No entanto, seu

uso tem declinado nos últimos anos por causa

dos custos de aplicação e suspeitas quanto à

possível presença de naftilaminas

carcinogênicas no efluente.

A fibra é inicialmente tratada com solução alcalina

de naftol (naftolato). A adição de formaldeído é

necessária para estabilização do naftol dentro da

fibra. Após secagem, a fibra é imersa em solução

de base diazotada. A base, insolúvel em água, é

solubilizada por meio de nitrito de sódio e ácido,

com adição de tamponante para neutralização do

excesso de ácido mineral. A reação entre os dois

compostos produz o cromóforo azo colorido

dentro da fibra. Segue-se ao tingimento o

tratamento final, que consiste em ensaboamento

e enxágüe.

163

Classe de Corante

Características e Integração com Fibra

Técnicas de Tingimento

Básicos

(catiônicos)

Baixa solubilidade em água. Ligações iônicas

são formadas entre o cátion, no corante, e os

sítios aniônicos na fibra. São fortemente

ligados e não migram facilmente. Produzem

cores brilhantes e de boa resistência (exceto

em fibras naturais), e apresentam uma cartela

de cores ilimitada.

Sua aplicação exige uma boa preparação (purga),

para remover aditivos aplicados na tecelagem.

São aplicados em banhos levemente ácidos e a

temperaturas elevadas (fervura). A exaustão deve

ser controlada para garantir a uniformidade do

tingimento. A exaustão do banho pode atingir

100%. É necessário o uso de agentes retardantes

para garantir a uniformidade do tingimento.

A cuba Apresentam uma boa cartela de cores, mas as

tonalidades, geralmente, são opacas. São

usados, principalmente, no tingimento e

estamparia de algodão e fibras celulósicas, ou

em produtos que requeiram boa resistência a

vários agentes. Apresentam ótima solidez a

lavagem, luz e transpiração. São fornecidos

tanto na forma reduzida leuco, solúvel em

água, quanto na forma oxidada, insolúvel em

água e solúvel em solução alcalina, que deve

ser reduzida. Na forma reduzida, o corante

migra para a fibra e uma vez completa a

migração, o substrato é lavado e o corante é

re-oxidado à sua forma insolúvel, dentro da

fibra.

A preparação do tecido, incluindo alvejamento e

mercerização, é importante. A aplicação do

corante por esgotamento pode ser conduzida

pelos processos leuco, pré-impregnação e alta

temperatura. No processo leuco, os auxiliares,

corante e solução de hidróxido de sódio são

introduzidos no banho e o têxtil é introduzido após

10 minutos. O banho de tingimento é aplicado por

30-60 minutos e completado por enxágüe,

oxidação, ensaboamento. A pré-impregnação é

iniciada com banho contendo o corante insolúvel

em água como dispersão. O pigmento se

deposita parcialmente sobre a fibra e é

adicionado o agente redutor. Como resultado da

deposição parcial do corante na forma não

substantiva, a uniformidade do tingimento é

melhor. As propriedades de montagem do corante

podem ser ainda melhoradas se o processo é

conduzido a temperaturas entre 90-115ºC.

164

Classe de Corante

Características e Integração com Fibra

Técnicas de Tingimento

Dispersos Compostos aniônicos, com solubilidade em

água extremamente baixa, comercializados

nas formas pulverizada e líquida. São

aplicados como uma dispersão de

particulados muito finos no banho. Fibras de

poliéster são tingidas quase exclusivamente

com corantes dispersos. São também

utilizados para a obtenção de cores claras em

poliamidas e acrílicos. Apresentam boa

solidez à luz e resistência à transpiração e

lavagens a úmido e a seco.

As partículas são dissolvidas a baixas

concentrações no meio de tingimento aquoso,

mas migram para a superfície da fibra sintética de

polímeros devido à sua grande solubilidade no

substrato. Temperaturas elevadas (130oC) e

pressão superior à atmosférica são,

freqüentemente, usadas na sua aplicação. Essas

condições reduzem a necessidade de

aceleradores químicos, que são requeridos a

baixas temperaturas.

Enxofre Muito resistentes a agentes oxidantes, por

exemplo, peróxido e resistentes à remoção

por lavagem. Média a boa solidez à luz. São

relativamente baratos quando comparados a

outros corantes e, geralmente, usados para

cores escuras porque cores claras

apresentam menor solidez à luz e às

lavagens. São comercializados nas formas

granulada ou líquida, pré-reduzidos ou não.

São insolúveis em água e reduzidos em

solução alcalina de agentes redutores –

usualmente sulfito de sódio – a um sal de

sódio (forma leuco). Na forma reduzida são

solúveis em água e tem afinidade por

celulose. Após absorção pela fibra, são

oxidados com peróxido, voltando à forma

original insolúvel dentro das fibras. Quando

introduzidos no mercado, os corantes ao

enxofre eram reduzidos na tinturaria, por

fervura com hidróxido de sódio e sulfeto de

sódio.

O procedimento de utilização dos corantes ao

enxofre leuco consta das seguintes etapas:

umectação do tecido com agente penetrante e

enxágüe; preparo de um novo banho com mais

penetrante, acrescido de agentes antioxidantes e

complexantes; adição lenta do corante; adição

lenta de sal; deixar em contato durante 30

minutos; lavar por transbordamento; oxidar;

enxaguar, ensaboar e enxaguar novamente. Os

agentes redutores contendo sulfetos (sulfeto,

hidrosulfeto, polisulfeto e ditionito de sódio)

podem ser substituídos por glicose ou outros

açúcares. A oxidação é, geralmente, conduzida

por peróxido de hidrogênio em meio ácido (ácido

acético). Outros agentes oxidantes, usados em

menor escala, incluem iodato, bromato, cloramina

T, persulfato e hipoclorito de sódio. A oxidação

com bicromato-ácido acético tem sido preferida

devido à presença de metais pesados no

efluente.

165

Classe de Corante

Características e Integração com Fibra

Técnicas de Tingimento

Enxofre

(continuação)

A forma reduzida era aplicada à celulose e re-

oxidada, gerando como subproduto dióxido de

enxofre. O uso de corantes pré-reduzidos/ pré-

solubilizados eliminou a etapa de redução, e

na década de 90, foram introduzidos novos

tipos de corantes ao enxofre, com teores mais

baixos de sulfetos, o que reduz as descargas

de enxofre no efluente líquido, assim como os

odores de sulfeto de hidrogênio nas

tinturarias. O uso de corantes ao enxofre tem

diminuído devido aos resíduos contendo

sulfetos, gerados nos processos de

tingimento.

_

Reativos Compostos aniônicos, solúveis em água.

Largamente utilizados, substituindo corantes

diretos, azóicos e a cuba. Apresentam

melhores propriedades de solidez,

comparados aos corantes diretos, e permitem

a obtenção de todos os tons, inclusive os mais

brilhantes. Os corantes reativos formam

ligações químicas covalentes com a fibra,

tornando-se parte dela e apresentando

excelente resistência. Devido à sua

solubilidade, a montagem ocorre rapidamente,

possibilitando flexibilidade nos métodos de

aplicação. A substantividade é, geralmente,

baixa e pode ser elevada pelo uso de baixas

temperaturas de tingimento, baixa relação de

banho, adição de eletrólitos (NaCl ou Na2SO4)

ao banho e baixa concentração de corante.

Os polímeros do material celulósico apresentam

uma carga negativa na superfície da fibra quando

imersos em água, o que torna necessária a

utilização de eletrólitos (sais) para elevar o

potencial químico do banho, forçando a migração

do corante da região de maior potencial (banho)

para o interior da fibra, onde o potencial

aumentará até atingir o valor do banho. Na

maioria dos casos o corante é fixado ao substrato

em condições alcalinas. No processo global, o

corante, o sal e o álcali são adicionados ao banho

no início do tingimento. O processo em etapas

consiste em uma fase de exaustão e uma de

fixação, isto é, o álcali é adicionado somente após

absorção do corante pela fibra. Após o

tingimento, o banho é drenado; o material têxtil é

enxaguado e lavado com a adição de auxiliares.

Quantidades importantes do corante não

absorvido pela fibra são hidrolizadas quando o

álcali é adicionado, sendo perdidas no banho.

166

Classe de Corante

Características e Integração com Fibra

Técnicas de Tingimento

Reativo

(continuação)

Taxa de difusão elevada conduz ao rápido

estabelecimento do equilíbrio de tingimento e

igualização de irregularidades de tingimento,

facilitando também a remoção do corante

hidrolizado. Substantividade elevada está,

freqüentemente, associada com baixa

difusibilidade.

A baixa eficiência em fixação resulta em cor no

efluente. Uma melhor fixação é obtida com o uso

de corantes bifuncionais, que apresentam dois

grupos reativos.

Fonte: LEÃO, 1999.

167

ANAXO H – REGISTRO DE DADOS DE TESTE DE TOXICIDADE AGUDA COM Daphnia similis

168

ANEXO H – REGISTRO DE DADOS DE TESTE DE TOXICIDADE AGUDA COM “Daphnia similis” Registro de dados

de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 27-8-2001 Hora: 11:20 Data: 29-8-2001 Hora: 14:50 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2328 Data de Entrada: 23-8-2001 pH (in loco): 11,68 Dureza total (mg/L):

104,54

Condutividade (mho/cm):

9.586 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,37 / Ponto TX1

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,3

1,0 0 0 0 0 0 20 0 7,12

1,37 0 0 0 0 0 20 0 7,21

1,88 0 0 0 0 0 20 0 7,43

2,60 0 0 1 0 1 20 5 7,37

3,50 4 3 5 3 15 20 75 7,81

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 28-8-2001 Hora: 10:00 Data: 30-8-2001 Hora: 9:45 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2332 Data de Entrada: 24-8-2001 pH (in loco): 11,50 Dureza total (mg/L):

31,81

Condutividade

(mho/cm): 7.834 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX2

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,23

2,7 0 0 0 0 0 20 0 7,12

3,5 0 0 0 0 0 20 0 7,21

4,6 1 1 1 0 3 20 15 7,43

5,9 1 3 2 2 8 20 40 7,37

7,7 5 5 5 5 20 20 100 7,81

10 5 5 5 5 20 20 100 7,95

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 28-8-2001 Hora: 10:00 Data: 30-8-2001 Hora: 10:03 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2333 Data de Entrada: 24-8-2001 pH (in loco): 9,21 Dureza total (mg/L):

68,18

Condutividade

(mho/cm): 5.805 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX3

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 1 1 2 20 10 7,17

27 0 0 0 0 0 20 0 7,50

35 0 0 0 0 0 20 0 7,51

46 1 0 0 0 1 20 5 7,54

59 1 0 0 0 1 20 5 7,81

77 2 3 3 3 11 20 55 8,10

100 5 5 5 5 20 20 100 8,93

169

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 4-9-2001 Hora: 9:50 Data: 6-9-2001 Hora: 11:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2348 Data de Entrada: 29-8-2001 pH (in loco): 12,14 Dureza total (mg/L):

22,70

Condutividade

(mho/cm): 12.938 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,37 / Ponto TX4

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 0 0 1 20 5 7,4

1,0 0 0 0 0 1 20 5 7,51

1,36 0 0 0 0 2 20 10 7,43

1,86 1 0 0 0 5 20 25 7,76

2,60 1 0 0 0 7 20 35 7,68

3,5 2 3 3 3 12 20 60 7,82

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 10-9-2001 Hora: 10:20 Data: 12-9-2001 Hora: 11:16 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2349 Data de Entrada: 29-8-2001 pH (in loco): 10,55 Dureza total (mg/L):

102,27

Condutividade

(mho/cm): 11.132 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX6

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 1 0 1 20 5 7,46

7,30 0 0 0 0 0 20 0 7,47

10 0 0 0 0 0 20 0 7,53

14 3 1 0 1 5 20 25 7,32

19 4 3 3 3 13 20 65 7,48

26 5 5 3 4 17 20 85 7,56

35 5 5 5 5 20 20 100 7,83

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 10-9-2001 Hora: 10:36 Data: 12-9-2001 Hora: 11:42 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2352 Data de Entrada: 30-8-2001 pH (in loco): 6,85 Dureza total (mg/L):

56,81

Condutividade

(mho/cm): 3.459 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX7

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 1 0 0 0 1 20 5 7,2

0,27 0 2 0 0 2 20 10 7,11

0,35 1 0 0 3 4 20 20 7,15

0,46 1 4 4 2 11 20 55 7,21

0,59 2 2 2 5 11 20 55 7,18

0,77 3 2 4 2 11 20 55 6,93

1,00 5 5 4 3 17 20 85 7,01

170

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 4-9-2001 Hora: 11:26 Data: 6-9-2001 Hora: 11:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2353 Data de Entrada: 30-8-2001 pH (in loco): 7,63 Dureza total (mg/L):

65,90

Condutividade

(mho/cm): 4.498 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,3 / Ponto TX8

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,51

35 0 0 1 0 1 20 5 7,46

46 1 0 0 1 2 20 10 7,33

59 4 5 4 5 18 20 90 7,48

77 5 5 5 5 20 20 100 7,31

100 5 5 5 5 20 20 100 7,41

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 24-9-2001 Hora: 11:20 Data: 26-9-2001 Hora: 10:15 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2562 Data de Entrada: pH (in loco): 11,40 Dureza total (mg/L):

19,36

Condutividade

(mho/cm): 6.765 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX1

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 2 0 0 0 2 20 10 7,16

3,5 0 0 0 0 0 20 0 7,70

4,6 3 3 3 1 10 20 50 7,95

5,9 3 4 4 3 14 20 70 8,10

7,7 5 5 5 5 20 20 100 8,15

10,0 5 5 5 5 20 20 100 8,20

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 24-9-2001 Hora: 11:00 Data: 26-9-2001 Hora: 10:10 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2567 Data de Entrada: pH (in loco): 10,98 Dureza total (mg/L):

31,46

Condutividade

(mho/cm): 5.066 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX2

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 1 0 2 20 10 7,21

0,10 0 5 0 4 9 20 45 7,80

0,14 4 4 5 5 18 20 90 7,90

0,19 1 2 5 5 13 20 65 7,81

0,26 4 4 2 5 15 20 75 7,93

0,35 4 5 4 4 17 20 85 –

171

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 8-10-2001 Hora: 11:00 Data: 10-10-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2568 Data de Entrada: pH (in loco): 17,87 Dureza total (mg/L):

70,18

Condutividade

(mho/cm): 6.421 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX3

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,15

1,9 0 0 0 2 2 20 10 7,50

2,6 0 0 0 2 2 20 10 7,60

3,5 1 1 2 1 5 20 25 7,65

4,8 5 2 4 4 15 20 75 7,69

6,5 2 5 5 5 17 20 85 7,70

8,8 3 4 5 5 17 20 85 7,72

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 1-10-2001 Hora: 11:00 Data: 3-10-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2593 Data de Entrada: pH (in loco): 11,54 Dureza total (mg/L):

12,10

Condutividade

(mho/cm): 12.375 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX4

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 1 0 2 20 10 7,26

1,0 0 0 2 0 2 20 10 8,75

1,4 0 0 1 0 1 20 5 8,90

1,9 2 3 2 1 8 20 40 9,10

2,6 1 4 4 5 14 20 70 9,55

3,5 5 5 5 5 20 20 100 10,20

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 1-10-2001 Hora: Data: 3-10-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2594 Data de Entrada: pH (in loco): 11,08 Dureza total (mg/L):

60,50

Condutividade

(mho/cm): 3.773 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX5

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 0 1 2 20 10 7,25

1,0 0 1 1 1 3 20 15 10,01

1,4 1 1 1 1 4 20 20 10,50

1,9 0 1 0 2 3 20 15 10,55

2,6 1 3 0 3 7 20 35 10,53

3,5 5 5 3 5 18 20 90 10,70

172

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 8-10-2001 Hora: Data: 10-10-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2595 Data de Entrada: pH (in loco): 10,92 Dureza total (mg/L):

29,04

Condutividade

(mho/cm): 6.288 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX6

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 2 1 3 20 15* 7,24

0,74 0 0 0 0 0 20 0 8,50

1,0 0 0 0 0 0 20 0 8,40

1,4 0 0 0 0 0 20 0 8,60

1,9 0 0 0 0 0 20 0 9,01

2,6 2 3 5 5 15 20 75 9,60

3,5 5 5 3 2 15 20 75 9,85

4,76 5 4 5 5 19 20 95 9,90

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 3-10-2001 Hora: 15:00 Data: 5-10-2001 Hora: 15:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2601 Data de Entrada: pH (in loco): 6,52 Dureza total (mg/L):

43,56

Condutividade

(mho/cm): 2.488 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX7

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 1 0 1 20 5 7,23

35 1 0 1 1 3 20 15 6,90

46 1 0 1 0 2 20 10 6,85

59 0 0 0 2 2 20 10 6,81

77 3 1 1 3 8 20 40 6,70

100 5 4 2 3 14 20 70 –

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 3-10-2001 Hora: 15:00 Data: 5-10-2001 Hora: 15:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2603 Data de Entrada: pH (in loco): 7,33 Dureza total (mg/L): 60,5 Condutividade

(mho/cm): 3.395 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX8

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 1 2 0 1 4 20 20* 7,15

1 0 0 3 1 2 20 10 7,20

1,4 1 0 0 1 2 20 10 7,00

1,9 1 0 0 1 4 20 20 6,90

2,6 3 0 0 1 13 20 65 7,01

3,5 3 3 4 3 4 20 20 7,25

173

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 22-10-2001 Hora: Data: 24-10-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2776 Data de Entrada: pH (in loco): 11,54 Dureza total (mg/L): 20,4 Condutividade

(mho/cm): 11.160 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX1

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 1 1 0 0 2 20 10 7,19

0,75 0 0 0 0 0 20 0 7,35

1,00 4 4 0 0 8 20 40 7,32

1,40 1 5 2 1 9 20 45 7,39

1,90 5 4 0 0 9 20 45 7,45

2,60 5 5 5 5 20 20 100 7,52

3,50 5 5 5 5 20 20 100 7,71

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 22-10-2001 Hora: 15:10 Data: 24-10-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2782 Data de Entrada: pH (in loco): 10,91 Dureza total (mg/L):

42,84

Condutividade

(mho/cm): 4.470 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,36 / Ponto TX2

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 0 0 1 20 5 7,21

1,0 0 0 0 0 0 20 0 7,42

1,4 0 0 0 0 0 20 0 7,41

1,9 0 3 1 0 4 20 20 7,48

2,6 5 1 0 5 11 20 55 7,81

3,5 5 5 5 2 17 20 85 7,88

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 22-10-2001 Hora: 15:40 Data: 24-10-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2783 Data de Entrada: pH (in loco): 7,65 Dureza total (mg/L):

63,24

Condutividade

(mho/cm): 5.560 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX3

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 1 0 1 0 2 20 10 7,18

35 1 1 0 0 2 20 10 7,22

46 2 1 0 1 4 20 20 7,31

59 1 0 0 0 1 20 5 7,37

77 1 3 2 2 8 20 40 7,53

100 5 2 4 5 16 20 80 7,58

174

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 30-10-2001 Hora: 15:20 Data: 1-11-2001 Hora: 9:20 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2801 Data de Entrada: pH (in loco): 11,65 Dureza total (mg/L):

26,00

Condutividade

(mho/cm): 13.730 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX4

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 2 0 0 2 20 10 7,19

1,0 2 2 0 0 4 20 20 7,25

1,4 1 2 0 1 4 20 20 7,30

1,9 0 2 1 2 5 20 25 7,32

2,6 4 3 3 4 14 20 70 7,63

3,5 5 5 5 5 20 20 100 7,76

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 30-10-2001 Hora: 16:20 Data: 1-11-2001 Hora: 9:30 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2802 Data de Entrada: pH (in loco): 10,40 Dureza total (mg/L):

112,20

Condutividade

(mho/cm): 6.830 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX5

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 1 1 0 0 2 20 10 7,18

1,0 0 0 0 0 0 20 0 7,20

1,4 0 0 0 0 0 20 0 7,19

1,9 2 1 1 0 4 20 20 7,22

2,6 2 4 3 5 14 20 70 7,24

3,5 5 5 5 5 20 20 100 7,28

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 6-11-2001 Hora: Data: 8-11-2001 Hora: 16:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2803 Data de Entrada: pH (in loco): 11,52 Dureza total (mg/L):

20,04

Condutividade

(mho/cm): 4790 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX6

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,21

0,16 0 0 0 0 0 20 0 7,18

0,20 0 0 0 0 0 20 0 7,20

0,27 0 0 0 0 0 20 0 7,21

0,35 0 0 0 0 0 20 0 7,19

0,46 0 0 0 0 0 20 0 7,23

0,59 5 5 5 5 20 20 100 7,23

175

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 6-11-2001 Hora: Data: 8-11-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2818 Data de Entrada: pH (in loco): 7,45 Dureza total (mg/L):

40,08

Condutividade

(mho/cm): 5.250 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX7

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,20

2,6 0 0 0 0 0 20 0 7,18

3,5 0 0 0 0 0 20 0 7,17

4,8 0 0 0 0 0 20 0 7,18

6,5 0 0 0 2 2 20 10 7,15

10 5 5 3 5 18 20 90 7,18

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 30-10-2001 Hora: 16:45 Data: 1-11-2001 Hora: 10:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2819 Data de Entrada: pH (in loco): 7,45 Dureza total (mg/L):

40,08

Condutividade

(mho/cm): 5.040 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,30 / Ponto TX8

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 1 1 3 20 15* 7,13

35 0 0 3 2 5 20 25 7,19

46 0 0 1 1 2 20 10 7,17

59 0 1 1 1 3 20 15 7,15

77 3 4 4 4 15 20 75 7,05

100 5 5 5 5 20 20 100 7,20

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 26-11-2001 Hora: Data: 28-11-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2988 Data de Entrada: 26-11-2001 pH (in loco): 11,54 Dureza total (mg/L):

40,50

Condutividade

(mho/cm): 11.520 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX1

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,20

1,9 0 0 0 0 0 20 0 7,17

2,6 0 0 0 0 0 20 0 7,18

3,5 1 1 1 0 3 20 15 7,19

4,8 4 2 1 4 11 20 55 7,23

6,5 5 5 5 5 20 20 100 7,30

8,8 5 5 5 5 20 20 100 7,33

176

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 26-11-2001 Hora: 9:00 Data: 28-11-2001 Hora: 16:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2993 Data de Entrada: pH (in loco): 11,5 Dureza total (mg/L):

20,24

Condutividade

(mho/cm): 4.470 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX2

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 1 0 0 0 1 20 5 7,21

3,5 1 1 0 0 2 20 10 7,32

4,6 0 1 1 1 3 20 15 7,30

5,9 3 2 3 4 12 20 60 7,37

7,7 5 5 5 5 20 20 100 7,36

10,0 5 5 5 5 20 20 100 7,41

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 26-11-2001 Hora: 9:00 Data: 28-11-2001 Hora: 15:45 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 2994 Data de Entrada: pH (in loco): 7,91 Dureza total (mg/L):

80,96

Condutividade

(mho/cm): 6.210 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX3

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 0 0 1 20 5 7,19

3,5 1 1 1 1 4 20 20 7,35

4,6 2 3 3 2 10 20 50 7,37

5,9 2 2 3 1 8 20 40 7,37

7,7 3 3 5 2 13 20 65 7,41

10,0 4 5 5 5 19 20 95 7,43

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 4-12-2001 Hora: 11:50 Data: 6-12-2001 Hora: 9:20 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3037 Data de Entrada: pH (in loco): 11,25 Dureza total (mg/L):

115,37

Condutividade

(mho/cm): 5.730 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX4

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 1 2 3 20 15* 7,30

1,0 0 0 0 0 0 20 0 7,28

1,4 0 0 0 0 0 20 0 7,27

1,9 0 0 0 0 0 20 0 7,31

2,6 1 0 1 0 2 20 10 7,27

3,5 5 4 3 2 14 20 70 7,25

177

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis

Início Responsável: Biológica Análise Ambiental

Data: 4-12-2001 Término Água de diluição

Amostra Hora: 11:10 Data: 6-12-2001 Hora: 8:20 (X) Natural ( ) Reconstituída

Número: 3036

Observações: teste

Definitivo / PG = 1,30 /

Ponto TX5

Data de Entrada: pH (in loco): 10,71 Dureza total (mg/L): N.D. Condutividade

(mho/cm): 4.780 OD (mg/L): –

Concentração Nominal

(X)% ( ) mg/L Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

Controle 1 2 3 4 Imóveis Total

1,0 0 0 0 0 0 20 0 7,28

1,4 0 0 0 0 0 20 0 7,31

1,9 1 0 0 1 2 20 10 7,29

2,6 1 2 3 0 6 20 30 7,31

3,5 5 4 3 2 14 20 70 7,34

7,37

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 4-12-2001 Hora: 11:00 Data: 6-12-2001 Hora: 9:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3038 Data de Entrada: pH (in loco): 10,71 Dureza total (mg/L): N.D. Condutividade

(mho/cm): 4.060 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX6

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,22

3,5 0 0 0 0 0 20 0 7,31

4,6 3 3 0 0 6 20 30 7,36

5,9 4 2 3 4 13 20 65 7,35

7,7 5 4 1 4 14 20 70 7,42

10,0 5 5 5 5 20 20 100 7,44

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 4-12-2001 Hora: 10:40 Data: 6-12-2001 Hora: 8:50 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3050 Data de Entrada: pH (in loco): 6:23 Dureza total (mg/L):

121,44

Condutividade

(mho/cm): 6.480 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX7

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,15

1,0 0 0 0 0 0 20 0 7,05

1,4 0 0 0 0 0 20 0 7,08

1,9 0 0 0 0 0 20 0 7,04

2,6 0 0 1 1 2 20 10 6,98

3,5 3 2 4 3 12 20 60 7,01

178

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 4-12-2001 Hora: 10:50 Data: 6-12-2001 Hora: 9:30 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3051 Data de Entrada: pH (in loco): 7,46 Dureza total (mg/L):

60,72

Condutividade

(mho/cm): 5.420 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX8

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,22

35 0 1 4 2 7 20 35 7,35

46 1 3 2 3 9 20 45 7,35

59 2 1 3 2 8 20 40 7,37

77 4 4 5 4 17 20 85 7,44

100 5 4 5 5 19 20 95 7,49

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 12-12-2001 Hora: Data: 14-12-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3127 Data de Entrada: pH (in loco): 11,5 Dureza total (mg/L):

60,72

Condutividade

(mho/cm): 8.900 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG – 1,36 / Ponto TX1

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 0 1 2 20 10 7,15

1,0 0 1 0 1 2 20 10 7,29

1,4 0 0 1 0 1 20 5 7,31

1,9 1 0 2 1 4 20 20 7,30

2,6 4 5 4 4 17 20 85 7,36

3,5 5 5 5 5 20 20 100 7,41

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 17-12-2001 Hora: Data: 19-12-2001 Hora: 16:00 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3145 Data de Entrada: pH (in loco): 11,14 Dureza total (mg/L):

16,32

Condutividade

(mho/cm): 7.780 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,30 / Ponto TX2

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 1 0 1 20 5 7,17

3,5 0 0 1 2 3 20 15 7,90

4,6 5 5 5 5 20 20 100 7,95

5,9 5 5 5 5 20 20 100 8,10

7,7 5 5 5 5 20 20 100 8,16

10,0 5 5 5 5 20 20 100 8,19

179

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 17-12-2001 Hora: Data: 19-12-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3146 Data de Entrada: pH (in loco): 7,80 Dureza total (mg/L):

55,08

Condutividade

(mho/cm): 5.340 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,30 / Ponto TX3

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,23

35 1 0 2 0 3 20 15 7,31

46 2 3 2 2 9 20 45 7,33

59 4 3 4 2 13 20 65 7,30

77 5 3 5 4 17 20 85 7,42

100 5 5 5 5 20 20 100 7,72

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 14-12-2001 Hora: 17:00 Data: 19-12-2001 Hora: 11:10 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3163 Data de Entrada: pH (in loco): 10,53 Dureza total (mg/L):

55,08

Condutividade

(mho/cm): 8.350 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,36 / Ponto TX4

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,24

10 1 2 2 2 7 20 35 7,90

14 5 5 5 5 20 20 100 8,10

19 5 5 5 5 20 20 100 8,16

26 5 5 5 5 20 20 100 8,33

35 5 5 5 5 20 20 100 8,37

180

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 17-12-2001 Hora: Data: 19-12-2001 Hora: 8:20 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3164 Data de Entrada: pH (in loco): 10,39 Dureza total (mg/L):

69,36

Condutividade (mho/cm):

4.720 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,30 / Ponto TX5

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,20

3,5 0 0 0 0 0 20 0 7,23

4,6 0 0 0 0 0 20 0 7,26

5,9 0 0 0 0 0 20 0 7,29

7,7 0 0 0 0 0 20 0 7,27

10,0 3 3 3 2 11 20 55 7,32

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 17-12-2001 Hora: Data: 19-12-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3165 Data de Entrada: pH (in loco): 9,38 Dureza total (mg/L):

65,28

Condutividade

(mho/cm): 4.850 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,36 / Ponto TX6

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 1 0 0 1 20 5 7,17

10 0 1 0 0 1 20 5 7,39

14 0 1 0 1 2 20 10 7,42

19 0 0 0 0 0 20 0 7,44

26 0 0 0 1 1 20 5 7,43

35 3 3 2 3 11 20 55 7,49

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 20-12-2001 Hora: Data: 22-12-2001 Hora: 8:50 (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3176 Data de Entrada: pH (in loco): 6,23 Dureza total (mg/L):

44,88

Condutividade

(mho/cm): 5.500 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / Ponto TX7

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 2 2 20 10 7,19

0,35 0 0 1 2 3 20 15 7,20

,/\¿0,46 5 3 4 3 15 20 75 7,15

0,59 5 5 5 5 20 20 100 7,12

0,77 5 5 5 5 20 20 100 7,15

1,00 5 5 5 5 20 20 100 7,13

181

Registro de dados de teste de toxicidade aguda com Daphnia similis Responsável: Biológica Análise Ambiental

Início Término Água de diluição

Data: 20-12-2001 Hora: Data: 22-12-2001 Hora: (X) Natural ( ) Reconstituída

Amostra

Número: 3177 Data de Entrada: pH (in loco): 7,58 Dureza total (mg/L):

38,76

Condutividade

(mho/cm): 5.200 OD (mg/L): –

Observações: teste Definitivo / PG = 1,36 / Ponto TX8

Concentração Nominal Número de organismos imóveis

por réplicas Número acumulado de organismos % de imobilizados

obtida pH final OD final (mg/L)

(X)% ( ) mg/L 1 2 3 4 Imóveis Total

Controle 0 0 0 0 0 20 0 7,23

10 0 0 0 0 0 20 0 7,29

14 5 5 5 5 20 20 100 7,31

19 5 5 5 5 20 20 100 7,30

26 5 5 5 5 20 20 100 7,34

35 5 5 5 5 20 20 100 7,37

Nota: *Nestes testes a porcentagem de organismos imóveis no controle excedeu 10%, portanto tais resultados

não são considerados válidos segundo o item 6.3 da NBR 12.713/93.