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Amo-te, escrita Vila Nova de Famalicão 2010

Amo-te, escrita

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Textos redigidos no atelier “Amo-te, escrita” orientado Pedro Chagas Freitas; Edição | Câmara Municipal Vila Nova de Famalicão; Casa de Camilo – Museu. Centro de Estudos; Coordenação | Aníbal Pinto de Castro Colaboração | José Manuel Oliveira; Luísa Alvim; Textos e ilustrações EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano Escola EB1/JI Louredo, turma 21, 4º ano EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano EB1 Fontelo, turma 11, 4º ano Capa EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano; Vila Nova de Famalicão, 2010 Município de Vila Nova de Famalicão Casa de Camilo Avenida S. Miguel de Seide, 758 4770-631 S.Miguel de Seide [email protected] www.camilocastelobranco.org http://casadecamilo.wordpress.com

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Amo-te, escrita

Vila Nova de Famalicão

2010

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Ficha Técnica Título Amo-te, escrita Edição Câmara Municipal Vila Nova de Famalicão Casa de Camilo – Museu. Centro de Estudos Coordenação Aníbal Pinto de Castro Colaboração José Manuel Oliveira Luísa Alvim Textos redigidos no atelier “Amo-te, escrita” orientado Pedro Chagas Freitas Textos e ilustrações EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano Escola EB1/JI Louredo, turma 21, 4º ano EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano EB1 Fontelo, turma 11, 4º ano Capa EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano Vila Nova de Famalicão, 2010 Município de Vila Nova de Famalicão Casa de Camilo Avenida S. Miguel de Seide, 758 4770-631 S.Miguel de Seide [email protected] www.camilocastelobranco.org http://casadecamilo.wordpress.com

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AMO-TE, ESCRITA

EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano

EB1 Fontelo, turma 11, 4º ano

Escola EB1/JI Louredo, turma 21, 4º ano

EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano

Vila Nova de Famalicão

2010

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AS AVENTURAS DO AMOR

EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano

UMA PAIXÃO SEM FIM

EB1 Fontelo, turma 11, 4º ano

AMOR SELVAGEM

Escola EB1/JI Louredo, turma 21, 4º ano

OS PRÍNCIPES DA CALIFÓRNIA

EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano

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desenho | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano

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As Aventuras do Amor

I capítulo

Num dia de Primavera, o menino Kaká e a menina Bloom

andavam a passear num jardim cheio de rosas vermelhas perfumadas e o

Kaká disse-lhe uma frase romântica. A Bloom, ao ouvir isto, começou a

chorar de alegria, porque finalmente o Kaká tinha percebido que ela o

amava.

Então, a Bloom, que era uma fada, transformou-se e, com as

suas asas, levou o Kaká para o seu castelo moderno, para que o seu pai e a

sua mãe dessem autorização para ela se casar com ele, mas o pai da Bloom

não concordou com a ideia, porque queria que a filha casasse com o

príncipe do reino vizinho.

Então, o rei teve um aperto no peito e resolveu haurir a filha

dos braços do seu amado Kaká.

Será que o Kaká e a Bloom conseguirão ficar juntos?

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II capítulo

Nessa tarde de Primavera, o pai da Bloom queria prender o Kaká nas

masmorras, junto de um lobo feroz, mas não conseguiu, porque ele fugiu

no seu cavalo voador, que era muito rápido.

No dia seguinte, o Kaká foi buscar a Bloom ao castelo. Levou-a para

o seu palácio das nuvens para passar mais tempo com ela e divertirem-se à

grande no País das Maravilhas.

Uma fada que passou no País das Maravilhas disse que lhes

concedia três desejos ao seu gosto e o jovem casal escolheu viver feliz, sem

maldades e com muita saúde.

Se esses desejos se realizassem eles eram o casal mais perfeito do

mundo e do universo.

De repente, apareceu o cavalo voador do Kaká e levou-os a um

jardim muito bonito.

Passado algum tempo, eles foram ao castelo do pai da Bloom ver se ele

já era amigo do Kaká.

Quando o pai da Bloom viu o Kaká e a sua amada, abraçou-os e

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ficaram todos muito amigos.

O pai da Bloom convidou-os para jantar no castelo. O jantar era

frango assado e estava delicioso mas, de repente, o frango saltou pelo ar.

Foi algo muito estranho.

III capítulo

A seguir ao jantar foram passear pela floresta e encontraram uma

caneta mágica que escrevia tudo o que se lhe dizia.

O Kaká disse à caneta para escrever uma das suas melhores frases de

amor para a sua amada Bloom.

Então, ela ficou muito contente!

O amigo do Kaká era muito engraçado, porque tinha um nariz de batata

vermelho que, sempre que se carregava nele, soltava pelo ar um espirro de

água.

O amigo trabalhava num circo muito famoso, que tinha um grupo de

jovens mágicos que faziam truques muito divertidos.

Mais tarde, o grupo de jovens mágicos ofereceu um espectáculo ao

Kaká e à Bloom.

Num dos truques, o nariz de batata do palhaço saltou e despejou a

água, inundando o chão e os amigos. Ficaram todos constipados.

O Kaká estava com vontade de pedir um autógrafo a um dos mágicos

do circo, mas a rainha do malabarismo começou o seu truque.

IV capítulo

De repente, uma das bolas caiu no chão e saltou, bateu na cabeça de

Kaká, que era muito suave. A Bloom, ao ver isto, começou a rir-se porque

a bola bateu na testa de Kaká.

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Depois do circo, o Kaká saiu muito zangado porque a Bloom

começou a rir-se mas também estava contente porque a ela se divertiu.

Quando chegaram ao castelo, o pai de Bloom perguntou o que

tinha acontecido. O bobo, que era muito burro, disse que estava no castelo

para animar o rei. Ele fez uma palhaçada e o rei começou a rir-se. Mas não

conseguiu fazer rir a princesa.

V capítulo

Naquele momento, a Bloom e o Kaká foram ao palácio do País das

Maravilhas para falarem e namorarem.

Nessa conversa, eles falaram sobre o seu casamento e disseram que

iam casar-se no Domingo seguinte, às 10.00 h, na igreja S. Pedro. Em

seguida, começaram a fazer os convites.

Depois dos convites, eles foram visitar os pais da Bloom ao castelo.

Lá, viram os pais da Bloom desmaiados e chamaram o 112. O 112 chegou

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atrasado e, como o Kaká sabia alguns troques de medicina, salvou os pais

da Bloom.

No Domingo, como previsto, eles casaram-se. Foi um dia

inesquecível!

Passado alguns anos, já tinham sete filhos.

Um certo dia, eles foram comprar dois cachorrinhos para os seus

filhos ficarem contentes. Foram ao vizinho buscar duas casotas para os cães

ficarem confortáveis.

Quando os cães chegaram, as crianças ficaram tão contentes que até

fizeram um desenho para os pais. De seguida, foram passear os filhos e os

cães ao parque da vila. O passeio foi fantástico. Quando chegaram a casa

era de noite e os pais foram deitar os filhos.

Durante a noite, tiveram um sonho estranho: os cães entravam e

falavam claramente quando, de repente, um dos filhos caiu da cama e

começou a chorar. Então, a Bloom foi ao quarto acalmar o filho com amor

e carinho.

De manhã cedo tomaram o pequeno-almoço com alegria e deram

comida aos cães para terem energia para a corrida matinal. No parque

começaram a corrida e, quando viram uma armadilha, saltaram por cima

dela.

No fim da corrida, os cães receberam medalhas de osso e festinhas

dos donos. Quando chegaram a casa, foram descansar.

A Bloom e o Kaká viviam muito felizes com os seus filhos, no

palácio fantástico.

Todos os dias faziam coisas maravilhosas. E assim viveram felizes

para sempre.

Texto e desenhos | EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano

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desenho | EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano

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Uma Paixão sem fim

I capítulo

Estava uma manhã maravilhosa, quando apareceu um Cacre no campo

de futebol.

A Côdea estava a saltar à cordinha.

Ela disse assim:

- Olá! Como te chamas?

- Eu chamo-me Cacre. E tu?

- Eu chamo–me Côdea. Queres comer uma pizza e beber um copo de

água?

- Sim, quero. Vamos para o meu jardim.

Comeram e fizeram a digestão.

Depois foram para a piscina e deram um beijo na boca.

A partir daí, começaram a namorar.

De repente, apareceu o Guarda–Braço, que era amigo deles, e disse:

- Olá! Vocês namoram?

- Sim. Vamos casar? – perguntou a Côdea ao Cacre.

- Sim, vamos casar – respondeu ele.

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Foram então para a igreja, que ficava situada à beira de uma isóbata.

Convidaram também o Guarda – Braço para ir com eles.

Será que vão casar-se? Será que vão ter filhos e netos?

II capítulo

Sim, casaram.

A Côdea ia linda, com o seu longo vestido branco, e o Cacre estava

muito elegante.

A lua–de–mel foi romântica e estavam imensamente felizes.

Um dia, numa bela tarde de Primavera, estavam a passear no jardim

quando a Côdea perguntou ao Cacre:

- Vamos fazer um piquenique?

- Sim, Côdea, boa ideia. Está um belo dia para fazermos um

piquenique!

Quando iam preparar as coisas, apareceu o Guarda – Braço, que disse:

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- Vocês vão fazer um piquenique?

- Sim, vamos! Também queres vir?

- Claro, mas vocês não se importam?

- Claro que não! Anda connosco!

- Precisam de alguma coisa? É que eu vou ali ao supermercado. Tenho

de comprar algumas coisas para amanhã e posso trazer qualquer coisa

apetitosa.

- Não, obrigada. Já temos tudo preparado. É só ir buscar as coisas a

minha casa, que é já aqui ao lado.

Antes que a Côdea começasse a andar, o Guarda – Braço teve uma

ideia:

- Porque é que não vamos ver antes o pôr-do-sol?

- Sim, que boa ideia, Guarda-Braço!

- Sim, é uma óptima ideia. Mas então e o piquenique?

- Deixa lá, Cacre, fazemos noutro dia, e a sós…

Então lá foram todos contentes.

Será que vão gostar de ver o pôr-do-sol?

III capítulo

Foi muito bonito. Adoraram e ficaram ainda mais amigos.

Passado alguns anos, a Côdea e o Cacre tiveram quatro gémeos: dois

meninos e duas meninas.

Um dos meninos era traquina e o outro calmo. As duas meninas eram

sossegadas.

Um dia, toda a família foi passear de navio. Todos comeram e

beberam muito.

Quando chegaram a casa, a Côdea olhou para o Cacre e perguntou:

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- Ó marido, o que tens? Não estás bem! Vamos lavar a tua cara porque

parece que estás muito embriagado.

Alguns minutos depois, o Cacre começou a sentir-se melhor e disse:

- Foi muito estranho isto!

- Sim, foi! Porque estavas assim? – indagou ela.

- Não sei. Mas agora já estou bem – retorquiu ele.

- Que bom! Agora vamos conversar e brincar com os nossos filhos –

sugeriu a Côdea.

- Boa ideia – respondeu o Cacre. – Vamos!

E assim ficaram o resto da noite: muito felizes e em família

IV capítulo

Algum tempo mais tarde, o Guarda-Braço encontrou uma velha amiga,

chamada Mudança, e perguntou-lhe:

-Olá, tudo bem?

-Sim, há quanto tempo não te via – respondeu ela.

- É verdade!

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De seguida, o Guarda – Braço levou a amiga a sua casa e começaram a

subir a escada. A Mudança caiu ao chão e magoou-se no joelho.

Quando se curou, o Cacre, a Côdea, o Guarda-Braço e a Mudança

foram até a uma praia lindíssima, onde comeram um saboroso gelado de

morango e cantaram algumas músicas.

O Jorge, que tinha uma loja junto à praia, estava lá sossegado quando

ouviu um tiro e foi a correr ver. O que teria acontecido?

Era a Côdea que se tinha suicidado, porque queria ser cantora famosa

em Portugal.

Ela era bonita, muito formosa.

Será que se tinha mesmo suicidado?

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V capítulo

Naquele momento, todos foram ver o que tinha acontecido e

começaram a chorar.

Era mesmo a Côdea que se tinha suicidado.

No dia seguinte, aconteceu o funeral, onde toda a gente chorou

muito.

Depois do funeral, foram para casa do Cacre. Para acalmarem, a

Mudança fez um chá para todos.

No final do chá, foram embora, deixando os pais da Côdea a

chorarem imenso.

A Mudança também estava a chorar bastante, com saudades da sua

amiga.

No dia seguinte, acalmaram–se e comeram novamente em casa do

Cacre.

Foram depois dar uma volta pela praia e viram um simpático

golfinho, que estava a salvar um menino de morrer afogado.

Eles ficaram espantados. Nunca tinham visto nada assim!

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Começou a ficar tarde e foram para casa do Guarda-Braço, onde

começaram todos a cantar…

Esqueceram por momentos a morte da Côdea.

Até que, de repente, aconteceu o impensável. A Côdea ressuscitou e

disse ao Cacre:

- Amo-te e nunca te irei abandonar.

Ele ficou emocionado, chorou muito e perguntou:

- Prometes?

- Sim, prometo – assegurou ela.

Abraçaram-se com força.

A partir daquele instante, foram felizes para sempre, os dois juntinhos

e com os seus amigos Guarda-Braço e Mudança sempre por perto.

Texto e desenhos | EB1 Fontelo, Calendário, Turma 11, 4º ano

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desenho | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano

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Amor Selvagem

I capítulo

No dia dezanove, fazia muita chuva e um leão pegou num guarda-

chuva e fez-se à estrada. A meio do caminho encontrou uma égua que o

deixou de boca aberta.

A égua era nativa da Serra da Estrela. O leão disse que era nativo de

França da cidade de Paris.

O leão ofereceu-lhe um anel de ouro e fizeram uma grande festa que

causou uma grande fumaça.

Ao ir para casa o leão pegou na pata da égua e deu-lhe um beijo.

A égua perguntou-lhe se sentia alguma coisa por ela.

O que será que o leão respondeu?

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II capítulo

O leão disse que sim. Como ele tinha uma grande paixão pela égua,

desmaiou nos seus braços. A égua apercebeu-se de que o leão estava

doente. Ela levou-o para casa e ele pensou num texto e escreveu-o.

Era um dia bonito, o leão continuava na cama doente.

A égua estava a morrer de saudades do leão e marcou o número 760-

300-303. O telemóvel estava a tocar.

O leão estava paralítico e não conseguia chegar ao telemóvel.

Nesse mesmo instante a égua ficou muito preocupada, foi à casa do

amante e viu que ele estava paralítico. A égua, quando o viu, começou a

gritar e chamou o 112.

O 112 chegou nesse mesmo instante e a égua foi com ele para o

hospital.

Lá, o médico cão disse à égua que ele tinha de ter muitos cuidados

médicos e tomar muitos remédios

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As enfermeiras deram-lhe uma injecção para adormecer. O leão não

conseguia adormecer, porque só pensava na sua amada.

A égua foi-se embora e o leão começou a chorar.

Uns dias mais tarde o leão chegou a casa dela sentado numa cadeira

de rodas.

III capítulo

Eu amo-te.

Uns meses depois o leão deixou a sua cadeira de rodas e guardou-a

no armário.

O leão foi, então, convidado a participar na Praça da Alegria e aí

encontrou uma rapariga elegante, pela qual sentiu uma atracção. O leão

pensou que a rapariga era humana e não era um animal.

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A rapariga foi a casa do leão tomar um chá e durante o chá o leão

disse que ela era humana, e não podia namorar com ela e tinha que procurar

outro humano.

A rapariga conhecia um poeta e tentou conquistá-lo.

No dia 6 de Novembro ele foi a casa da rapariga e perguntou-lhe se

ela gostava dele e ela respondeu que sim, mas precisava de mais algum

tempo para pensar. O poeta era muito amoroso e deu-lhe esse tempo.

Agora que o tempo acabou o poeta foi a casa da rapariga perguntar

se já tinha tomado alguma decisão.

A rapariga disse que sim e que já podiam namorar.

O poeta deu-lhe o seu número do telemóvel que era: 760585858

Um dia o poeta ligou-lhe a convidá-la para jantar.

Durante o jantar ele pediu-a em casamento. Ela ficou sem palavras e

disse que sim.

Quando estavam a caminho da igreja o poeta queria fazer xixi.

Tiveram de parar o carro para o noivo fazer as suas necessidades.

Os convidados estavam fartos de esperar.

O poeta tinha o cabelo todo despenteado e a sua mulher perguntou:

- Foste ao cabeleireiro?

Ele respondeu:

- Não, nem o cabelo penteei.

IV capítulo

Os filhos do leão cresceram e desenvolveram a sua profissão.

A Susana era médica, a Sónia era modelo, a Márcia era cabeleireira,

a Alexandra era escritora e o Alexandre era um bom futebolista, jogava no

Futebol Clube do Porto.

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Todos se casaram e construíram as suas casas na selva. Foram felizes

e contentes para sempre.

Entretanto encontraram a sua mãe a trabalhar na costura. A égua

tinha os melhores tecidos da selva, eram as folhas mais verdes e

encantadoras.

V capítulo

Naquele momento, a égua estava a coser e sem querer rasgou o

vestido. A égua, ao rasgar picou-se na agulha começou a sangrar muito e

teve de ir hospital. Quando a égua chegou ao hospital, o médico cão meteu-

lhe rapidamente um penso. Ela ficou muito triste e teve de contratar outra

costureira. Passado alguns dias ela encontrou uma. O costureira era muito

desajeitada e picou - a com uma agulha no coração . Ela desmaiou e foi

para o hospital. De repente ela morreu.

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Na verdade, ela não tinha morrido porque os médicos trocaram os

processos. Os filhos ficaram muito contentes e, a seguir, para celebrar,

organizaram uma festa que causou uma grande euforia. Nessa festa havia

muitos convidados da selva e até humanos. Na festa havia champanhe e

frutos exóticos. Toda a gente gostou da festa e os humanos agradeceram

por os convidarem e cada um levou uma fruta exótica.

No dia seguinte, de manhã a égua ficou ainda melhor e resolveu

fazer vestidos para as filhas todas e para o Alexandre comprou uma bola do

Porto. Seus filhos ficaram contentes e todos fizeram um grande ramo de

rosas encantadoras.

Ela gostou tanto do ramo, que até chorou de emoção. A égua ficou

agradecida pelo gesto dos filhos. Os filhos adoraram as suas prendas.

Quando chegou a hora do almoço a mãe fez a sua comida preferida.

Durante o almoço combinaram ir à terra Natal do seu pai que ainda

não conheciam.

No dia 23 de Março foram à Torre Eiffel e jantaram no restaurante

melhor de França.

E assim ficaram felizes para sempre.

Textos e desenhos | EB1/JI Louredo, Turma 21, 4º ano

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Desenho | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano

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Os Príncipes da Califórnia

I capítulo

Era uma vez uma linda princesa que vivia no coração da florida

Califórnia. Certo dia apareceu um jovem e belo príncipe que estava

desventurado porque não tinha ainda encontrado uma generosa princesa

para o seu reino, tão bela como aquela. Depois de a conhecer, não aguentou

com o imenso amor que tinha por ela e, um dia, decidiu mandar-lhe uma

perfumada carta de amor que dizia:

-Generosa princesa, eu fico ao longo de todo o dia a pensar em ti! És

tão bela, princesa!

Sem esperar resposta decidiu entrar no palácio dourado e viu-a a

tomar banho na piscina oval, em fato de banho guarnecido de pérolas. A

água estava a uma temperatura muito elevada porque o sol incidia sobre

ela. A evaporação fazia-se rapidamente. A encantadora princesa Ana Lúcia

Leonor…

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II capítulo

…. Saiu da piscina e foi secar-se. Beijou o príncipe, chamado

Roberto, que a amava loucamente. Passaram algum tempo a conversar.

Algum tempo depois, o príncipe Roberto ia a caminho da

monumental casa dos pais quando sofreu um aparatoso acidente.

Os médicos telefonaram para a bela princesa e disseram:

- Princesa… O príncipe Roberto está em estado de coma.

A linda princesa ficou muito assustada e desmaiou com o profundo

desgosto.

-Oh! ...- exclamou o pai dela.

Pegou na triste princesa e levou-a rapidamente para o Hospital do

Principado. Ao ser observada pelos médicos, informaram-na de que não era

nada de grave. Quis aproximar-se do seu Roberto.

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As equipas de médicos que vigiavam o príncipe deram-lhe vários

medicamentos fortes. O seu estado de saúde foi melhorando lentamente.

Um beijo apaixonado da princesa Ana Lúcia Leonor provocou algo

estranho: o estado físico e psicológico do príncipe Roberto melhorou.

Conseguiu levantar-se estonteado e abraçou a princesa.

A história ainda não acabou.

Saíram os dois do Hospital e foram para o palácio da princesa.

Sentarem-se à sombra dos jardins floridos e perfumados.

Conversaram durante um longo tempo. Decidiram anunciar aos pais

a vontade de se casarem. Com o consentimento e a ajuda deles, prepararam

a boda. A princesa casaria de branco, com um majestoso ramo de rosas

brancas perfumadas, e o príncipe Roberto de preto, com uma rosa branca

na lapela do casaco. Eles estavam ansiosos por esse grande dia.

III capítulo

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A estilista, que estava a ajudar a bela princesa, ajustou e deu os

últimos retoques no vestido sumptuoso que ela iria vestir. No dia seguinte

seria o seu maravilhoso casamento.

Era Inverno. Os dias estavam pequenos e frios. Caía uma chuva

miudinha.

A princesa Ana Lúcia Leonor e o príncipe Roberto estavam um

pouco assustados porque pensavam que a chuva iria estragar o seu esperado

casamento.

No dia da cerimónia, nasceu um sol maravilhoso e, à volta da igreja,

havia muitos e belos arranjos de flores.

Os príncipes começaram a caminhar pela passadeira branca que os

conduzia ao altar.

A alegria era muita em todos os convidados.

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Enquanto decorreu a cerimónia, suspensa em duas centenárias

magnólias floridas, uma aranha teceu uma enorme teia em forma de

coração.

À saída da igreja, todos ficaram espantados com aquela maravilha da

natureza. Quiseram aliar-se à festa e atiraram pétalas brancas quando os

noivos saíram.

Foram para o palácio confraternizar. O cozinheiro apresentou um

maravilhoso banquete que estava a ser muito apreciado por todos.

Alguns meninos foram jogar futebol para os espaços amplos dos

jardins. De repente, a bola caiu sobre o telhado da estufa de flores que a

princesa tanto estimava. Chamaram um mordomo.

IV capítulo

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O mordomo José chegou com a escada de madeira. Aconselhou a

não voltarem a provocar este descuido, pois podiam estragar as flores mais

apreciadas pela princesa.

A noite avançava. Os convidados partiram para suas casas após uma

longa e bonita folia.

A princesa e o príncipe estavam muito felizes.

Chegou a Primavera.

Os príncipes desejavam muito um filho.

Um dia, ao entrar na estufa de flores preferidas, a princesa sentiu-se

um pouco incomodada.

Foi chamado um médico amigo que anunciou a esperada novidade.

Uma dupla novidade: a princesa estava grávida de gémeos.

A barriga da princesa crescia dia após dia. O enxoval era escolhido e

o quarto dos bebés era preparado com emoção. Tinham passado oito meses.

Joel e Tiago eram muito esperados por todos os habitantes do reino.

Chegou a hora de nascerem.

V capítulo

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Naquele momento, ouviu-se finalmente o choro dos bebés. Os lindos

gémeos vieram ao mundo. A bela princesa e o príncipe Roberto estavam

muito contentes.

Quase um ano depois, num quente dia de Verão, foi o baptizado dos

pequenos príncipes. A multidão aproximou-se da igreja, onde os sinos

repicavam à festa, para os conhecer. Misturavam-se os risos, as palmas, as

conversas animadas, o choro das crianças, …

Seguiu-se um longo e saboroso banquete com familiares e amigos.

No dia seguinte, depois da sesta, quiseram os príncipes levar os

filhos até à praia. A princesa ficou espantada porque a maré -baixa e as

águas calmas e límpidas deixaram sobre o extenso areal muitas conchas e

beijinhos.

Apanhou-os, como quando era criança, e lembrou-se de tantas

brincadeiras que fazia na areia dourada, com algumas meninas da sua

idade.

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Os filhos estavam entusiasmados a fazer castelos de areia com o pai

e depois ficaram com a ama a acabar as construções. A princesa Ana Lúcia

Leonor e o príncipe Roberto foram comer um gelado à esplanada. Estava

delicioso!

Os gémeos estavam cansados. Todos voltaram para o palácio. Depois

de um banho e de uma equilibrada refeição, foram dormir. Durante a noite

acordaram e começaram a chorar. A ama Carla sossegou-os com carinhos e

deu-lhes o peluche perdido entre os lençóis bordados.

Na tarde seguinte, o passeio foi nos jardins do palácio. Maravilhados

com os canteiros dos amores-perfeitos, cortavam uns, pisavam outros,

cheiravam, …

Eram brincadeiras sem fim.

Assim cresciam os principezinhos Joel e Tiago.

Passaram-se Primaveras, … Invernos, …. Anos.

Sempre sob o olhar atento da princesa Ana Lúcia Leonor e do

príncipe Roberto e orientados por responsáveis amas e educadores,

tornaram-se adultos educados e muito instruídos. Preocupavam-se com os

problemas da natureza, queriam resolver as situações de aflição das

pessoas, …

Eles eram a esperança de um mundo melhor.

Textos e desenhos | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano

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FIM