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José de Menezes e Hugo de Oliveira Seminário Internacional "Alterações Climáticas e suas repercussões sócio-ambientais", São Tomé, 22 de Agosto de 2012
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Alterações Climáticas como poderão afectar a Biodiversidade e o Turismo na RAP?
Apresentadores: Flascoter Hugo de Oliveira, Direção Regional de Agricultura e Pescas - [email protected] Jose Batista Moreira de Menezes, Secretaria Regional dos Assuntos Sociais e Institucionais - [email protected]
ÁREA TOTAL: 142 Km2
POPULAÇÃO:7.542 (INE.2012) CONSTITUIÇÃO(Ilha vulcânica: Rochas fenolíticas, basálticas e lateríticas)
Zona Super-húmida
Zona Húmida
Zona Sub-húmida,
Fonte: Adaptado de Bredeiro et Al, 1977
O Sistema climático é muito complexo e variável no tempo e lugar, sendo definido como média do estado do tempo que faz numa determinada zona ou região. Assim podemos observar mudanças no clima durante uma longa etapa.
1077,6
1820,1
990,6
1790
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2008 2009 2010 2011
Precipitação
Precipitação 26
27
26
27
27
25
Temperatura Média Anual
9h
15h
2009 2010 2011
Fonte: Delegação Regional de Metereologia, 2012
Causas
As causas das alterações climáticas no Príncipe se devem notavelmente a dois fatores:
Influencia externa (Aumento do efeito de estufa)
Natureza interna
Evidências das Alterações Climáticas no Príncipe
Diminuição do caudal de alguns dos nossos rios e a consequente seca noutros, com particular incidência na zona norte da região (ex. ribeira Izé, rio papagaio,rio banzu); Aumento com frequência da maré alta com particular incidência na zona costeira norte;
30% das praias estão afectadas pela erosão causada pela ação do homem e as batidas fortes da maré (PNP.2010).
CITMA 2011.
Quais seriam as nossas Preocupações sendo uma ilha de pequena dimensão?
A principal ameaça é a subida gradual do nível médio do mar, em 27
cm para o ano 2050 e 85 cm para final deste século (CITMA 2011).
O principal perigo será a elevação do nível do mar que nas zonas
costeiras produzirão fortes inundações com a consequente
destruição da diversidade biológica;
Perda da superfície terrestre. As inundações invadirão as zonas
mais baixas (ex. Cidade de Santo António)
Estratégias Adaptativas
Considerando o valioso património natural, riqueza
de endemismos da Ilha, pretende-se transformar o
Príncipe numa área de referência na Conservação
da Natureza e da Biodiversidade.
A decisão centralizada no desenvolvimento
sustentável para a ilha do Príncipe tem sido facto
histórico com a entrada do Príncipe como membro
da RedeBios do Atlântico e mais nova região do
planeta como Reserva Mundial da biosfera da
UNESCO, sendo também a 1ª reserva Mundial do
País;
Parcerias na área da investigação entre o Governo
Regional e várias universidades estrangeiras,
nomeadamente a Academia de Ciências de
Califórnia, Universidade de Algarves, Oceanário de
Lisboa, e investidores estrangeiros como no caso do
HBD Investimentos Turísticos Unipessoal.
Elaboração e adoção do Plano e agenda do Desenvolvimento Sustentável da Ilha do Príncipe.
Alterações climáticas, como poderão afectar a
Biodiversidade e o Turismo na Região Autónoma do Príncipe?
2ª Parte
A variabilidade climática também influencia várias facetas das operações de gestão associadas ao turismo, entre as quais a disponibilidade, o abastecimento e a qualidade da água, os custos de aquecimento ou arrefecimento, a necessidade de irrigação e o controlo de pragas.
Através da figura abaixo demostra todo o processo ao qual a mudança climática afecta o turismo:
Figura 1 ‐ Interacções climáticas no sistema do turismo (Adaptado de Scott & Lemieux 2009).
Impactos directos
O clima é um dos recursos principais para o turismo, pois como determina a adequação dos locais para uma grande diversidade de actividades turísticas, influencia a sazonalidade da procura turística mundial, os custos operacionais de arrefecimento/aquecimento, a irrigação, o abastecimento de água e os custos de seguros, entre outros.
Impactos indirectos
As condições ambientais são também recursos críticos para o turismo. Os impactos das alterações climáticas sobre estes recursos geram impactos indirectos para o turismo ao nível regional e do destino. Entre estes impactos encontram‐se alterações na disponibilidade de água, perda de biodiversidade, redução do valor estético da paisagem, erosão costeira, aumento da incidência de doenças transmitidas por vectores, que terão impactos no turismo em diferentes graus, sendo negativos na sua maioria.
A Região Autónoma do Príncipe possui uma realidade turística que faz dela um destino que deve ser tratado com muito cuidado.
Tendo sido o Príncipe candidatado e por conseguinte ser eleito Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO, nota‐se a preocupação do Governo Regional em relação a preservação da Fauna e Flora da ilha.
Sendo o Turismo Ecológico ou de Natureza o mais indicado para ser desenvolvido na Região Autónoma do Príncipe, nota‐se uma cumplicidade entre o ramo do turismo e a floresta.
Recomendações
Fazer um enquadramento nos Planos de Produtos
formulados para a Ilha do Príncipe;
financiar e acompanhar/apoiar a sua execução, bem
como desenvolver, um Plano de Promoção Internacional
para a divulgação da sua marca;
Dispor de meios específicos para a promoção e
realização de eventos
Reunir com todos os agentes políticos e privados que
operam na RAP, em conjunto buscar mecanismos
alternativos para não sermos mais uma zona do mundo ao
qual emite poluição ambiental;
Preservar a nossa floresta, a nossa Biodiversidade, que é
o slogan do nosso turismo.
Continuação
Muito Obrigado
Fonte: PADS-RAP/Essentia.2012
FORMAÇÃO GEOLÓGICA