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A E V V Página 01 RESPONSABILIDADE: Presidente da Diretoria Executiva. Diretor do DRP - Departamento de Relações Públicas e Divulgação Liberdade não é sinônimo de inconsequência ou indisciplina. A Doutrina não interfere em nosso livre- arbítrio, mas lembra, com o apóstolo Paulo (1Co, 6:12), que todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas as coisas nos convêm. 6 – De que me vale decidir que não vou brincar no Carnaval, se isso vai me causar constrangimento? Se não vou ficar feliz com isso? Talvez você esteja dando demasiada importância para esses festejos, que nada acrescentam à nossa experiência de vida. Experimente outros valores. 7 – Uma mudança de motivação? Essa é a palavra chave: motivação, a definir os rumos de nossa vida. Aquele que aprecia o carnaval é livre para desenvolver suas próprias iniciativas. Vibra, aguarda ansiosamente os festejos. Mas, à medida que tome consciência dos objetivos da jornada humana, pensará diferente. 8 – Buscará um retiro espiritual… Seria uma opção. Há outras mais interessantes: o socorro a necessitados; a construção de moradias para desabrigados; o atendimento de enfermos; a instalação de serviços numa favela… Há imensas possibilidades a serem consideradas para um aproveitamento desses dias de folga que o Carnaval enseja às pessoas interessadas em servir. Essas iniciativas lhes permitirão, de uma forma muito mais eficiente, superar tensões, sem os riscos da inconsequência, e desfrutar de alegria autêntica, sem dramas de consciência nem ressacas na quarta-feira de cinzas. 1 Como poderíamos situar o Carnaval? Embora suas origens estejam nas antigas festividades do paganismo romano, sempre me pareceu uma festa de índio. Os foliões r e n u n c i a m , momentaneamente, às conquistas da civilização e retornam à taba. É gente pulando inconsequentemente, emitindo sons que, eventualmente, lembram música. Só falta a fogueira no centro do salão. 2 – Mas não são horas preciosas de espairecimento, em que as tensões acumuladas esvaem-se ante a alegria contagiante dos corações? Diríamos mais apropriadamente alegria do álcool e das drogas, que correm soltos nos salões momísticos. Há um clima de liberou geral, como costuma dizer a moçada. 3 – É tão grave assim? Basta ler o noticiário policial desses dias. Sobem os índices de crimes e acidentes, que não podem ser debitados a resgates cármicos. São meros frutos da imprudência gerada pelo entorpecimento dos sentidos e pela razão desdenhada. E há outro problema: os ambientes carnavalescos estão repletos de Espíritos desajustados e viciosos. Frequentemente, processos obsessivos têm ali o seu início. 4 – E a questão da sintonia? Se participo, sem fazer uso de bebidas ou drogas, conservando o equilíbrio interior, o pensamento elevado, serei afetado? Poderia, também, para maior garantia, entrar no salão com o Evangelho na mão… Considere, entretanto, que com semelhante disposição dificilmente encontraria prazer no carnaval, que pede, undamentalmente,o clima da taba. 5 – Essa condenação do Carnaval não exprime uma atitude preconceituosa, que nega a liberdade de consciência preconizada pela Doutrina Espírita? Aliança Espírita Varas da Videira BOLETIM ELETRÔNICO CONTATO: [email protected] [email protected] [email protected] Diálogo Sobre O Carnaval Richard Simonetti ORGANIZAÇÃO, MONTAGEM E DIAGRAMAÇÃO: Gislaine e Leonardo Yokomizo. Aliança Espírita Varas Da Videira Endereço: Rua Bernadino de Campos 363 – Centro. Araçatuba/SP Aliança Espírita Varas Videira Boletim Eletrônico AEVV - Fevereiro 2010 Ano II edição 22 Araçatuba SP Aliança Espírita Varas da Videira Desde 11 de junho de 1949

Aliança Espírita Boletim Eletrônico AEVV - Fevereiro 2010 ... · arbítrio, mas lembra, com o apóstolo Paulo ... 6 – De que me vale decidir que não vou brincar no Carnaval,

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A E

V V

Página 01

RESPONSABILIDADE:Presidente da Diretoria

Executiva.Diretor do DRP - Departamento

de Relações Públicas eDivulgação

Liberdade não é sinônimo de inconsequência ouindisciplina. A Doutrina não interfere em nosso livre-arbítrio, mas lembra, com o apóstolo Paulo (1Co, 6:12),que todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas ascoisas nos convêm.

6 – De que me vale decidir que não vou brincar noCarnaval, se isso vai me causar constrangimento? Se nãovou ficar feliz com isso?

Talvez você esteja dando demasiadaimportância para esses festejos, que nada acrescentamà nossa experiência de vida. Experimente outros valores.

7 – Uma mudança de motivação?

Essa é a palavra chave: motivação, adefinir os rumos de nossa vida. Aquele que aprecia ocarnaval é livre para desenvolver suas próprias iniciativas.Vibra, aguarda ansiosamente os festejos. Mas, à medidaque tome consciência dos objetivos da jornada humana,pensará diferente.

8 – Buscará um retiro espiritual…

Seria uma opção. Há outras maisinteressantes: o socorro a necessitados; a construção demoradias para desabrigados; o atendimento de enfermos;a instalação de serviços numa favela… Há imensaspossibilidades a serem consideradas para umaproveitamento desses dias de folga que o Carnavalenseja às pessoas interessadas em servir. Essasiniciativas lhes permitirão, de uma forma muito maiseficiente, superar tensões, sem os riscos dainconsequência, e desfrutar de alegria autêntica, semdramas de consciência nem ressacas na quarta-feira decinzas.

1 Como poderíamossituar o Carnaval?

Embora suas origensestejam nas antigasfestividades dopaganismo romano,sempre me pareceu umafesta de índio. Os foliõesr e n u n c i a m ,momentaneamente, às

conquistas da civilização e retornam à taba. É gentepulando inconsequentemente, emitindo sons que,eventualmente, lembram música. Só falta a fogueirano centro do salão.

2 – Mas não são horas preciosas de espairecimento,em que as tensões acumuladas esvaem-se ante aalegria contagiante dos corações?

Diríamos mais apropriadamentealegria do álcool e das drogas, que correm soltos nossalões momísticos. Há um clima de liberou geral, comocostuma dizer a moçada.

3 – É tão grave assim?

Basta ler o noticiário policial dessesdias. Sobem os índices de crimes e acidentes, quenão podem ser debitados a resgates cármicos. Sãomeros frutos da imprudência gerada peloentorpecimento dos sentidos e pela razãodesdenhada. E há outro problema: os ambientescarnavalescos estão repletos de Espíritosdesajustados e viciosos. Frequentemente, processosobsessivos têm ali o seu início.

4 – E a questão da sintonia? Se participo, sem fazeruso de bebidas ou drogas, conservando o equilíbriointerior, o pensamento elevado, serei afetado?

Poderia, também, para maiorgarantia, entrar no salão com o Evangelho na mão…Considere, entretanto, que com semelhantedisposição dificilmente encontraria prazer nocarnaval, que pede, undamentalmente,o clima databa.

5 – Essa condenação do Carnaval não exprime umaatitude preconceituosa, que nega a liberdade deconsciência preconizada pela Doutrina Espírita?

Aliança Espírita Varas da Videira

BOLETIM ELETRÔNICO

CONTATO:[email protected]@gmail.com

[email protected]

Diálogo Sobre O CarnavalRichard Simonetti

ORGANIZAÇÃO,MONTAGEM E

DIAGRAMAÇÃO: Gislaine e Leonardo

Yokomizo.

Aliança EspíritaVaras Da Videira

Endereço: Rua Bernadinode Campos 363 – Centro.

Araçatuba/SP

Aliança Espírita Varas Videira

Boletim Eletrônico AEVV - Fevereiro 2010

Ano II edição 22

Araçatuba SP

Aliança Espírita Varas da Videira

Desde 11 de junho de 1949

História de

Irma de Castro Rocha

(MEIMEI)

que esse cuidado por parte dela era devido ao passadocomplicado do marido. Chico Xavier explicara que Meimei vinhaauxiliando Arnaldo Rocha na caminhada evolutiva há muitosséculos, por isso a sua acuidade em adocicar os momentosmais difíceis e alegrar ainda mais os instantes de ventura.

Na noite da sua desencarnação, Arnaldo Rocha acorda, porvolta de duas horas da madrugada, com sua princesa rasgandoa camisola e vomitando sangue, devido a um edema agudo depulmão. O marido sai desesperado em busca de médico, poisnão tinham telefone. Ao voltar, encontra-a morta.

A amizade entre o casal, projetando juras de eterno amor, teveinício por volta do século VIII a.C. Um general do império Assírioe Babilônico, de nome Beb Alib, ficou conhecendo Mabi, belaprincesa, salvando-a da perseguição de um leão faminto. FoiMeimei quem relatou a história, confirmada depois por ChicoXavier e traduzida inconscientemente pelo escritor e ex-presidente da União Espírita Mineira, Camilo Rodrigues Chaves,no livro Semíramis, romance histórico publicado pela editoraLAKE, de São Paulo.

Essas reminiscências de Meimei eram tão comuns que, alémdesse fato contido no livro citado, há, também, uma referênciaà personagem Blandina (Meimei), no livro Ave, Cristo!Aconteceu da seguinte forma: Chico passou um determinadocapítulo do livro para Arnaldo Rocha avaliar. À medida que lia,lágrimas escorriam por suas faces, aos borbotões. Ao final daleitura, Arnaldo disse para Chico: \”Já conheço esse trecho!\”Chico arrematou: \”Meimei lhe contou, né?\” Nesse romancede Emmanuel, Blandina teria sido filha de Taciano Varro(Arnaldo Rocha), definindo a necessidade do reencontro decorações com vista à evolução espiritual.

Através da mediunidade de Chico Xavier, muitas outrasinformações chegaram ao coração de Arnaldo sobre a trajetóriaespiritual de Meimei. À guisa de aprendizado, Arnaldo foianotando essas informações e trabalhando, em foro deimortalidade, aspectos de seu burilamento.

Meimei tinha a mediunidade clarividente, conversava com osespíritos e relembrava cenas do passado. Era comum verMeimei, por exemplo, lendo um livro e, de repente, ficar com oolhar perdido no tempo. Nesses instantes, Arnaldo olhava desoslaio e pensava: \”Está delirando\”. Algumas vezes elaafirmava: \”Naldinho, vejo cenas, e nós estamos dentro delas;aconteceu em determinada época na cidade...\”. Arnaldo, àépoca materialista, não sabendo como lidar com essesassuntos, cortava o diálogo, afirmando: \”Deixa isso de lado,pois quem morre deixa de existir\”.

Em seus últimos dias terrenos, nos momentos de ternura entreo casal apaixonado, apesar do sofrimento decorrente dadoença, Meimei tratava Arnaldo como \”Sr. Duque\” e pediaque ele a chamasse de \”minha Pilarzinha\”. Achando curiosoo pedido, Arnaldo perguntou o motivo e recebeu uma respostaque, para ele, era mais uma de suas fantasias: \”Naldinho,esse era o modo de tratamento de um casal que viveu naEspanha no século XVI. O esposo chamava-se Duque de Albae a sua esposa, Maria Henríquez\”. Embevecido com a mentecriativa na arte de teatralizar da querida esposa, entrava nabrincadeira deixando de lado as excessivas perquirições.

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Irma de Castro Rocha, este encantador espírito, ficou conhecidana família espírita como Meimei.

Trata-se de carinhosa expressão familiaradotada pelo casal Arnaldo Rocha(1) e Irma deCastro Rocha, a partir da leitura que fizeram dolivro Momentos em Pequim, do filósofo chinêsLyn Yutang. Ao final do livro, no glossário,encontram o significado da palavra Meimei –\”a noiva bem amada\”. Este apelido ficara emsegredo entre o casal. Depois de desencarnada,Irma passa a tratar o seu ex-consorte por \”MeuMeimei\”. Irma de Castro Rocha não foi espíritana acepção da palavra, pois foi criada naReligião Católica. Ela o era, porém, pela práticade alguns princípios da Doutrina Codificada porAllan Kardec, tais como caridade, benevolência,mediunidade (apesar de empírica), além de umaconduta moral ilibada.

Nasceu na cidade de Mateus Leme, Minas Gerais, a 22 deoutubro de 1922 e desencarnou em Belo Horizonte, em 1º deoutubro de 1946. Filha de Adolfo Castro e Mariana Castro, tevequatro irmãos: Carmem, Ruth, Danilo e Alaíde. Aos dois anosde idade sua família transferiu-se para Itaúna – MG. Aos cincoanos ficou órfã de pai. Desde cedo se sobressaiu entre osirmãos por ser uma criança diferente, de beleza e inteligêncianotáveis. Cursou até o segundo ano normal, sendo destacadaaluna.

A infância de Meimei foi a de uma criança pobre. Eraextremamente modesta e de espírito elevado. Pura e simples.Adorava crianças e tinha um forte desejo – o de ser mãe, nãoconcretizado porque o casamento durou apenas dois anos ehouve o agravamento da moléstia de que era portadora: nefritecrônica, acompanhada de pressão alta e necrose nos rins.

Irma de Castro, na flor de seus 17 anos, tornou-se uma belamorena clara, alta, cabelos negros, ondulados e compridos,grandes olhos negros bastante expressivos e vivazes. Foi nessaépoca que se tornou grande amiga de Arnaldo Rocha, que viriaa ser o seu esposo.

Casaram-se na igreja de São José, matriz de Belo Horizonte.Na saída da igreja, o casal e os convidados viveram uma cenainesquecível. Depararam-se com um mendigo, arrastando-sepelo chão, de forma chocante, sujo, maltrapilho e malcheiroso.Meimei, inesperadamente, volta-se para o andarilho e,sensibilizada pela sua condição, inclina-se, entrega-lhe obuquê, beijando-lhe a testa. Os olhos da noiva ficarammarejados de lágrimas...

Arnaldo Rocha afirma que toda criança que passava por Meimeirecebia o cumprimento: \”Deus te abençoe\”. Havia um filhoimaginário. Acontecia vez por outra de Arnaldo chegar dotrabalho, sentar-se ao lado de Meimei e ouvir dela a seguintefrase: \”Meu bem, você está sentado em cima de meuprincipezinho\”. Meimei tinha a mediunidade muito aflorada,o que, para seu marido, à época, tratava-se de disfunçãopsíquica. Estes pontos na vida de Meimei retratam oscompromissos adquiridos em existência anterior, na corte deFelipe II, ao lado do marido Fernando Álvares de Toledo – oDuque de Alba (Arnaldo Rocha). Nessa época seu nome teriasido Maria Henríquez.

Apesar do pouco tempo de casados, o casal foi muito feliz. Elatinha muito ciúme do seu \”cigano\”. Arnaldo Rocha explica

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Apresentamos esse ângulo da vida de Meimei para suscitarreflexões acerca do progresso espiritual por ela engendradoem suas diversas reencarnações – das quais citamos apenasalgumas –, e que conduziram nossa querida amiga Meimei aobelo trabalho realizado em prol da divulgação da DoutrinaEspírita, no Mundo Espiritual, aproveitando as vinculaçõesafetivas com aqueles corações que permaneceram no planoterreno.

Em seus derradeiros dias de vida terrena, Meimei começou ater visões. Ela falava da avó Mariana, que vinha visitá-la e queem breve iria levá-la para viajar pela Alba dos céus. Depois demuitos anos veio a confirmação através de Chico Xavier. Arnaldorecebe do médium amigo, em primeira mão, o livro Entre aTerra e o Céu, ditado por André Luiz, no qual encontra umatrabalhadora do Mundo Espiritual – Blandina – vivendo no Larda Bênção, junto com sua Vovó Mariana, cuidando de crianças.Em determinado trecho, Blandina revela um pouco da sua vidaterrena junto ao consorte amado.

Arnaldo Rocha narra um fato muito importante noredirecionamento de sua vida. No romance \”Ave, Cristo!\”,que se desenvolve na antiga Gália

Lugdunense, encontra-se um diálogo entre os personagensTaciano Varro (Arnaldo Rocha) e Lívia (Chico Xavier), no qualas notas do Evangelho sublimam as aspirações humanas. Líviaconsola Taciano, afirmando que \”no futuro encontrar-nos-emos em Blandina\”. Essa profecia

realizou-se mais ou menos 1600 anos depois, na Avenida SantosDumont, em Belo Horizonte, no encontro \”casual\” entreArnaldo Rocha e Chico Xavier, após o qual Arnaldo Rocha,materialista convicto, deixa cair as escamas que lhe toldavama visão espiritual.

Graças à amizade fraterna entre Arnaldo Rocha e FranciscoCândido Xavier, reconstituída pelo encontro \”acidental\” naAv. Santos Dumont, a história de amor entre Meimei e Arnaldomanteve-se como farol a iluminar a vida dele, agora em basesdo Evangelho, que é o roteiro revelador do Amor Eterno.

Depois daquele encontro, que marcou o cumprimento daprofecia de Lívia e Taciano Varro, Arnaldo, o jovem incauto ematerialista, recebeu consolo para suas dores; presentes docéu foram materializados para dirimir sua solidão; pelasevidências do sobrenatural, incentivos nasceram para o estudoda Doutrina Espírita, surgindo, por conseqüência, novos amigosque indicaram ao jovem viúvo um caminho

diferente das conquistas na Terra.

Passando a viajar permanentemente a Pedro Leopoldo, berçoda simplicidade da família Xavier, recebeu de Meimei, suaquerida esposa, as mais belas missivas através da psicografiae da clarividência de Chico Xavier.

Faltam-nos palavras para expressar nossa ternura e respeitoao espírito Meimei que, por mais de seis décadas, tem inspiradoos espíritas a seguir o Caminho, e a Verdade e a Vida Eterna.

Ao finalizar este singelo preito de gratidão a Irma de CastroRocha, a doce Meimei das criancinhas, lembramos opensamento do Benfeitor Emmanuel, que sintetiza a amizadedos trabalhadores do Espiritismo Evangélico em todo o Brasilcom o Espírito Meimei: um verdadeiro \”sol que ilumina ostristes na senda da dor. Meimei, amor...\”.

1 - Arnaldo Rocha, ex-consorte de Meimei, é trabalhador econselheiro da União Espírita Mineira desde 1946. Amigoinseparável de Chico Xavier. Organizador dos livros InstruçõesPsicofônicas e Vozes do Grande Além, FEB. Co-autor do livro\”Chico, Diálogos e Recordações\”, UEM.

Carlos Alberto Braga Costa

Fonte: O Espírita Mineiro, nº 295

http://www.uemmg.org.br/list.noticia.php/origem/1/noticia/345/titulo/Irma_de_Castro_Rocha_MEIMEI

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Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos1 - Disciplinar os próprios impulsos.

2 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.

3 - Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.

4 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.

5 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.

6 - Evitar as conversações inúteis.

7 - Receber o sofrimento o processo de nossa educação.

8 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.

9 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.

10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nósmesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paz e Renovação.

Ditado pelo Espírito André Luiz.

Onde Passes

Quando cada dia se te

apresenta, em torno de

atividades a que o dever

te vincula, aparecem as

tarefas com as quais não

contavas. Geralmente,

são pequenos encargos

que a vida te propõe em

nome de Deus. É o amigo

desesperado, a mulher

vergastada pelo

Sofrimento, o

desconhecido em

dificuldade, o doente

esquecido ou a criança

sem rumo, a te pedirem

apoio e consolação.

Não passes indiferente,

diante da dor. Cede um

minuto do tempo de que

disponhas ou algo do que

possuis para diminuir o

frio da penúria e a febre

da aflição. Uma frase

iluminada de amor e

qualquer migalha

de socorro na bênção da

compreensão operam

prodígios. Pronuncia as

palavras que libertem os

corações encarcerados na

angústia, tece um véu de

esperança sobre as

feridas ocultas, improvisa

algum reconforto para os

que carregam conflitos e

lágrimas, alivia os que

choram e faze sorrir de

algum modo, aqueles que

transitam pelos caminhos

empedrados da solidão.

O tempo é uma estrada

que todos somos

compelidos a percorrer.

Segue plantando paz e

semeando alegria. Deus

não nos pede o

impossível. Tanto quanto

nos sucede, onde

estamos, a vida na Terra

te solicita, onde passes,

esse ou aquele toque de

amor, a lembrar-te que o

reino da felicidade

começa em ti. MEIMEI

www.caminhosluz.com.br/

detalhe.asp?txt=1702

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Esta é uma das muitas histórias passadas com Francisco

Cândido Xavier. Impressiona pela atitude do Chico, pela

sabedoria da personagem descrita e pelo surpreendente final,

suscitando-nos à reflexão profunda.

“Ao longo desses anos em

que tenho ido a Uberaba,

conheci muita gente. Gente

boa, gente meio boa e

gente menos boa. Algumas

o tempo vai apagando

lentamente, mas jamais

teriam força suficiente para

apagar de minhas

lembranças a figura

encantadora que vocês vão

passar a conhecer. Numa

daquelas madrugadas,

quando as sessões do Chico

se estendiam até ao

amanhecer, vi-o pela

primeira vez. Naquelas filas quase intermináveis que se

formavam para a despedida ou uma última palavrinha ainda

que rápida com o Chico, ele chamou-me a atenção pela

alegria com que expressava a sua vez. Vinha com passos

cansados, o andar trôpego, a fisionomia abatida, mas seus

olhos brilhavam à medida que se aproximava do Chico. Não

raro, seu contentamento se traduzia em lágrimas serenas,

finas, copiosas. Trajes muito pobres, descalço, pés rachados

indicando que raramente teriam conhecido um par de

sapatos. Calça azul, camisa verde, com muitos remendos;

um paletó de casemira apertava-lhe o corpo franzino. Pele

escura, cabelos enrolados, nos lábios uma ferida. Chamava-

se Jorge. Creio que deve ter tomado poucos banhos durante

toda sua vida. Quando se aproximava, seu corpo magro,

sofrido e mal alimentado exalava um odor desagradável.

Em sua boca, alguns raros tocos de dentes, totalmente

apodrecidos.

Quando falava, seu hálito era quase insuportável. Ainda

que não se quisesse, tinha-se um movimento instintivo de

recuo. Quando se aproximava, tínhamos pressa em dar-lhe

algum trocado para que ele fosse comprar pipoca, doce ou

um refrigerante, a fim de que saísse logo de perto da gente.

Jorge morava com o irmão e a cunhada num bairro muito

pobre. Urna favela, quase um cortiço. Seu quarto era um

pequeno cômodo anexado ao barraco do irmão.

Algumas telhas, pedaços de tábuas, de plástico, folhas de

latas, emolduravam o seu pequeno espaço. O irmão e a

cunhada eram bóias-frias. Jorge ficava com as crianças.

Fazia-lhes o mingau, trocava-lhes os panos, assistia-os. Alma

assim caridosa, acredito que sofresse maus tratos. Muitas

vezes o vi com marcas no rosto e ainda hoje fico pensando

se aquela ferida permanente em seu lábio inferior não seria

resultante de constantes pancadas. O Chico conversava com

ele cinco, dez, vinte minutos. Nas primeiras vezes, pensava:

Meu Deus, como é que o Chico pode perder tanto tempo

com ele, quando tantas pessoas viajaram milhares de

quilômetros e mal pegaram em sua mão? Por que será que

ele não diminui o tempo do Jorge para dar mais atenção

aos outros? Somente mais tarde fui entender que a única

pessoa capaz de parar para ouvir o Jorge era o Chico. Em

casa, ele não tinha com quem conversar; na rua, ninguém

lhe dava atenção. Quase todas as vezes em que lá estava, lá

estava ele também. Assim, por alguns anos habituei-me a

ver aquele estranho personagem, que aos poucos foi-me

cativando. Hoje, passados tantos anos, ao escrever estas

linhas, ainda choro. “A gente corre o risco de chorar um

pouco, quando se deixou cativar”, não é mesmo?

Nunca ouvimos de sua boca qualquer palavra de queixa ou

revolta. Seu diálogo com o Chico era comovente e

enternecedor. -Jorge, como é que vai a vida?

-Ah! Tio Chico, eu acho a vida uma beleza!

-E a viagem foi boa?

-Muito boa, Tio Chico. Eu vim olhando as flores que Deus

plantou no caminho para nos alegrar.

-O que você mais gosta de olhar, Jorge?

-O azul do céu, Tio Chico. Às vezes fico pensando que o

Sinhô Jesus tá me espiando.

Depois, Jorge falava da briga dos gatos, da goteira que

molhou a cama, do passarinho que estava fazendo ninho

em seu telhado. Quando pensava que tudo havia

terminado, o Chico ainda dizia:

-Agora, o nosso Jorge vai declamar alguns versos.

Eu chegava até me virar na cadeira, perguntando a mim

mesmo: onde é que o Chico arruma tanta paciência.

Jorge declamava um, dois, quatro versos. -Bem, Jorge, agora

para nossa despedida, declame o verso de que mais gosto.

-Qual, Tio Chico?

-Aquele da moça, Jorge.

-Ah! Tio Chico, já me lembrei, já me lembrei.

Naquelas horas, o Centro continuava lotado. As pessoas se

acotovelavam, formando um grande círculo em torno da

mesa. Jorge colocava, então, o colarinho da camisa parafora, abotoava o único botão de seu surrado paletó,colocava as mãos para trás à semelhança de uma criançaquando vai declamar na escola perante uma autoridade,olhava para ver se o estavam observando e sapecava

Donativo doCoração

Seja a tua palavra clarão

que ampare, chama que

aquece, apoio que

escore e bálsamo que

restaure.

Sempre que te

disponhas a sair de ti

mesmo para o labor da

beneficência, não

olvides o donativo da

coragem! Auxilia ao

próximo por todos os

meios corretos ao teu

alcance, mas, acima de

tudo, ampara o

companheiro de

qualquer condição ou de

qualquer procedência, a

sentir-se positivamente

nosso irmão, tão

necessitado quanto nós

da paciência e do

socorro de Deus.

Xavier, Francisco

Cândido. Da obra: Brilhe

Vossa Luz. Ditado pelo

Espírito Emmanuel. 4

“Os Últimos Serão os Primeiros”

FOTO DA FILMAGEM: http://www.chicoxavierofilme.com.br/site/?cat=4

inflado de orgulho:

“Menina, penteia o cabelo, joga as tranças prá cacunda.

Queira Deus que não te leve, de domingo prá segunda”.

Quando Jorge terminava, o riso era geral. Ele também sorria.

Um sorriso solto e alegre, mas ainda assim doído, pois a

parte inferior de seus grossos lábios se dilatava, fazendo

sangrar a ferida. Aí ele se aproximava do Chico, que lhe

dava uma pequena ajuda em dinheiro. Em todos aqueles

anos, nunca consegui ver quanto era. Depois, colocava o

dinheiro dentro de uma capanga, onde já havia guardado

as pipocas, os doces, dando um nó na alça de pano. Para se

despedir, ele não se abraçava ao Chico, ele se jogava todo

por inteiro em cima do Chico. Falava quase dentro do nariz

do Chico e eu nunca o vi ter aquele recuo instintivo como

eu tivera todas as vezes. Beijava a mão do Chico, que beijava

a mão e a face dele, ao que ele retribuía, beijando os dois

lados da face do Chico, onde ficavam manchas de sangue

deixadas pela ferida aberta em seus lábios.

Nunca vi o Chico se limpar na presença dele, nem depois

que ele se tivesse ido. Eu, que muitas vezes, ao chegar à

casa dele, molhava um pano e limpava o que passamos a

chamar carinhosamente de “o beijo do Jorge”. Não saberia

dizer quantas vezes pensei em levar um presente ao Jorge.

Uma camisa ...um par de sapatos ... uma blusa. Infelizmente,

fui adiando e o tempo passando.

Acabei por não lhe levar nada. Lembro-me disso com

tristeza e as palavras do Apóstolo Paulo se fazem mais fortes

nos recessos de minha alma:

“Façamos o Bem, enquanto temos tempo”. Enquanto temos

tempo. De repente, fica tarde demais. O Jorge desencarnou.

Desencarnou numa madrugada fria. Completamente só em

seu quarto. Esquecido do mundo, esquecido de todos, mas

não de Deus. Contou-me o Chico que foi este nosso irmão

de pele escura, cabelos enrolados, ferida nos lábios, pés

rachados, mau cheiro, mau hálito que, ao desencarnar,

Nosso Senhor Jesus Cristo veio pessoalmente buscar. Entrou

naquele quarto de terra batida, retirou o Jorge do corpo

magro e sofrido, envolto em trapos imundos, aconchegou-

o de encontro ao peito e voou com ele para o espaço, como

se carregasse o mais querido de seus filhos.

“ESTAREI CONVOSCO ATÉ O FIM DOS SÉCULOS”

“NÃO VOS DEIXAREI ÓRFÃOS”

Ele não faria uma promessa que não pudesse cumprir.”

Revista Espírita Mensal – Ano XXIV nº288 Outubro 2000

Retirado do livro “CHICO, DE FRANCISCO” de Adelino Silveira

Página 05

Notícia do Movimento Espírita (também disponível no blog)

INFORMAÇÕES SOBRE CHICO XAVIER O FILME

Dia 02 de abril de 2010, uma sexta-feira, irá estreiar em circuitonacional um filme de Daniel Filho, Chico XAVIER - O FILME.Site Oficial do Filme: www.chicoxavierofilme.com.br

Exatamente no dia em que se comemora o centenário de ChicoXavier, uma vez que em sua última reencarnação ele nasceuem 02 de abril de 1910. Abaixo o emocionante trailer, queprova que o FILME promete!http://www.youtube.com/watch?v=NnW_YfBVEg0&feature

Sugestão: Para aqueles que possuem orkut, adicionem o vídeodo trailer em seus vídeos favoritos, contribuindo com suadivulgação.

Sugiro também que encaminhem este e-mail para seuscontatos, para que o maior número possível de pessoas possamsaber da estréia deste filme que sem dúvidas será um marcona DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÌRITA.

O filme tem tudo para ser um grande sucesso, alcançar recordesde bilheteria e isso fará com que o nome de Chico Xavier sejamuito comentado na imprensa e consequentemente da nossaquerida e formosa Doutrina Espírita, uma divulgação em largaescala, como nos pedia o preclaro Codificador. Muitas pessoaspassarão a conhecer o Espiritismo através da repercução destefilme. Sem dizer que é uma ótima oportunidade para levarmosao cinema amigos e parentes que não conhecem o Espiritismo.Por enquanto, apenas divulguemos!!! Vamos preparar o terreno,espalhar esta informação aos nossos amigos espíritas e simpatizantes,e mesmo os não espíritas, e aí sim, no dia 02 de abril em diante,vamos lotar as salas de cinema na certeza de que

estaremos contribuindo com a maior divulgação de TODOS OSTEMPOS do Espiritismo.

Por enquanto amigo, se você repassar este e-mail, já estarácontribuindo muito. Forte Abraço a todos e Muita Paz.

Bruno RodriguesCarapicuíba - SPUma última informação:O filme possui grande ELENCO, entreeles:

NELSON XAVIER

ÂNGELO ANTÔNIOMATHEUS COSTATONY RAMOSCHRISTIANE TORLONI

GIULIA GAMLETÍCIA SABATELLAPEDRO PAULO RANGEL

GIOVANNA ANTONELLIPAULO GOULARTCÁSSIA KISS

ROSI CAMPOSANA ROSA

(Colaboração por email de Bruno Rodrigues)

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INICIO DA CAMINHADA NA PRAÇA CHICO XAVIER

Centenário De Chico Xavier é IniciadoEm Pedro Leopoldo, MG

Dentro do programa do “Projeto Centenário de Chico Xavier”, coordenado pela Federação EspíritaBrasileira, as comemorações dessa efeméride foram abertas na terra natal do médium, em Pedro Leopoldo(MG). Na manhã do dia 1º. de janeiro, a Banda da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, fez umaapresentação de alvorada, desfilando por algumas ruas da cidade, a partir da Praça Chico Xavier. Nomesmo dia, à noite houve a abertura das comemorações no Centro Espírita Luiz Gonzaga (fundado pelomédium), numa promoção conjunta da Federação Espírita Brasileira e da União Espírita Mineira, tendona coordenação da mesa a dirigente do Centro-sede Célia Diniz Rodrigues, saudações pelo presidenteda UEM Marival Veloso de Matos, e a palestra foi proferida pelo presidente da FEB Nestor João Masotti.A prece de abertura foi feita por Juselma Maria Coelho (de Belo Horizonte) e a de encerramento, commanifestações de gratidão, por Jaques Albano da Costa (diretor do Centro-sede entre 1971 e 1988).Houve também apresentação de grupo musical da UEM. Compuseram a mesa o vice-presidente da FEBAltivo Ferreira, os diretores da FEB Antonio Cesar Perri de Carvalho e João Pinto Rabelo, o presidente daFundação Cultural Chico Xavier, Wagner Gomes da Paixão, os presidentes das Alianças Municipais Espíritasdas cidades de Pedro Leopoldo e de Uberaba. Durante o evento, Wagner Gomes da Paixão psicografouas mensagens “Mediunidade Sublimada”, de Irmão X, e “Sob a Tutela de Ismael”, de Manoel Quintão, asquais foram lidas. Na manhã do dia 2 houve uma caminhada, coordenada pelo presidente da AME dePedro Leopoldo John Harley Marques, saindo da Praça Chico Xavier e visitando a Casa de Chico Xavier(onde residiu entre 1948 e 1958, e agora um museu), o Centro Espírita Luiz Gonzaga, o Centro EspíritaMeimei (também fundado por Chico Xavier). Neste local estava montada uma mostra de fotos sobre o

médium, houve saudação pelo dirigente Eugênio Eustáquio dos Santos e sobre a Campanha publicitária doCentenário e do 3º. Congresso Espírita Brasileira, feita por Ricardo Mesquita, assessor da FEB. Na noite do dia2, às 18 horas houve o comparecimento dos visitantes à reunião que habitualmente se realiza na Casa de ChicoXavier, e, às 20 horas ocorreu um sarau musical no Lar Espírita Chiquinho Carvalho, local que Chico Xavier,muitas vezes comparecia para a passagem de ano. Em vários locais compareceram sobrinhos do homenageadoe, neste último, esteve presente sua irmã Cidália Xavier de Carvalho. Informações sobre o Centenário de ChicoXavier e o 3º. Congresso Espírita Brasileiro: www.febnet.org.br; www.100anoschicoxavier.com.br

MESA DOS TRABALHOS NO C.E. LUIZ GONZAGA

AGRADECIMENTO E PRECE POR JAQUES ALBANO DA COSTA

A CAMINHADA CHEGA NA

CASA DE CHICO XAVIER

CAMINHADA CHEGA AO C.E. LUIZ GONZAGA

CAMINHADA VISITA O G.E. MEIMEI

CULTO NO LAR NA CASA DE CHICO XAVIER

SARAU LAR CHIQUINHO CARVALHO GRUPO

SERESTA

D. CIDÁLIA XAVIER CARVALHO (IRMÃ DE CHICO

XAVIER), NO SARAU

DATA TEMA FONTE ORADOR

05/02 AMAI OS VOSSOS INIMIGOS ESE CAP. XII CARMEM EMILIA RUAS ESGALHA

12/02 NÃO SAIBA A VOSSA MÃO

ESQUERDA O QUE DÊ A ESE CAP. XIII OFÉLIA GUILHERME CANDIL

VOSSA MÃO DIREITA

19/02 PALESTRA “POR QUE LIVRO EM LANÇAMENTO

ADOECEMOS?”

26/02 HONRAI A VOSSO PAI ESE CAP XIV LEILA GUERREIRO ROCHA

E A VOSSA MÃE

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Palestras Aliança Espírita Varas da VideiraFevereiro de 2010

Palestras Casa da CaridadeFevereiro de 2010

PALESTRAS VARAS DA

VIDEIRA

HORÁRIO: 20 HORAS

ENDEREÇO: RUA BER-

NARDINO DE CAMPOS,

363, ARAÇATUBA-SP

ENTRADA FRANCA

DATA TEMA FONTE ORADOR

020/02 BEM-AVENTURADOS OS ESE CAP. VIII MARIA DA GRAÇA GALETTIQUE TÊM PURO O CORAÇÃO

SEQÜÊNCIA O LIVRO DOS ESPÍRITOS ISMÊNIA GASPARINI

09/02 BEM-AVENTURADOS OSQUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS ESE CAP. IX LEILA GUERREIRO ROCHA

SEQÜÊNCIA O LIVRO DOS ESPÍRITOS ISMÊNIA GASPARINI

16/02 BEM-AVENTURADOS OS QUE ESE CAP. X JOSÉ SYLVIO NOBRE ÓDENASÃO MISERICORDIOSOS

SEQÜÊNCIA O LIVRO DOS ESPÍRITOS ISMÊNIA GASPARINI

23/02 AMAI O PRÓXIMO COMO A ESE CAP. XI IVANA NOBRE MÓDENA SI MESMO

SEQÜÊNCIA O LIVRO DOS ESPÍRITOS ISMÊNIA GASPARINI

PALESTRAS CASA DACARIDADE

HORÁRIO: 20 HORAS

ENDEREÇO: RUA PÉRICLESPIMENTEL SALGADO, 1010,

BAIRRO UMUARAMAARAÇATUBA-SP

ENTRADA FRANCA

ESE- O EVANGELHOSEGUNDO O ESPIRITISMO

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Nossos medos - causas e terapêuticaOsmar Marthi Filho - Fonte Revista Internacional Espiritismo Ed. Fev/2009

http://www.oclarim.com.br/index.php?id=7&tp_not=2&cod=763

Vive-se hoje “a era da ansiedade”,

afirma o psicólogo Rollo May1.

Estamos sempre empenhados em

realizar algo urgente. Parece até que

os dias estão mais curtos para

realizarmos tudo que precisamos fazer.

Mas por que corremos tanto? E o que

essa busca desenfreada pode nos

causar?

Afirma Dr. Emilio Mira y Lopes2 que

“O medo é a mais primária das

emoções humanas.”

“Herança atávica do homem primitivo, sua primeira

emoção foi de medo, diante do caos que não

entendia”, afirma nosso querido amigo Divaldo

Pereira Franco 3. É nossa defesa frente aos perigos,

portanto, normal, mas pode tornar-se patológico,

transformando-se em fobias, associado à

ansiedade, que podemos traduzir pela “ânsia por

solução, ânsia por respostas”4 , às vezes de forma

imediata e que pode nos levar a um quadro de

ansiedade exagerada. Podemos entender a

ansiedade normal como representativa de “um

estado de alerta, como o aviso de um perigo

iminente”5, portanto necessária à nossa

sobrevivência física. Afirma Rollo May que “a

presença da ansiedade significa vitalidade.”1, mas

a ansiedade exagerada, patológica se traduz por

uma “reação desproporcional ao perigo objetivo”5,

isto é, nosso psiquismo passa a aumentar de forma

exagerada e descontrolada nosso grau de

ansiedade, podendo levar a um quadro de

transtornos, como o “Transtorno do Pânico” e o

“Transtorno Obsessivo-Compulsivo” (TOC), dentre

outros.

Mas, afinal, do que temos medo? E por que temos

esses medos?

Segundo a mentora espiritual Joanna de Ângelis,

através do médium e tribuno Divaldo Franco,

“sentimos medo da morte, da velhice (proximidade

da morte), de adoecer (e em consequência, de

morrer), da pobreza, da morte de entes queridos e

da crítica alheia”3. Tais medos seriam um

sentimento de proteção e de preservação da vida

física e emocional. Podemos então estender esses

nossos medos: medo de ser assaltado, medo de

animais, medo de lugares fechados, medo de errar,

medo de amar etc.

Esses medos em alguns pacientes tornam-se

incontroláveis, desproporcionais à ameaça (fobia).

O indivíduo sente medo sem ter sequer um motivo

concreto, que toma conta de sua mente, causando-

lhe imenso pavor e insegurança. Como espíritos que

somos, precisamos fazer algumas reflexões: Afinal

o que é o mal para nós, o que é o bem, o que é o

sofrimento?

Mal, no fundo, configura-se como uma atitude

nossa prejudicial a outrem e a nós mesmos; não o

mal que recebemos, pois que este, no fundo, é um

bem, já que sabemos, pelas Leis Divinas, que só

recebemos, aquilo de que precisamos, ou

merecemos; portanto se algo de “mal” nos

acontece, isto tornar-se-á um bem, se soubermos

aproveitar as lições que esse “mal” nos traz,

suportando-o com humildade, coragem e fé. Diante

deste raciocínio o que devemos temer? Na verdade,

a nós mesmos, às nossas próprias atitudes, pois

serão elas que irão determinar em nosso futuro as

dificuldades que teremos que enfrentar como forma

de ressarcimento dessas atitudes equivocadas.

Não podemos alimentar culpas por termos errado,

pois somos alunos numa escola, como espíritos

reencarnados na Terra, e como tais, sujeitos ao erro.

A venerável mentora espiritual Joanna de Ângelis

nos afirma que “não somos culpados, somos

responsáveis, pelos bons momentos da vida e pelas

ocorrências negativas, devendo repará-las através

de nossa recuperação moral.”3

Libertemo-nos, pois, da culpa, assumindo a

maturidade moral de nos comprometer com a

correção do erro praticado, mediante a mudança

de nossa conduta, voltando-nos ao bem do próximo

e da coletividade.

Podemos entender como causas de nossos medos,

primeiramente, desta existência:

“Experiências traumáticas na infância ou

adolescência, atitudes educacionais no lar,

relacionamentos familiares agressivos”7, dentre

outros. E como causas anteriores do medo, ou seja,

de outras existências, “ a herança da culpa no

inconsciente.”8

Afirma Divaldo P. Franco: “o medo é um grito de

nosso inconsciente pedindo terapia para nos

libertarmos de nossos conflitos mediante a Terapia

do Amor, aplicada ao Bem.”3

Há ainda um fator fundamental na análise de nossos

medos, que são as influências espirituais. Vivemos

imersos num oceano de vibrações, das mentes de

encarnados e de desencarnados e, por sintonia

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vibrações, podendo então receber e impor tais

influências, conforme nossa vontade.

Podemos considerar as influências espirituais

inferiores como geradores ou agravantes dos

sintomas acima descritos. Tais influências ocorrem

através de “clichês” mentais (indução telepática)

por sintonia vibratória, com “ressonância no

inconsciente profundo, onde estão armazenadas as

experiências reencarnatórias”9, ou seja, os

“agentes” desencarnados, que na verdade são

irmãos nossos em humanidade, aos quais devemos

respeito e caridade, que atuam em nossa mente,

quando nossos pensamentos entram na mesma

faixa vibratória dos deles, atingindo nossas

experiências malogradas do pretérito, fazendo com

que estas ressoem em nosso ser. O Dr. Sérgio Felipe

de Oliveira afirma que “fobias, pânicos, são convites

para o trabalho interior, a busca de horizontes, de

escolhas, são pedras, degraus

para você se tornar melhor

pessoa do que você é hoje”4, ou

seja, estamos, pela misericórdia

Divina, tendo a oportunidade de

trabalhar nossos sentimentos

em desalinho, tendo contato

com eles e transformando-os,

através de diversas terapias,

dentre elas, as que propomos a

seguir:.

Permitir-se errar, em vista de seu estágio evolutivo,

com o compromisso de corrigir-se, quando

necessário (auto-perdão); racionalizar o medo,

percebendo o paciente que há mais de imaginação

do que de ameaça real; enfrentamento gradual de

seus medos; psicoterapia; medicação, quando

necessária, com acompanhamento médico

especializado pois “as alterações químicas do

cérebro com fobias e pânicos representativas dos

distúrbios mentais, como depressão, medo e

ansiedade, na formação fetal são reflexos/projeções

dos medos e fobias do espírito reencarnado, ou seja,

o espírito com insegurança vai formar um cérebro

construído com insegurança.”4

Associada às terapias acima mencionadas,

sabemos da eficácia da terapêutica espírita, qual

seja: transformação moral do paciente; orientação

ao agente desencarnado; prece por si mesmo e

pelos agentes desencarnados; passe; água

fluidificada; melhoraria da autoestima, lembrando-

se de que somos filhos amados de Deus e esses

enfrentamentos do medo, da ansiedade e suas

decorrências são sublimes oportunidades para

alavancarmos nosso potencial divino; cultivo de

bons pensamentos, boas

leituras; ação dignificadora e

beneficente na caridade; Fé,

confiança inabalável em Deus,

Jesus e seus mensageiros sub-

limes, lembrando-nos das

vigorosas palavras do Mestre:

“No mundo, tereis aflições, mas

tende bom ânimo, eu venci o

mundo.” (João, 16:33)

Bibliografia:

1 – O Significado de Ansiedade, in SCHUBERT, Sueli

Caldas. Transtornos Mentais, uma leitura espírita,

Cap. 3, 2ª Ed., Araguari/MG, dezembro/

2001, Minas Editora.

2 – LOPEZ, Mira Y – Os Quatro Gigantes

da Alma – J.O Ed. – 13ª ed. – 1988 in

SCHUBERT, Sueli Caldas. Transtornos

Mentais, uma leitura espírita, Cap.3, 2ª

Ed., Araguari/MG, dezembro/2001,

Minas Editora.

3 – DVD – Workshop com Divaldo Franco

– Conflitos Existenciais, realizado em 09

de outubro de 2005, Fiesta Bahia Hotel

– Salvador/BA, LEAL Editora.

4 – CD – Escola de Vida – Medos e Pânicos – Série

Patologias, Vol. 3 – Dr. Sérgio Felipe de Oliveira –

palestra realizada em 25/08/2005 – Projeto

UniEspírito.

5 – SCHUBERT, Sueli Caldas. Transtornos Mentais,

uma leitura espírita, Cap. 3, 2ª Ed., Araguari/MG,

dezembro/2001, Minas Editora.

6 – Compêndio de Psiquiatria – Harold I. Kaplan e

Benjamin J.Sadock, 6ª ed. In SCHUBERT, Sueli Caldas.

Transtornos Mentais, uma leitura espírita, Cap. 3,

2ª Ed., Araguari/MG, dezembro/2001, Minas Editora.

7 – FRANCO, Divaldo Pereira/Joanna de Ângelis

(espírito) – Conflitos Existenciais – 1ª Ed. Salvador/

BA, 2005, LEAL Editora, pág.51.

8 – Idem, pág. 49.

9 – FRANCO, Divaldo Pereira/Joanna de Ângelis

(espírito) – Autodescobrimento, Uma busca interior

– 12ª ed., Salvador/BA, 2003, LEAL Editora, pág. 119.

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