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FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 12
ALÉM DA PEDRA: UTILIZAÇÃO DE ROCHAS EM ALVENARIAS NAS ZONAS
RURAIS NO NORDESTE DO BRASIL, SÉCULOS XVII AO XX
Jônatas Alves Ferreira1
Mariana Freitas1
Manuela Xavier Gomes de Matos2
Paulo Martin Souto Maior3
Resumo: Casa Grande, residências, cemitério, igreja, muros e reocupações de sítios pré‐históricos construídos entre os séculos XVII e XX em zonas rurais do nordeste do Brasil compõem os objetos de estudo desta pesquisa. Embora em épocas e contextos diferentes essas construções guardam entre si similitudes que denotam o uso da rocha em alvenarias, de forma exclusiva ou também em conjunto com outros materiais. Descrever essas estruturas e identificar o elo comum entre elas foi o objetivo deste artigo, que introduz o estudo de algumas técnicas e tecnologias que foram eclipsadas pela cantaria artística e especializada de edificações públicas e de maior porte nos centros urbanos, a exemplo de fortificações, igrejas matrizes e palácios. A partir das circunstâncias geográficas e sociais dos contextos de cada caso apresentam‐se aqui construções menores e produzidas com matéria prima local em grande parte por seus próprios usuários. Palavras‐chaves: Alvenarias, Nordeste, Arqueologia Histórica.
Abstract: A plantation ownner’s mansion, residences, cemetery, church, walls, and shelters in prehistoric sites built between the 17th and 20th centuries in rural areas of northeastern Brazil make up the objects of study of this research. Although in different times and contexts these constructions share similarities that denote the use of rock in masonry ‐ exclusively or in conjunction with other materials. To describe these structures and to identify the common link between them was the objective of this article, which introduces the study of some techniques and technologies that were eclipsed by the artistic and specialized masonry of public buildings and of greater size in the urban centers, such as fortifications, churches Matrices and palaces. From the geographic and social circumstances of the contexts of each case, smaller constructions are produced here and produced with local raw material in large part by its own users. Keywords: Rock in masonry, Northeastern Brazil, Historical Archeology.
1Discente, Programa de Pós‐graduação em Arqueologia e Preservação Patrimonial, UFPE. 2Pesquisadora, Programa de Pós‐graduação em Arqueologia e Preservação Patrimonial, UFPE. 3Departamento de Arqueologia, UFPE.
FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 13
Método
A partir da análise de doze estruturas remanescentes dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX em sete
localidades nos estados de Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, identificaram‐se
aspectos de um perfil construtivo ainda pouco estudado: construções em alvenaria que
empregaram rocha em zonas rurais ou afastadas dos centros urbanos. Entretanto, para
compreender esse grupo de amostra — composto por diversos usos, entre os quais se incluem
habitacional, religioso, abrigos, cemitério e muros — procurou‐se descrever o contexto de
cada caso com o intuito de identificar se há um elo comum a todas. Em outras palavras, que
circunstâncias influenciaram a manutenção da utilização de rochas em paredes sem ou com
pouco trabalho de cantaria ao longo desses séculos no interior do nordeste? Para tentar
responder essa questão foram levadas em consideração três variáveis: o contexto sócio
econômico, a localização e o perfil técnico e tecnológico.
Técnica de Pesquisa
Com esse objetivo — verificar se há uma relação entre esses padrões de alvenarias que
utilizaram rocha — tratou‐se, primeiro, de coletar informações de cada contexto histórico e
geográfico para então se descrever os perfis técnicos desses vestígios materiais. Os exemplos
descritos não são únicos ou exceções, mas casos particulares e pouco recorrentes. Contudo,
trata‐se de um modelo construtivo que vêm sendo aplicado desde o século XVII. Assim, a
descrição dos perfis técnicos considerou dados geométricos dos tijolos e rejuntes (paginações),
dimensão das paredes e muros, planta baixa emateriais utilizados.
Tabela 1: Resumo dos vestígios construtivos selecionados a partir da presença de rocha em alvenarias.
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FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
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A terceira etapa construtiva é representada pelas alvenarias AL01 (alvenaria de tijolo cerâmico
maciço) e AL07, (alvenaria mista), que foram construídas durante a mesma intervenção, ao
lado da edificação anterior, ampliando‐a no sentido nordeste e sudeste. A AL07 foi ainda
utilizada na construção das paredes externas de todo o pavimento superior. Objetivamente,
essa é a etapa onde não há dúvida que a casa‐grande já era um sobrado.
Nessa nova etapa a edificaçãoassume formato retangular e ainda está íntegra. Seu formato foi
reconstituído através de levantamento espacial. Pode‐se afirmar que essa etapa é posterior às
duas anteriores, pois há superposição, visível na fachada a noroeste, de paredes da AL07 sobre
paredes da AL04 e sobre colunas da AL02. E ainda podem‐se observar, em algumas colunas da
AL02, marcas de cortes na alvenaria, para evitar haver partes salientes de alvenarias antigas
nas novas paredes da AL07.
A quarta etapa construtiva foi materializada pela alvenaria AL14, (alvenaria de tijolo cerâmico
maciço) que está localizada no núcleo original da casa, no meio do espaço delimitado pela
AL04 – primeira etapa construtiva. Consiste em duas paredes de meia‐vez5, que estão
dividindo o espaço em três cômodos.
Finalmente, a quinta etapa construtiva representada pela alvenaria AL10 (alvenaria de tijolo
cerâmico maciço) está localizada no centro da edificação atual, e consiste na abertura de duas
arcadas de características iguais em duas paredes pertencentes a alvenarias diferentes. Pode‐
se afirmar, no entanto, que essa alvenaria é posterior à alvenaria AL14, pois uma das paredes
em que a arcada foi aberta pertence à alvenaria AL14.
Transformações tecnológicas
A partir das alvenarias e de suas etapas construtivas percebe‐se que nas duas primeiras, além
de preocupações com o rigor na construção, os construtores dispunham e utilizavam
instrumentos como linha, nível de pedreiro e fio de prumo. Nas etapas posteriores, o rigor e o
uso de instrumentos não fizeram parte das preocupações da nova geração de construtores.
5 São paredes que usam tijolos dispostos com sua face mais larga virada para baixo.
FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
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Apenas na última etapa, na AL10, (alvenaria de tijolo cerâmico maciço), algumas das atividades
foram realizadas com rigor, buscando resultados padronizados.
As mesmas considerações são válidas quando se trata de projetos e de execução das obras.
Nenhuma das etapas recentes produziu um projeto tão cuidadoso quanto o que foi executado
pela AL02 (alvenaria de tijolo cerâmico maciço). A modulação de espaços e de elementos
estruturais é um recurso amplamente utilizado na construção civil e na arquitetura, e que
ainda faz parte das discussões atuais. Portanto, se houve modulação estética, estrutural e dos
materiais, pressupõe‐se que existiu também um estudo, uma estratégia, uma previsão, ou
seja, um projeto. O que se pode entender aqui como tecnologia.
Sítio do Pilar, Recife‐PE, Séculos XVII Ao XIX6
Localização
Desde o início dos trabalhos, em março de 2010, a equipe de Arqueologia da Fundação Seridó
identificou restos de estruturas construtivas em alvenaria de tijolo, alvenaria de rocha e
alvenaria mista e grande quantidade de fragmentos de utensílios de uso cotidiano das
comunidades que ocuparam a área ao longo dos séculos XVII ao XXI.
Em decorrência dos resultados apresentados nos relatórios parciais de atividades da pesquisa
arqueológica, o conhecimento do cemitério colonial passou a integrar os objetivos da pesquisa
arqueológica na quadra 55. Esse conhecimento permitiu, através da obtenção de dados sobre
suas dimensões espaciais e temporais, compreendermos o número de indivíduos sepultados, a
cultura material associada — incluindo a relação com as estruturas construtivas —, os
processos de inumação e ainda os dados antropológicos que nos permitiram conhecer a
origem, as patologias, os traumas e as atividades que esses indivíduos desenvolviam na
Capitania.
6 Imagens e dados obtidos em: Acompanhamento e Pesquisa Arqueológica na área de Implantação do Projeto Habitacional do Pilar. Bairro do Recife, Recife – Pernambuco, relatório técnico final de atividades, 2014, Fundação Seridó, Recife, PE, 230. Cabe salientar que se publicou em 2013, na Revista Clio Arqueológica uma versão resumida desse relatório: PESSIS, A‐M; et al, 2013. Evidências de um Cemitério de Época Colonial no Pilar, Bairro do Recife‐PE. Clio Arqueológica, v. 28, n. 1.
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Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 21
estrutura 2A, com 70 cm de largura, 84 cm de comprimento e 30 cm de altura,
aproximadamente, está em contato com a estrutura 1A (canaleta) na sua parte oeste, mas sem
relação estrutural. A estrutura 2B, com 90 cm de largura, 70 cm de comprimento e 30 cm de
altura, aproximadamente, está em contato com a estrutura 1A, na sua parte leste, e com a
estrutura 1B. Com já foi citado, apesar de estarem em contato físico com as estruturas 1A e
1B, e de estarem no mesmo nível destas, não se verificou relação estrutural entre elas. O
sistema construtivo da referida alvenaria não apresenta fiadas, a estrutura parece organizar‐se
como um conglomerado de rochas irregulares e argamassa de cimento Portland.
Sítio Histórico São Joao do Piauí, PI, Fazenda Jesuíta, Século XVIII7
Foram identificados na localidade de São João do Piauí, PI, algumas estruturas que utilizaram
pedra e cal.8 Entre elas cabe ressaltara antiga Capela Grande, também chamada de Capela
Nova. Aexistência de um lavabo de rocha, datado de 1939 e de uma pia de água benta,
atestamque essa ruina com alvenaria de rocha é uma construção religiosa, e que
possivelmente trata‐se da antiga residência dos Jesuítas nessa região. Reforça essa tese o fato
de ter sido encontrada num trecho de alvenaria as iniciais SJB, (São João Batista), em
referência a célebre redução jesuíta fundada pelo padre Antônio Sepp em 1697, no atual
estado do Rio Grande Sul.
Essa ruína, supostamente feita pelos jesuítas, mantêm algumas paredes ainda em pé mas com
várias partes desmoronando. Podem ser identificados no local vários blocos de rocha dispersos
tanto no seu interior quanto no exterior. O conjunto das ruínas, contendo sete cômodos,
abrange uma extensão aproximada de 150 x 93 m. Observando as ruínas pode‐se identificar
alguns elementos que compõe o programa das construções jesuíticas: a igreja, localizada no
cômodo C; e, a cerca que conforma o pomar, a sudoeste das ruínas. Para os demais cômodos
ainda não foi identificadosuas atividades e funções. Cabe lembrar que o programa padrão
jesuíta ainda previa locais para a realização de trabalhos e a residência dos padres e que o grau
7 Imagens e dados obtidos a partir do relatório de escavação: GUIDON, Niède (coordenação geral), Relatório Parcial de Pesquisa Referente às Atividades de Campo no Sítio Histórico Brejo de São João, Município de Pajeú do Piauí, Fumdham, São Raimundo Nonato ‐ PI, outubro de 2014. 8 FILHO, O.P.da S. 2007. Carnaúba, Pedra e Barro na Capitania de São Jose do Piauhy, Belo Horizonte: Ed. do Autor, 3v.
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RA, J.A.; FREITAS, Méculos XVII ao XX.
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M.; MATOS, M.X.G.d
vol. XIX. PP. 12‐4
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43.
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m Alvenarias nas Z
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Zonas Rurais no Nor
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FERREIRBrasil, Sé
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RA, J.A.; FREITAS, Méculos XVII ao XX.
amentos (2017),
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M.; MATOS, M.X.G.d
vol. XIX. PP. 12‐4
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43.
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Além da Pedra: Util
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FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 25
Sabe‐se que o uso da pedra em construções humanas é quase tão antigo quanto nossa própria
história. No entanto, devido a circunstanciastais como a mão de obra necessária para
manipular essa matéria prima e o tempo demandado para execução dos projetos, esse uso fica
mais restrito a construções oficiais ou de interesse coletivo, como palácios, templos e
fortificações. Fugindo a esta regra, o exemplo das cercas de pedra no Seridó Potiguar se torna
ainda maispeculiar, pois se se tratam de estruturas construídas pelo interesse particular que,
juntamente de outras construções não oficiais, começam a receber a devida atenção por parte
da Arqueologia Histórica.
Pesqueira–PE
De forma semelhante ao exemplo registrado em Caicó – RN, no município de Pesqueira – PE o
caso se repete. O modelo construtivo é praticamente igual e a variabilidade sobre esse padrão,
comparando‐se os dois, se dá em função da habilidade e do esmero de quem constrói e da
oferta de rochas no entorno, mais do que aspectos culturais e tecnológicos. E de fato, um
morador da região e que trabalhava na manutenção de um desses muros,ao perguntarmos se
sabia quem o construiu, respondeu de forma contundente:
“meu pai fazia de um jeito, eu faço de outro. É só botar as grandes embaixo e ir subindo”.
Percebemos que o suposto jeito do filho comparado ao do pai era, na verdade, uma questão
de esmero. E esse esmero se traduz no cuidado da seleção das pedras maiores para serem
utilizadas na base, no preenchimento dos vazios com pedras menores e noprumo vertical da
estrutura, assim como seu alinhamento horizontal na base superior. Achamos que podia haver
mais de um padrão, mas ao compararmos o casode Pesqueira com o de Caicó percebemos
tratar‐se de um mesmo perfil técnico.
FERREIRBrasil, Sé
Fumdh
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vol. XIX. PP. 12‐4
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Zonas Rurais no Nor
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RA, J.A.; FREITAS, Méculos XVII ao XX.
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vol. XIX. PP. 12‐4
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m Alvenarias nas Z
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Zonas Rurais no Nor
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27
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RA, J.A.; FREITAS, Méculos XVII ao XX.
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vol. XIX. PP. 12‐4
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43.
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m Alvenarias nas Z
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Zonas Rurais no Nor
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RA, J.A.; FREITAS, Méculos XVII ao XX.
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M.; MATOS, M.X.G.d
vol. XIX. PP. 12‐4
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m Alvenarias nas Z
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FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 30
indústrias automobilísticas e elétricas entre o final do século XIX e o início do século XX. Esse
interessepromoveu, por um lado, um aparente crescimento econômico de algumas cidades.
Esse contexto socioeconômico da extração da Maniçoba no Estado do Piauí pode ser dividido
em dois momentos: o primeiro vai do final do século XIX até as duas décadas do século XX,
período de crescimento da comercialização do produto chegando a corresponder a 62% das
exportações piauienses tendo como destinos Inglaterra, Estados Unidos e França (Oliveira,
2014). A segunda fase teve início a partir da década de 1940, quando os japoneses dominaram
os mercados asiáticos, pela demanda da Segunda Guerra Mundial. Os norte americanos, por
esta razão, incentivaram novamente a produção, que permaneceu até a década de 1960, mas
com baixo retorno financeiro para a economia do Estado.
No final do séc. XIX a crise política e social em todo país após a proclamação da República, em
1889, e em decorrência dos períodos de grandes secas no Nordeste, motivou o fluxo de
migrações ocorridas dessa região para o sudeste. Entretanto, as populações que
permaneceram e na busca de um meio de subsistência, alguns grupos de trabalhadores foram
para as regiões do Piauí, tanto na primeira como na segunda fase da Maniçoba (Oliveira,
2014). Então, o Governo Estadual do Piauí sofria com a falta de mão‐de‐obra decorrente da
abolição da escravatura,em 1888, e vislumbrou que a extração da Maniçoba seria uma forma
de reestabelecer o trabalho braçale sem qualificação.
No início do século XX a extração da maniçoba no Piauí começou a entrar em colapso. Alguns
trabalhadores atribuíram o fato a má qualidade da borracha produzida, pois alguns
maniçobeiros misturavam outros tipos de materiais ao látex deixando a produção suja. A
devastação da mata também contribuiu para o colapso. Não se respeitava o período de pausa
da planta, que quando muito extraída parava de produzir o látex. Finalmente, os conflitos por
terras entre os moradores locais e os recém‐chegados ainda dificultaram o desenvolvimento
dessa atividade econômica. Nesse contexto, alguns sítios arqueológicos foram ocupados e
alguns grupos construíram estruturas rudimentares, mas com peculiaridades.
Reocupação dos Sítios Arqueológicos
A ocupação dos sítiosarqueológicos pelos chamados grupos maniçobeiros, que hoje estão
dentro do Parque Nacional Serra da Capivara, ocorreu de forma gradativa, desde 1897 até
FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 31
1913. Registra‐se ainda que à medida que as famílias iam chegando à região, optavam pelos
melhores maniçobais e melhores locais de moradia. Normalmente, eram escolhidos os locais
ocupados pelos “selvagens”: abrigos onde a formação rochosa propiciava a formação de
paredes e tetos (Landim, 2014). Muitos desses abrigos são sítios arqueológicos com registros
rupestres.
Esses locais foram adaptados como moradias pelas famílias dos maniçobeiros e alguns
permaneceram neles até a década de 1960. Geralmente as casas tinham dois cômodos (quarto
e sala), mas verificou‐se também que em algumas outras havia pequenos depósitos para
armazenar maniçoba além de fornos de farinha, que ficavam a poucos metros da casa,
(Oliveira, 2014).
Os paredões rochosos foram aproveitados como parte das casas, constituindo uma das
paredes e até mesmo o teto. Os materiais utilizados foram a rocha, o barro e a madeira de
vegetais típicas da região. Nas paredes, utilizava‐se madeira e barro. Nos pisos, terra batida.
Na coberta, cascas ou folhas e terra ou capim. Segundo Oliveira (2014), quando as cascas de
árvores mais resistentes não eram encontradas, as casas eram cobertas com folhas e terra, ou
capim, sobre estruturas compostas a partir de linhas, caibros e ripas. Essa relação do homem
com e meio ambiente permitiu o estabelecimento de um modo de viver próprio dos
maniçobeiros, que não existe mais.
Sítio Toca do João Sabino (taipa de mão com rocha)
O sítio toca do João Sabino é um abrigo sob rocha posicionado na frente da serra localizado na
região da Serra Branca. Era um ponto de encontro onde as famílias dos maniçobeiros se
reuniam para comemorar as festividades de São João. Abrange uma área de 29 x 6,60 m,
comprimento e largura, a uma altitude de 355 m. O sítio possui duas estruturas de moradia
além de um forno de farinha e fogões a lenha. Todas as moradias utilizam o suporte rochoso
como parte da estrutura, especificamente, as paredes de fundo e o teto. O suporte rochoso é
inclinado, mas pouco profundo, portanto, expõe as estruturas aos efeitos da água das chuvas
que tanto incidi diretamente na estrutura, quanto escorre pelo paredão.
FERREIRBrasil, Sé
Fumdh
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RA, J.A.; FREITAS, Méculos XVII ao XX.
amentos (2017),
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M.; MATOS, M.X.G.d
vol. XIX. PP. 12‐4
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43.
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32
foram
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o João
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FERREIRBrasil, Sé
Fumdh
FiguraJuaze
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RA, J.A.; FREITAS, Méculos XVII ao XX.
amentos (2017),
a 15: Situaçãoiro levantame
base no reg
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adia e de dep
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M.; MATOS, M.X.G.d
vol. XIX. PP. 12‐4
o atual da esento esquemá
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Marco é u
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Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 37
menor e maior medida é muito elevada seja para o comprimento, seja para a altura das
rochas. Verificou‐se por outro lado o uso de fragmentos de rocha de menor tamanho para
complementar espaços vazios. Uma consequência direta dessa não‐padronização das rochas é
a grande variação entre as medidas dos rejuntes verticais e horizontais e a falta de
alinhamento entre as camadas de rocha.
A construção da alvenaria de rocha empregada pelos maniçobeiros nas estruturas no sudoeste
do Piauí utilizou os mesmos materiais construtivos e procedimentos operacionais semelhantes
aos tradicionalmente usados em outras localidades. Foram edificadas paredes através da
sobreposição de camadas de rochas, ligadas através de argamassa de barro, possivelmente,
retirados das redondezas do Sítio.
No entanto, de uma maneira geral, observa‐se que a alvenaria de rocha reproduzida pelos
maniçobeiros no sudoeste do Piauí se equipara à técnica popular uma vez que produziu uma
estrutura com um comportamento monolítico. Como já foi citado, materiais construtivos e
procedimentos são equiparáveis, qualquer diferença pode estar relacionada à qualidade da
mão‐de‐obra e disponibilidade de matéria‐prima e instrumentos.
De uma maneira geral, observa‐se que a taipa de mão reproduzida no interior do Nordeste se
equipara àquela técnica milenarmente empregada em todo o mundo. Isso por que os
materiais construtivos e procedimentos são equiparáveis e as diferençase peculiaridades assim
como nas alvenarias com rocha no contexto dos exemplos descritos nesta pesquisa estão
relacionadas à qualidade da mão‐de‐obra e disponibilidade de matéria‐prima e instrumentos.
Como já foi citado, durante o levantamento dos sítios reocupados pelos maniçobeiros e das
estruturas por eles edificadas foram identificados dois sistemas construtivos: taipa de mão e
alvenaria com rocha. No entanto, verificou‐se que algumas das estruturas em taipa de mão
utilizavam também a rocha como revestimento, juntamente com o barro. Essa variação não é
citada na bibliografia corrente sobre o tema, sugerindo tratar‐se de um sistema construtivo
particular utilizado por um grupo de emigrantes nordestinos, numa terra de clima seco, com
vegetação de caatinga, num contexto sócio econômico de descaso, exclusão e sobrevivência.
FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 38
Figura 20: A. Sistema construtivo em taipa de mão construída a partir de montantes verticais e horizontais, em madeira, recoberto com barro, identificado no sítio Toca do Mulungu I. B. Sistema construtivo em alvenaria de rocha com rejunte em barro, do Sítio Toca da Igrejinha, onde não se observa padrão de matéria‐prima, nem modulação na sua paginação:nos sítios Toca da Velha Mulata; Toca do Firmino; Toca do Forno da Serra Branca; Toca do Mulungu II; Toca do Zé Paes e Toca do Salustiano.
Ao levarmos em consideração que a taipa de mão e a alvenaria com rocha são modelos
construtivos independentes, embora compartilhem o barro e a areia, a identificação de um
terceiro modelo insere‐se dentro do conceito de sincretismo tecnológico12.
Assim, rocha e taipa de mão foram empregadas de forma conjunta suscitando em um novo
modelo. A questão que épor quê? A resposta talvez recaia na resistência e na manutenção. A
taipa de mão requer constante manutenção, mas a trama vegetal permite corrigir e manter o
prumo das paredes. Por outro lado a pedra apresenta resistência mecânica a compressão e
grande inércia térmica13, que para o clima do semiárido é adequada.
Dentro desse modelo, foram edificadas habitações com varas de madeira, em forma de gaiola
e amarradas entre si com o auxílio de fibras vegetais seguindo o padrão convencional.
Entretanto, em vez do recobrimento com barro, esse perfil tecnológico utilizou rochas
argamassadas com barro.
12 O conceito foi construído através de pesquisa de mestrado e publicado inicialmente em: LIMA JÚNIOR, G.C.de B.L.; MAIOR, P.M.S. 2013. Perfil Tecnológico das Construções Praieiras do Nordeste do Brasil, Clio Arqueológica, v. 28, n. 2, UFPE, Recife‐PE. 13 Capacidade e particularidade de um material em absorver, armazenar e liberar calorias. Essa circunstância física contribui para o conforto da edificação. Um material adequado evita,durante o dia, sobreaquecimento e, a noite, o resfriamento no interior. Basicamente a inércia térmica envolve dois fenômenos: atraso térmico (ou desfasamento) e redução da amplitude térmica.O atraso térmico indica‐nos a diferença de tempo entre uma variação de temperatura numa das superfícies do sistema construtivo e a manifestação dessa variação na face oposta, quando o sistema é sujeito a um regime variável de transmissão de calor. Soluções com um atraso térmico mais elevado contribuem para a melhoria do comportamento térmico de construções, visto que retardam a perda ou ganho de calor de uma estrutura.
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Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 40
Assim, podemos resumir que suas características são:
1. Estrutura da gaiola é semelhante a estrutura da gaiola da taipa de mão convencional.
2. A composição do rejunte, ou seja, argila (elemento plástico) e areia (elemento antiplástico)
demostra uma preocupação com a plasticidade, típica da taipa de mão convencional.
3. A introdução da rocha como material de vedação elevou a resistência da taipa de mão à
água de chuva, uma vez que esse tipo de construção convencional é menos resistente.
Portanto, a rocha imprimiu um caráter de maior durabilidade.
4. Esse tipo de solução (taipa de mão com rocha) foi utilizado em locais mais expostos, ou
seja, menos protegidos daágua de chuva. Vale salientar que essas estruturas foram construídas
sobre paredões rochosos, nos quais em períodos de chuva há uma maior quantidade de água
que escorre por eles e,portanto, a pedra foi o material local mais adequado.
Considerações Finais
Respondendo ao questionamento inicial, de quais circunstâncias influenciaram a manutenção
da utilização de rochas em paredes, sem ou com pouco trabalho de cantaria ao longo dos
séculos XVII, XVIII, XIX e XXno interior do Nordeste do Brasil, identificam‐se os seguintes
aspectosem comum nas doze estruturas analisadas:
1. As pedras utilizadas, como são chamadas pela população, são do entorno imediato;
2. As construções foram realizadas pelos próprios moradores ou por seus usuários;
3. A posição das rochas nas alvenarias leva em consideração seu formato original, ou seja,
maiores na parte inferior e menores na parte superior. Além do mais, em uma mesma fiada
são empregadas rochas de diversos tamanhos e formatos e o objetivo é vedar ao máximo os
vazios. Mesmo assim alguns casos apresentados fogem a esse padrão, expondo o fato da
variabilidade nesse tipo de construção ocorrer em função do esmero individual ou de
pequenos grupos, mais do que características cultuais ou padrões técnicos;
4. Todos os casos são ou da zona rural ou de fora portas (caso do sítio escavado próximo ao
centro do Recife), portanto de populações e grupos com dificuldade de acesso às novos
processos e materiais, seja pela distância ou por circunstâncias econômicas;
5. A rocha utilizada não sofre nenhum tratamento ou transformação e assim matem‐se sua
estabilidade energética, pois é empregada in natura;
FERREIRA, J.A.; FREITAS, M.; MATOS, M.X.G.de; MAIOR, P.M.S. Além da Pedra: Utilização de Rochas em Alvenarias nas Zonas Rurais no Nordeste do Brasil, Séculos XVII ao XX.
Fumdhamentos (2017), vol. XIX. PP. 12‐43. 41
6. Essas construções possuem baixo grau de manutenção;
7. As estruturas são eficazes, pois servem ao objetivo para o qual foram construídas.
Por último cabe afirmar que vestígios construtivos com perfis técnicos ou tecnológicos
semelhantes, mas em diferentes regiões, podem não possuir uma mesma raiz. O fator
determinante nos casos estudados aqui foi o meio ambiental e a disponibilidade de matéria
prima. Embora se trate de uma região que comparta historicamente um modelo de
colonização, um idioma e a mesma religião, esses aspectos culturais encontram variações e
diversidades que, como diz Cardwell, (1996:125), as inovações e modificações técnicas surgem
e morrem várias vezes em função das necessidades e do meio ambiente. Atesta essa tese, que
não é nova, o livro de André Leroi‐Gourhan, L'Homme et la matière, no qual conjuntos de
matérias primas e utencílios disponíveis são elementos fundamentais na configuração dos
perfis técnicos e tecnológicos. Assim um mesmo padrão construtivo pode ser identificado em
grupos sem nenhum contato. Essas duas referências são válidas na medida em que justificam a
possibilidade das construções descritas, embora com semelhanças técnicas e até
transformações tecnológicas (caso da taipa de mão com rocha), não possuirem
necessariamente uma origem comum. Portanto, o meio e as circunstâncias geográficas foram
determinantes para confirguração desses perfis construtivos.
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