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E PARA VOCÊ, O QUE É ISSO? Não tendo certeza sobre o que escrever, com dificuldades de expor uma opinião sobre o amor, questionei algumas pessoas para saber o que elas pensavam a respeito. “Amor entre um casal não é real. Mas entre mãe e filho é verdadeiro”. “Amor é um sentimento incondicional, onde não se mede esforços para deixar a pessoa feliz ficando ao seu lado”. “O amor verdadeiro deve ser recíproco, pois desta forma todas as situações de conflito que a vida nos apresenta serão resolvidas de uma forma mais calma e serena”. “É aquele que sua a mão que bate o coração mais forte. Eu gosto de amar”. “Enquanto para alguns, tudo é um mar de rosas melosas, para mim o amor é um bichinho que rói e machuca”. “Não sei responder, nunca pensei nisso”. “Amor é como uma sociedade dá certo ou falha”. “O amor verdadeiro é apenas entre laços sanguíneos”. “É o que a gente sente pelo pai, a mãe e os irmãos”. Após ouvir todos estes pontos de vista, decido que para mim de fato o amor é sentimento sublime, incondicional e que necessita de reciprocidade. Argumento aqui, se o amor é isso, quem de nós o sente? Responda sem hipocrisia. Logo, defino que não sei o que é amor, pois tento cultivar sentimentos bons, porém não chegam a ser sublimes, são passageiros. Incondicional, também não, há decepções que nos alimentam de ira e mágoas. Tampouco, recíproco, não sabemos lidar com isso muito bem, sequer nos entendemos, quiçá compreender coração do outro. O único amor verdadeiro, se assim pode se dizer, é aquele dado a inteligência suprema, causa primária de nossa existência. Neste plano, a possibilidade de amar se baseia em um “gostar”. Assim como se gosta de coisas materiais, gosta-se de pessoas, quase como um botão on/off, como diria um alguém que conheço, assim como já dizia o poeta: “que seja eterno enquanto dure”. Neste plano é possível compreender que há momentos de alegrias, porém não chegam aos pés do que é a felicidade. Há momentos de bem querem, porém não passam de resquícios do que é o amor. Entre lapsos de paixões boas e más, que

Amor

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Page 1: Amor

E PARA VOCÊ, O QUE É ISSO?

Não tendo certeza sobre o que escrever, com dificuldades de expor uma opinião sobre o amor, questionei algumas pessoas para saber o que elas pensavam a respeito.

“Amor entre um casal não é real. Mas entre mãe e filho é verdadeiro”.“Amor é um sentimento incondicional, onde não se mede esforços para

deixar a pessoa feliz ficando ao seu lado”.“O amor verdadeiro deve ser recíproco, pois desta forma todas as

situações de conflito que a vida nos apresenta serão resolvidas de uma forma mais calma e serena”.

“É aquele que sua a mão que bate o coração mais forte. Eu gosto de amar”.

“Enquanto para alguns, tudo é um mar de rosas melosas, para mim o amor é um bichinho que rói e machuca”.

“Não sei responder, nunca pensei nisso”.“Amor é como uma sociedade dá certo ou falha”.“O amor verdadeiro é apenas entre laços sanguíneos”.“É o que a gente sente pelo pai, a mãe e os irmãos”.Após ouvir todos estes pontos de vista, decido que para mim de fato o

amor é sentimento sublime, incondicional e que necessita de reciprocidade. Argumento aqui, se o amor é isso, quem de nós o sente? Responda sem hipocrisia.

Logo, defino que não sei o que é amor, pois tento cultivar sentimentos bons, porém não chegam a ser sublimes, são passageiros. Incondicional, também não, há decepções que nos alimentam de ira e mágoas. Tampouco, recíproco, não sabemos lidar com isso muito bem, sequer nos entendemos, quiçá compreender coração do outro.

O único amor verdadeiro, se assim pode se dizer, é aquele dado a inteligência suprema, causa primária de nossa existência. Neste plano, a possibilidade de amar se baseia em um “gostar”. Assim como se gosta de coisas materiais, gosta-se de pessoas, quase como um botão on/off, como diria um alguém que conheço, assim como já dizia o poeta: “que seja eterno enquanto dure”.

Neste plano é possível compreender que há momentos de alegrias, porém não chegam aos pés do que é a felicidade. Há momentos de bem querem, porém não passam de resquícios do que é o amor. Entre lapsos de paixões boas e más, que não sabemos controlar ainda, seguimos, cogitando em amar, pensando em ser feliz, sonhando com sentimentos sublimes e criando falsas expectativas naquilo que sabemos não ser real. Talvez se olhar pelo lado da caridade, benevolência, humildade, trabalho, inicio uma leve compreensão do que seja, mas não posso afirmar. E não julgo aqueles que dizem “amar”.