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1 Produzido por © Comissão Europeia (DG Ambiente) Março de 2008 A Directiva-Quadro Água estabelece um quadro jurídico para proteger e restaurar a limpeza da água em toda a União Europeia e assegurar a sua utilização sustentável e a longo prazo (designação oficial: Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2000, que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água). Adopta uma abordagem inovadora de gestão da água, com base nas bacias hidrográficas e unidades geográficas e hidrológicas naturais, e estipula prazos específicos para os Estados-Membros protegerem os ecossistemas aquáticos. Aplica-se às águas de superfície interiores, às águas de transição, às águas costeiras e às águas subterrâneas e estabelece princípios inovadores para a gestão da água, incluindo a participação do público no planeamento e aspectos económicos. O artigo 9.º da Directiva prevê a amortização dos custos dos serviços hídricos. O artigo 5.º prevê a realização de uma análise económica da utilização da água e o anexo III enumera os elementos que os Estados-Membros devem incluir na análise. Em 2000, a Comissão Europeia emitiu uma comunicação sobre A tarifação como modo de reforçar a utilização sustentável dos recursos hídricos, que fixa a ordem de trabalhos para dar execução ao artigo 9.º da Directiva. Água – Nota 5 A economia na política da água: o valor das águas da Europa Água – Notas sobre a aplicação da Directiva-Quadro Água A Directiva-Quadro Água introduz princípios e métodos económicos para a gestão das águas da Europa. Na realidade, é a primeira vez que a legislação da UE sobre a água integra explicitamente a economia nas suas medidas. Para muitos Estados-Membros, o facto de a Directiva recorrer à economia representou uma nova abordagem da gestão da água. A Directiva-Quadro Água introduz dois princípios económicos fundamentais. Primeiro, prevê que os consumidores de água – nomeadamente o sector industrial, o sector doméstico e o sector agrícola – suportem o custo dos serviços de água de que beneficiam. Em segundo lugar, a Directiva convida os EstadosMembros a utilizar uma análise económica para avaliar os seus recursos hídricos (caracterização) e a avaliar a relação custo/eficácia e os custos e benefícios de alternativas ao tomar decisões-chave. Amortização dos custos Uma das principais inovações da Directiva é estabelecer que os serviços hídricos – como o fornecimento de água potável, a irrigação para a agricultura, as albufeiras para a produção de energia hidroeléctrica e as instalações de tratamento de águas residuais – sejam pagos a um preço que reflicta os custos de fornecimento dos serviços prestados. No âmbito da Directiva, a amortização dos custos faz referência a diversos elementos. Os preços que os utilizadores pagam pela água devem cobrir os custos operacionais e de manutenção ligados ao seu abastecimento e tratamento, bem como os custos de investimentos em infra-estruturas. A Directiva vai mais longe e exige que os preços pagos pelos utilizadores cubram igualmente os custos ambientais e de recursos. Trata-se de uma etapa fundamental para a aplicação do princípio de que os poluidores e utilizadores devem pagar os recursos naturais que utilizam e os danos que provocam. Os custos ambientais incluem os danos causados a ecossistemas, como a poluição que afecta os peixes e a fauna selvagem nos rios. A captação de água para consumo humano tem repercussões diversas, como, por exemplo, a diminuição dos níveis de água nos rios e lagos, e esse facto pode fragilizar os ecossistemas. Estes custos, embora possam não constar dos balanços financeiros, podem ser medidos (ver caixa sobre instrumentos económicos). Quando um recurso hídrico se encontra total ou parcialmente esgotado e a quantidade de água disponível é menor para os outros utilizadores, o custo do recurso aumenta. A amortização deste tipo de custos associados a recursos é especialmente importante nas bacias hidrográficas onde a água é escassa (ver caixa sobre a escassez de água). Manutenção necessária: Acumulação de gorduras e óleos num esgoto britânico

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Produzido por © Comissão Europeia (DG Ambiente) Março de 2008

A Directiva-Quadro Água estabelece um quadro jurídico para proteger e restaurar a limpeza da água em toda a União Europeia e assegurar a sua utilização sustentável e a longo prazo (designação oficial: Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2000, que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água).

Adopta uma abordagem inovadora de gestão da água, com base nas bacias hidrográficas e unidades geográficas e hidrológicas naturais, e estipula prazos específicos para os Estados-Membros protegerem os ecossistemas aquáticos. Aplica-se às águas de superfície interiores, às águas de transição, às águas costeiras e às águas subterrâneas e estabelece princípios inovadores para a gestão da água, incluindo a participação do público no planeamento e aspectos económicos.

O artigo 9.º da Directiva prevê a amortização dos custos dos serviços hídricos. O artigo 5.º prevê a realização de uma análise económica da utilização da água e o anexo III enumera os elementos que os Estados-Membros devem incluir na análise. Em 2000, a Comissão Europeia emitiu uma comunicação sobre A tarifação como modo de reforçar a utilização sustentável dos recursos hídricos, que fixa a ordem de trabalhos para dar execução ao artigo 9.º da Directiva.

Água – Nota 5

A economia na política da água: o valor das águas da Europa

Água – Notas sobre a aplicação da Directiva-Quadro Água

A Directiva-Quadro Água introduz princípios e métodos económicos para a gestão das águas da Europa. Na realidade, é a primeira vez que a legislação da UE sobre a água integra explicitamente a economia nas suas medidas. Para muitos Estados-Membros, o facto de a Directiva recorrer à economia representou uma nova abordagem da gestão da água.

A Directiva-Quadro Água introduz dois princípios económicos fundamentais. Primeiro, prevê que os consumidores de água – nomeadamente o sector industrial, o sector doméstico e o sector agrícola – suportem o custo dos serviços de água de que beneficiam. Em segundo lugar, a Directiva convida os Estados?Membros a utilizar uma análise económica para avaliar os seus recursos hídricos (caracterização) e a avaliar a relação custo/eficácia e os custos e benefícios de alternativas ao tomar decisões-chave.

Amortização dos custos

Uma das principais inovações da Directiva é estabelecer que os serviços hídricos – como o fornecimento de água potável, a irrigação para a agricultura, as albufeiras para a produção de energia hidroeléctrica e as instalações de tratamento de águas residuais – sejam pagos a um preço que reflicta os custos de fornecimento dos serviços prestados.

No âmbito da Directiva, a amortização dos custos faz referência a diversos elementos. Os preços que os utilizadores pagam pela água devem cobrir os custos operacionais e de manutenção ligados ao seu abastecimento e tratamento, bem como os custos de investimentos em infra-estruturas. A Directiva vai mais longe e exige que os preços pagos pelos utilizadores cubram igualmente os custos ambientais e de recursos. Trata-se de uma etapa fundamental para a aplicação do princípio de que os poluidores e utilizadores devem pagar os recursos naturais que utilizam e os danos que provocam.

Os custos ambientais incluem os danos causados a ecossistemas, como a poluição que afecta os peixes e a fauna selvagem nos rios. A captação de água para consumo humano tem repercussões diversas, como, por exemplo, a diminuição dos níveis de água nos rios e lagos, e esse facto pode fragilizar os ecossistemas. Estes custos, embora possam não constar dos balanços financeiros, podem ser medidos (ver caixa sobre instrumentos económicos).

Quando um recurso hídrico se encontra total ou parcialmente esgotado e a quantidade de água disponível é menor para os outros utilizadores, o custo do recurso aumenta. A amortização deste tipo de custos associados a recursos é especialmente importante nas bacias hidrográficas onde a água é escassa (ver caixa sobre a escassez de água).

Manutenção necessária: Acumulação de gorduras e óleos num esgoto britânico

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2 Produzido por © Comissão Europeia (DG Ambiente) Março de 2008

Instrumentos para a análise económica

Os Estados-Membros podem utilizar diversos métodos e instrumentos económicos para aplicar a Directiva. Entre os principais instrumentos são de referir os seguintes:

Cálculo dos custos e benefícios. A análise económica depende de estimativas de custos e benefícios, muitos dos quais podem ser facilmente calculados. Refira-se como exemplo os custos de manutenção dos sistemas de abastecimento de água existentes e os custos de investimento de novos sistemas de abastecimento de água ou de tratamento de águas residuais. Uma análise económica completa deve igualmente estimar os benefícios directos, como as reduções do custo de tratamento da água potável a jusante no caso de redução da poluição descarregada num rio. Devem ainda ter-se em consideração os benefícios indirectos resultantes de águas costeiras mais limpas, que favorecerão o turismo.

Outros benefícios decorrentes de uma água mais limpa são mais difíceis de medir. Os pescadores amadores colherão benefícios de um rio de melhor saúde e com mais peixes. A população local poderá apreciar rios que não estejam poluídos e disponham de ecossistemas saudáveis. Em toda a União Europeia, muitos cidadãos regozijar-se-ão se o Danúbio, o Reno e outros grandes rios europeus estiverem de melhor saúde. Os métodos de

avaliação apresentam formas de estimar estes benefícios e os custos associados aos problemas de água. Entre estes métodos, é possível citar os inquéritos sobre a "vontade de pagar" pelo ambiente. Alguns Estados-Membros tomaram medidas para introduzir estes métodos na sua análise económica com vista a apoiar decisões no domínio da gestão hídrica.

A análise custo-eficácia examina os custos das várias acções possíveis para alcançar um objectivo específico, o que permite escolher a solução menos onerosa.

A análise custo-benefício compara os custos e os benefícios globais de uma iniciativa. Pode ser útil para a tomada de decisões no quadro da Directiva, como o teste do custo "desproporcionado", descrito numa caixa separada.

Para mais informações, ver o documento de orientação n.º 1 sobre Economia e Ambiente para a Directiva-Quadro Água. Um estudo de 2007 intitulado "Costs and benefits relating to the implementation of the Water

Framework Directive, with special focus on

agriculture" (Custos e benefícios relacionados com a aplicação da Directiva-Quadro Água, com especial ênfase na agricultura) analisa as experiências dos Estados-Membros na estimativa dos custos e benefícios totais de aplicação da Directiva.

Primeiros passos

Como estes exemplos indicam, cabe aos Estados-Membros aplicar a amortização dos custos, o que podem fazer com uma certa flexibilidade, em função das condições nacionais.

Em todos os Estados-Membros, a criação de mecanismos de amortização de custos começa com uma boa análise económica das utilizações efectivas da água e das pressões e impactos em cada bacia hidrográfica. Os relatórios de 2005 que os Estados-Membros apresentaram sobre as características das suas bacias hidrográficas revelaram que muitos Estados-Membros não tinham facultado informações económicas completas, nomeadamente no que respeita aos utilizadores industriais e agrícolas e aos custos dos serviços hídricos em termos de ambiente e recursos. Os resultados mostram que, em muitos Estados-Membros, os agregados familiares pagam uma grande parte dos custos necessários ao seu abastecimento de água.

A maioria dos Estados-Membros ainda tem um longo caminho a percorrer para a introdução de políticas de tarifação de água dentro do prazo previsto para 2010.

Com vista a aplicar integralmente estes princípios, os Estados-Membros precisam de tomar em consideração todas as actividades que utilizam recursos hídricos. A amortização dos custos ligados unicamente a certas actividades não garante um consumo sustentável da água. As redes colectivas de distribuição de água, as fábricas e as explorações agrícolas individuais que captam água subterrânea contribuem de uma forma adequada para estes custos.

A Directiva indica igualmente que o estabelecimento de preços da água deve criar incentivos para a utilização eficaz dos recursos hídricos. Se os utilizadores pagarem os custos reais da água, haverá certamente menos desperdícios, o que terá como consequência a eficácia económica e a redução do encargo financeiro para a administração pública, melhorando ao mesmo tempo o ambiente.

Os Estados-Membros começam a introduzir esta abordagem. No Reino Unido, muitos agregados familiares não dispõem de contadores de água e os pagamentos do consumo não estão relacionados com o nível de utilização. Uma estratégia do Governo para 2008 prevê, para a Inglaterra, um aumento do número de contadores com vista a promover a eficácia do consumo de água, como uma etapa para garantir a disponibilidade suficiente de água tendo em conta as futuras tendências demográficas e as alterações climáticas. Em França, os sistemas de irrigação têm de estar equipados com contadores de água sempre que ultrapassem os limiares de captação. Entre 2000 e 2003, a parte de irrigadores com equipamento aumentou de 54% para 71%, representando 85% da área total irrigada. Portugal aumentou os preços da água para os sectores agrícola e industrial a fim de ter em conta a escassez de água.

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3 Produzido por © Comissão Europeia (DG Ambiente) Março de 2008

O objectivo geral da Directiva-Quadro Água é alcançar um "bom estado" para todas as massas de água em 2015. Mediante certas condições, os Estados-Membros são autorizados a prorrogar o prazo para determinadas massas de água se o prosseguimento dos objectivos até 2015 se revelar "desproporcionadamente dispendioso". Os Estados-Membros podem igualmente escolher fixar objectivos menos exigentes para uma massa de água quando se revele tecnicamente inexequível ou "despropor-cionadamente oneroso" alcançar um "bom estado". As derrogações devem preencher critérios exigentes, incluindo o teste de "desproporcionalidade".

A Directiva utiliza este teste para outras decisões de gestão da água, nomeadamente a designação de massas de água artificiais ou fortemente modificadas (ver nota 4 sobre esta questão).

Avaliar "desproporcionalmente" significa efectuar uma comparação de custos e benefícios tanto em termos qualitativos como quantitativos. Em geral, para passar o teste, os custos devem exceder os benefícios com uma margem importante.

Proportionner les coûts et les bénéfices

A escassez de água e as secas são cada vez mais preocupantes aumento da escassez de água Em toda a Europa .

As regiões mediterrânicas sofrem em regra geral os problemas mais graves, embora estes se façam sentir em toda a UE. Em 2005, uma seca importante afectou países tão setentrionais como a Dinamarca.

A escassez de água – uma situação em que a procura excede o nível de utilização sustentável – afecta mais de 10% da população da UE e quase 20% do seu território. Em contrapartida, as secas são diminuições temporárias dos recursos hídricos devido a uma baixa precipitação. O número de secas aumentou nos últimos 30 anos e, em 2003, as secas afectaram mais de 100 milhões de pessoas na Europa.

As alterações climáticas deverão provocar o e as secas nos anos futuros.

Em 2007, a Comissão Europeia apelou para uma acção comum para enfrentar o problema da escassez de água e das secas na União Europeia. Destacou o facto de que as políticas de tarifação da água ineficazes contribuem para uma má gestão dos recursos hídricos em muitas zonas.

Nas suas recomendações, a Comissão sublinhou a necessidade de aplicar integralmente a Directiva-Quadro Água e de melhores políticas de tarifação que incorporem o "princípio do utilizador-pagador", o que incentivará uma utilização de água mais eficaz e acabará com as perdas supérfluas.

Políticas de tarifação para fazer frente à escassez de água e às secas

A vontade de pagar para ter águas balneares salubres e praias limpas é ormalmente elevada

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4 Produzido por © Comissão Europeia (DG Ambiente) PT - ISBN 978-92-79-14799-9

A necessidade de uma análise sólida Por força da Directiva, a análise económica apoia também o trabalho dos Estados-Membros na preparação de planos de gestão das bacias hidrográficas. Estes planos de gestão – que deverão estar concluídos até 2009 – desempenharão um papel central para garantir uma elevada qualidade das águas europeias em 2015.

Para os seus planos de gestão das bacias hidrográficas, os Estados-Membros deverão estimar os custos de execução de várias medidas possíveis. Utilizarão estas estimativas para identificar o conjunto de medidas economicamente mais eficazes, que sejam capazes de melhorar a saúde das massas de água, de forma a permitir-lhes alcançar, pelo menos, um "bom estado". Todas as massas de água deverão alcançar este estado no que respeita aos níveis de contaminação química. As massas de água de superfície deverão garantir a saúde dos seus ecossistemas, sendo para as águas subterrâneas especialmente importante a sustentabilidade dos recursos. (Para mais informações sobre estes objectivos, ver notas 2 e 3, relativas a águas de superfície e subterrâneas, respectivamente.)

Os Estados-Membros dispõem de um vasto leque de medidas para alcançar estes objectivos. Podem lançar novos projectos de investimento, aplicar nova regulamentação, implantar instrumentos económicos e negociar acordos com poluidores. Algumas medidas podem implicar investimentos onerosos. A análise económica que avalia a relação custo/eficácia das medidas alternativas será vital para garantir a correcta aplicação dos fundos. Os custos globais de aplicação da Directiva podem ser consideravelmente reduzidos se os Estados-Membros tiverem plenamente em conta esta abordagem.

Os Estados-Membros serão autorizados a adiar ou reduzir o objectivo de 2015 sempre que possam justificar – mediante critérios exigentes – que a sua prossecução numa determinada massa de água implicaria custos desproporcionados. Esta opção é descrita na caixa da página 3.

Os Estados-Membros deverão fazer previsões da oferta e procura de água a longo prazo, com base nas perspectivas demográficas e económicas de cada bacia hidrográfica. Estas perspectivas serão importantes para identificar as mudanças de pressão previstas – devidas ao aumento da população ou a mudanças na produção agrícola – e os impactos estimados de alterações climáticas nas condições futuras da água.

Nos seus relatórios de 2005, apenas alguns Estados-Membros descreveram pormenorizadamente as perspectivas futuras. Por exemplo, os Países Baixos apresentaram as previsões de crescimento demográfico e de sectores-chave da agricultura e da indústria até 2015 relativas a várias zonas hidrográficas, incluindo o delta do Reno, que abrange cidades importantes como Amesterdão.

Para mais informações sobre a Directiva-Quadro Água e as águas da Europa, visitar o sítio Internet do sistema europeu de informação sobre a água (WISE), em water.europa.eu. As páginas Internet da Comissão Europeia sobre protecção dos recursos hídricos, associadas ao WISE, também contêm informações: ver http://ec.europa.eu/environment/water/index_en.htm. As páginas da Comissão apresentam ligações aos sítios Web dos Estados-Membros e a documentos de orientação. O documento de orientação n.º 1 descreve a utilização de critérios económicos na Directiva.

O valor das águas da Europa A Directiva especifica alguns elementos para a análise económica. Para que a análise seja útil, os Estados-Membros devem integrar nela as análises científicas e técnicas que devem realizar. Os resultados de uma análise económica devem ser apresentados de uma forma clara, de modo a permitir a discussão pública e garantir a tomada em consideração de todos os impactos relevantes suportados por uma bacia hidrográfica. A Directiva-Quadro Água introduz métodos económicos para melhorar a qualidade da água e, ao mesmo tempo, concentra-se no conceito mais amplo e frequentemente intangível do valor da água. No preâmbulo, a Directiva expõe que "A água não é um produto comercial como outro qualquer, mas um património que deve ser protegido, defendido e tratado como tal".