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Alinhamento e Balanceamento - Mecânica

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  • 1ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTODE RODAS

    2003

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

  • 2CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    Alinhamento e Balanceamento de Rodas

    SENAI-SP, 2003

    Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo

    Coordenao geral

    Coordenador do projeto

    Organizao e

    atualizao do contedo

    Editorao

    Arthur Alves dos Santos

    Jos Antonio Messas

    Geraldo Arantes Filho

    Maria Regina Jos da Silva

    Teresa Cristina Mano de Azevedo

    SENAI

    Telefone

    Telefax

    E-mail

    Home page

    Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo

    Rua Moreira de Godi, 226 - Ipiranga - So Paulo-SP - CEP. 04266-060

    (0xx11) 6163-1988

    (0xx11) 6160-0219

    [email protected]

    http://www.sp.senai.br/automobilistica

    S47s SENAI. SP. Alinhamento e Balanceamento de Rodas. So Paulo, 2001. 61p. il.

    Apostila tcnica

    CDU 621.3

  • 3ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    INTRODUO 5

    CONCEITOS BSICOS SOBRE PNEUS 7

    Componentes de um pneu 7

    Pneus diagonais e pneus radiais 8

    Pneus com cmara e sem cmara 9

    Rodas 10

    Marcaes dos pneus 13

    Armazenagem dos pneus, cmaras de ar e protetores 17

    Desmontagem/Montagem dos pneus passeio 19

    Desmontagem/Montagem dos pneus para caminhes e nibus 20

    Manuteno dos pneus 21

    Indicadores de desgaste 25

    Avarias em pneus e suas causas 27

    VIBRAES E BALANCEAMENTO DE RODAS 29

    Vibraes e suas causas 29

    Correo dos desequilbrios ou desbalanceamentos 33

    Mtodos de balanceamento 36

    ALINHAMENTO DE RODAS 40

    Conceitos bsicos sobre suspenso 43

    Sistemas de direo 44

    Sistemas de suspenso 45

    ngulos e linhas de referncia 49

    Mtodos de alinhamento 56

    Procedimentos para o servio de alinhamento 58

    Guia de deteco de falhas 60

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 61

    SUMRIO

  • 4CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

  • 5ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    Muitas vezes, mesmo aps reparar a suspenso de um veculo, ainda assim, ele apresenta-

    se fora de suas condies ideais de uso, estabilidade, dirigibilidade e segurana. Quando

    isto ocorre, possvel que as causas destas irregularidades sejam devido s deficincias

    na geometria da suspenso e direo, ou seja, deficincias no alinhamento e balanceamento

    de rodas.

    O mdulo Alinhamento e balanceamento de rodas - tem como objetivo desenvolver nos

    alunos o domnio dos conhecimentos sobre os princpios de funcionamento do sistema de

    Alinhamento e balanceamento de rodas de um veculo.

    O desenvolvimento dos estudos desse mdulo deve ocorrer em duas fases:

    aulas tericas;

    aulas prticas.

    A diviso do contedo em duas fases distintas apenas recurso de organizao sendo que

    as aulas de teoria e de prtica devem ocorrer simultaneamente e a carga horria variar de

    acordo com as necessidades didtico-pedaggicas.

    As aulas tericas visam desenvolver nos alunos o domnio de contedos bsicos necessrios

    para a realizao dos ensaios. As aulas prticas devem ser caracterizadas por atividades

    realizadas direta e exclusivamente pelos alunos.

    O texto que se segue ir tratar do contedo bsico da fase terica do mdulo. O contedo

    dessa fase compreende os seguintes assuntos:

    conceitos bsicos sobre pneus;

    anlise de vibraes e balanceamento de rodas;

    conceitos bsicos sobre suspenso;

    sistemas de direo;

    ngulos e linhas de referncia;

    mtodos de alinhamento;

    guia de deteco de falhas.

    INTRODUO

  • 6CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

  • 7ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    COMPONENTES DE UM PNEU

    Todo pneu formado de quatro partes principais:

    CARCAA a parte resistente do pneu, constituda de lona(s) de polister, nylon ou ao. Retm o ar

    sob presso que suporta o peso total do veculo. Nos pneus radiais as cinturas complementam

    sua resistncia.

    TALESSo constitudos internamente de arames de ao de grande resistncia e tem por finalidade

    manter o pneu acoplado ao aro.

    BANDA DE RODAGEM a parte do pneu que entra diretamente em contato com o solo. Formada por um composto

    especial de borracha que oferece grande resistncia ao desgaste. Seus desenhos constitudos

    por partes cheias (biscoitos) e vazias (sulcos), oferecem desempenho e segurana ao veculo.

    FLANCOSProtegem a carcaa de lonas. So dotados de uma mistura especial de borracha com alto

    grau de flexibilidade.

    FUNES DOS PNEUS Suportar a carga.

    Assegurar a transmisso da potncia motriz.

    Garantir a dirigibilidade do veculo.

    Oferecer respostas eficientes nas freadas e aceleradas.

    Contribuir com a suspenso do veculo no conforto e segurana.

    carcaa

    talo

    flancobanda derodagem

    CONCEITOS BSICOS SOBRE PNEUS

  • 8CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    PNEUS DIAGONAIS E PNEUS RADIAIS

    A diferena entre os pneus diagonais e os radiais est principalmente na carcaa.

    O pneu diagonal, tambm chamado convencional, possui uma carcaa constituda de lonas

    txteis cruzadas uma em relao outra.

    No pneu radial, a carcaa constituda de uma ou mais lonas cujos cordonis esto paralelos

    e no sentido radial. Esta estrutura estabilizada pelas cinturas sob a banda de rodagem.

    VANTAGENS DOS PNEUS RADIAIS Maior durao.

    Economia de combustvel.

    Melhor aderncia.

    Aceleradas e freadas mais eficientes.

    Melhor comportamento.

    Pneu diagonal Pneu radial

    Pneu sob carga

    diagonalradial

    pneu diagonal pneu radial

    Apoio no solo

    Nas curvas

    pneu diagonal pneu radial

  • 9ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    PNEUS COM CMARA E SEM CMARA

    A diferena bsica est dentro do pneu. Os sem cmara possuem no interno uma camada

    de borracha especial, denominada liner, que garante a reteno do ar. Devem ser montados

    em aros apropriados, utilizando vlvulas especiais.

    EXEMPLO DE PNEUS PARA VECULOS DE PASSEIO

    VANTAGENS DO PNEU SEM CMARA Desmontagem e montagem mais simples

    Maior segurana quando perfurados

    Esvaziamento lento

    Pneu sem cmara

    Pneu com cmara

    Esvaziamento rpido

    pneu

    Pneu sem cmara (Tubeless)

    liner

    hump

    vlvula

    aro a canal(centro rebaixado)

    5

    aro a canal(centro rebaixado)

    Pneu com cmara (Tube Type)

    cmara de ar

    5

    vlvula

    pneu

  • 10

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    Exemplo de pneus para caminhes e nibus

    RODAS

    Roda um conjunto formado por aro e disco, servindo de elemento intermedirio entre o

    pneu e o veculo. Portanto, aro o elemento anelar onde o pneu montado e disco o

    elemento central que permite a fixao da roda ao cubo do veculo.

    Para a correta fixao da roda ao cubo necessrio que haja

    uma perfeita concordncia entre as dimenses das porcas ou

    parafusos com os furos de fixao do disco da roda, que podem

    ser planos, esfricos ou cnicos.

    cmara de ar

    protetor

    aro de centro planoanel removvel

    pneu com cmara

    aro D.C. 15

    pneu sem cmara

  • 11

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    Os aros podem ser:

    De centro plano e de centro semi-rebaixado (Semi Drop Center), utilizados em caminhes

    e nibus. Tais aros so dotados de anel ou anis removveis para permitir a montagem do

    pneu;

    De centro rebaixado (Drop Center), utilizados em automveis e tambm em caminhes e

    nibus com pneus sem cmara.

    O tamanho de um aro normalmente constitudo por dois conjuntos de nmeros, sendo

    que o primeiro representa a largura do aro, medida de flange a flange, em polegadas e o

    segundo o dimetro nominal do aro, tambm em polegadas. As letras (ou letra) ao lado da

    largura indicam o tipo de perfil do aro, conforme normas internacionais.

    EXEMPLO

    6 JJ xx 14

    Significam um aro 6 de largura, perfil tipo JJ (aro de centro rebaixado) e com 14 de dimetro

    nominal.

    pneu

    protetor(somente em aros de centro plano)

    aro(centro plano)

    vlvula

    cmara de ar

    Com cmara

    aro(centro rebaixado)

    pneu

    vlvula

    Sem cmara

    S

    H

    d D

    R estat.

    L

  • 12

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

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    DIMENSES DO PNEU E DA RODAS - LARGURA DA SECO

    Largura do pneu novo, montado no aro de medio e inflado presso indicada , sem

    incluir barras de proteo ou decorativas.

    D - DIMETRO EXTERNO

    Dimetro do pneu novo, montado no aro de medio e inflado,

    sem carga.

    H - ALTURA DA SECO

    Distncia entre o calcanhar do talo e o centro da banda de

    rodagem.

    d - DIMETRO DO ARO

    Dimetro medido entre os assentos dos tales.

    L - LARGURA DO ARO

    Distncia entre os flanges do aro, medida internamente.

    R ESTAT. - RAIO ESTTICO SOB CARGA

    Distncia entre o centro da roda e o solo (pneu sob carga).

    CIRCUNFERNCIA DE ROTAO

    Distncia percorrida pelo pneu inflado e com carga em uma volta completa da roda, e uma

    certa velocidade.

    S

    H

    d D

    R estat.

    L

  • 13

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    MARCAES DOS PNEUS

    Todo pneu apresenta nos seus flancos uma grande quantidade de informaes: muitas so

    representadas por cdigos devido ao limitado espao disponvel, e outras podero estar em

    ingls por exigncias de exportao devido s normas de outros pases.

    NOTAS:

    A palavra REINFORCED indica um pneu com estrutura reforada, para veculos

    comerciais leves.

    Quando o pneu tem posio de montagem, deve ser marcado nos flancos o lado interno

    e externo nos idiomas italiano, ingls, francs e alemo, por exigncia de exportao.

    1. Nome do fabricante.

    1A. Logotipo do fabricante.

    2. Modelo do pneu.

    3. Caractersticas de dimenses e construo (ver desenho):

    P - indica que o pneu para uso principal em veculos de passeio

    (exigncia de exportao).

    175 - largura da seco (mm).

    70 - srie tcnica: relao entre altura de seco (H) / largura de seco (S).

    R - quando existir, indica estrutura radial.

    13 - dimetro interno do pneu (dimetro do aro) em polegadas (D).

    4. ndice de carga / cdigo de velocidade.

    No exemplo: 82 = 475kg (ver tabela pg.13).

    S = 180km/h (ver tabela pg.13).

    5. Pneu verso sem cmara (tubeless) ou com cmara (tube type).

    6. Posio dos indicadores de desgaste T.W.I. (Tread Wear Indicators):

    quando atingidos, indicam o momento de retirada do pneu de uso

    (1,6mm de resduo de banda de rodagem).

    7. Cdigos internos para controle de fabricao.

    8. Local fabricao.

    9. Matrcula D.O.T.: exigncia de exportao, mas de interesse

    no Brasil - indica estabelecimento de produo, tipo do pneu

    e perodo de fabricao.

    10. Dados referentes estrutura do pneu: exigncia de exportao.

    11. Carga e presso mxima: exigncia de exportao.

    12. Registro de homologao: exigncia de exportao.

    13. Classificao do pneu junto UTQG (Uniform Tyre Quality Grading):

    exigncia de exportao.

    14. Significa Mud and Snow: exigncia de exportao.

  • 14

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    SRIES TCNICASA srie representa a relao entre a altura (H) e a largura de seco (S), na troca de pneus

    de uma srie por outra e muito importante observar que o dimetro externo no seja alterado,

    bem como que no ocorram interferncias no veculo.

    TABELA DE MEDIDAS

    S H - altura da secoS - largura da seco

    HS

    Srie 80

    135/80 R 13

    145/80

    155/80

    165/80 R 13

    175/80 R 13

    185/80 R 13

    Srie 75

    155/75 R 13

    175/75 R 14

    185/75 R 14

    Srie 70

    145/70 R 13

    155/70 R 13

    155/70 R 13

    165/70 R 13

    175/70 R 13

    175/70 R 13

    185/70 R 13

    165/70 R 14

    185/70 R 13

    165/70 R 13

    175/70 R 14

    175/70 R 14

    185/70 R 14

    185/75 R 14

    195/70 R 14

    Srie 65

    155/65 R 13

    165/55 R 13

    175/55 R 13

    175/55 R 13

    165/65 R 14

    165/65 R 14

    175/65 R 14

    175/65 R 14

    185/65 R 14

    185/55 R 14

    195/55 R 14

    185/65 R 15

    195/65 R 14

    185/65 R 15

    195/65 R 15

    Srie 60

    175/60 R 13

    185/60 R 13

    175/60 R 14

    175/60 R 14

    185/60 R 14

    195/60 R 14

    195/60 R 14

    205/60 R 14

    205/60 R 14

    215/60 R 14

    195/60 R 15

    215/60 R 14

    225/60 R 14

    195/60 R 15

    205/60 R 15

    215/60 R 15

    Srie 55

    185/55 R 14

    195/55 R 14

    185/55 R 15

    205/55 R 14

    185/55 R 15

    195/55 R 15

    205/55 R 15

    195/55 R 16

    205/44 R 15

    205/55 R 16

    Srie 50

    195/50 R 15

    205/60 R 15

    195/50 R 16

    215/50 R 16

    195/50 R 16

    205/50 R 16

    205/50 R 16

    225/50 R 16

    205/50 R 17

  • 15

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    PNEUS PARA CAMINHES E NIBUS

    EXEMPLOS DE INTERPRETAES

    Nome do fabricante Nome do fabricante

    MarcaesN

    Nome do fabricante e tipo de pneu

    Significado

    10.00 R 20 146/143KCap. 16 lonas (16 P.R.)

    TUBE TYPE REGROOVABLE

    11 R 22.5 148/144 MCap. 16 lonas (16 P.R.)

    TUBELESS REGROOVABLE

    Largura nominal da seco em polegadas

    Pneu de estrutura radial

    Dimetro nominal do aro em polegadas

    ndice de carga mxima por pneu para usoem rodas simples

    ndice de carga mxima por pneu para usoem rodas duplas

    Smbolo de velocidade

    ndice de resistncia da carcaa

    Pneu verso com cmara

    Pneu verso sem cmara

    Banda de rodagem ressulcvel

    Sentido de raspagem em pneus com cinturazero grau

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    ................................................

    10.00 11

    R

    20 22.5

    146 148

    143 144

    K M

    Cap. 16 lonas (16 P.R.)

    TUBE TYPE

    TUBELESS

    REGROOVABLE

    Z

  • 16

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

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    TABELA DE NDICE DE CARGA

    TABELA DE SMBOLO DE VELOCIDADE

    ndice

    70

    71

    72

    73

    74

    75

    76

    77

    78

    79

    80

    81

    82

    83

    84

    85

    86

    87

    88

    89

    Carga porpneu (kg) ndice

    Carga porpneu (kg) ndice

    Carga porpneu (kg) ndice

    Carga porpneu (kg) ndice

    Carga porpneu (kg)

    335

    345

    355

    365

    375

    387

    400

    412

    425

    437

    450

    462

    475

    487

    500

    515

    430

    545

    560

    580

    90

    91

    92

    93

    94

    95

    96

    97

    98

    99

    100

    101

    102

    103

    104

    105

    106

    107

    108

    109

    600

    615

    630

    650

    670

    690

    710

    730

    750

    775

    800

    825

    850

    875

    900

    925

    950

    975

    1000

    1030

    110

    111

    112

    113

    114

    115

    116

    117

    118

    119

    120

    121

    122

    123

    124

    125

    126

    127

    128

    129

    1060

    1090

    1120

    1150

    1180

    1215

    1250

    1285

    1320

    1360

    1400

    1450

    1500

    1550

    1600

    1650

    1700

    1750

    1800

    1850

    130

    131

    132

    133

    134

    135

    136

    137

    138

    139

    140

    141

    142

    143

    144

    145

    146

    147

    148

    149

    1900

    1950

    2000

    2060

    2120

    2180

    2240

    2300

    2360

    2430

    2500

    2575

    2650

    2725

    2800

    2900

    3000

    3075

    3150

    3250

    150

    151

    152

    153

    154

    155

    156

    157

    158

    159

    160

    161

    162

    163

    164

    165

    166

    167

    168

    169

    3350

    3450

    3550

    3650

    3750

    3875

    4000

    4125

    4250

    4375

    4500

    4625

    4750

    4875

    5000

    5150

    5300

    5450

    5600

    5800

    Smbolo de velocidade

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    J

    K

    L

    M

    N

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    H

    V

    W

    Y

    Velocidade (km/h)

    50

    60

    65

    70

    80

    90

    100

    110

    120

    130

    140

    150

    160

    170

    180

    190

    200

    210

    240

    270

    300

  • 17

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    ARMAZENAGEM DOS PNEUS, CMARAS DE AR E PROTETORES

    Para obter uma boa conservao dos produtos fundamental que sejam adequadamente

    armazenados. O local destinado armazenagem deve ser necessariamente coberto e com

    as seguintes caractersticas:

    seco;

    fresco;

    escuro;

    isento de graxas e

    demais derivados de petrleo.

    Os pneus devem, de preferncia, ser armazenados na posio vertical em prateleiras,

    construdas com armaes metlicas ou de madeira.

    Nesta operao necessrio evitar deformaes dos pneus de encontro aos suportes.

    No caso dos pneus sem cmara, a armazenagem na posio vertical evitar eventuais

    deformaes que possam prejudicar a operao de montagem e enchimento, garantindo o

    perfeito assentamento dos tales nos flanges do aro.

    Quando no for possvel a armazenagem dos pneus em p, estes podero ser empilhados,

    recomendando-se no ultrapassar os nmeros apresentados na pgina a seguir.

    Caso os pneus permaneam armazenados por longo perodo, deve ser invertida

    periodicamente a sua ordem nas pilhas (a cada trs meses para pneus verso sem cmara

    e a cada seis meses para pneus verso com cmara).

  • 18

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    A cada quatro pilhas permitida a colocao de alguns pneus com o objetivo de amarrao.

    IMPORTANTE

    A armazenagem deve ser feita de modo a garantir uma constante rotao dos produtos,

    limitando ao mximo o seu perodo de permanncia no estoque.

    CMARAS DE AR

    As cmaras de ar podem ser conservadas em suas embalagens. Alternativamente podem

    ser colocadas em prateleiras, evitando que a vlvula danifique a superfcie da cmara

    sob ao do prprio peso. Alm disso, devem ser evitadas irregularidades no plano de

    apoio que possam causar laceraes acidentais. As cmaras de ar no devem ser

    penduradas em ganchos ou outros dispositivos.

    PROTETORES

    Os protetores devem ser armazenados de preferncia em prateleiras. No devem ser

    pendurados para evitar deformaes e alongamentos.

    RECOMENDAES GERAISO descarregamento dos pneus no ato do recebimento deve ser efetuado em local coberto

    no caso de mau tempo. Se mesmo com este procedimento encontrar-se gua no interno do

    pneu, esta deve ser imediatamente retirada.

    O descarregamento do pneu no deve ser efetuado jogando-os no cho ou de modo que

    prejudique sua qualidade e aspecto. tambm vetada sua movimentao com uso direto

    dos garfos da empilhadeira, o que pode provocar avarias nos tales.

    pilha

    amarrao

    Passeio e utilitrios

    Pneus Largura de seco N mx. por pilha N mx. por ancoragem

    Camionetas, caminhese nibus

    4 ou 125mm

    5 ou 135/145mm

    6 ou 155 a 175mm

    7 ou 185mm

    8 ou 205mm9 a 10 ou 215 a 225mm

    10 a 12 ou 225 a 315mm

    12 ou 315mm

    16

    14

    12

    10

    10

    9

    8

    4

    3

    3

    3

    3

    2

    2

    2

  • 19

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    DESMONTAGEM / MONTAGEM DOS PNEUS PASSEIO

    DESMONTAGEMA operao de desmontagem compreende:

    O esvaziamento do pneu, retirando-se o ncleo da vlvula;

    O abaixamento de ambos os tales com equipamento adequado;

    A lubrificao dos tales tanto interno como externo (nunca usar derivados de petrleo);

    A retirada da cmara de ar nos pneus verso com cmara (tube type); e

    A desmontagem do pneu do aro, utilizando equipamentos adequados.

    MONTAGEMA operao de montagem compreende:

    A limpeza do aro que deve estar em perfeito estado;

    A limpeza dos tales e a aplicao de lubrificante adequado (nunca usar derivados de petrleo).

    PNEUS VERSO COM CMARA (TUBE TYPE) A cada troca de pneu utilizar cmara de ar nova;

    Inflar ligeiramente a cmara de ar;

    Aplicar na mesma, uma fina camada de talco;

    Introduzir a cmara de ar dentro do pneu;

    Montar o pneu no aro, sempre utilizando equipamentos adequados;

    Depois de montado o pneu, inflar a cmara aos poucos, empurrando repetidamente a

    vlvula para dentro, de modo a evitar bolsas de ar retido entre o interno e a cmara de ar;

    Inflar o pneu, certificando-se do correto assentamento e centralizao do pneu no aro,

    nunca ultrapassando o limite de 58 lb/pol2. Em seguida, inserir o ncleo da vlvula e

    reduzir a presso para valores recomendados para o veculo;

    Aplicar a tampinha de proteo da vlvula.

    PNEUS VERSO SEM CMARA (TUBELESS) A cada troca de pneu, substituir a vlvula de borracha;

    Lubrificar a vlvula e encaix-la no furo do aro utilizando ferramenta adequada;

    Montar o pneu no aro, sempre utilizando equipamentos adequados;

    Inflar o pneu, certificando-se do correto assentamento e centralizao do pneu no aro,

    nunca ultrapassando o limite de 58 lb/pol2. Em seguida, inserir o ncleo da vlvula e

    reduzir a presso para os valores recomendados para o veculo;

    Aplicar a tampinha de proteo da vlvula;

    Aplicar um pouco de gua nos tales e junto vlvula para certificar-se de que no h

    vazamentos.

  • 20

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    DESMONTAGEM / MONTAGEM DOS PNEUS PARA CAMINHES E NIBUS

    DESMONTAGEMA operao de desmontagem compreende:

    O esvaziamento do pneu, retirando-se o ncleo da vlvula;

    O abaixamento de ambos os tales com equipamentos adequados;

    A lubrificao dos tales (nunca usar derivados de petrleo);

    A retirada do pneu do aro.

    MONTAGEMA operao de montagem compreende:

    A inspeo de todos os elementos que devem estar em perfeitas condies; e

    A lubrificao do aro e tales.

    PNEUS VERSO COM CMARA (TUBE TYPE) Aplicar uma fina camada de talco sobre a cmara de ar;

    Encaixar adequadamente a cmara de ar dentro do pneu;

    Inflar ligeiramente a cmara para melhor acomod-la no interior do pneu;

    Certificar-se de que no sobrou nenhuma impureza entre o pneu e a cmara;

    Encaixar o protetor iniciando pela vlvula;

    Introduzir uma das extremidades do anel do aro e encaixar o restante com equipamento

    adequado;

    Inflar o pneu na presso recomendada (utilizar uma gaiola de proteo conforme figura).

  • 21

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    PNEUS VERSO SEM CMARA (TUBELESS) Aplicar sobre a superfcie do aro e na guarnio da vlvula, uma pelcula de lubrificante

    apropriado (nunca usar derivados de petrleo);

    Encaixar a vlvula no furo do aro;

    Com o auxlio de uma chave fixa, apertar a contra-porca da vlvula;

    Aplicar o lubrificante apropriado nos tales;

    Encaixar o pneu da roda introduzindo o primeiro talo no canal do aro e complementar a

    montagem com auxlio de esptulas;

    Para a montagem do segundo talo, inserir uma parte dentro do canal, encaixando o

    restante com auxlio de esptulas (ver figura);

    Inflar gradualmente o pneu at a presso recomendada.

    MANUTENO DOS PNEUS

    Para obter dos pneus os melhores resultados em termos de aderncia, durao e segurana

    fundamental que eles sejam adequadamente utilizados. Neste particular, observar as

    seguintes recomendaes:

    PRESSO DE ENCHIMENTOA presso de enchimento deve ser aquela indicada pelo fabricante do veculo e do pneu. O

    seu controle deve ser feito pelo menos uma vez por semana, com os pneus sempre frios

    porque os mesmos se aquecem durante o rodar e o calor provoca o aumento da presso

    inicial. Utilizar nesta operao um calibrador devidamente aferido e no esquecer o estepe.

  • 22

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    A presso correta proporciona ao pneu um apoio perfeito no solo e desta forma a rodagem

    apresenta um desgaste normal.

    Quando a presso insuficiente, o pneu tende a se apoiar mais nas laterais da rodagem e

    estas se desgastam prematuramente. Alm disso, o flexionamento do pneu torna-se muito

    acentuado, contribuindo para uma maior gerao de calor, o que prejudica a estrutura do

    pneu.

    Quando a presso excessiva, o pneu apia-se mais na faixa central da rodagem, a qual

    sofre um desgaste mais rpido e o conforto do veculo prejudicado.

    INFLUNCIA DAS ESTRADAS E DAS MANEIRAS DE DIRIGIRO tipo de pavimento das estradas tem influncia direta na durabilidade dos pneus.Quanto

    mais abrasivo o piso e quanto mais precria a condio da estrada, menor tende a ser

    a quilometragem do pneu, conforme pode ser visualizado na tabela a seguir.

    excesso de presso falta de presso presso correta

    Menor apoio do solo Apoio perfeito do solo

    Efeitos de presso sobre a durao mxima do pneu

    100

    50

    0

    Dura

    o d

    o p

    neum

    tic

    o

    du

    ra

    o m

    xi

    ma

    -15

    -10

    -20 +20normalpresso

  • 23

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    DURAO DA BANDA DE RODAGEM SOBRE OS VRIOS TIPOS DE ESTRADAS

    (EM RETAS E VELOCIDADES IGUAIS)

    RODZIOS RECOMENDADOS PARA AUTOMVEIS, CAMIONETAS E UTILITRIOS

    (EM MDIA A CADA 10000 KM)

    Os veculos de passeio so normalmente dotados de suspenses mais confortveis e,

    portanto, mais sensveis a qualquer fenmeno vibracional.

    Quando tais veculos so equipados com pneus radiais, que so mais rgidos na regio da

    banda de rodagem devido s cinturas, recomenda-se no inverter o sentido de giro dos

    pneus por ocasio do rodzio, para evitar eventuais sensaes de desconforto at a

    acomodao do pneu na nova posio.

    O traado da estrada por sua vez tambm influi no rendimento.

    Asfaltada e superfcie lisa

    Asfaltada, porm spera

    Concreto

    Paraleleppedos

    Asfaltada muito spera

    Asfaltada em pssimas condies

    Estradas de terra com pedras

    Macadame

    Tipos de estradasDurao da banda de rodagem/ndice

    (%)

    100

    90

    70

    65

    60

    55

    50

    20

  • 24

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    Assim, estradas com muitas curvas, desnveis, subidas e descidas, solicitam muito mais o

    pneu ao efeito do arrastamento, freadas e aceleradas, reduzindo conseqentemente sua

    vida til.

    Por estas razes fundamental dirigir com regularidade e manter velocidades compatveis

    com cada tipo de estrada.

    Paralelamente devem ser evitados os impactos violentos contra obstculos ou buracos,

    bem como os roamentos contra o meio fio, que podem causar avarias graves na carcaa

    do pneu (quebra de cordonis e bolhas).

    INSPEES PERIDICAS E RODZIOSPeriodicamente muito importante efetuar uma inspeo geral nos pneus, verificando o

    uniformidade de consumo e se no existem avarias nos flancos ou banda de rodagem que

    exigem reparos nos pneus ou at mesmo sua retirada de uso.

    A presena de desgastes irregulares, ou o surgimento de vibraes, so fatores que

    determinam as necessidades de um novo alinhamento e balanceamento de rodas.

    Por outro lado, os pneus montados num mesmo veculo podem com o uso apresentar na

    banda de rodagem um consumo ligeiramente irregular devido s condies mecnicas do

    veculo (suspenso, amortecedores, etc.), distribuio das cargas, variaes nas curvaturas

    das estradas, tipo de percurso, etc. Estas irregularidades podem ser corrigidas atravs de

    trocas sistemticas das posies das rodas do veculo denominadas rodzios.

  • 25

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    MOVIMENTO DE RETIRADA DO PNEU DE USOAtravs da Resoluo 558/80, de 15 de abril de 1980, o Conselho Nacional de Trnsito

    (CONTRAN) estabeleceu em seu artigo 4 que fica proibida a circulao de veculo automotor

    equipado com pneus cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou

    cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6mm.

    Portanto, todos os pneus para automveis, camionetes, caminhes e nibus so dotados

    de 4 a 8 fileiras transversais de indicadores de desgaste de banda de rodagem (salincias

    no fundo do desenho), espaadas com uniformidade pela circunferncia do pneu, que

    permitem verificar quando o pneu atingiu o limite de desgaste da banda de rodagem, ou

    seja, 1,6mm de profundidade remanescente.

    Nos pontos onde localizam-se estes indicadores existem na regio do ombro da rodagem

    as siglas T.W.I. (Tread Wear Indicators).

    INDICADORES DE DESGASTE

    Os pneus com menos de 1,6mm de resduo de desenho na banda de rodagem deixam

    muito a desejar em termos de aderncia, principalmente em piso molhado e por esta razo

    devem ser substitudos por outros novos para a continuidade do rodar com segurana.

    altura dos indicadores = 1,6mm

    profundidadenormal

  • 26

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

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    RODZIOS RECOMENDADOS PARA CAMINHES E NIBUS (EM MDIA A CADA 10.000KM)Veculo equipado com todos os pneus novos (primeira vida) de mesma medida e tipo de

    desenho de banda de rodagem.

    Veculos equipados com pneus de mesma medida e tipo de desenho ou com pneus dianteiros

    diferentes dos traseiros.

    Nos veculos de carga, os esquemas de rodzios indicados so iguais tanto para pneus com

    estrutura diagonal como para pneus com estrutura radial. Num mesmo eixo nunca se deve

    utilizar pneus com estruturas diferentes.

  • 27

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    AVARIAS EM PNEUS E SUAS CAUSAS

    Para que os pneus ofeream os melhores resultados em termos de segurana e desempenho,

    fundamental que sejam observadas suas corretas normas de uso e de manuteno.

    Neste sentido, apresentamos a seguir, as principais avarias decorrentes de emprego

    inadequado do produto ou de natureza acidental, no cobertas por garantia, conforme

    exemplos a seguir, com suas respectivas causas.

    QUEBRA DE CARCAAConseqncia de rodar vazio devido:

    falhas na cmara de ar;

    cortes ou perfuraes;

    pneu sem cmara mal montado no aro;

    aro deformado ou imprprio para pneu sem cmara;

    falhas na vlvula;

    avarias no liner interno ou tales do pneu sem cmara.

    DESGASTE IRREGULAR Alinhamento das rodas fora do especificado.

    Aros deformados ou inadequados.

    Problemas mecnicos na suspenso.

    Emprego de medida ou tipo inadequado de pneu.

    DESGASTE LOCALIZADO Aceleradas ou freadas bruscas.

    Amortecedores avariados (desgastes em vrios pontos da circunferncia do pneu).

    Rodas desbalanceadas.

    ONDULAO NO FLANCO Impactos nos buracos ou obstculos com quebras de cordonis da carcaa.

    AVARIA ACIDENTAL NO TALO Montagem/desmontagem com ferramentas inadequadas.

    Montagem/desmontagem com processos inadequados.

    Aros incorretos.

    Aros em mau estado de conservao.

  • 28

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    QUEBRA DO FRISO DO TALO Montagem/desmontagem com ferramentas inadequadas.

    Montagem/desmontagem com processos inadequados.

    Aros incorretos.

    Aros em mau estado de conservao.

    QUEIMA INTERNA DA CARCAA Uso prolongado com baixa presso ou sobrecarga.

    AVARIA NO FLANCO Perfuraes por corpos cortantes.

    Roamentos no meio-fio ou em componentes do veculo.

    AVARIA NA BANDA DE RODAGEM Perfuraes ou cortes causados por corpos estranhos.

    FORA DOS LIMITES DE SEGURANA Pneu com desgaste excessivo, ou seja, resduo de desenho inferior a 1,6mm.

    Casos como desgaste prematuro, efeitos vibracionais, tendncias de deriva, entre outros,

    podero tambm estar relacionados s anomalias mecnicas. Por isso, diante de qualquer

    dvida, consulte o seu Revendedor de pneu ou a filial mais prxima.

  • 29

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    VIBRAES E SUAS CAUSAS

    As vibraes num veculo causam sensaes de desconforto, dificuldades para dirigir e seu

    diagnstico exige muitas vezes anlises detalhadas.

    Normalmente a vibrao associada pura e simplesmente ao desbalanceamento das rodas.

    Mas essa associao nem sempre vlida.

    necessrio conhecer o fenmeno fsico VIBRAO, suas origens e formas de correo,

    para se obter um rodar mais confortvel, seguro e econmico.

    Desta forma, quando temos um veculo que apresenta vibraes devemos em primeiro

    lugar definir:

    a que velocidade o veculo vibra;

    de onde procedem as vibraes.

    As vibraes veiculares podem ter inmeras origens, sendo as mais importantes:

    desuniformidade dos pneus e aros;

    erros de centragem dos aros nos cubos do veculo;

    montagem incorreta do pneu no aro;

    flat spot;

    desequilbrio das rodas

    DESUNIFORMIDADE DOS PNEUS E AROSUm pneu que possui deformaes na banda de rodagem, em conseqncia, por exemplo,

    de travamento das rodas, conserto de perfurao com prensas inadequadas, etc., certamente

    provocar vibraes pois a cada volta ocorrer uma variao no raio de rodagem provocando

    uma oscilao para cima e para baixo no veculo. Esta oscilao aumenta com a velocidade.

    VIBRAES E BALANCEAMENTO DE RODAS

  • 30

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    bastante comum encontrarmos veculos com pneus deformados, ovalizados ou com

    desgaste irregular, bem como aros tortos ou amassados.

    Nestes casos, deve-se medir a excentricidade na banda de rodagem do pneu e se esta for

    elevada (acima de 3,0mm) preciso, antes de qualquer coisa, trocar o pneu e/ou aro.

    Lembre-se que podemos balancear uma roda que tenha um aro torto, porm no poderemos

    evitar que o aro continue torto e desta forma faa a roda oscilar e origine vibraes. Por

    exemplo, se balancearmos uma roda que esteja amassada, quase que na forma de um

    quadrado, voc conseguir balance-la, mas no momento de rodar com esta roda o veculo

    vibrar, pois a roda ainda continua quadrada.

    ERRO DE CENTRAGEM DOS AROS NOS CUBOS DO VECULOAps examinar o estado geomtrico dos pneus e aros, deve-se checar a centralizao dos

    aros nos cubos, ou seja, se o centro do aro coincide com o centro do cubo de fixao.

    Para se obter uma boa centralizao importante que o aperto dado nos parafusos das

    rodas seja feito em cruz e gradativamente para que o cone dos parafusos possa se alojar

    corretamente nos rebaixos das rodas.

    Seqncia ideal para o aperto dos parafusos

    1, 3, 2, 4 - com torque leve e repetir1, 3, 2, 4 - com torque final

  • 31

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    MONTAGEM INCORRETA DO PNEU NO AROAssim como os aros devem ser corretamente centrados em relao aos cubos, os pneus

    devem ser adequadamente montados nos aros.

    Para se conseguir uma montagem correta do pneu importante:

    controlar se o pneu compatvel com o aro a ser montado;

    usar lubrificante adequado nos tales do pneu e no aro;

    montar os pneus com o uso de mquinas apropriadas, evitando montagem com marretas

    e esptulas que muitas vezes danificam os pneus e aros.

    FLAT SPOTO flat spot uma deformao que ocorre nos pneus quando o veculo fica estacionado por

    um longo perodo, causando vibraes assim que este colocado a rodar. Normalmente o

    flat spot desaparece aps alguns quilmetros rodados quando o pneu aquece e volta

    sua forma original.

    Em alguns casos extremos, em que o carro fica parado por longos perodos, o flat spot

    pode se tornar permanente sendo necessrio substituio do pneu para eliminar a vibrao.

    DESEQUILBRIO DE RODASO desequilbrio das rodas e pneus o principal causador de vibraes.

    O conjunto roda/pneu pode no ter uma distribuio uniforme de massas. Desta forma

    apresentar sempre um certo desequilbrio que dependendo de sua grandeza e da rotao

    a que a roda submetida, pode originar vibraes s vezes considerveis, que afetam

    negativamente o conforto do rodar, aumentam o desgaste dos pneus e podem reduzir a

    vida til dos rolamentos, dos amortecedores e elementos da suspenso e direo do veculo.

  • 32

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    Os desequilbrios podem ser:

    DESEQUILBRIO ESTTICO

    o desequilbrio causado por uma massa disposta simetricamente em relao ao plano

    mediano K e no uniforme ao longo da circunferncia. Com este tipo de desequilbrio a

    roda oscila no sentido vertical produzindo sucessivos impactos no pneu, que afetam a

    suspenso e direo do veculo, acarretando desgaste localizado na banda de rodagem do

    pneu.

    A vibrao sentida em velocidades a partir de 50/60 km/h e aumenta com o acrscimo da

    rotao.

    DESEQUILBRIO DINMICO SIMPLES

    o desequilbrio causado por massas dispostas de maneira assimtrica em relao ao

    plano mediano K e no uniformes ao longo da circunferncia.

    Quando a roda entra em rotao, as duas massas geram duas foras do tipo centrfuga que

    provocam oscilaes transversais.

    O pneu sofre rpido desgaste e tanto o conforto como a dirigibilidade so prejudicados,

    bem como os elementos mecnicos da suspenso e direo do veculo.

    massa

    massas dispostas demaneira assimtrica

  • 33

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    As vibraes comeam a ser sentidas quando a rotao entra na faixa de ressonncia, ou

    seja, a partir dos 70/80km/h e no mais sentida a partir dos 130km/h aproximadamente,

    embora as vibraes continuem a atuar sobre a suspenso.

    DESEQUILBRIO DINMICO COMBINADO

    O caso mais comum encontrado o desequilbrio dinmico combinado. Este desequilbrio

    representado pela soma do desequilbrio esttico e desequilbrio dinmico.

    CORREO DOS DESEQUILBRIOS OU DESBALANCEAMENTOS

    Existem dois sistemas de mquinas de balanceamento de rodas, representados pelas

    chamadas balanceadoras estacionrias e pelas balanceadoras portteis.

    As mquinas estacionrias (ou de coluna) fazem o balanceamento de rodas fora do veculo.

    Estas mquinas compensam os desbalanceamentos estticos e dinmicos das rodas e

    pneus.

    As mquinas portteis (ou locais) fazem o balanceamento das rodas montadas no prprio

    veculo. Estas mquinas compensam exclusivamente o desequilbrio esttico.

  • 34

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    O processo ideal de balanceamento em primeiro lugar compensar o desequilbrio dinmico

    combinado da roda com uma balanceadora estacionria dinmica e feito isso, monta-se a roda

    no carro. Esta roda apresenta ainda um desequilbrio residual oriundo das demais peas que

    giram em conjunto, somado a um pequeno desequilbrio esttico gerado pelo erro de centragem

    da roda no cubo do carro. Completa-se assim o balanceamento com mquina porttil.

    A ttulo de informao, em uma roda de automvel de peso mdio, uma excentricidade de

    0,1mm provoca um desbalanceamento na ordem de 12 gramas.

    OBSERVAES

    As mquinas balanceadoras eletrnicas estacionrias so concebidas de modo a poder

    medir os desequilbrios estticos e dinmicos que existem em ambos os planos da roda

    e som-los de forma vetorial. Desta soma, a balanceadora indica o local onde dever ser

    colocado um s contrapeso em cada plano, de forma a compensar os desequilbrios

    estticos e dinmicos que existem em cada plano.

    Em rodas de automveis recomenda-se nunca aplicar mais de 60 gramas de contrapeso

    em cada plano. As balanceadoras modernas indicam a forma de otimizar o balanceamento,

    desmontando-se o pneu e girando-o na roda na posio mais conveniente.

    Podemos assim concluir que apenas o balanceamento estacionrio, ou seja, feito por

    uma balanceadora eletrnica, nos permite equilibrar de forma correta a roda de um veculo.

    Esta afirmao vlida principalmente para rodas de automveis e utilitrios que por

    serem veculos leves, tm suspenses mais sensveis do que os veculos de maior peso

    (caminhes e nibus). Estes ltimos por terem suspenses bem mais robustas tambm

    absorvem melhor as vibraes originadas de desequilbrios das rodas. Em veculos

    pesados portanto, o balanceamento no prprio veculo com uma balanceadora porttil,

    em geral suficiente.

    Em carros de passeio, 10 gramas de desequilbrio residual por plano so perfeitamente

    aceitveis sem quaisquer influncias que possam originar vibraes.

    Um nibus ou caminho pesado pode ter desequilbrios residuais de mais de 100 gramas

    por roda sem que o motorista sinta qualquer vibrao quando em velocidade.

    J as camionetas e caminhes leves admitem um desequilbrio residual de at 60 gramas

    por roda.

  • 35

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    CONTRAPESOSH inmeros tipos de contrapesos que so aplicveis nas rodas dos veculos.

    O mais utilizado aquele que apresenta uma garra de ao (assim chamada mola) fundida

    junto ao chumbo na hora de sua fabricao. Este tipo de contrapeso utilizado em aros de

    ao ou liga leve e sempre fixado no flange do aro.

    muito importante que o contrapeso seja perfeitamente fixado ao aro e para isto a garra

    deve acompanhar a curvatura da borda do aro, e por outro lado, a forma da parte interna do

    contrapeso deve acompanhar a sede onde o mesmo ficar fixado.

    Existem ainda, dois outros tipos de contrapesos:

    CONTRAPESOS ADESIVOS

    Estes contrapesos so aqueles que em vez de garra possuem uma fita adesiva de dupla

    face e devem ser fixados no aro em uma superfcie limpa e lisa.

    Este tipo de contrapeso normalmente utilizado em aros de liga leve ou em aros cromados

    a fim de evitar que, na sua fixao o aro seja marcado. Tambm so utilizados em rodas

    que no possuam espao para o alojamento de contrapesos com garras.

    CONTRAPESOS DE SEGURANA

    Estes contrapesos so aqueles nos quais a mola no fundida ao chumbo. A mola tem

    neste caso um perfil que abraa o contrapeso e fica bem encaixado no aro (entre o pneu

    e a borda interna do aro).

    Este contrapeso normalmente utilizado pelas montadoras de automveis j que em uma

    mquina balanceadora de produo, existe um dispositivo que descola o pneu do aro j

    inflado deixando espao para a colocao da mola.

    Para finalizar o assunto contrapeso, devemos alertar que a reutilizao de um contrapeso

    muitas vezes perigosa e, portanto, desaconselhvel face ao risco de se soltar em um

    impacto que a roda eventualmente venha a sofrer.

    Da mesma forma, contrapesos que so fabricados com molas cujo ao est fora da

    especificao ou cujo tratamento trmico no foi feito adequadamente podem soltar-se

    facilmente, pois a mola no atua como tal.

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    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

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    MTODOS DE BALANCEAMENTO

    COM MQUINA ESTACIONRIA (OU DE COLUNA)Existem no mercado vrios equipamentos deste tipo, operando com princpios similares,

    mas com manuseio diferentes, o que requer para cada caso, que se sigam as instrues de

    seu fabricante.

    Alguns comentrios todavia so oportunos:

    Antes de iniciar o balanceamento, remova os pesos antigos da roda, bem como qualquer

    corpo estranho que esteja no pneu ou roda.

    Centralize a roda no flange prpria, quando esta de centro fechado e que no permitem

    o uso de cones de fixao;

    Ao girar a roda, verifique se a mesma no apresenta excentricidade ou oscilaes laterais.

    Ajuste o equipamento conforme dimetro, largura do aro e distncia do aro mquina.

    Aplique os contrapesos mais adequados a cada caso. Contrapesos de garra para rodas

    de liga leve no devem ser utilizados em rodas de ao e vice-versa. Nas rodas de liga

    leve, de preferncia utilize contrapesos colantes na parte interna.

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    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    COM MQUINA PORTTIL (NO PRPRIO VECULO)A balanceadora porttil constituda basicamente de:

    Captadores de vibraes (geralmente um para automveis e outro para caminhes e

    nibus);

    Motor eltrico de acionamento da roda;

    Lmpada estroboscpica ou sistema infrared;

    Painel de controles de indicadores de desequilbrio (indica a quantidade de peso).

    No balanceamento devem ser observados os seguintes aspectos:

    Com o veculo erguido, deve-se verificar o estado dos rolamentos, bem como as folgas

    nos pivs ou pino mestre e buchas dos braos da suspenso.

    As rodas devem girar livremente, caso contrrio devem ser regulados os freios.

    Ao se balancear rodas de trao, recomenda-se suspender o veculo de modo que ambas

    as rodas fiquem livres. Este procedimento evitar possveis danos ao diferencial que

    podem ocorrer caso uma das rodas permanea parada com a outra em velocidade.

    O captador de vibraes deve ser colocado na parte inferior da suspenso, o mais prximo

    possvel da roda, ajustando-se adequadamente sua altura de modo a captar qualquer

    vibrao. Os captadores tipo cavalete suportam o peso do veculo e para tanto devem

    estar firmemente aplicados. J os captadores tipo magntico, que no suportam o peso

    do veculo, devem manter o im bem apoiado na suspenso.

    sempre conveniente, com um giz, fazer uma marca na lateral do pneu, para servir de

    ponto de referncia.

    A sensibilidade da balanceadora deve ser ajustada de acordo com o tamanho da roda a

    ser balanceada e as instrues de seu fabricante.

    OBSERVAO

    Para veculos com cmbio automtico a roda motriz s poder ser movimentada com uso

    do motor do prprio veculo para evitar danos ao mecanismo da caixa de mudanas.

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    Ligue o motor da balanceadora e encoste sua polia na roda, girando o pneu. O ponteiro

    do galvanmetro inicialmente subir, depois se estabilizar e comear a cair. Neste

    momento afaste a polia da roda e preste ateno, no prximo deslocamento, subida do

    ponteiro at seu incio de queda. Neste instante, aperte o boto da luz estroboscpica

    que dar a sensao da roda estar parada. Grave mentalmente o valor atingido pelo

    ponteiro, bem como a posio da roda, com base na marca de giz feita no pneu.

    OBSERVAES

    - Em balanceadoras infrared, a indicao estroboscpica substituda por leds no painel.

    - Em balanceadoras eletrnicas digitais, o ponteiro substitudo por nmeros digitais.

    Desligue o motor e coloque a roda na posio vista com a lmpada estroboscpica. A

    parte mais pesada a que se encontra no setor inferior e por isso o contrapeso deve ser

    aplicado na parte oposta superior.

    Caso a quantidade de peso seja muito elevada, mais de 50 gramas para as rodas de

    passeio e mais de 400 gramas para rodas de caminhes e nibus, aplique metade do

    peso no lado externo e a outra metade no lado interno, na mesma direo, para evitar um

    desbalanceamento dinmico.

    Aps aplicar o contrapeso, repita a operao j descrita anteriormente. Se o ponteiro do

    galvanmetro ficar no zero ou na faixa verde de tolerncia, a roda estar balanceada.

    Caso contrrio execute novamente a operao de balanceamento, considerando porm

    o contrapeso j aplicado como referncia. Comparando a roda com um relgio, o

    contrapeso dever aparecer numa das seguintes posies:

    maior concentrao de massa ponto de aplicaodo contrapeso

    11h 1h

    7h 5h

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    - Na faixa entre 11 horas e 1 hora: substitua o contrapeso por outro mais pesado, no

    mesmo local e a seguir verifique de novo se o balanceamento ficou correto.

    - Na faixa entre 5 horas e 7 horas: substitua o contrapeso por outro mais leve, no mesmo

    local e a seguir verifique de novo se o balanceamento ficou correto.

    - Na faixa entre 1 hora e 5 horas, ou entre 7 horas e 11 horas: desloque o contrapeso em

    direo s 12 horas, o equivalente ao seu prprio comprimento. Se o contrapeso mudar

    de lado, desloque apenas a metade do seu comprimento. Verifique de novo se o

    balanceamento ficou correto.

    OUTROS MOTIVOS DE VIBRAESFinalizando, caso as vibraes persistam, outras peas rotativas do veculo devem ser

    diagnosticadas, como por exemplo:

    eixos cardnicos desbalanceados ou tortos;

    discos de freios deformados;

    tambores de freios ovalizados;

    amortecedores com defeitos.

    Lembramos tambm que esporadicamente ocorrem casos de gua dentro dos pneus, devido

    ao enchimento com ar muito mido. Nestas circunstncias no possvel balancear a roda

    por isso o pneu deve ser desmontado retirando-se a gua de seu interior ou de dentro da

    cmara de ar.

  • 40

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

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    Durante dezenas de anos, os veculos automotores eram equipados com um s tipo de

    suspenso. Os componentes da direo do veculo, eram montados de forma a permitir

    poucas regulagens. Isto trouxe como resultado a necessidade de um tipo mais simples de

    equipamento de medio dos ngulos de direo. Evidentemente, falava-se na poca dos

    ngulos de ajuste do eixo dianteiro, j que o eixo traseiro era fixo e destinado apenas

    trao do veculo. Os primeiros alinhadores utilizados foram os mecnicos, que trabalhavam

    com rguas nas quais se mediam os ngulos como, por exemplo, convergncia/divergncia,

    cmber, etc.

    Com o passar do tempo, foram desenvolvidos alinhadores ticos capazes de ler os ngulos

    medidos em um painel que continha escala. Duas cabeas ticas eram montadas com

    grampos especiais nos aros dianteiros do veculo e delas saam fachos de luz que atingiam

    o painel com escala, fazendo com que o operador lesse nas escalas do painel, os ngulos

    existentes na roda. J naquela poca, chegava-se concluso de que o eixo traseiro no

    era apenas um simples suporte das rodas.

    OBSERVAO

    Os alinhadores que utilizam laser so derivados dos alinhadores pticos com algumas

    vantagens: como melhor visibilidade e dispensa de energia eltrica, pois alguns usam pilhas

    de lanterna.

    A velocidade aumentava e a influncia da posio do eixo traseiro j era perceptvel. Assim,

    chegou-se concluso de que este deveria manter-se simtrico ao seu colega dianteiro.

    Para que isto fosse possvel, escalas foram desenvolvidas para serem adaptadas as rodas

    traseiras de forma a possibilitar que o foco de luz procedente das cabeas ticas instaladas

    nas rodas dianteiras projetasse sobre elas.

    Mas ainda naquele tempo, a preocupao era restrita apenas em manter o eixo traseiro

    paralelo ao dianteiro a fim de evitar que o veculo tivesse sua trajetria alterada por um

    eventual ngulo formado entre os dois eixos.

    ALINHAMENTO DE RODAS

  • 41

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    O processo de desenvolvimento dos veculos trouxe, no entanto, novos ajustes no somente

    para eixo dianteiro, mas tambm para traseiro.

    O alinhador de direo j no se referia apenas parte dianteira do veculo, passando a

    exigir a medio do conjunto das 4 rodas, a fim de proporcionar uma perfeita estabilidade

    em velocidades cada vez maiores.

    O alinhamento j no dependia apenas da regulagem das peas envolvidas, mas do estado

    dos pneus (calibragem e desgaste). Alm da carga existente no veculo (o fabricante j

    indicava o volume necessrio de combustvel no tanque e qual a altura da carroceria ao

    solo a ser mantida) para que o veculo fosse colocado em condio assim chamada padro

    para uma medio adequada.

    Naquele tempo, alinhadores mecnicos e ticos se tornaram ferramentas antiquadas pois

    mediam apenas um eixo e seu grau de preciso era muito amplo para os estreitos parmetros

    fixados pelas montadoras.

    Para estes novos veculos, foram concebidos alinhadores eletrnicos. Estes no projetavam

    fachos de luz, mas suas cabeas continham sensores altamente sensveis como inclinmetros

    que transmitiam a uma central eletrnica os ngulos que as rodas apresentavam.

    Os alinhadores eletrnicos j ofereciam a opo de 4 cabeas, uma para cada roda,

    integradas por uma central eletrnica possibilitando a correta medio do retngulo formados

    pelas pontas de eixo e dos ngulos de inclinao das rodas.

    Novos dispositivos foram criados, permitindo a utilizao de apenas duas cabeas nestes

    equipamentos eletrnicos, com uma forte tendncia a atingir-se a preciso de medio

    exigida pelos modernos veculos.

    Mas com o avano da tecnologia e principalmente com a evoluo da informtica na rea

    de medies, a transformao dos alinhadores eletrnicos tornou-se uma necessidade. Centenas

    de novos tipos de veculos lanados no mercado mundial trouxeram grandes dificuldades

    para os operadores de alinhadores que tinham a obrigao de guardar na cabea os corretos

    valores de ajuste para cada tipo de veculo. Ainda hoje comum encontrar, no interior das

    valetas, brochuras com tabelas rasgadas e sujas de graxa, que oferecem ao operador os

    dados do veculo que est alinhando.

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    Em resposta a esta crescente diversidade, alinhadores computadorizados foram

    desenvolvidos, capazes de manter uma biblioteca de dados de veculos e fazer com que a

    um simples apertar de boto, a tela passasse a apresentar os dados do veculo a ser medido.

    As cabeas sensoras tambm foram desenvolvidas, passando a integrar sistemas

    infravermelhos que eliminavam a utilizao de fios de interligao para a reproduo da

    figura geomtrica do posicionamento das rodas de um veculo.

    Um passo alm ainda foi dado. Os dados mantidos na biblioteca passaram a ser utilizados

    para comparao com os valores medidos. Um sistema de indicao a cores no vdeo do

    alinhador - verde (correto) e vermelho (incorreto) - foi idealizado fazendo da operao de

    alinhamento uma tarefa mais simples.

    Tudo isso com o intuito de facilitar a operao de alinhamento para operadores que passaram

    a ser obrigados a ajustar vrios veculos diferentes num mesmo dia.

    Os modernos veculos tambm trouxeram modernas e mais sofisticadas e sensveis

    suspenses, que fazem do alinhamento em alguns deles, uma tarefa relativamente complexa,

    para a qual os modernos alinhadores computadorizados so ferramentas insubstituveis.

    No devemos apenas visualizar a complexidade da operao, como tambm lembrar que o

    tempo utilizado para o alinhamento tem que ser cada vez mais racionalizado e se possvel

    reduzido.

    Num alinhamento fundamental a medio de ngulos e linhas como:

    Caster

    Camber

    Convergncia ou divergncia

    KPI ou SAI

    ngulo incluso (SAI + Camber)

    Divergncia em curva

    SET BACK (diferena coaxial dos eixos)

    A necessidade de efetuar eventuais correes obriga o fornecedor de servios de alinhamento

    a enfocar estes servios com uma viso altamente tcnica, devendo por isto cobrar um

    valor pelo servio e qualidade prestados compatvel com o investimento feito.

  • 43

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    Assim fato que os inmeros tipos de carros e suspenses que chegam a nossas oficinas

    nos obrigam a nos adequar a uma nova realidade, intensificada pela crescente presena de

    carros importados, comercializados no mercado brasileiro. Estes possuem uma limitada

    rede de representantes fazendo com que seja imperativa a adaptao das revendas

    especializadas no atendimento a esta fatia altamente sofisticada do mercado.

    Uma concluso pode ser facilmente tirada do relatrio acima.

    Alinhadores mecnicos e ticos so ferramentas do passado. Clientes possuidores de

    veculos modernos exigem servios altura do alto nvel tecnolgico de seus carros. Por

    outro lado, a mo de obra especializada tambm precisa de um suporte tecnolgico que lhe

    d apoio necessrio, evitando os erros cada vez mais freqentes no ajuste das suspenses,

    provocados pela crescente diversidade dos parmetros a serem observados.

    Longe de se constiturem em um luxo, alinhadores eletrnicos e computadorizados so

    hoje uma necessidade, permitindo aos donos de oficinas especializadas oferecer a seus

    clientes um servio de mais alta qualidade.

    Da mesma forma em que no se concebe, em nossos dias, um escritrio desprovido de um

    computador que facilite as tarefas dirias, o desenvolvimento da tecnologia em ferramentas,

    mais do que uma necessidade, uma obrigao.

    CONCEITOS BSICOS SOBRE SUSPENSO

    Todos os veculos (automveis, caminhes, nibus, tratores, etc.) apresentam duas partes

    fundamentais:

    parte no suspensa que est em contato direto com o pavimento em que o veculo se

    move;

    parte suspensa que est ligada primeira atravs das molas e amortecedores.

    As molas e amortecedores fazem parte da suspenso do veculo agindo como intermedirios

    entre a parte no suspensa e a parte suspensa. A suspenso absorve os impactos da roda

    com o solo, evitando que eles se transmitam diretamente aos ocupantes do veculo.

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    SISTEMAS DE DIREO

    Os veculos so dirigidos movendo-se suas rodas dianteiras atravs de um conjunto de

    peas articuladas. Esse conjunto constitui o sistema de direo, que compe-se,

    basicamente, das seguintes peas.

    H dois tipos bsicos de sistema de direo de acordo com seu acionamento:

    direo mecnica

    direo servoassistida

    No primeiro tipo - direo mecnica - as rodas do veculo so comandadas por dispositivos

    mecnicos.

    Na direo servoassistida h uma combinao de um sistema mecnico comum, com um

    sistema auxiliar hidrulico. Dessa forma, reduz o esforo fsico do motorista do veculo,

    principalmente em manobras a baixa velocidade.

    A geometria das articulaes de direo (barras e braos) projetada de modo a evitar

    arrastamentos dos pneus nas curvas.

    volante

    rvore de direoarticulaes de direo

    caixa de direo

    cremalheira

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    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    Nos veculos, esta condio satisfeita inclinando-se os braos de direo, de modo que

    sua projeo coincida com o eixo traseiro conforme figura.

    Este sistema permite que se obtenham ngulos de esteramento diferentes entre as rodas

    nas curvas, de modo que cada qual percorra sua trajetria sem arrastar os pneus.

    SISTEMAS DE SUSPENSO

    A suspenso tem a finalidade de tornar o veculo confortvel e seguro. Ela absorve os

    impactos recebidos pela roda.

    A suspenso de um veculo constituda por trs partes: estrutura, molas e amortecedores.

    A estrutura faz ligao das rodas com o chassi e define o tipo de suspenso. A suspenso

    dependente caracterizada por um eixo rgido transversal unindo as rodas traseiras ou

    dianteiras.

    quadriltero deJeantaud

    C

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    J a suspenso independente utilizada para cada roda.

    Na suspenso dependente, impactos sofridos por uma roda so transmitidos pelo eixo rgido

    at a outra, o que torna o rodar pouco confortvel, principalmente em estradas irregulares e

    em ms condies.

    J a suspenso independente, como o nome indica, cada roda move-se independentemente

    uma da outra, para cima e para baixo, medida que passam por choques e oscilaes.

    SUSPENSES DEPENDENTESH dois de suspenses dependentes: com feixe de molas e com molas helicoidais.

    A suspenso dependente com feixe de molas atualmente pouco utilizada em veculos de

    passeio. Seu uso est mais direcionado para pick-ups, caminhes e nibus.

    molaamortecedor

    eixo

    estrutura

    amortecedor

    mola

    estrutura

    chassi

    Suspenso dependente Suspenso independente

    Suspenso dependente Suspenso independente

    Feixe de molas Mola helicoidal

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    SUSPENSES INDEPENDENTESA suspenso independente garante que o movimento de uma roda, ao passar por um

    obstculo, no se transmita outra.

    O dispositivo que se deforma elasticamente, com o impacto sofrido pela roda pode ser de

    diversos tipos, como veremos a seguir.

    FEIXE DE MOLAS EM POSIO TRANSVERSAL

    Esse feixe fixo no seu ponto mdio, preso carroceria que do tipo monobloco. Por essa

    razo, a flexo que ocorre em um dos lados no se transmite ao outro lado do feixe.

    BARRA DE TORO

    um eixo de ao especial, de seco circular, que pode ser deformado por toro.Uma de

    suas extremidades fixada ao chassi do veculo e a outra fica ligada, rigidamente, a um

    brao de suspenso, em conexo com mola.

    braofixao do chassi

    barra de toro

  • 48

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    FEIXE DE TORO

    Nesse tipo de suspenso independente temos um feixe de lminas retas e de seco

    retangular, que trabalha dentro de um tubo de ao. O feixe est preso pela sua parte mediana

    e seus extremos ficam livres para se moverem por toro.

    HIDROPNEUMTICA

    um tipo de suspenso hidrulica, onde o ar comprimido

    funciona como elemento elstico. O amortecimento feito

    pela compresso do ar em uma cmara dupla.

    O movimento da roda aciona um mbolo que se move

    dentro de um cilindro. Esse cilindro com a cmara de leo

    que, por sua vez, transmite presso cmara de gs (ar)

    atravs de uma membrana flexvel.

    SUSPENSO INDEPENDENTE COM MOLA HELICOIDAL

    a mais atualmente, graas s vantagens apresentadas pela mola helicoidal em termos de

    espao e fabricao. Pode ser do tipo quadriltero ou do tipo Mac Phearson que tem a

    vantagem de o amortecedor ser a coluna de fixao da mola.

    leo

    mbolo

    armembrana

    flexvel

    unio flexvelmolahelicoidal

    haste doamortecedor

    batentes da mola

    manga do eixo da mola

    tubo telescpico ou colunaque aloja o amortecedor

    brao triangular

    Tipo Mac PhearsonTipo Quadriltero

    pontado eixo

    articulaoesfrica brao

    superiormola

    helicoidal

    braoinferior

    articulaoesfrica

    amortecedor

    tensor

    batente

  • 49

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    NGULOS E LINHAS DE REFERNCIA

    CASTERCaster o ngulo formado pela inclinao longitudinal do pino mestre ou da linha imaginria

    que passa pelos pivs em relao a um plano vertical.

    Tal ngulo tem a finalidade de permitir o auto-retorno das rodas dianteiras sua posio

    primitiva, aps efetuada uma curva.

    Se o ngulo caster estiver irregular e seu valor de inclinao no for correto para as duas

    rodas dianteiras, o veculo tender a derivar para o lado

    cuja roda estiver mais atrasada, provocando o

    arrastamento da mesma e conseqentemente reduzindo

    a vida til do pneu.

    Outra irregularidade que pode ocorrer a vibrao (efeito shimmy) durante a marcha

    retilnea.

    Os efeitos de um caster fora das especificaes so os seguintes:

    Quando insuficiente:

    - reduz a estabilidade direcional em alta velocidade.

    - reduz o esforo direcional requerido em baixa velocidade.

    Quando excessivo:

    - aumenta a estabilidade direcional em alta velocidade.

    - aumenta o esforo direcional requerido em baixa velocidade.

    - pode causar vibraes laterais em alta velocidade.

    Diferena lado a lado:

    Pode causar tendncias no veculo de puxar para um dos lados e problemas em

    freagens violentas.

    A mxima diferena permissvel lado a lado de 30 caso no haja especificao do fabricante.

  • 50

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

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    CAMBERCamber o ngulo formado pela inclinao da roda em relao a um plano vertical. Os

    valores prescritos pelos fabricantes para o camber normalmente so mnimos e variam em

    geral de nulo a positivo.

    Tal ngulo, durante a marcha e sob a ao da carga, tende a se anular de modo que as

    rodas fiquem perpendiculares ao solo.

    Um ngulo camber incorreto causa desgaste irregular na banda de rodagem do pneu e

    tambm anomalias na direo do veculo.

    CAMBER NEGATIVO

    Ocasiona desgaste prematuro no ombro interno do pneu.

    CAMBER POSITIVO

    Ocasiona desgaste prematuro no ombro externo do pneu.

  • 51

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    CAMBER DESIGUAL

    Quando no houver especificaes do fabricante, deve-se tolerar uma diferena mxima

    de 30 de camber lado a lado.

    O veculo tende a puxar para o lado da roda que estiver com o ajuste de camber mais

    positivo.

    CONVERGNCIA - DIVERGNCIADurante a marcha em retilneo do veculo indispensvel que haja um perfeito paralelismo

    tanto entre rodas dianteiras como traseiras, para que os pneus no sofram arrastamentos.

    Para compensar a tendncia de abertura das rodas, devido resistncia ao rolamento dos

    pneus e s folgas do sistema de direo, ou fechamento devido fora motriz, recomendado

    para cada modelo de veculo, um determinado valor de convergncia ou divergncia que

    deve ser mantido para se obter dos pneus o mximo de aproveitamento.

    Caso o veculo trabalhe com uma convergncia (ou divergncia) fora das especificaes,

    os pneus sofrero um desgaste prematuro e irregular, devido ao contnuo arrastamento das

    rodas.

    Convergncia (TOE-IN) Divergncia (TOE-OUT)

    sentido de marcha

  • 52

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    A amplitude de convergncia ou divergncia pode ser expressa das seguintes formas:

    medida angular (em graus) relacionada linha geomtrica central do veculo.

    medida linear (em milmetros) usando como referncia a borda da roda.

    O desgaste gerado por um desajuste de convergncia ou divergncia de 3mm equivale a

    um arraste lateral de 2 metros por cada km percorrido.

    Variaes na altura da suspenso podem afetar as medidas de convergncia ou divergncia.

    NGULO DE INCLINAO DO EIXO DE DIREO (KING PIN OU SAI) o ngulo formado pela inclinao da linha imaginria que passa pelos pivs em relao a

    um plano vertical.

    Este ngulo denominado KPI (KING PIN INCLINATION) nos veculos mais antigos dotados

    de pino mestre.

    Tal ngulo tem a funo de reduzir o esforo da direo nas manobras de estacionamento

    e de diminuir no volante as repercusses provocadas em trajetos irregulares.

    Se este ngulo no estiver de acordo com as especificaes, ocorrer uma alterao de

    geometria do sistema de direo, variando tambm o camber.

    formao de escamas

    arrastamento

  • 53

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    O KPI ou SAI um ngulo que no se mede diretamente mas sim com o giro pr-estabelecido

    das rodas dianteiras. Obtm-se maior preciso se o giro for simtrico com relao linha

    direcional do eixo traseiro.

    NGULO INCLUSOO ngulo incluso a soma dos ngulos SAI/KPI e camber.

    formado pelo eixo de giro geomtrico da roda.

    A diferena mxima permissvel de ngulo incluso de uma

    roda em relao outra de 1 30. Caso no haja

    especificao do fabricante.

    Quando se altera o ngulo de camber o ngulo incluso

    tambm alterado.

    DIVERGNCIA EM CURVASDenomina-se divergncia em curvas a diferena entre os ngulos assumidos pelas rodas

    dianteiras durante as curvas.

    Este ngulo determinado pelos braos de direo e deve ser medido somente aps o

    ajuste correto do ngulo de convergncia ou divergncia.

    Diferenas superiores a 1 30 lado a lado no ngulo de divergncia em curvas indicam uma

    toro ou defeito nos braos de direo do veculo, caso no haja especificao do fabricante.

    SAI camber

    vertical

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    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    Durante uma curva, a roda do lado interno descreve uma curvatura menor do lado externo,

    portanto, a roda interna deve inclinar um pouco mais do que a externa, a fim de evitar atrito

    excessivo dos pneus com o solo.

    SET BACK (DIFERENA COAXIAL DOS EIXOS)Set back representa o atraso de uma das rodas dianteiras, ou seja, a distncia que uma

    roda est atrasada em relao outra.

    O ngulo de set back formado entre a linha geomtrica central e perpendicular da linha do

    eixo dianteiro (medido em ). Considera-se o set back positivo, quando a roda esquerda

    est frente da direita, e negativo quando a roda direita est frente da esquerda.

    C

    C = centro instantneo de rotao

    Positivo Negativo

  • 55

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    EFEITOS DO SET BACK

    ngulos de set back superiores a 15 podem fazer com que o veculo puxe para o lado da

    roda atrasada, bem como gerar instabilidade durante as freagens.

    RAIO DE GIROO raio de giro a distncia entre o ponto de contato do pneu com o solo e a projeo do eixo

    direcional. Quanto mais prximo esse impulso estiver da linha central do pneu, mais leve

    fica o sistema de direo.

    PARALELISMO TOTALParalelismo total significa que as quatro rodas esto paralelas entre si, estas por sua vez,

    paralelas linha central do veculo e o volante centrado.

    Esta situao considerada ideal para a conduo de um veculo.

    centro geomtricoimaginrio

  • 56

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

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    NGULO DE DERIVAO DIRECIONAL (THRUST ANGLE) o ngulo que as rodas traseiras formam tomando como referncia a linha central do

    veculo. Quanto mais este ngulo se afasta de 0 (para a esquerda ou para a direita), mais

    rapidamente os pneus se desgastam e cada vez mais o volante fica fora de centro.

    Este ngulo pode ser corrigido ajustando-se a suspenso traseira ou utilizando-se kits de

    reparao.

    O veculo pode tambm ser alinhado na dianteira tomando como referncia o Thurst Angle

    traseiro, caso a traseira no permita ajustagem.

    MTODOS DE ALINHAMENTO

    ALINHAMENTO DAS RODAS DIANTEIRAS BASEADO NA LINHA GEOMTRICA CENTRALA convergncia de cada roda dianteira medida e ajustada, usando-se como referncia a

    linha geomtrica central do veculo.

    Este mtodo foi usado por muitos anos, podendo proporcionar servios de alinhamento

    satisfatrios, desde que as rodas traseiras do veculo estejam posicionadas perfeitamente

    paralelas a linha geomtrica central.

    THRUST LINE

  • 57

    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    No caso em que as rodas traseiras (eixo rgido ou suspenso independente) criam uma

    linha direcional formando um ngulo com a linha geomtrica central, a geometria da direo

    sair do seu ponto central e o volante ficar torto para um dos lados, quando o veculo

    rodar em linha reta.

    ALINHAMENTO DAS RODAS DIANTEIRAS BASEADO NA LINHA DIRECIONALAlinhar as rodas dianteiras baseando-se na linha direcional criada pelas rodas traseiras,

    representa um avano considervel sobre o mtodo anterior.

    Neste mtodo a convergncia traseira medida (no ajustada); com esta medio determina-

    se a linha direcional das rodas traseiras que usada com referncia para o ajuste das rodas

    dianteiras.

    Como resultado, na maioria dos casos, o volante ficar centrado quando o veculo se desloca

    em linha reta.

  • 58

    CURSO TCNICO DE AUTOMOBILSTICA

    ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO

    ALINHAMENTO TOTAL NAS QUATRO RODASAlinhamento total o servio mais completo, a convergncia individual traseira medida e

    ajustada conforme as especificaes do fabricante. Este ajuste faz coincidir a linha direcional

    das rodas traseiras com a linha geomtrica central direcional. Neste caso as quatro rodas

    ficaro paralelas entre si e o volante centrado, teremos ento o paralelismo total do veculo.

    PROCEDIMENTOS PARA O SERVIO DE ALINHAMENTO

    Inspeo de veculos

    Pneus e aros

    Componentes do sistema de direo e suspenso

    Verifique se no h desgastes anormais devido presso, camber e/ou convergncia incorretos.

    Verifique se a medida do pneu, seu desenho e marca so iguais lado a lado.

    No misture pneus radiais com diagonais (convencionais).

    Calibre os quatro pneus na presso recomendada (use calibrador de preciso aferido).

    Verifique se os aros no esto trincados, torcidos ou amassados.

    Verifique o estado das mangas de ajuste, grampo e parafusos.

    Verifique o nvel de desgaste das articulaes.

    Verifique nos braos da suspenso o estado das buchas quanto a folga e danos.

    Controle o livre movimento das rodas em ambos os sentidos.

    Verifique se a barra de direo no apresenta desgaste ou folgas nas junes.

    Verifique a fixao da caixa de direo no chassi e se a folga lateral no excessiva.

    No caso de veculos equipados com direo hidrulica, ligue o motor e observe se no existem vazamentos de leo do motore se o nvel do fluido est normal. Controle tambm o estado da correia de acionamento da bomba hidrulica.

    Gire o volante ligeiramente para ambos os lados para aliviar a presso da bomba.

    Verifique o estado das buchas da barra estabilizadora e dos tirantes (caso houver).

    Verifique o estado das molas e amortecedores (observe a altura do veculo).

    Qualquer componente danificado deve ser substitudo para se obter um servio de alinhamento adequado.

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    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    SUSPENSO DIANTEIRA - PONTOS A INSPECIONAR

    mola helicoidalunio flexvel

    haste do amortecedor

    batentes da mola

    tubo telescpico ou colunaque aloja o amortecedor

    manga do eixo da roda

    brao triangular

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    GUIA DE DETECO DE FALHAS

    Vibraes

    Fora plano da roda excessivo.

    Excentricidade radial excessiva.

    Rodas desbalanceadas.

    Peas da suspenso com folgas.

    Caster positivo excessivo.

    Pneus com desgaste irregular.

    Vibraes dos eixos ou componentes da transmisso.

    Desgaste anormal dos pneus

    Presso dos pneus incorreta.

    Rodas excntricas.

    Peas da suspenso com folgas.

    Convergncia ou divergncia fora da especificao.

    Camber fora da especificao.

    Caster excessivo.

    Divergncia em curva incorreta.

    Curvas em alta velocidade.

    Freadas violentas.

    Rodas desbalanceadas.

    O veculo puxa para um lado

    Presso do pneu inadequada.

    Ajuste incorreto do rolamento.

    Barras ou molas de toro arriadas.

    Brao ou tirante mal ajustado.

    Peas da suspenso muito apertadas.

    Freios desajustados.

    Pneus de tamanhos diferentes.

    Sistema hidrulico da direo.

    Conicidade do pneu.

    Caster errado (fora de tolerncia).

    Camber errado (fora do especificado).

    Instabilidade

    Presso do pneu inadequada.

    Ajuste incorreto da caixa de direo.

    Terminais de direo com folgas.

    Eixo traseiro mal ajustado.

    Caster negativo excessivo.

    Convergncia ou divergncia excessiva.

    Pneus com deformaes.

    Amortecedores desgastados.

    Buchas dos tirantes desgastadas.

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    ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS

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    PIRELLI. Treinamento tcnico em pneus e servios. Apostilas tcnicas.

    HOFMANN. Linha automotiva. Catlogo de produtos.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS