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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CECOP 2 ALIANE SOUZA SANTOS DE ARAUJO O USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA E SEU POTENCIAL NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM Cruz das Almas 2015

ALIANE SOUZA SANTOS DE ARAUJOcoordenacaoescolagestores.mec.gov.br/ufba/file.php/1/Midiateca... · professores utilizam recursos digitais como o datashow em sala de aula ... de Gestão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA

EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 2

ALIANE SOUZA SANTOS DE ARAUJO

O USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA E SEU POTENCIAL

NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM

Cruz das Almas

2015

2

ALIANE SOUZA SANTOS DE ARAUJO

O USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA E SEU POTENCIAL

NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM

Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional

Escola de Gestores da Educação Básica Pública,

Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia,

como requisito para a obtenção do grau de Especialista

em Coordenação Pedagógica.

Orientador: Prof. Ms. Daniel Silva Pinheiro

Cruz das Almas

2015

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ALIANE SOUZA SANTOS DE ARAUJO

O USO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA E SEU POTENCIAL

NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM

Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em

Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de

Educação, Universidade Federal da Bahia.

Aprovado em 2015.

Banca Examinadora

Primeiro Avaliador.____________________________________________________

Segundo Avaliador. ___________________________________________________

Terceiro Avaliador. ____________________________________________________

4

AGRADECIMENTOS

A Deus, por me permitir mais esta conquista.

A meus familiares, pelo apoio neste momento. A todos, meu muito obrigado. Em

especial minha sobrinha Fernanda.

A meu orientador, Daniel Silva Pinheiro, pela paciência e competência ao me auxiliar

nesta jornada.

À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Escola de Gestores, por levarem a

cabo esta iniciativa que beneficia tantos Coordenadores Pedagógicos como eu.

Ao prefeito Clovis Penine e à Secretaria de Educação Virgilina Maria pela adesão ao

programa e por dar subsidio para dar continuidade do curso.

Às minhas colegas Aline Nery, Iranildes e Valdenice que com toda paciência

contribuiu com o meu desenvolvimento, sempre tirando minhas dúvidas e caminhando juntas.

Ao Polo de Cruz das Almas, em especial à tutora Maria que sempre esteve presente

com muita dedicação.

A Evancleide Barreto, diretora da escola Olavo de Souza Barreto a professora

Gledelene Menezes e a todos os funcionários pelo acolhimento e disponibilização do espaço

para realização do meu Projeto Vivencial.

Ao meu esposo Jocivaldo, mesmo com todas as reclamações, me apoiou na realização

desse trabalho.

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Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o

caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs

caminhar.

Paulo Freire

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ARAUJO, Aliane Souza Santos. O uso do laboratório de informática e seu potencial no

processo de ensino/aprendizagem. Projeto Vivencial Especialização em Coordenação

Pedagógica – Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade

Federal da Bahia, Cruz das Almas, 2015.

RESUMO

O presente Projeto Vivencial busca analisar o uso do laboratório de informática e seu

potencial no processo de ensino/aprendizagem acreditando que a tecnologia, de modo geral,

poderá contribuir para a aquisição de conhecimento, especialmente por fazer parte da vida

diária dos educandos, trazendo benefícios para o seu desenvolvimento educacional. A partir

das observações realizadas na Escola Olavo de Souza Barreto, percebe-se que há uma sala de

informática equipada, que não vem sendo utilizada na íntegra, devido à falta de mobilização

do corpo docente para propor atividades relevantes que se apropriem daquele espaço. Alguns

professores utilizam recursos digitais como o datashow em sala de aula de forma a interagir

com os alunos nas propostas didáticas, oferecendo-lhes situações para que as novas

tecnologias de comunicação e informação façam parte do seu cotidiano escolar. Com a

finalidade de discutir sobre a utilização do laboratório como espaço de estudo, essa pesquisa

sugere a realização de oficinas de experimentação de programas de computador por

professores e alunos a serem realizadas neste laboratório a fim de promover a melhoria na

aprendizagem dos educandos.

Palavras-chave: Laboratório de informática. Ensino/aprendizagem. Tecnologias digitais.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

TIC Tecnologias da Informação e Comunicação

PI Proposta de Intervenção

PROGESTÃO Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares

FSC Faculdade de Santa Cruz da Bahia

EJA Educação de Jovens e Adultos

DVD Digital Versatile Disc (significa: Disco Digital Versátil)

SGI Programa Sistema de Gestão Integrado

PNAIC Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

PC Computador Pessoal

PROINFO Programa Nacional de Tecnologia Educacional

MEC Ministério da Educação

SEC Secretaria

Port. Portaria

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................

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2 MEMORIAL ........................................................................................................................

11

3 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO.....

3.1 COMPUTADORES NA SOCIEDADE......................................................................

3.2 COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO .....................................................................

3.3 COMPUTADORES EXISTENTES NA UNIDADE ESCOLAR..............................

3.4 FORMAÇÃO DE PROFESSORES E TIC ................................................................

17

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19

20

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4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: A CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA NO

DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL........................................................................

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA................................................................................

4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA.............................................................

4.3 OBJETIVO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO..................................................

4.4 METODOLOGIA.......................................................................................................

4.5 CRONOGRAMA........................................................................................................

4.6 RESULTADOS ESPERADOS....................................................................................

25

23

24

24

25

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CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................

31

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................

32

9

1 INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios na minha jornada acadêmica foi em relação às tecnologias,

pois enfrentei muita dificuldade no meu desenvolvimento quando da realização de seminários

e trabalhos digitais. Essas dificuldades não me desanimaram, assim, ao iniciar um curso de

especialização em gestão educacional me deparei com as tecnologias e dessa vez fui em busca

de aprender como utilizá-las. Foram experiências maravilhosas tanto na minha vida

profissional quanto pessoal. Hoje eu incentivo meus colegas, professores e principalmente os

alunos a se envolverem nesse “mundo tecnológico” de forma a contribuir no processo de

ensino aprendizagem. Pois a presença da tecnologia no nosso cotidiano esta cada vez mais

presente.

A maioria dos professores pertence a uma geração que não nasceu com a

informática, se surpreendeu com o seu surgimento e ainda se assusta (ou

pelo menos se incomoda) com a presença da tecnologia, a cada dia mais

forte, nas escolas. Acostumados a viver em uma cultura escrita, se torna

difícil pensar de uma forma desvinculada dela. Pensam nos efeitos da

inserção do computador na educação, que ainda está sendo desvendado e

temem por aquilo que já é de nosso domínio. A internet, a abundância de

informações disponíveis e a possibilidade de acesso a elas, a velocidade de

uma comunicação em tempo real, a aproximação de pessoas e de culturas

distantes, são coisas que, muitas vezes, por não saber como lidar com elas,

causam estranheza. (FERREIRA, 2008, p. 72)

No meu cotidiano como coordenadora percebo que, ainda hoje, no XXI, há

professores que não utilizam a informática como um meio para desenvolver atividades para os

alunos e que nem mesmo buscam realizar cursos para melhorar a sua prática pedagógica,

ficando presos exclusivamente aos livros didáticos. Em relação aos alunos percebo o interesse

deles por atividades na escola com a utilização das Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC).

O computador, como qualquer outro recurso tecnológico usado nas escolas,

por si só não é capaz de fazer milagres. Ele é ferramenta a ser usada de

acordo com um planejamento, que norteie a prática docente, sendo

indissociável a uma metodologia de ensino. (FERREIRA, 2008, p. 73)

Enquanto Coordenadora pedagógica, pretendo orientar a instituição alvo da

implementação do Projeto Vivencial de forma que os alunos utilizem a sala de informática

juntamente com os professores para desenvolver atividades voltadas para o aprimoramento da

aprendizagem. Em parceria com a professora de uma das turmas, o software Paint será

utilizado como estratégia para incentivar os alunos ao uso do computador.

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O presente trabalho está organizado em três capítulos. No primeiro apresento um

Memorial, abordando um breve relato das minhas vivências e experiências escolares e

profissionais além de reflexões que configuraram os meus caminhos como docente e

Coordenadora Pedagógica.

O segundo capítulo tem como objetivo relatar o uso do laboratório de informática e

seu potencial no processo de ensino/aprendizagem.

No terceiro e último capítulo apresento a escola do ensino fundamental séries iniciais,

1º, 2º, e 3º ano para qual a Proposta de Intervenção (PI) foi planejada.

11

2 MEMORIAL

Aliane Souza Santos de Araujo, esse é o meu nome. Nasci na cidade de Nazaré das

Farinhas, localizada no recôncavo baiano, em oito de novembro de mil novecentos e oitenta e

um, filha de Adamy dos Santos (em memória) e Lindaura Ramos de Souza, ambos com pouca

escolaridade. Minha mãe apenas assina o seu próprio nome. Hoje, com o uso do celular, ela

vem aprendendo a ler para poder fazer uso do equipamento. Já tentamos ensiná-la a ler e

escrever, mas a mesma argumenta que não tem paciência. Mesmo sem ser alfabetizada, minha

mãe sempre me orientou a seguir o caminho dos estudos.

Moro na cidade de Muniz Ferreira, tenho um filho, Afonso Souza Figueiredo de dois

anos de idade, minha alegria, meu amor, sou muito grata ao meu Deus por ter uma família

unida, meu apoio e ajuda para cumprir minhas metas. Tenho três irmãs: Adleuza Souza dos

Santos, Suely Souza dos Santos, Sirlene Souza dos Santos e um irmão Admilson Souza dos

Santos. Tenho três sobrinhas que não poderia deixar de citar: Hana Gabriela, Fernanda e

Gheovana, tenho um relacionamento estável com Jocivaldo Figueiredo dos Santos.

A minha trajetória escolar iniciou-se em uma escola pública no povoado chamado

Viriato Bittencourt, conhecido popularmente por Sodoma, lugar onde morei desde os

primeiros dias de vida até os 21 anos de idade. A minha mãe sempre demonstrava grande

interesse pelos estudos para seus filhos. Ainda sem ter idade para iniciar os estudos, eu

comecei minha vida estudantil aos três anos de idade, como visitante, pois a minha mãe era

amiga da professora Nilza Nunes Borges, sendo assim, ela foi a minha primeira professora, as

aulas eram dadas em uma casa, anexo da Escola Amado Guedes Vieira, onde estudei apenas 1

ano. Logo depois dei continuidade aos meus estudos e concluí as séries iniciais do ensino

fundamental na Escola Amado Guedes Vieira.

Em 1993 iniciei a 5ª série do ensino fundamental no Colégio Dalmácio Brito de

Souza, sendo que a Professora Dilza Barreto estava na direção nesse período. Foi uma

experiência maravilhosa, eu estava entrando em um mundo totalmente estranho, começando

pelo ambiente, da Zona rural para a Zona Urbana, pessoas diferentes, vários professores,

culturas diferentes, enfim demorei para me adaptar, mas com o apoio e incentivo da minha

família continuei os estudos e, após sete anos, concluí o ensino médio na mesma instituição.

Outro ponto de grande relevância foi o estágio do curso de Magistério, realizei em dupla com

meu colega Eliseu Ferreira, na mesma escola que iniciei meus estudos na educação Infantil.

No dia 20 de dezembro de 2000 concluí o curso de magistério. Foi um momento de muita

12

alegria para minha família, sendo que entre os cinco filhos, três mais velhos, eu fui a primeira

filha a se formar. Colei grau e realizei um momento de confraternização com a minha família

e amigos.

2.1 VIDA ACADÊMICA

Em dois mil e dois, dois anos após a conclusão do magistério, fiz um curso básico de

Informática na cidade de Santo Antônio de Jesus, próxima à Muniz Ferreira. Com o incentivo

de minha família ingressei na FACE (Faculdade de Ciências Educacionais) no Curso de

Pedagogia no período de 2007.2 a 2011.1, foi um tempo de bastante aprendizado em interação

com diversas pessoas de vários municípios. Eu era muito tímida e apresentava dificuldade em

realizar algumas atividades sugeridas pelos professores. Nesse período, os meios tecnológicos

se constituíam como um entrave na minha vida de estudante, pois, mesmo com curso de

informática, não tinha um computador e sempre dependia de outra pessoa para digitar os

trabalhos, fazer slide, gravar cd/dvd e pen drive. Essas dificuldades converteram-se em as

aprendizagens adquiridas na graduação que somaram no desenvolvimento do meu trabalho

como educadora na Escola Olavo de Souza Barreto, onde também realizei meu estágio

supervisionando na turma da 2ª série. Concluí o curso de Pedagogia no dia 27 de agosto de

2011.

Ao apresentar um bom trabalho na Escola Olavo de Souza Barreto, a diretora

Evancleide Barreto me convidou para participar de um Programa de Sistema de Gestão

Integrado (SGI), pertencente à Fundação Pitágoras, de Belo Horizonte, mais uma

oportunidade de aperfeiçoamento do trabalho docente em que desenvolvi os processos, times

de metas, projetos e ações no curso, pois as finalidades trazidas pela proposta do SGI eram

excelentes. Ao participar das formações e aplicar esses recursos com os professores e alunos

também aprendi a utilizar alguns equipamentos tecnológicos. Após três anos de estudos,

elaboramos o trabalho de conclusão de curso TCC/PV, em dupla, com todas as atividades

desenvolvidas na escola durante o período de estudos. Por ser graduada, recebi o certificado

em Pós-Graduação em Gestão Escolar, pela Faculdade Pitágoras de Belo Horizonte

Em 2012 participei como cursista do Programa de Capacitação para Gestores

Escolares, (Progestão), oferecido pelo Governo do Estado da Bahia, tendo como Tutora a

professora Aline Nery, em que eram realizadas formações para todos os diretores e

coordenadores municipais. Após os encontros nos reuníamos na escola para dar continuidade

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a todos os ensinamentos adquiridos na formação, assim, através dessas parcerias implantadas

na escola conseguimos organizar a instituição de forma a manter as documentações

organizadas,

Após o período de formação, recebemos a proposta de prosseguir com curso Progestão

em uma pós-graduação Lato Sensu em Gestão Escolar. A proposta foi aceita pelo grupo e em

setembro de dois mil e doze, concluí a pós-graduação em Gestão Escolar pela Faculdade de

Santa Cruz da Bahia (FSC).

Todos esses cursos contribuíram para o aperfeiçoamento profissional, pois hoje estou

apta a exercer a função de gestora escolar de acordo com os conhecimentos adquiridos ao

longo desses anos de formação. Saliento a importância da continuidade dos estudos, pois a

cada conclusão de um projeto vivencial o profissional da educação tem a oportunidade de

evoluir significativamente em sua prática docente.

2. 2 VIDA PROFISSIONAL

Em 2001 fui convocada pela Secretária de Educação Jamile Perez para lecionar em

uma turma da EJA (Educação de Jovens e Adultos), em uma localidade distante da minha

casa, aceitei e fui compartilhar com os alunos a realização de um sonho aprender a ler e

escrever. Foi um ano de trocas de aprendizagem, tanto eu ensinava como aprendia com os

alunos. Em 2002 fui aprovada no Concurso Público para Professor, desde então continuei a

lecionar nessa mesma turma na Escola Bom Jesus, localizada na Zona Rural de Muniz

Ferreira, hoje essa instituição mudou o nome para Professora Expedita Vilas Boas Sales.

Em 2003, fui transferida para a Escola Municipalizada Taitinga, por ser mais próximo

da Cidade de Santo Antônio, pois em fevereiro desse ano me casei e fui morar nessa cidade.

Realizei meu trabalho como professora nessa escola na turma multisseriada (3ª, 4ª e 5ª série)

durante três anos. Foram momentos de grandes desafios, pois trabalhar com três séries na

mesma sala é muito complicado, mas me adaptei e consegui realizar um bom trabalho

Em virtude de problemas familiares, em 2006 fui transferida para a uma localidade

chamada Sodoma, na Escola Amado Guedes Vieira, escola que estudei e realizei o estágio do

curso de Magistério, para lecionar na 3ª série. Foi gratificante retornar a essa escola, pois vivi

momentos de grandes alegria e descobertas enquanto estudante e estagiária desta instituição

pude reviver esses momentos magníficos enquanto professora, apesar de me deparar também

com conflitos relacionados à indisciplina de alunos. Os alunos apresentavam resistência em

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respeitar as regras do grupo, tais como cumprir seus deveres, horários de entrada e saída da

sala de aula, realizar as atividades em casa e de classe, entre outros. Os pais não tinham um

participação efetiva na vida escolar de seus filhos o que complicava o quadro de indisciplina.

Em 2007 retornei para a Escola Professora Expedita Vilas Boas Sales, a primeira

escola que trabalhei, e foi uma alegria rever meus antigos alunos e eles também ficaram muito

felizes. Realizei um ótimo trabalho, pois os alunos eram dedicados e os pais presentes. Nesse

período eu estava participando do curso Pró Letramento de Matemática, com isso desenvolvi

alguns projetos relacionados com cálculos, situações problemas, feirinha. Com esses

projetos os alunos desenvolviam o raciocínio lógico, interpretação, compra e venda dentre

outros fatores envolvendo a matemática. Como culminância, foi realizada uma oficina

utilizando todos os jogos criados pela turma e uma feirinha de frutas. Com o registro

fotográfico das atividades realizadas, confeccionei um DVD e apresentei no seminário final

do curso.

Em nosso município nesse período sempre havia transferências de funcionários devido

a questão politica. No meu caso foi devido à comodidade, pois fui morar em outa cidade, com

essas mudanças consequentemente mudava de escola. Essas mudanças não me prejudicaram

profissionalmente. Iniciei em 2009 na Escola Olavo de Souza Barreto, Zona Urbana de

Muniz Ferreira mais uma etapa como professora. Ao chegar nessa escola fui bem recebida

pela Diretora e funcionários. Em 2010 a escola recebeu a proposta de implantar o Programa

Sistema de Gestão Integrado (SGI). Para implantar esse programa na escola era preciso de

uma equipe de liderança composta por Diretor e Coordenador, como a escola não tinha

coordenador a diretora me convidou para fazer parte da equipe. Foram três anos de

implantação, com esse programa fui cada vez me aperfeiçoando ao uso das TICs.

Dando continuidade com outro Programa excelente cito o PNAIC (Pacto Nacional

pela Alfabetização na Idade Certa), as diretrizes educacionais desse Programa nos

proporcionaram momentos de grandes aprendizagens, tanto nas formações quanto em sala de

aula. As formações eram realizadas uma vez ao mês no sábado em que elaborávamos planos

de aulas para serem aplicados em sala. Das atividades realizadas em sala de aula, eu escolhia

uma e criava um slide para a rede de experiências na formação seguinte.

Em 2014 a Secretária de Educação Virgilina Maria Pinto Alves me convidou para

trabalhar na Secretaria de Educação, a fim de assumir a coordenação de um polo com 3

escolas, juntamente com as coordenadoras Aline Nery e Iranildes e assim passamos a realizar

os encontros de planejamento com todos os professores da rede, nos sábados letivos. Em 2015

a colega Ana Rafaela integrou a nossa equipe para dar continuidade aos trabalhos da

15

coordenação. Apesar de poucas coordenadoras, fazemos o nosso melhor para a educação dos

nossos alunos.

Em 2015 mais um desafio na minha jornada de trabalho, fui convocada a coordenar o

PACTO (4º e 5º ano), cada vez venho adquirindo novos conhecimentos. Através desse

Programa que o município aderiu para coordenadores, são realizadas a cada dois meses três

dias de formações com Coordenadores Pedagógicos Multiplicadores (CPM) de 21 municípios

vizinhos. Participo desses encontros e ao chegar a meu município realizo dois dias de

formações com os Coordenadores Pedagógicos. O objetivo desses estudos é capacitar os

Coordenadores para seguir as Diretrizes do PACTO, consequentemente será refletido nos

aluno que é principal protagonista nessa historia.

2.3 EXPECTATIVAS

Ao escrever esse memorial pude relembrar de momentos marcantes em minha vida em

que aprendi e ensinei. Espero prosseguir na coordenação escolar para assim continuar

desenvolvendo as aprendizagens adquiridas no curso do CECOP 3 (Curso de Pós-Graduação

Lato Sensu em Coordenação Pedagógica), com esse curso acredito que irei realizar um

excelente trabalho junto ao meu grupo.

Pretendo dar continuidade aos estudos através dos cursos disponibilizados pelo

Programa do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), assim ao final de

seis módulos, irei dar continuidade pela Faculdade de Santa Cruz da Bahia (FSC) à Pós-

graduação em Políticas Públicas.

16

3 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO

Os processos comunicativos e interativos estão cada vez mais integrados às

experiências de ensino e aprendizagem desenvolvidas nos diversos ambientes. Percebemos

que as novas tecnologias influenciam fortemente as relações de mediação pedagógica do

professor, a aprendizagem dos alunos e a interação interpessoal nos espaços da escola. O

computador, que antes era um simples acessório para o trabalho e às vezes para o lazer, em

muitas escolas, passou a fazer parte das práticas educativas, sendo um recurso importante e

necessário na aprendizagem dos alunos e na prática cotidiana dos professores.

A partir desse advento das novas tecnologias, a educação vem mudando e ganhando

novos aspectos. Hoje é comum encontrarmos cursos em modalidades EAD (ensino a

distância), aproximando as pessoas do conhecimento. Contudo, o indivíduo precisa

acompanhar essas mudanças, adequando seu perfil a essas novas competências,

principalmente nas intervenções pedagógicas promovidas com a inserção da internet e dos

recursos disponibilizados pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Pensando sobre o uso das TIC na educação, notamos que elas podem favorecer a

aprendizagem dos educandos, como apresenta Almeida (2005)

No universo de informações, os alunos deverão ser iniciados também na

utilização da tecnologia para resolver problemas concretos que ocorrem no

cotidiano de suas vidas. A aprendizagem precisa ser significativa,

desafiadora, problematizadora e instigante, a ponto de mobilizar o aluno e o

grupo a buscar soluções possíveis para serem discutidas e concretizadas à luz

de referenciais teóricos e práticos. (Almeida, 2005, p.75)

Nessa perspectiva de mudanças, enfrentamos também o despreparo dos professores,

que nem sempre tem habilidades para mediar aplicação das TIC e incorporá-las em suas

práticas pedagógicas cotidianas. Além desse fator, também nos deparamos com a falta de

equipamentos nas escolas, ausência de acesso à internet e laboratórios ociosos, ou seja, sem

funcionamento. Para que a educação trabalhe tendo a tecnologia como aliada é necessário

também investimentos na aquisição de materiais, na adequação das escolas e na formação

docente.

17

3.1 COMPUTADORES NA SOCIEDADE

Os costumes, as comunicações, as compras e diversos aspectos da vida social vêm

sendo modificados desde a chegada dos grandes computadores e dos Computadores Pessoais

ou simplesmente “PC”, como costumeiramente são chamados.

“O grande encontro da era oral, escrita e digital, na sociedade da informação, enseja

uma prática docente assentada na produção individual e coletiva do conhecimento.” (Lévy

apud ALMEIDA, p. 76). As tecnologias de informação e comunicação nos possibilitam dar

continuidade aos projetos desenvolvidos no ambiente escolar por meio de práticas inovadoras,

com a finalidade de desenvolver atividades criativas e diversificadas.

Ao imaginarmos hoje em dia trabalharmos sem o computador, nos deparamos com

vários entraves, todavia vem tornando-se um ponto de convergência de todas as tecnologias,

permitindo a troca de ideias com as pessoas na sociedade. Sobre esses avanços operacionais,

Junior (2007) identificou:

Observando fatos da história recente, é possível notar as mudanças no

comportamento da sociedade decorrentes do surgimento de artefatos

tecnológicos como o telefone, o rádio, a televisão, os computadores e, mais

recente a internet. Há 100 anos, ninguém imaginava que o desenvolvimento

tecnológico resultaria na emergência do chamamos de sociedade da

informação. (JUNIOR, 2007, p. 24)

No entender de Junior (2007) os conhecimentos da informática e das tecnologias de

comunicação contribuíram para evolução da sociedade. A vida social e educacional foi

visivelmente alterada com os avanços da computação, que tem papel mais do que importante

no nosso dia a dia. Os computadores deixaram de ser um simples aparelho e passaram a ser

equipamento imprescindível, que trouxe muitas melhorias, como a evolução da produção

industrial, avanços significativos nos laboratórios e na medicina, em novas formas de

pesquisar e pensar o conhecimento e os avanços nos sistemas de transportes e na comodidade

dos lares da sociedade.

18

3.2 COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO

Com os avanços da tecnologia, e para que as escolas pudessem ter acesso a

equipamentos tecnológicos, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),

criou um programa educacional cujo objetivo é promover o uso das novas tecnologias para

favorecer o trabalho pedagógico na educação básica da rede pública de ensino. Através do

programa são disponibilizados computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. A

Escola Olavo de Souza Barreto fez a adesão ao Programa Nacional de Tecnologia

Educacional (PROINFO) que é um programa educacional criado pela Portaria nº 522/MEC,

de 9 de abril de 1997. A proposta do PROINFO é levar laboratórios de informática às escolas

das zonas rural e urbana do Brasil. A partir daí as escolas foram estruturadas para receber o

laboratório de informática.

Alguns exemplos destas ações de larga escala que podemos citar são, no

âmbito nacional, as desencadeadas pelo Programa Nacional de Tecnologia

Educacional (ProInfo), programa que visa favorecer o uso pedagógico da

informática na educação básica através da disponibilização de recursos

digitais e conteúdos educacionais. A proposta do ProInfo, de acordo com as

informações dispostas no portal do Ministério da Educação , é levar às

escolas das zonas urbana e rural do Brasil laboratórios de informática com

diversos equipamentos (...) (PINHEIRO, ROSA, BONILLA, p. 111 e 112)

Podemos considerar que o computador torna-se um instrumento educacional que é

manuseado adequadamente em conjunto por o professor e aluno. Nessa perspectiva, o

professor é o mediador das práticas educativas tornando efetivo ou não o uso desses

equipamentos disponibilizado pelo FNDE com a finalidade de melhoria na aprendizagem.

Moran (2000) defende a utilização do computador e da internet como propostas

metodológicas. A mídia continua educando como contraponto à educação convencional. A

tecnologia tem que ser integrada de forma inovadora, cada professor tem que encontrar a

melhor forma de colocar, de integrar a tecnologia na sala de aula, pois ela já vem sendo

presente na vida das pessoas desde muito cedo e já interfere na educação familiar com o

contato de crianças a partir da mídia (televisão, celulares, tablet, computadores). Esse contato

pode ser positivo ou negativo na vida delas. Os educadores tem um papel importante para que

principalmente aspectos positivos desse uso prevaleçam. É positivo, o uso dos meios

tecnológicos para a aprendizagem, seja para enriquecer a leitura, fomentar a produção textual,

19

as artes, e mediando a utilização dos jogos, que tem grande importância, e devem ser

inseridos como meios para potencializar e melhorar o desempenho dos alunos.

Levar o jogo digital e/ou eletrônico para o cenário escolar não significa pensar

necessariamente nesses artefatos culturais para desenvolver os conceitos de matemática, ou

para a aprendizagem da língua, ou para os processos cognitivos e finalmente um para o

entretenimento. (ALVES, 2008, p. 7)

Segundo Alves (2008) nossas iniciativas de análise devem partir da premissa de que

“qualquer jogo pode ser utilizado no espaço pedagógico não existindo uma dicotomia entre

jogos eletrônicos para entretenimento e jogos eletrônicos para educação”. (ALVES, 2008, p.

8). O jogo deve ser inserido no âmbito escolar como uma metodologia prazerosa e

educacional, assim através da utilização dos jogos de forma lúdica, os alunos desenvolverão

juntamente com o professor técnicas a serem utilizadas em prol da sua aprendizagem. Essa

aproximação do docente com o discente pode abrir novas perspectivas na área de produção de

jogos eletrônicos e digitais no ambiente escolar.

3.3 COMPUTADORES EXISTENTES NA UNIDADE ESCOLAR

As políticas públicas têm fomentado programas de cunho educacional que permitem a

chegada de diversos equipamentos e serviços às escolas. Através do Programa PROINFO a

Escola Olavo de Souza Barreto adquiriu um laboratório de informática equipado com 18

computadores, uma impressora laser, Roteador Wireless, Linux Educacional 2.0 com garantia

dois anos. A configuração dos computadores é composta por Processador Intel Celeron Inside

06 430, 1.8 GHz / 512/ 800 /06; HD de 80Gb Maxtor; Memória RAM DDR2 de 512 MB;

Placa Mãe MS-7267 Ver: 4.5 Positivo N1996; Gabinete de 2 baias; Placa de Rede Wireless

Dlink Air Plus G DWL-G510; Teclado PS2; Mouse PS2; Monitor de 15'' LCD Positivo; Fone

de ouvido; Gravador de DVD; Modulo Isolador Estabilizado Microsol; Access Point DLink.

Aparelho responsável pela conexão em rede dos computadores sem a utilização de fios com

Monitor de 22'' LCD Positivo. Estes, foram fornecidos pela empresa Positivo Informática.

Os computadores são compostos principalmente por software que é o conjunto de

programas, instruções e regras informáticas, e pelo hardware que é o conjunto de

componentes físicos, ou seja, tudo o que podemos tocar.

20

Com os recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), o Gestor juntamente

com o apoio da Prefeitura Municipal, construiu uma sala, com as bancadas, forro, ar

condicionado, tudo de acordo com as exigências do FNDE, para instalação dos computadores.

Com todos esses artefatos tecnológicos instalados como uma fonte de busca de

conhecimento, Ferreira (2008) relata que:

No ambiente escolar, Valente (1998) defende duas possibilidades do uso do

computador: como máquina de ensinar e como ferramenta. Quando utilizado

como máquina de ensinar, espera-se que o computador repasse ao aluno

determinado conteúdo, através de programas desenvolvidos com este intuito.

Esta modalidade pode ser caracterizada como uma versão computadorizada

dos métodos tradicionais de ensino. Ao aluno cabe um papel passivo diante

do computador, que lhe fornece as respostas desejadas como, por exemplo,

os programas tutoriais e programas de exercício e prática (drill-and-

practice). (Ferreira apud Valente 2008, p. 70)

O computador e a informática são responsáveis por uma revolução na vida presente. O

homem tem contato com esse equipamento em quase todos os períodos do dia - quando

acordamos pela manhã e observamos uma embalagem de café que foi feita num programa de

computador, quando acessamos uma rede social e falamos com outros indivíduos que estão

conectados a outros milhares de computadores e o uso destes equipamentos, que é cada vez

mais frequente, não deve ser considerado como um mal eles foram criados para resolver

problemas ou fazer coisas que o ser humano certamente teria muita dificuldade.

3.4 FORMAÇÃO DE PROFESSORES E TIC

Brito (2011) traz uma reflexão sobre a importância do computador como tecnologia

educacional. Sabendo-se que o uso desse instrumento deve ser de forma a melhorar a prática

educacional, o autor aborda também que, com a rede internet, abrem-se imensas fronteiras

que necessitam ser explorados pelos professores e alunos.

Na educação, da mesma forma que a tecnologia de modo geral poderá ajudar e

contribuir para a aquisição de conhecimento, ela também pode atrapalhar se não for utilizada

da forma correta, elevando seus aspectos negativos.

21

O ideal é que os educadores aceitem a inovação, aproveitando o campo de mudanças

tecnológicas na educação, de maneira que empreguem em sua atividade profissional todos os

recursos da atualidade (redes sociais, geolocalização, etc).

Um dos grandes impasses encontrados para a utilização da tecnologia na sala de aula

são alguns professores, que não utilizam os materiais eletrônicos que são disponibilizados,

pois, vivem presos ao medo dos possíveis danos que sua implantação irá causar na educação

não se permitindo ver os pontos positivos decorrentes de uma utilização consciente e

adequada.

Quando se fala em tecnologia educacional o computador é o primeiro a ser pensado e

citado, porém, não é o único eletrônico que se enquadra nesse grupo, temos, por exemplo, a

televisão que é usada constantemente e não é “temida”.

A educação é de grande importância na vida de todos os cidadãos, com passar dos

anos, ela também vem avançando significativamente, por isso que a tecnologia é um tema

bastante discutido na sociedade. É com esse pensamento de evoluir que os professores

deverão estar preparados para a integração das novas demandas tecnológicas na educação.

Para firmar esses compromissos, o professor tem que ser incluído digitalmente e,

como afirma Brito (2006a), essa inclusão social tem de acontecer numa perspectiva da

participação ativa, da produção de cultura e conhecimento, o que implica vontade e ação

política e um amplo programa de formação continuada de professores. (Brito, 2011, p. 49)

Como é de grande importância para os educandos o uso das tecnologias assim também é

fundamental para os professores ter uma base de como utilizar esses meios. A formação

continuada sobre temas relacionados às TIC para professores trará um grande avanço no meio

educacional. Conforme Alves (2008) “Penso que uma trilha ainda a ser seguida passa pela

formação dos nossos docentes. Como crianças e adolescentes, os professores precisam

também imergir nos âmbitos semióticos que entrelaçam a presença das tecnologias na

sociedade contemporânea”. (ALVES, 2008, p. 8)

A prática da formação de professores em serviço produzirá em seu curso efeitos

relevantes, para que estes desempenhem um trabalho mais qualificado nas escolas em que

atuam. Com isso muitos que ainda exercem a profissão de forma tradicional passarão a ter um

discurso mais interativo com os alunos. E na prática educacional, professores e alunos terão

um avanço significativo na utilização das tecnologias no âmbito escolar.

22

4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Foi feito uma análise documental do Projeto Político Pedagógico e uma entrevista com

a Diretora da instituição e assim chegamos às seguintes conclusões de dados. A Escola

Municipal Olavo de Souza Barreto é uma entidade pública autorizada pela SEC. Port. n˚ 2984

D.O. 19/03/82 e tem como Entidade Mantenedora a Secretaria Municipal da Educação de

Muniz Ferreira. Localiza-se na Rua Barão de Taitinga nº 56 sede do município de Muniz

Ferreira, pequena cidade do interior da Bahia, com aproximadamente 7.000 habitantes,

fazendo limites com os municípios de Aratuipe, jaguaripe, Dom Macedo Costa, São Felipe e

Santo Antônio de Jesus.

A Escola atende a clientela das Séries Iniciais do Ensino Fundamental do 1º ao 3º

ano, nos turnos matutino e vespertino, atendendo a alunos crianças e adolescentes com faixa

etária de 6 a 9 anos.

Sendo integrante da Equipe Gestora a Diretora Evancleide Almeida Santos Barreto,

Vice Diretora Márcia Moreira Ferreira dos Santos, Secretário Lucas Francisco Barreto de

Jesus. Equipe de professores Maria da Conceição C. Guedes, Adriana Ribeiro Reis Silva,

Selma Edmary dos Santos, Eva Vilma Almeida Lírio Louzado, Gleidelene Menezes de

Queiroz e Viviane Santos Almeida. Serviços gerais Roseane Lima da Silva Rocha,

Merendeira Cristiane Souza de Jesus. A escola dispõe de 3 (três) salas, 1 (hum) secretaria, 3

(três) sanitários, 1 (hum) depósito e 1 (hum) corredor coberto, 1 (hum) sala de informática

equipada. 1 (hum) cozinha, 1 (hum) área coberta., contamos com 1 (hum) uma área livre.

A clientela hoje, com aproximadamente 116 alunos, é bastante heterogênea. Recebe

alunos da Creche Escola Dona Naná localizada na zona urbana e também de alunos de outras

escolas da zona rural.

A escola implantou desde o ano de 2009 até o ano de 2011 o Sistema de Gestão

Integrado o que proporcionou uma melhora na qualidade no desempenho dos alunos e maior

compromisso e participação dos profissionais com a escola. O Em 2011 participou do

Programa de capacitação a distância para gestores Escolares, que vem contribuindo para

elevar o desempenho dos gestores e, em consequência, a qualidade dos serviços e dos

resultados da instituição. E também com o PNAIC, Pacto Nacional pela Alfabetização na

23

Idade Certa, que vem ajudando a desenvolver maiores habilidade no processo de alfabetização

dos educandos.

A escola conta com a parceria da secretaria de saúde, que periodicamente realiza

visitas à escola, distribuindo quites de higiene bucal, bem como realizando a escovação nos

alunos, a pesagem e a vacinação, a Central de merenda que realiza o acompanhamento através

do nutricionista.

4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

O uso das TIC é de grande importância no desenvolvimento da aprendizagem. Mesmo

tendo uma sala de informática equipada, percebe-se que o espaço não era utilizado pelos

alunos para realização de atividades, as máquinas eram apenas manuseadas para impressão e

uso de alguns professores. Nesse sentido, a mediação de uma dinâmica de integração, voltada

para os professores e alunos, poderá contribuir para o uso da sala de informática.

Esse pressuposto está na base da pergunta de pesquisa: de quais formas são utilizadas as

Tecnologias da Informação e Comunicação no processo ensino aprendizagem unidade escolar

Olavo de Souza Barreto na cidade de Muniz Ferreira?

Utilizaremos um recurso tecnológico básico, que é o PAINT, para incentivar e

desenvolver as habilidades dos professores e alunos, utilizando ferramentas de desenhos no

computador. Com esse software será permitido à criança, cobrir, desenhar, colorir entre

outros.

4.3 OBJETIVO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Contribuir para utilização qualificada dos recursos tecnológicos digitais disponíveis na

unidade escolar, principalmente os computadores, a fim de ampliar a percepção de

professores e alunos para o uso dessas tecnologias no âmbito educacional.

24

4.4 METODOLOGIA

Ao pensarmos em uma sala de informática equipada imaginamos um trabalho intenso,

onde todos possam usufruir dos benefícios das novas tecnologias, porém, quando nos

deparamos com uma sala nesse nível e sem utilização devida, pensamos a respeito dos

obstáculos que impedem a sua utilização. Foi a partir dessa problemática que de deu o

desenvolvimento da observação em campo. O foco era analisar de quais formas a sala de

informática da escola Olavo de Souza Barreto era utilizada. Para constatar se os professores e

alunos estão utilizando os computadores como meio de desenvolver atividades escolares

voltadas para a aprendizagem.

A instituição não dispõe de um profissional de informática, portando o professor

regente de cada sala, quando se faz necessário desenvolver alguma atividade em que requer o

uso do computador e equipamentos, leva os alunos até aquele espaço e ele próprio conduz a

atividade.

Após o período de observação das dinâmicas de uso daquele espaço, chegou-se a

conclusão que, apesar de existir uma sala de computação equipada, os alunos não têm o hábito

de frequentar o espaço. A partir daí, programamos a primeira etapa desta proposta com seus

objetivos.

Inicialmente, será organizada uma oficina com os professores da referida escola, com

uma carga horária de 4 horas a cada dois meses. Esta oficina objetiva estimular o uso dos

equipamentos pelas professoras, além de proporcionar-lhes sugestões de aplicação do uso dos

dispositivos com seus softwares (programas) que podem ser úteis no trabalho pedagógico

durante o ano letivo.

A oficina é de grande importância para que os professores interajam com o

computador, assim os mesmos trocarão experiências além de realizar atividades práticas que

mostrem a importância de se trabalhar com dispositivos digitais como o computador. A partir

daí, os participantes da oficina serão apresentados ao software Paint uma vez que serão os

responsáveis pela orientação dos alunos na segunda oficina. Este programa de computador foi

escolhido, pois pode colaborar com o aprimoramento da coordenação motora dos alunos e

também com outras habilidades que estes precisam adquirir nesta fase de seu

desenvolvimento.

Para perceber esta necessidade, foi realizado um estudo sobre a necessidade da

clientela da escola, que são alunos de 6 a 9 anos, e os mesmos, apesar de estarem inseridos no

25

meio em que se utiliza constantemente a tecnologia, ainda não dispõe de habilidades

suficientes em relação ao manuseio dos recursos digitais, serão desenvolvidas metodologias a

serem usadas em atividades para trabalhar a ideia de como é o computador, quais suas partes e

funções, dando inicio ao desenvolvimento da atenção, a percepção e, principalmente a

motricidade. Esses são requisitos importantes no desenvolvimento da coordenação motora,

além de intelectual.

Após a proposta inicial, que é indicado para alunos com ou sem experiência na

utilização de dispositivos digitais, as atividades aumentam gradativamente seu nível de

dificuldade, onde o professor passa a ministrar atividades de raciocínio lógico, para que os

educandos desenvolvam atenção, memória, percepção e criatividade, a partir da realização e

compreensão das mesmas, além de proporcionar o domínio dos recursos que estão disponíveis

e materiais didáticos para a produção e digitação de palavras, frases e textos trabalhados em

sala de aula.

Vários são os métodos de como se trabalhar no laboratório de informática. Faz-se

necessário um planejamento do professor na utilização dos programas adequados e

compatíveis com a necessidade de cada turma e de cada aluno. Esse momento de planejar será

após a oficina organizada pela coordenadora pedagógica, onde os educadores organizarão

atividades direcionadas para utilização do Paint.

Para o desenvolvimento desse projeto serão utilizados softwares e programas

adequados para cada ano escolar, além de metodologias diferenciadas para que cada turma

avance em suas dificuldades.

Com a execução das oficinas com os professores e com os alunos, o uso dos

equipamentos tecnológico ficará bem mais presente na rotina didática do educando. Portanto,

a partir da construção deste projeto de intervenção, serão criadas outras metodologias pelos

professores no período bimestrais, tornando possível concretizar no cotidiano da escola o

objetivo de inclusão digital.

Algumas estratégias utilizadas:

Exploração do equipamento a ser trabalhado;

Atividades envolvendo leitura, interpretação e produção textual;

Jogos para trabalhar diversos conteúdos de matemática (cores, formas

geométricas, sólidos geométricos, formas, grandezas, etc.), Geografia e

ciências (jogos da mata atlântica, com animais etc).

Jogos para trabalhar construção de silabas, palavras e frases.

Desenhos no Paint;

26

Construção de cartazes;

Vídeos;

Filmes;

Historia.

4.5 CRONOGRAMA

PERIODO

AÇÕES

2015

2016

Conhecer a estrutura

física da escola.

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

X

Análise documental na

escola Olavo de Souza

Barreto

X

Observação da sala de

informática

X

X

Entrevista com

professora Gleidelene

Menezes

X

Entrevista com os

demais professores

X

27

Planejamento das

atividades que serão

desenvolvidas na

sequência didática para

trabalhar em sala de

aula.

X

Oficina com os

professores

X X X X X

Oficina com os alunos X

X X

X X

4.6 RESULTADOS ESPERADOS

Nas aulas onde serão utilizados o computador e os meios digitais, espera-se que com o

tempo, os educandos demonstrem interesse em interagir com esses instrumentos. Através

desse projeto desenvolvem-se estratégias para a construção de novos saberes e práticas de

ensino, e que, através dele, todas as crianças da escola Olavo de Souza Barreto tenham a

oportunidade de inserir-se no mundo digital com bom aproveitamento.

Almeja-se que com as aulas de informática, haja maior integração dos conteúdos e o

interesse das crianças, além de influenciar no desenvolvimento cognitivo e raciocínio lógico,

promovendo o aprendizado e novas habilidades. Com a expectativa de que os professores e

alunos utilizem o laboratório de informática.

Por esse motivo, pretende-se dar continuidade a essa proposta de intervenção, a cada

dois meses.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este TCC/PV foi realizado a partir da fundamentação embasada nas teorias, que

consideram o uso das tecnologias como um meio para obtenção de avanços no processo de

ensino/aprendizagem. A partir das entrevistas informais realizadas com o gestor e professores

da instituição em questão, é possível afirmar que, após esta pesquisa, percebemos a

necessidade de maior aproximação entre o aluno e o computador e também entre o professor e

o computador o que tornaria o processo educativo mais próximo das demandas

contemporâneas. Como discute Almeida (2005),

Todos observamos o modo como as tecnologias vêm afetando a produção, a

energia, as comunicações, o comércio, o transporte, o trabalho, a família,

assim como nossa maneira de viver, de trabalhar, de aprender, de nos

comunicar, de sistematizar o que conhecemos e todas as atividades

relacionadas com a educação e a formação (Unesco,1998). Nesse contexto,

ressalta o fato de que a informação não é estática e está acessível em

múltiplos lugares (open learning) e até mesmo de forma gratuita, obtida por

meio de enlaces virtuais (hiperlinks), além de estar organizada de múltiplas

formas: escrita, gráfica, audiovisual, o que requer novos perfís pessoais e

profissionais, num processo contínuo de aprendizagem ao longo da vida

(lifelong learning), provocando um desafio constante e crescente aos

educadores e aos sistemas formativos. (ALMEIDA, 2005, p 161)

Os equipamentos tecnológicos no ambiente escolar deverá fazer parte da rotina

didática do educando, pois com esses artefatos, possibilitará ao professor transmitir

informações sobre o mundo, compartilhando o que aprendeu para o aluno. O professor

“desempenhará o papel de orientador das atividades do aluno, de consultor, de facilitador da

aprendizagem” (MORAM, 2000, p. 142). Portanto, as oficinas serão de grande importância

tanto com educadores quanto para os educandos.

Essa pesquisa permitiu perceber que a formação docente ajudará o educador a

desenvolver e aplicar atividades proposta com uso das tecnologias digitais de maneira mais

consciente e segura. Uma das formas de contribuir com esta necessidade de formação

tecnológica acontecerá quando a instituição em estudo executar a proposta de intervenção

organizada nesse projeto vivencial.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elisabeth Bianconcini; MORAM, José Manoel. Integração das

Tecnologias na Educação. Brasília: Seed, 2005.

ALVES, Lynn. Relações entre os jogos digitais e aprendizagem: delineando percurso.

In Educação, Formação & Tecnologias; vol.1(2); pp. 3-10, Novembro de 2008, disponível

em: http://eft.educom.pt. Acesso em 6 de dezembro de 2015

BRITO, Glaucia da silva; PURIFICAÇÃO, Ivonelia. Educação e novas tecnologias: um re

pensar. 3ª ed. Curitiba: interSaberes, 2011.

FERREIRA, Andreia de Assis. O computador no processo de ensino-aprendizagem: da

resistência a sedução. In.: Trabalho & Educação. Vol. 17, nº 2. Maio 2008.

JUNIOR, Cícero Caiçara; PARIS, Wanderson Stael. Informática, internet, e aplicativos. 20

ed. Curitiba: Ibpex, 2007.

MORAN, José Manoel et al. Novas tecnologias e Mediação Pedagógica. 10ª ed. Campinas,

SP: Papirus, 2000.

http://www.gcfaprendelivre.org/tecnologia/curso/informatica_basica/comecando_a_usar_um_

computador/2.do <aceso em 28 de outubro de 2015 às 12h>