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Ana Carolina Lopes Rendeiro Marlúcia Bonifácio Martins Alexandre Bonaldo Alexandre Aleixo Ana Lucia Prudente Maria Cristina dos Santos-Costa Maria Cristina Esposito Fernando da Silva Carvalho Filho COMPARAÇÃO DA DINÂMICA DE RECOLONIZAÇÃO DA FAUNA EM CLAREIRAS DE REGENERAÇÃO NATURAL E REFLORESTADAS

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Ana Carolina Lopes Rendeiro Marlúcia Bonifácio Martins

Alexandre Bonaldo

Alexandre Aleixo

Ana Lucia Prudente

Maria Cristina dos Santos-Costa

Maria Cristina Esposito

Fernando da Silva Carvalho Filho

COMPARAÇÃO DA DINÂMICA DE RECOLONIZAÇÃO DA FAUNA EM

CLAREIRAS DE REGENERAÇÃO NATURAL E REFLORESTADAS

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Introdução

• Noventa por cento das espécies vegetais possuem flores polinizadas por animais

• Os animais são indispensáveis na dispersão de sementes e são participantes fundamentais nos processos de disponibilização de nutrientes para as plantas.

• Por sua vez, alem da produção primaria, a estrutura da vegetação oferece o principal componente de habitat para os animais.

• A perturbação do habitat, a partir da retirada da cobertura vegetal, produz alterações na diversidade e densidade dos animais.

• Qual o impacto das clareiras do Urucu sobre a fauna?

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Objetivo Geral

Comparar a fauna em clareiras de regeneração natural e reflorestada

Objetivos específicos

• Identificar o padrão de uso do habitat das espécies dos grupos alvo.

• Avaliar a ocorrência de elementos exógenos (espécies invasoras) dentro de cada grupo (aves, aranhas, insetos saprófitos e répteis.

• Identificar o padrão de diversidade das espécies nas clareiras antropicas e floresta adjacente.

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Material e Métodos Área de Estudo

Mapa da localização da Base do Urucu, no Estado do Amazonas

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Sítios de coleta Grupos Ambientes naturais Clareiras antrópicas Métodos de Coleta Armadilha de queda Extratores de Winkler Aranhas Clareiras naturais (NAT 1, 2, 3 e 9) Jazidas (JAZ 19, 40, 46 e 55) Guarda-chuva Rede de Varredura Coleta manual noturna

Termonebulização de copa

Aves Clareiras naturais (NAT 1, 2, 3 e 4) Jazidas (JAZ 7, 10, 40, 46 e 55) Observações diretas

Gravações de vocalizações

Rede de neblina Dípteros saprófagos

Clareiras naturais (NAT 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10)

Jazidas (JAZ 7, 18, 19, 28, 40, 46, 50, 55, 61 e 63)

Armadilha com isca de banana e pulmão bovino

Área de mata (MAT 5 e 6) Poços (LUC 9, 28, 30, 31 e 40)

Repteis Clareiras naturais (NAT 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10) Jazidas (JAZ 19, 39, 40, 46 e 55)

Armadilha de interceptação e queda

Procura limitada por tempo (PLT)

Encontro Ocasional (EO)

*Califorídeos, mesembrinelídeos, sarcofagídeos, muscideos, nereídeos e drosofilídeos.

Material e Métodos

Grupos faunísticos e seus respectivos sítios e métodos de coleta.

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NAT E MAT LUC

JAZ

Esquema de distribuição dos sítios de coleta nos Poços (LUC), Jazidas (JAZ), Clareiras Naturais (NAT) e Mata (MAT) em Urucu.

Material e Métodos

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Foto: BonaldoFoto: Bonaldo Foto: Bonaldo

Foto: www.ibama.gov.br/cemave Foto: Pereira Foto: Costa

Foto: Santos-Costa

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• Abundância clareiras antrópicas – dobro em relação a mata

Resultados e Discussão- Uso do habitat

Mata – 1834 individuos Clareiras antrópicas – 2803 individuos

Ambientes/grupos Aranhas Aves Dípteros Répteis

Mata 254 87 45 11

Clareiras antrópicas 245 99 36 31

Total de espécies 381 138 50 40

Riqueza de espécies entre os ambientes

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Resultados e Discussão- Uso de habitat

Número de espécies exclusivas de floresta

total

Aranhas 136 espécies (36%)

Aves 39 espécies (28%)

Dípteros saprófagos 14 espécies(28%)

Répteis 9 espécies (23%)

198 espécies (32%)

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Resultados e Discussão- Elementos exógenos

Aves e aranhas não apresentaram espécies exóticas

Dípteros saprófagos apresentaram maior nº de espécies exóticas

África

Sudeste da região paleártica

• Espécies invasoras:

M. domestica Foto: http://www.ufrgs.br

Chrysomya albiceps (clareira antropica)

Chrysomya megacephala (mata)

Musca domestica (ambos)

(Guimarães, Prado & Buralli, 1979)

(Krafsur et al., 2005)

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Resultados e Discussão- elementos exógenos

Drosophila malerkotliana (ambos)*

Drosophila ananassae (ambos)*

Drosophila melanogaster (ambos)*

* Predominância nas clareiras antrópicas

África, ampla distribuição na América do Norte e Sul (Bock & Parsons, 1978)

Ásia

(Bock & Parsons, 1978)

Scaptodrosophila latisfaciaeformis

(exclusivo em clareiras antrópicas)

• Espécies invasoras:

D. malerkotliana Foto: Joana Costa

•ausência de Zaprionus indianus – invasora recente na A. sul de origem africana

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Répteis - Hemidactylus mabouia (alojamento)

África(com distribuição no Sul da Ásia, Europa, Oceania e América Ávila-Pires, 1995)

Foto: http://enciclopedia.tiosam.com/enciclopedia

Resultados e Discussão- elementos exógenos

• Espécies invasoras:

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• Índices de diversidade

Resultados e Discussão- Diversidade

Valores médios dos índices de diversidade e valor da probabilidade do teste T de Student.

  Aranhas Aves Drosofilídeos

Indices de diversidade natural antrópico p natural antrópico p natural antrópico p

Shannon H´ Log Base 10 4,31 3,98 0,08 3,62 3,61 0,94 1,32 1,15 0,25

Simpson Diversity (1/D) 93,05 34,82 0,04* 46,28 46,87 0,97 3,42 3,92 0,34

Equitabilidade 1,06 1,14 0,15 1,07 1,06 0,44 0,74 0,90 0,02*

Dominância de Berger-parker 0,07 0,15 0,15 0,08 0,08 0,83 0,44 0,50 0,28

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Resultados e Discussão- Diversidade

Percentual de espécies raras e índice de similaridade de Jaccard, excluídas as espécies únicas.

 Índices 

Aranhas Aves Dípteros Répteis

Clareira Mata Clareira Mata Clareira Mata Clareira Mata

% Espécies Raras (ate 5 individuos) 0,80 0,79 0,70 0,65 0,53 0,28 0,62 0,86

Similaridade de Jaccard 0,54 0,52 0,84 0,11

Espécies raras e Similaridade

Necessidade de intensificar os inventários

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Considerações finais

• Cerca de 30% da fauna estudada pode ser seriamente afetada pela alteração dos habitats de floresta na região do Urucu.

• Ambientes estudados de Urucu ainda apresentam pouca influência de espécies exóticas. Provavelmente a matriz florestal ainda intacta serve como barreira para expansão destas espécies.

• A diversidade não sofreu alteração em função da modificação do habitat mas sim a composição de espécies.

• Para uma avaliação das alterações na biodiversidade por efeitos de modificação do habitat é necessário o acompanhamento das flutuações de abundância das populações nos diferentes tipos de ambientes em uma avaliação a longo prazo, com intensificação dos inventários e acompanhamento da dinâmica temporal.

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Muito Obrigada !!!