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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MANAUS/AM STELISY SILVA DA ROCHA, brasileira, em união estável, advogada, nascida em 25.10.1987, RG nº 2031372-1, CPF nº 897.874.802-30, OAB/AM 7.989, residente e domiciliada na Rua Mirasselva, 1719, Bairro Redenção, CEP 69047-042, Manaus/AM e CHARLES DA SILVA HONÓRIO (FIADOR), brasileiro, casado, profissão engenheiro, ocupação técnico de operações da petrobras, nascido em 19/11/1983, RG nº 16039548, CPF nº 718.621.292-15, residente e domiciliado na Av. Constantino Nery, 305, bloco 13, Bairro Chapada – Conjunto Tocantins, Manaus/AM, por meio de sua advogada que esta subscreve (procuração em anexo), com endereço profissional constante no rodapé desta página, que indica para o disposto no artigo 39, I do Código de Processo Civil, vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, X, da Constituição Federal bem como os arts. 840, 186 c/c 187 e 927 e 940, do Código Civil, c/c com os Artigos 4, 14, 6, VIII, 42, 43, parágrafo, do Código de Defesa do Consumidor e na forma da Lei 9.099/95, propor a presente AÇÃO DE REPETIÇÃO DE IN DEBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Em face de CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua Barroso, nº 101, Centro - CEP 69010-050, Manaus/AM, que deverá ser notificada na pessoa de seu representante legal, pelas razões de fato e de direito que passa expor:

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  • EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CVEL FEDERAL DA SEO JUDICIRIA DE MANAUS/AM

    STELISY SILVA DA ROCHA, brasileira, em unio estvel, advogada, nascida em 25.10.1987, RG n 2031372-1, CPF n 897.874.802-30,

    OAB/AM 7.989, residente e domiciliada na Rua Mirasselva, 1719, Bairro

    Redeno, CEP 69047-042, Manaus/AM e CHARLES DA SILVA HONRIO (FIADOR), brasileiro, casado, profisso engenheiro, ocupao tcnico de operaes da petrobras, nascido em 19/11/1983, RG n 16039548, CPF n

    718.621.292-15, residente e domiciliado na Av. Constantino Nery, 305, bloco

    13, Bairro Chapada Conjunto Tocantins, Manaus/AM, por meio de sua

    advogada que esta subscreve (procurao em anexo), com endereo

    profissional constante no rodap desta pgina, que indica para o disposto no

    artigo 39, I do Cdigo de Processo Civil, vem presena de Vossa Excelncia,

    com fundamento no art. 5, X, da Constituio Federal bem como os arts. 840,

    186 c/c 187 e 927 e 940, do Cdigo Civil, c/c com os Artigos 4, 14, 6, VIII, 42,

    43, pargrafo, do Cdigo de Defesa do Consumidor e na forma da Lei

    9.099/95, propor a presente

    AO DE REPETIO DE IN DEBITO C/C INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA

    Em face de CAIXA ECONMICA FEDERAL, pessoa jurdica de direito privado, com sede na Rua Barroso, n 101, Centro - CEP 69010-050,

    Manaus/AM, que dever ser notificada na pessoa de seu representante legal,

    pelas razes de fato e de direito que passa expor:

  • I DOS BENEFCIOS DA JUSTIA GRATUITA

    Os Requerentes no tm condies financeiras de arcar com as

    despesas do processo sem comprometer a sua subsistncia. Assim sendo,

    requer, por procurao, sob as penas da lei, que lhe seja concedido os benefcios da Justia Gratuita, nos termos do art. 4 da Lei 1.060 de 1950.

    Estes procuradores subscreventes declaram que aceitam o

    encargo de defesa da causa neste momento ajuizada, nos termos do pargrafo

    quarto do art. 5 da Lei 1.060 de 1950, para que surtam os efeitos legais.

    II DOS FATOS

    A Requerente, no 4 ano do Curso de Direito, firmou com a

    instituio r um Contrato de Abertura de Crdito de Financiamento Estudantil

    (FIES), na data de 07/06/2010, na proporo de 70% do valor fixado pela

    Instituio de Ensino Superior, totalizando o montante de R$ 20.286,00 (Vinte

    mil duzentos e oitenta e seis reais), conforme contrato anexo.

    Conforme o instrumento contratual, a Requerente teria como

    fase de utilizao do financiamento o perodo de 20/07/2010 20/12/2011,

    como fase de carncia o perodo de 20/01/2012 20/06/2013 (18 meses) e

    como fase de amortizao o perodo de 20/07/2013 20/06/2020.

    Durante o perodo de utilizao e carncia, a Requerente

    comprometeu-se a pagar trimestralmente o valor de R$ 50,00 (cinquenta reais),

    referente aos juros incidentes sobre o saldo devedor do contrato e no perodo

    de amortizao, comprometeu-se a pagar o valor mensal de R$ 226,95

    (duzentos e vinte e seis reais e noventa e cinco centavos).

    Apenas para explicar de forma mais didtica, vejamos as

    orientaes constantes no site do MEC:

  • Ocorre que mesmo aps o trmino do perodo de carncia

    (20/06/2013), a Requerida continuou realizando a cobrana da taxa de R$

    50,00 (cinquenta reais), sendo que a Requerente somente se deu conta de que

    estava efetuando o pagamento de cobrana indevida, em Novembro de 2013.

    Ao constatar o erro do banco, a Requerente, no dia 04/11/2013

    dirigiu-se ao banco para tentar solucionar de forma amigvel o equvoco, mas

    no logrou xito, uma vez que o atendente afirmou que apesar de constar no

    contrato escrito que o prazo de carncia havia encerrado, no sistema no

    constava essa informao e por isso a cobrana no poderia ser cancelada.

  • Diante da afirmao do funcionrio, a Requerente questionou

    como iria efetuar o pagamento das parcelas mensais referentes ao perodo de

    amortizao, no valor mensal de R$ 226,95 (duzentos e vinte e seis reais e

    noventa e cinco centavos), sendo que o funcionrio informou que no teria

    como gerar o boleto das parcelas referentes ao perodo de amortizao, tendo

    em vista que tal informao no constava no sistema, apesar de constar no

    contrato escrito.

    No entanto, a Requerente insistiu em querer efetuar o

    pagamento das parcelas referentes ao perodo de amortizao e informou que

    iria ajuizar uma ao de consignao em pagamento contra o banco, pois

    temia que tal divida fosse cobrada posteriormente com juros exorbitantes. Em

    resposta o funcionrio disse que no havia necessidade de ajuizar uma ao

    de consignao em pagamento, pois a Requerente poderia realizar

    amortizaes por meio de boletos avulsos, sendo que a taxa de R$ 50,00

    (cinquenta reais) trimestral no poderia ser cancelada.

    Ocorre que a Requerente continuou recebendo os boletos no

    valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), mas por entender que eram abusivos a

    Requerente deixou de efetuar o pagamento e o seu nome, bem como do fiador,

    foram inseridos indevidamente no SPC.

    No dia 21/03/2014, em cumprimento a orientao do funcionrio

    da Requerida, a Requerente dirigiu-se ao Banco e comunicou que queria

    efetuar a amortizao no contrato do FIES, no valor de R$ 2.050,00 (dois mil e

    cinquenta reais). Ocorre que o funcionrio ao consultar o sistema verificou que

    duas parcelas no valor de R$ 50,00 (cobrana indevida) estavam pendentes e

    condicionou a amortizao do contrato ao pagamento das parcelas que

    estavam sendo cobradas indevidamente.

    Diante da insistncia do funcionrio a Requerente explicou que

    aquelas parcelas estavam sendo cobradas indevidamente, pelo fato do perodo

    de carncia j ter esgotado, sendo que o funcionrio pediu orientao do

    Gerente e o mesmo pronunciou as seguintes palavras para a Requerente:

    Eu me recuso a autorizar a amortizao desse contrato

    sem que seja efetuado o pagamento das taxas que

    constam em aberto no sistema. Voc se beneficiou do

  • emprstimo do banco para concluir a faculdade e agora

    no quer efetuar o pagamento desse valor infmo que

    no vai te fazer falta

    Oras Excelncia, aps as declaraes do gerente a Requerente

    sentiu-se desrespeitada e humilhada, tendo em vista que essa declarao foi

    pronunciada na frete de outras pessoas. A impresso que as outras pessoas

    tiveram da Requerente de que a mesma estava agindo de m-f. No entanto,

    antes que o Gerente continuasse a denegrir a imagem da Requerente a

    mesma interrompeu o discurso do gerente e informou que no iria pagar a taxa

    por considerar que as mesmas estavam sendo cobradas de forma indevida,

    uma vez que o perodo de carncia j havia encerrado. No entanto, o gerente

    condicionou a aceitao da amortizao ao pagamento da cobrana indevida.

    Mesmo diante de toda a humilhao, a Autora ainda informou

    que se tal exigncia fosse feita iria cobrar reparao pela via judicial. No

    entanto, o gerente no levou em considerao os argumentos da Requerente.

    Como o nico dinheiro que a Requerente dispunha naquele

    momento era o valor de R$ 2.050,00 (dois mil e cinquenta reais), a mesma

    solicitou que fosse efetuada a amortizao avulsa no valor de R$ 1.948,00

    (Hum mil novecentos e quarenta e oito reais) e o pagamento das taxas

    indevidas no valor de R$ 102,00 (Cento e dois reais), conforme os

    comprovantes em anexo.

    Ressalta-se que como o banco no est gerando os boletos

    referente as parcelas da amortizao, a Requerente decidiu (por orientao do

    funcionrio do banco) realizar mensalmente amortizaes avulsas, com o

    intuito de honrar voluntariamente com o adimplemento do contrato, sendo que

    at o presente momento a Autora j efetuou o pagamento de duas

    amortizaes, totalizando o valor de R$ 2.248,00 (Dois mil duzentos e quarenta

    e oito reais).

    No o suficiente, o nome da Autora e do seu fiador foram

    inseridos indevidamente nos cadastros de proteo ao crdito em virtude da

    cobrana das taxas trimestrais, no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais).

    Excelncia, o fiador da Requerente um amigo de longa data,

    alm de ser um homem honesto e religioso e ao ver o seu nome inserido no

  • SPC, ficou decepcionado achando que a Requerente no fosse honrar com a

    dvida, sendo que tal fato causou a Autora grande constrangimento.

    Diante do exposto, a Autora busca por meio da presente

    demanda, o fiel cumprimento do contrato, bem como, a Reparao pelos danos

    morais e materiais.

    IV - DO PEDIDO DE ANTECIPAO DA TUTELA

    Inicialmente, no tocante a esse tpico, cumpre-nos o dever

    de enfatizar que perfeitamente cabvel a antecipao dos efeitos da tutela

    de mrito em sede dos Juizados Especiais como explica Marisa Ferreira dos

    Santos Desembargadora do TRF 3 Reg. e ex-coordenadora dos Juizados

    Federais de SP e MS, in Sinopses Jurdicas, Ed. Saraiva, 2004, p. 99:

    compatvel com o rito estabelecido pela Lei n

    9.099/95 a tutela antecipada a que alude o art. 273

    do CPC (Enunciado n 6, da 1 Reunio realizada

    com os Juzes de varas Cveis e dos Juizados

    Especiais do Rio de Janeiro, dezembro de 1995).

    Marisa Ferreira dos Santos Desembargadora do

    TRF 3 Reg. e ex-coordenadora dos Juizados

    Federais de SP e MS, in Sinopses Jurdicas, Ed.

    Saraiva, 2004, p. 99.

    Art. 273, CPC: O Juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, o efeito da

    tutela pretendida no pedido inicial, desde que,

    existindo prova inequvoca, se convena da

    verossimilhana da alegao e:

    I haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ou

  • II fique caracterizado abuso de direito de defesa ou

    o manifesto propsito protelatrio do ru.

    Toda cobrana indevida gera dano de difcil reparao, uma

    vez que sacrifica o sustento familiar, constituindo abuso e grave ameaa.

    Temos por concluir que a atitude da Requerida em manter o

    nome da autora e do seu fiador no SPC/SERASA, no passa de uma

    arbitrariedade eivada de mero descontrole administrativo, que dever por isso,

    ao final, ser declarada insubsistente, em carter definitivo. Assim, verifica-se que a situao dos Requerentes atende

    perfeitamente a todos os requisitos esperados para a concesso da medida antecipatria, desse modo, pleiteia, antes da deciso do mrito em si, a ordem judicial para que o banco retire o nome dos Autores do SPC e SERASA e emita os boletos mensais referente ao perodo de amortizao, sob pena de multa penal por dia de atraso ao cumprimento da ordem, com base no art. 644 e art. 461, ambos do CPC, com as introdues havidas pela

    Lei n 10.444, de 07.05.2002.

    V - DOS DANOS MORAIS E MATERIAIS

    Em decorrncia de ter sido vtima de incluso indevida nos

    cadastros de proteo ao crdito, resta indubitvel a supervenincia de danos

    morais a Autora e ao seu fiador, pelos constrangimentos que passou em

    decorrncia da conduta operada pela parte R.

    Dano moral o que sofre algum em seus sentimentos, em

    sua honra, em sua considerao social ou laboral, em decorrncia de ato

    danoso. Como se v, o dano moral aquele que incide sobre bens de ordem

    no material, como a liberdade, a honra, a reputao, a integridade psquica, a

    segurana, a intimidade, a imagem, o nome.

    No presente caso, cuida-se de restrio indevida do nome da Autora e do seu fiador no SPC e SERASA, impossibilitando-os de efetuar qualquer transao comercial a prazo, ocasionando danos difceis de serem reparados. Conforme j referido, mostra-se indevida a pendncia financeira apontada, porque a Requerente nada deve.

  • No que concerne ao fundamento jurdico dos danos morais,

    bem como do correspondente dever de indenizar, reza o artigo 5., inciso X da

    Constituio da Repblica de 1988 que: "So inviolveis a intimidade, a vida

    privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao".

    De acordo com as normas enunciadas na Lei n. 8.078/90:

    Art. 6 - So direitos bsicos do consumidor: (...)

    VI a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

    Por dano moral, sbios os ensinamentos do insigne Pontes

    de Miranda:

    Nos danos morais, a esfera tica da pessoa

    que ofendida; o dano no patrimonial o que,

    s atingindo o devedor como ser humano, no

    lhe atinge o patrimnio (...). A ofensa a honra pode ferir, por exemplo, o direito de liberdade e o direito de velar pela prpria intimidade; mas a honra o entendimento da dignidade humana, conforme o grupo social em que se vive, o sentimento de altura dentro de cada um dos homens. (Tratado de Direito Privado, Borsoi, T.LIII,

    par.5509 e 5510; T.26, par.3108) (grifo nosso)

    A propsito do tema, de bom alvitre destacar o lcido voto

    proferido no REsp n 270730, pela insigne Ministra Nancy Andrighi, do Superior

    Tribunal de Justia, ao preconizar: Se impresso, para conferncia acesse o site

    http://consultasaj.tjam.jus.br/esaj, informe o processo 0704435-

    68.2012.8.04.0001

  • A amplitude de que se utilizou o legislador no

    art. 5, inciso X da CF/88, deixou claro que a

    expresso moral, que qualifica o substantivo

    dano, no se restringe quilo que digno ou

    virtuoso de acordo com as regras de

    conscincia social. possvel a concretizao

    do dano moral, posto que a honra subjetiva tem

    termmetro prprio inerente a cada indivduo.

    o decoro, o sentimento de auto-estima, de

    avaliao prpria que possuem valorao

    individual, no se podendo negar esta dor de

    acordo com sentimentos alheios. A alma de

    cada um tem suas fragilidades prprias. Por

    isso, a sbia doutrina concebeu uma diviso no

    conceito de honorabilidade: honra objetiva, a

    opinio social, moral, profissional, religiosa que

    os outros tm sobre aquele indivduo, e, honra

    subjetiva, a opinio que o indivduo tem de si

    prprio. Uma vez vulnerado, por ato ilcito

    alheio, o limite valorao que exigimos de ns

    mesmos, surge o dever de compensar o

    sofrimento psquico que o fato nos causar. a

    norma jurdica incidindo sobre o acontecimento

    ntimo que se concretiza no mais recndito da

    alma humana, mas o que o direito moderno

    sente orgulho de abarcar, pois somente uma

    compreenso madura pode ter direito

    reparvel, com tamanha abstratividade.

    A doutrina moderna vem erigindo o dano moral

    consequncia da afronta ao valor fundante do Estado Democrtico de Direito,

    qual seja, a dignidade da pessoa humana. Este vetor representa a valorizao

    da clusula da tutela da personalidade humana, consubstanciada em seus

  • quatro substratos: a liberdade, igualdade, solidariedade social e integridade

    psicofsica.

    Irretocveis so as lies de Maria Celina Bodin de Moraes

    ao diagnosticar o novo fundamento do dano moral:

    Qual seria, ento, o objeto do dano moral?

    Como reconduzir-se aqui a um conceito

    jurdico, sem cair na armadilha que o tema

    enseja? Como j foi ressaltado, afirmar que o

    dano moral dor, vexame, humilhao, ou

    constrangimento semelhante a dar-lhe o

    epteto de mal evidente. Atravs destes

    vocbulos, no se conceitua juridicamente,

    apenas se descrevem sensaes e emoes

    desagradveis (...)

    Alm disso, ao definir o dano moral por meio da

    noo de sentimento humano, isto , utilizando-

    se dos termos dor, espanto, emoo,

    vergonha, aflio espiritual, desgosto,

    injria fsica ou moral, em geral qualquer

    sensao dolorosa experimentada pela pessoa,

    confunde-se o dano com a sua (eventual)

    consequncia. Se a violao situao jurdica

    subjetiva extra patrimonial acarreta, ou no, um

    sentimento ruim, no coisa que o Direito

    possa ou deva averiguar. O que o ordenamento

    jurdico pode (e deve) fazer concretizar, ou

    densificar, a clusula de proteo humana, no

    admitindo que violaes igualdade,

    integridade psicofsica, liberdade e

    solidariedade (social e familiar) permaneam

    irressarcidas. (...)

    (...) O dano moral tem como causa a injusta

    violao a uma situao jurdica subjetiva

  • extrapatrimonial, protegida pelo ordenamento

    jurdico atravs da clusula geral da tutela da

    personalidade que foi instituda e tem sua fonte

    na

    Constituio Federal, em particular e

    diretamente decorrente do princpio (fundante)

    da dignidade da pessoa humana (tambm

    identificado com o princpio geral de respeito

    dignidade humana).

    Assim, no Brasil, a ordem constitucional que

    est a proteger os indivduos de qualquer

    ofensa (ou ameaa de ofensa) sua

    personalidade (...) (Danos Pessoa Humana-

    Uma leitura Civil-Constitucional dos danos

    morais- Ed. Renovar, pg.130-133)

    Por fim, vale a pena mencionar que pacfico o entendimento do C. Superior Tribunal de Justia (STJ), consolidado por reiteradas decises, que cabvel indenizao por danos morais se a inscrio no cadastro de inadimplentes for feita ou mantida indevidamente, no havendo necessidade da comprovao do prejuzo, que presumido.

    Assim, claro est o dano moral experimentado pela Autora e

    pelo seu fiador, devendo ser ressarcidos pelos transtornos sofridos.

    Desse modo, requer o valor equivalente a 15 (quinze)

    salrios-mnimos, nesta data correspondente a R$ 10.860,00 (Quatorze mil quatrocentos e oitenta reais, reais), a ttulo de indenizao pelos danos morais sofridos pela Requerente e para o seu fiador, totalizando a importncia de R$ 21.720,00 (Vinte e hum mil setecentos e vinte reais)

    No que tange aos Danos Materiais, requer o pagamento em dobro das 3 taxas pagas indevidamente, totalizando a importncia de R$

    300,00 (trezentos reais)

    VI - DOS PEDIDOS

  • Diante do exposto, requer a Vossa Excelncia, se digne:

    a) Em razo da verossimilhana dos fatos narrados, conceder, liminarmente, a tutela antecipada, de forma initio littis e inaudita altera pars, para que o Requerido seja obrigado, de imediato, a tomar as providncias administrativas necessrias, para retirar o nome dos Autores do

    SPC e SERASA, bem como e emita os boletos mensais referente ao perodo

    de amortizao; b) Deferida a tutela antecipada, seja expedido o

    competente Ofcio Judicial empresa-R, assinalando-se prazo para cumprimento da ordem, com a fixao de multa por dia de atraso, com base no art. 644 e art. 461, ambos do Cdigo de Processo Civil;

    c) Inverso do nus da prova, na forma do art. 6, VIII, da Lei

    8.078/90, aplicando-se os princpios da vulnerabilidade e da hipossuficincia do

    consumidor;

    d) Ordenar a citao do Requerida no endereo inicialmente

    indicado, para apresentar defesa no prazo legal, sob pena de revelia;

    e) Condenar a Requerida ao pagamento de uma

    indenizao, de cunho compensatrio e punitivo, pelos danos morais causados a Requerente e ao seu Fiador, tudo conforme fundamentado, em valor pecunirio justo e condizente com o caso apresentado em tela, que

    desde j sugere a importncia de 15 (quinze) salrios-mnimos, nesta data correspondente a R$ 10.860,00 (Quatorze mil quatrocentos e oitenta reais, reais), totalizando a importncia de R$ 21.720,00 (Vinte e hum mil setecentos e vinte reais);

    f) A ttulo de Danos Materiais, requer o pagamento em dobro das 3 taxas pagas indevidamente, totalizando a importncia de R$

    300,00 (trezentos reais)

    g) Incluir na esperada condenao da R, a incidncia juros

    e correo monetria na forma da lei em vigor;

    h) Requer, ainda, a condenao da Requerida nas custas

    processuais e honorrios advocatcios, com fulcro no art. 55 da Lei 9.099/95, a

    base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenao;

  • i) Requer os benefcios da Justia gratuita por no ter

    condies de arcar com s custas processuais sem prejuzo do sustento

    prprio e de sua famlia, sob as penas da lei;

    Protesta pela produo de todas as provas admitidas em

    juzo, em especial, prova documental, testemunhal e depoimento pessoal da

    Requerida;

    D se o valor da causa R$ 22.020,00 (Vinte e dois mil e vinte

    reais), para todos os efeitos legais.

    Termos em que,

    Pede deferimento.

    Manaus, 09 de Abril de 2014.

    STELISY SILVA DA ROCHA

    OAB/AM 7.989