Amor Mortífero

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    Cristiana Teodoro

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    Agradecimentos

    Quero agradecer minha famlia, principalmente ao meu pai, minhame e aos meus avs, pois todos eles me ensinaram lies de vidaimportantes.

    O meu pai ensinou que nunca, mas nunca devemos deixar irmo-nos abaixo, pois isso s mostrar que estamos vulnerveis,A minha me ensinou-me que no devemos mentir s pessoas queamamos, mesmo que seja para protege-los, pois quando souberem averdade a tristeza ser muito maior.Os meus avs ensinaram-me que mesmo que estivamos tristes nuncadevemos rebaixarmo-nos a ningum, e se, s vezes, for preciso haver aomurro e estalada, que haja.Depois quero agradecer aos meus amigos verdadeiros:Brbara, Vanessa, Guida, e claro ao resto dos meus amigos das turmas do

    9, mas quero agradecer principalmente maravilhosa turma do 9 A, poisso uma turma espectacular.

    Dedicatria

    Quero dedicar este livro as raparigas e rapazes que na vida tiveram umtrauma, que devido a isso se afastaram de tudo e todos, e que agoraforam abandonados e esto sozinhos.

    O meu concelho que tentem fazer novos amigos, e que convivam maiscom as pessoas, em vez de se afastarem delas, isso poder ajudar.Por isso aqueles que julgam que estaro sempre sozinhos devido belezaou a outra coisa qualquer, merecem saber que a vida danos sempresegundas oportunidades.

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    ndiceCapitulo 1 - O Rapaz Novo ................................................................................................................... 9

    Capitulo 2 - O Melhor Amigo ............................................................................................................. 11

    Capitulo 3 - A Minha Histria ............................................................................................................ 13

    Capitulo 4 - Adivinha Quem Sou ...................................................................................................... 16

    Capitulo 5 - O Sonho ......................................................................................................................... 18

    Capitulo 6 - O Beijo ............................................................................................................................ 21

    Capitulo 7 - A Discusso .................................................................................................................... 23

    Capitulo 8 - A Explicao ................................................................................................................... 26

    Capitulo 9 - A Casa Dele .................................................................................................................... 28

    Capitulo 10 - O Irmo e o Beijo ......................................................................................................... 31

    Capitulo 11 - O namorado Secreto .................................................................................................... 34Capitulo 12 - O Jardim do Love.......................................................................................................... 37

    Capitulo 13 - A Porta Demonaca ...................................................................................................... 39

    Capitulo 14 - A Escurido .................................................................................................................. 41

    Capitulo 15 - A Ponte Mortal............................................................................................................. 43

    Capitulo 16 - O Segredo Revelado ..................................................................................................... 45

    Capitulo 17 - A Histria de Vida Dele ................................................................................................ 47

    Capitulo 18 - A Idade Verdadeira ...................................................................................................... 49

    Capitulo 19 - A Ameaa ..................................................................................................................... 51

    Capitulo 20 - Esfomeada ................................................................................................................... 54

    Capitulo 21 - O Nmero de Namoradas ............................................................................................ 56

    Capitulo 22 - Almas-gmeas .............................................................................................................. 59

    Capitulo 23 - Ligao Animal ............................................................................................................. 61

    Capitulo 24 - A Autorizao do Pai .................................................................................................... 63

    Capitulo 25 - O Sonho do Passado .................................................................................................... 65

    Capitulo 26 - O Recontro de Amor .................................................................................................... 67

    Capitulo 27 - O Namorado e o Amante ............................................................................................. 69

    Capitulo 28 - O Beijo entre Amantes ................................................................................................. 71

    Capitulo 29 - Dormir Em Casa ........................................................................................................... 74

    Capitulo 30 - A Noite Amorosa .......................................................................................................... 77

    Capitulo 31 - Acabou-se Tudo ........................................................................................................... 80

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    Capitulo 31 - Acabou-se Tudo ........................................................................................................... 80

    Capitulo 32 - O LOVEEst no Ar ........................................................................................................ 82

    Capitulo 33 - Lugares Inapropriados ................................................................................................. 84

    Capitulo 34 - O Quarto ...................................................................................................................... 86

    Captulo 35 - Um novo vampiro na escola ........................................................................................ 89

    Capitulo 36 - As Prendas de Aniversrio ........................................................................................... 91

    Capitulo 37 - O Escritrio Escaldante ................................................................................................ 93

    Capitulo 38 - A Porta Secreta ............................................................................................................ 95

    Capitulo 39 - Os Enigmas e As Frases ................................................................................................ 97

    Capitulo 40 - O Que Aconteceu a Claire ............................................................................................ 99

    Capitulo 41 - O Assassino ................................................................................................................ 101

    Capitulo 42 - Sonho ou Pesadelo .................................................................................................... 103

    Capitulo 42 - Sonho ou Pesadelo .................................................................................................... 103

    Capitulo 43 - O Homem Mistrio .................................................................................................... 105

    Capitulo 44 - Um Piquenique e O Pr-do-sol .................................................................................. 107

    Capitulo 45 - A Festa de Aniversrio ............................................................................................... 109

    Capitulo 46 - Dormir em Casa da Av ............................................................................................. 111

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    Capitulo 1 - O Rapaz Novo

    Acordei com a minha av a chamar: Cristiana levantar!E eu a pensar para mim, mas porque raio que tm de haver escola. Demorei cinco minutos para acordar bem, mas com vontade nenhuma deir para a escola, mas se no acordasse depressinha e me despachasse tinha a minha av a berrarcomigo outra vez.Vesti-me, penteei-me, tomei o pequeno-almoo e l fui eu para a porcaria da escola. Bem devemestar a pensar: Mas por raio que ela vive com a av, no tem me para tomar conta dela!?Bem eu ter me, at que tenho, ela que est longe. que h seis longos anos os meus paisdivorciaram-se, porque a minha me foi engravidar de outro homem, que no era o meu pai. Dissea toda a gente que estava feliz por ir ter um beb, que eu iria ter um irmozinho ou uma irmzinha.Eu fiquei felicssima porque ia ter o irmo ou irm que sempre pedira, a minha av tambm ficoucontente por ir ter outro neto uma vez eu j era muito grande, mas um pouco desconfiada, poisachava estranho que a minha me tinha engravidado, da noite para o dia.E ela tinha razo, isso s se soube quando o meu maninho nasceu, foi o dia mais feliz da minhavida e da vida do meu pai. Um ms, depois o meu pai soube a verdade, que o pai do meu irmono era ele. Ele ficou triste, e partido por dentro, pois mesmo no sendo pai dele, ele amava-o

    como um filho, e ainda hoje assim.Quando vou ver a minha me e o Lus Miguel mais tratado por Miguel ou Miguelinho ou como eugosto de chamar Mi, ele leva sempre uma prenda para ele, pois ele como eu disse um filho, maso meu irmo tambm gosta dele, s vezes at chego a pensar que o meu irmo gosta mais domeu pai do dele.Parecem os melhores amigos um do outro ou ento como pai e filho. A minha me quando pediu odivorcio ao meu pai logo a seguir a ele saber tudo. Perguntou se eu queria ir com ela e se eu aperdoava pelo que ela me fez. E agora vocs vo me perguntar: Foste viver com ela? Perdoaste-a?Quanto h primeira pergunta eu respondino, sabem porqu. Porque se eu fosse com a minhame ela ficaria comigo e com o Miguel, j para no falar que deixaria para trs todos os meusamigos e a minha famlia av, av e principalmente o meu pai, que ficaria sozinho e sem ningum.Quanto h segunda pergunta eu respondi.sim, sim eu sei, como eu pude perdoar uma coisa

    daquelas, mas que se eu dissesse que no, eu nunca mais a iria ver, e nem ela me iria nuncamais, e tambm porque me ensinaram a perdoar as pessoas para que as pessoas mais tarde nosperdoem a ns.Com isto tudo nem sequer me lembrei que j estava a poucos centmetros da escola, que ficava acinco minutos da casa da av.E eu, tenho cabelos compridos negros, olhos castanhos, bem at tudo um mar de rosasliteralmente, mas o problema que uso culos, e isso estraga todo o meu mar de rosas. Masno faz mal, j me acostumei a isso, mas tirando os culos, tenho um grande corao, sou umapessoa simptica e que gosta de ajudar, pelo menos o que me dizem.Bem, mas como toda a gente tenho defeitos, por exemplo: tenho a mania de gastar imensodinheiro a comprar minerais na feira l da escola, nunca ouso tudo o que me dizem (mesmosdepois dizer que ouvi tudo) e andar sempre a ler livros de vampiros, etc.Chega de falar sobre mim, vamos voltar onde parmos, que foi.humh sim, na seca daescola.Trim, trim, o toque para o inferno das aulas, l nos separmos e fomos para as aulas, que era aulade apresentaes, que seca, todos os anos a mesma coisa Ol, eu chamo-me Cristianatenho 15 anos sou de Alpiara.... bl, bl, blse para andar sempre a repetir a mesma coisa.Vale mais comprar-mos uns gravadores! menos complicado e cansativo.Bem eu esperava que este ano fosse acabar como todos os outros, que no fim das apresentaes a Prof. nos manda-se ir fazer o que ns quisesse-mos, mas este ano foidiferente. J sentira desde o inicio da aula que algo novo iria acontecer e tinha razo, tivemos umcolega novo, mas este colega era um pouco estranho, como se acabasse de sair de um filme deterror.

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    Tinha cabelos negros como os meus, mas s ondinhas que lhe dava pelos ombros, olhos cor dembar, era alto e magro, e com alguns msculos. At aqui um sonho, mas vestia-se de negro.Toda a turma ficou de boca aberta, Prof. apresentou-o, chamava-se Erik. Todas as raparigas daminha turma incluindo eu (claro, com um borracho daqueles qualquer rapariga quer). O maisinteressante ainda foi ele sermeu companheiro de carteira!Eu fiquei assustada e feliz, ao mesmotempo.Falvamos de vez em quando, mas sempre sobre os trabalhos, mas j era de esperar no . Ele o gajo bom e eu a simplesrapariga sua companheira de carteira. s vezes quando ele no estavaa ver, eu olhava para ele e pensava: s espero encontrar algum como tu.Mas de vez em quando, a mim tambm me parecia que ele me olhava quando eu no estava aver. Parecia. Mas era impossvel, eu no passa de uma rapariga que se sentava a seu lado nasaulas.

    At que ser dia, ele me perguntou uma coisa que eu, fiquei a olha-lhe nos seus olhos cor dembar, e perdi-me naquele olhar quente, carinhoso e sincero, no qual eu me imaginava a ver opr-do-sol nunca praia com areias brancas e o mar mais azul-claro que j alguma vez tinha visto.Foi mgico. Um sonho. Uma miragem.Mas com um nico cliqueacabou-se, no tinha reparado que estvamos to prximos um do outro,mais cinco centmetros e bam, era um beijo, mas a Prof. tinha que me chamar atenonaquela hora, e estragou tudo, naquela hora a minha vontade era apertar a goelas ao raios partada mulher. Fiquei fula da vida, mas em fim, j tinha tido muita fantasia por aquele dia.

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    Capitulo 2 - O Melhor Amigo

    No dia seguinte tinha logo de manh a aula de matemtica, mas porque que tinham de inventar a

    matemtica, quem a inventou no devia estar bem da cabea.Cheguei a tempo e a horas, como sempre, sentei-me e s depois que ao tirar o caderno, repareique me tinha esquecido dos livros de matemtica. Mas assim do nada o meu colega de carteiraapareceu, ele (no sei como) chega sempre encima do 2 toque. Ele deve ter reparado que eu notinha livro, pelo que a seguir me disse: No tens livro? Perguntou-me ele da forma mais calma, doce e sensual que eu alguma vezvira. No, esqueci-me dele encima da minha secretria quando ontem estive a fazer os T.P.C.s.Mas porque que, ele quer saber se eu tenho livro ou no. Aqui qualquer coisa que no est abater certo. Ele nunca falou comigo e agora, da noite para o dia comeou a falar, eu tenho que lheperguntar o que que se est a passar. Erik, posso saber porque comeas-te a falar comigo? que tu ontem no me ligavas nenhuma,e hoje estas a falar comigo. Passa-se alguma coisa? Desculpa, eu no me queria me ter na tua

    vida!Escondi a cara, entre as mos para que ele no visse como eu estava. Eu tinha sido mal-educada,sempre me ensinaram a no me meter na vida dos outros se quero que eles tambm no semetam na minha. Senti-a me estpida porque estava a esconder a cara, que uma coisa, queningum naquela altura fazia; e sentia-me feliz porque tinha conseguido ser um pouco intrometida,que uma coisa que eu normalmente no fao, a no ser entre amigos. No, de maneira nenhuma te meteste na minha vida. E sim, que ...... tu no tens livro, e euposso partilhar contigo o meu. Mas s se tirares as mos da cara.Disse aquilo com tanta delicadeza que eu no resisti a rir e a tirar as mos da cara ao mesmotempo. Depois de eu me comear a rir, ele tambm comeou, mas sem perceber qual era a piada.Parei de rir e respondi-lhe. A srio que no me meti na tua vida? Sim, a srio. J agora do que te estavas a rir?

    Da maneira, como me falaste, com delicadeza, calma e sinceridade. Normalmente a malta daescola fala-me aos berros, com brutalidade e s vezes com ofensas, enfim. E aquilo de partilhar olivro era a srio ou era s para eu tirar as mos da cara? Era a srio.Tirou os seus livros e colocou-os a meio da mesa para que ns pudssemos ver. A prof. comeoua ver quem que tinha feito os T.P.C.s. Eu tinha feito j no caderno por isso no tive falta de t.p.c.,mas tive falta de material. A meio da aula, enquanto fazamos os exerccios, virei-me para Erik edisse. Podia-mos ser amigos? Se quiseres, claro. Claro que quero, afinal de contas a nica coisa que me falta, um amigo. Ento est bem, mas vais me contar algumas coisas sobre ti, certo? Comida favorita, livros,msica, programas de TV, dia de aniversrio, e se no fosse muito falar-me da tua famlia e a tuavida. Est bem, mas s se tu fizeres o mesmo.

    Ok. J acabaram o exerccio? Perguntou a prof. que s por acaso estava mesmo ao meu lado averificar os exerccios. Sim! Respondemos ns os dois ao mesmo tempo.Comea-mos a mostrar os exerccios j todos feitos prof., no fim de ver foi dar, outra vez, a voltah sala para ver se algum precisava de ajuda. Depois de ela se ir embora, eu e Erik rimo-nosmuito daquilo que acabara de acontecer. Essa tinha sido a parte melhor aula. Eu nem podiaacreditar, eu e Erik ramos amigos. Melhor ramos best-friends.Quando tocou para ns sairmos eu e Erik samos juntos como amigos que ramos, toda a gente

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    ficou a olhar para ns espantados. Fomos para o campo, sentmo-nos nos degraus grandes, bemlonge de toda a gente, e comeamos a conversar. Bem, queres comear tu ou comeo eu? - Perguntou-me ele com uma voz doce como ochocolate e querida como um ursinho de peluche. Olhou-me com aqueles olhos adorveis comoquem diz: V l, comea tu! Por favor!Eu no resisti aquele olhar, to fofini ( fofinho). V, pronto. Eu comeo, o que que queres saber sobre mim. Tudo. Quer dizer tudo o que tu me quiseres dizer. Ento no te preocupes, porque se depender de mim, tu irs saber tudo. Ainda bem, porque mal ser amigo de algum que no se conhece muito bem. Concordo contigo, mas olha que isso j me aconteceu. A srio?! Sim. Uau! Quero saber tudo acerca disso e de tudo o resto. Est bem, mas no te esqueas que depois s tu quem me vai contar tudo, mas mesmo tudosobre ti. Sim, j sei. No te preocupes que eu conto, prometi que contava e irei contar. Mas ters de terpacincia e calma, porque eu nunca falei sobre mim a ningum nem nunca tive amigos. Eu tenho, juro. Mas olha que eu s sou assim um pouco passada da cabea, ok? Ok, eu tambm s vezes sou passado da cabea.

    Olhamos um para o outro com os olhos arregalados de admirao e depois rimo -nos, de tantagargalhada que demos, quase nos esquecamos que estava a tocar para entrarmos, outra vez,para as aulas.Comemos a levar-nos, j amos a chegar porta quando.. Namorados, Simples e casados. Foram h igreja, beber uma cerveja!Era o Jorge, da minha antiga turma. Ainda gostava de saber como que aquele merdas daminha famlia, meu primo. Mas enfim meu primo, meu primo. E vocs perguntam mas ele assim to mau e horrvel?Sim, ele mau, gordo como uma bola, s tem negas e um parvo. E se tivssemos ido, havia algum problema. Respondeu logo Erik. Erik, ele no vale a pena, anda para as aulas. Foi s o que eu consegui dizer. Vai, faz o que ela diz maricas!Isso foi a gota de gua, nem tive tempo para o impedir, Erik foi directo ao Jorge e deu um murro,pela cara, to grande que ele at caiu no cho.

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    Capitulo 3 - A Minha Histria

    S te aviso, voltas a ofende-la e a seguir levas mais! Percebes-te ou queres que te faa um

    desenho? No preciso, eu percebi, no sou idiota. Acho bem.Deixou o Jorge e veio ter comigo, com uma calma, como se nada tivesse acontecido ali. Como seele no tivesse andado h porrada com o Jorge. Vamos para as aulas, porque j estamos atrasados.Olhei para ele, nos seus olhos parecia-me ter visto uma sombra negra, mas essa sombradesapareceu to depressa como apareceu, depois de olhar para ele olhei para o Jorge que selevantava do cho. Erik deve ter reparado pelo que disse: No te preocupes, ele ir ficar bem. Achas mesmo? Sim. Ento, est bem.

    Fomos para a aula, quando chegamos a prof. perguntou-nos porque s tnhamos chegado agora,eu no sabia o que dizer, mas Erik inventou que ns tivemos a ajudar a carregar umas coisas eque s agora que nos deixaram vir.No sei como, mas a prof. acreditou em tudo, ficou to emocionada que nos retirou as faltas deatraso, foi estranho, mas altamente. Acabou a aula e ns caminhamos para o campo novamente.Durante o resto do dia de aulas estive com Erik, ele mostrou-me um desenho que tinha feito hmuito tempo, era um corao com assas. Um corao vermelho cor de sangue e umas assasbrancas como a neve, parecia real, lindo e verdadeiro, disse-me tambm que apenas a especialiria receber aquele desenho. Uau! lindo, como o fizeste?! Com um lpis e uma folha. Ah! Ah! Ah! At me esqueci de rir. Ento tu perguntas-te como, no perguntas-te para eu explicar o processo.

    Pareces o meu pai: Sabe uma coisa?, No, ainda no me disseste., Pronto, queres saberuma coisa?. Faz sentido o que o teu pai diz. Tu, estas do lado dele!? Sim. Agora estou chateada contigo. Tu no ests chateada comigo, coisssima nenhuma. Ai no? No, tu ests amuada comigo, porque eu disse que estava do lado do teu pai e no do teu,no isso? Sim. Mas pensa ele de certa forma at que tem razo. Sim, de certa forma ele tem razo. Alis ele tem sempre razo, por isso que ele o meupaizinho querido.

    Tu gostas muito dele no gostas? Sim, eu amo-o. Que bonito, olha j no ests amuada comigo. Nunca estive, foi s para ver se dizias que eu tinha razo. H! Isso batotice. No, no. Isto foi uma batatise. Uma batatise? Mas essa palavra existe no dicionrio? Quer dizer existir, existe, no dicionrio que no. Ah! Bem, me parecia.

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    E ns rimo-nos daquilo que tinhas-mos acabado de dizer. Se me tivessem perguntado h meiadzia de horas se Erik iria ter amigos, eu diria que no, mas agora Hei! Ainda no me contaste qual a histria da tua vida? Isto se ainda quiseres contar. O prometido devido. Mas aviso-te j, a minha histria no daquelas felizes, e piegas. Oh! Deixa-me adivinhar daquelas tristes, e com algumas lgrimas. Exactamente.Olhei para ele com cara de cachorrinho mal morto, ele percebeu que no era um assunto que eugostasse de falar, mas que lho iria contar na mesma. Bem, tudo comeou no dia em que a minha me, me contou que eu iria ter um irmo. Fiqueifeliz, quer dizer, o meu maior sonho iria se realizar. Mas Continuei a contar o resto da histria, at chegar ao fim. S depois de chegar ao fim que repareique Erik tinha tomado ateno a tudo o que eu disse, como se eu tivesse dito a coisa maisinteressante h face da Terra.Ficmos a olhar um para o outro o resto do intervalo, mas olhvamos olhos nos olhos, olhava paraele via a pessoa mais querida, bondosa, inteligente e bonita que eu alguma vez conhecera.Tocou e ns fomos para as aulas, em silncio. S quando chegmos sala que ele voltou afalar. Olha se a tua me pedisse desculpas ao teu pai, e ele a desculpa-se e a deixa-se voltar a viverl em casa, o que que tu farias? No sei.

    Pensa durante a aula e no final diz-me.No tomei ateno nenhuma matria, porque estava sempre a pensar naquilo que Erik me haviadito. Se a minha me pedisse desculpas ao meu pai, isso era bom, e se o meu pai a perdoa-se erabom por um lado, mas tambm era mau por outro. Era bom porque significava que ainda se davambem, mas era estranho. E agora devem estar a pensar assim: Estranho? Porque que haveria deser estranho?Era estranho porque muito tempo que eu sou feliz com o meu pai, a av e o av. E se a meagora viesse viver com o pai, isso significava que ele tinha sido idiota o suficiente para perdoar aminha me de uma traio, de mentiras , etc.E agora a parte mais difcil, o que que eu faria se isso acontece-se?Bem, o que qualquer filha faria, aceitava. Mas eu assim seria uma estpida, por isso, o que eu fariaera dizer o que sentia e pensava do assunto. E assim tenho a resposta certa questo.O toque para sair, e ir para casa, tinha sido o suficiente para me tirar dos meus pensamentos. Erik

    j tinha arrumado as suas coisas na mala, pelo que me ajudou a arrumar as minhas coisas, paranos despacharmos mais depressa.Samos da sala, e j nas escadas, Erik olhou para mim e perguntou-me: Ento o que que farias? Nada. Nada?! A srio? No. Ah! Tambm j achava estranho. O que eu faria era, dizer ao meu pai que era estranho a me vir viver connosco. Eu sabia! O que que tu sabias? Que me darias uma resposta sincera e bem pensada. Ah! Uau! Achas-te mesmo isso da minha resposta ou . s disseste isso para eu ficarfeliz? Achei mesmo isso. Obrigada. De nada. Vemo-nos daqui a pouco, na aula de EV. Ok. Espero por ti aqui ao porto! Est bem, mas no preciso. Claro, que preciso. Os amigos fazem isso uns aos outros. Ento ok, te logo.Sai pelo porto para ir almoar a casa, como sempre fao, e pelo caminho ia a pensar que Erik era

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    um bom amigo, no a por ter a defendido, nem pelo facto de ele ser inteligente. Mas sim porqueele tem um grande corao.

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    Capitulo 4 - Adivinha Quem Sou

    Cheguei a casa num instante, entrei em casa e pus a mala no sof velho que est c fora, depois

    fui l dentro de casa, ao meu quarto mais propriamente, buscar o telemvel, para ligar ao meu pai.Fui aos contactos e liguei.passado 2 minutos o meu pai desliga,para que seja depois ele a ligar. Ligou-me e eu atendi: Toou, a Cristiana. No! a Maria. Ai, ! Eu julgava que era a Cristiana. Olha, sabes uma coisa? No, ainda no me disseste. Queres saber uma coisa? Sim. Diz l. Lembras-te de eu ter dito que tinha vindo um rapaz novo para a nossa turma? Sim, lembro-me. Eu sou amiga dele.

    Tem cuidado,Cristiana. Sim, pai eu tenho, no te preocupes. E a escola? Foi boa, como sempre. E trabalhos de casa? No h. No h? Tenho que ir ralhar com esses professores, ento. No! Assim que bom. Pois . S que tu descansas, e aqui o velhote tem que vir vergar a mola. Pois claro, tens que fazer alguma coisa, no pode ser s descanso. Ai, . Hummm. A desde c vir pedir alguma coisa. T bem, eu vou. Olha porta-te bem, e boa escola.

    Est bem. Beijinhos! Beijinhos.E desligou. No fim de falar com o pai, fui para a cozinha, onde j a av tinha servido o almoo. Ecomo sempre eu tenho que saber o que que o almoo. O que que o almoo? Batatas de Azeite e Vinagre. respondeu a av. Boa.Batatas de Azeite e Vinagre, a comida que eu mais gosto.Sentei h mesa, e comecei a comer, no fim de comer, fui para o quarto fazer a mala da tarde: acapa de EV, lpis de cor, canetas de pintar, cola, tesoura, livro, e caderno.

    As coisas para EV estavam prontas agora faltavam as de Cincias Naturais: o manual, caderno deactividades, bolsa das canetas e caderno de cincias.

    Agora sim, estava tudo pronto, como no faltava muito, fui logo embora para a escola.

    At logo. Vais-te j embora para escola? Vou, av.E assim segui o meu caminho directo para a escola, onde um amigo muito recente me esperava.Um amigo muito especial.Cheguei escola, entrei pelo porto. Mas de repente, por detrs de mim, meteram umas mos dosmeus olhos, no via nada, mas sentia. E o que eu sentia era umas mos macias como um beb ecarinhosas como uma flor. Quem ?

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    Deixa-me adivinhar.Vanessa. No. Espera ai, Erik. Sim.E depois ele tirou as suas mos macias e carinhosas dos meus olhos. Virei para ele que j tinhanas mos aquilo que a prof. havia pedido. Ainda tivemos tempo para conversar sobre o porqu,que a prof. nos fizera trazer aquele material. Tocou logo a ns acabarmos de falar.Subimos as escadas e entramos na sala, fiquei ao lado do Erik, como em todas as aulas. A prof.Beb, a alcunha dela, entrou j atrasada para a aula. Trouxeram todos o material? Sim! Respondemos todos num nico. Bom, hoje vo desenhar o colega do lado.Eu olhei minha volta, tinha Erik atrs de mim e a Raquel do meu lado esquerdo. Eu escolhi logodesenhar o Erik, seria difcil, mas eu iria conseguir. Erik tambm j me tinha escolhido paradesenhar. Eu fao-te a ti e tu fazes-me a mim, boa. - Disse eu.E a seguir pensei o desenho vai ficar horrvel. Mas j era tarde, j o tinha es colhido. A nicacoisa que posso pedir para que no fique muito mau.Tirei uma folha do bloco, um lpis e borracha, olhei para ele com convico, e disse para mimprpria, eu consigo.

    Olhava para ele e tentava desenhar, no ficou muito mau, ficou no meio. Ficou um pouco esquisito,mas, olha no ficou muito mal. Quando acabamos, mostramos os desenhos um ao outro, mostrei omeu e ele disse: Ficou melhor do que o desenho da ltima pessoa que me tentou desenhar. A srio?! Tu s podes estar a gozar! No, estou. Acredita. Esta bem, eu acredito. Agora, a tua vez de mostrares o desenho. No sei, acho que podia ter feito melhor. Eu no sei, ainda no vi o desenho. Tu ests ansiosa por v-lo, no ests? Mas claro que estou, sou eu que estou a, ou pelo menos isso que eu acho.

    Assim que ele me mostrou o desenho, parecia que eu tinha comeado a ver estrelas, a andar,

    volta da minha cabea.Eu, no desenho, tinha um aspecto de princesa, com cabelos negros sedosos, uma branca, lmpidae macia, uns lbios perfeitos, olhos castanhos cor de chocolate, e sem culos. Achei estranho.Porque haveria ele de me desenhar sem culos? Fizeste-me sem culos, porqu? Porque eu ouvi-te dizer que detestavas ter de usar culos. Ah! Ouvis-te. Sim.Trimmmmm. Tocou para a sada. Arruma-mos as coisas e fomos embora. J estvamos no porto,quando ele parou, e disse: Posso acompanhar-te a casa? Claro, Erik. Mas um aviso. Qual? Se o carro do meu pai l estiver, tem cuidado. Porque? Porque ele, tem em casa dele 3 espadas de samurai em casa, e no l esto s para enfeitar. Oh! J percebi, no te preocupes, eu tenho cuidado. Ento, vamos.

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    Capitulo 5 - O Sonho

    Viemos todo o caminho a conversar sobre mim e ele. Descobri que era do Benfica, que tinha um

    irmo da idade dele, tinha 16 anos, que se chamava: Rodrigo Adrian. Que tinha cabelos cor demel, e tinha os olhos verde-esmeralda, e que eles dois tinham a mesma altura (172 cm). Quandochega-mos a minha casa, eu comecei a despedir-me. Tchau. Tchau.Depois deu-me um beijo na bochecha, senti um formigueiro na barriga, demorou uns segundos,mas os segundos suficientes para eu sentir que o beijo era quente, e carinhoso. Olhmo-nos nosolhos, ele colocou uma mo nas minhas costas, por eu estava quase a cambalear no cho, osseus braos eram fortes como ao e to cheios de msculos como , no tinha explicao.Eu s pensava em olhar nos seus olhos cor de mbar brilhante, que me faziam lembrar o Bambi,eram to lindos, profundos e escaldantes como o fogo, e no meio disto tudo, eu vi desejo. Sim,parece estpido, mas eu vi desejo, nos seus olhos. Queria ficar assim para sempre, abraada aoamor da minha vida.

    De repente, tudo desapareceu, e voltamos ambos ao mundo real, porque aquilo (infelizmente) noera a realidade. Bem, melhor eu ir andando. , melhor. Eu tambm tenho que ir lanchar. Pois lanchar, uma coisa que tambm tenho que ir fazer. At manh, ento. Sim, at manh.Ele virou-se, foi se embora. Eu fiquei a v-lo ir, pensando no acabara de acontecer, como quenum minuto ele tinha desejo nos olhos e no outro j no tinha. Isso era estranho, at para mim quelia livros de coisas que nem existiram, existem ou iram existir.

    A minha av que me veio buscar, porque eu havia, ficado c fora meia hora, depois de ter sadoe chegado a casa. Eu no dei pelo tempo passar porque simplesmente, eu sentia que algum oualguma coisa me chamava.Entrei e contei minha av que o meu colega de carteira me tinha levado at casa, e que depois

    que foi para a dele, a minha av disse para eu ter cuidado, mas disse-lhe que ele era uma pessoaamiga, como a Vanessa e a Guida.A Guida? Mas quem essa?Devem vocs estar a pensar, bem vou descreve-la.

    A Guida tm cabelos castanhos parecidos com o caf, olhos verdes-amarelados, alta e magra. uma querida, no hesita em ajudar algum com problemas, e tem um grande corao, s vezesgrande demais.Ela pareceu ficar mais calma, mas continuou a dizer para eu ter cuidado.Pedi av para no dizer nada ao pai, que o meu um pouco mando, gosta da saber tudo(mas no sabe nada), gosta de dizer aquilo que devo ou no fazer, etc..E a av como minhaamiga, que , no lhe disse nada. Fui a casa com o pai, jantei, fiz a mala e por fim, fui ler um livroque tinha trazido da biblioteca, chamava -se : Nudez Mortal de J.D. Robb. um livro policial sobre trs assassinatos que acontecem e que so feitos pela mesma pessoa, umhomem. Esse homem percebe bem de segurana, armas antigas e de histrias do sculo XX. Eve a tenente que est responsvel pela investigao dos casos, as provas vo apontar para Roarke,

    um super empresrio lindo, de cabelos pretos e olhos azuis, que se apaixona por Eve, estaenvolve-se com ele, e da Querem saber o resto, tero de ler o livro. J so horas de irdormir. Adormeci, e comecei a sonhar.

    Estava num castelo ou numa casa com esse formato, a casa era antiga feita em pedra, tinhaalgumas rosas a crescer e a desabrochar. Uma porta de madeira antiga, muito bem trabalhada,tinha flores nas laterais da porta, mas no centro da porta, havia sido desenhada a cabea de umleo com a boca aberta, os olhos dele pareciam que me seguiam. As janelas j tambm velhas,tinham algumas flores, como se o castelo fosse medieval. Entrei, fiquei maravilhada com a sala. A

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    sala estava pintada de vermelho-sangue, as paredes e o teto eram tom de ouro. Os sofs eramalmofadados, os mveis tinham sido polidos, os tapetes eram fofinhos aos meus ps Aos meus ps?!Olhei para baixo e vi que estava descala e com um vestido cor de sangue que me dava pelos

    joelhos, era lindo, elegante e assentava-me muito bem. Era justinho ao meu corpo, e tinha umdecote em V .Havia umas escadas no meio, de onde eu ouvi passos, com um pouco de medo tentei esconder-me, mas j era tarde. Que fazes aqui? Disse-me uma voz familiar.Olhei para trs, e l nas escadas, estava Erik, com uma camisa da mesma cor que o meu vestido,e com umas calas pretas, estava uma brasa. Tu no devias estar aqui. muito perigoso. E estares aqui comigo ainda pior. Porqu? Ns somos amigos, e tu no s perigoso de maneira nenhuma, s um rapaz simptico,inteligente, divertido, protector e um querido com as raparigas. Sim, eu sei que sou isso tudo, mas no fundo de mim existe um monstro, uma besta. Mentiroso. Mentiroso?! Eu sou um monstro. Um monstro que tira o sangue s pessoas, que vive parasempre, que est morto. Um vampiro, um nosferatu. Eu no acredito. Se isso fosse verdade eu j teria sido mordida. E pelo que me parece eu noestou aqui a ver nada. dizia eu, enquanto apontava para o meu pescoo descoberto. No estava espera que tu no acreditasses. Tu ls tanto sobre vampiros, e sabes imensosobre eles, agora no acreditas que eles existam. Erik, eu sou tonta, mas no sou estpida. Alm disso, eu posso saber muito sobre vampiros,mas sei perfeitamente que eles no existem, no existiram, nem iram existir. Se isso verdademostra-me.Olhou-me nos olhos, e fez-me um movimento para que eu me aproxima-se.Eu dei um passo em direco a ele, outro passo, outro e outro. At que fiquei sua frente, emcima das escadas, olhei para aqueles olhos j meus conhecidos e vi.Ele puxou a cabea para trs, depois voltou a olhar-me. Os seus olhos escureceram, ficandonegros e frios. Sorriu-me para que pudesse ver-lhe os caninos, grandes e pontiagudos, como osdentes de um tubaro. Ele olhou-me, por uns segundos, e depois puxou-me mais para si.Aproximou-me mais dele e beijou-me. Os seus lbios eram quentes, suaves e sedutores, beijoucomuma fora e uma vontade, que era difcil dizer chega. Colocou uma nas minhas costas e a

    no meu pescoo. Comeou beijar-me os ombros at que chegou ao pescoo. Aproximou-se oslbios, mas depois afastou-se. No, eu no posso.E soltou-me, fugiu escadas a cima e eu fui atrs dele. Cheguei a um salo de dana, com um chotudo pintado e o teto com um desenho de um anjo e uma mulher abraados. Havia um pianoclssico, muito bonito. Um violino antigo, mas muito bem tratado. E tambm havia uma flautatransversal, cor de prata. Vai-te embora, por favor. Eu no te quero magoar. Se no me queres magoar, morde-me. Porque se no fizeres irei ficar chateada contigo. Morde-me, eu no me importo. Mas importo-me eu, porque eu posso perder o controlo e matar-te. E eu no quero matar umapessoa muito especial para mim. De qualquer maneira eu teria de morrer, por isso no faz muita diferena. No me digas coisa dessas, que fico assustado.Voltei aproximar-me, j perto dele, peguei-lhe numa das mos e coloquei nas minhas costas e aoutra no meu pescoo, e depois coloquei a cabea para trs, fechei os olhos e esperei. Fora.Passado uns segundos reparei que ele se aproximava, abriu a boca, e vi novamente os seusdentes brancos e lindos. Ps a boca no meu pescoo, e

    Cristiana levantar.Merda, estava eu a ter um sonho bom, e j ia na parte interessante, quando a minha av tinha deme chamar para a escola. Bem, no me posso continuar a lamentar, talvez eu sonhe outra vez e o

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    sonho continue.

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    Capitulo 6 - O Beijo

    Cheguei escola, estive uma surpresa. Erik estava ao porto com uma mo atrs das costas e

    outra a acenar-me. O que estaria atrs dele? Eu no fao ideia mas vou ter de descobrir. Depoislembrei-me do sonho, Um vampiro, um nosferatu.. Podia ser possvel, isso explicaria como queele convenceu a prof, assim do nada. E tambm explicaria de onde que veio toda aquela fora epoder. Tentei olhar para trs das suas costas, mas era impossvel. Ele era muito grande, atdemais, pelo menos agora. Ol! O que tens atrs das costas? Uma coisa. Humm. Tanto mistrio, o que afinal. Uma prenda.Devagar e elegantemente tirou o brao detrs dele, e mostrou-me na sua mo uma rosa. Uma rosacor-de-sangue, ainda fechada, poderia ser uma simples rosa uma certas pessoas, para mim eraespecial. Brilhava como uma gota de sangue ao sol e era linda, uma rosa que para uma mulhersignificava muito. Pois era assim que em outras dcadas se mostrava a uma mulher que a amava

    ou que a achava especial. Eu gostava de receber uma assim, um dia. So to romnticas. Uau! lindssima. Toma, para ti. E entregou-me a rosa, aceitei-a, mas estava um pouco desconfiada. Porquehaveria ele de me dar uma rosa? Ser que me a deu por eu ser sua amiga? Ou ser algo mais?No, era mais por ns sermos amigos do que outra coisa. Mas ns s ramos amigos 4/5 dias. Porque me ofereceste uma rosa? E como sabias que gostava deste tipo de rosas? Por te acho uma boa amiga e uma boa pessoa, no que as outras sejam, mas tu s diferente.s uma rapariga que foi cuidada segundo os costumes no tempo da tua av, e isso uma coisarara. E sabia que gostavas deste tipo de rosas porque j me tinhas dito, e tambm porque s docee quente, tal como a rosa.Fiquei envergonhada e espantada ao mesmo tempo. Envergonhada, porque estava corada eporque ele fez-me sentir-me especial, algo que s sentia quando estava em casa. Espantada,porque maneira como disse, com carinho, paixo e sensualidade. Ele deve ter percebido como me

    sentia, pois se aproximou e me abraou. Foi um abrao caloroso, amigvel e reconfortante. Obrigada. No tens de qu.

    Afastou-se devagar, muito devagar, como se no quisesse deixar o meu abrao. Convidou-me aentrar na escola, com um gesto tradicionalmente cavalheiresco. Primeiro as senhoras.Entrei na escola, como ele tinha pedido, e isso tinha-o feito sorrir, mostrando uns dentes brancoscomo a neve, mas quentes como o sol e uns lbios vermelhos, macios, finos e sensuais. Tal comotudo em ele era, quente, macio e sensual, tudo gritava: Olhem para mim! Olhem para mim!.Ele entrou logo a seguir a mim, trazia umas calas de ganga escuras, uma t-shirt branca, que lhereflectia os msculos, e um casaco de cabedal preto, parecia uma estrela de cinema. Qu v tener ahora? Perguntou ele em espanhol, mas num espanhol perfeito, maravilhoso. Espaol. Respondi-lhe logo, porque no queria parecer uma parva a olhar para o corpo bomdele. Mas acho que foi isso que acabou por acontecer, mas ele no se deve ter importado pois no

    disse nada.Vamos, faltam 5 minutos para entrarmos. Ok. Comecei a andar, pois no queria chegar atrasada. Olha, queria fazer uma pergunta.J estava quase a chegar ao bloco B, mas o Queria fazer uma pergunta. , fez-me parar. Queteria ele para me perguntar? Ser que me vai pedir em namoro? No. Ou ser que queria dizer-meque j no queria ser meu amigo? Isso seria pssimo. Mas valia mais saber de uma vez o que era.Virei-me para traz e olhei-o. Olhei para aquele mar de mel, que ele tinha no olhar. Evitei olhar parao seu corpo, porque se olha-se ficaria corada e deixaria de respirar. E isso no podia acontecer.

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    No agora, talvez mais logo. Sim, pergunta. Fora. Era mais um convite. Queria convidar-te para vires comigo, a minha casa para conheceres osmeus pais e o meu irmo. Aceitas? Humm. Sim, claro. Mas uma nica condio. Qual? Tens de vir at casa da minha av para a conheceres e a avisares que eu vou contigo a tuacasa. Est bem, feito.Tocou, e ns subimos, quando l chegamos a prof. ainda no tina chegado. A mala estavapesadssima por isso eu e Erik fomos l mete-la dentro. Mas enquanto, ns colocvamos as malas,algum, por brincadeira ou estupidez, fechou-nos aos dois dentro da sala.De certa forma no era muito mau, fiquei com Erik e no com outro tonto da minha turma. A turmaat que fixe e brincalhona, por isso, afinal poderia me ter calhado qualquer um da turma noimportava quem, pois toda a gente naquela turma era boa pessoa, mesmo aqueles que somauzinhos.Tenta-mos abri-la, mas nada. Como no podia-mos abri-la, fomos esperar sentados, para no nospassarmos da cabea. Erik estava muito calmo, j eu no poderia dizer o mesmo. Estava fula,irritada, enervada, a minha vontade era abrir a estpida daquela porta mocada, ao murro e estada. Depois comecei a ouvir vozes, gente a rir. E eu conhecia as vozes, eram as da nossa

    turma. Deviam estar a rir daquilo que nos fizeram, e isso irritou-me mais. Eu juro que dou uma tareia a toda a gente, que est l fora, a rir-se de ns. Disse eu jpassada com tudo aquilo.Levantei-me e comecei a andar de um lado para o outro, Erik olhava para mim sem dizer nada,mas podia dizer. Depois de uns minutos a andar assim, ele levanta-se e tenta acalmar-se. Tm calma, ou te acalmas ou vais enlouquecer. No podes sair daqui, por isso acalma-te. Est bem.Podia ter dito, Est bem, mas no estava nada bem. Estava a enervar-me com ele ali a ver, aindapor cima. Raios. Tentei sentar-me, mas no era capaz, pois estava muito chateada. Pra. Cristiana, chega. Acalma-te, e senta-te porque estar a ver-te de um lado para o outro esta dar comigo em louco, mais do que o normal.Levantou-se e veio ter comigo e abraou, com aqueles braos fortes que ele tinha. Coloquei osmeus braos sua volta tambm e abracei-o, levantei a cara para olha-lo, e vi. Vi os seus olhos

    brilharem de alegria, pareciam estrelas brilhantes numa linda noite estrelada. Maravilhoso.Magnifico.Levou uma mo minha cara e outra ao meu pescoo, eu coloquei uma mo em cada um dosseus ombros. Ele sorriu-me, no foi um sorriso qualquer, foi um sorriso de satisfao e felicidade,devolvi-lhe o sorriso. Ento ele puxou mais para si, ficamos colados um ao outro.

    Aproximou mais a sua cara da minha, depois aproximou os seus lbios e beijou-me. Foi um beijoforte, apaixonado, ardente, carinhoso e sensual. Sentia-me nos 7 cus, como se aquele beijo metivesse oferecido assas para eu voar. Era isso que eu sentia, como se estivesse a voar.Ele abriu os lbios e deixou passar a sua lngua, por entre os meus lbios, acariciou-a. Aacariciamo-nos mutuamente, e isso deu origem um beijo ainda mais forte e faminto que o anterior.Juntmo-nos mais, eu no queria ficar por ali, e ele tambm no. A mo dele tinha no meupescoo desceu pelas minhas costas e s parou nas ancas, eu desci tambm uma das mos atao seu peito. Um peito forte e musculado, um peito de um campeo, de um lutador.H medida que o beijo ficava mais intenso, eu ia me derretendo mais por aquele corpo bom. Puxeia cabea para traz, com o prazer que estava a ter. Ele comea a beijar-me o pescoo, para cima epara baixo. Tal com a sua mo na minha anca, subia e descia. A minha mo que estava no seupeito, tambm subia e descia.Havia em mim uma parte que queria parar, pois no um stio apropriado, mas a outra parte queriamais, mais e mais. Encostei-me mesa e sentei-me, ele veio atrs, mas agora tinha as suas duasmos, uma em cada anca. Ento abri as pernas para o deixar aproximar-se mais, depois meti asminhas mos nas suas costas e puxei-o mais para mim.

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    Capitulo 7 - A Discusso

    Pero qu s est pasando aqu ? perguntou a prof de espanhol, que estava espantada

    porta da sala. Nada! Respondemos eu e Erik num nico. Ento vamo-nos sentar, e para alguns desaproximarem-se primeiro, e depois vamos tomarateno ao que vou falar convosco.No tinha percebido que eu e Erik ainda estava-mos juntos e abraados um ao outro. Samos dosbraos um do outro e fomos nos sentar. O resto da aula no pensei noutra coisa, o beijo. A prof deespanhol, era de altura mdia, era rechonchuda, tinha cabelos castanhos aloirados, olhoscastanhos e era a diverso total dentro de um pessoa.

    A prof comeou a falar, mas eu no tomei ateno nenhuma, pensava o quanto o beijo tinha sidobom, apaixonante e espectacular. Estava feliz. Mas depois lembrei-me, Nada, ele teria dito aquilopara me encobrir ou teria dito porque aquilo no significou nada para ele. Olhei para ele, primeiravista, vi um rapaz bom com quem tinha andado aos meles e que parecia estar a pensar em algumacoisa ou em algum, mas depois olhando melhor, ele estava estranhamente sossegado, como se

    fosse de pedra. Olhei novamente para a prof, no iria estragar tudo, s por causa de um nada.Agora a questo mistrio: Por que teria ele me beijado?Vamos s opes.

    a. Pnico.b. Calma.c. Amor.d. Amizade.

    Eu acho que a opo correcta d). Porque no podia ser outra opo?Perguntam vocs, e eudarei um resposta para cada uma.

    a. Ele era uma pessoa calma, nunca entrava em pnico, mesmo quando toda a gentej entrara em pnico. Por isso nunca podia ser esta.b. Para se acalmar, mas j era uma pessoa calma de nascena. No, nunca poderiaser esta opo.

    c. Que ele era uma pessoa amorosa, mas nunca me beijaria por amor, seria loucura.Esta opo seria impossvel.d. Ele era um excelente amigo, por isso era esta a poo mais conveniente. Umamigo que tinha ido ao ponto de beijar a melhor amiga, s para a acalmar.

    Por isso, que a opo correcta era a d). Tenho pena, que no seja a opo c), essa eramaravilhoso se fosse realidade.Quando voltei realidade, que percebi que tinha acabado de tocar para a sada. Arrumei asminhas coisas e preparei-me para sair. Levantei-me e fui para a porta, mas sem dizer uma palavraa Erik.J estava perto da porta quando umas mos quentes e macias me impediram. Por instinto olheipara traz, e as mos quentes e macias que me agarravam eram as de Erik. Tinha no olharpreocupao e estava nervoso, algo que acontecia quando ele tinha que se desculpar de algo aalgum, mas no sabia como o fazer. Espera, precisamos falar. Disse-me ele com calma.

    Falar sobre o qu. No temos nada para falar. Temos sim, no aqui, talvez na biblioteca. Anda. E levou-me para a biblioteca, sem me dartempo de protestar.Samos do bloco B, atravessamos o espao da escola e paramos no bloco D, para entrarmos nabiblioteca. Na escola existem 4 blocos: A, B, C, e D.O bloco A composto por: as salas de msica, a sala de EVT, a sala de EV, os laboratrios, assalas de aula e duas casas de banho (raparigas \ rapazes).O bloco B tem a secretaria, a papelaria, a sala de reunio, as salas de professores, a sala dadireco, o concelho executivo, a sala de ET e as salas de aula.

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    O bloco a cantina, que quase ningum l vai, e o bar, que onde a maioria vai almoar e tomar opequeno-almoo.O bloco D, que era onde eu estava, tinha o auditrio, as salas de TC, as salas de laboratrios, abiblioteca e as salas de aula.

    A escola tambm tinha um ginsio, campos de futebol, mesas de pingue-pongue e as mesas decomer c fora, e agora matraquilhos.Subimos as escadas, pois a biblioteca ficava no andar superior, fomos para o canto mais longnquopara ningum poder ouvir ou nos vir incomodar. Sentmo-nos frente a frente, pois deve ser assimque as pessoas devem falar, no por detrs das costas. Por isso, quando tivermos um problemacom algum, no devemos pedir a outra pessoa para o dizer a essa pessoa, mas sim sermos nsprprios a dize-lo, cara a cara.Ele estava cauteloso e nervoso, e eu podia sentir isso, no sabia como comear. Se ele no sabia,eu ia dar-lhe uma ajuda. Disseste que tinhas de falar comigo, fora fala. Comecei eu.Ele percebeu que eu estava ansiosa, ao que me agarrou as mos e comeou a brincar com osmeus dedos, como sinal de: tem calma. E tive, acalmei-me um pouco, mas ainda continuavaansiosa. Ele esperou mais, e olhou-me nos olhos. Queria pedir-te desculpas. Pelo qu? Pelo beijo. que eu nunca me comportei assim, juro pela minha vida. Foi uma situao

    inesperada. Baixou a cabea com vergonha e arrependimento, estampados na cara.Ento ele nunca quis saber do beijo. Ele no estava feliz, nem contente com o beijo e tinhavergonha de o ter dado. Isso doeu-me muito, no fundo do meu corao. Achava que ele erasentimental, mas parece que me enganei. Estava to triste, que s me apetecia era fugir dali, ir tercom algum e desabafar. Lembrei-me logo da pessoa certa para isso. A Vanessa, a Nessie. Ests perdoado. Disse-lhe eu enquanto me levantava para me ir embora. Erik levantou logo acabea com alegria, beijou-me as mos, como forma de expressar a sua alegria. Obrigada, por me perdoares. No tens de qu. Agora adeus.No lhe dei tempo de me perguntar onde eu ia, pois j sabia que acabaria por ficar ali, e eu noqueria isso. Sa do bloco. J c fora, olhei para a janela do Bloco D e vi ele olhar-me. Estava srioe um pouco preocupado.Desviei o olhar, no era a ele quem eu precisava, eu precisava era da Vanessa. Pensei onde ela

    poderia estar. Deveria estar no campo. Atravessei a escola, e fui para o campo.Acenei-lhe, a pedir-lhe que viesse ter comigo, ela veio logo. A Vanessa uma das melhorespessoas que at hoje conheci, tm cabelos loiros acastanhados, olhos castanhos e um poucorechonchuda. a minha melhor amiga deste o 1 ano, querida, tonta e divertida.Chegou ao p de mim, e disse-me ol, mas eu estava to mal, que assim que ela me perguntou oque aconteceu eu abracei e chorei. Queres contar-me o que aconteceu? Sim. Disse-lhe ainda a chorar. Ento vamos sentamo-nos nos bancos, e depois tu dizes-me o que aconteceu, est bem? Est bem.J sentadas, ela olhou-me, e percebeu logo por causa de quem, que eu estava assim. Foi ele, no foi? Ele, quem? Tu sabes de quem que eu estou a falar. Agora diz-me, foi ele? Sim, foi ele. Que te fez ele, para te deixar assim? Eu conto, mas no podes contar nada a ningum. Juras? Juro.Comecei a contar-lhe que antes da aula ele me tinha dado uma rosa, inclusive me tinha dito que euera como a rosa. Depois contei-lhe que nos tinham fechado dentro da sala, e que por causa dissoeu e ele tinha-mos beijado. Ela achou interessante a parte do beijo, pelo que me perguntou comotinha sido. O beijo foi tanto quente, apaixonado e faminto.

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    A mim parece at agora s coisas boas. Por isso, no percebo porque choras. que depois disso, ele pediu-me desculpas pelo beijo. E deu a entender que o beijo nosignificava nada, percebes? Sim. Ah, ento era por isso que tu estavas a chorar? Sim, foi por causa disso que eu estava a chorar. Acho boa altura para mudar-mos de assunto.Fala-mos sobre como seria ir de frias de Natal, o que queramos de prendas, o que levaramosvestido, etc. Com isto tudo, esqueci-me completamente do assunto Beijo. Tocou para a entrada,perguntei para que bloco ela ia, ela respondeu-me que ia para o bloco B. Como eu ia tambm paral, fomos as duas juntas para as aulas. Bati porta para entrar, pedi desculpas Prof. de Inglspelo atraso, depois fui-me sentar. A Prof. de Ingls era uma pessoa altamente, tm cabeloscastanhos arruivados, olhos verdes e usa culos, alta e magra, e tambm bonita.

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    Capitulo 8 - A Explicao

    Tirei as coisas de ingls, e enquanto as tirava olhava Erik. Ele olhava para mim, com um olhar de

    cachorrinho mal morto. Com aquele olhar ficava mais bonito e adorvel do que o normal, s meapetecia era beij-lo.Ento voltou-me cabea o assunto que eu tentara esquecer durante o intervalo. Voltei-me para afrente e tomei toda a minha ateno aula. Falmos de comida saudvel e exerccio fsico.Ouvimos algumas regras de alimentao e depois fizemos uma tabela, para mais tarde nos ajudara aconselhar algum do que deve ou no comer. Foi muito divertido.Tocou para a sada, mas como sempre eu sou a ultima a sair, Erik esperou por mim porta. Nopercebi do que que ele estava espera, mas se esperava que eu comeasse a falar com ele, eleque esperasse sentado.Sa da sala, sem lhe dirigir a palavra, mas ele mesmo assim veio atrs de mim, como um guarda-costas. Fui para o campo e sentei-me nos bancos grandes ao canto, ele fez o mesmo.Reparei que queria dizer-me algo, mas que estava h espera da hora certa ou das palavras certaspara o dizer.

    Muito bem, fala. Sei que queres dizer-me algo, por isso diz.Olhou para mim, abriu a boca mas depois voltou a fech-la, como se voltasse a pensar naspalavras certas. Depois de pensar, falou: Quero saber porque sastes da biblioteca triste, e depois na sala no me dirigiste a palavra? Disse ele com um ar de srio.Porque - Olhei para ele e pensei: Ele precisa de saber. No sei te devo dizer a verdade oumentir-te. O que tu preferes? A verdade, sempre.Bem, eu sa da biblioteca assim porquefiquei triste de o beijo no ter significado nada para ti.Quando aquele beijo para mim, era ouro. Sabes porqu? Olhei paraele nos olhos, bem nos olhos. Porque at hoje nunca ningum me tinha beijado, em quesituao fosse. Foi por isso que eu sa da biblioteca assim. Ok, percebido. E parece estranho que ainda, ningum, te tivesse beijado at hoje.

    No gozes. Toda a gente me olha como se eu no valesse nada. Eu no acho isso de ti, principalmente de ti. Acho que s uma pessoa muito corajosa, maspreferes no mostrar a tua coragem. Tu podes achar isso, mas os outros no o acham. E que importam os outros, esqueci-os, pois no precisas deles. Bem vamos falar de outroassunto. O qu, por exemplo. E que tal, falar sobre a tua ida a minha casa, conhecer a minha famlia. Estou muito entusiasmada. Ento, j voltamos a ser amigos? Claro. Erik posso pedir-te um favor? Sim, claro. O que precisas? Quero que me prometas, por tudo o que for mais sagrado para ti, que nunca haver segredosentre ns. Independentemente do segredo, deves sempre contar-me tudo, e eu a mesma coisa.

    Porque queres que eu prometa uma coisa dessas? Achas que eu tenho segredos para contigo? No. Mas que, ao menos assim saberamos mais um do outro. Muito bem. Eu, Erik Adrian, juro nunca ter segredos para com a minha melhor amiga. Agora tu. Eu, Cristiana Teodoro, juro nunca ter segredos para com o meu melhor amigo. Diz-me uma coisa? Ainda ests chateada comigo? No. Mas gostava que tu percebesses que eu, s vezes, fico triste com coisas simples, como anossa discusso. Est bem, prometo no me esquecer disso. Tenho a certeza que no te esquecers, mas provavelmente do toque para entrada talvez.

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    Como assim? Caso no tenhas reparado acabou de tocar para a entrada. A srio? No, no pode ser, eu teria dado por isso. Pois, mas desta vez no deste, porque j so 12 horas. Ento corre para a aula. Vamos. Vamos depressa, porque a seguir temos de ir a tua casa para avisar a tua av de que vais paraminha casa fazer trabalhos.Chegmos atrasados, como era de esperar, mas inventmos a desculpa de que tnhamos idocomer e que o bar estava cheio. Sentmo-nos e toma-mos ateno aula. Comemos a dar o Tesouro de Ea de Queirs. Demos o conto e depois tivemos de inventar uma notcia sobre oconto.Enquanto metade de mim tomava ateno aula, a outra metade estava a pensar. Ser que a avdeixava? Sim ou no? Se disse que sim, como seria a casa e a famlia dele? Seria uma casagrande ou pequena? Moderna ou antiga? A certa altura deixei de pensar nisso. Eu tinha de seroptimista e pensar que iria v-la. Vamos comear a escrever. Escreves tu ou escrevo eu? Escrevo eu e tu ditas, boa? Boa.Escrevemos, brincmos e rimos daquilo que escrevia-mos. Depois de escrita a notcia, eu fui tercom a Prof. para lhe mostrar se estava bom. Ela disse que, sim estava muito bom. Voltei a sentar-

    me e comecei a tagarelar com Erik. Como so os teus pais? Perguntei-lhe eu. A minha me uma querida e gosta de toda a gente. O meu pai tambm um querido, mastambm um pouco vingativo. Porque dizes que o teu pai um pouco vingativo? Porque se algum tentar fazer mal sua famlia, ele arranja logo maneira de se vingar dessapessoa. J me descreves-te os teus pais, mas como que o teu irmo? Ele um doido e um divertido, mas tambm srio quando necessrio. Adora partir coraes,tratar dos seus animais e ver os jogos do Benfica comigo. Uau! Ainda bem que tu s do Benfica. Porque dizes isso? que se fosses do Porto, o meu iria odiar-te o resto da vida, por seres tripeiro.

    Reparei que tu falas da tua me como se ela tivesse sido a pior coisa que te aconteceu na vida.Mesmo de tantos anos ainda achas isso, porqu? Porque eu nunca me conformei com aquilo que aconteceu, pois para mim aquilo no fazia, nemfaz, sentido o que aconteceu. Porque, para ti, isso no faz sentido? 1 Porque ns sempre fomos uma famlia feliz, nunca ouve grandes discusses ou brigas,nunca; 2 Porque o meu pai nunca lhe fez mal, gritou com ela ou at mesmo lhe levantou a voz, asdiscusses eram sempre resolvidas pacificamente; e 3 O meu pai no merecia, sempre trabalhoupara nos sustentar, nunca amos de frias para podermos poupar algum dinheiro e muitoraramente passevamos para podermos passar mais tempo em famlia. E por isso que, paramim, que o que aconteceu no faz sentido algum. Bem, eu no conheo o teu pai, mas pela maneira como o descreves parece ser uma pessoacom bom corao. Sim, ele tem um grande corao, mas prefere no o usar muitas vezes, pois tem medo de seenganar na escolha e ser trado novamente pela pessoa que ama. E alm disso tem um humorfantstico. Agora tenho vontade de conhecer o meu pai, para ver se o que dizes verdade. E piscou-meo olho, como forma de brincadeira.

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    Capitulo 9 - A Casa Dele

    O que vou ver quando for a tua casa?

    Vais ver o salo de msica, a biblioteca, a sala de estar, o jardim, a varanda do jardim, o meuquarto O teu qu? O meu quarto. Onde julgavas tu, que ns iramos trabalhar? Na biblioteca. No. Alm disso, da janela do meu quarto, pode-se ver o lago, com cisnes, peixinhos e rs. Ah, ah, ah! A srio, rs? Sim, rs. Cisnes, so animais lindssimos, e alm disso so animais que simbolizam o AMOR. Achomaravilhoso acordar, olhar a janela e ver cisnes logo de manh. Pois so. J agora qual o teu animal preferido? Tubaro branco. O meu o tigre branco ou o leopardo.

    Oh! Que fofinho! Tambm gosto de tigres e leopardos, mas o meu preferido mesmo o tubarobranco. Normalmente as raparigas gostam de focas, gatinhos, golfinhos, mas tu s diferente gostas deanimais mortferos. Fora esse, quais so os animais que gostas?Lobos, cobras, aranhas, gatos ces, morcegos, e no me lembro de mais nenhum. Lobos? Cobras? Aranhas? Morcegos? A srio? Sim, a srio.Ces e gatos ainda se percebe. Mas lobos, aranhas, cobras e morcegos de doidos. Eu sou doida. Isso sei eu. Muito obrigadinha. De nada. No se afoga.

    Tens umas piadas muito giras. Herana do meu querido pai.Enquanto falvamos, toca para a hora do almoo. Tudo arruma e devolve as coisas emprestadas,o silncio de antes transforma-se na feira. Lemos as notcias para a prxima aula. Disse a prof.Samos para sala e fomos logo para o porto. Pelo caminho a nica coisa em que eu pensava era,a resposta da minha av em relao visita a casa dos pais do ErikFomos a minha casa, passei pelo porto, deixei a mala em cima do sof e depois fui l dentrobuscar o meu telemvel para falar com o pai. Falei-lhe que ia a casa dos pais do Erik fazer unstrabalhos, ele a princpio no achou piada nenhuma, mas depois l me deixou ir. Voltei cozinha,ele veio atrs de mim. Av este o Erik, Erik esta a minha av. Muito prazer. Comeou ele. Av, eu queria saber se podia ir para casa do Erik fazer os trabalhos?

    Falas-te com o teu pai? Claro, ele a princpio no achou piada nenhuma sobre eu ir a para casa do Erik, mas depois lacabou por deixar. Ah, obrigada pela parte que me toca. disse ele. Desculpa. No faz mal, ests desculpada. Obrigada. A que horas voltas? - perguntou a av. L para as - Olhei para ele.

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    6 horas. Respondeu ele. 6 horas? Olhei para ele e voltei a olhar a minha av. Sim, av l para as 6 horas. No chegues depois dessa hora. Avisou a av, como sempre. Est bem. Se quiseres o pai do Erik pode me trazer, queres? Claro, era bom, mas j perguntas-te ao pai dele? Ainda no, mas se no der para ser assim o pai pode ir l buscar-me. Erik, achas que o teu me traria a casa da minha av? Perguntei-lhe eu, enquanto o olhava. Sim, ele traz-te, no te preocupes. Respondeu-me logo ele. Ok. Av, problema resolvido. o pai do Erik que vm aqui pr. Vem comer. Disse a av. Nem precisas de dizer outra vez. Queres comer alguma coisa? No, mas obrigada. Tu que sabes.Comi descansada. Erik sentou-se numa das cadeiras perto do lume, que estalava de to quente.Enquanto comia, comecei a pensar se seria mau comeara namorar com um melhor amigo. Querdizer, era bom e era mau.Era bom porque j nos conhecamos, e assim no se perdia tempo a saber tudo um do outro. E eramau, porque a relao de amizade podia deixar de existir ou no, era estranho. Esta opiniodepende da mente de cada pessoa, afinal todas as pessoas so diferentes.Namorar com Erik era fixe e um sonho, mas tambm era estpido. Sim, estpido. Afinal de contas

    ele era o gajo bom e eu era a rapariga vulgar, como antes havia referido. Mas depois, senti quealgo mudaria a partir de hoje, o qu, no sei. Mas iria descobrir.Eram duas horas quando eu e Erik samos da minha casa. Subimos a rua, passmos para l doCravo, e ainda andmos mais um bocadinho. s ruas eram meio sombrias, mas as casas eramgrandes e coloridas. Casas com jardins enormes, muitas flores e enfeitadas com os melhores emais bonitos efeitos, por isso casas de gente rica.Mas todas as casas tinham, exactamente, o mesmo padro de cores, o mesmo tamanho e amesma forma, excepto uma. Era a ltima casa, era maior do que as outras, mais antiga, mastambm era a mais bonita. Depois senti que j a tinha visto aquela casa, mas no me lembravaonde.Pensei, pensei e voltei a pensar. Depois fez-se luz na minha cabea. Eu tinha sonhado com aquelacasa. Era ela, a cabea do leo na porta, as rosas por toda a parte e a semelhana com umcastelo medieval, era igualzinha.

    Parei ao porto da casa, Erik fez o mesmo. Se ele me tivesse perguntado se j teria visto aquelacasa, eu iria responder que no, afinal eu no queria parecer mais louca do que aquilo que j sou. Chegamos. Disse ele, assim do nada. O qu? Quem? Olhei para ele, sem perceber nada. Espera, tu acabas-te de dizer chegamos ? Sim. Esta a minha casa. E apontou para a casa com que eu tinha sonhado. A srio? que eu j a tinha visto. Onde que tu a viste? Eu conto-te quando estivermos sozinhos l dentro. No, eu quero saber agora.Mas No h mas, nem meio mas. agora. Eu sonhei com a tua casa e contigo. Mas tu estavas estranho, mas bonito. Posso contar-te restomais tarde? que isto parece-me de loucos. Bem que de loucos, l isso verdade. Mas de certa forma at que normal. O qu? Eu acabei de dizer-te que sonhei com a tua casa e contigo, e tu dizes-me que normal?! Sim normal, pois tu no s a primeira rapariga a dizer isso. S por curiosidade o que queaconteceu? No sonho, claro. Tenho me dizer? Sim, antes que perguntes. No, no h escapatria possvel. Bolas! Muito bem, que seja. Eu conto-te o que aconteceu, mas teremos de estar sozinhos e nopodes contar a ningum, nem tua famlia. Entendido?

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    Sim, capito. Preparar, esquerda, direita, esquerda, direita. E comeamos a brincar aos soldados. Excelente trabalho, soldado. Obrigado, capito.Ele abriu-me o pequeno porto de ferro, e depois desviou-se para que eu pudesse passar. Quantoentrei senti-me a voar, como se no ouve-se cho e eu estivesse a flutuar no ar.O jardim era lindo, cheio de flores de todos os tipos: dlias, malmequeres, lrios, cameleiras eprincipalmente rosas, de todas as cores e tamanhos. A relva tinha sido cortada, parecendo umanuvem gigante, fofa verde no cho. As borboletas pousavam nas flores, os pssaros voavam ecantavam, as abelhas polinizavam.Existia uma mini escadaria que dava para a porta da casa, a escadaria era feita em pedra e suavolta crescia heras. Em cada canto da escadaria, viam-se vasos com pequenos amores-perfeitos adesabrochar, lindos e de todas as cores (amarelos, violetas, brancos, pretos e vermelhos).Subi a escadaria, lentamente, para puder apreciar melhor a paisagem. Havia ao fundo um lago,onde nadavam cisnes, peixes e rs. Era maravilhoso, pois podia-se ouvir as rs coaxarem.

    A casa era feita tambm de pedra, mas muito mais antiga, tinha janelas com arcos ao estilo gtico,a porta tinha a tal cabea de leo.

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    Capitulo 10 - O Irmo e o Beijo

    A casa era lindssima. Haviam sido colocados vasos de flores s janelas. Por cima da porta

    existiam dois drages, cujas caudas se unio e no centro havia um braso. O braso era umescudo no fundo, com uma guia a segurar a cada ponta uma espada, era magnfico. Erik bateu porta, e esperou um pouco, logo a seguir algum respondeu: J vai, s um momento.Ele olhou para mim e eu olhei para e depois desatamos a rir. Rimos tanto, mas tanto que tivemosde nos abraar um ao outro para no cairmos no cho. Olhvamos um para o outroenvergonhados. Eu baixei a cabea, para que ele no visse a minha cara ficar rosada. Ele agarrou-me o queixo, e levantou-me a cabea para me fazer olh-lo nos olhos. No te escondas de mim. Olhando-me nos olhos. Porqu? Perguntei eu a ele. Porqu o qu? Porque me tratas assim, com carinho e amor, nunca ningum me tratou assim at hoje. L naescola, s me chamam nomes, nem toda a gente o faz, mas uma grande parte sim. Porqu?

    Porque para mim, todas as mulheres merecem ser tratadas com respeito, independentemente,da idade, beleza, ou qualquer outra razo. Oh! Isso por respeito. Enquanto lhe ia dizendo isto, comecei a fazer cara de chateada. Sim. Depois levantou a sobrancelha, como se tivesse visto alguma coisa de estranho. Tuests bem? Mas tu s parvo, estpido ou idiota? que s podes, para ainda no teres percebido. Como? O que que eu ainda no percebi?Eu eu euTu Eu te amo. Disse eu muito baixinho. O qu? Eu te amo! Pronto est dito.Ficou espantado, os seus olhos aumentaram e a sua boca abriu-se fazendo um O. Depois de um

    tempo assim, os olhos diminuram e na sua boca formou-se um sorriso caloroso e acolhedor.Estvamos to bem assim, corpos juntos, cabeas prximas e braos na cintura. Era capaz deficar assim da minha vida, mas Ol, interrompo alguma coisa?Olhei para trs de mim, e l estava uma mulher lindssima. Tinha cabelos cor da noite, e uns olhosbrilhantes verdes esmeralda, era magra, alta e esbelta. Tinha um vestido lils, o vestido dava-lhepelos joelhos e tinha um decote em barco. Era um vestido muito bonito. No, mas claro que no, me. Respondeu ele, j eu demorara muito a responder. Me? Perguntei eu a ele espantada. Sim, a minha me.Olhei para a me dele ao mesmo tempo que saa dos braos quentes e reconfortantes de Erik. Desculpe, que aqui o tonto do seu filho no me soube apresentar ningum, e por isso queeu no sabia quem era a senhora. Tens toda a razo, o meu filho um tonto, mas um adorvel, no achas querida?

    Sim, um tonto, mas tambm um adorvel. J agora chamo-me Cristiana, mas se quisertrate-me por Cris. Eu chamo-me Rosemarie, mas a menina trate-me por Rose. Querem entrar? Sim, claro Rose. Ento entrem e vo para o quarto do Erik, que j vos vou l levar um lancezinho.Entrarmos para dentro de casa. A casa era enorme. O hall de entrada estava pintado de verdementol, com alguns quadros nas paredes. A sala, era toda mobilizada por mveis antigos edetalhados, os sofs vermelhos eram de veludo, a parede era creme e o tecto, bem o tectoNo tecto da sala estava pintado um anjo enorme, com uma espada numa mo e um escudo, no

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    escudo estava representado uma guia, mais propriamente Fnix. Fiquei um bom bocado a olharpara o anjo, era espectacular. Vais ficar a o resto da tua vida? Perguntou-me ele, para ver se eu acordava daquele transe.Hum - Respondi eu ainda meio parva. No, no vou ficar aqui o resto da vida. Ento anda.Segui-o pelo corredor, pintado com imagens de paisagens incrveis, praias, campos de flores,pores-do-sol, etc. Eram to perfeitas, que at pareciam reais. Estava to distrada com as pintoras,que nem reparei que j no vi-a o Erik em lado nenhum. Comecei a correr e ver nas infinitasportas, no o conseguia encontrar, sentei-me no cho de mrmore branco.E se ele nunca mais me encontrasse ou pior. Ento comecei a entrar em pnico e sentir medo.Sentia-me como uma criana pequena tem medo do escuro. No sabia o que fazer. Talvez eudevesse comear novamente a procurar o Erik.No deixaria o medo apoderar-se de mim, afinal de contas eu era uma mulher ou era um rato. Eracapaz de ser um rato, pequenino e cheio de medo, mas ainda assim tinha de ter coragem.Levantei-me, e comecei a fazer o mesmo percurso que tinha feito de volta, pelo caminho eu iaespreitando as diversas portas do corredor. Quarto, quarto, quarto, escritrio, escritrio, escritrio Era sempre o mesmo quarto e escritrio, at chegar a uma porta que me at biblioteca.Entrei na biblioteca, pintada de cor-de-laranja claro, tinha duas mesas to grandes que em cadauma havia oito cadeiras. As prateleiras eram de madeira cara, e existiam dois pisos, as escadaseram ao meio, dando biblioteca, no piso superior, a forma de U. Reparei que os livros estavam

    organizados por tipos de livros.Tirei a mala das costas, e pu-la no cho perto da porta. Comecei, a ver os livros, havia de todos ostipos, desde artes a musica, cincias a tecnologia e de matemticas a literaturas. Fui directamentea literaturas, que ficava no piso de cima, subi as escadas devagar e a descansa, mas assim quecheguei ao ltimo degrau vi alguma coisa a mexer-se.Fui muito devagarinho, para perto do rapaz, pelo que eu era. Depois parou de se mexer, e aaproveitei para ver quem era. Era alto como o Erik, mas este tinha cabelos loiros, estava sentadono cho procura de um livro. Depois sem aviso levantou-se e olhou para mim. Tinha olhos verdesesmeralda, com um pouco de dourado misturado. E foi a que me lembrei de que era o rapaz giro. Deves ser o Rodrigo? Perguntei sem ter a certeza. Sim, sou. Porque queres saber? Respondeu-me ele, num tom querido, mas ao mesmo tempofirme. Bem, que eu vi com o teu irmo, mas pelo caminho perdi-me. Depois dei com a biblioteca, e

    pensei em entrar, encontrar um bom livro e ler, at que me encontrassem. Fizeste bem, a casa muito grande, por isso, muito fcil perderes-te. Disseste que vieste como meu irmo, portanto tu deves ser a Cristiana, certo? Certo. Como sabias o meu, nome? E tu como sabias o meu? Erik! Dissemos ns ao mesmo tempo.Rimo-nos um pouco. Descobri que o riso de Rodrigo era exactamente igual de Erik, feliz,amoroso e reconfortante. Foi divertido. Comentou ele. Sim, pois foi. Que andas procura?Do meu romance preferido, Drcula Bram Stoker. Gosta do Drcula?! Sim, porqu tu no gostas? Ests a gozar, altamente. J a ultima verso do filme do Drcula? Bram Stoker's Drcula, 1992? Sim, estava muito bom. Concordo plenamente. A propsito o livro est aqui. Apontando com o dedo, para o livro queestava na prateleira minha frente. Obrigado, madame. No tm de qu, cavalheiro.E voltamos a rir. Ele tirou o livro da prateleira, e depois convidou-me para me juntar na mesa dofundo. Sentei de frente para ele, em cima da mesa ele tinha imensos papis sobre vampiros,papis como: NO MUNDO DOS VAMPIROS, O Mito do vampiro, Drcula. Mas o ele tinha maissobre a mesa era romances vampricos: O despertar do Vampiro, Paixo Eterna, Crpatos, O Beijo

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    Eterno, Por Toda a Eternidade, Academia de Vampiros e Sangue Fresco. Uau! Para que tudo isto? que eu estou a fazer um trabalho, para mim, sobre o vampirismo. E pretendo ler tudo istonovamente. Fixe. Posso dizer uma coisa? Sim, claro. O que ? Todos os livros e documentos que tu aqui tens j eu os li. Todos? A srio?

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    Capitulo 11 - O namorado Secreto

    Sim, que eu amo ler. E quando romances ainda gosto mais, se tiver vampiros ainda melhor.

    Tambm gosto muito de ler, e se tiver amor e vampiros pelo meio ainda gosto mais. Que girotemos muito em comum, j vistes? Sim. Olha passas-te a ser um dos meus trs melhores amigos, isto se tudo quiseres ser meuamigo? claro que quero ser teu amigo, e j agora, tu passas-te a ser a minha nica e melhor amiga.S uma coisa, trata-me por Rodrick Obrigada pelo privilgio. Importas-te que eu trabalhe a quanto tu ficas a olhar para mim e a ajudar-me? Mas claro, que no me importo.Rodrigo comeou a trabalhar no seu trabalho, enquanto eu olhava para ele, como ele me haviapedido. Ele tinha uma postura calma e descontrada, o contrrio do Erik, estava muito concentrado.Escrevia devagar e com uma letra impecvel. A certa altura deixei de olhar para a sua letra,comecei a olhar para a sua face. Era branca e suave, tinha uns lbios cheios e prefeitos, como se

    tivessem sido esculpidos por um artista.Acabei por me perder nos lbios e a imaginar como seria beijar aqueles lbios carnudos. Sem eudar por isso, Rodrick deixou de escrever para me olhar. Olhou-me nos olhos, e eu vi-me numcampo verde cheio de flores ao pr-do-sol. Aproximou-se de mim, para depois me beijar. Os seuslbios eram to suaves e ardentes. O beijo foi doce, carinhoso e romntico, como o beijo de doisapaixonados.Levantmo-nos ao mesmo tempo, para a seguir nos juntmos num forte abrao e nos beijarmosnovamente. Mas desta vez o beijo, foi mais ardente como o fogo, mais possessivo e muito maislouco. Senti-o puxar-me mais para si, como forma de dizer que to cedo eu no sairia dali. Depoisele parou de me beijar, para me poder olhar nos olhos. No te deixarei sair daqui to facilmente. Disse-me ele ofegante. Mas quem te disse que eu quero sair daqui. Respondi-lhe eu. Ainda bem que no queres.

    Depois de dizer isto, voltou a beijar-me. Enquanto nos beijvamos, apercebi-me que ao mesmotempo amos caindo de joelhos no cho envernizado da biblioteca. No fim de ests de joelhos nocho, comeamos a deitarmo-nos.Ele ficou por cima de mim, com as suas mos nas minhas costas a abraar-me, enquanto que euabracei-o pelos ombros. Ele beijava maravilhosamente bem, e eu no queria que ele me deixassede beijar assim. Puxei-o, pela camisa creme, mais para mim. Ficmos assim um bom bocado, atpararmos de nos beijar.Comeamos a nos levantar. Ele conduziu-me at uma poltrona vermelha sangue, onde ele sesentou e eu sentei-me no seu colo. Encostei-me para trs e coloquei a cabea sobre o seu peitoforte, ele colocou os seus braos minha volta. s incrvel, sabias? Comentou ele. No, mas passo a saber. Quero que saibas que aquele no o meu comportamento normal. Eu sei, aquele tambm no era o meu.

    Mas no parecia. Igualmente. Afinal j no te quero como melhor amiga. No? Como assim, ests a acabar a nossa amizade? Fala, ests a dar cabo de mim! Eu no estou a acabar a nossa amizade. Ento que ests a fazer? Explica. Eu no te quero como amiga, mas sim como namorada, aceitas?Eu eu eu No sei. Acabamos de nos conhecer, e eu no sei nada a teu respeito. Se preferires o nosso namoro pode ser secreto e se queres saber tudo sobre mim, eu digo.

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    Digo-te tudo. O que que achas? Assim capaz de haver salvao.Estendi-me e dei-lhe um pequeno e rpido beijo nos lbios. Mas ele fez com que o beijo passassea ser um beijo grande e demorado. Aproveitador. Acusei-o eu. Quem? Eu? No, no deve haver a um pequeno erro. Defendeu-se logo ele. Ests a ser irnico, certo? No, errado. Ento se no s aproveitador, o que s afinal? Eu sou um rapaz loucamente louco por beijar os lbios da sua nova namorada, que acabou deconhecer. Hum. E talvez a nova namorada queira ser beijada. E talvez ela seja mesmo beijada, e muito mais. Atrevido! Me beija, agora. Se apodere de mim. Nem precisas de dizer duas vezes.E apoderou-se dos meus lbios. Dei a volta no seu colo e sentei-me de frente para ele, eleaproveitou e desceu as mos at s minhas ancas, eu ps os meus braos volta do seupescoo. Uma das suas mos moveu-se por dentro da minha camisola, e subiu at ao meusoutien. Os meus dedos enrolaram-se no seu cabelo loiro, puxando-o mais para mim, fazendo comque o meu peito choca-se com o peito dele. Por entre os beijos eu ouvi-o gemer, como se aquilo

    lhe um prazer incalculvel. Mais, querida. Eu quero mais. Murmurou ele, pelo meio.Senti que ia explodir de fogo, vi que ele senti-a o mesmo. Antes que eu pudesse fazer algumacoisa, ele tirou a sua camisa creme, e foi a que eu vi a coisa mais bonita que at aquele diatinha visto. Todo o seu peito era msculos, fortes, quentes, sensuais, e doces parecia que tinhasido esculpido, eu no conseguia explicar, mas posso tentar.Era to musculado como um super heri, to quente como o fogo, to sensual como uma rosa eto doce como o chocolate. CRISTIANA! Olhei para trs e l estava ele, o Erik. Erik, isto no o que parece. Apresei-me a explicar. No, mas claro que no . Eu no estou a ver a minha melhor amiga enrolada aos beijos como meu irmo. Por que que te ests a preocupar, eu j sou crescidinho. Meteu Rodrick, para me defender.

    No, no s nada crescidinho. Ah, no. Vamos descobrir. Vocs os dois nem pensem em ir lutar, porque eu no o permitirei. No precisamos da tua permisso. Respondeu logo Erik. Escusas de ser arrogante. No te preocupes eu no irei lutar, se assim desejares. isso que desejas? Sim, no quero que se magoem, principalmente por uma pessoa insignificante como eu. Tu no s insignificante para mim. Disse Erik. Nem para mim. Retorquiu Rodrick. No para vocs, mas para mim prpria. Tu tens uma grande falta de auto estima. Disseram os dois. Eu sei. Erik peo-te desculpas pelo que aqui aconteceu. Desculpa.Levantei-me do colo do seu irmo, com a cabea para no olha-lo nos olhos. Se o olha-se nosolhos agora, acho que no conseguiria evitar de chorar. Como que eu pude fazer uma coisadestas, principalmente a ele? Como? Se eu fosse ele, nunca mais olharia para mim ou quereria sermeu amigo. Era o que eu merecia. Ests desculpada.J estava a descer as escadas, quando ele disse isso. Parei a meio das escadas, para depoisolha-lo. Fiquei paralisada, estavam os dois lado a lado a olharem para mim, no sabia qual delesdois o melhor. Eram os dois bonitos, inteligentes, sensuais, doces, amorosos e queridos. Ambosquando os olhei sorriram, devo ter corado, porque eu senti-a as minhas bochechas a ferver. Obrigada. Respondi-lhe eu, como um tom calmo.Depois de lhe responder, virei-me e continuei a descer as escadas at chegar ao ltimo. Reparei

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    que Erik tambm virara, mas para o seu irmo. Veste-te e depois vem ter connosco ao jardim. Vamos comer l fora, porque est bom tempo.Despacha-te! Sim, meu capito.

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    Capitulo 12 - O Jardim do Love

    Ri-me da situao. J no piso de baixo, olhei para cima e vi Rodrick gozar com o irmo, enquanto

    este descia as escadas para vir ter comigo. O meu namorado secreto era um mximo. Sem oirmo ver, claro, mandou-me um beijo, e eu fingi que o apanhava. O que que ests a fazer? Perguntou-me Erik. Quem? Eu? Nada. Ento mete-te minha frente, que para eu ter a certeza que desta vez no te perdes. Obrigada, pela ajuda.Peguei novamente na minha mala, e sa da biblioteca com Erik a trs de mim. Fomos calados umbom bocado do caminho. Samos do corredor para o extenso jardim, por umas portas de vidro, quevinham do cho e iam at ao teto. Erik tinha razo, havia um sol maravilhoso c fora, estava calore passava uma aragem fresca, para refrescar.O jardim por detrs da casa era diferente do jardim da frente. Este jardim tinha uma pequena casano meio do lago, onde se podiam ver pratos e talheres de prata que brilhavam, devido ao sol. Porque me fizeste isto? Comeou ele.

    O que queres dizer com isso? Primeiro dizes que me amas e depois vejo-te aos beijos com o meu irmo. Afinal que raio deamor este? Eu no te sei explicar. Eu amo-te de verdade, mas naquele momento, o teu irmo que lestava. Foi por isso que que eu estava nos braos do teu irmo, eu estava assustada e a entrarem pnico, quando o teu irmo me ajudou. Mas ajudou-te de uma maneira imprpria. Eu que l deveria estar, no ele. Como assim, tu que l devias estar? Por eu que te vi primeiro, por isso, tu s minha. Tua? Tua, nada. Eu sou, do meu pai e da minha me. At a j eu tinha chegado. Peo-te desculpas por ter sido arrogante contigo ainda pouco. No faz mal, ests desculpado.

    A pequena casa era cor de areia, com uma mesa e 6 cadeiras brancas, muito bem trabalhadas.

    Nos pilares da pequena casa, elevavam-se roseiras, com grandes rosas brancas e vermelhas,muito bonitas.Fomos por um caminho de pedras quadradas, at ao meio do lago. Eu sentei-me numa dascadeiras, depois de colocar a minha mala no cho. Erik ficou de p a olhar os cisnes que seenamoravam.Levantei-me e fui ter com ele, pois no suportava aquele silncio. Ele parecia perdido nospensamentos, olhava para o vazio e no se mexia. Tinha as mos juntas fechadas num punho, emcima do balco da pequena casa.

    Aproximei-me e coloquei as minhas mos volta das dele. Ele pareceu assustar-se, porque noesperava que eu fizesse aquilo. Eu beijei o teu irmo, mas a ti que eu amo. Percebido? Disse-lhe eu.No fao ideia porque disse aquilo, mas aquilo que eu sei que ele pareceu ficar mais feliz comaquele revelao.Olhou-me com um brilho no olhar que dizia obrigada. Fiquei feliz por ele estar feliz. De repente

    ele abraa-me, no o recusei, antes pelo contrrio, abracei-o com toda a minha fora. Antes queeu pudesse evitar comecei a chorar. Chorei tanto, mas tanto, que quando dei por isso, j acamisola dele estava molhada do meu choro. Desculpa, pelo que te fiz sofrer. Disse-lhe eu, ainda a chorar. No faz mal, tu no sabias. Respondeu-me ele. Mas podia ter tentado saber.Deixou de me abraar um pouco, mas s o suficiente para me poder olhar. Os olhos dele eramcomo pedras preciosas, brilhavam tanto que at queimavam. Eu amo-te. Disse-me ele.

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    Tu o qu? Perguntei-lhe eu, ainda meio parva com o que ele disse. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Eu no acredito.Quando disse esta frase, tive a sensao de um dj vu. Eu tinha dito esta, mesma frase, no meusonho. Mas verdade. Disse ele. Prova-mo. Desafiei-o eu. Muito bem, queres provas. Aqui vo elas.Dizendo isto beijou-me. Beijou-me com tamanha fora e paixo, que at me estava a custar estarem p. O sabor dos seus lbios, era igual cor que os seus olhos lembravam, sabia a mel. Masaquele mel era muito doce, quente e slido. A certa altura achei que me ia empurrar at ao pilar eprender no seu abrao caloroso, entre ele e o pilar da pequena casa. Estava felicssima.Quando acabou o beijo, ele sorriu-me. O sorriso foi maravilhoso. Ficamos assim at ele me pegarpela mo e me levar para a parte mais longnqua do jardim.Corremos para baixo de uma amendoeira, era muito grande e bonita, porque estava em flor. Aspequenas flores cor-de-rosas, faziam-me lembrar algodo doce, fofinho e delicioso de apreciar.Deitei-me na relva, de barriga para cima, ele deitou a cabea em cima da minha barriga. Era bomestarmos assim depois de tudo o que tinha acontecido. Olhei para nos olhos e vi felicidade e muitoamor, mas tambm dor e tristeza. Porque estaria ele triste? O que seria que lhe di tanto? O que aconteceu no teu sonho? Perguntou-me ele.

    Como? O qu?O jardim por detrs da casa era diferente do jardim da frente. Este jardim tinha uma pequena casano meio do lago, onde se podiam ver pratos e talheres de prata que brilhavam, devido ao sol.

    A pequena casa era cor de areia, com uma mesa e 6 cadeiras brancas, muito bem trabalhadas.Nos pilares da pequena casa, elevavam-se roseiras, com grandes rosas brancas e vermelhas,muito bonitas.Fomos por um caminho de pedras quadradas, at ao meio do lago. Eu sentei-me numa dascadeiras, depois de colocar a minha mala no cho. Erik ficou de p a olhar os cisnes que seenamoravam. Eu perguntei-te o que que aconteceu no teu sonho.Ah! O meu sonhopoiso que que aconteceu Que se passa? Porque tens medo do mo contar? que o sonho um pouco real e um pouco fico. E tambm de doidos.

    Mas conta-mo na mesma. Quero ouvir, alm j faz muito tempo que no ouo uma histria. Muito bem. Eu sonhei que estava na tua casa com um vestido cor de sangue e que tu estavasnas escadas com umas calas pretas e uma camisa cor de sangue. Disseste-me quer era perigosoeu estar ali e que eu devia sair dali. Perguntei-te porqu. E tu respondeste-me porque tu erasumumum Um qu? Vampiro. Disse-te que no podia ser possvel porque tu eras a mais querida que existe e depoistu mostraste-me os caninos, muito bonitos j agora. Beijaste-me e fugiste logo a seguir escadas acima, eu teimosa seguinte at sala de msica ou se baile, ou uma coisa qualquer assim parecida.Disse-te que no tinha medo de ti, e tu disseste-me que tinhas medo era: de ti prprio e de mematares. Teimosa disse que no me importava e tu acreditaste e aproximaste-te. E? Acabou. No sei o resto porque a minha av acordou-me antes disso. Parecia to real, mas eusei perfeitamente que era impossvel s-lo. E se fosse real? Respondeu-me ele. Como assim? E se existissem vampiros na vida real, que farias? Perguntou-me ele.

  • 7/30/2019 Amor Mortfero

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    Capitulo 13 - A Porta Demonaca

    Eu quereria ser um vampiro, para poder viver para sempre. Mas claro que s o faria se tivesse

    primeiro o amor da minha vida a meu lado. Ento j encontras-te o amor da tua vida? Sim. A srio? Quem ele? TU. Respondi-lhe eu, enquanto sorria.Inclinei-me ligeiramente para a frente e dei-lhe um beijinho nos lbios. Depois voltei a sorri-lhe como meu melhor sorriso e ele retribuiu o sorriso. Enquanto sorriamos um para o outro, comearam acair pequenas flores de amendoeira. E assim ficmos at vermos a me de Erik a chamar-nos parao lanche, estava mesmo h nossa frente. Erik Adrian que posturas so essas? Perguntou a me dele. Me, no te preocupes isto normal para ns, desde 30 minutos. Como assim, meu querido? Questionou novamente a me dele. Ns agora somos namorados. Disse ele olhando para mim.

    A me dele deu pulos de felicidade, abraou-nos dois enquanto nos dava os parabns pornamorarmos. No fim de tudo isto foi andando, eu e ele ficamos para traz. Fomos devagarinho e demo dada, como dois namorados completamente apaixonados.

    Ainda estvamos perto da amendoeira, quando eu vi, exactamente, nos nossos antigos lugares umlobo e uma coruja.Tanto o lobo como a coruja eram brancos, mas era um branco muito claro, como a neve. Os olhosdo lobo eram de um castanho chocolate e os da coruja eram dourados como o caramelo. Era muitoestranho, porque os dois animais habitam em climas frios, e aqui o clima era mais quente.Estava para perguntar a Erik o que se estava a passar ali, quando reparei que tanto ele como acoruja estavam a olhar-se olhos nos olhos. Parecia que estavam hipnotizados um pelo outro, eramcompletamente arrepiante.Deixei de olhar para ele, para depois olhar para o lobo branco. O olhar dele era fatal, era to meigoe inocente, que me apetecia ir ter com ele. Nos seus olhos eu conseguia ver-me, como um se

    ouve-se um espelho no seu olhar, e tambm conseguia ver pequenas estrelas, como se tivesseouro. Eu estava fascinada com tudo aquilo.

    - Erik? Tentei eu, cham-lo razo.To depressa como apareceu. Desapareceu tudo, ele tinha voltado a ser o meu Erik, os olhosficaram dourados e sorriso voltara a ser acolhedor, estava novamente cal