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Ano II 2 de Fevereiro 2009 nº 52 Universidade da Amazônia (Unama) realizou na quarta-feira, 28/01, segundo dia de Aatividades do Fórum Social Mundial (FSM), o seminário “O Trabalho infantil doméstico na Amazônia”. O evento integrou a programação do FSM, realizado entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro na Universidade Federal do Pará (UFPA). No seminário, os participantes analisaram as origens do trabalho infantil doméstico, discutiram formas de diagnosticar essa violação de direitos e sugeriram ações de enfrentamento ao problema. A ausência ou ineficiência de políticas públicas e falta de conscientização das famílias, principalmente das que moram no interior, foram identificados como duas das maiores barreiras para a erradicação do trabalho infantil doméstico na região. Seminário propõe formas de enfrentamento ao trabalho infantil doméstico Imagem: divulgação Associação dos Filhos e Amigos do Ilê Iyá Omi Axé Ofa Kare (Afaia) promoveu na última quinta-feira, 29/01, a mesa de Adiálogo “Criança, Raça e Etnia na Amazônia”. O debate fez parte do terceiro dia de atividades do Fórum Social Mundial e discutiu a situação de crianças negras e indígenas na região. A Afaia existe desde julho de 1987 e trabalha pela inclusão social da população negra no Pará. Durante a programação, mais de 80 pessoas discutiram o ensino de história e cultura afro-brasileira. Houve ainda a análise de problemáticas, como a falta de estatísticas sobre meninos e meninas negras e também indígenas. Compondo a mesa, estavam Odália Oliveira, do Centro de Defesa do Negro no Pará; Sandra Fonseca, o Babalorixá Edson Sucatandé e Nelson de Ogunté, todos da Afaia. FSM debate ensino de cultura afro-brasileira a crianças oficina “Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, promovida na última sexta-feira, 30/01, pelo ACentro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência compartilhou metodologias utilizadas no combate à violência sexual. Durante a oficina, ministrada pela educadora social Vanessa Alves, os cerca de 60 participantes puderam discutir maneiras de enfrentar a exploração sexual e também deram sugestões para o desenvolvimento de outras metodologias. O Centro Camará surgiu em 1997 e tem sede na cidade de São Vicente (SP). Atualmente, a instituição oferece aulas de dança, teatro, informática e ainda acompanhamento psicossocial de crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual. Oficina discute combate à exploração sexual infantil Foto: Andréia do E. Santo. urante as atividades desenvolvidas no FSM, a Campanha Nacional pelo D Direito à Educação promoveu seminário para debater os desafios para o acesso a um ensino médio público de qualidade. O evento foi realizado na sexta-feira, 30/01, e teve como tema “Ensino médio: acesso, qualidade, obrigatoriedade. O que esperam os sujeitos desse direito?”. José Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo (USP), e Ludmilla Pallazo, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), foram os palestrantes. Entre os vários pontos abordados, um dos principais foi a necessidade de tornar o Ensino Médio obrigatório para que sejam garantidos os direitos do adolescente à escola. A iniciativa existe há dez anos e surgiu a partir da observação dos crescentes números de evasão escolar no Ensino Médio. A Campanha se trata de uma rede social que articula mais de 200 entidades de todo o Brasil comprometidas com a execução de ações de promoção do direito à educação. Acesso ao ensino médio é foco de campanha Foto: Camila Aquino.

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Page 1: Ana quarta-feira, 28/01, segundo dia de - · PDF fileAno II 2 de Fevereiro 2009 nº 52 Universidade da Amazônia (Unama) realizou A na quarta-feira, 28/01, segundo dia de atividades

Ano II2 deFevereiro2009nº 52

Universidade da Amazônia (Unama) realizou na quarta-feira, 28/01, segundo dia de Aatividades do Fórum Social Mundial (FSM), o

seminário “O Trabalho infantil doméstico na Amazônia”. O evento integrou a programação do FSM, realizado entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro na Universidade Federal do Pará (UFPA). No seminário, os participantes analisaram as origens do trabalho infantil doméstico, discutiram formas de diagnosticar essa violação de direitos e sugeriram ações de enfrentamento ao problema. A ausência ou ineficiência de políticas públicas e falta de conscientização das famílias, principalmente das que moram no interior, foram identificados como duas das maiores barreiras para a erradicação do trabalho infantil doméstico na região.

Seminário propõe formas de enfrentamento ao trabalho infantil doméstico

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Associação dos Filhos e Amigos do Ilê Iyá Omi Axé Ofa Kare (Afaia) promoveu na última quinta-feira, 29/01, a mesa de Adiálogo “Criança, Raça e Etnia na Amazônia”. O debate fez

parte do terceiro dia de atividades do Fórum Social Mundial e discutiu a situação de crianças negras e indígenas na região. A Afaia existe desde julho de 1987 e trabalha pela inclusão social da população negra no Pará. Durante a programação, mais de 80 pessoas discutiram o ensino de história e cultura afro-brasileira. Houve ainda a análise de problemáticas, como a falta de estatísticas sobre meninos e meninas negras e também indígenas. Compondo a mesa, estavam Odália Oliveira, do Centro de Defesa do Negro no Pará; Sandra Fonseca, o Babalorixá Edson Sucatandé e Nelson de Ogunté, todos da Afaia.

FSM debate ensino de cultura afro-brasileira a crianças

oficina “Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, promovida na última sexta-feira, 30/01, pelo ACentro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência

compartilhou metodologias utilizadas no combate à violência sexual. Durante a oficina, ministrada pela educadora social Vanessa Alves, os cerca de 60 participantes puderam discutir maneiras de enfrentar a exploração sexual e também deram sugestões para o

desenvolvimento de outras metodologias. O Centro Camará surgiu em 1997 e tem sede na cidade de São Vicente (SP). Atualmente, a instituição oferece aulas de dança, teatro, informática e ainda acompanhamento psicossocial de crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual.

Oficina discute combate à exploração sexual infantil

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urante as atividades desenvolvidas no FSM, a Campanha Nacional pelo D

Direito à Educação promoveu seminário para debater os desafios para o acesso a um ensino médio público de qualidade. O evento foi realizado na sexta-feira, 30/01, e teve como tema “Ensino médio: acesso, qualidade, obrigatoriedade. O que esperam os sujeitos desse direito?”. José Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo (USP), e Ludmilla Pallazo, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), foram os palestrantes. Entre os vários pontos abordados, um dos principais foi a necessidade de tornar o Ensino Médio obrigatório para que sejam garantidos os direitos do adolescente à escola. A iniciativa existe há dez anos e surgiu a partir da observação dos crescentes números de evasão escolar no Ensino Médio. A Campanha se trata de uma rede social que articula mais de 200 entidades de todo o Brasil comprometidas com a execução de ações de promoção do direito à educação.

Acesso ao ensino médio é foco de campanha

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