79
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP Faculdade de Filosofia de Ciências - Campus de Marília, S.P. ALINE RODRIGUES PINTO Marília 2015

ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

  • Upload
    vukien

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo - UNESP

Faculdade de Filosofia de Ciecircncias - Campus de Mariacutelia SP

ALINE RODRIGUES PINTO

Mariacutelia

2015

2

ALINE RODRIGUES PINTO

DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA

RENAL CROcircNICA

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Programa

de Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias ldquoJuacutelio de

Mesquita Filhordquo UNESP ndash Mariacutelia (SP) para

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de mestre em Fonoaudiologia

Aacuterea de Concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana

Orientadora Dra Luciana Pinato

Co-orientadora Dra Roberta Gonccedilalves da Silva

Mariacutelia

2015

3

Pinto Aline Rodrigues

P659d Degluticcedilatildeo orofariacutengea e ritmos bioloacutegicos na

insuficiecircncia renal crocircnica Aline Rodrigues Pinto ndash

Mariacutelia 2015

78 f 30 cm

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Fonoaudiologia) ndash

Universidade Estadual Paulista Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias 2015

Bibliografia f 53-66

Orientador Luciana Pinato

Co-orientadora Roberta Gonccedilalves da Silva

1 Insuficiecircncia renal 2 Distuacuterbios da degluticcedilatildeo 3

Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo I Tiacutetulo

CDD 61632

4

ALINE RODRIGUES PINTO

DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA

RENAL CROcircNICA

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Campus de Mariacutelia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

BANCA EXAMINADORA

Orientador __________________________________________

Drordf Luciana Pinato

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

2ordm Examinador__________________________________________

Drordf Jeniffer de Caacutessia Rillo Dutka

Universidade de Satildeo Paulo ndash USP FOB Bauru-SP

3ordm Examinador__________________________________________

Drordf Ceacutelia Maria Giacheti

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

Mariacutelia 23 de fevereiro de 2015

5

DEDICATOacuteRIA

Agrave Deus por sempre me conceder sabedoria nas escolhas dos melhores caminhos

coragem para acreditar forccedila para natildeo desistir e proteccedilatildeo para me amparar

Aos meus pais Rubens e Cleonice pelo amor incondicional pelos incentivos e

ensinamentos Tudo o que sou hoje devo a vocecircs

Ao meu irmatildeo Marcel a minha cunhada Marcela e a meu sobrinho Lucas pelo

carinho e companheirismo de sempre

Ao meu noivo Paulo por todo amor e dedicaccedilatildeo Por ter permanecido ao meu lado

me incentivando a percorrer este caminho por compartilhar anguacutestias e duacutevidas

sempre estendendo sua matildeo amiga

6

AGRADECIMENTOS

Agrave minha orientadora Drordf Luciana Pinato por acreditar em mim desde o

comeccedilo confiando a mim grandes desafios sempre disposta a me ouvir e a ensinar

Obrigada pela compreensatildeo e por me receber em seu laboratoacuterio sempre de braccedilos

abertos sem o qual este sonho natildeo teria sido possiacutevel Minha eterna gratidatildeo

Agrave minha coorientadora Drordf Roberta Gonccedilalves da Silva por compartilhar

seus conhecimentos sempre disposta a ouvir e a ajudar Pelo exemplo de pessoa e

profissional dedicada Obrigada por me permitir cumprir mais uma etapa ao seu

lado Minha eterna gratidatildeo

Agrave Drordf Paula Cristina Cola pelo carinho disponibilidade e prontidatildeo em

ajudar sempre

Agrave Drordf Ceacutelia Giacheti Dr Roberto Oliveira Dantas e Drordf Jeniffer Dutka

pelas indispensaacuteveis sugestotildees e por colaborarem para o aperfeiccediloamento deste

trabalho

Ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da UNESP ndash Mariacutelia

por todo auxiacutelio e suporte prestados

Agrave Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia por permitir a

realizaccedilatildeo deste sonho oferecendo sempre todo o suporte necessaacuterio

7

Agrave toda equipe meacutedica de Nefrologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia por abrir as portas deste universo incriacutevel sempre a disposiccedilatildeo

para ensinar e a ouvir minhas sugestotildees

Agrave toda equipe de enfermagem auxiliares de enfermagem e teacutecnicos em

radiologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia pela disposiccedilatildeo e

dedicaccedilatildeo de sempre Sem vocecircs esse sonho natildeo seria possiacutevel

Aos pacientes da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia sem

os quais esse trabalho natildeo se concretizaria

Aos integrantes do Laboratoacuterio de Estudos em Neuroinflamaccedilatildeo sob

coordenaccedilatildeo da Drordf Luciana Pinato especialmente a amiga Nathani pela

colaboraccedilatildeo e companheirismo nesta etapa tatildeo importante de minha carreira

profissional

As minhas amigas de trabalho da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade

de Mariacutelia que dia a dia foram pacientes em ouvir e compreender meus momentos

de alegrias e anguacutestias

Aos familiares e amigos pela amizade sincera respeito e carinho e por

serem pessoas tatildeo especiais em minha vida

Enfim a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuiacuteram para

que este percurso pudesse ser concluiacutedo

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 2: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

2

ALINE RODRIGUES PINTO

DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA

RENAL CROcircNICA

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Programa

de Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias ldquoJuacutelio de

Mesquita Filhordquo UNESP ndash Mariacutelia (SP) para

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de mestre em Fonoaudiologia

Aacuterea de Concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana

Orientadora Dra Luciana Pinato

Co-orientadora Dra Roberta Gonccedilalves da Silva

Mariacutelia

2015

3

Pinto Aline Rodrigues

P659d Degluticcedilatildeo orofariacutengea e ritmos bioloacutegicos na

insuficiecircncia renal crocircnica Aline Rodrigues Pinto ndash

Mariacutelia 2015

78 f 30 cm

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Fonoaudiologia) ndash

Universidade Estadual Paulista Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias 2015

Bibliografia f 53-66

Orientador Luciana Pinato

Co-orientadora Roberta Gonccedilalves da Silva

1 Insuficiecircncia renal 2 Distuacuterbios da degluticcedilatildeo 3

Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo I Tiacutetulo

CDD 61632

4

ALINE RODRIGUES PINTO

DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA

RENAL CROcircNICA

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Campus de Mariacutelia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

BANCA EXAMINADORA

Orientador __________________________________________

Drordf Luciana Pinato

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

2ordm Examinador__________________________________________

Drordf Jeniffer de Caacutessia Rillo Dutka

Universidade de Satildeo Paulo ndash USP FOB Bauru-SP

3ordm Examinador__________________________________________

Drordf Ceacutelia Maria Giacheti

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

Mariacutelia 23 de fevereiro de 2015

5

DEDICATOacuteRIA

Agrave Deus por sempre me conceder sabedoria nas escolhas dos melhores caminhos

coragem para acreditar forccedila para natildeo desistir e proteccedilatildeo para me amparar

Aos meus pais Rubens e Cleonice pelo amor incondicional pelos incentivos e

ensinamentos Tudo o que sou hoje devo a vocecircs

Ao meu irmatildeo Marcel a minha cunhada Marcela e a meu sobrinho Lucas pelo

carinho e companheirismo de sempre

Ao meu noivo Paulo por todo amor e dedicaccedilatildeo Por ter permanecido ao meu lado

me incentivando a percorrer este caminho por compartilhar anguacutestias e duacutevidas

sempre estendendo sua matildeo amiga

6

AGRADECIMENTOS

Agrave minha orientadora Drordf Luciana Pinato por acreditar em mim desde o

comeccedilo confiando a mim grandes desafios sempre disposta a me ouvir e a ensinar

Obrigada pela compreensatildeo e por me receber em seu laboratoacuterio sempre de braccedilos

abertos sem o qual este sonho natildeo teria sido possiacutevel Minha eterna gratidatildeo

Agrave minha coorientadora Drordf Roberta Gonccedilalves da Silva por compartilhar

seus conhecimentos sempre disposta a ouvir e a ajudar Pelo exemplo de pessoa e

profissional dedicada Obrigada por me permitir cumprir mais uma etapa ao seu

lado Minha eterna gratidatildeo

Agrave Drordf Paula Cristina Cola pelo carinho disponibilidade e prontidatildeo em

ajudar sempre

Agrave Drordf Ceacutelia Giacheti Dr Roberto Oliveira Dantas e Drordf Jeniffer Dutka

pelas indispensaacuteveis sugestotildees e por colaborarem para o aperfeiccediloamento deste

trabalho

Ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da UNESP ndash Mariacutelia

por todo auxiacutelio e suporte prestados

Agrave Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia por permitir a

realizaccedilatildeo deste sonho oferecendo sempre todo o suporte necessaacuterio

7

Agrave toda equipe meacutedica de Nefrologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia por abrir as portas deste universo incriacutevel sempre a disposiccedilatildeo

para ensinar e a ouvir minhas sugestotildees

Agrave toda equipe de enfermagem auxiliares de enfermagem e teacutecnicos em

radiologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia pela disposiccedilatildeo e

dedicaccedilatildeo de sempre Sem vocecircs esse sonho natildeo seria possiacutevel

Aos pacientes da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia sem

os quais esse trabalho natildeo se concretizaria

Aos integrantes do Laboratoacuterio de Estudos em Neuroinflamaccedilatildeo sob

coordenaccedilatildeo da Drordf Luciana Pinato especialmente a amiga Nathani pela

colaboraccedilatildeo e companheirismo nesta etapa tatildeo importante de minha carreira

profissional

As minhas amigas de trabalho da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade

de Mariacutelia que dia a dia foram pacientes em ouvir e compreender meus momentos

de alegrias e anguacutestias

Aos familiares e amigos pela amizade sincera respeito e carinho e por

serem pessoas tatildeo especiais em minha vida

Enfim a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuiacuteram para

que este percurso pudesse ser concluiacutedo

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 3: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

3

Pinto Aline Rodrigues

P659d Degluticcedilatildeo orofariacutengea e ritmos bioloacutegicos na

insuficiecircncia renal crocircnica Aline Rodrigues Pinto ndash

Mariacutelia 2015

78 f 30 cm

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Fonoaudiologia) ndash

Universidade Estadual Paulista Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias 2015

Bibliografia f 53-66

Orientador Luciana Pinato

Co-orientadora Roberta Gonccedilalves da Silva

1 Insuficiecircncia renal 2 Distuacuterbios da degluticcedilatildeo 3

Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo I Tiacutetulo

CDD 61632

4

ALINE RODRIGUES PINTO

DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA

RENAL CROcircNICA

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Campus de Mariacutelia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

BANCA EXAMINADORA

Orientador __________________________________________

Drordf Luciana Pinato

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

2ordm Examinador__________________________________________

Drordf Jeniffer de Caacutessia Rillo Dutka

Universidade de Satildeo Paulo ndash USP FOB Bauru-SP

3ordm Examinador__________________________________________

Drordf Ceacutelia Maria Giacheti

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

Mariacutelia 23 de fevereiro de 2015

5

DEDICATOacuteRIA

Agrave Deus por sempre me conceder sabedoria nas escolhas dos melhores caminhos

coragem para acreditar forccedila para natildeo desistir e proteccedilatildeo para me amparar

Aos meus pais Rubens e Cleonice pelo amor incondicional pelos incentivos e

ensinamentos Tudo o que sou hoje devo a vocecircs

Ao meu irmatildeo Marcel a minha cunhada Marcela e a meu sobrinho Lucas pelo

carinho e companheirismo de sempre

Ao meu noivo Paulo por todo amor e dedicaccedilatildeo Por ter permanecido ao meu lado

me incentivando a percorrer este caminho por compartilhar anguacutestias e duacutevidas

sempre estendendo sua matildeo amiga

6

AGRADECIMENTOS

Agrave minha orientadora Drordf Luciana Pinato por acreditar em mim desde o

comeccedilo confiando a mim grandes desafios sempre disposta a me ouvir e a ensinar

Obrigada pela compreensatildeo e por me receber em seu laboratoacuterio sempre de braccedilos

abertos sem o qual este sonho natildeo teria sido possiacutevel Minha eterna gratidatildeo

Agrave minha coorientadora Drordf Roberta Gonccedilalves da Silva por compartilhar

seus conhecimentos sempre disposta a ouvir e a ajudar Pelo exemplo de pessoa e

profissional dedicada Obrigada por me permitir cumprir mais uma etapa ao seu

lado Minha eterna gratidatildeo

Agrave Drordf Paula Cristina Cola pelo carinho disponibilidade e prontidatildeo em

ajudar sempre

Agrave Drordf Ceacutelia Giacheti Dr Roberto Oliveira Dantas e Drordf Jeniffer Dutka

pelas indispensaacuteveis sugestotildees e por colaborarem para o aperfeiccediloamento deste

trabalho

Ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da UNESP ndash Mariacutelia

por todo auxiacutelio e suporte prestados

Agrave Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia por permitir a

realizaccedilatildeo deste sonho oferecendo sempre todo o suporte necessaacuterio

7

Agrave toda equipe meacutedica de Nefrologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia por abrir as portas deste universo incriacutevel sempre a disposiccedilatildeo

para ensinar e a ouvir minhas sugestotildees

Agrave toda equipe de enfermagem auxiliares de enfermagem e teacutecnicos em

radiologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia pela disposiccedilatildeo e

dedicaccedilatildeo de sempre Sem vocecircs esse sonho natildeo seria possiacutevel

Aos pacientes da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia sem

os quais esse trabalho natildeo se concretizaria

Aos integrantes do Laboratoacuterio de Estudos em Neuroinflamaccedilatildeo sob

coordenaccedilatildeo da Drordf Luciana Pinato especialmente a amiga Nathani pela

colaboraccedilatildeo e companheirismo nesta etapa tatildeo importante de minha carreira

profissional

As minhas amigas de trabalho da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade

de Mariacutelia que dia a dia foram pacientes em ouvir e compreender meus momentos

de alegrias e anguacutestias

Aos familiares e amigos pela amizade sincera respeito e carinho e por

serem pessoas tatildeo especiais em minha vida

Enfim a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuiacuteram para

que este percurso pudesse ser concluiacutedo

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 4: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

4

ALINE RODRIGUES PINTO

DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA

RENAL CROcircNICA

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Campus de Mariacutelia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

BANCA EXAMINADORA

Orientador __________________________________________

Drordf Luciana Pinato

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

2ordm Examinador__________________________________________

Drordf Jeniffer de Caacutessia Rillo Dutka

Universidade de Satildeo Paulo ndash USP FOB Bauru-SP

3ordm Examinador__________________________________________

Drordf Ceacutelia Maria Giacheti

Universidade Estadual Paulista ndash UNESP FFCMariacutelia-SP

Mariacutelia 23 de fevereiro de 2015

5

DEDICATOacuteRIA

Agrave Deus por sempre me conceder sabedoria nas escolhas dos melhores caminhos

coragem para acreditar forccedila para natildeo desistir e proteccedilatildeo para me amparar

Aos meus pais Rubens e Cleonice pelo amor incondicional pelos incentivos e

ensinamentos Tudo o que sou hoje devo a vocecircs

Ao meu irmatildeo Marcel a minha cunhada Marcela e a meu sobrinho Lucas pelo

carinho e companheirismo de sempre

Ao meu noivo Paulo por todo amor e dedicaccedilatildeo Por ter permanecido ao meu lado

me incentivando a percorrer este caminho por compartilhar anguacutestias e duacutevidas

sempre estendendo sua matildeo amiga

6

AGRADECIMENTOS

Agrave minha orientadora Drordf Luciana Pinato por acreditar em mim desde o

comeccedilo confiando a mim grandes desafios sempre disposta a me ouvir e a ensinar

Obrigada pela compreensatildeo e por me receber em seu laboratoacuterio sempre de braccedilos

abertos sem o qual este sonho natildeo teria sido possiacutevel Minha eterna gratidatildeo

Agrave minha coorientadora Drordf Roberta Gonccedilalves da Silva por compartilhar

seus conhecimentos sempre disposta a ouvir e a ajudar Pelo exemplo de pessoa e

profissional dedicada Obrigada por me permitir cumprir mais uma etapa ao seu

lado Minha eterna gratidatildeo

Agrave Drordf Paula Cristina Cola pelo carinho disponibilidade e prontidatildeo em

ajudar sempre

Agrave Drordf Ceacutelia Giacheti Dr Roberto Oliveira Dantas e Drordf Jeniffer Dutka

pelas indispensaacuteveis sugestotildees e por colaborarem para o aperfeiccediloamento deste

trabalho

Ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da UNESP ndash Mariacutelia

por todo auxiacutelio e suporte prestados

Agrave Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia por permitir a

realizaccedilatildeo deste sonho oferecendo sempre todo o suporte necessaacuterio

7

Agrave toda equipe meacutedica de Nefrologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia por abrir as portas deste universo incriacutevel sempre a disposiccedilatildeo

para ensinar e a ouvir minhas sugestotildees

Agrave toda equipe de enfermagem auxiliares de enfermagem e teacutecnicos em

radiologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia pela disposiccedilatildeo e

dedicaccedilatildeo de sempre Sem vocecircs esse sonho natildeo seria possiacutevel

Aos pacientes da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia sem

os quais esse trabalho natildeo se concretizaria

Aos integrantes do Laboratoacuterio de Estudos em Neuroinflamaccedilatildeo sob

coordenaccedilatildeo da Drordf Luciana Pinato especialmente a amiga Nathani pela

colaboraccedilatildeo e companheirismo nesta etapa tatildeo importante de minha carreira

profissional

As minhas amigas de trabalho da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade

de Mariacutelia que dia a dia foram pacientes em ouvir e compreender meus momentos

de alegrias e anguacutestias

Aos familiares e amigos pela amizade sincera respeito e carinho e por

serem pessoas tatildeo especiais em minha vida

Enfim a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuiacuteram para

que este percurso pudesse ser concluiacutedo

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 5: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

5

DEDICATOacuteRIA

Agrave Deus por sempre me conceder sabedoria nas escolhas dos melhores caminhos

coragem para acreditar forccedila para natildeo desistir e proteccedilatildeo para me amparar

Aos meus pais Rubens e Cleonice pelo amor incondicional pelos incentivos e

ensinamentos Tudo o que sou hoje devo a vocecircs

Ao meu irmatildeo Marcel a minha cunhada Marcela e a meu sobrinho Lucas pelo

carinho e companheirismo de sempre

Ao meu noivo Paulo por todo amor e dedicaccedilatildeo Por ter permanecido ao meu lado

me incentivando a percorrer este caminho por compartilhar anguacutestias e duacutevidas

sempre estendendo sua matildeo amiga

6

AGRADECIMENTOS

Agrave minha orientadora Drordf Luciana Pinato por acreditar em mim desde o

comeccedilo confiando a mim grandes desafios sempre disposta a me ouvir e a ensinar

Obrigada pela compreensatildeo e por me receber em seu laboratoacuterio sempre de braccedilos

abertos sem o qual este sonho natildeo teria sido possiacutevel Minha eterna gratidatildeo

Agrave minha coorientadora Drordf Roberta Gonccedilalves da Silva por compartilhar

seus conhecimentos sempre disposta a ouvir e a ajudar Pelo exemplo de pessoa e

profissional dedicada Obrigada por me permitir cumprir mais uma etapa ao seu

lado Minha eterna gratidatildeo

Agrave Drordf Paula Cristina Cola pelo carinho disponibilidade e prontidatildeo em

ajudar sempre

Agrave Drordf Ceacutelia Giacheti Dr Roberto Oliveira Dantas e Drordf Jeniffer Dutka

pelas indispensaacuteveis sugestotildees e por colaborarem para o aperfeiccediloamento deste

trabalho

Ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da UNESP ndash Mariacutelia

por todo auxiacutelio e suporte prestados

Agrave Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia por permitir a

realizaccedilatildeo deste sonho oferecendo sempre todo o suporte necessaacuterio

7

Agrave toda equipe meacutedica de Nefrologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia por abrir as portas deste universo incriacutevel sempre a disposiccedilatildeo

para ensinar e a ouvir minhas sugestotildees

Agrave toda equipe de enfermagem auxiliares de enfermagem e teacutecnicos em

radiologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia pela disposiccedilatildeo e

dedicaccedilatildeo de sempre Sem vocecircs esse sonho natildeo seria possiacutevel

Aos pacientes da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia sem

os quais esse trabalho natildeo se concretizaria

Aos integrantes do Laboratoacuterio de Estudos em Neuroinflamaccedilatildeo sob

coordenaccedilatildeo da Drordf Luciana Pinato especialmente a amiga Nathani pela

colaboraccedilatildeo e companheirismo nesta etapa tatildeo importante de minha carreira

profissional

As minhas amigas de trabalho da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade

de Mariacutelia que dia a dia foram pacientes em ouvir e compreender meus momentos

de alegrias e anguacutestias

Aos familiares e amigos pela amizade sincera respeito e carinho e por

serem pessoas tatildeo especiais em minha vida

Enfim a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuiacuteram para

que este percurso pudesse ser concluiacutedo

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 6: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

6

AGRADECIMENTOS

Agrave minha orientadora Drordf Luciana Pinato por acreditar em mim desde o

comeccedilo confiando a mim grandes desafios sempre disposta a me ouvir e a ensinar

Obrigada pela compreensatildeo e por me receber em seu laboratoacuterio sempre de braccedilos

abertos sem o qual este sonho natildeo teria sido possiacutevel Minha eterna gratidatildeo

Agrave minha coorientadora Drordf Roberta Gonccedilalves da Silva por compartilhar

seus conhecimentos sempre disposta a ouvir e a ajudar Pelo exemplo de pessoa e

profissional dedicada Obrigada por me permitir cumprir mais uma etapa ao seu

lado Minha eterna gratidatildeo

Agrave Drordf Paula Cristina Cola pelo carinho disponibilidade e prontidatildeo em

ajudar sempre

Agrave Drordf Ceacutelia Giacheti Dr Roberto Oliveira Dantas e Drordf Jeniffer Dutka

pelas indispensaacuteveis sugestotildees e por colaborarem para o aperfeiccediloamento deste

trabalho

Ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da UNESP ndash Mariacutelia

por todo auxiacutelio e suporte prestados

Agrave Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia por permitir a

realizaccedilatildeo deste sonho oferecendo sempre todo o suporte necessaacuterio

7

Agrave toda equipe meacutedica de Nefrologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia por abrir as portas deste universo incriacutevel sempre a disposiccedilatildeo

para ensinar e a ouvir minhas sugestotildees

Agrave toda equipe de enfermagem auxiliares de enfermagem e teacutecnicos em

radiologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia pela disposiccedilatildeo e

dedicaccedilatildeo de sempre Sem vocecircs esse sonho natildeo seria possiacutevel

Aos pacientes da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia sem

os quais esse trabalho natildeo se concretizaria

Aos integrantes do Laboratoacuterio de Estudos em Neuroinflamaccedilatildeo sob

coordenaccedilatildeo da Drordf Luciana Pinato especialmente a amiga Nathani pela

colaboraccedilatildeo e companheirismo nesta etapa tatildeo importante de minha carreira

profissional

As minhas amigas de trabalho da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade

de Mariacutelia que dia a dia foram pacientes em ouvir e compreender meus momentos

de alegrias e anguacutestias

Aos familiares e amigos pela amizade sincera respeito e carinho e por

serem pessoas tatildeo especiais em minha vida

Enfim a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuiacuteram para

que este percurso pudesse ser concluiacutedo

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 7: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

7

Agrave toda equipe meacutedica de Nefrologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia por abrir as portas deste universo incriacutevel sempre a disposiccedilatildeo

para ensinar e a ouvir minhas sugestotildees

Agrave toda equipe de enfermagem auxiliares de enfermagem e teacutecnicos em

radiologia da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia pela disposiccedilatildeo e

dedicaccedilatildeo de sempre Sem vocecircs esse sonho natildeo seria possiacutevel

Aos pacientes da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia sem

os quais esse trabalho natildeo se concretizaria

Aos integrantes do Laboratoacuterio de Estudos em Neuroinflamaccedilatildeo sob

coordenaccedilatildeo da Drordf Luciana Pinato especialmente a amiga Nathani pela

colaboraccedilatildeo e companheirismo nesta etapa tatildeo importante de minha carreira

profissional

As minhas amigas de trabalho da Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade

de Mariacutelia que dia a dia foram pacientes em ouvir e compreender meus momentos

de alegrias e anguacutestias

Aos familiares e amigos pela amizade sincera respeito e carinho e por

serem pessoas tatildeo especiais em minha vida

Enfim a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuiacuteram para

que este percurso pudesse ser concluiacutedo

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 8: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

8

ldquoEacute o tempo da travessia e se natildeo ousarmos fazecirc-la

teremos ficado para sempre aacute margem de noacutes mesmosrdquo

(Fernando Pessoa)

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 9: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

9

RESUMO

PINTO AR DEGLUTICcedilAtildeO OROFARIacuteNGEA E RITMOS BIOLOacuteGICOS NA INSUFICIEcircNCIA RENAL CROcircNICA 2014 Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Poacutes-graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia Universidade Estadual Paulista UNESP FFC Mariacutelia ndash SP Baseado na observaccedilatildeo cliacutenica de prejuiacutezo no processo de degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em acircmbito hospitalar no presente estudo foi investigada a hipoacutetese de alteraccedilotildees na degluticcedilatildeo orofariacutengea nesta populaccedilatildeo Como as causas e possiacuteveis consequecircncias da disfagia na IRC ainda natildeo foram investigadas o presente estudo contemplou tambeacutem o estudo de variaacuteveis bioloacutegicas que comprovadamente influenciam paracircmetros cliacutenicos como este sendo estas o sono a produccedilatildeo de melatonina hormocircnio produzido pela glacircndula pineal com papel importante na modulaccedilatildeo do ritmo circadiano de sono-vigiacutelia e relacionado com sistema imune e os niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias A hipoacutetese deste estudo seria de que pacientes com IRC podem apresentar quadros de disfagia concomitantemente a distuacuterbios de sono sendo estes causados por deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina em consequecircncia a altos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias Objetivos Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as vaacuteriaveis ritmicas bioloacutegicas sono melatonina e

citocinas inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC Metodologia O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos O grupo controle foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis Para avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo foram utilizados a Videofluoroscopia (VFD) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e para avaliaccedilatildeo do sono o questionaacuterio do Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI ndash BR) Para a dosagem de melatonina foi coletada saliva dos indiviacuteduos em intervalos de 4 horas ao longo de 24 horas e para a dosagem de citocinas foi realizada coleta de sangue as 1300h e a 100h As quantificaccedilotildees foram realizadas utilizando-se kits comerciais pelo meacutetodo ELISA Resultados Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo na IRC a VFD mostrou que 16 indiviacuteduos apresentaram alteraccedilatildeo de fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo apresentou alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD foi verificado que quatro indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 da escala FOIS enquanto 16 indiviacuteduos (80) encontravam-se no niacutevel 7 apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD foi constatado mudanccedila da FOIS em seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o niacutevel 6 A alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD esta relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da dieta devido a prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados neste exame Aleacutem disso por meio da VFD foi constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos Com relaccedilatildeo ao sono os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI que os indiviacuteduos do grupo controle o que representa pior qualidade do sono para o grupo IRC Aleacutem disso o PSQI mostrou que o grupo IRC apresentou percetual maior de indiviacuteduos com distuacuterbios de sono quando comparados ao grupo controle Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina o grupo IRC apresentou conteuacutedo menor de melatonina do que o GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno Natildeo houve variaccedilatildeo entre o conteuacutedo dia e noite no grupo IRC demonstrando falta de ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina ao contraacuterio do GC que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo noturno Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que o grupo IRC apresentou meacutedia maior nos conteuacutedos de TNF e de IL6 durante o dia Conclusotildees Os dados indicam de forma ineacutedita a presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC com aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 dos sujeitos sugerindo investigaccedilatildeo

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 10: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

10

e intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce Aleacutem disso indiviacuteduos com IRC apresentaram indicativo de distuacuterbios de sono baixa produccedilatildeo de melatonina com ausecircncia de ritmicidade dia e noite e altos niacuteveis diurnos de TNF e IL6

Palavras chaves 1 Insuficiecircncia Renal 2 Transtorno de Degluticcedilatildeo 3 Degluticcedilatildeo 4 Melatonina 5 Inflamaccedilatildeo

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 11: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

11

ABSTRACT

Based on clinical observation of injury in the swallowing process in patients with chronic renal failure in hospital environment in the present study the possibility of changes was investigated in oropharyngeal swallowing in this population As the causes and possible consequences of dysphagia in chronic renal failure were not yet investigated it also included the study of biological variables which demonstrably influence clinical parameters such as this one and these are sleep melatonin production a hormone produced by the pineal gland with important function in circadian rhythm modulation of sleep-wakefulness and related to the immune system and inflammatory cytokine levels The hypothesis of this study was that patients with chronic renal failure may have dysphagia conditions concomitant to sleep disorders which are caused by deficits in melatonin production due to high levels of inflammatory cytokines Objectives To characterize the swallowing profile and sleep biological rhythmic variables melatonin and inflammatory cytokines in patients with chronic renal failure Methodology The chronic renal failure group was composed of 20 people the control group consisted of 19 healthy adult people To swallowing assessment were used Videofluoroscopy and the Functional Oral Intake Scale (FOIS) and for sleep assessment - the Pittsburgh Sleep Quality Index questionnaire (PSQI - BR) For the melatonin dosage spit from people was collected at 4 hours break over 24 hours and to the cytokine dosage was performed the blood collect from 1 pm to 1 am The measurements were performed using commercial kits through ELISA method Results Relating to swallowing in chronic renal failure the Videofluoroscopy showed that 16 people had changes of oral and pharyngeal phase three individuals had change only in pharyngeal phase and only one person presented unique changes of oral phase of swallowing Previously to the Videofluoroscopy applying it was found that four people (20) were at level 5 in FOIS scale while 16 people (80) were at level 7 after Videofluoroscopy completionit was found a change in FOIS scale in six people for level 1 seven for the level 4 four for level 5 and 3 for level 6 The alteration of FOIS after Videofluoroscopy is related to the necessity of a diet change due to security losses and swallowing efficiency observed in this examination Furthermore through the Videofluoroscopy was found penetration and laryngo-tracheal aspiration in 30 of patients Related to sleep people from chronic renal failure group had a higher average in the global PSQI score than people from the control group which stands worse sleep quality for the chronic renal failure group In addition the PSQI showed that the chronic renal failure group had greater percentage of people with sleep disorders compared to the control group The analysis of melatonin content chronic renal failure group presented a lower content of melatonin than the control group during the day and at night There was no variation between day and night contents on chronic renal failure group demonstrating lack of rhythmicity in melatonin production unlike the control group that had normal rhythmicity in melatonin production with peak at night On the analysis of inflammatory cytokines levels it was found that the chronic renal failure group had a higher average in the TNF contents and IL6 ones during the day Conclusions The data indicate on an unheard way the presence of oropharyngeal dysphagia states in chronic renal failure with laryngo-tracheal aspiration in 30 of people suggesting research and early phonoaudiologic intervention Furthermore people with chronic renal failure presented indications of sleep disorders low melatonin production with absence of rhythmicity day and night and high day levels of TNF and IL6

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 12: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

12

Key words 1 Kidney Desease 2 Deglutition Disorders 3 Swallowing 4 Melatonin 5 Inflammation

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 13: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

13

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)67

ANEXO 2 ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE69

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow71

ANEXO 4 ndash Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)helliphelliphelliphelliphelliphellip72

ANEXO 5 ndash Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh versatildeo em Portuguecircs do

Brasil (PSQI-BR)73

ANEXO 6 ndash Salivete78

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 14: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees com Fase Oral alterada com Fase

Fariacutengea alterada e com Fases Oral e Fariacutengea alteradas 35

Figura 1 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC em cada niacutevel de ingestatildeo oral

segundo a escala FOIS realizada preacute (2A) e poacutes (2B) a realizaccedilatildeo da

videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) 36

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com presenccedila de aspiraccedilatildeo

laringotraqueal constatado em videofluoroscopia da degluticcedilatildeo (VFD) em cada

classificaccedilatildeo da FOIS preacute realizaccedilatildeo de VFD (3A) e de acordo com a caracterizaccedilatildeo

do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD (3B) 37

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global segundo Iacutendice de

Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle e IRC 38

Figura 5 Percentuais () de indiviacuteduos dos grupos controle (GC) e insuficiecircncia

renal crocircnica (IRC) com ou sem distuacuterbios de sono 39

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno e noturno de melatonina salivar nos grupos insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 40

Figura 7 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurnos de TNF (A) e IL6 (B) entre o grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) e

controle 41

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 15: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

15

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina noturno e dados

do PSQI no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) 42

Figura 9 A Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

TNF B Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos noturnos de Melatonina e de

IL643

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 16: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

16

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AANAT - arilalquil-amina-N-acetiltransferase

CEP - Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Assay

FFC - Faculdade de Filosofia e Ciecircncias

FOIS ndash Functional Oral Intake Scale

IL - Interleucina

IRC - Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Pgml ndash picograma por mililitros

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TNF - Tumor Necrosis Factor

VFD - Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 17: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

17

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo 17

2 Justificativa 25

3 Objetivos 27

4 Casuiacutestica e Meacutetodo 28

41 Aspectos eacuteticos28

42 Casuiacutestica28

43 Meacutetodo30

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo30

431 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale 31

432 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono31

433 Coleta de saliva32

434 Coleta de sangue33

435 Anaacutelise dos Resultados 33

5 Resultados 35

6 Discussatildeo44

7 Conclusotildees52

8 Referecircncias Bibliograacuteficas53

9 Anexos67

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 18: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

18

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) eacute caracterizada pela presenccedila de

alteraccedilotildees na taxa de filtraccedilatildeo glomerular eou de lesatildeo parenquimatosa durante um

periacuteodo de trecircs meses ou mais (STRASINGER 2000 BARROS et al 2006) Dentre

as doenccedilas que podem evoluir para esta patologia estaacute a hipertensatildeo arterial a

diabetes e as glomerulo nefrites (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

2008)

Em indiviacuteduos normais a filtraccedilatildeo glomerular eacute da ordem de 110 a 120 mLmin

correspondente agrave funccedilatildeo de filtraccedilatildeo de cerca de 2000000 de neacutefrons (glomeacuterulos

e tuacutebulos renais) Em pacientes com IRC a filtraccedilatildeo se reduz podendo chegar em

casos avanccedilados agrave 10-5 mLmin quando entatildeo o tratamento dialiacutetico ou o

transplante renal se fazem necessaacuterios A consequumlecircncia bioquiacutemica dessa reduccedilatildeo

de funccedilatildeo se traduz na retenccedilatildeo de solutos toacutexicos geralmente provenientes do

metabolismo proteacuteico que podem ser avaliados indiretamente por meio das

dosagens da ureacuteia e creatinina plasmaacuteticas que se elevam progressivamente

(DRAIBE 2002)

Progressivamente com a reduccedilatildeo inicial de um certo nuacutemero de neacutefrons

aqueles remanescentes tornam-se hiperfiltrantes hipertrofiam-se sofrem alteraccedilotildees

da superfiacutecie glomerular e modificaccedilotildees de permeabilidade da membrana glomerular

agraves proteiacutenas Essas alteraccedilotildees levam agrave produccedilatildeo renal de fatores de crescimento

citocinas inflamatoacuterias e hormocircnios (DRAIBE 2002) A inflamaccedilatildeo e o estresse

oxidativo estatildeo assim envolvidos no quadro da IRC (HIMMELFARB 2004 ALI et al

2013) sendo a microinflamaccedilatildeo crocircnica e a presenccedila de infecccedilotildees (VAMVAKAS et

al 1998) caracteriacutesticas proeminentes da proacutepria doenccedila e suas complicaccedilotildees

(CACHOFEIRO et al 2008 FILIOPOULOS et al 2009 CHEUNG et al 2010)

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 19: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

19

Pacientes com IRC tendem a apresentar assim altas concentraccedilotildees

plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o Fator de Necrose Tumoral (TNF)

interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6) aleacutem de marcadores do estress oxidativo (CARRERO

et al 2010) os quais caracterizam o estado inflamatoacuterio (MAŁYSZKO et al 2012)

Ainda que natildeo esteja claro quais satildeo os mecanismos envolvidos sabe-se que

pacientes com IRC aleacutem do quadro inflamatoacuterio podem apresentar alteraccedilotildees na

regulaccedilatildeo do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise no sistema imune no padratildeo de sono no

humor e aparentemente na degluticcedilatildeo sendo que a ocorrecircncia destes sintomas

parece depender da doenccedila baacutesica dos haacutebitos alimentares e do grau de reduccedilatildeo

da funccedilatildeo renal (PARKER et al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006

KOCH et al 2009)

Alguns destes fenocircmenos tecircm sido investigados nos ultimos anos com o

intuito de compreender e intervir para a melhora do quadro clinico geral e da

qualidade de vida dos pacientes Apesar da observaccedilatildeo cliacutenica e relatos de

alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo que aparentam durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo hospitalar este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado cientificamente

nestes indiviacuteduos

Somente um estudo por meio de questionaacuterio estruturado referenciou

sintomas orais na IRC trazendo como principal queixa e achado durante avaliaccedilatildeo

cliacutenica a xerostomia (VESTERINEN et al 2012) fator este relevante jaacute que

pacientes com queixa de xerostomia estatildeo no grupo de risco para disfagia

orofariacutengea (BASSI et al 2014) As causas da xerostomia na IRC ainda natildeo foram

esclarecidas (MOLZAHN et al 1997) Ainda sintomas como distuacuterbios digestivos

alteraccedilotildees neuroloacutegicas e hipertensatildeo ocorreriam devido a toxicidade urecircmica

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 20: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

20

(RUTKOWSKI et al 2006) Outra comorbidade frequente na IRC a anemia pode

apresentar como sintomas comuns a disgeusia e a disfagia (HANSEN et al 2008)

Sabe-se tambeacutem por investigaccedilotildees realizadas em outros quadros

patoloacutegicos que tais alteraccedilotildees podem estar relacionados dentre outros a

alteraccedilotildees no estado de alerta e na ritmicidade bioloacutegica do indiviacuteduo

(WESTERGREN et al 2001) sintomas estes presentes nesta populaccedilatildeo e que

podem assim interferir no prognoacutestico de reabilitaccedilatildeo da degluticcedilatildeo (HANSEN et al

2008 BRADY et al 2009)

Com relaccedilatildeo a degluticcedilatildeo esta define-se como um processo sineacutergico

composto por 5 fases intrinsecamente relacionadas sequumlenciais e harmocircnicas (fase

antecipatoacuteria fase preparatoacuteria oral fase oral fase fariacutengea e fase esofaacutegica) de

modo que o alimento e ou saliva seja transportado de forma eficiente e segura da

boca ateacute o estocircmago Para que seja eficiente esse ato depende de complexa accedilatildeo

neuromuscular (sensibilidade paladar propriocepccedilatildeo mobilidade tocircnus e tensatildeo)

aleacutem da intenccedilatildeo de se alimentar Portanto faz-se necessaacuteria completa integridade

de vaacuterios sistemas neuronais como vias aferentes integraccedilatildeo dos estiacutemulos no

sistema nervoso central comando motor voluntaacuterio resposta motora e vias

eferentes (FURKIM e MATTANA 2004) Assim considerando que na IRC haacute

alteraccedilotildees no niacutevel de consciecircncia e queixas de xerostomia justifica-se a

investigaccedilatildeo da hipoacutetese de que estes pacientes possam apresentar disfagia

orofariacutengea

Quanto ao estado de alerta e alteraccedilotildees em ritmicidades bioloacutegicas como o

ciclo sono-vigiacutelia sabe-se que o sistema de temporizaccedilatildeo circadiana atraveacutes do

qual diversos ritmos bioloacutegicos satildeo expressos eacute influenciado pelo hormocircnio

melatonina (RUSSCHER et al 2012) A melatonina em condiccedilotildees normais eacute

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 21: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

21

produzida durante a noite marcando esta fase e modulando a qualidade do sono

(RUSSCHER et al 2012) Na IRC por fatores ainda natildeo esclarecidos ocorre uma

queda na produccedilatildeo de melatonina noturna (VILJOEN et al 1992 KARASEK et al

2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) o que

poderia levar ao quadro de distuacuterbio de sono sonolecircncia diurna e deacuteficit no alerta

Os estudos sobre distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo tiveram inicio em 1992

e na sua maioria foram relacionados com a qualidade de vida em pacientes em

diaacutelise revelando que os mesmos influenciam a vitalidade e sauacutede geral desses

pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006 KOCH

et al 2009)

A baixa qualidade do sono neste indiviacuteduos poderia ser fator agravante do

quadro geral na IRC jaacute que a qualidade do sono eacute essencial para o desenvolvimento

adequado das funccedilotildees cognitivas emocionais psiacutequicas e fiacutesicas sendo uma

funccedilatildeo bioloacutegica fundamental na consolidaccedilatildeo da memoacuteria na termorregulaccedilatildeo na

conservaccedilatildeo e restauraccedilatildeo da energia e restauraccedilatildeo do metabolismo energeacutetico

encefaacutelico (REIMAtildeO 1996 FERRARA e de GENNARO 2001 ROTH et al 2002

MUumlLLER et al 2007) A prevalecircncia de disfunccedilatildeo cognitiva pode ser alta em

indiviacuteduos com IRC em tratamento dialiacutetico apesar dessa condiccedilatildeo ser pouco

diagnosticada (RADIĆ et al 2010 SARNAK et al 2013)

Assim o sono destaca-se dentre os ritmos bioloacutegicos com maior influecircncia

nas alteraccedilotildees no estado de alerta (KIM et al 2013) O niacutevel de alerta por sua vez

influencia diretamente no processo de degluticcedilatildeo podendo ou natildeo favorecer

complicaccedilotildees no estado geral do indiviacuteduo ao longo do tempo sendo de grande

relevacircncia intervenccedilotildees aplicadas a este fator (WESTERGREN et al 2001) Apesar

disto nenhum estudo explorou a hipoacutetese dos efeitos indiretos dos niveis de alerta

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 22: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

22

rebaixados nesta populaccedilatildeo por problemas neuroloacutegicos ou distuacuterbios de sono

(MOLZAHN et al 1997) influenciando a biomecacircnica da degluticcedilatildeo

(WESTERGREN et al 2001)

O fato de pacientes com IRC especialmente aqueles que estatildeo em

hemodiaacutelise apresentarem distuacuterbios do sono (RUSSCHER et al 2012) levantou a

hipoacutetese de que estes apresentariam deacuteficit na produccedilatildeo de melatonina

Informaccedilotildees sobre as taxas de melatonina em pacientes com IRC mostraram

que o aumento de melatonina noturna endoacutegena que estaacute associada com o iniacutecio

da propensatildeo do sono estaacute ausente em pacientes em hemodiaacutelise (KARASEK et

al 2005 KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b RUSSCHER et al 2012) e que

a administraccedilatildeo exoacutegena de melatonina melhora paracircmetros objetivos e subjetivos

do sono (KOCH et al 2008 2010 RUSSCHER et al 2012) poreacutem falta ainda

esclarecer as causas da queda do conteuacutedo endoacutegeno de melatonina (VILJOEN et

al 1992 KARASEK et al 2005)

Ateacute o momento as hipoacuteteses levantadas para o bloqueio da melatonina seriam

de que o tratamento com diaacutelise durante o dia poderia levar a uma induccedilatildeo de sono

neste periacuteodo com consequente insocircnia noturna ficando o indiviacuteduo exposto a luz agrave

noite o que bloquearia a produccedilatildeo de melatonina (VAZIRI et al 1993 PARKER et

al 2000 PARKER et al 2003 NOVAK et al 2006) Dentre os possiacuteveis efeitos

indutores de sono da hemodiaacutelise estariam a elevaccedilatildeo da produccedilatildeo da citocina

interleucina 1 (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade (siacutendrome de

desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do estado de alerta (PARKER et

al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo na temperatura do corpo

(parcialmente causado pela IL-1) o que desencadeia processos reflexos de

esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do sono e resfriamento

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 23: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

23

corporal a hemodiaacutelise poderia assim aumentar a sonolecircncia (VAZIRI et al 1993

PARKER et al 2000 PARKER et al 2003)

A via de siacutentese da melatonina envolve a sinalizaccedilatildeo da alternacircncia claro-

escuro ambiental para a glacircndula pineal A retina oacutergatildeo sensiacutevel a luz ambiental ao

receber a informaccedilatildeo foacutetica sicroniza os nuacutecleos supraquiasmaacuteticos do hipotaacutelamo

(NSQ) de onde esta informaccedilatildeo eacute retransmitida por uma via polissinaacuteptica ao

gacircnglio simpaacutetico cervical superior e em seguida vatildeo atingir a glacircndula pineal que eacute

assim influenciada pelo sistema adreneacutergico (SIMMONEAUX e RIBELAYGA 2003)

Na ausecircncia da luz ocorre a acetilaccedilatildeo da serotonina pela accedilatildeo da enzima arilalquil-

amina-N-acetiltransferase (AA-NAT) originando o precursor N-acetilserotonina

(NAS) que eacute metilado em 5-metoxi-N-acetiltriptamina ou melatonina O aumento de

secreccedilatildeo de melatonina agrave noite bem como sua liberaccedilatildeo na corrente sanguiacutenea e

no liacutequido cefalorraquidiano marcam o escuro nestes dois importantes

compartimentos de distribuiccedilatildeo (MALPAUX et al 1997 SKINNER et al 2005)

Assim por ser um transdutor da informaccedilatildeo foacutetica ambiental para o corpo a

melatonina eacute considerada um modulador da qualidade de sono

O uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise ou o

comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal (SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989

KARASEK et al 2005) tambeacutem poderiam inibir a produccedilatildeo de melatonina pela

diminuiccedilatildeo da AA-NAT (HOLMES et al 1989)

Apesar das evidecircncias de que pacientes com IRC tendem a apresentar altas

concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios como o TNF A IL-1 e a IL-6

aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam um estado inflamatoacuterio

(PARKER et al 2000) uma causa ateacute entatildeo natildeo explorada neste caso seria o

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 24: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

24

bloqueio da produccedilatildeo pineal de melatonina por moleacuteculas da via inflamatoacuteria como

jaacute demonstrado em outras patologias (PONTES et al 2006 MARKUS et al 2007

PINATO et al 2013)

Outra hipoacutetese para o rebaixamento dos niveis de alerta na IRC seria a de

que a diaacutelise poderia ser responsaacutevel tambeacutem por um quadro conhecido por

ldquoDialysis Dementiardquo) que inclui alteraccedilotildees de linguagem e fala tremores

rebaixamento intelectual e convulsotildees (DRAIBE et al 2002) Este quadro se daacute

quando o centro de diaacutelise natildeo elimina convenientemente o alumiacutenio da aacutegua

utilizada para a composiccedilatildeo do banho de diaacutelise resultando em uma intoxicaccedilatildeo

neuroloacutegica central pelo metal causando demecircncia (RAKOWSKI et al 2006) Os

primeiros sinais podem ser distuacuterbios de linguagem e fala ou tambeacutem com distuacuterbios

da degluticcedilatildeo que podem ocorrer durante ou apoacutes a diaacutelise e apoacutes meses essas

caracteriacutesticas tornam-se persistentes associadas a mioclonias crises convulsivas

distuacuterbios do equiliacutebrio e alteraccedilotildees cognitivas especialmente comprometendo a

memoacuteria (RAKOWSKI et al 2006)

Por uacuteltimo outra possivel causa para o comprometimento do alerta nesta

populaccedilatildeo seria a presenccedila de encefalopatia urecircmica caracterizada por alteraccedilotildees

sensoriais irritabilidade sonolecircncia e coma sendo mais frequumlentes em pacientes

renais cuja diaacutelise eacute realizada com fluxos de sangue e banho elevados (DRAIBE et

al 2002 RUTKOWSKI et al 2006)

Forma-se assim uma hipoacutetese de eventos sequecircnciais de causas e

consequecircncias que levariam a complexa sintomatologia da IRC Baseada nos fatos

cliacutenicos encontrados e no conhecimento preacutevio demonstrado em diversos estudos

desenvolvidos em outras patologias com quadro inflamatoacuterio semelhante a ideacuteia eacute

de que o quadro inflamatoacuterio presente em pacientes com IRC participariam do

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 25: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

25

bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina Este por sua vez determinaria

distuacuterbios na ritmicidade circadiana destes indiviacuteduos evidenciado principalmente

em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigilia O ciclo sono-vigilia que comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos como o alerta a

atenccedilatildeo memoacuteria performances motoras o humor e o sistema imune (GASPAR et

al 1998 KIM et al 2013) poreria agravar o quadro geral contribuindo para

possiveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 26: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

26

2 JUSTIFICATIVA

Esta segue baseada na hipoacutetese de que o quadro inflamatoacuterio presente em

pacientes com IRC participariam do bloqueio da produccedilatildeo noturna de melatonina e

que este por sua vez determinaria distuacuterbios na ritmicidade circadiana evidenciado

principalmente em alteraccedilotildees no ciclo sono-vigiacutelia no qual comprovadamente

modula a performance de diversos outros fenocircmenos fisioloacutegicos (GASPAR et al

1998 KIM et al 2013) podendo agravar o quadro geral contribuindo para

possiacuteveis problemas na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

A observaccedilatildeo de pacientes com IRC durante o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar mostra queixas de xerostomia e indicativo de que alteraccedilotildees na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer parte deste quadro cliacutenico Poreacutem apesar

da relevacircncia este fenocircmeno ainda natildeo foi investigado nesta populaccedilatildeo A

investigaccedilatildeo destes paracircmetros pode contribuir para uma intervenccedilatildeo precoce com

menor prejuiacutezo aos aspectos nutricional de hidrataccedilatildeo e no estado pulmonar destes

indiviacuteduos

Alteraccedilotildees na ritmicidade de algumas variaacuteveis bioloacutegicas podem

conhecidamente influenciar em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas O ciclo sono-vigiacutelia

eacute um estes fenocircmenos ciacuteclicos que quando alterado pode influenciar performances

cognitivas e motoras A presenccedila de distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo jaacute foi

demonstrada em estudos preacutevios e suas causas e consequecircncias comeccedilam a ser

investigadas A principal causa destes distuacuterbios seria um deacuteficit na produccedilatildeo do

hormocircnio melatonina que desempenha comprovada accedilatildeo no iniacutecio manutenccedilatildeo e

qualidade do sono Embora vaacuterios fatores tenham sido apontados como

responsaacuteveis pelo bloqueio na produccedilatildeo de melatonina a inflamaccedilatildeo perifeacuterica

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 27: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

27

presente neste quadro eacute uma das possiacuteveis causas ainda natildeo exploradas nesta

populaccedilatildeo

Sendo assim a investigaccedilatildeo sobre a biomecacircnica da degluticcedilatildeo da qualidade

do sono do padratildeo de produccedilatildeo de melatonina e de citocinas inflamatoacuterias visam

contribuir no entendimento das causas e consequecircncias de vaacuterios sintomas cliacutenicos

nestes indiviacuteduos aleacutem de levantar esclarecimentos que possam auxiliar em suas

futuras terapias farmacoloacutegicas e ou intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce no que se

refere a seguranccedila e eficaacutecia de degluticcedilatildeo

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 28: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

28

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo e as variaacuteveis riacutetmicas bioloacutegicas padratildeo de

sono ritmo de produccedilatildeo de melatonina e o padratildeo de expressatildeo de citocinas

inflamatoacuterias em indiviacuteduos com IRC

32 Objetivos especiacuteficos

1 Caracterizar o perfil de degluticcedilatildeo orofariacutengea em indiviacuteduos com IRC

2 Caracterizar o padratildeo de sono em indiviacuteduos com IRC

3 Analisar e Comparar o ritmo de produccedilatildeo de melatonina entre o grupo IRC e

grupo controle

4 Analisar e Comparar o padratildeo de expressatildeo de citocinas entre o grupo IRC e

grupo controle

5 Correlacionar a concentraccedilatildeo de melatonina e o niacutevel de citocinas no grupo IRC

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 29: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

29

4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

41 Aspectos eacuteticos

Estudo cliacutenico transversal realizado por meio de parceria entre a

Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da Faculdade de Filosofia e

Ciecircncias de Mariacutelia UNESP e a Irmandade da Santa Casa de Misericoacuterdia da

cidade de Mariacutelia SP seguindo protocolo de estudo aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica

em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo da

Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Mariacutelia UNESP ndeg 06672013 (ANEXO 1)

Todos os indiviacuteduos eou representantes legais assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (ANEXO 2) segundo recomendaccedilotildees da

Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS 19696) sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos

42 Casuiacutestica

Participaram desta pesquisa 39 indiviacuteduos adultos de ambos os gecircneros

divididos em dois grupos grupo IRC e grupo controle (GC)

O grupo IRC foi composto por 20 indiviacuteduos adultos atendidos na Irmandade

Santa Casa de Misericoacuterdia da cidade de Mariacutelia com diagnoacutestico meacutedico de IRC

sendo 7 do gecircnero masculino e 13 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 29 a

79 anos (meacutedia de 549 plusmn 33 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Diagnoacutestico meacutedico preacutevio de IRC

2 Indiviacuteduos em periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar que realizavam tratamento

de hemodiaacutelise

3 Indiviacuteduos que natildeo utilizavam drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciassem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 30: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

30

melatonina

4 Ausecircncia de acometimentos neuroloacutegicos como Traumatismo Cracircnio

Encefaacutelico ou Acidente Vascular Encefaacutelico e ausecircncia de intervenccedilatildeo

meacutedica invasiva como Intubaccedilatildeo Orotraqueal (IOT)

Afim de promover a comparaccedilatildeo entre os ritmos bioloacutegicos em presenccedila de

inflamaccedilatildeo crocircnica ou natildeo fez-se necessaacuterio o GC

O GC foi composto por 19 indiviacuteduos adultos saudaacuteveis sendo 5 do gecircnero

masculino e 14 do gecircnero feminino com faixa etaacuteria entre 30 a 74 anos (meacutedia de

556 plusmn 36 anos)

Os criteacuterios de inclusatildeo foram

1 Ausecircncia de diagnoacutestico evidecircncias eou queixas de insuficiecircncia renal

2 Ausecircncia de histoacuterico de doenccedilas neuroloacutegicas

3 Ausecircncia de queixas relacionadas a degluticcedilatildeo

4 Indiviacuteduos que natildeo utilizassem drogas psicoativas melatonina ou

medicamentos que influenciem a via de siacutentese eou de liberaccedilatildeo de

melatonina

Antes do procedimento de avaliaccedilatildeo objetiva da degluticcedilatildeo realizamos uma

entrevista cliacutenica informal a todos os pacientes do grupo IRC sobre possiacuteveis

queixas orofariacutengeas Destas a uacutenica queixa presente foi a sensaccedilatildeo de xerostomia

relatada por 100 dos indiviacuteduos com IRC com a terminologia ldquoboca secardquo

Ainda nesta etapa foi aplicado a Escala de Coma de Glasgow (ANEXO 3)

uma escala neuroloacutegica com o objetivo de registrar o niacutevel de consciecircncia de um

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 31: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

31

indiviacuteduo no qual os indiviacuteduos do grupo IRC apresentaram niacutevel de consciecircncia

com pontuaccedilatildeo entre 14 e 15

43 MEacuteTODO

431 Avaliaccedilatildeo Videofluoroscoacutepica da Degluticcedilatildeo

A avaliaccedilatildeo videofluoroscoacutepica da degluticcedilatildeo (VFD) foi realizada somente nos

indiviacuteduos do grupo IRC Participaram deste exame o fonoaudioacutelogo um teacutecnico em

radiologia e um teacutecnico em enfermagem A avaliaccedilatildeo da degluticcedilatildeo envolveu adiccedilatildeo

do contraste radioloacutegico sulfato de baacuterio (bariogel) em proporccedilatildeo de 50 de baacuterio

para 50 da consistecircncia alimentar sem que a mesma sofresse alteraccedilatildeo nas

consistecircncias alimentares liacutequida neacutectar e mel que obedeceram ao padratildeo ADA

(ADA 2002)

Cada indiviacuteduo foi avaliado durante a degluticcedilatildeo das consistecircncias liacutequida

neacutectar e mel oferecidas em colher com 5mL 10mL e 15mL (totalizando 3 colheres

para cada consistecircncia alimentar) A consistecircncia liacutequida foi tambeacutem oferecida

inicialmente em colher em 5mL e posteriormente em degluticcedilatildeo livre (em copo)

Para a preparaccedilatildeo das consistecircncias e volumes supracitados utilizamos os

seguintes materiais copo plaacutestico descartaacutevel colher de plaacutestico descartaacutevel

seringa de 20mL (para mediccedilatildeo de volumes) sulfato de baacuterio (bariogel)

espessante alimentar instantacircneo com agente espessante de amido de milho

modificado e maltodextrina e suco em poacute dieteacutetico sabor pecircra (diluiacutedo previamente

em 500mL de aacutegua) Para preparaccedilatildeo de cada consistecircncia foi utilizado o medidor

fornecido pelo fabricante do espessante alimentar

Para a realizaccedilatildeo do exame os pacientes foram posicionados sentados a 90deg

Os limites anatocircmicos abrangiam desde a cavidade oral ateacute o esocircfago sendo o

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 32: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

32

limite anterior evidenciado pelos laacutebios posteriormente a parede da faringe

superiormente a nasofaringe e inferiormente o esocircfago cervical (CHEE et al 2005)

O equipamento utilizado foi um arco em C da marca Siemens modelo

cerimobil As imagens foram transmitidas a um monitor de viacutedeo acoplado ao arco e

gravadas por meio de ldquodupla-captaccedilatildeordquo a partir do qual as imagens foram captadas

por uma maacutequina filmadora em Hight Definition (HD) e gravadas em DVD

A classificaccedilatildeo dos achados do exame de VFD foi baseada nos paracircmetros

de eficaacutecia e seguranccedila propostos na literatura por Claveacute et al (2008) classificando

os achados de acordo com os seguintes criteacuterios biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

prejuiacutezos fase oral da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de incoordenaccedilatildeo oral prejuiacutezo

em propulsatildeo e resiacuteduo oral) fase fariacutengea da degluticcedilatildeo alterada (presenccedila de

resiacuteduo penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal) e fases oral e fariacutengea alteradas

432 Aplicaccedilatildeo da Functional Oral Intake Scale (FOIS)

Para classificar o niacutevel de ingestatildeo oral foi aplicada a Functional Oral Intake

Scale (FOIS) proposta por Crary et al (2005) preacute e poacutes a VFD (ANEXO 4)

Os achados videofluoroscoacutepicos da degluticcedilatildeo e o niacutevel de ingestatildeo oral

foram analisados individualmente e agrupados segundo as semelhanccedilas utilizando

como criteacuterio a presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal Na anaacutelise da VFD foi

considerada a faixa etaacuteria dos indiviacuteduos Aleacutem disso na anaacutelise dos dados a

presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada agraves caracterizaccedilotildees do padratildeo

da biomecacircnica da degluticcedilatildeo orofariacutengea e aos niacuteveis da FOIS

433 Aplicaccedilatildeo de instrumento para avaliaccedilatildeo da qualidade do sono

Responderam ao Iacutendice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) (ANEXO

5) os indiviacuteduos dos grupos IRC e controle Este questionaacuterio tem sido amplamente

utilizado para medir a qualidade de sono em diferentes quadros patoloacutegicos

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 33: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

33

incluindo pacientes com doenccedila renal crocircnica transplantados renais diabeacuteticos

portadores de dor crocircnica Doenccedila de Parkinson doenccedila inflamatoacuteria intestinal

asma e cacircncer (COSTA et al 2005 SABBATINI et al 2005 RANJBARAN et al

2007 YUKSEL et al 2007 MYSTAKIDOU et al 2007) e tem como objetivo

fornecer uma medida de qualidade de sono padronizada faacutecil de ser respondida e

interpretada que discrimine os pacientes entre ldquobom dormidoresrdquo e ldquomaus

dormidoresrdquo e avalie transtornos do sono (BERTOLAZI et al 2011)

O questionaacuterio consiste de dezenove questotildees auto-administradas e cinco

questotildees respondidas por seus companheiros de quarto Estas uacuteltimas satildeo

utilizadas somente para informaccedilatildeo cliacutenica (Anexo 4) As 19 questotildees satildeo

agrupadas em 7 componentes (qualidade subjetiva do sono a latecircncia para o sono

a duraccedilatildeo do sono a eficiecircncia habitual do sono os transtornos do sono o uso de

medicamentos para dormir e a disfunccedilatildeo diurna) com pesos distribuiacutedos numa

escala de 0 a 3 As pontuaccedilotildees dos componentes satildeo somadas para produzirem um

escore global que varia de 0 a 21 onde quanto maior a pontuaccedilatildeo pior a qualidade

do sono Um escore global do PSQI gt 5 eacute indicativo de que o indiviacuteduo tem grandes

dificuldades em pelo menos 2 dos componentes ou dificuldades moderadas em

mais de 3 componentes (BERTOLAZI et al 2011)

434 Coleta de saliva

A coleta de saliva para quantificaccedilatildeo da melatonina foi realizada nos

indiviacuteduos do grupo IRC em leito de internaccedilatildeo hospitalar pela equipe de pesquisa

responsaacutevel com auxilio da equipe de enfermagem em 6 pontos do dia de 44

horas com iniacutecio as 800h da manhatilde por meio de pequenos rolos de algodatildeo

proacuteprios para este fim (Salivetestrade) (ANEXO 6) O algodatildeo permaneceu na boca por

cerca de um minuto ateacute que ficasse embebido de saliva Vale ressaltar que durante

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 34: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

34

a coleta das amostras de saliva 100 dos indiviacuteduos do grupo IRC referiram

sensaccedilatildeo de ldquoboca secardquo A presenccedila de xerostomia na maioria dos pacientes do

grupo IRC dificultou poreacutem natildeo inviabilizou a coleta O material coletado foi

armazenado em recipiente limpo sem acreacutescimo de conservantes ou inibidores de

protease e mantido congelado agrave -20ordmC A coleta de saliva do grupo controle foi

realizada pelos mesmos em domiciacutelio e o material foi mantido em -20degC ateacute o

momento do transporte para o laboratoacuterio utilizando-se gelo seco para evitar o

descongelamento

Com relaccedilatildeo a Anaacutelise laboratorial as quantificaccedilotildees dos conteuacutedos de

melatonina em saliva foram realizadas utilizando-se a metodologia de dosagem por

kit comercial ELISA Para anaacutelise estatiacutestica utilizamos a meacutedia dos pontos dia

(conteuacutedos da fase clara 800h 1200h e 1600h) e dos pontos noite (conteuacutedos da

fase escura 2000h 0000h e 0400h)

435 Coleta de sangue

A coleta de sangue dos indiviacuteduos do grupo IRC foi realizada pela equipe de

enfermagem especializada por meio de seringas previamente heparinizadas em dois

horaacuterios diferentes do dia sendo a primeira no meio da fase de claro (entre 1300h e

1500 horas) e a segunda no meio da fase de escuro (entre 100h e 400h) Apoacutes

centrifugaccedilatildeo agrave 1500 rpm durante 10 minutos agrave 4ordmC as amostras foram mantidas em

-80ordmC ateacute o momento das quantificaccedilotildees

As quantificaccedilotildees dos conteuacutedos citocinas em sangue foram realizadas

utilizando-se a metodologia de dosagem por kit comercial ELISA

436 Anaacutelise dos Resultados

Os resultados foram apresentados por meio de medidas descritivas para

observar as variaacuteveis e expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia A

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 35: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

35

comparaccedilatildeo de meacutedias foi feita por teste T de Student no caso de duas meacutedias e

a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi feita a partir do coeficiente de correlaccedilatildeo de

postos de Spearman com o software Graphpad

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 36: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

36

5 RESULTADOS

Com relaccedilatildeo a caracterizaccedilatildeo do perfil de degluticcedilatildeo dos indiviacuteduos do grupo

IRC 16 indiviacuteduos (meacutedia de idade de 538 plusmn 38 anos) apresentaram alteraccedilatildeo de

fase oral e fariacutengea trecircs indiviacuteduos (meacutedia de idade de 65 plusmn 25 anos) apresentaram

alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea e um indiviacuteduo (43 anos) apresentou alteraccedilotildees

exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo Nenhum dos indiviacuteduos apresentou

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (Figura 1)

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo na IRC

0

5

10

15

20Fase Oral alterada

Fase Fariacutengea alterada

Fases Oral e Fariacutengeaalteradas

0n=0

5n=1

15n=3

80n=16

Nuacute

mero

de in

div

iacutedu

os

Figura 1 Perfil da biomecacircnica da degluticcedilatildeo na insuficiecircncia renal crocircnica (IRC)

obtido por exame de videofluoroscopia Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo IRC com

biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem alteraccedilotildees (0 n=0) com Fase Oral alterada (5

n=1) com Fase Fariacutengea alterada (15 n=3) e com Fases Oral e Fariacutengea

alteradas (80 n=16)

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 37: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

37

Com relaccedilatildeo agrave caracterizaccedilatildeo da ingestatildeo oral no grupo IRC por meio da

aplicaccedilatildeo da FOIS foi verificado que previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD quatro

indiviacuteduos (20) encontravam-se no niacutevel 5 e que 16 indiviacuteduos (80)

encontravam-se no niacutevel 7 da escala FOIS (Figura 2A) Apoacutes a realizaccedilatildeo da VFD

com as adaptaccedilotildees alimentares necessaacuterias foi constatado alteraccedilatildeo da FOIS em

seis indiviacuteduos para o niacutevel 1 sete para o niacutevel 4 quatro para o niacutevel 5 e trecircs para o

niacutevel 6 (Figura 2B)

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

Niacuteveis da Escala FOIS

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

Figura 2 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) em cada

niacutevel de ingestatildeo oral (1-7) segundo a escala FOIS realizada preacute (A) e poacutes (B)

realizaccedilatildeo da Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD) n=20

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 38: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

38

Aleacutem disso por meio da VFD foi constatada penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo

laringotraqueal em 30 dos indiviacuteduos (n=6) Destes 333 (n=2) encontravam-se

no niacutevel 5 e os outros 666 (n=4) no niacutevel 7 da escala FOIS previamente agrave

realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Por outro lado quando a variaacutevel presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal foi relacionada a classificaccedilatildeo dos achados do exame de

VFD foi observada presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 166 (n=1) dos

classificados com alteraccedilatildeo de Fase Fariacutengea e de 833 (n=5) dos classificados

com alteraccedilatildeo nas Fases Oral e Fariacutengea da degluticcedilatildeo (Figura 3B)

Figura 3 Nuacutemero de indiviacuteduos do grupo insuficiecircncia renal crocircnica com presenccedila

de aspiraccedilatildeo laringotraqueal constatado em Videofluoroscopia da Degluticcedilatildeo (VFD)

em cada classificaccedilatildeo da FOIS preacute-realizaccedilatildeo de VFD (A) e em cada classificaccedilatildeo

fase oral alterada (FO-A) fase fariacutengea alterada (FF-A) e fases oral e fariacutengea

alteradas (FOF-A) de acordo com a caracterizaccedilatildeo do Perfil de Degluticcedilatildeo na VFD

(B) n=20

A

1 2 3 4 5 6 7

0

5

10

15

20

FOIS

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

B

0

5

10

15

20

Caracterizaccedilatildeo da degluticcedilatildeo

Aspiraccedilatildeo Laringotraqueal

FO-A FF-A FOF-A

Nuacute

mero

de i

nd

iviacuted

uo

s

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 39: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

39

Com relaccedilatildeo ao padratildeo de qualidade de sono os indiviacuteduos do grupo IRC

apresentaram uma meacutedia maior no escore global do PSQI (83 plusmn 30) que os

indiviacuteduos do grupo controle (48 plusmn 30) o que segundo o instrumento de anaacutelise de

qualidade de sono utilizado representa indicativo de pior qualidade do sono para o

grupo IRC (Figura 4)

PSQI-BR

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

8

10

Meacuted

ia d

e e

sco

re g

lob

al

Figura 4 Meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia do escore global obtida atraveacutes de

aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Qualidade do Sono de Pittsburgh nos grupos controle (n=19)

e IRC (n=20) Plt0001

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 40: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

40

Aleacutem disso os resultados do mesmo instrumento mostraram que os pacientes

do grupo IRC apresentaram um percentual maior de distuacuterbios de sono (presente em

100 dos indiviacuteduos n=20) quando comparados aos indiviacuteduos do grupo controle

(aproximadamente 316 n=6) (Figura 5)

PSQI - GRUPO CONTROLE E IRC

GC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

GC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC s

em d

istuacute

rbio

s de

sono

IRC c

om d

istuacute

rbio

s de

sono

0

20

40

60

80

100

d

e in

div

iacutedu

os

Figura 5 Percentuais () dos indiviacuteduos dos grupos controle (GC) n=19 e

Insuficiecircncia Renal Crocircnica (IRC) n=20 agrupados em controles (GC) sem

distuacuterbios de sono GC com distuacuterbios de sono IRC sem distuacuterbios de sono e IRC

com distuacuterbios de sono segundo o questionaacuterio PSQI de avaliaccedilatildeo da qualidade de

sono

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 41: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

41

Quanto agrave anaacutelise do conteuacutedo de melatonina observou-se que os pacientes

do grupo IRC apresentaram conteuacutedo menor de melatonina do que os indiviacuteduos do

GC tanto no periacuteodo diurno quanto no periacuteodo noturno (Figura 6A e 6B)

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo diurno de melatonina os indiviacuteduos do grupo IRC

produziram aproximadamente 275 (073 plusmn 009 pgml) se comparado a meacutedia do

GC no mesmo periacuteodo (265 plusmn 025 pgml) jaacute em relaccedilatildeo ao conteuacutedo noturno os

indiviacuteduos do grupo IRC produziram aproximadamente 24 (111 plusmn 022 pgml) da

meacutedia do GC no mesmo periacuteodo (460 plusmn 056 pgml) Aleacutem disso natildeo houve

variaccedilatildeo entre o conteuacutedo diurno e noturno no grupo IRC o demonstrou falta de

ritmicidade na produccedilatildeo de melatonina neste grupo ao contraacuterio do grupo controle

que apresentou ritmicidade normal na produccedilatildeo de melatonina com pico no periacuteodo

noturno

A

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

B

CONTR

OLE

IRC

0

2

4

6

Mela

ton

ina (

pg

ml)

Figura 6 Comparaccedilatildeo entre as meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia dos conteuacutedos

diurno (A) e noturno (B) de melatonina salivar entre os grupos controle (n = 19) e

insuficiecircncia renal crocircnica (IRC) (n = 20) Plt005

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 42: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

42

Na anaacutelise dos niacuteveis de citocinas inflamatoacuterias verificou-se que os indiviacuteduos

do grupo IRC apresentaram uma meacutedia maior no conteuacutedo diurno de TNF (623 plusmn

92) do que os indiviacuteduos do grupo controle no mesmo periacuteodo (316 plusmn 50) (Figura

7A) Da mesma forma os indiviacuteduos do grupo IRC tambeacutem apresentaram uma

meacutedia maior no conteuacutedo diurno de IL-6 (345 plusmn 166) do que os indiviacuteduos do grupo

controle no mesmo periacuteodo (055 plusmn 054) (Figura 7B)

A

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

TN

F (

pgm

l)

CONTR

OLE

IRC

0

20

40

60

80

B

IL6 (

pgm

l)

Figura 7 Em A Comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de TNF entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Em B comparaccedilatildeo dos conteuacutedos (meacutedias plusmn erro padratildeo da meacutedia)

diurnos de IL-6 entre o grupo controle (n=19) e o grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

(IRC) (n=20) Plt005

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 43: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

43

Na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre as concentraccedilotildees de melatonina e niacuteveis de

citocinas (figuras 8 e 9) foi encontrada correlaccedilatildeo negativa entre os conteuacutedos de

TNF (diurno) e Melatonina (noturno) (Figura 8A)

Apesar de alguns indiviacuteduos do grupo IRC com altas concentraccedilotildees de IL-6

apresentarem baixo conteuacutedo de melatonina o bloqueio tambeacutem esteve presente

em indiviacuteduos com baixas concentraccedilotildees de IL-6 o que resultou em falta de

correlaccedilatildeo estatiacutestica entre estas duas variaacuteveis (Figuras 8B e 9B) O mesmo

resultado foi encontrado na anaacutelise de correlaccedilatildeo entre melatonina noturna e TNF

(noturno) (Figura 9A)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

B

Melatonina salivar noturna (pgmL)

IL-6

pla

sm

a d

iurn

o (

pg

mL

)

Figura 8 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (diurno) R = - 0457 e Plt005 (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina

(noturno) e de IL-6 (diurno) (B) ambos no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 44: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

44

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

A

Melatonina salivar noturna (pgmL)

TN

F p

lasm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

0 2 4 6 8 100

100

200

300

400

Melatonina salivar noturna (pgmL)

B

IL-6

pla

sm

a n

otu

rno

(p

gm

L)

Figura 9 Anaacutelise de correlaccedilatildeo entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de

TNF (noturno) (A) e entre os conteuacutedos de Melatonina (noturno) e de IL-6 (noturno)

(B) no grupo Insuficiecircncia Renal Crocircnica

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 45: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

45

6DISCUSSAtildeO

61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

A produccedilatildeo de conhecimento sobre paracircmetros que indiquem mudanccedilas na

biomecacircnica da degluticcedilatildeo em diversas patologias ainda eacute um procedimento em

evoluccedilatildeo nas pesquisas em disfagia (SILVA et al 2010) Enquanto em muitas

patologias a presenccedila de disfagia jaacute eacute considerada como parte do quadro cliacutenico em

outras esta caracteriacutestica ainda eacute subestimada O presente estudo foi o primeiro a

descrever a biomecacircnica da degluticcedilatildeo em indiviacuteduos com IRC

Os resultados da VFD mostraram alta incidecircncia de alteraccedilatildeo de fase oral e

fariacutengea (80) nesta populaccedilatildeo casos com alteraccedilotildees somente de fase fariacutengea

(15) e com alteraccedilotildees exclusivas de fase oral da degluticcedilatildeo (5) Embora a falta de

outros estudos similares impossibilite comparar este dado epidemioloacutegico com outros

estudos nesta mesma populaccedilatildeo sabe-se que a disfagia orofariacutengea possui incidecircncia

semelhante em populaccedilotildees com quadros neuroloacutegicos como o acidente vascular

encefaacutelico (SCHELP et al 2004 CHAI et al 2008 MARTINO et al 2012) O fato de

nenhum dos indiviacuteduos com IRC ter apresentado biomecacircnica da degluticcedilatildeo sem

alteraccedilotildees inclui a IRC no patamar de patologias candidatas a apresentarem quadros

de disfagia orofariacutengea e apontam assim a necessidade da investigaccedilatildeo e intervenccedilatildeo

fonoaudioloacutegica precoce

Fato ainda mais significativo da importacircncia desta avaliaccedilatildeo foi a presenccedila de

aspiraccedilatildeo laringotraqueal em seis indiviacuteduos (30) Eacute conhecido que este achado

quando natildeo diagnosticado ou frente ausecircncia de intervenccedilatildeo adequada pode favorecer

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 46: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

46

quadros de prejuiacutezo nutricional e de imunidade permitindo assim a aquisiccedilatildeo de novas

doenccedilas ou ateacute mesmo ser fatal (TERAMOTO S 2009)

Aleacutem disto e levando-se em consideraccedilatildeo que a escala FOIS aponta as

mudanccedilas ocorridas na alimentaccedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010

ROFES et al 2013) o fato de quatro indiviacuteduos (20) com IRC encontrarem-se no

niacutevel 5 e de 16 indiviacuteduos (80) encontrarem-se no niacutevel 7 da escala FOIS

previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD mostra que esta populaccedilatildeo apresenta dieta via oral

natildeo gerenciada quando muitas vezes deveria estar com restriccedilatildeo de consistecircncia

alimentar da dieta via oral ou ateacute mesmo em uso de via alternativa de alimentaccedilatildeo

Sendo a FOIS um instrumento de classificaccedilatildeo do tipo de dieta que determinado

indiviacuteduo realiza a ingestatildeo pode-se dizer que a alteraccedilatildeo da FOIS verificada poacutes VFD

estaacute relacionada a necessidade de alteraccedilatildeo da consistecircncia da dieta via oral devido

prejuiacutezos de seguranccedila e eficiecircncia da degluticcedilatildeo constatados no exame objetivo de

degluticcedilatildeo (SILVA et al 2010 CARNABY-MANN et al 2010 ROFES et al 2013)

Na investigaccedilatildeo sobre a relaccedilatildeo entre presenccedila de aspiraccedilatildeo laringotraqueal e a

classificaccedilatildeo dos niacuteveis da FOIS foi demonstrado que dos seis indiviacuteduos nos quais foi

constatado penetraccedilatildeo e aspiraccedilatildeo laringotraqueal dois indiviacuteduos (333)

encontravam-se no niacutevel 5 e os outros quatro indiviacuteduos (666) no niacutevel 7 da escala

FOIS previamente agrave realizaccedilatildeo da VFD (Figura 3A) Com a alteraccedilatildeo da FOIS poacutes VFD

estes seis indiviacuteduos constatados com aspiraccedilatildeo laringotraqueal permaneceram com

via oral zero enquanto ainda instaacuteveis com relaccedilatildeo a qualidade de sono e ritmicidade

dia e noite afim de favorecer seguranccedila e eficiecircncia da biomecacircnica da degluticcedilatildeo

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 47: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

47

Estes dados sugerem que alteraccedilotildees na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podem fazer

parte do quadro cliacutenico da IRC necessitando intervenccedilatildeo sendo que as causas deste

fenocircmeno ainda precisam ser investigadas em futuros estudos

Um paracircmetro a ser investigado seria a presenccedila de sensaccedilatildeo de xerostomia

descritas nesta populaccedilatildeo no presente estudo podendo esta contribuir para

dificuldades na fase oral da degluticcedilatildeo uma vez que este sintoma dificulta o preparo de

forma adequada o bolo alimentar e isso pode interferir na qualidade e seguranccedila da

alimentaccedilatildeo (VESTERINEN et al 2012 BASSI et al 2014)

Outras possiacuteveis causas para a disfagia orofariacutengea na IRC seriam as

complicaccedilotildees eou comorbidades com repercussatildeo no sistema neuromotor como a

neuropatia urecircmica e a encefalopatia urecircmica niacutevel de consciecircncia niacuteveis de alerta

distuacuterbios de sono dano neuronal induzido pelas toxinas urecircmicas lesotildees

cerebrovasculares isquecircmicas estresse oxidativo inflamaccedilatildeo crocircnica e anemia

(BASTOS et al 2004) No caso da anemia vale ressaltar que como sintomas mais

comuns tem-se o cansaccedilo e exaustatildeo dispneia e arritmia aleacutem da possibilidade de

causar sintomas como cefaleia zumbido nos ouvidos disgeusia e disfagia (BASTOS et

al 2004)

Aleacutem disso sabe-se que haacute disfunccedilotildees cognitivas na IRC principalmente nos

domiacutenios de atenccedilatildeo flexibilidade cognitiva memoacuteria e aprendizagem inflamaccedilatildeo

(PLISKIN et al 1996 YOON et al 2009 VESTERINEN et al 2012 BUGNICOURT et

al 2013 da MATTA et al 2014)

Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda natildeo foram completamente

elucidados mas pesquisas sugerem que aleacutem das lesotildees neuronais induzidas pelas

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 48: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

48

toxinas urecircmicas o risco de comprometimento cognitivo e demecircncia nesses pacientes

se deve agrave alta prevalecircncia de lesotildees cerebrovasculares isquecircmicas sintomaacuteticas ou

natildeo (BUGNICOURT et al 2013)

A presenccedila portanto do olhar fonoaudioloacutegico nas manifestaccedilotildees cliacutenicas da

IRC pode ser fator determinante para se evitar possiacuteveis complicaccedilotildees cliacutenicas

decorrentes da presenccedila ou natildeo de prejuiacutezos na biomecacircnica da degluticcedilatildeo

62 Ritmos Bioloacutegicos e Insuficiecircncia Renal Crocircnica

Estudos sobre distuacuterbios de sono na populaccedilatildeo com IRC na sua maioria foram

relacionados com a qualidade de vida de pacientes em diaacutelise revelando que os

mesmos influenciam a vitalidade morbidez e satildeo determinantes para a sauacutede geral

desses pacientes (MOLZAHN et al 1997 PARKER et al 2000 PARKER 2003

NOVAK et al 2006 KOCH et al 2009) Os principais problemas de sono relatados por

esta populaccedilatildeo seriam sono atrasado sono fracionado e despertar de manhatilde muito

cedo (DE VECCHI et al 2000) Estudos tecircm confirmado a presenccedila de ampla

variedade de distuacuterbios como insocircnia tempo de latecircncia de sono aumentado sono

fragmentado e tempo de sono diminuiacutedo (APERIS et al 2012) Os resultados do

presente estudo mostraram a presenccedila de distuacuterbios do sono em 100 dos indiviacuteduos

com IRC percentual maior que de indiviacuteduos controle pareados por idade e sexo

(aproximadamente 32) e maior que o da literatura que descreve distuacuterbios de sono

em 50ndash80 dos pacientes com IRC incluindo aqueles submetidos a hemodiaacutelise

(PARKER et al 2003 RUSSCHER et al 2012)

A importacircncia dos achados do presente estudo quanto agrave presenccedila de distuacuterbios

de sono nesta populaccedilatildeo encontra subsiacutedios em dados da literatura que mostram que

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 49: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

49

distuacuterbios de sono levam ao comprometimento do desempenho em vaacuterias funccedilotildees e agrave

sonolecircncia diurna (BONNET 2005) Aleacutem disso haacute comprometimento da funccedilatildeo imune

e piora de perfis de risco cardiovascular (WELLENS et al 1972 WINGARD e

BERKMAN 1983 KRUEGER e MAIDE 1990 SHEPARD 1992)

As causas dos distuacuterbios de sono nesta populaccedilatildeo apesar de pouco exploradas

apontam para que em grande parte isso se deva a um ciclo circadiano anormal de

melatonina (KOCH et al 2010a KOCH et al 2010b) Nossos resultados corroboram

com esta ideacuteia jaacute que apontam para um bloqueio na produccedilatildeo diurna e noturna de

melatonina na IRC o que determina a falta de ritmicidade dianoite nestes indiviacuteduos

No presente estudo a meacutedia do conteuacutedo de melatonina salivar no iniacutecio da propensatildeo

do sono encontrada do grupo controle foi 59 pgmL em concordacircncia com a literatura

que descreve como normal o conteuacutedo de 4 pgmL para este periacuteodo (NAGTEGAAL et

al 1998) Quando a meacutedia fica abaixo deste valor e o tempo de latecircncia do sono eacute 15

min os pacientes satildeo considerados como candidatos ao uso da melatonina para

melhora de paracircmetros de sono (KOCH et al 2008) No presente trabalho foi

quantificado o conteuacutedo de 113 pgmL nos pacientes do grupo IRC para este periacuteodo

O uso da melatonina neste caso poderia ser uma boa opccedilatildeo jaacute que a precriccedilatildeo de

diversos hipnoacuteticos nesta populaccedilatildeo tecircm sido frequentemente ineficiente (KOCH et al

2008)

Segundo estudos anteriores as causas para o bloqueio da produccedilatildeo de

melatonina nesta populaccedilatildeo poderiam estar associadas com o tratamento de diaacutelise

durante o dia que pode levar a uma induccedilatildeo de sono neste periacuteodo e consequente

insocircnia noturna (PARKER et al2000 PARKER 2003 NOVAK et al 2006) A

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 50: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

50

hemodiaacutelise teria tambeacutem como outro possiacutevel efeito indutor de sono a elevaccedilatildeo da

produccedilatildeo da citocina interleucina (IL-1) e a induccedilatildeo de desequiliacutebrios de osmolaridade

no ceacuterebro e soro (siacutendrome de desequiliacutebrio) que estaacute associada com depressatildeo do

estado de alerta (PARKER et al 2000) Aleacutem disso a hemodiaacutelise causa uma elevaccedilatildeo

na temperatura do corpo (parcialmente causado pela IL-1) Este aumento por sua vez

desencadeia processos de esfriamento Devido a conhecida associaccedilatildeo entre inicio do

sono e resfriamento corporal a hemodiaacutelise pode assim aumentar a sonolecircncia

(PARKER et al 2000)

O comprometimento da capacidade de resposta dos receptores b-adreneacutergicos

relatados na insuficiecircncia renal poderiam diminuir a siacutentese de melatonina na pineal

(SOUCHET et al 1986 HOLMES et al 1989 KARASEK et al 2005) A supressatildeo da

AA-NAT neste caso jaacute foi descrita em modelo experimental em ratos (HOLMES et al

1989) Aleacutem disso o uso de beta bloqueadores comum em pacientes em diaacutelise

tambeacutem poderia inibir a produccedilatildeo de melatonina pela diminuiccedilatildeo da AA-NAT enzima

chave na biossiacutentese de melatonina (SOUCHET et al 1986 KARASEK et al 2005)

Contudo no presente estudo nenhum dos pacientes do grupo IRC faziam uso destes

medicamentos

Apesar de conhecido por outros modelos que a inflamaccedilatildeo perifeacuterica pode

bloquear a produccedilatildeo de melatonina (MARKUS et al 2007) a hipoacutetese de que os altos

indices de citocinas inflamatoacuterias presente na IRC bloqueariam a produccedilatildeo de

melatonina natildeo haviam sido exploradas Nossos resultados de dosagens de citocinas

inflamatoacuterias corroboram com estudos anteriores que afirmaram que pacientes com IRC

tendem a apresentar altas concentraccedilotildees plasmaacuteticas de mediadores inflamatoacuterios

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 51: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

51

como o TNF A IL-1 e a IL-6 aleacutem de marcadores do estress oxidativo que caracterizam

um estado inflamatoacuterio (PALMA et al 2007)

O presente estudo foi assim o primeiro a demonstrar que altos niveis diurnos de

TNF apresentam correlaccedilatildeo negativa com os baixos niveis de melatonina noturna

encontradas nesta populaccedilatildeo Nossos resultados sugerem que os altos niacuteveis diurnos

de TNF podem bloquear a siacutentese de melatonina na glacircndula pineal na IRC Este

achado comprova a accedilatildeo do eixo-imune pineal jaacute demonstrado em outras condiccedilotildees

patoloacutegicas inflamatoacuterias De acordo com este conceito em condiccedilotildees patoloacutegicas a

siacutentese e liberaccedilatildeo de melatonina pela glacircndula pineal passa a ser controlada tambeacutem

pelo sistema imune e por sua vez influencia reciprocamente este sistema (MARKUS et

al 2007) Isto envolve uma rede dinacircmica e intrincada que atua ao longo da resposta

inflamatoacuteria integrando vias de sinalizaccedilatildeo e processos de regulaccedilatildeo nos niacuteveis

molecular celular e organiacutesmico que determinam que em condiccedilotildees de injuacuteria o pico

noturno de melatonina seja suprimido no iniacutecio da resposta inflamatoacuteria pela citocina

TNF (MARKUS et al 2007 CARRERO et al 2010)

Estes achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novas terapias

que possam restabelecer os niacuteveis fisioloacutegicos de melatonina amenizando diversos

problemas relacionados a falta deste hormocircnio e levando a melhora da qualidade de

sono e consequentemente da qualidade de vida deste pacientes

A falta de estudos sobre consequecircncias comportamentais dos baixos conteuacutedos

de melatonina e consequentemente dos distuacuterbios de sono na IRC ressaltam a

importacircncia de novas pesquisas que possam analisar as consequecircncias da diminuiccedilatildeo

do alerta pela sonolecircncia excessiva diurna em diversas caracteriacutesticas cliacutenicas como

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 52: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

52

na biomecacircnica da degluticcedilatildeo podendo assim auxiliar na construccedilatildeo do conhecimento

e contribuir para o tratamento multidisciplinar para esta populaccedilatildeo

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 53: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

53

7CONCLUSOtildeES

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo os achados do exame de videofluorocopia mostraram a

presenccedila de quadros de disfagia orofariacutengea na IRC em 100 dos indiviacuteduos sendo

dentre estes constatado aspiraccedilatildeo laringotraqueal em 30 sugerindo investigaccedilatildeo e

intervenccedilatildeo fonoaudioloacutegica precoce

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo e comparaccedilatildeo os indiviacuteduos com IRC apresentaram

indicativo de distuacuterbios de sono provavelmente devido agrave baixa produccedilatildeo de melatonina

demonstrada com ausecircncia de ritmicidade dia e noite Com relaccedilatildeo as citocinas

inflamatoacuterias os indiviacuteduos com IRC apresentaram altos niacuteveis diurno de TNF e IL-6 em

comparaccedilatildeo ao grupo controle

Quanto agraves correlaccedilotildees os niacuteveis da citocina TNF diurna apresentaram correlaccedilatildeo

negativa com os niacuteveis de melatonina noturna em indiviacuteduos com IRC

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 54: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

54

8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALI BH AL-HUSSENI I BEEGAM S AL-SHUKAILI A NEMMAR A

SCHIERLING S QUEISSER N SCHUPP N Effect of Gum Arabic on Oxidative

Stress and Inflammation in AdeninendashInduced Chronic Renal Failure in Rats PLoS One

2013 Feb 8(2)e55242

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation

position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266

APERIS G PRAKASH P PALIOURAS C PAPAKONSTANTINOU N ALIVANIS

P The role of melatonin in patients with chronic kidney disease undergoing

haemodialysis J Ren Care 2012 Jun38(2)86-92

BARROS E et al Nefrologia rotinas diagnoacutestico e tratamento 3 ed Satildeo Paulo SP

Artmed 2006 p 32-38 2006

BASTOS MG CARMO WB ABRITA RR ALMEIDA EC MAFRA D COSTA

DMN GONCcedilALVES JA OLIVEIRALA SANTOS FR PAULA RB Doenccedila Renal

Crocircnica Problemas e Soluccedilotildees J Bras Nefrol 2004 26 (4) 202-215

BASSI D FURKIM AM SILVA CA COELHO MSPH ROLIM MRP

ALENCAR MLA MACHADO MJ Identificaccedilatildeo de grupos de risco para disfagia

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 55: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

55

orofariacutengea em pacientes internados em um hospital universitaacuterio CoDAS 2014

26(1)17-27

BERTOLAZI NA FAGONDES SC HOFF LS DARTORA EG MIOZZO ICS

BARBA MEF et al Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh

Sleep Quality Index Sleep Med 20111270-75

BONNET MH Acute sleep deprivation In Principles and Practice of Sleep Medicine

4th edn eds Kryger MH Roth T Dement WC Philadelphia PA Elsevier-Saunders

2005 52ndash67

BRADY SL PAPE TL DARRAGH M ESCOBAR NG RAO N Feasibility of

instrumental swallowing assessments in patients with prolonged disordered

consciousness while undergoing inpatient rehabilitation J Head Trauma Rehabil 2009

Sep-Oct24(5)384-91

BUGNICOURT JM GODEFROY O CHILLON JM CHOUKROUN G MASSY

ZA Cognitive disorders and dementia in CKD the neglected kidney-brain axis J Am

Soc Nephrol 2013 24353-63

CACHOFEIRO V GOICOCHEA M DE VINUESA SG OUBINA P LAHERA V et

al Oxidative stress and inflammation a link between chronic kidney disease and

cardiovascular disease Kidney Int Suppl 2008 Dec (111)S4-9

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 56: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

56

CARRERO JJ STENVINKEL P Inflammation in end-stage renal diseasendashwhat have

we learned in 10 years Semin Dial 2010 23 498ndash509

CARNABY-MANN GD CRARY MA McNeill dysphagia therapy program a case-

control study Arch Phys Med Rehabil 201091(5)743-9

CHAI J CHU FCS CHOW TW SHUM NC Prevalence of malnutrition and its risk

factors in stroke patients residing in an infirmarySingap Med J 2008 49 (4) 290-6

CHEE C ARSHAD S SINGH S MISTRY S HAMDY S The influence of chemical

gustatory stimuli and oral anesthesia on healthy human pharyngeal swallowing Chem

Senses 2005 30 (5) 393-400

CHEUNG WW PAIK KH MAK RH Inflammation and cachexia in chronic kidney

disease Pediatr Nephrol 2010 25 711ndash724

CLAVEacute P ARREOLA V ROMEA M MEDINA L PALOMERA E SERRA-PRAT

M Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal

dysphagia and aspiration Clin Nutr 2008 27806ndash815

COSTA DD BERNATSKY S DRITSA M CLARKE AE DASGUPTA K

KESHANI A PINEAU C Determinants of sleep quality in women with systemic lupus

erythematosus Arthritis Rheum 2005 Apr 15 53(2) 272-278

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 57: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

57

CRARY MA MANN GD GROHER ME Initial psychometric assessment of a

functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients Arch Phys Med Rehab

2005 Aug 86(8)1516-20

DA MATTA SM MOREIRA J MELO e KUMMER A BARBOSA IG TEIXEIRA

AL SIMOtildeES e SILVA AC Alteraccedilotildees cognitivas na doenccedila renal crocircnica uma

atualizaccedilatildeo J Bras Nefrol 201436(2)241-245

DE VECCHI A FINAZZI S amp PADALINO R Sleep disorders in peritoneal and

haemodialysis patients as assessed by a self-administered questionnaire International

Journal of Artificial Organs 2000 23 237ndash242

DRAIBE SA Insuficiecircncia renal crocircnica In Ajzen H Schor N editor Guias de

medicina ambulatorial e hospitalar Nefrologia Satildeo Paulo Manole 2002 p 179-194

FERRARA M DE GENNARO L How much sleep do we need Sleep Medicine 2001

5(2)155-179

FILIOPOULOS V VLASSOPOULOS D Inflammatory syndrome in chronic kidney

disease pathogenesis and influence on outcomes Inflamm Allergy Drug Targets 2009

8 369ndash382

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 58: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

58

FURKIM AM MATTANA A Fisiologia da Degluticcedilatildeo Orofariacutengea In FERREIRA

LP BELFI-LOPES DM LIMONGE SCO (Orgs) Tratado de Fonoaudiologia Satildeo

Paulo Roca 2004cap 18 p 212-218

GASPAR S MORENO C MENNA-BARRETO L Os plantotildees meacutedicos o

sono e a ritmicidade bioloacutegica Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira

1998 44 239-245

HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake

and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil

2008 Nov89(11)2114-20

HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is

the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454

HOLMES EW HOJVAT SA KAHN SE BERNES EWJR Testicular dysfunction

in experimental chronic renal insufficiency a deficiency of nocturnal pineal N-

acetyltransferase activity Br J Exp Pathol 1989 70 349ndash56

KARASEK M SZUFLET A CHRZANOWSKI W ZYLINSKA K SWIETOSLAWSKI

J Decreased melatonin nocturnal concentrations in haemodialyzed patients Neuro

Endocrinol Lett 2005 26 653ndash6

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 59: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

59

KIM MJ LEE JH DUFFY JF Circadian Rhythm Sleep Disorders JCOM Journal

2013 November Vol 20 No 11

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML

BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndash

wake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled

cross-over study (EMSCAP study) Br J Clin Pharmacol 2008

KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER

WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake

behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64

KOCH BC VAN DER PUTTEN K VAN SOMEREN EJ WIELDERS JP TER

WEE PM NAGTEGAAL JE GAILLARD CA Impairment of endogenous melatonin

rhythm is related to the degree of chronic kidney disease (CREAM study) Nephrol Dial

Transplant 2010a Feb25(2)513-9

KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC WEE PM KERKHOF GA Different

melatonin rhythms and sleep-wake rhythms in patients on peritoneal dialysis daytime

hemodialysis and nocturnal hemodialysis Sleep Med 2010b Mar11(3)242-6

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 60: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

60

KRUEGER JM MAIDE JA Short analytical review sleep as a host defense its

regulation by microbial products and cytokines Clin Immunol Immunopathol 1990 57

188ndash9

MALPAUX B et al Control of the circannual rhythm of reproduction by melatonin in the

ewe Brain Research Bulletin 1997 44(4) 431-438

MAŁYSZKO J KOC-ŻOacuteRAWSKA E LEVIN-IAINA N et al New parameters in iron

metabolism and functional iron deficiency in patients on maintenance hemodialysis Pol

Arch Med Wewn 2012 122 537-542

MARKUS RF FERREIRA ZS FERNANDES PACM CECON E The Immune-

Pineal Axis A Shuttle between Endocrine and Paracrine Melatonin Sources

Neuroimmunomodulation 2007 14126-133

MARTINO R MARTIN RE BLACK S Dysphagia after stroke and its management

CMAJ 2012 184 (10) 1127-8

MOLZAHN AE NORTHCOTT HC amp DOSSETOR JB Quality of life of individuals

with end stage renal disease perceptions of patients nurses and physicians ANNA

Journal 1997 24 325ndash333

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 61: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

61

MUumlLLER MR GUIMARAtildeES SS Impacto dos transtornos do sono sobre o

funcionamento diaacuterio e a qualidade de vida Estudos de Psicologia I Campinas I 2007

outubro - dezembro 24(4) 519-528

MYSTAKIDOU K PARPA E TSILIKA E PATHIAKI M GENNATAS K

SMYRNIOTIS V VASSILIOU I The relationship of subjective sleep quality pain and

quality of life in advanced cancer patients Sleep 2007 Jun 30(6)737-742

NAGTEGAAL E PEETERS E SWART W SMITS M KERKHOF G VAN DER

MEER G Correlation between concentrations of melatonin in saliva and serum in

patients with delayed sleep phase syndrome Ther Drug Monit 1998 20 181ndash3

NOVAK M SHAPIRO CM MENDELSSOHN D MUCSI I Diagnosis and

management of insomnia in dialysis patients Semin Dial 2006 19 25ndash31

PALMA BD TIBA PA MACHADO RB TUFIK S SUCHECKI D Repercussotildees

imunoloacutegicas dos distuacuterbios do sono o eixo hipotaacutelamo-pituitaacuteria-adrenal como fator

modulador Rev Bras Psiquiatr 2007 May vol29 suppl1 Satildeo Paulo

PARKER KP BLIWISE DL RYE DB Haemodialysis disrupts basic sleep

regulatory mechanisms building hypotheses Nurs Res 2000 49 327ndash32

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 62: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

62

PARKER KP Sleep disturbances in dialysis patients Sleep Med Rev 2003 7 131ndash43

PINATO L da SILVEIRA CRUZ-MACHADO S FRANCO DG CAMPOS LM

CECON E FERNANDES PA BITTENCOURT JC MARKUS RP Selective

protection of the cerebellum against intracerebroventricular LPS is mediated by local

melatonin synthesis Brain Struct Funct 2013 Dec 22

PLISKIN NH YURK HM HO LT UMANS JG Neurocognitive function in chronic

hemodialysis patients Kidney Int 1996491435- 40

PONTES GN CARDOSO EC CARNEIRO-SAMPAIO MMS MARKUS RP

Injury switches melatonin production source from endocrine (pineal) to paracrine

(phagocytes) ndash melatonin in human colostrum and colostrum phagocytes J Pineal Res

2006 41136-141

RADIĆ J LJUTIĆ D RADIĆ M KOVAĈIĆ V SAIN M CURKOVIĆ KD The

possible impact of dialysis modality on cognitive function in chronic dialysis patients

Neth J Med 201068153-7

RAKOWSKI DA CAILLARD S AGODOA LY ABBOTT KC Dementia as a

Predictor of Mortality in Dialysis Patients Clin J Am Soc Nephrol 2006 1 1000ndash1005

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 63: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

63

RANJBARAN Z KEEFER L FARHADI A STEPANSKI E SEDGHI S

KESHAVARZIAN A Impact of sleep disturbances in inflammatory bowel disease J

Gastroenterol Hepatol 2007 Nov 22(11)1748-1753

REIMAtildeO R Sono estudo abrangente (2a ed) 1996 Satildeo Paulo Atheneu

ROFES L VILARDELL N CLAVEacute P Post-stroke dysphagia progress at last Neu-

rogastroenterol Motil 201325(4)278-82

RUSSCHER M KOCH B NAGTEGAAL E VAN DER PUTTEN K TER WEE P

GAILLARD C The role of melatonin treatment in chronic kidney disease Front Biosci

2012 Jun 1 172644-2656

RUTKOWSKI P Clinical and metabolic consequences of uremic toxicity Przegl Lek

200663(4)209-17

SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G

FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never

investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004

Dec 7

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 64: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

64

SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG

LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis

patients Neurology 201380471- 80

SCHELP AO COLA PC GATTO AR SILVA RD amp CARVALHO LD Incidecircncia

de disfagia orofariacutengea apoacutes acidente vascular encefaacutelico em hospital puacuteblico de

referecircncia Arq Neuropsiquiatr 200462(2-B) 503-506

SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke

in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58

SIMMONEAUX V RIBELAYGA C Generation of the melatonin endocrine message in

mammals a review of the complex regulation of melatonina synthesis by

Norepinephrine peptides and other pineal transmiters Pharmacology Reviews 2003

55(2)325-295

SILVA RG JORGE AG PERES FM COLA PC GATTO AR SPADOTTO

AA Protocolo para Controle de Eficaacutecia Terapecircutica em Disfagia Orofariacutengea

Neurogecircnica (Procedon) Rev CEFAC 20101275-81

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 65: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

65

SKINNER H MACKANESS C BEDFORTH N MAHAJAN R Cerebral

haemodynamics in patients with chronic renal failure effects of haemodialysis Br J

Anaesth 200594203-5

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Insuficiecircncia Renal Crocircnica 2008

Disponiacutevel emlthttpwww sbnorgbrgt Acesso em 10 fev 2013

SOUCHET T BREacuteE F BAATARD R FONTENAILLE C DrsquoATHIS PH

TILLEMENT JP KIECHEL JR LHOSTE F Impaired regulation of b-2-adrenergic

receptor density in mononuclear cells during chronic renal failure Biochem Pharmacol

1986 35 2513ndash9

STRASINGER S K Uroanaacutelise e fluidos bioloacutegicos 3 ed 2000 Satildeo Paulo SP

Premier

VAMVAKAS S BAHNER U HEIDLAND A Cancer in end-stage renal disease

potential factors involved -editorial Am J Nephrol 1998 18 89ndash95

VAZIRI ND OVEISI F WIERSZBIEZKI M SHAW V SPORTY LD Serum

melatonin and 6-sulfatoxymelatonin in end-stage renal disease effect of hemodialysis

Artif Organs 1993 Sep17(9)764-769

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 66: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

66

VESTERINEN M RUOKONEN H FURUHOLM J HONKANEN E MEURMAN

JH Clinical questionnaire study of oral health care and symptoms in diabetic vs non-

diabetic predialysis chronic kidney disease patients Clin Oral Investig 2012

Apr16(2)559-563

VILJOEN M STEYN ME VAN RENSBURG BWJ REINACH SG Melatonin in

chronic renal failure Nephron 1992 60 138ndash43

YOON CH SEOK JI LEE DK AN GS Bilateral basal ganglia and unilateral

cortical involvement in a diabetic uremic patient Clin Neurol Neurosurg 2009

Jun111(5)477-9

YUKSEL H SOGUT A YILMAZ O DEMET M ERGIN D KIRMAZ C Evaluation

of sleep quality and anxiety-depression parameters in asthmatic children and their

mothers Respir Med 2007 Dec101(12)2550-2554

WELLENS HJ VERMEULEN A DURRER D Ventricular fibrillation occurring on

arousal from sleep by auditory stimuli Circulation 1972 46 661ndash5

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 67: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

67

WESTERGREN OHLSSON O HALLBERG IR Eating difficulties complications and

nursing interventions during a period of three months after a stroke J Adv Nurs 2001

35 (3) 416-426

WEY D Ciclo vigilia sono de crianccedilas transiccedilatildeo da educaccedilatildeo infantil para o ensino

fundamental 2002 Dissertaccedilatildeo de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de

Satildeo Paulo Satildeo Paulo

WINGARD DL BERKMAN LF Mortality risk associated with sleep patterns among

adults Sleep 1983 6 102ndash7

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 68: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

68

ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia-

UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 69: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

69

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 70: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

70

ANEXO 2- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Solicitamos sua participaccedilatildeo no projeto de pesquisa intitulado ldquoDegluticcedilatildeo

Orofariacutengea e Ritmos Bioloacutegicos na Insuficiecircncia Renal Crocircnicardquo do Departamento de

Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciecircncias de Marilia ndash UNESP cujos

responsaacuteveis satildeo Fga Aline Rodrigues Pinto e Prof Dra Luciana Pinato

Este trabalho tem por objetivo Caracterizar o padratildeo de degluticcedilatildeo e o niacutevel de

ingesta oral e associa-lo com as variaacuteveis ritmicas bioloacutegicas em indiviacuteduos com

insuficiecirccia renal crocircnica e comparar estes com dados de referecircncia eou com

indiviacuteduos controles

Para que seja realizada a pesquisa eacute muito importante a sua participaccedilatildeo pois

haacute a necessidade de comparaccedilatildeo das respostas dos pacientes

Participar deste projeto eacute uma opccedilatildeo sua e natildeo acarretaraacute em alteraccedilotildees em seu

tratamento A qualquer momento vocecirc poderaacute solicitar junto aos responsaacuteveis pelo

projeto esclarecimentos de qualquer natureza

Esperam-se obter os seguintes benefiacutecios decorrentes da presente pesquisa

ampliar o conhecimento sobre a insuficiecircncia renal e sobre possiacuteveis formas de

tratamento

Se vocecirc decidir participar gostariacuteamos de informar-lhes que

a) Os instrumentos de registro utilizados neste estudo incluem para o grupo pesquisa

Protocolo de avaliaccedilatildeo cliacutenica da degluticcedilatildeo e exames objetivos de degluticcedilatildeo para os

grupos pesquisa e controle Questionaacuterio do Sono coleta de sangue e de saliva sendo

a coleta realizada durante o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar para os indiviacuteduos com

doenccedila renal e em domiciacutelio para o grupo controle

b) Os resultados deste estudo talvez natildeo sejam de benefiacutecio imediato para a populaccedilatildeo

estudada e poderatildeo demorar meses para ficarem prontos

d) Assim que existam resultados estes seratildeo apresentados a vocecirc pelos responsaacuteveis

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 71: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

71

pela pesquisa e seratildeo divulgados em revistas cientiacuteficas que circulam entre os

profissionais da sauacutede que tenham interesse nesta aacuterea

g) Sempre que ocorrerem divulgaccedilotildees cientiacuteficas a sua identidade seraacute mantida em

absoluto sigilo

h) Somente pesquisadores envolvidos com o projeto teratildeo acesso aos dados

completos natildeo sendo permitido o acesso aos dados por terceiros

Eu_____________________________________________ portador (a) do

RG__________________________________________ responsaacutevel por

___________________________________________________________ concordo em

participar do referido projeto de pesquisa Declaro estar ciente sobre os itens acima

mencionados e ter recebido as devidas explicaccedilotildees sobre o referido projeto sendo a

minha participaccedilatildeo voluntaacuteria

____________________________

Responsaacutevel

Aline Rodrigues Pinto ndash email rodriguespalinehotmailcom (14) 8142-0148 (Tim)

Profa Dra Luciana Pinato- email lpinatomariliaunespbr (14) 3402-1300 ramal1719

Av Hygino Muzzy Fillho 737 - Dept Fonoaudiologia UNESPMariacutelia ndash SP

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 72: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

72

ANEXO 3 ndash Escala de Coma de Glasgow

Teasdale G Jennet B Assesment of coma and impaired consciosness a pratical scale Lancet 1974 787281-4

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 73: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

73

ANEXO 4

Functional Oral Intake Scale ndash FOIS (Crary et al 2005)

Niacutevel 1 Nada por via oral Niacutevel 2 Dependente de via alternativa e miacutenima via oral de

algum alimento ou liacutequido Niacutevel 3 Dependente de via alternativa com consistente via

oral de alimento ou liacutequido Niacutevel 4 Via oral total de uma uacutenica consistecircncia Niacutevel 5

Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem com necessidade de preparo especial

ou compensaccedilotildees Niacutevel 6 Via oral total com muacuteltiplas consistecircncias poreacutem sem

necessidade de preparo especial ou compensaccedilotildees poreacutem com restriccedilotildees alimentares

Niacutevel 7 Via ora total sem restriccedilotildees

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 74: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

74

ANEXO 5 - IacuteNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH VERSAtildeO EM

PORTUGUES DO BRASIL (PSQI-BR)

Iacutendice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR)

Nome_________________________________________________ Idade_____

Data____________

Instruccedilotildees

As seguintes perguntas satildeo relativas aos seus haacutebitos de sono durante o uacuteltimo mecircs

somente Suas respostas devem indicar a lembranccedila mais exata da maioria dos dias e

noites do uacuteltimo mecircs Por favor responda a todas as perguntas

1 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente foi para a cama agrave noite

Hora usual de deitar ___________________

2 Durante o uacuteltimo mecircs quanto tempo (em minutos) vocecirc geralmente levou para dormir

agrave noite

Nuacutemero de minutos ___________________

3 Durante o uacuteltimo mecircs quando vocecirc geralmente levantou de manhatilde

Hora usual de levantar ____________________

4 Durante o uacuteltimo mecircs quantas horas de sono vocecirc teve por noite (Este pode ser

diferente do nuacutemero de horas que vocecirc ficou na cama)

Horas de sono por noite _____________________

Para cada uma das questotildees restantes marque a melhor (uma) resposta Por

favor responda a todas as questotildees

5 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de dormir porque

vocecirc

(a) Natildeo conseguiu adormecer em ateacute 30 minutos

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 75: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

75

3 ou mais vezes semana _____

(b) Acordou no meio da noite ou de manhatilde cedo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Precisou levantar para ir ao banheiro

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Natildeo conseguiu respirar confortavelmente

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Tossiu ou roncou forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(f) Sentiu muito frio

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(g) Sentiu muito calor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 76: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

76

3 ou mais vezes semana _____

(h) Teve sonhos ruins

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(i) Teve dor

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(j) Outra(s) razatildeo (otildees) por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com que frequumlecircncia durante o uacuteltimo mecircs vocecirc teve dificuldade para dormir devido a

essa razatildeo

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

6 Durante o uacuteltimo mecircs como vocecirc classificaria a qualidade do seu sono de uma

maneira geral

Muito boa _____

Boa _____

Ruim ____

Muito ruim _____

7 Durante o uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc tomou medicamento (prescrito ou

lsquolsquopor conta proacutepriarsquorsquo) para lhe ajudar a dormir

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 77: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

77

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

8 No uacuteltimo mecircs com que frequumlecircncia vocecirc teve dificuldade de ficar acordado enquanto

dirigia comia ou participava de uma atividade social (festa reuniatildeo de amigos trabalho

estudo)

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

9 Durante o uacuteltimo mecircs quatildeo problemaacutetico foi para vocecirc manter o entusiasmo (acircnimo)

para fazer as coisas (suas atividades habituais)

Nenhuma dificuldade _____

Um problema leve _____

Um problema razoaacutevel _____

Um grande problema _____

10 Vocecirc tem um(a) parceiro [esposo(a)] ou colega de quarto

Natildeo ____

Parceiro ou colega mas em outro quarto ____

Parceiro no mesmo quarto mas natildeo na mesma cama ____

Parceiro na mesma cama ____

Se vocecirc tem um parceiro ou colega de quarto pergunte a eleela com que frequumlecircncia

no uacuteltimo mecircs vocecirc teve

(a) Ronco forte

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 78: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

78

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(b) Longas paradas na respiraccedilatildeo enquanto dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(c) Contraccedilotildees ou puxotildees nas pernas enquanto vocecirc dormia

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(d) Episoacutedios de desorientaccedilatildeo ou confusatildeo durante o sono

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana _____

(e) Outras alteraccedilotildees (inquietaccedilotildees) enquanto vocecirc dorme por favor descreva

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Nenhuma no uacuteltimo mecircs _____

Menos de 1 vez semana _____

1 ou 2 vezes semana _____

3 ou mais vezes semana ____

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)
Page 79: ALINE RODRIGUES PINTO - marilia.unesp.br · DEGLUTIÇÃO OROFARÍNGEA E RITMOS BIOLÓGICOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

79

ANEXO 6 - Salivete

Fonte httpwwwhermespardinicombrkitsindexphpcod_kit=68

  • 3 OBJETIVOS
  • 31 Objetivo geral
  • 4 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO
  • 436 Anaacutelise dos Resultados
  • 5 RESULTADOS
  • 6DISCUSSAtildeO
  • 61 Degluticcedilatildeo Orofariacutengea e Insuficiecircncia Renal Crocircnica
  • 7CONCLUSOtildeES
  • 8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA) Food and nutrition misinformation position of ADA J Am Diet Assoc 2002 102260-266
  • HANSEN TS LARSEN K ENGBERG AW The association of functional oral intake and pneumonia in patients with severe traumatic brain injury Arch Phys Med Rehabil 2008 Nov89(11)2114-20
  • HIMMELFARB J Linking oxidative stress and inflammation in kidney disease which is the chicken and which is the egg Semin Dial 2004 17 449ndash454
  • KOCH BC NAGTEGAAL JE HAGEN EC VAN DER WESTERLAKEN MML BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM The effects of melatonin on sleepndashwake rhythm of daytime haemodialysis patients a randomized placebo-controlled cross-over study (EMS
  • KOCH BC HAGEN EC NAGTEGAAL JE BORINGA JB KERKHOF GA TER WEE PM Effects of nocturnal hemodialysis on melatonin rhythm and sleep-wake behavior an uncontrolled trial Am J Kidney Dis 2009 Apr53(4)658-64
  • SABBATINI M CRISPO A PISANI A GALLO R CIANCIARUSO B FUIANO G FEDERICO S ANDREUCCI VE Sleep quality in renal transplant patients a never investigated problem Nephrol Dial Transplant 2005 Jan 20(1)194-198 Epub 2004 Dec 7
  • SARNAK MJ TIGHIOUART H SCOTT TM LOU KV SORENSEN EP GIANG LM et al Frequency of and risk factors for poor cognitive performance in hemodialysis patients Neurology 201380471- 80
  • SHEPARD JWJr Hypertension cardiac arrhythmias myocardial infarction and stroke in reaction to obstructive sleep apnea Clin Chest Med 1992 13 437ndash58
  • ANEXO 1 - Documento de aprovaccedilatildeo do CEP da Faculdade de Filosofia e Ciecircncia- UNESPMariacutelia (Processo nordm 06672013)