25
Alunos envolvidos: 8º ANO – 13 ALUNOS Bosque estudado: MATINHA DE QUELUZ Escola: ESCOLA SECUNDÁRIA STUART CARVALHAIS – Inscrita no Eco-Escolas Morada: Concelho: Distrito: Rua dos Jasmins - MASSAMÁ – LISBOA SINTRA LISBOA Professora: Disciplina: NATÁLIA TEIXEIRA CIÊNCIAS NATURAIS Localização: QUELUZ RELATÓRIO 2012

Alunos envolvidos: 8º ANO – 13 ALUNOS

  • Upload
    burton

  • View
    37

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

RELATÓRIO 2012. Localização: QUELUZ. Bosque estudado : MATINHA DE QUELUZ. Escola: ESCOLA SECUNDÁRIA STUART CARVALHAIS – Inscrita no Eco-Escolas. - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Slide 1

Alunos envolvidos:8 ANO 13 ALUNOSBosque estudado:MATINHA DE QUELUZEscola:ESCOLA SECUNDRIA STUART CARVALHAIS Inscrita no Eco-EscolasMorada: Concelho: Distrito:Rua dos Jasmins - MASSAM LISBOA SINTRA LISBOAProfessora: Disciplina:NATLIA TEIXEIRA CINCIAS NATURAIS Localizao:QUELUZ

RELATRIO 2012

Matinha de QueluzAbril de 2012 rea estudada

PLANIFICAO

Antes da saida de campo:. Requisitar autocarro da Junta de Freguesia de Massam; Formao dos grupos de trabalho e distribuio de tarefas; Preparao e anlise das fichas de campo.

Durante a sada de campo:Demarcar uma rea do Bosque com cerca de 18 rvores para identificao de flora e fauna, caracterizao do bitopo e levantamento de fatores biticos; Prenchimento das fichas de campo; Tirar fotografias s diversas espcies ; Recolher algumas amostras, se necessrio.

Depois da saida de campo: Processamento da informao recolhida; Consulta bibliogrfica e na web;Utilizando a carta militar, determinar a rea do Bosque e a altitude; Em laboratrio, determinar o tipo de solo e o pH; Terminar o preenchimento das fichas de campo; Elaborao da apresentao PowerPoint e cartazes para exposio e publicao em blog.Estrato arbreoINTRODUO

A Matinha de Queluz constitui o nico espao verdeem que a populao de Queluz pode contactar com a Natureza autctone, ainda que com alguma inter-veno humana. objetivo deste trabalho atingir as finalidades do projeto Um Bosque Perto de Si; incentivar os alunos a identificarem possveis impactesambientais e avaliar a importncia de peservar a biodiversidade de um bosque mediterrnico. Pretende-se tambm dar um contributo, embora modesto, para a caracterizao dos bosques portugueses.

Matinha: 38 45 N - 9 15W

CARACTERIZAO GERAL

rea: 20 hectaresPaisagemAltitude: 94 m a 136 mExposio: NorteTopografia:TaludeDeclive: MedianoLocalizao: perto do rio Jamor, da IC19 e Palcio de Queluz

SubstratoNatureza do solo: orgnicaCobertura do solo: Total 80% Sobreiro de porte arbreo. Arbustos altos de me-dronheiro e pitsporo. Solo coberto de hera e de freixos, medronheiros e outras plantas em incio de vida. Nos troncos, poli-pdios, musgos e alguns lquenes.Acidez do solo: pH 6Presena de hmus: abundanteIdade geolgica: PaleognicoAfloramentos rochosos: nulo

Estratificao: Totalrvores com cerca de 10 m

Estrato herbceoEstrato arbustivoEstrato arbreoCLIMA E LITOLOGIA

Temperatura mdia anual: 16 C;Precipitao mdia anual: 800 mm;Insolao: de 2700 a 3000 horas / ano;Tipos litolgicos: rochas sedimentares detrticas.

BIODIVERSIDADE

RVORES

O Sobreiro uma rvore de porte mdio de 15 a 20 m de altura copa ampla, densa e pesada. Tem uma casca espessa de cortia, que ao ser arrancada revela a cor vermelha do tronco despido. As folhas so persistentes, inteiras, com bordos ondulados e espinhosos; pgina superior de cor verde escuro e a inferior cinzenta e pubescente. Apresenta diferenas morfolgicas muito salientes de exemplar para exemplar.

Reproduo:Flores masculinas em grupos, ao longo de amentilhos verdes. Flores femininas nas axilas das folhas novas. Floresce de abril a maioO fruto a bolota, que amadurece em outubro.

Pode ser semeado ou plantado debaixo de rvores adultas.

HabitatColinas bem drenadas de clima mediterrnico com influncia atlntica ( sul da Pennsula Ibrica e Norte de frica) abaixo dos 500 m de altitude.

Usos e funo ecolgicaFornece lenha, cortia e alimento para gado. Da bolota pode fazer-se farinha para alimentao humana.Papel ecolgico significativo.Proporciona zonas aprazveis.

BIODIVERSIDADE

RVORES Freixo comum Fraxinus angustifolia Vhl Famlia Oleaceae

O Freixo uma rvore caduciflia de porte frondoso e de ramificao irregular; copa ovoide; pode atingir 25 m de altura.A casca quando nova lisa ; ao envelhecer greta profundamente, na vertical; de cor castanha escura acinzentada.As folhas so verdes e compostas de 5 a 13 fololos lanceolados e dentados na margem. ReproduoAs flores so nuas; aparecem antes das folhas em cachos pendentes.Os frutos so smaras com pequenas sementes envolvidas por uma pele em forma de asa para facilitar o transporte pelo vento. As sementes formam-se primeiro que as folhas novas.

HabitatEspcie autctone em Portugal, espontnea ou cultivada, sendo rara nas zonas quentes do sul.No suporta bem as geadas. frequente prximo de linhas de gua e nas orlas de povoados de outras espcies, tal como acontece na Matinha de Queluz.

Usos e valor ecolgicoMarcenaria, fabrico de instrumentos musicais.Medicinal.Alimentao animal.BIODIVERSIDADE

RVORES Medronheiro comum Gnero Arbustus Famlia EricaceaeNa rea em estudo foram observados dois exemplares com porte de rvore e muitos com altura de arbusto principalmente nas orlas. O medronheiro raramente ultrapassa os 10 m de altura. A copa oval e os ramos so tortuosos. A casca , geralmente acastanhada e fendida, destacando-se em tiras nos mais velhos.As folhas so lanceoladas, medem de 5 a 10 cm, serradas, com pecolo curto, alternas, lustrosas e de cor verde escuro, mais claras na pgina inferior.

ReproduoFlores hermafroditas, brancas ou rseas, formando cachos.Fruto globoso, verrugoso, at 20 mm; primeiro verde edepois amarelo, escarlate e porfim vermelho escuro, no Outono do ano seguinte, quando amadurece. Frutifica a partir dos 8 10 anos.Regenera a partir do caule aps fogo ou corte.

HabitatEspcie mediterrnica atlntica. No exigente quanto ao solo, mas prefere os siliciosos da costa ou montanha, at 1200 m. Prefere o sombreamento nas zonas mais baixas e quentes.Espontnea em Portugal, principalmente a sul do Tejo, e Europa Ocidental.

Usos e valor ecolgicoOrnamental.O fruto comestvel e dele se faz aguardente perfumada e licor de medronho.

rvore ou arbusto perene, at 10-15 m de altura, com casca cinzenta. Folhas pecioladas ovado-lanceoladas agudas, de margem ondulada.

ReproduoFlores com ptalas brancas, lanceoladas, reunidas em cimeiras umbeliformes.Os fruto so cpsulas ovoides bivalves, verdes se imaturas e cor de laranja quando maduras. Sementes envolvidas por mucilagem.

HabitatPouco exigente quanto ao solo, desenvolve-se bem no litoral e em terrenos calcrios. D-se bem em luz direta mas suporta a sombra.

Usos e valor ecolgico espcie invasora em Portugal. semelhante ao loureiro Laurus nobilis, mas no tem o aroma desta espcie. As bagas do loureiro so pretas quando maduras e as folhas no tm margens onduladas. Na zona estudada foi observado um exemplar de loureiro mas em zona de difcil acesso.BIODIVERSIDADE

ARBUSTOS Plantas entre 1 m e 2 m de altura

Falsa rvore do Incenso ou Pitsporo Pittosporum undulatum Famlia Pittosporacea

OUTROS ARBUSTOS

Gilbardeira - Ruscus aculeatus natal Famlia Liliaceae

Subarbusto perene, at 80 cm de altura, de cor verde escuro, com rizoma e caules florais achatados os cladnios, terminados em ponta perfurante. As verdadeiras folhas so escamas de 3-4 mm, nas axilas de caules que parecem folhas lanceoladas verdes e terminam num espeto.ReproduoFlores pequenas e monoicas de cor amarelo esverdeada ou violcea, isoladas e ligadas parte central dos cladnios. So trmeras e polinizadas por insetos. Os frutos so bagas vermelhas.HabitatOcorre nas margens de florestas; tolerante ao ensombramento.UsosTradicionalmente utilizada para fabrico de vassouras de exteriores e para tratamento de enfermidades. Silva Rubus friticosus L.BIODIVERSIDADE

Foto extrada deWikipedia

Foto extrada de plant-identification. co.uk

Famlia Rosaceae

Arbusto espinhoso de flores brancas ou rosadas com 5 ptalas. O fruto um conjunto de pequenas drupas vermelhas.Tem aplicaes medicinais. Dizem que pode tirar a vontade de fumar.ARBUSTO - Angiosprmica, Monocotilednea

BIODIVERSIDADECaules lenhosos muito ramificados e prostrados; caules jovens eretos e herbceosUmbelaBIODIVERSIDADE

ARBUSTO Hedera (hibernica ou helix) Famlia Araliaceae

Planta trepadeira que pode atingir 30 m, com ramos lenhosos muito longos, delgados e flexveis. Apoia-se noutras plantas por razes laterais areas, mas tambm podem cobrir o solo de matas. As folhas so simples, persistentes, de cor verde escuro, brilhantes coriceas, alternas, com polimorfismo, lobuladas a inteiras.ReproduoAs inflorescncias so pequenas umbelas esfricas. As flores so hermafroditas, amarelo-esverdeadas com clice soldado ao ovrio, pentmeras. Floresce de setembro a outubro.O fruto uma pseudobaga globosa escura.

UsosOrnamental para uns e prejudicial para outros. O fruto txico e a seiva causa leses. O ch de folhas secas usado com fins medicinais.BIODIVERSIDADE Estrato herbceo

Jarro silvestre Monocotilednea da famlia Araceae, gnero ArumPervinca Vinca difformisPlanta herbcea perene do gnero Vinca. Na Mantinha de Queluz forma densos tapetes nas orlas do Bosque.Herbceas junto a um muroBIODIVERSIDADE Estrato herbceo

Trepadeira, corriola;Famlia Convolvulaceae; Gnero ConvolvulusNa orla do BosqueBIODIVERSIDADE Estrato herbceo

Sob as copasPredomnio de Hera, cobrindo a manta mortaBIODIVERSIDADE PTERIDFITOS

Polipdios fixos a tronco de sobreiro.

O polipdio uma planta com vasos condutores, que s se reproduz na presena de gua. Resiste estao seca na forma de rizoma.

ReproduoNa pgina inferior das folhas (1) surgem conjuntos (2) de esporngios (3), que, por desidratao, rompem, libertando os esporos (4), clulas resistentes e leves dessiminadas pelo vento. Os esporos ao germinarem originam uma estrutura produtora de gmetas.1234Famlia PolipodiaceaeGnero PolypodiumPolipdio - Gnero Polypodium17

BIODIVERSIDADE BRIFITASBrifitas so plantas terrestres de cor verde, sem vasos condutores, mas com esporngios e gametngios pluricelulares. Raramente ultrapassam alguns centmetros de altura.

Dividem-se em duas classes:Hepticas, de corpo laminar que se fixa ao substrato por rizoides unicelulares.Musgos, corpo constitudo por rizoides pluricelulares, cauloide e filoides.HEPTICA FOLHOSA Famlia Calypogeiaceae Gnero Calypogeia Ao microscpio at 640xColhida de um tronco de sobreiroBIODIVERSIDADE BRIFITAS

Musgo colhido no tronco de um sobreiroAo microscpio at 640x

Cauloide, filoides, clulas de filoide e esporfitoReproduoO ser diferenciado em rizoides, cauloide e filoides, produz gmetas. Da fecundao resulta o esporfito, produtor de esporos, que garantem a renovao do gametfito.Podem reproduzir-se tambm por fragmentao.

BIODIVERSIDADE BRIFITASMusgo colhido num muroAo microscpio 160xCauloide e filoides

Filoide 640xHabitatGeralmente so plantas terrestres ,que se desenvolvem bem em zonas hmidas e sombrias, mas conseguem sobreviver num estado de atividade suspensa durante longos perodos, reativando-se em presena de gua lquida.

BIODIVERSIDADE BRIFITAS

Musgo que se encontrava fixo ao tronco de sobreiro

Usos

Em ambientes poludos regista-se uma reduo considervel de biodiversidade das Brifitas pelo que este facto constitui indicador da qualidade ambiental Ao microscpio 160x

Filoides unidos ao cauloide

As Brifitas, alm de serem 1 nvel trfico de cadeias alimentares, proporcionam habitat a vrias espciesBIODIVERSIDADE LIQUENES

Parmlia Famlia Parmeliaceae Estrutura laminar dorsiventral, parecida a pequenas folhas; fixa ao substrato por projees especializadas do crtex inferior - as rizinas, mas no em toda a sua extenso.O talo uma associao entre alga e fungo, predominando hifas do fungo no crtex superior e inferior. O fungo absorve gua e sais minerais; a alga fornece matria orgnica.

Reproduo Assexuada por destacamento de pores do talo.

HabitatPor possurem grande resistncia dessecao e a temperaturas variveis, vivem em ambientes inspitos em quase todo o tipo de substratos.

UsosA Parmlia utilizada na obteno de corantes prpuras e castanhos. So bioindicadores, por serem sensveis radiao e ao dixido de enxofre

Ao microscpio - 640xLquen Foliceo

ATIVIDADE LABORATORIAL

Material para determinao da natureza do solo e pH do solo

Concluso:Solo Franco-argilosopH 6ANIMAIS

Animais do soloFilo ArthropodaSuperclasseMyriapodaClasse Diplopoda So animais herbvoros detritvoros de locais sombriosFilo ArthropodaSubfilo CrustaceaClasse MalacostracaOrdem IsopodaSubordem OniscdeaNome cientfico Armadillidium vulgarFilo ArthropodaClasse InsectaOrdem ColeoptraFamlia CurculionidaeNome vulgar BesourosLarva vermiforme que se alimenta de razesOUTROS ANIMAISFoi observada uma aranha, vrios pequenos mosquitos e foi ouvida uma ave canora.

Som na MatinhaO rudo dos carros na IC19 ficou mais evidente na gravao.CONCLUSO

A Matinha de Queluz um bosque mediterrnico, com rvores e arbustos de folha perene, com forte implantao de Quercus suber. Regista-se uma considervel biodiversidade com marcada invaso de Hera. A vegetao mediterrnica porta adaptaes ecolgicas que lhes conferem resistncia escassez de gua dos veres quentes e secos: folhas rgidas com uma grossa cutcula que permite s plantas diminuir a transpirao; nas zonas mais exposta radiao solar (copas) as folhas so de menor rea (dimorfismo foliar); as herbceas anuais passam o vero na forma de sementes. Outras espcies tm caules e/ou folhas suculentas onde armazenam gua.O bosque mediterrnico, localizado em Queluz, tem condies para a sobrevivncia de vrias espcies de vertebrados insetvoros e frugvoros: passeriformes, roedores, rpteis, alm de oferecer outros benefcios ambientais e para a populao humana. Ficou notrio o impacte auditivo da IC19, mas parece no ser possvel a colocao de barreira sonora, pela perda de qualidade visual da paisagem. O que lamentvel, no s porque poder estar a ser perturbada a comunicao auditiva entre os animais do bosque, particularmente entre espcies canoras, mas tambm porque ficaria mais aprazvel aos visitantes.Relativamente ao impacte da poluio atmosfrica com origem no trfego automvel, a mobilidade das massas de ar garante a sua atenuao.Compreende-se a defesa da preservao de reas como a Matinha de Queluz, em combate extino de espcies autctones. H que manter sempre vigilncia contra as diversas ameaas, como, por exemplo, a introduo de espcies exticas; de que exemplo a pulguinha do carvalho, que atacou recentemente, em Portugal, extensas reas de carvalhais e que tambm pode afetar o sobreiro.