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Cidade Ano
AMANDA DIAS AMARAL
TRABALHO EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
MEDIDAS PREVENTIVAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
São Luis - MA 2019
TRABALHO EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
MEDIDAS PREVENTIVAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Instituição Pitágoras São Luís, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção.
Orientador: Sthefan Piccinini
AMANDA DIAS AMARAL
AMANDA DIAS AMARAL
TRABALHO EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
MEDIDAS PREVENTIVAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Instituição Pitágoras São Luís, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção.
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
São Luis, 28 de maio de 2019.
Dedico este trabalho a minha família e
Agradeço а Deus, pois sem ele eu não
teria forças para essa longa
jornada, agradeço aos meus professores е
aos meus colegas que me ajudaram na
conclusão da minha formação acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente а Deus pela minha saúde e força para superar as dificuldades ao
longo da minha vida, agradeço não somente há estes anos como universitária, mais
em todos os momentos, pois é o meu maior mestre.
A esta universidade e seu corpo docente, direção е administração pela
oportunidade de fazer о curso e ao meu orientador, pelo empenho dedicado à
elaboração deste trabalho.
Agradeço а todos os professores por proporcionar о conhecimento е afetividade
da educação no processo da minha formação profissional.
Meus agradecimentos aos amigos, companheiros de trabalhos е amizade que
fizeram parte da minha formação е que vão continuar presentes em minha vida.
Aos meus pais e minha família, pelo amor, incentivo e apoio moral.
E a todos que direta ou indiretamente contribuiu com minha formação, meu muito
obrigado.
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o
que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples
medo de arriscar.
(William Shakespeare).
AMARAL, Amanda Dias. Trabalho em Altura na Construção Civil: Medidas Preventivas de Segurança do Trabalho, 2019. 25. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – Instituição Pitágoras São Luis, São Luís-MA, 2019.
RESUMO
O presente trabalho trata-se da prevenção de Acidentes do Trabalho na construção civil, tendo como objetivo geral estudar e compreender a metodologia de segurança do trabalho em execução de atividades com diferença de nível havendo risco de queda, à prevenção de acidentes de trabalho na construção civil estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, bem como a sua real contribuição para a promoção da Integridade física e saúde do trabalhador. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura, pesquisa feita em artigos científicos, livros e outros matérias pesquisados, tendo como fontes principais a Norma Regulamentadora NR 6– BRASIL (2017), Norma Regulamentadora NR 18– BRASIL (2018), Norma Regulamentadora NR 35– BRASIL (2016) do Ministério do Trabalho. Este trabalho está dividido em três capítulos. Capítulo 1 relata sobre conhecer o uso correto dos equipamentos de proteção individual. Capítulo 2 aponta os meios de capacitação e treinamentos dos trabalhadores, para execução das atividades de trabalho em altura. O capítulo 3 trata da análise de risco e permissão de trabalho e descreve os equipamentos de proteção coletiva. As principais conclusões é que este trabalho demonstra que os locais de trabalho podem ser mais seguros, se aplicados corretamente os procedimentos de segurança regulamentados por normas, contribuindo de forma eficaz para a redução do número de acidentes e doenças do trabalho na construção civil. Palavras-chave: Segurança do Trabalho; Trabalho em Altura; Acidente do Trabalho;
Equipamento de Proteção.
AMARAL, Amanda Dias. Construction Work at Construction Height: Preventive Measures of Work Safety, 2019. 25. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – Instituição Pitágoras São Luis, São Luis-MA, 2019.
ABSTRACT
The present work deals with the prevention of Accidents of Work in the civil construction, having as general objective to study and to understand the methodology of work safety in execution of activities with difference of level with risk of fall, to the prevention of work accidents in the construction civil society established by the Ministry of Labor, as well as their real contribution to the promotion of Physical integrity and health of the worker. The methodology used was the literature review, a research done in scientific articles, books and other researched materials, having as main sources the Regulatory Norm NR 6 BRAZIL (2017), Regulatory Norm NR 18 - BRAZIL (2018), Regulatory Norm NR 35 - BRASIL (2016) of the Ministry of Labor. This work is divided into three chapters. Chapter 1 reports on knowing the correct use of personal protective equipment. Chapter 2 indicates the means of training and training workers to carry out the work activities at a height. Chapter 3 deals with risk analysis and work permit and describe collective protection equipment. The main conclusions are that this work demonstrates that workplaces can be safer, if correctly applied safety procedures regulated by standards, effectively contributing to reduce the number of accidents and diseases of work in construction. Key-words: Workplace Safety; Work at Height; Work Accident; Protection
Equipment.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – EPI’s para Proteção da Cabeça ............................................................... 16
Figura 2 – EPI’s para Proteção dos Olhos ................................................................ 16
Figura 3 – EPI’s para Proteção para Audição ........................................................... 16
Figura 4 – EPI’s para Proteção Respiratória ............................................................. 17
Figura 5 – EPI’s para Proteção dos Membros Superiores ........................................ 17
Figura 6 – EPI’s para Proteção Contra Queda .......................................................... 18
Figura 7 – EPI’s para Membros Inferiores ................................................................. 19
Figura 8 – Análise Preliminar de Risco ...................................................................... 21
Figura 9 – Permissão de Trabalho ............................................................................. 22
Figura 10 – Equipamentos de Proteção Coletiva ...................................................... 23
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
APR Análise Preliminar de Risco
CA Certificado de Aprovação
CLT Consolidação das Leis Trabalhista
EPI’s Equipamento de Proteção Individual
NBR Norma Brasileira
NR Norma Regulamentadora
PET Permissão de Entrada e Trabalho
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2. USO CORRETO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ......... 14
3. CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DOS TRABALHADORES ........................ 20
4. ANÁLISE DE RISCO, PERMISSÃO DE TRABALHO E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA .............................................................................................. 21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 24
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 25
12
1. INTRODUÇÃO
A segurança do trabalho no ramo da construção civil é de fundamental
importância para garantir a segurança ao trabalhador em suas atividades, mas nem
sempre é isso o que acontece, pois infelizmente os acidentes do trabalho atingem
muitas pessoas no dia-a-dia. Por essa razão é essencial a aplicação das medidas
regulamentadora de segurança do trabalho, buscando a prevenção de acidentes do
trabalho na construção civil. A construção civil apresenta um grande índice de
acidentes do trabalho por se tratar de atividades dinâmicas, e os riscos são variados
e de acordo com a fase em que se encontram as atividades, sendo as principais:
escavação, demolição, alvenaria, entre outros, também em atividades como a
carpintaria, armação e operações de soldagem.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m
(dois metros) de altura, onde haja risco de queda. Quando não se pode evitar o
trabalho em altura, as medidas de eliminação de riscos são adotadas, como é o caso
da utilização de proteção coletiva, a cultura prevencionista no Brasil é muito falha e
com pouca conscientização por parte dos proprietários e funcionários, deixando a
segurança em segundo plano e consequentemente havendo contribuição ao aumento
do numero de acidentes na construção civil.
Para eliminar os riscos e diminuir a ocorrência dos acidentes envolvendo queda
de pessoas no ramo da construção civil, deve-se fazer o uso das normas
regulamentadoras de modo a antecipar as ações de segurança de forma preventiva e
não somente corretiva, garantindo ao trabalhador as condições necessárias de
segurança e trabalho durante suas atividades. Normas como a NR 35: Trabalho em
Altura e NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho a Indústria da Construção,
são ferramentas necessárias e indispensáveis para garantir boa execução dos
serviços na área da construção civil visando à segurança e a saúde dos trabalhadores
por meio de planejamentos e medidas de controle de forma a tornar a realização do
trabalho e o ambiente de trabalho seguro. O trabalho irá apresentar segundo normas
regulamentadoras e recomendações técnicas, os dispositivos de segurança
obrigatórios a serem utilizados durante as atividades realizadas.
Objetivo geral do trabalho é estudar e compreender a metodologia,
apresentando informações sobre questões de segurança do trabalho para atividades,
13
que serão realizadas acima de dois metros de altura onde há risco de queda, conforme
as exigências contidas na Norma Regulamentadora – NR35.
Os objetivos específicos do trabalho são respectivamente, conhecer o uso
correto dos equipamentos de Proteção Individual, apontar os meios de capacitação e
treinamento dos trabalhadores para execução das atividades e estudar de forma
correta as Análises de Risco, Permissão de Trabalho e descrever os Equipamentos
de Proteção Coletiva.
O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma revisão bibliográfica, no
qual foi realizado a consulta em artigos científicos, livros e outros materiais
pesquisados, tendo como fontes principais a Norma Regulamentadora NR 6 – BRASIL
(2017), Norma Regulamentadora NR 18 – BRASIL (2018), Norma Regulamentadora
NR 35 – BRASIL (2016) do Ministério do Trabalho. Este trabalho apresentou ainda
algumas das principais medidas de proteção individual e coletiva, para serviços
executados na construção civil, com o propósito de promover o incentivo e o interesse
pela prevenção de acidentes de trabalho.
14
2. USO CORRETO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
2.1 A Historia e Evolução dos EPIs
Desde os primórdios dos tempos, o homem busca a proteção individual quase
que instintivamente, a relato que os primeiros EPIs foram registrados já na época das
cavernas, quando o homem primata utilizava a pele de animais como vestimenta para
se proteger das condições climáticas, mantendo a temperatura do corpo aquecida e
estável.
Ao longo dos anos, essa necessidade foi ganhando outros contornos e as
vestimentas de proteção foram se aprimorando, não tem como falar da evolução dos
EPIs sem mencionar como exemplo, as armaduras e elmos, que foram utilizadas por
cavaleiros na Idade Médias.
Já a evolução dos EPIs, na idade media a técnica passou a ser usada quando
os cavaleiros medievais passaram a se proteger das lanças de ataque dos inimigos,
usada juntos das armaduras. Por sua vez, os povos indígenas utilizavam roupas feitas
de couro de animais e penas de aves e empregavam arcos e flechas nos combates e
caçadas.
2.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo e qualquer
equipamento de uso individual utilizado pelo colaborador diariamente, buscando à
proteção de riscos e ameaças que podem vim a abalar a segurança e a saúde do
colaborador. A importância do uso de equipamentos de proteção individual encontra-
se previsto nas Leis de Consolidação do Trabalho (CLT) e regulamentado pela Norma
Regulamentadora (NR6) do Ministério do Trabalho e Emprego, que de acordo com o
(subitem 6.6.1, 2017), cabe ao empregador quanto ao EPI “fornecer ao trabalhador
somente o aprovado pelo órgão nacional, orientar e treinar o trabalhador sobre o uso
adequado guarda e conservação”.
De acordo com Oliveira Ayres e Peixoto Corrêa (2001), “Os acidentes do
trabalho e as doenças profissionais nos país ainda apresentam índices elevados,
15
embora tenha havido expressiva redução segundo dados do Ministério da Previdência
e Assistência Social (MPAS)”.
Quanto ao sistema de distribuição e fiscalização dos EPI’s, nas maiorias das
empresas o Técnico de Segurança do Trabalho que fica responsável em utilizar fichas
para controlar e atender às necessidades dos trabalhadores. Nestas fichas consta o
termo de responsabilidade do empregado e da empresa, onde todos os EPI’s
utilizados pelo empregado deverão ser anotados nessa ficha, contendo os tipos de
EPI’s requisitados, seus C.A (Certificado de Aprovação) e as datas de entrega e
substituição.
Todos os equipamentos de proteção individual (EPI), só podem ser utilizados
se possuírem impresso no produto o número de CA (Certificado de Aprovação)
fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Compete ao Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA nas empresas desobrigadas de manter o
SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade. De acordo com Oliveira Ayres e Peixoto Corrêa (2001, p. 42,
cap.2), é importante que o trabalhador tenha em mente que:
✓ De ordem técnica: consiste em determinar a necessidade do uso do
EPI e selecionar o tipo adequado ao risco;
✓ Treinamento: instruções praticas devem obrigatoriamente ser
ministradas, afim de que o EPI seja corretamente usado; a comprovação do
treinamento deve ser feita em ficha de controle contendo assinatura do
empregado;
Conformes os estudos e pesquisas infelizmente nas maiorias das vezes as
empresas apenas fornecem o EPI, mas não há um treinamento e tão pouco uma
reposição do EPI quando necessário. O simples fornecimento de EPIs e exigência de
seu uso vem a contribuir significativamente em evitar acidentes se utilizados
corretamente, mas o ponto principal no combate e redução desses acidentes se dar
pela preocupação em fornecer aos empregados um ambiente seguro, com os mais
adequados equipamentos de proteção individual e um eficiente e constante
treinamento e conscientização do mesmo.
16
2.2.2 TIPOS DE EPI’S
Poderemos afirmar que os EPI’s são todos instrumentos de uso pessoal que
fornecem proteção ao trabalhador contra os riscos que são expostos no ambiente de
trabalho, pois são capazes de neutralizar e evitar lesões em casos de acidentes. Logo
os equipamentos de proteção individuais mais utilizados na Construção Civil,
conforme a NR-6, encontram-se agrupados em EPI’s para:
Figura 1 – EPI’s para Proteção da Cabeça
Nestor Waldhelm Neto (2012)
A figura acima temos como os principais utilizados na construção civil, o capacete
aba frontal, aba Total, onde a função do capacete é proteger a cabeça de quaisquer
eventualidades por queda de objetos.
Figura 2 – EPI’s para Proteção dos Olhos
Nestor Waldhelm Neto (2012)
A figura acima tem os Equipamentos de Proteção dos Olhos e Face; Os óculos
de segurança para proteção são utilizados para evitar contato direto de objetos
indesejáveis com os olhos, buscando sua total proteção.
Figura 3 – EPI’s para Proteção para Audição
17
Nestor Waldhelm Neto (2012)
Na figura acima temos o Protetor Auditivo tipo (plug) e Protetor Auditivo tipo
concha respectivamente, são utilizados para proteção dos ouvidos, em uso
especificamente em locais com ruídos, buscando proteger o colaborador de possíveis
doenças ocupacionais. Na construção civil existem algumas atividades que o uso da
proteção auditiva e obrigatória como, por exemplo, o operador de betoneira, atividades
com ferramentas elétricas cortantes.
Figura 4 – EPI’s para Proteção Respiratória
Nestor Waldhelm Neto (2012)
Na figura acima temos como os mais utilizados o purificador de ar descartável
(sem filtro e com filtro) e o purificador de ar (com filtro refil) respectivamente, buscando
combater problemas respiratórios adquiridos ao longo do tempo, devidos o constante
contato em ambientes com altos índices de poeiras e pó químicos. A sua correta
utilização visa proporcionar ao colaborador conforto e segurança.
Figura 5 – EPI’s para Proteção dos Membros Superiores
18
Nestor Waldhelm Neto (2012)
Na figura acima temos como os mais comuns utilizados na construção civil
temos; Luva de proteção látex, Luva de proteção de algodão, Luva de proteção tipo
vaqueta, respectivamente. Equipamentos utilizados para proteção contra produtos
abrasivos e rebarbas. Na construção civil as luvas de raspa são utilizadas para o
transporte de argamassa e atividades com cortes em matérias resistentes, as luvas
de látex usadas para proteger as mãos de matérias químicos como por exemplo o pó
de cimento que pode trazer ao colaborador várias doenças e irritações na pele.
Figura 6 – EPI’s para Proteção Contra Queda
Nestor Waldhelm Neto (2012)
Na cima na figura temos EPI’s de Proteção Contra Queda em Diferença de
Nível de Altura; Cinturão de segurança tipo pára-quedista e Dispositivo trava-
19
queda.Conforme o estudo feito referente ao alto índice de acidentes em serviços onde
exista diferença de nível onde haja risco de queda. Um dos equipamentos mais
utilizado na construção civil é o cinto de segurança, onde a responsabilidade do
colaborador é a maneira correta de sua utilização. Devem-se fazer toda verificação
dos equipamentos de segurança para que o colaborador fique seguro e possa
executar sua atividade com segurança. O dispositivo Trava – Queda é essencial, para
garantir segurança ao colaborador e evitar que o mesmo venha a chegar ao chão,
evitando um acidente inesperado.
Figura 7 – EPI’s para Membros Inferiores
Nestor Waldhelm Neto (2012)
Calçados de segurança: Bota de Segurança e Bota de Borracha Profissional.
Um equipamento de segurança utilizado para a proteção dos pés e pernas evitando
cortes, perfurações indesejáveis, contato direto com produtos químicos, transmitindo
segurança e conforto ao colaborador.
20
3. CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DOS TRABALHADORES
A Norma Regulamentadora NR 18 – BRASIL (2018) em seu item 18.28
determina que “todos os empregados em obras de construção civil devem receber
treinamentos admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades
com segurança”.
Sendo assim é importante acrescentar que os colaboradores devem conter
qualificações adquiridas através de treinamentos específicos, para que seja permitido
desenvolver atividades, relacionadas as exigências da NR 18. Onde a fiscalização e
controle dos treinamentos ficam por responsabilidade das empresas.
Os acidentes no trabalho em altura que afetam pelo menos 600 trabalhadores
ao ano de forma grave, deixando seqüelas ou ate mesmo provocando a morte, estão
de alguma maneira relacionadas a falta de capacitação e treinamentos.
Atender a Norma Regulamentadora NR-35 – BRASIL (2018) do MTE que prevê
que toda empresa que realize trabalhos em altura, promovam treinamento para
capacitação dos trabalhadores, sendo assim considera-se funcionário capacitado,
após aprovação nos treinamentos prático e teóricos, com carga horária mínima de oito
horas.
O treinamento deve ser composto por normas técnicas voltada ao trabalho em
altura, considerando-se procedimentos internos da empresa, o funcionário deve ser
capacitado a compreender e contribuir para aprimoramento das análises de risco, o
treinamento deve conter conhecimento teórico e pratico para utilização dos
equipamentos de proteção coletiva necessária para execução das atividades em
altura, conhecer os equipamentos de proteção individual para trabalho em altura ,
conservação, inspeção,conduta para situações de emergência, primeiros socorros, e
noções de técnica de resgate.
Visando garantir a capacitação sobre os riscos, medidas de controle, de
emergência e salvamento, o certificado será entregue e consignada no registro do
funcionário e uma copia arquivada na empresa.
21
4. ANÁLISE DE RISCO, PERMISSÃO DE TRABALHO E EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO COLETIVA
4.1 Análise de Risco
Para que possa garantir e implementar as medidas de proteção no trabalho em
altura os colaboradores devem preencher obrigatoriamente a Análise de Risco que
consiste em avaliar de forma detalhada e antecipada os prováveis riscos envolvidos
na execução de determinados trabalhos ou procedimentos a serem realizados numa
área específica, buscando minimizar a possibilidade de acidentes, a fim de identificar
possíveis problemas para o meio ambiente e as pessoas.
Figura 8 – Análise Preliminar de Risco
Cardella,B.Segurança no Trabalho e prevenção de Acidentes (2011)
Conforme a norma regulamentadora NR35 – BRASIL (2016) “assegurar a
realização da Análise de Risco - AR e quando necessário a emissão da Permissão de
Trabalho PT”.
22
4.2 Permissão de Trabalho
Emissão da Permissão de Trabalho – PT, documento que autoriza execução
das atividades em áreas de risco por tempo determinado. Sendo assim o empregador
se respalda que somente os trabalhadores capacitados no desempenho da atividade
adentrem na área de risco. Para que possa ser proibida a entrada de pessoas não
capacitadas, a Permissão de Trabalho reduz os índices de acidentes e exposição
indevida aos agentes de risco no ambiente controlado. As áreas que mais se utiliza a
Permissão de Trabalho são: Atividades executadas em diferença de nível de altura
onde haja risco de queda, Trabalhos com alta temperatura, Áreas com utilização de
produtos químicos, gases ou explosivos, Atividades em espaço confinado e
escavações e em outras quando necessário.
A Permissão de Trabalho não tem norma própria, porém é sitada em algumas
Normas Regulamentadoras, como a NR35 (item 35.2.1 letra “b”, e item 35.4.7), NR34
(item 34.2.1 letra “d”, item 34.4.2.), e na NR33 (item 33.2.1 letra “f”, item 33.3.3 letra
“e”).
Figura 9 – Permissão de Trabalho
Manual de Formulário VMZ – JF (2006)
A Permissão de Trabalho deve ter como principal foco o detalhamento das
particularidades do ambiente onde se executa as atividades.
23
4.3 Equipamentos de Proteção Coletiva
Conforme a norma regulamentadora NR35 – BRASIL (2016) “de sistema de
proteção coletiva contra quedas - SPCQ; (NR)”. Para o Trabalho em Altura o
Equipamento de Proteção coletiva contra queda, é obrigatório a instalação de
proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de
materiais, podendo ser citados os mais utilizados na construção civil, bandeja de
proteção, linha de vida e guarda corpo.
Figura 10 – Equipamentos de Proteção Coletiva
http://www.sestr.com.br/2014/11/equipamento-de-protecao-coletiva-
epc.html– JF (2014)
Os Equipamentos de proteção coletiva são fundamentais para proteção dos
funcionários e pessoas que transitam pelo canteiro de obra, pois a queda de matérias
são as mais comuns na construção civil.
24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A busca pela proteção do trabalhador com o passar dos anos, vem cada vez mais
se tornando essencial a segurança na construção civil, a pesquisa buscou demonstrar
a importância da segurança sobre a utilização do uso correto dos equipamentos de
proteção individual e coletiva no trabalho em altura.
Sabe-se que a capacitação dos colaboradores e uma boa avaliação medica,
assim como a realização dos procedimentos exigidos pela norma regulamentadora
NR-35, são necessário para que possa garantir segurança ao trabalhador na
execução das atividades desenvolvidas
Vale ressaltar que para garantir a segurança do trabalho em altura, é importante
implementar e supervisionar as medidas de proteção, que consiste em detectar
possíveis riscos na área de atuação especifica, buscando a sua conscientização e
supervisão do trabalhador.
25
REFERÊNCIAS
AYRES, Dennis de Oliveira; CORRÊA, José Aldo Peixoto. Manual de prevenção de
acidentes do trabalho: aspectos técnicos e legais. São Paulo: Atlas, 2001.
Disponível em: <https://issuu.com/grupogen/docs/9788597012262_issu>. Acesso
em: 05 de mar. 2019.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamentos de proteção
individual. Disponível em: <
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr6.htm>. Acesso em: 06 de mar.
2019.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 - Condições e meio ambiente de
trabalho na indústria da construção. Disponível em:
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm>. Acesso em: 06 de mar.
2019.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 35 - Trabalho em Altura. Disponível
em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr35.htm>. Acesso em: 06 de
mar. 2019.
NETO, Nestor Waldhelm. O que é EPI – Equipamento de Proteção Individual.
Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-epi/>. Acesso em: 05 de
mar. 2019.