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    Aluna: Maria Luiza de Andrade

    Professora: Valquiria Paladino

    Disciplina: Teoria e Pratica da Narrativa Jurdica Judicial

    Turma: 2003 Matricula: 201403461211

    EXERCCIO N 07

    CASO CONCRETO

    Em 12 fevereiro de 2013, Felipe Trocatapas flagrou sua esposa, Domitila Trocatapas, declarando para

    Leopoldina, irm dela, aps ter passado a noite fora de casa, que, esteve com Pedro Bragana e por isso

    agora sabia o que ser amada por um homem. Tomado por fria, Felipe utilizou um abridor de cartas

    para ferir a perna direita e a regio abdominal de Domitila.

    Aps o ato, Felipe se retirou de casa, espontaneamente. Em tal oportunidade declarou:

    -No sou marido depiriguete. Voc que pague o aluguel!

    Domitila decidiu por noticiar o fato a uma autoridade policial. O delegado a encaminhou para um

    hospital, onde recebeu atendimento mdico de urgncia, mas no houve necessidade de intervenocirrgica, pois a leso no foi penetrante.

    Ao retornar do hospital, escoltada por policiais, ela foi ouvida pelo delegado, oportunidade em que

    externou sua preocupao em no poder mais se sustentar sem os proventos do marido, mas

    paradoxalmente, tambm temer pelo retorno dele.

    Diante dos fatos, o delegado providenciou que tudo fosse registrado, tendo sido Domitila levada a exame

    de corpo de delito, assim como de tudo extraiu cpias e remeteu ao juzo competente, com um pedido de

    representao por medidas protetivas de urgncia, a saber: afastamento do lar; proibio de se aproximar

    da vtima e de sua irm; proibio de estabelecer contato com ambas e prestao de alimentos provisrios

    para a vtima.

    A respeito do pedido das medidas protetivas de urgncia, o juiz decidiu liminarmente, em menos de 48

    horas, que Felipe:

    1-Deve manter o afastamento do lar;

    2-No pode se aproximar mais do que 100m de Domitila, assim como de sua irm;

    3-No pode importunar Domitila por qualquer meio de comunicao e

    4-Deve prestar alimentos provisrios Domitila.

    O autor do fato (que compareceu em sede policial, aps ser intimado por telefone), nada negou,

    informando seu atual endereo, a casa dos pais.

    A irm de Domitila, tambm esteve em sede policial, corroborando tudo o que havia sido declarado at

    ali, pela vtima e pelo autor.

    Domitila retorna, alguns dias depois, sede policial, de posse da documentao mdica produzida no

    hospital. Tal documentao foi encaminhada percia, com requisio de laudo indireto. O perito

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    respondeu ao que foi quesitado pela autoridade policial, deixando claro que, apesar das regies atingidas,

    no h elementos para qualificar a conduta proibida pela lei penal.

    Ao receber o laudo, o delegado mantm a tipificao inicial da conduta, artigo 129, 9, do Cdigo Penal

    e encaminha os autos do inqurito policial relatado ao juzo competente.

    O membro do Ministrio Publico, com atribuio para o fato, oferece denncia contra Felipe, a qual recebida pelo juiz.

    Todavia, aps a citao para o processo, o juiz surpreendido por um pedido da vtima no sentido de no

    mais querer ver processado Felipe, pois, segunda ela, esse o amor de sua vida. Na mesma oportunidade,

    informa ao juzo, que Felipe j voltou para casa e eles se encontram vivendo uma segunda lua de mel.

    Questo 1

    Considere que informaes juridicamente importantes so aquelas que precisam constar na narrativa da

    pea porque a norma jurdica necessita dessas informaes para esclarecer o conflito e resolver a

    lide.Assim, produza uma narrativa simples sobre o caso, listando todas as informaes relevantes em

    ordem cronolgica.

    Questes objetivas1 - Sabemos que a narrativa conforme a cronologia linear dos fatos facilita a compreenso do caso

    concreto. Observe as informaes de um caso concreto e identifique a sequncia que melhor expressa a

    cronologia linear desse caso.

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    Aluna: Maria Luiza de Andrade

    Professora: Valquiria Paladino

    Disciplina: Teoria e Pratica da Narrativa Jurdica Judicial

    Turma: 2003 Matricula: 201403461211

    EXERCCIO N 06

    Num relato pessoal, interessa ao narrador no apenas contar os fatos, masjustific-los. No mundo jurdico, entretanto, muitas vezes, preciso narrar os fatos deforma objetiva, sem justific-los. Ao redigir um parecer, por exemplo, o narrador deverelatar os fatos de forma objetiva antes de apresentar seu opinamento tcnico-jurdicona fundamentao.

    Antes de iniciar seu relato, o narrador deve selecionar o qu narrar, pois necessrio garantir a relevncia do que narrado. Logo, o primeiro passo para a

    elaborao de uma boa narrativa selecionaros fatos a serem relatados.

    Leia o caso concreto que segue e sublinhe todas as informaes que precisam serobservadas em uma narrativa imparcial. Em seguida, liste, em tpicos, todas essasinformaes que devem ser usadas no relatrio.

    Caso concreto

    Trata-se de Ao de Indenizao por danos morais e compensao por danos materiais, ajuizada porFELIX COURYem desfavor de seu pai CSAR COURY, por ter sofrido abandono afetivo durante suainfncia e juventude, o que resultou em transtorno psicolgico e consequente dano material provocadopela queda em sua produtividade laboral e despesas com tratamento psicolgico.

    Aduz na exordial que o pai, diretor do Hospital So Magno, nunca tinha tempo para o filho e sempre opreteriu sua irm Paloma Coury. Sendo assim vivenciou um enorme sentimento de rejeio. No sabia poca que havia sido adotado, fruto de um relacionamento extraconjugal de sua me, o que motivavatamanha falta de afeto por parte do pai. Cresceu aprendendo a negociar afeto por dinheiro, de forma quetanto a mesada na infncia, como seu salrio e emprego na atualidade estiveram sempre condicionados aque se mantivesse sob o domnio do pai em suas escolhas afetivas e sexuais, comprometendo sualiberdade individual e sua dignidade de forma mpar, assim como seu desenvolvimento psicolgico.

    O cuidado como valor jurdico aprecivel e sua repercusso no mbito da responsabilidade civil fatoressencial criao e formao de um adulto com integridade fsica e psicolgica e capaz de conviver, emsociedade, respeitando seus limites, buscando seus direitos e exercendo plenamente sua cidadania.Nessa linha de pensamento, possvel se afirmar que tanto pela concepo, quanto pela adoo, os paispor ato volitivo assumem obrigaes jurdicas, que vo alm daquelas chamadas necessarium vitae, paraos quais h preconizao constitucional e legal.

    Comprovar que a imposio legal de cuidar da prole foi descumprida implica em reconhecer a ocorrnciade ilicitude civil, sob a forma de omisso. Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamentetutelado, leia-se, o necessrio dever de criao, educao e companhia ? de

    cuidado ? importa em vulnerao da imposio legal, exsurgindo, da, a possibilidade de se pleitearcompensao por danos morais por abandono psicolgico.

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    O nexo de causalidade entre o dano psicolgico e a violao do dever de cuidado, se comprova comlaudo de psicloga demonstrando as dificuldades do autor em ultrapassar a fase edpica no seudesenvolvimento psquico, preso que est em uma enorme idealizao das figuras parentais, as quais serefere como ?papa soberano? e mommy soberana?. notria a disputa pelo lugar do pai de forma aconquistar todo o poder a que se submete e passar do plo de dominado a dominador, para assimreproduzir as violncias a que foi exposto. Quanto dinmica familiar, conclui o laudo que qualquermovimento salutar de diferenciao no ncleo daquele grupo combatido de forma contumaz, a exemplo

    de sua irm Paloma Coury que sofreu tentativa de incriminao e rotulao como paciente psiquitrico aotentar desvendar os segredos relativo origem dos filhos e traies conjugais que acometem todos osmembros dessa famlia. Esses sintomas revelam a incidncia de violncia psicolgica grave no ncleofamiliar.

    Alegou ao final que inexistem restries legais no art. 5, V e X da CF e arts. 186 e 927 do CC-02 aplicao das regras concernentes responsabilidade civil e o consequente dever deindenizar/compensar no Direito de Famlia.

    A defesa do ru em contestao sustentou no ter havido abandono, pois o autor foi exposto ao mesmoconforto material que sua irm, residindo todos na mesma casa, estudando nas mesmas escolas. Alegouainda que o distanciamento entre pai e filho deveu-se ao comportamento do filho, sempre muito apegado me e por ela defendido em todas as ocasies em que tentou educ-lo utilizando sua autoridade de pai.

    E aduziu que, mesmo que houvesse assim procedido, esse fato no se reveste de ilicitude, sendo a nicapunio legal prevista para o descumprimento das obrigaes relativas ao poder familiar? notadamente oabandono? a perda do respectivo poder familiar? conforme o art. 1638 do CC-2002, afastando assim apossibilidade de compensao por abandono moral ou afetivo.

    Entretanto, no h como distinguir o cuidado do amor, porque, somente quem ama, cuida. O afeto caracterizado por sua espontaneidade, no sendo razovel exigi-lo a ponto de sua omisso caracterizarresponsabilidade civil indenizvel.

    E por derradeiro sustenta a ausncia de um dos requisitos legais para a configurao do ilcito, qual seja,a culpabilidade. que no se pode exigir de um pai que abandonou afetivamente seu filhocomportamento diverso, tendo em vista o carter espontneo do afeto. Ao final pugnou pelaimprocedncia do pedido.

    Resposta do Caso Concreto Trata-se de Ao de Indenizao por danos morais e compensao pordanos materiais, ajuizada por FELIX COURY em desfavor de seu pai CSAR COURY, por ter sofridoabandono afetivo durante sua infncia e juventude, o que resultou em transtorno psicolgico econsequente dano material provocado pela queda em sua produtividade laboral e despesas comtratamento psicolgico. Aduz na exordial que o pai, diretor do Hospital So Magno, nunca tinha tempopara o filho e sempre o preteriu sua irm Paloma Coury. Sendo assim vivenciou um enormesentimento de rejeio. No sabia poca que havia sido adotado, fruto de um relacionamentoextraconjugal de sua me, o que motivava tamanha falta de afeto por parte do pai. Cresceu aprendendoa negociar afeto por dinheiro, de forma que tanto a mesada na infncia, como seu salrio e emprego naatualidade estiveram sempre condicionados a que se mantivesse sob o domnio do pai em suas escolhasafetivas e sexuais, comprometendo sua liberdade individual e sua dignidade de forma mpar, assim

    como seu desenvolvimento psicolgico. O cuidado como valor jurdico aprecivel e sua repercusso nombito da responsabilidade civil fator essencial criao e formao de um adulto com integridadefsica e psicolgica e capaz de conviver, em sociedade, respeitando seus limites, buscando seus direitose exercendo plenamente sua cidadania. Nessa linha de pensamento, possvel se afirmar que tanto pelaconcepo, quanto pela adoo, os pais por ato volitivo assumem obrigaes jurdicas, que vo almdaquelas chamadas necessarium vitae, para os quais h preconizao constitucional e legal. Comprovarque a imposio legal de cuidar da prole foi descumprida implica em reconhecer a ocorrncia deilicitude civil, sob a forma de omisso. Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamentetutelado, leia-se, o necessrio dever de criao, educao e companhia? de cuidado? importa emvulnerao da imposio legal, exsurgindo, da, a possibilidade de se pleitear compensao por danosmorais por abandono psicolgico. O nexo de causalidade entre o dano psicolgico e a violao do deverde cuidado, se comprova com laudo de psicloga demonstrando as dificuldades do autor em ultrapassar

    a fase edpica no seu desenvolvimento psquico, preso que est em uma enorme idealizao das figurasparentais, as quais se refere como? papa soberano? e mame soberana? notria a disputa pelo lugar do

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    pai de forma a conquistar todo o poder a que se submete e passar do polo de dominado a dominador,para assim reproduzir as violncias a que foi exposto. Quanto dinmica familiar, conclui o laudo quequalquer movimento salutar de diferenciao no ncleo daquele grupo combatido de formacontumaz, a exemplo de sua irm Paloma Coury que sofreu tentativa de incriminao e rotulao comopaciente psiquitrico ao tentar desvendar os segredos relativo origem dos filhos e traies conjugaisque acometem todos os membros dessa famlia. Esses sintomas revelam a incidncia de violncia

    psicolgica grave no ncleo familiar. Alegou ao final que inexistem restries legais no art. 5, V e X daCF e arts. 186 e 927 do CC-02 aplicao das regras concernentes responsabilidade civil e oconsequente dever de indenizar/compensar no Direito de Famlia. A defesa do ru em contestaosustentou no ter havido abandono, pois o autor foi exposto ao mesmo conforto material que sua irm,residindo todos na mesma casa, estudando nas mesmas escolas. Alegou ainda que o distanciamentoentre pai e filho deveu-se ao comportamento do filho, sempre muito apegado me e por eladefendido em todas as ocasies em que tentou educ-lo utilizando sua autoridade de pai. E aduziu que,mesmo que houvesse assim procedido, esse fato no se reveste de ilicitude, sendo a nica punio legalprevista para o descumprimento das obrigaes relativas ao poder familiar? notadamente o abandono?a perda do respectivo poder familiar? conforme o art. 1638 do CC-2002, afastando assim a possibilidadede compensao por abandono moral ou afetivo. Entretanto, no h como distinguir o cuidado doamor, porque, somente quem ama, cuida. O afeto caracterizado por sua espontaneidade, no sendo

    razovel exigi-lo a ponto de sua omisso caracterizar responsabilidade civil indenizvel. E por derradeirosustenta a ausncia de um dos requisitos legais para a configurao do ilcito, qual seja, a culpabilidade. que no se pode exigir de um pai que abandonou afetivamente seu filho comportamento diverso,tendo em vista o carter espontneo do afeto. Ao final pugnou pela improcedncia do pedido.

    Questes objetivas

    1 - A narrativa jurdica pode ser simples ou valorada. Sabemos que cada uma possui aplicao ecaractersticas distintas. Numere os itens, associando as caractersticas apresentadas aos tipos denarrativas conforme numerao. Aps, marque a opo CORRETA.

    I - Narrativa simples.

    II - Narrativa valorada.

    (II ) Presena de modalizadores.

    ( I ) Predomnio da imparcialidade.

    ( I ) Seleo parcial dos fatos.

    ( II ) Exigncia da polifonia.

    ( I ) Inclusa na Petio Inicial

    a) IIIIIIII.

    b) IIIIIIIIII.

    c) IIIIIIIII.

    d) II I II I II I.

    2 - Leia o Artigo 458 do CPC: so requisitos essenciais da sentena:

    I - o relatrio, que conter os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do ru, bem como o

    registro das principais ocorrncias havidas no andamento do processo;

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    II - os fundamentos, em que o juiz analisar as questes de fato e de direito;

    III - o dispositivo, em que o juiz resolver as questes, que as partes lhe submeterem.

    Agora leia o texto que se segue:

    VISTO, ETC.

    R.P.S. foi denunciado por infrao ao artigo155, caput do c/c artigo 14, inciso II, ambos do Cdigo Penal,porque, no dia 08 de julho de 2007, por volta das 05h 47min, na Avenida Santo Amaro, nesta Comarca,tentou subtrair para si uma garrafa de cachaa adoada marca Rosa, de 490 ml, pertencente aoSupermercado Po de Acar, somente no tendo consumado seu intento por circunstncias alheias sua vontade. O ru foi interrogado. As testemunhas arroladas pelo Ministrio Pblico foram ouvidas. Emalegaes finais, o Ministrio Pblico pediu a condenao do ru. A Defesa pediu a absolvio por noconstituir o fato infrao penal.

    o relatrio.

    Relacione o artigo 458 do CPC com o texto e marque a assertiva CORRETA.

    a) O texto contempla plenamente o inciso I do artigo 458.

    b) O texto contempla parcialmente o inciso I do artigo 458.

    c) O texto contempla plenamente o inciso II.(X)

    d) O texto contempla parcialmente o inciso II.

    e) O texto contempla plenamente o inciso III.

    3 - Leia o texto, analise sua estrutura e marque a assertiva INCORRETA:

    VISTO, ETC.

    R.P.S. foi denunciado por infrao ao artigo 155, caput do c/c artigo 14, inciso II, ambos do Cdigo Penal,porque, no dia 08 de julho de 2007, por volta das 05h 47min, na Avenida Santo Amaro, nesta Comarca,tentou subtrair para si uma garrafa de cachaa adoada marca Rosa, de 490 ml, pertencente aoSupermercado Po de Acar, somente no tendo consumado seu intento por circunstncias alheias sua vontade. O ru foi interrogado. As testemunhas arroladas pelo Ministrio Pblico foram ouvidas. Emalegaes finais, o Ministrio Pblico pediu a condenao do ru. A Defesa pediu a absolvio por noconstituir o fato infrao penal.

    o relatrio.

    a) O texto apresenta a narrativa valorada dos fatos.

    b) O texto apresenta todos os elementos da narrativa jurdica: o qu? Quem? Quando? Onde? Como?Por qu? Por isso...

    c) O texto insere-se na modalidade simples de narrativa.

    d) O texto apresenta fatos juridicamente relevantes.(X)

    e) A sequncia cronolgica linear est marcada no texto.

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    Aluna: Maria Luiza de Andrade

    Professora: Valquiria Paladino

    Disciplina: Teoria e Pratica da Narrativa Jurdica Judicial

    Turma: 2003 Matricula: 201403461211

    EXERCCIO N 10

    De acordo com o art. 300 do CPC: "compete ao ru alegar, na contestao, todaa matria de defesa, expondo as razes de fato e de direito, com que impugna o pedido

    do autor e especificando as provas que pretende produzir" (grifos inexistentes no

    original).

    Pela leitura gramatical do dispositivo legal, percebe-se que a contestao a

    pea que comporta quase toda a defesa do ru. nesse instrumento que o ru deverebater todos os argumentos do autor, demonstrando, claramente, a impossibilidadede sucesso da demanda.

    Vale dizer ainda que, na contestao, o ru poder se manifestar sobre aspectosformais e materiais. Os argumentos de origem formal se relacionam ausncia dealgum tipo de formalidade processual exigida pela lei, e que no fora observada peloautor em sua pea inicial.

    Essas falhas, dependendo da sua natureza e gravidade, podem ocasionar fim doprocesso antes mesmo de o magistrado apreciar o contedo do direito pretendido. Aimperfeio apontada pelo ru retiraria do autor a possibilidade de seguir adiante, ouretardaria o procedimento at que fosse sanada a imperfeio. Essa a chamadadefesa indireta, quando se consegue procrastinar o processo.

    J os aspectos materiais se relacionam ao contedo de fato ou ao direito que oautor reivindica, o prprio mrito da causa. a chamada defesa direta ou de mrito,na qual o ru ataca o fato gerador do direito do autor, ou as conseqncias jurdicasque o autor pretende.

    O princpio da concentrao (ou princpio da eventualidade) determina que o ru

    deve, de uma s vez, em uma nica pea - na contestao - alegar toda a matria dedefesa, tanto processual, quanto de mrito.

    No h possibilidade, como no Processo Penal, de aguardar um momento maispropcio para expor as teses de defesa. No Processo Civil necessrio que o ruapresente de forma concentrada todas as matrias de defesa que sero utilizadas naprpria contestao.

    Diante dessa breve explicao, no prudente que o ru desconsidere o poderque tem a sua contestao para a defesa, pois esse o momento oportuno para que

    ele possa bloquear a inteno autoral, sob pena de no poder mais se socorrer de

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    determinados argumentos de defesa que no foram alegados tempestivamente.Observe que nem tratamos da revelia...

    (Adaptado a partir de www.jurisway.org.br)

    Apresentamos esse breve referencial terico para esclarecer o mnimonecessrio compreenso da contestao, porm ressalvamos que somente nosinteressam, nesta oportunidade, as questes relativas narrativa da resposta. Noenfrentaremos as alegaes de matria processual, tampouco as de discusso terico-doutrinria quanto ao assunto em discusso.

    Leia o CASO CONCRETO que segue.

    Josefa a ajuizou ao de anulao do casamento contrado por Cornlio com Anabella cumulada com aodeclaratria de reconhecimento de Unio Estvel entre a autora e Cornlio. Afirma a autora que Anabella, emassociao ao filho de Cornlio? Bruno? casou-se com Cornlio como forma de se apoderarem da penso deixadapelo falecido, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

    Relata que viveu em Unio estvel com Cornlio durante seus ltimos 11 anos de vida, e que assim que houve adescoberta da doena que o acometia, seu filho, Bruno, buscou-o para realizar tratamento ficando o de cujusinternado em hospital por um ano e quatro meses at que veio este a falecer. Afirma que durante o tempo em queCornlio esteve internado, foi impedida por Bruno de visit-lo.

    Aduz que Bruno aproveitando-se da confuso mental gerada em Cornlio pelo tratamento, convenceu o pai a secasar com Anabella, casamento esse que foi celebrado na vspera da morte de Cornlio.

    Regularmente citada Anabella oferece contestao arguindo a ilegitimidade ativa de Josefa e a ausncia deinteresse de agir por inadequao da via eleita. Sustenta que apenas os prprios nubentes podem requerer aanulao do casamento no caso de doena grave do outro. No mrito alega que o casamento foi celebrado comestrito respeito s formalidades exigidas por lei, e que inexiste nos autos laudo que ateste a incapacidade deCornlio para celebrar atos da vida civil.

    Do depoimento das partes, das testemunhas e da prova documental apresentada restou incontroverso queCornlio contava com 87 anos, 05 anos a menos que Josefa e 57 a menos que Anabella; que Cornlio desde quecomeou a conviver com Josefa a apresentava como sua esposa; que nenhum dos amigos de Cornlio sabia deeventual separao entre ele e Josefa, e que no conheciam Anabella; que Anabella jamais trocou carcias ou tevequalquer relacionamento sexual com Cornlio, e o que casamento foi celebrado com o intuito de Garantir Anabella direito percepo da penso por morte deixada pelo autor.

    Questo 1

    Realize pesquisa legal, doutrina e jurisprudencial sobre o assunto a fim de seinstrumentalizar sobre as possibilidades modalizadoras a favor do ru. Liste as fontes.

    Pesquisa

    Abordagem Policial "Blitz" e os Direitos do Cidado* A violncia no Brasil, fruto de uma

    legislao penal antiquada e pela notria falta de poltica e investimentos para a seguranapblica, no autoriza as autoridades policiais a suprimir alguns princpios e direitosconstitucionais de garantias individuais e coletivas dos cidados. Em caso de blitz de trnsito,

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    possui previso legal no Cdigo de Trnsito, Art. 4., anexo I, com o objetivo de prevenir ereprimir atos relacionados com a segurana pblica e de garantir obedincia s normasrelativas segurana de trnsito, assegurando a livre circulao e evitando acidentes.Destarte, deve ser realizada para verificao de documentos de veculos, sua condio decirculao e a identificao e habilitao dos seus condutores; porm no se pode usar blitzou barreiras de trnsito como forma de abordagens de veculos e pessoas, como medida

    preventiva de delitos, que, sendo realizada com a finalidade de submeter o cidado revistapessoal individual ou coletiva de forma compulsria e genrica, constrangimento ilegalprevisto no Art. 146 do Cdigo Penal. Art. 146. Constranger algum, mediante violncia ougrave ameaa, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade deresistncia, a no fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela no manda. Nas abordagensde rotina as autoridades policiais no podem agir suprimindo direitos dos cidados brasileiros eestrangeiros que estejam no pas. Tomando medidas abusivas e ilegais sob a simplesjustificativa de interesse social de segurana pblica. O Brasil, Estado Democrtico de Direitoconforme Art. 1. da Constituio Federal possui como Princpios, entre outros, a cidadania e adignidade da pessoa humana. No se confunde o poder da polcia administrativa com o poderde polcia judiciria. Celso Antnio Bandeira de Mello assevera que: "O que efetivamenteaparta Polcia Administrativa de Polcia Judiciria que a primeira se predispe unicamente aimpedir ou paralisar atividades antissociais enquanto a segunda se preordena

    responsabilizao dos violadores da ordem jurdica.. O funcionamento e atuao das polciasresponsveis pela Segurana Pblica, elencados vide Art. 144 da Constituio Federal, estovinculados e condicionados ao Princpio Constitucional da Legalidade, insculpido no inciso II,do art. 5., da Constituio Federativa do Brasil, e premissa primeira do Estado Democrtico deDireito. Referindo-se busca pessoal independer de mandado da autoridade judiciria,somente nos casos autorizados expressamente pelo art. 244 do CPP: Art. 244. A buscapessoal independer de mandado, no caso de priso ou quando houver fundada suspeita deque a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papis que constituam corpode delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar. Sendoindubitvel que a realizao da busca pessoal em local pblico pode ser vexatria e ridcula aocidado, se sustenta a exigncia legal da "fundada suspeita", que deve ser real e explicada aocidado antes de tudo. No se valendo de motivos subjetivos, que em regra deve conter osrequisitos do artigo 243 do CPP. Jlio Fabbrini Mirabete conceituou busca pessoal como: "A

    busca pessoal consiste na inspeo do corpo e das vestes de algum para apreenso dessascoisas, incluindo toda a esfera de custdia da pessoa, como bolsas, malas, pastas, embrulhose os veculos em sua posse (automveis, motocicletas, barcos etc.).

    No legal e legtima a solicitao do agente policial para que o condutor de um veculo saiado mesmo para se submeter revista pessoal, salvo quando ocorrer a fundada suspeita deque esteja transportando produto de natureza ou de origem criminosa. No se admitemcritrios subjetivos, assim admissvel a recusa do condutor em sair do veculo, noconstituindo esta simples recusa em crime de desobedincia do art. 330 do Cdigo Penal epelo mesmo motivo no h que se falar em crime de desacato. O crime de desobedinciasomente se configura se a ordem legal! Neste sentido a jurisprudncia pacfica dostribunais. (STJ, RT 726/600; HC 1.288, DJU 16.11.92, p. 21163, in RBCCr 1/235; TACrSP, RT722/467, 655/304). Neste sentido o entendimento do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: "Por

    ausncia de justa causa, a Turma deferiu habeas corpus para determinar o arquivamento dotermo circunstanciado de ocorrncia por meio do qual se autuara o paciente pela prtica docrime de desobedincia (CP, art. 330), em razo de o mesmo haver se recusado a serrevistado por policial militar quando chegava sua casa. Considerou-se que a motivaopolicial para a revista consistente no fato de o paciente trajar "bluso" passvel de encobriralgum tipo de armano seria apta, por si s, a justificar a fundada suspeita de porte ilegal dearma, porquanto baseada em critrios subjetivos e discricionrios (CPP, art. 244: "A buscapessoal independer de mandado, no caso de priso ou quando houver fundada suspeita deque a pessoa esteja na posse de arma proibida..."). HC 81.305-GO, rel. Min. Ilmar Galvo,13.11.2001. (HC-81305). No mesmo sentido o entendimento do Tribunal de Justia de SoPaulo: "A busca autorizada nos casos previstos no art. 240 e s. do CPP, como exceo sgarantias normais de liberdade individual. Mas, como exceo, para que no degenere amedida, sem dvida violenta, em abusivo constrangimento, a lei estabelece normas para a sua

    execuo, normas que devem ser executadas com muito critrio e circunspeco pelaautoridade" (TJSP AP Rel. Dalmo Nogueira RT 439/360). A Constituio Federal

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    estabelece no seu Art. 5. Os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos dos Cidados dentreas quais, para o caso em estudo, destaco os incisos II e X, LVII e 2. da Constituio Federal,in verbis: Art. 5. (...) II ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senoem virtude de lei. X so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem daspessoas, assegurado o direito indenizao pelo dano material ou moral decorrente de suaviolao. LVIIningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal

    condenatria. 2. Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outrosdecorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais emque a Repblica Federativa do Brasil seja parte. As garantias do art. 5. da Constituio daRepblica Federativa do Brasil se equiparam aos direitos constantes da IV Emenda daConstituio dos Estados Unidos da Amrica, bem como tambm da Declarao Universal dosDireitos Humanos, da qual fora proclamado pela Assembleia Geral das Naes Unidas.Conforme VZQUEZ ROSSI, dentro de um moderno Estado de Direito democrtico, de baseconstitucional, onde o poder se encontra limitado por sua mesma regulamentao e legitimadopelo respeito de direitos fundamentais, a finalidade do ordenamento punitivo no pode seroutra se no a proteo dos direitos humanos e dos bens jurdicos imprescindveis a suacoexistncia. importante acrescentar que a partir da Constituio Federal de 1988 adecretao de priso ato exclusivo do poder Judicirio, com as excees taxativas como apriso em flagrante delito. Assim as chamadas prises para averiguaes, tambm chamadas

    de prises de polcia, como as detenes em quartis, cias. de polcia ou local similar, aprivao ilegal de liberdade. Nesse sentido, o entendimento do Professor Dr. Alexandre deMorais e do Promotor de Justia Gian Paolo Poggio Smanio: Conclumos, portanto, pela totalinsubsistncia das chamadas prises para averiguaes, por flagrante inconstitucionalidade eilegalidade, inclusive no regime castrense, que consistem em verdadeiro desrespeito ao direitode liberdade e so

    Questo 2

    Produza uma narrativa valorada a favor da parte r. Recorra modalizaopossvel.

    Questes objetivas1 - O pargrafo abaixo constitudo de quatro afirmaes. Marque a opo quecontenha apenas as afirmaes CORRETAS.

    (I) Sabemos que a narrativa simples dos fatos uma narrativa sem compromisso de representar qualquer daspartes; (II) deve apresentar toda e qualquer informao importante para a compreenso da lide, de formaimparcial. (III) Sabemos ainda que a narrativa valorada aquela marcada pelo compromisso de expor os fatos deacordo com a verso da parte que se representa em juzo. (IV) Por essa razo, deve apresentar o pedido (pretensoda parte autora) j na exposio dos fatos e recorrer a modalizadores.

    a) I, II e III.

    b) I, III e IV.

    c) II, III e IV.

    d) I, II e IV.

    2 - O pargrafo abaixo constitudo de quatro afirmaes. Marque a opo que contenha apenas as afirmaesCORRETAS.

    (I) As peas processuais tm um denominador comum: precisam, geralmente aps a qualificao das partes, narraros fatos importantes do caso concreto. (II) Assim acontece porque o reconhecimento de um direito subjetivo passa

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    pela anlise do fato gerador do conflito e das circunstncias em que ocorreu. (III) Vale lembrar ainda que essanarrativa dever ser parcial nas peas produzidas por advogados, promotores e magistrados. (IV) A ttulo deexemplo, podemos citar a pea denominada apelaoproduzida pelo representante da parte vencida em primeirograu de jurisdio.

    a) I, II e III.

    b) I, III e IV.

    c) II, III e IV.

    d) I, II e IV.

    Aluna: Maria Luiza de Andrade

    Professora: Valquiria Paladino

    Disciplina: Teoria e Pratica da Narrativa Jurdica Judicial

    Turma: 2003 Matricula: 201403461211

    EXERCCIO N 08

    O relatrio um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situaode conflito devem ser cronologicamente organizados, sem interpret-los (ausncia devalorao); apenas inform-los na lide ou demanda processual.

    Segundo De Plcido (2006, p.1192), relatrio ?designa a exposio ou a narraoacerca de um fato ou de vrios fatos, com a discriminao de todos os seus aspectosou elementos relevantes?.

    QUESTO:

    Leia atentamente o caso concreto e produza um relatrio. Observe todas as orientaesacumuladas ao longo do semestre.

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    Caso concretoUma briga de casal na madrugada de 27 de outubro de 2013, no Condomnio Portal Sul, na Rua PioCorra, no Humait, resultou na morte do porteiro Antonio Maximiniano Sales, de 38 anos. Ele foiassassinado com trs tiros no peito aps se negar a abrir o porto para um homem identificado apenascomo Jaime, namorado da comerciante Margareth Garcia, de 46 anos, moradora do condomnio. Deacordo com testemunhas, Jaime e Margareth discutiram por volta de 1h. O rapaz foi embora e, aoretornar s 2h, foi barrado na entrada principal.

    Irritado, Jaime xingou Maximiniano que, segundo amigos, tinha ordem de Margareth para no permitirmais a entrada do rapaz. Jaime foi embora e 20 minutos depois voltou ao condomnio.

    Um porteiro que trabalha num edifcio ao lado do Portal Sul e testemunhou o crime disse que o rapazaproveitou a chegada de um outro morador do prdio para entrar e seguir at a cabine da portariaprincipal.

    _ Ele estava completamente bbado, chegou at mesmo a cair e machucar a testa na calada. Em

    seguida, ele entrou e a s escutei os estampidos dos tiros ? disse a testemunha.

    Ainda segundo a testemunha, aps os disparos, Jaime foi embora imediatamente. O vidro da portariaapresentava marcas de sangue.

    RESPOSTA: RELATRIO Trata-se de questo sobre uma briga de casal que resultou em umafatalidade, Margareth Garcia, 46 anos, moradora do condomnio Portal Sul situado na Rua: PioCorra, no Humait, discutiu com seu namorado no local, um rapaz identificado apenas comoJaime. O fato ocorreu na madrugada de 27 de Outubro de 2013, o cenrio foi palco de umatragdia que teve como vitima o porteiro Antonio Maximiliano Sales de 38 anos.Por volta de 1 hora manh o casal Jaime e Margareth discutiram, aps o desentendimento orapaz foi embora, mas voltou 2 horas depois completamente embriagado com o propsito deentrar no imvel, porem foi impedido pelo porteiro que tinha ordens para no deixa-lo entrar,Jaime se irritou com a ao, ofendeu o porteiro Antonio Maximiliano e se retirou do loca, masretornou 20 minutos aps, segundo um outro porteiro que trabalha no edifcio ao lado o rapazse aproveitou quando um morador chegava no condomnio e entrou junto no recinto, onde sedirigiu at a cabine da portaria e assassinou Antonio Maximiliano com trs disparos de arma defogo o peito da vtima.

    Questes Objetivas

    1 - Conforme sustentam Nli Fetzner, Nelson Tavares e Alda Valverde (2013, p. 158):

    Define-se o relatrio como um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situao de conflitodevam ser cronologicamente organizados, sem interpret-los (ausncia de valorao); os fatos da lide ouda demanda processual devam ser apenas informados.

    Identifique o trecho que corresponde definio transcrita:

    a) Segundo a autora, iniciaram o relacionamento em 1975. Compraram um terreno, onde comearam aconstruir a casa. Acrescentou que contribuiu com o seu dinheiro e o dos pais para que o ru erguesse oimvel. Esclareceu que ficaram noivos aps quatro anos de namoro e deram entrada nos papis para ocasamento religioso.

    b) O relacionamento da autora com o ru iniciou-se em 1975. Acreditando na boa-f do ru, a autorainvestiu seus parcos recursos na compra de um terreno, onde comearam a construir uma casa. Aliergueram um imvel. Depois, ficaram noivos e, aps quatro anos de namoro, finalmente, deram entradanos papis de casamento.

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    c) O ru, demonstrando a sua boa-f, deu entrada nos papis de casamento. Entretanto, preocupado coma segurana financeira do casal, comprou um terreno e ali ergueu a casa que seria o lar de ambos.

    d) O ru agiu de m-f, uma vez que induziu a autora a acreditar que pretendia se casar com ela. Acompra do terreno e a posterior construo de uma casa geraram a falsa crena de que a amava.

    e) O ru deve indenizar a autora, porque lhe causou profunda dor e constrangimento. Afinal, ela seentregou por quinze anos a uma relao que julgava verdadeira. Alm disso, distribuiu os convites decasamento a parentes e amigos, na certeza de que iria formalizar uma relao que considerava estvel.Entretanto, dois dias antes do casamento, este foi rompido, sem justificativa.

    2 - Todos os itens abaixo fazem parte da composio do relatrio jurdico, EXCETO:a) Sequncia linear de fatos.b) Seleo de fatos relevantes para a compreenso da lide.c) A voz de uma ou mais testemunhas que possam contribuir para o conhecimento da lide.d) O uso da narrativa na primeira pessoa quando o prprio advogado for o autor da ao.e) Uso dos pronomes como e por que.

    3 - Em relao ao relatrio jurdico, todos os itens abaixo fazem parte de sua composio, EXCETO:a) Seleo dos fatos juridicamente relevantes.b) Sequncia cronolgica dos fatos.c) O emprego do convencimento.d) Uso dos pronomes quem e quandoe) Uso de polifonia

    Aluna: Maria Luiza de Andrade

    Professora: Valquiria Paladino

    Disciplina: Teoria e Pratica da Narrativa Jurdica Judicial

    Turma: 2003 Matricula: 201403461211

    EXERCCIO N 09

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    CASO CONCRETO

    Caio, no vero passado, utilizou-se dos servios da Empresa Area Lost para viajar com sua famlia,composta de 5 membros. O trajeto contratado com a Empresa area foi Rio de Janeiro ? Miami. Noentanto, quando chegou ao Aeroporto de Miami, Caio foi surpreendido com a notcia de que suasbagagens foram extraviadas.

    Em razo do ocorrido Caio ajuizou ao indenizatria contra a Empresa area, na qual alegou: o direito aindenizao integral por danos materiais cobrindo o valor correspondente s bagagens, com base nasnormas do CDC; que a clusula de no indenizar prevista no contrato de transporte seja declarada nula,em razo do seu carter abusivo e indenizao por danos morais pelo aborrecimento sofrido na viagem.

    Na contestao a Empresa Area Lost sustentou a excluso de sua responsabilidade por fato exclusivodo passageiro, que no tomou o devido cuidado com o trajeto de suas bagagens pelos dois aeroportos,em conformidade com as orientaes fornecidas pela Empresa; que caso assim no entenda v.Excelncia, seja, por sua vez, reconhecida a indenizao limitada prevista na Conveno de Varsvia(Conveno de Montreal).

    Questo 1

    Produza uma tabela com duas colunas, a fim de elencar, na primeira, asinformaes que contribuem para reforar a verso da parte autora e, na segunda, asque podem auxiliar a r. Lembre-se de apenas selecionar as informaes que so

    juridicamente relevantes para a soluo da lide em anlise no judicirio.

    Questo 2

    Tendo em vista que o polo ativo do processo (Caio) pretende a condenao dopolo passivo (empresa area Lost), produza a narrativa jurdica valorada de acusao,com respeito a todas as orientaes dadas ao longo do semestre.

    Questes objetivas

    1 - Os fragmentos abaixo foram extrados de uma pea processual que trata de ao dealimentos. Identifique a tipologia textual de cada fragmento e marque a opo correta.

    I - A representante legal do autor contraiu matrimnio com o ru em 16 de abril de 1991. Da unio matrimonialadveio o menor Rodrigo da Cunha Maia, absolutamente incapaz, que est sendo representado por sua me.

    II - Segundo Antunes Varela, os alimentos so tudo que estritamente necessrio para a mantena da vida de umapessoa, compreendendo a alimentao, a cura, o vesturio, a habitao, nos limites da necessidade de quem ospede.

    a) O texto I uma narrativa valorada e o texto II injuntivo.

    b) O texto I argumentativo e o texto II uma narrativa imparcial.

    c) O texto I uma narrativa simples e o texto II descritivo.

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    d) O texto I uma narrativa simples e o texto II argumentativo.

    2 - A narrativa dos fatos importantes do caso concreto em anlise pelo Juzo constitui importante passo para aproduo das peas processuais. Sobre a narrativa da petio inicial e da contestao, marque a opo correta.

    a) a petio inicial possui narrativa simples e a contestao, valorada.

    b) a petio inicial possui narrativa valorada e a contestao, simples.

    c) tanto a petio inicial quanto a contestao possuem narrativa simples.

    d) tanto a petio inicial quanto a contestao possuem narrativa valorada.