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Alexandre Herculano 1810-1877

Alexandre herculano

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Alexandre Herculano1810-1877

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Poeta, romancista, historiador e ensaísta português, Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu a 28 de março de 1810, em Lisboa, e morreu a 18 de setembro de 1877, em Santarém.

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Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo poeta, romancista, historiador e ensaísta português nasceu no Pátio do Gil, à Rua de São Bento, a 28 de Março de 1810.

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As suas obras são de cunho romântico e vão desde a poesia ao drama e ao romance.

Foi, além de um dos mais importantes escritores portugueses do século XIX, o renovador do estudo da história de Portugal.

Como historiador, a sua obra é igualmente vasta e de um rigor indiscutível.

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A família modesta, que não pode facultar-lhe estudos universitários.

1831 – Adverso ao absolutismo miguelista, é obrigado a exilar-se em Inglaterra.

1832 – Regressa a Portugal na expedição liberal de D. Pedro, desembarcando no Mindelo. Trabalha na Biblioteca Pública do Porto, como segundo bibliotecário.

1836 – Publica A Voz do Profeta (prosa poética).

1837 – Publica A Harpa do Crente (poesia). Sai o primeiro número da revista O Panoroma. Aí vai publicando as Lendas e Narrativas, só reunidas em volume em 1851.

1838 – Estreia-se no teatro com O Fronteiro de África.

1839 – É nomeado diretor das bibliotecas reais das Necessidades e da Ajuda.

1830 – É eleito deputado cartista, mas logo se desilude com a atividade parlamentar.

CRONOLOGIA DE ALEXANDRE HERCULANO

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1841- Publica alguns capítulos de O Monge de Cister na revista O Panorama.

1842 – Escreve o drama lírico em um ato Os Infantes em Ceuta.

1843 – Publica na Revista Universal Lisbonense «Cartas sobre a História de Portugal». Inicia a publicação do romance histórico O Bobo na revista O Panorama.

1844 – Publica Eurico, o Presbítero e O Pároco da Aldeia.

1846 – Publica o primeiro volume da História de Portugal (seguem-se-lhe mais três até 1853).

1848 – Publica O Monge de Cister, romance que constitui, com Eurico, o Presbítero, um díptico, que o autor intitulou Monasticon.

1850 – Interrompe a História de Portugal para se ocupar de uma obra relacionada com a política de intolerância religiosa, História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal.

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1853 – Inicia a recolha dos Portugaliae Monumenta Historica. Funda o Partido Progressista Histórico.

1857 – Manifesta discordância relativamente à Concordata de Roma, que restringia os direitos do padroado português na Índia.

1858 – Recusa a regência de uma cadeira de História do Curso Superior de Letras, oferecida por D. Pedro V.

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1859 – Adquire a quinta de Vale de Lobos, perto de Santarém, onde, embora retirado, continua a receber correspondência e muitas personalidades ligadas à cultura e ao poder.

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Em 1867, desgostoso com a morte precoce de D. Pedro V, vitimado pela peste, rei em quem depositava muitas esperanças, e desiludido com a vida pública, retirou-se para a sua quinta em Vale de Lobos, na Azóia, a 6 quilómetros de Santarém (comprada com o produto da venda dos direitos de autor das suas obras).

Casa-se em 1 de Maio de 1867, aos 57 anos, com D. Maria Hermínia Meira, de quem se enamorara aos 26 anos, e que aceitara o sacrifício, que ele lhe pedira, na demora do noivado, para poder realizar a sua obra.

1860 – Participa na redação do primeiro Código Civil português.

1865 – Publica Estudos sobre o Casamento Civil, logo posto no índex romano.

D. Pedro V – rei de Portugal

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1871- Escreve uma carta sobre o encerramento das Conferências do Casino.

1872 – Inicia a publicação de Opúsculos.

1877 – Morre rodeado de enorme prestígio, traduzido numa manifestação nacional de luto organizada por João de Deus.

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Mosteiro dos Jerónimos – Lisboa

Túmulo de Alexandre Herculano na Sala do Capítulo

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Alexandre Herculano, que exerceu um magistério moral sobre o país, foi um intelectual sem nunca ter frequentado a Universidade. Contingências da vida. Foi um dos vultos

maiores do Romantismo em Portugal.

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Principais obras:

• O Bobo (1843)

• Eurico, o presbítero (1844)

• Cartas sobre a História de Portugal (1842)

• Lendas e narrativas (1851)

• História de Portugal (1º vol.) (1846)

• (2º vol.) (1847)

• O monge de Cister (1848)

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Insere-se em pleno ambiente romântico; As suas poesias tendem para a problemática relativa aos pensamentos ou sentimentos; As paisagens, assim como as atitudes emotivas, servem de veículo para as meditações de ordem filosófica, moral ou religiosa; Caráter testemunhal de sua poesia Vários de seus poemas referem-se à Guerra Civil e ao exílio, funcionando como testemunho poético da crise da instauração do liberalismo em Portugal; Para Herculano, a poesia deveria ser dotada de uma função pública, doutrinária; visão de poesia como instrumento de conscientização;

Poesia de Herculano

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Introduz em Portugal o romance histórico, género consagrado por Walter Scott; Lendas e Narrativas Inicia a literatura de cunho histórico; O romance histórico inicia a novelística portuguesa moderna, uma vez que toda a tradição do romance de cavalaria e da novela sentimental havia sido perdida; Algumas narrativas históricas de Herculano apresentam um sentimento de eternidade em contraste com o efêmero das vidas humanas; Alguns temas são de ordem religiosa, mostrando seres dotados de forças sobre-humanas, anjos ou demónios, consagrados a uma obra de maldição ou de santificação; Abordagem maniqueísta, bem ao gosto romântico, apresentando uma polarização entre os dois extremos do sagrado (o divino e o demoníaco); Gosto pela reconstituição minuciosa de trajes, interiores, arquiteturas e cerimónias; Alternância entre o gosto pelo concreto e os cenários puramente imaginários;

Herculano romancista

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Culto do cavaleiresco Como uma espécie de herança medieval, é uma característica geral do romance histórico de Herculano;

Romances históricos de Herculano Abarcam todo o conjunto da Idade Média portuguesa, tema que se dedicou a investigar;

Evocação medieval presente em seus romances Parte de um projeto literário pertencente ao Romantismo, que pregava “o regresso às raízes nacionais”;

Estética romântica Tendência a uma caracterização deformadora das personagens, polarizadas entre o grotesco e o sublime;

Herculano romancista

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Herculano criticava a historiografia portuguesa, que ele julgava reduzida a uma “biografia de indivíduos eminentes”; Proposta revolucionária, no sentido de redimensionar o estudo historiográfico em Portugal (Cartas sobre a História de Portugal); No lugar de histórias de indivíduos e peripécias, apresenta uma visão da coletividade através das instituições, direito, sentimentos coletivos, classes sociais; Como historiador, Herculano caracteriza-se por : - notável técnica de documentação; - agudo senso crítico; - coragem em relação aos mitos históricos tradicionais e intocáveis;

Herculano historiador

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Literatura PortuguesaProfª: Helena Maria Coutinho